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Enfermagem em

Situações Clínicas

Docente: Enf.Esp. Márcia Nunes


 Apresentação
 2.1 Disfunções Cardiocirculatórias
 3.1 Hipertensão arterial
 3.2 Arritmias cardíacas
 3.3 Angina
 3.4 Infarto agudo do miocárdio
 3.5 Edema agudo do pulmão
 3.6 Doenças infecciosas do coração
 4 Disfunções Respiratórias
 4.1 Enfisema
 4.2 Bronquite Crônica
 4.3 Asma
 4.4 Pneumonia
 4.5 Insuficiência respiratória
 5 Disfunções Digestórias
 5.1 Gastrite
 5.2 Úlceras pépticas
 5.3 Hepatite
 5.4 Hemorragia digestiva
 5.5 Sangramento do estômago
 5.6 Cirrose hepática
 5.7 Pancreatite
 Disfunções Metabólicas
 6.1 Diabetes Melittus
 6.2 Hipo e Hipertireoidismo
 Disfunções Urinárias
 7.1 Retenção urinária
 7.2 Incontinência urinária
 7.3 Cistite
 7.4 Urolitíase
 7.5 Glomerulonefrite
 Insuficiência renal aguda
 Disfunções Hematológicas
 8.1 Anemia
 8.2 Leucemia
 8.3 Hemofilia
 Disfunções Neurológicas
 9.1 Acidente vascular cerebral ou encefálico
 9.2 Doenças degenerativas
 9.3 Coma: alterações da consciência
 10 Neoplasias
 10.1 Orientações à pessoa em tratamento quimioterápico
 Síndrome da Imunodeficiência Adquirida - Sida/Aids
 11.1 Doenças oportunistas
 11.2 Medicamentos anti-retrovirais
 12 Cuidando da pessoa em estado terminal
Disfunções Cardiocirculatórias

 A Hipertensão arterial ou pressão alta é uma doença


crônica caracterizada pelos níveis elevados da
pressão sanguínea nas artérias. Ela acontece quando
os valores das pressões máxima e mínima são iguais ou
ultrapassam os 140/90 mmHg. A pressão alta é um dos
principais fatores de risco para a ocorrência de acidente
vascular cerebral, enfarte, aneurisma arterial e
insuficiência renal e cardíaca.
Disfunções Cardiocirculatórias
 Hipertensão arterial ou pressão alta, é uma doença que
ataca os vasos sangüíneos, coração, cérebro, olhos e pode
causar paralisação dos rins. Ocorre quando a medida da
pressão se mantém freqüentemente acima de 140 por 90 mmHg
 Pressão Arterial (PA) –medida da tensão exercida pelo sangue
nos vasos sanguíneos durante a sístole e diástole sistêmica
 Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) - condição clinica
multifatorial ,caracterizado por níveis elevados e sustentados da
PA (PA ≥ 140 e/ou 90mmHg)
 PA= Débito cárdico (DC) x Resistencia Vascular Periférica
(RVP)
 DC= Volume Sistólico x Frequência Cardíaca (FC)
FATORES DE RISCOS
 IDADE
 SOBREPESO E OBESIDADE
 INGESTÃO DE ALCOOL
 GENETICA
 SEXO E ETNIA
 INGESTÃO DE SODIO E POTASSIO
 SEDENTARISMO
 FATORES SOCIOECONOMICOS
Sintomas
 Sintomas:
 Os sintomas da hipertensão costumam
aparecer somente quando a pressão sobe
muito: podem ocorrer dores no peito, dor de
cabeça, tonturas, zumbido no ouvido,
fraqueza, visão embaçada e sangramento
nasal.
Diagnóstico

 Diagnóstico:
 Medir a pressão regularmente é a única maneira de
diagnosticar a hipertensão. Pessoas acima de 20
anos de idade devem medir a pressão ao menos
uma vez por ano. Se houver hipertensos na família,
deve-se medir no mínimo duas vezes por ano
Prevenção e Controle
 Consumo de produtos com cacau podem reduzir discretamente a
PA.
 Tabagismo: fator potencial de causar dano cardiovasculares
aterotromboticos e elevação temporária da PA
 Eleva a PA 5 a 10 mmHg, em media ,porem naõ existe estudo
robustos que a cessação do consumo diminua a PA.
 Etnia: não há diferenças significativas entre negros e brancos para
desenvolvimento da PA segundo estudos da Vigitel(2018)
 Ingestão de café: estudos evidenciaram que o consumo dessa
bebida foi associado a um efeito discreto de redução no risco de
HÁ.O ideal é consumir (≤ 200 mg de cafeína).
Rastreamento
 Todo adulto com 18 anos ou mais de idade, quando vier à Unidade Básica
de Saúde (UBS) para consulta, atividades educativas, procedimentos, entre
outros, e não tiver registro no prontuário de ao menos uma verificação da PA
nos últimos dois anos, deverá tê-la verificada e registrada
 A primeira verificação deve ser realizada em ambos os braços. Caso haja
diferença entre os valores, deve ser considerada a medida de maior valor. O
braço com o maior valor aferido deve ser utilizado como referência nas
próximas medidas. O indivíduo deverá ser investigado para doenças arteriais
se apresentar diferenças de pressão entre os membros superiores maiores de
20/10 mmHg para as pressões sistólica/diastólica, respectivamente
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO; SOCIEDADE BRASILEIRA
DE CARDIOLOGIA; SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA, 2010).
Com intervalo de um minuto, no mínimo, uma segunda medida dever ser
realizada
MONITORIZAÇAO DA PA
Rastreamento
Rastreamento
 A posição recomendada para a medida da pressão arterial (PA)
é a sentada. Entretanto, a medida da PA na posição ortostática
deve ser feita pelo menos na primeira avaliação, especialmente
em idosos, diabéticos, pacientes com disautonomias, alcoólicos
e pacientes em uso de medicação anti-hipertensiva.
 Para ter valor diagnóstico necessário, a PA deve ser medida
com técnica adequada, utilizando-se aparelhos confiáveis e
devidamente calibrados, respeitando-se as recomendações
para este procedimento, conforme resumido no Quadro 1.
 Quadro 1. Procedimento para a medida da pressão arterial
Tratamento
 A Diretriz Brasileira de HA de 2020 estabelece que para o
tratamento do paciente hipertenso é necessário obter o controle
pressórico alcançando a meta de pressão arterial (PA)
previamente estabelecida. Tal meta deve ser definida
individualmente, sempre considerando a idade e a presença de
doença cardiovascular (DCV) ou de seus fatores de risco. De
forma geral, deve-se reduzir a PA visando a alcançar valores
menores que 140/90 mmHg e não inferiores a 120/70 mmHg.
Nos indivíduos mais jovens e sem fatores de risco, podem-se
alcançar metas mais baixas com valores inferiores a 130/80
mmHg
Tratamento
 O tratamento está relacionado com o estágio da hipertensão
arterial (HA) e os fatores de risco cardiovascular presentes no
momento do diagnóstico, de acordo com mecanismos de ação
e sinergia e com nível de evidência comprovada para
diminuição do risco cardiovascular (RCV). São as seguintes
classes farmacológicas: Diuréticos, Inibidores da Enzima
Conversora de Angiotensina (ECA), Bloqueadores dos Canais
de Cálcio e Bloqueadores dos Receptores da Angiotensina
(BRA).
Terapia Medicamentosa
 Diuréticos
 Remédios diuréticos podem ser usados para tratamento
monoterápico (que usa apenas um medicamento) de casos leves
de hipertensão, ou em conjunto com outros fármacos.
 Seu mecanismo de ação se concentra na eliminação do sódio e,
por consequência, do excesso de líquido do corpo – e do sangue.
 Com menos líquido circulando, a tensão sobre as paredes das
artérias tende a diminuir.
 Existem três tipos de diuréticos que podem ser receitados:
Terapia Medicamentosa
 Tiazídicos: são um dos tipos mais comuns, com doses
diárias únicas. Clortalidona, hidroclorotiazida e indapamida
são exemplos
 Diuréticos de alça: seu representante mais conhecido é a
furosemida, que tem ação curta e potente, mas só é prescrita
em casos específicos
 Poupadores de potássio: representados por fármacos como
a espironolactona, costumam acompanhar anti-hipertensivos
de outras classes para tratar a pressão alta.
 Em comum, todos eles têm por objetivo combater a pressão
alta
Terapia Medicamentosa

 Vasodilatadores diretos
 Essa classe de medicamentos é empregada apenas
para hipertensão de difícil controle, normalmente quando
outras opções de remédios e combinações não tiveram o efeito
esperado.
 Como o nome sugere, os vasodilatadores diretos fazem com que
as artérias se expandam (dilatem), facilitando a circulação
sanguínea e reduzindo a força ou pressão para o sangue circular.
 Hidralazina e minoxidil são os principais fármacos desse grupo
que, por terem alta potência, também são famosos por
desencadear uma série de efeitos colaterais.
Terapia Medicamentosa
 Inibidores adrenérgicos
 Também conhecidos como bloqueadores adrenérgicos, esses remédios
atendem a condições clínicas específicas, principalmente quando existem
comorbidades cardiovasculares.
 Quando existe associação entre hipertensão e fibrilação atrial, infarto
ou angina de peito, por exemplo, o médico pode prescrever essa classe de
fármacos.
 Inibidores adrenérgicos se subdividem em dois grupos:
 Betabloqueadores: usados para controlar arritmias e outros problemas
cardíacos, auxiliam no tratamento da pressão alta em doentes cardiopatas ou
que possuem histórico de infarto. Remédios como propranolol e metoprolol
diminuem o ritmo cardíaco, impactando também a tensão arterial
 Alfa-bloqueadores: representados por doxazosina, prazosina e outros, inibem
a ação do hormônio norepinefrina, impedindo a contração muscular das
paredes dos vasos sanguíneos
Terapia Medicamentosa
 Inibidores da enzima conversora da angiotensina (IECA)
 Agem sobre outro hormônio que diminui o calibre dos vasos sanguíneos: a
angiotensina .
 Artérias contraídas deixam menos espaço para o fluxo sanguíneo, exigindo
que o coração bata mais depressa e aplique maior pressão para distribuir
oxigênio e nutrientes através do sangue.
 Os inibidores da enzima conversora da angiotensina diminuem esse efeito,
provocando queda na pressão arterial.
 Captopril, benazepril e lisinopril se enquadram nessa classe, que tem como
benefícios as raras contraindicações, uso monoterápico ou combinado a
outras drogas.
 A tosse é um efeito colateral comum entre os pacientes tratados com
IECA
Terapia Medicamentosa

 Antagonistas do receptor da angiotensina II


 Seu mecanismo de ação é semelhante aos IECA, com a
vantagem de não causarem tosse.
 A classe de antagonistas do receptor da angiotensina II
ou ARA II recebeu esse nome por ser empregada há pouco
tempo no tratamento da hipertensão.
 Assim como os IECA, existe uma variedade de remédios nesse
grupo, que diferem por fatores como posologia e possíveis
efeitos adversos.
 Losartana e candesartana estão entre os mais populares.
Terapia Medicamentosa
 Antagonistas dos canais de cálcio
 Geralmente receitados junto a um diurético, IECA ou ARA II, antagonistas ou
inibidores de canais de cálcio promovem o relaxamento dos músculos das
artérias.
 Por terem ação intensa, seu uso tende a começar com doses baixas, que
serão reajustadas conforme a necessidade do paciente.
 Felodipina, amlodipina e nifedipina retard são alguns exemplos, capazes de
provocar desconfortos como inchaço nos membros inferiores
 Na gestante devido à maior necessidade de circulação sanguínea para
abastecer o feto, é natural que o corpo da futura mãe sofra ligeiro aumento
na pressão arterial durante a gestação ,contudo, se for necessário usar
medicação para o controle da hipertensão na gravidez,o ideal que seja
utilizado metildopa, pindolol, nifedipina e/ou hidralazina.
REFERENCIAS

 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção


Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: hipertensão arterial
sistêmica / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção
Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2014.
 Brito DMS, Araújo TL, Galvão MTG, Moreira TMM, Lopes MVO. Qualidade de vida e
percepção da doença entre portadores de hipertensão arterial. Cad Saude Publica 2008;
Cronograma de Apresentaçoes

 2.1 Disfunções Cardiocirculatórias


 3.2 Arritmias cardíacas
 3.3 Angina 18/08
 3.4 Infarto agudo do miocárdio
 3.5 Edema agudo do pulmão
 3.6 Doenças infecciosas do coração
 4 Disfunções Respiratórias
 4.1 Enfisema
21/08
 4.2 Bronquite Crônica
 4.3 Asma
 4.4 Pneumonia 25/08
 4.5 Insuficiência respiratória
Cronograma de Apresentaçoes

 5 Disfunções Digestórias
 5.1 Gastrite
 5.2 Úlceras pépticas
 5.3 Hepatite
 5.4 Hemorragia digestiva
 5.5 Sangramento do estômago 28/08
 5.6 Cirrose hepática
 5.7 Pancreatite
 Disfunções Metabólicas
 6.1 Diabetes Melittus 01/09
 6.2 Hipo e Hipertireoidismo
Cronograma de Apresentaçoes

 Disfunções Urinárias
 7.1 Retenção urinária
 7.2 Incontinência urinária
 7.3 Cistite
 7.4 Urolitíase
 7.5 Glomerulonefrite
04/09
 Insuficiência renal aguda
 Disfunções Hematológicas
 8.1 Anemia
 8.2 Leucemia 08/09
 8.3 Hemofilia
Cronograma de Apresentaçoes

 Disfunções Neurológicas
 9.1 Acidente vascular cerebral ou encefálico
11/09
 9.2 Doenças degenerativas(ELA)
 9.3 Coma: alterações da consciência
 10 Neoplasias
 10.1 Orientações à pessoa em tratamento quimioterápico
 Síndrome da Imunodeficiência Adquirida - Sida/Aids
 11.1 Doenças oportunistas (toxoplasmose cerebral)
15/09
 11.2 Medicamentos anti-retrovirais
 12 Cuidando da pessoa em estado terminal
ROTEIRO DO TRABALHO
 O que é a doença
 Causas
 Sintomas
 Diagnósticos
 Tratamentos
EXERCICIO DE FIXAÇÃO
data da entrega : 21/08-segunda- feira.
1) O QUE SIGNIFICA HIPERTENSÃO ARTERIAL?
2) OS NÍVEIS DE PRESSAO ALTA CONSTATEMENTE PODE SER PRINCIPAL
FATOR DE RISCOS PARA DESENVOLVER QUAIS DOENCAS?
3) QUAIS OS PRINCIPAIS ORGÃOS SÃO ACOMETIDOS PELA HIPERTENSÂO
ARTERIAL?
4) QUAIS OS FATORES DE RISCOS QUE AUMENTA A PREDISPOSIÇÃO DE
DESENVOLVER HIPERTENSAO ARTERIAL?
5) CITE TRÊS SINTOMAS CARACTERISTICOS DA HIPERTENSAO.
6) CITE AS PRICIPAIS MUDANCAS DE ESTILO DE VIDA PARA MANEJO DA HÁ.
7) A VERIFICAÇÃO DA PA DEVE SER FEITA PELA PRIMEIRA VEZ EM QUAL
BRAÇO?
8) APARTIR DE QUAL IDADE SE VERIFICA A PA?
9) SE A PA ESTIVER ENTRE 120-139/80-89mmHg NAS PESSAOS SEM
FATORES DE RISCOS PARA DOENCAS CARDIOVASCULARES EM
QUANTO TEMPO DEVE-SE FAZER A VERIFICAÇÃO DA PA?
10) CITE OS TERMOS TECNICOS PARA PA NORMAL, ALTA, BAIXA.CITE
RESPECTIVAMENTE, OS VALORES DA SISTOLICA/DIASTOLICA DE
CADA UMA.
11) PARA DIAGNOSTICAR A HIPERTENSAO É NECESSARIO REALIZAR
QUANTAS MEDIDAS DA PA.
12) FAÇA UM RESUMO PASSO A PASSO DA TECNICA CORRETA DA
AFERIÇÃO DA PA.

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