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Instituto de Gestão e Ciências de Saúde

Tema do trabalho: Transformação Hemodinámico

Nome: Vânia Cesar Pinto

Turma S16, no 49

Trabalho de carácter avaliativo no âmbito da


cadeira de Patologia Básica, 1º ano de
frequência, curso de Enfermagem de Saúde
materno infantil, leccionada pelo,

Docente: Guedes Jorge

Nampula, Junho de 2021

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Índice
Considerações Iniciais.................................................................................................................................3
1. Noção de Hemodinámica.........................................................................................................................4
2. Alterações Hemodinámicos.....................................................................................................................4
2.1. Edema...................................................................................................................................................5
2.1.1. Classificação do Edema.....................................................................................................................5
2.1.1.1. Edema Transudato..........................................................................................................................6
2.1.1.2. Edema Exsudato.............................................................................................................................6
2.1.1.3. Edema localizado............................................................................................................................6
2.1.1.4. Edema generalizado........................................................................................................................6
2.2. Hiperemia.............................................................................................................................................6
2.2.1. Classificação da Hiperemia...............................................................................................................6
2.3. Hemorragia...........................................................................................................................................7
2.3.1. Classificação da Hemorragias............................................................................................................8
2.4. Trombose..............................................................................................................................................8
2.4.1. Influências de Trombo.......................................................................................................................8
2.4.2. Evolução do trombo...........................................................................................................................9
2.4.3. Destino dos trombos..........................................................................................................................9
2.5. Embolia..............................................................................................................................................10
2.5.1. Tipos de Embolia.............................................................................................................................10
2.5.1.1. Embolia gasosa.............................................................................................................................10
2.5.1.2. Embolia líquida.............................................................................................................................11
2.6. Isquemia.............................................................................................................................................11
2.7. Infarto.................................................................................................................................................11
2.7.1. Classificação dos infartos................................................................................................................11
2.7.1.1. Infartos Vermelhos (Hemorrágico)...............................................................................................11
2.7.1.2. Infarto branco (isquémicos)..........................................................................................................12
2.8. Choque...............................................................................................................................................12
2.8.1. Classificação do choque..................................................................................................................12
2.8.2. Estágios do choque..........................................................................................................................12

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Considerações Iniciais

Alterações Hemodinámica, constitui o tema deste trabalho que subordina-se a cadeira de


Patologia Básica. Ora, a Hemodinámica estuda os movimentos e pressões da circulação
sanguínea para diagnosticar e tratar doenças com métodos seguros e minimamente invasivos, que
aumentam o conforto do paciente e reduzem o tempo de sua recuperação e a possibilidade de
infecções. Porém, quando há um rompimento do equilíbrio, surgem alterações que comummente
podem ser agrupadas dentro dos distúrbios circulatórios, que se classificam em alterações
hídricas intersticiais (edema), alterações no volume sanguíneo (hiperemia, hemorragia e choque)
e alterações por obstrução intravascular (embolia, trombose, isquemia e infarto).

Obviamente, o trabalho tem dois tipos de objectivos que são: objectivo geral e objectivos
específicos.

No que concerne ao objectivo geral, temos o seguinte:

Alterações Hemodinámicos

E para que se garantisse o alcance deste objectivo foi necessário traçar-se alguns objectivos
específicos que se resumem nos seguintes:

Conceituar o termo Hemodinámica;


Descrever explicando as alterações Hemodinámicas.

O trabalho é pertinente na medida em que traz algumas abordagens gnoseológicas no que tange a
questões ligadas a alteracoes que se manifestam dentro da hemodinámica. Este tema, de forma
directa contribui para o nosso aprimoramento e enriquecimento epistemológico como futuros
profissionais da saúde.

Quanto a metodologia, recorreu-se a consulta bibliográfica numa abordagem qualitativa e, como


técnica, fez-se uma leitura exaustiva, análise facial das fontes usadas e os dados foram
sintetizados de forma descritiva.

O trabalho está estruturado da seguinte maneira: introdução, desenvolvimento e inclui uma


conclusão ao menos parcial, mediante a sua abordagem, inclui igualmente uma bibliografia final
da fonte usada. Como técnica, fez-se uma leitura exaustiva, análise facial das fontes consultadas.

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1. Noção de Hemodinámica

Hemodinámica é o capítulo da Fisiologia que estuda a circulação do sangue. Para termos uma
ideia, é o equivalente da hidrodinâmica se o líquido fosse água e não sangue. A hemodinámica,
estudada em fisiologia, é estudada de uma maneira mais aprofundada na especialidade de
cardiologia.

De acordo com Kumar, Abbas e Fausto (2011),

A hemodinámica estuda os movimentos e pressões da circulação sanguínea para diagnosticar


e tratar doenças com métodos seguros e minimamente invasivos, que aumentam o conforto
do paciente e reduzem o tempo de sua recuperação e a possibilidade de infecções. Ela actua
nas áreas de Neurologia, Diagnóstico, Cirurgia Endovascular e, principalmente, Cardiologia.
A maioria dos problemas cardiovasculares, a exemplo de doenças do coração como infarto,
angina e arritmias, é diagnosticada e tratada no sector de Hemodinámica (p. 13).

Outros importantes benefícios da hemodinámica são a rápida recuperação do paciente, a redução


de sequelas e a possibilidade de tratamento de pacientes idosos ou com doenças crónicas graves.
Com esses métodos, não é necessário submeter o paciente ao risco de uma cirurgia invasiva.

Por meio de técnicas minimamente invasivas, o Serviço de hemodinámica obtém dados


funcionais e anatómicos que permitem diagnosticar, em pouco tempo, eventuais alterações
cardíacas. Esses métodos representam um grande aliado para a Cardiologia. Ao diagnosticar
e localizar uma obstrução arterial por meio de cateterismo, por exemplo, é possível realizar
rapidamente o procedimento mais adequado. A rapidez entre o diagnóstico e o início do
tratamento muitas vezes é um factor fundamental para a sobrevivência do paciente (Idem).

O mesmo ocorre com doenças dos vasos sanguíneos, como obstruções, tromboses, aneurismas e
isquemias, e dos vasos cerebrais, como malformações vasculares, aneurismas intra-cranianos e
trombose de seios venosos.

2. Alterações Hemodinámicos

O sistema circulatório humano é composto de vasos sanguíneos (que se dividem em artérias,


veias e vasos capilares), coração (que é a bomba muscular responsável em transportar sangue a
todos os tecidos) e do sistema linfático, que é composto por vasos linfáticos e a linfa.

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Dessa forma, para Robbins (1991), os distúrbios hemodinâmicos

Refere-se ás alterações circulatórias que acometem a irrigação sanguínea e o equilíbrio


hídrico e, por conseguinte, são manifestações muito comuns na clínica médica, podendo
muitas vezes ser a principal causa de morte. Quando há um rompimento desse equilíbrio,
surgem alterações que comummente podem ser agrupadas dentro dos distúrbios
circulatórios, que se classificam em alterações hídricas intersticiais (edema), alterações no
volume sanguíneo (hiperemia, hemorragia e choque) e alterações por obstrução intravascular
(embolia, trombose, isquemia e infarto) (ROBBINS, 1991, p.10).

Estudaremos a seguir um pouco de cada uma dessas alterações.

2.1. Edema

Para Farias (1999), é o termo geralmente utilizado para designar o acúmulo anormal de líquido
nos espaços intersticiais ou em cavidades corporais. Pode ocorrer como um processo localizado,
como por exemplo, quando o retorno venoso de uma perna é obstruído, ou pode ser sistémico na
distribuição, como por exemplo, na insuficiência renal (p. 32).

As características desse processo observadas a nível microscópico correspondem a uma


tumefação celular sutil e uma separação dos elementos da matriz extra-celular, enquanto que a
nível macroscópico são observados uma palidez e um certo inchaço na região afectada.

Foto 1: Exemplo de Edema do pé Foto 2: Exemplo de Edema da barriga

2.1.1. Classificação do Edema

O edema classifica-se em transudato, exsudato, edema localizado e edema generalizado.

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2.1.1.1. Edema Transudato

O transudato corresponde aos líquidos de edema não-inflamatório como os encontrados na


insuficiência cardíaca e em doenças renais e que são pobres em proteínas, apresentam uma
aparência clara e serosa, entretanto, há uma preservação da membrana vascular.

2.1.1.2. Edema Exsudato

O exsudato representa o edema inflamatório relacionado com o aumento da permeabilidade


endotelial que é rico em proteínas, é produzido pela evasão de proteínas plasmáticas
(principalmente albumina) e, possivelmente, leucócitos. Além disso, apresenta-se como um
líquido de aparência turva.

2.1.1.3. Edema localizado

O edema é localizado quando o acúmulo de líquido ocorre em regiões determinadas, como por
exemplo, no cérebro, pulmões e membros inferiores.

2.1.1.4. Edema generalizado

O edema generalizado, por sua vez, é quando o acúmulo de líquido ocorre em todos ou em vários
tecidos do corpo.

2.2. Hiperemia

Na visão de Kumar, Abbas e Fausto (2011), a hiperemia Consiste no aumento de volume


sanguíneo no interior dos vasos em uma região devido a uma intensificação do aporte sanguíneo
ou diminuição do escoamento venoso. O tecido afectado é avermelhado pelo congestionamento
de vasos com sangue oxigenado (p. 16).

2.2.1. Classificação da Hiperemia

Ainda para estes autores, a Hiperemia classifica-se em hiperemia activa e hiperemia passiva.

hiperemia activa quando é provocada por dilatação arteriolar com o aumento do fluxo
sanguíneo local, cujo excesso de sangue presente nesse caso provoca eritema, pulsação e
calor. Essa hiperemia activa pode ocorrer devido a causas fisiológicas, isto é, quando há
necessidade de maior fornecimento sanguíneo (ex.: músculo esquelético durante o
exercício) ou devido a causas patológicas, como por exemplo, na inflamação aguda.

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A hiperemia passiva também é chamada de congestão e é provocada pela redução na
drenagem venosa (ex.: insuficiência cardíaca), que causa distensão das veias, vénulas e
capilares e assim, a região comprometida adquire uma coloração vermelho-azulada
(cianose) devido ao acúmulo de hemoglobina desoxigenada nos tecidos afectados. Existe
um tipo de congestão pulmonar em que há uma dilatação dos capilares alveolares, cujos
septos tornam-se mais largos, fibrosados e espessos.

Foto 3: Exemplo de Hiperemia


2.3. Hemorragia

A hemorragia Indica, em geral, o extravasamento de sangue devido á ruptura do vaso para um


compartimento extra vascular ou para fora do organismo. O sangramento capilar pode ocorrer
sob condições de congestão crónica e uma tendência aumentada.

A hemorragia de lesão, geralmente insignificante, é vista numa grande variedade de


disfunções clínicas denominadas diáteses hemorrágicas. Todavia, a ruptura de uma grande
artéria ou veia é quase sempre devida á lesão vascular, incluindo trauma, aterosclerose ou
lesão inflamatória ou neoplásica da parede do vaso. A hemorragia pode ser manifestada em
uma variedade de padrões dependendo do tamanho, extensão e da localização do
sangramento (COTRAN, KUMAR e ROBBINS, 2000, p. 41).

A hemorragia pode ser provocada por rotura ou por diapedese. A hemorragia por rotura ocorre
por ruptura da parede vascular, podendo ser causada devido a traumatismos, enfraquecimento da
parede vascular e aumento da pressão sanguínea. A hemorragia por diapedese ocorre quando as
hemácias ultrapassam a parede vascular individualmente para dentro de cavidades (internas) ou

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para fora das cavidades (externas), após enfraquecimento da junção entre células endoteliais e da
membrana basal.

2.3.1. Classificação da Hemorragias

Ainda para os autores a cima citados, as hemorragias podem ser classificadas:

Quanto á Sua origem (capilar, venosa ou arterial),


Quanto á visibilidade (externa, quando o sangue é visível, ou interna, quando o sangue
não é visível) e;
Quanto ao volume (petéquias que são pequenas manchas; equimoses que são áreas mais
extensas; hematoma que é colecção de sangue, em geral coagulado; púrpura = empregado
para hemorragias espontâneas; apoplexia que é a fusão intensa na região cerebral).

2.4. Trombose

Corresponde em uma não manutenção do sangue em estado líquido no vaso e a formação de um


tampão em caso de lesão endotelial.

2.4.1. Influências de Trombo

Três influências principais predispõem a formação do trombo conhecido como tríade de Virchow
que são:

Lesão endotelial: é a influência dominante; a lesão no endotélio por ela mesma leva á trombose,
já que esse endotélio vascular estando comprometido provoca uma activação dos factores pro-
coagulantes da cascata de coagulação. As possíveis causas de lesões ao endotélio são: aumento
da pressão arterial, toxinas bacterianas, fumaça e hipercolesterolemia;

Anormalidade do fluxo sanguíneo: as turbulências contribuem para a trombose arterial e


cardíaca por causar disfunção no endotélio, bem como pela formação de locais de estase; a estase
é um factor principal no desenvolvimento do trombo venoso.

Para Montenegro e Franco (2004), referem que,

A estase e a turbulência rompem o fluxo laminar do sangue e trazem plaquetas em contacto


com o endotélio, e assim, impedem a diluição dos factores coagulantes activados pelo fluxo
de sangue fresco; retardam o fluxo interno dos inibidores do factor coagulante e permitem a

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formação do trombo; promovem a activação celular endotelial, predispondo a trombose
local, adesão de leucócitos e uma variedade de outros efeitos celulares endoteliais (p. 18)

Hipercoagulabilidade: Contribui com menos frequência, aos estados trombóticos, porém é um


componente importante na equação, além disso, é definida como qualquer alteração das vias de
coagulação que predispõem a trombose. As causas podem ser genéticas (primárias) ou adquiridas
(secundárias). Das causas herdadas, das mais comuns encontram-se a mutação no gene do factor
V e no gene da protrombina.

2.4.2. Evolução do trombo

A partir do momento que se inicia a formação dos trombos, o mesmo passa por seis estágios, os
quais são enumerados abaixo:

Crescimento;
Lise,
Organização,
Calcificação,
Infecção,
Embolização.

2.4.3. Destino dos trombos

Caso o paciente sobreviva aos efeitos imediatos de uma obstrução vascular trombótica, os
trombos são submetidos a quatro eventos seguintes:

Propagação: O trombo pode acumular mais plaquetas e fibrina levando a obstrução


vascular;
Organização e Recanalização: Os trombos podem induzir inflamação e fibrose
(organização) e podem tornar-se eventualmente recanalizados, ou seja, podem
reestabelecer o fluxo vascular ou podem ser incorporados na parede vascular espessada;
Embolização: Os trombos podem deslocar-se e viajar para outros locais na vasculatura;
Dissolução: Os trombos podem ser removidos por actividade fibrinolítica;

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2.5. Embolia

Um êmbolo é uma massa intravascular solta, sólida, líquida ou gasosa que é transportada pelo
sangue a um local distante de seu ponto de origem. Quase todos os êmbolos representam alguma
parte de um trombo desalojado e, consequentemente, o termo usado é o tromboembolismo.

Trombos venosos ou tromboembolismo pulmonar: Ocorre com maior frequência em locais de


estase com baixo fluxo sanguíneo, geralmente em membros inferiores (90% dos casos). Por esse
motivo os trombos venosos são conhecidos como trombos vermelhos.

Trombos arteriais ou tromboembolismo sistémico: Ocorre com maior frequência nas artérias
coronárias cerebrais e femorais.

Foto 4: Embolia
2.5.1. Tipos de Embolia

Existem dois tipos de Embolia que são: embolia grossa e embolia líquida

2.5.1.1. Embolia gasosa

São bolhas gasosas dentro da circulação que podem obstruir o fluxo vascular quase tão
prontamente como as massas trombóticas. O ar pode entrar na circulação durante os
procedimentos obstétricos ou como uma consequência de lesão da parede torácica. A doença da
descompressão, uma forma particular de embolia gasosa, ocorre quando o indivíduo é exposto a
mudanças bruscas na pressão atmosférica, pois quando o ar é respirado em altas pressões,
quantidades elevadas desse gás (geralmente nitrogénio) se dissolvem no sangue e tecidos.

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2.5.1.2. Embolia líquida

É uma complicação grave, mas felizmente incomum, do período de parto e pós-parto


imediato e, por isso, tornou-se uma causa importante de mortalidade materna. A causa base é
a infusão de líquido amniótico na circulação materna (rico em PGF2, que é pró-coagulante)
via rasgo de membranas placentárias ou ruptura de veias uterinas (Ibidem: p. 22).

O início é caracterizado por uma dispneia abrupta grave, cianose e choque hipotensivo, seguido
por convulsões e coma.

2.6. Isquemia

O termo isquemia é empregado quando há uma falta de suprimento sanguíneo para uma
determinada região, cujas possíveis causas a serem destacadas, têm-se a obstrução vascular,
hipotensão e aumento da viscosidade sanguínea.

2.7. Infarto

Bogliolo (1981),

Um infarto corresponde a uma área de necrose tecidual isquêmica causada por uma
obstrução do suprimento arterial ou da drenagem venosa num tecido particular.
Ocasionalmente, o infarto pode ser causado por oclusão arterial (devido a eventos
trombóticos ou embólicos), vasoespasmo local, expansão de um ateroma devido à
hemorragia dentro de uma placa ou compressão intrínseca de um vaso (ex.: tumor) (p. 32).

2.7.1. Classificação dos infartos

Os infartos são classificados, reflectindo a quantidade de hemorragia, portanto, em vermelhos


(hemorrágicos) ou brancos (isquémicos).

2.7.1.1. Infartos Vermelhos (Hemorrágico)

Sua causa principal é sempre arterial devido a uma oclusão tromboembólica, compressiva.
Geralmente, ocorrem em: Oclusões venosas (ex: torção de ovário); Tecidos frouxos (ex:
pulmão);Tecidos com circulação dupla (ex: pulmão e intestino delgado); Tecidos que foram
previamente congestionados pelo fluxo venoso de drenagem lenta; Quando o fluxo estiver
reestabelecido ao local de oclusão e necrose arteriais prévias.

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2.7.1.2. Infarto branco (isquémicos).

Ocorre com oclusões arteriais em órgãos sólidos de circulação arterial terminal (p.ex: coração,
pâncreas e rim) em que a solidez do tecido limita a quantidade de hemorragia que possa entrar na
área de necrose isquémica dos leitos capilares adjacentes.

A característica histológica principal do infarto é a necrose coagulativa isquémica. É importante


lembrar que se a oclusão vascular ocorrer brevemente (minutos a horas) antes da morte do
paciente, nenhuma alteração histológica demonstrável pode ser evidente, entretanto, se o
paciente sobreviver até 12 a 18 horas, a única alteração pode ser a hemorragia.

2.8. Choque

O choque ou colapso cardiovascular é a incapacidade do sistema circulatório em reperfundir


(restabelecer a circulação na isquemia para evitar infarto) os tecidos, gerando uma hipotensão.

2.8.1. Classificação do choque

O choque pode ser classificado em:

Cardiogénico: resulta da perda sanguínea ou volume plasmático, devido a uma


hemorragia, perda líquida por queimaduras graves ou trauma. Está relacionado com o
infarto do miocárdio;
Hipovolémico: condição onde o coração é incapaz de fornecer sangue suficiente para o
corpo devido à hemorragia e falta de nutrientes aos órgãos, também pode ser causado
pela liberação de toxinas no trato gastrointestinal pela Vibrio cholerae, que ao se ligarem
aos receptores de sódio causam aumento da permeabilidade capilar e liberação por
osmose de água e íons cloreto intracelular, levando a diarreias e desidratação;
Séptico: causado por infecção bacteriana sistémica, geralmente por administração
inadequada de anestésicos ou lesão da medula espinhal;
Anafilático: é iniciado por uma reacção de hipersensibilidade tipo1 (mediada por IgE),
associa-se com vasodilatação sistémica e permeabilidade vascular aumentada;
Neurogênico: responsável em provocar lesão cerebral e na medula espinhal.

2.8.2. Estágios do choque

O choque tende a desenvolver-se através de três fases:

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Fase reversível: durante a qual os mecanismos compensatórios (ex: sistema renina-
angiotensina) reflexos são activados e a perfusão dos órgãos vitais é mantida;
Fase progressiva: caracterizada por uma hipoperfusão tecidual e início da piora
circulatória e desequilíbrios metabólicos incluindo acidose;
Fase irreversível: estabelece-se após o corpo ter causado a si próprio lesão celular e
tecidual tão grave que mesmo se os defeitos hemodinâmicos fossem corrigidos, a
sobrevivência não seria possível.

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Considerações Finais

Como foi bem dito na introducao, o estudo incidiu sobre as transformações Hemodinácaque são
alterações circulatórias que acometem a irrigação sanguínea e o equilíbrio hídrico e, por
conseguinte, são manifestações muito comuns na clínica médica, podendo muitas vezes ser a
principal causa de morte. Quando há um rompimento desse equilíbrio, surgem alterações que
comummente podem ser agrupadas dentro dos distúrbios circulatórios, que se classificam em
alterações hídricas intersticiais (edema), alterações no volume sanguíneo (hiperemia, hemorragia
e choque) e alterações por obstrução intravascular (embolia, trombose, isquemia e infarto).

Nas transformações Hemodinámica, encontramos o Edema que é o termo geralmente utilizado


para designar o acúmulo anormal de líquido nos espaços intersticiais ou em cavidades corporais.
Pode ocorrer como um processo localizado, como por exemplo, quando o retorno venoso de uma
perna é obstruído, ou pode ser sistémico na distribuição, como por exemplo, na insuficiência
renal. O edema classifica-se em transudato, exsudato, edema localizado e edema generalizado

A hiperemia Consiste no aumento de volume sanguíneo no interior dos vasos em uma região
devido a uma intensificação do aporte sanguíneo ou diminuição do escoamento venoso e
classifica-se em hiperemia activa e hiperemia passiva; A hemorragia Indica, em geral, o
extravasamento de sangue devido á ruptura do vaso para um compartimento extra vascular ou
para fora do organismo e podem ser classificadas Quanto á Sua origem, Quanto á visibilidade,
Quanto ao volume. Trombose corresponde em uma não manutenção do sangue em estado líquido
no vaso e a formação de um tampão em caso de lesão endotelial

Embolia é uma massa intravascular solta, sólida, líquida ou gasosa que é transportada pelo
sangue a um local distante de seu ponto de origem; e existem dois tipos de Embolia que são:
embolia grossa e embolia líquida

Um infarto corresponde a uma área de necrose tecidual isquêmica causada por uma obstrução do
suprimento arterial ou da drenagem venosa num tecido particular. Os infartos são classificados,
reflectindo a quantidade de hemorragia, portanto, em vermelhos (hemorrágicos) ou brancos
(isquémicos). E, por fim, o choque ou colapso cardiovascular é a incapacidade do sistema
circulatório em reperfundir (restabelecer a circulação na isquemia para evitar infarto) os tecidos,
gerando uma hipotensão.

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Bibliografia

Bogliolo, L. (1981). Patologia geral. (3ª ed.). Guanabara , Brasil.

Cotran, R.S.; Kumar, V.; Robbins, S.L. (2000). Patologia estrutural e funcional. (5ª ed.). Rio de
Janeiro: Guanabara .

Farias, J.L. (1999). Patologia especial com aplicações clínicas. Metha.

Kumar, V.; Abbas, A. K.; Fausto, N. (2011). Patologia humana. Es, Elsevier Google livros.

Montenegro, M. R.; Franco, M. (2004). Patologia, processos gerais. (4º ed.). Atheneu;

Robbins, S. L. (1991). Patologia estrutural e funcional. RJ, Guanabara Koogan,

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