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LUANDA. 2022
MIGUEL NSUKA LUZAYADIO
LUANDA. 2022
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................4
1.1. PROBLEMATIZAÇÃO...................................................................................................4
1.2 OBJECTIVOS...................................................................................................................5
1.3 JUSTIFICAÇÃO...............................................................................................................5
2 FUNDAMENTAÇÃO TEORICA......................................................................................6
2.1 CONCEITO.......................................................................................................................6
2.3 ÁFRICA............................................................................................................................8
2.4 ANGOLA..........................................................................................................................8
3 METODOLOGIA..............................................................................................................10
3.3 UNIVERSO.....................................................................................................................10
3.4 AMOSTRA.....................................................................................................................10
5 RECURSOS NECESSÁRIOS...........................................................................................12
6 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICOS..............................................................................13
1 INTRODUÇÃO
Quando uma transfusão sanguínea é indicada, não existe nenhum procedimento
médico ou medicamento que possa substituí-la. Desta forma, garantir que os estoques de
sangue estejam sempre abastecidos é a melhor maneira de salvar vidas.1
O sangue é uma matéria-prima única e escassa, não pode ser produzido artificialmente,
só o ser humano o pode produzir e doar.
1.1. PROBLEMATIZAÇÃO
O sangue foi considerado como um poder e força que movia a vida humana já há
muitos séculos. Na tentativa de salvar vidas ocorreu a primeira transfusão em 1492 quando o
Papa Inocêncio VIII, portador de doença renal crônica recebeu o sangue de três jovens
rapazes para a cura da sua enfermidade, resultando na morte dos quatro.12
Sendo um tipo de terapia que vem se mostrado muito eficaz em situação de anemia,
hemorragias, intervenções cirúrgicas, e porque muitos são pessoas que morrem por falta de
uma transfusão sanguínea.
A falta de sangue é um problema que afeta muitas famílias. Na maioria dos casos
estavam associados a anemia severa e este parâmetro despertou o interesse.
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1.2 OBJECTIVOS
1.2.1 Objectivo Geral
Analizar as causas de transfusão sanguínea em crianças até 5 anos atendidos no
Hospital Geral de Luanda no IIº semestre de 2022.
1.3 JUSTIFICAÇÃO
Este projecto é fruto de um olhar crítico sobre a incidência da transfusão em crianças,
sendo que ao longo do estagio no Hospital Geral de Luanda (HGL) deparei-me com muitos
casos de muitas crianças a serem transfundidas, onde parte desses pacientes chegavam em
estado crítico, com hemoglobina (Hb) muito baixa, chegando até a presenciar o falecimento
de algumas criança por não se chegar a tempo para se fazer a transfusão e poder salvar essas
vidas.
Por estes constragimentos vividos, me prepós a estudar as causas que estão na base de
casos anemicos que levam a transfusões de sangue, para medir o impacto dessas causas para
ver que medidas podem ser tomadas para minimizar a situação!
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2 FUNDAMENTAÇÃO TEORICA
2.1 CONCEITO
Transfusão: consiste na transferência segura de sangue de um dador para receptor.
Dador: indivíduo saudável voluntaria ou não que doa o seu sangue ou componentes
sanguíneos.
O sangue sempre teve importância destacada na história da medicina. O seu uso, com
finalidade terapêutica, foi empregado pelo homem há muitos séculos. Sabe-se que os antigos
se banhavam ou bebiam sangue de pessoas ou de animais, com variados objetivos,
acreditando, sobretudo, que assim fazendo poderiam curar certas doenças ou fortalecer o seu
organismo. Essa prática caracterizava o período pré-histórico da transfusão no mundo.5
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A evolução foi muito lenta, com avanços e recuos. Só dois séculos mais tarde com
James Blundell é que a transfusão foi reabilitada e praticada a sua abordagem racional.13
Em 1918 realizou com êxito a primeira transfusão a uma mulher com uma hemorragia
grave pós parto, e este caso foi publicado na revista Lancet, contendo a primeira referência ao
sangue como fonte de vida.3,4,6,9
No século XX, com a descrição dos grupos sanguíneos A, B e O por Karl Landsteiner
(1900) e do grupo AB por De Costello e Stuli (1920) e pela introdução de testes de
compatibilidade por Ottemberg (1907) e Moss (1910) a transfusão passou a adquirir bases
mais científicos para a sua realização. Técnicas de anastomoses arteriovenosas ou
venovenosas entre o doador e o receptor foram desenvolvidas por Carrel, e posteriormente por
Crile e Berhein. O sistema passou a ser introduzido em alguns hospitais, porém com o
advento de seringas (Lindeman, Unger) ou tubos específicos (Kimpton-Brown) a transfusão
direta passou a ter maior aceitação.12
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Mollison, 1934), unidades colhidas na América ou Inglaterra podiam ser facilmente
transportados até os hospitais de campanha, próximos a cenas de combate durante a IIª guerra
mundial.12
2.3 ÁFRICA
Como parte da implementação desta resolução mundial, o comite regional para a áfrica
aprovou a resolução em 1994, que instava os estados membros na região africana a tomar
medidas urgentes para adoptar políticas de segurança do sangue, mobilizar recursos para
desenvolver as infraestruturas necessárias para o serviço de sangue em hospitais centrais e
distritais. Além disso, para melhorar a disponibilidade de produtos lábeis de sangue seguros
em todos os estados membro, a quinquagésima primeira sessão do comité regional para a
áfrica aprovou a estratégia regional para a segurança do sangue em setembro de 2001.7
2.4 ANGOLA
Desde a década de 50 (1950) foi criada em angola, o centro nacional de sangue, uma
instituição do ministério da saúde que teve como objetivo coordenar as acções de doação, e
qualidade do sangue que no país. Este centro começou a funcionar como um serviço de
hemoterapia dentro do hospital Josina Machel (Maria Pia) em Luanda. Em seguida, estes
serviços foram expandidos para outras unidades sanitárias conhecidas como hospital São
Paulo e Maternidade de Luanda.
Todo paciente candidato à transfusão deve ser esclarecido sobre o procedimento, seus
riscos e benefícios.
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máximo no momento da punção para transfusão, ou seja, a amostra deve ser colhida antes de
iniciar a transfusão) e encaminhada ao serviço.8
3 METODOLOGIA
3.1 TIPO DE ESTUDO
Realizar-se-á um estudo descritivo retrospectivo, com abordagem quantitativa de
forma a descrever a frequência de transfusão sanguínea em crianças até 5 anos atendidas no
hospital geral de luanda no I semestre de 2022.
3.3 UNIVERSO
A nossa população ou universo será constituído por todas as crianças até 5 anos
atendidas no BU no Hospital Geral de Luanda.
3.4 AMOSTRA
A amostra será constituída por crianças até aos 5 anos com anemia de transfusão no
local e período em estudo.
Considerando o tipo de estudo a ser realizado, a técnica será de não Auto reporte,
utilizando para o efeito uma ficha de recolha de dados.
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3.6 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO
Será inclusos todas as crianças até 5 anos atendidas e/ou transfundido no hospital geral
de luanda;
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4 CRONOGRAMA DAS ACTIVIDADES/2022
Actividades Realizadas Agos Sete Outu Nove Deze Jane Responsável
5 RECURSOS NECESSÁRIOS
1. Deisi Gois, F.F(2019). Doação de Sangue: Cuidados e Restrições para o Doador. São Paulo
(Brasil).
2. Fernandes, L., & Cambelela, L. (2004). Situação actual da medicina transfusional em
Angola. ABO, 20, 15-17.
3. Giangrande, P. L. F. (2000). The history of blood transfusion. British Journal of
Haematology, 110(4), 758-767. doi: 10.1046/j.1365-2141.2000.02139.x.
4. Learoyd, P. (2012a). The history of blood transfusion prior to the 20th century - Part 1.
Transfusion Medicine, 22(5), 308-314. doi: 10.1111/j.1365-3148.2012.01180.x.
5. Ministerio, S. (2013). Técnico em Hemoterapia. Brasilia: Coordenação de Gestão
Editorial.
6. Myhre, B. A. (1995). BLUNDELL,JAMES - PIONEER TRANSFUSIONIST.
Transfusion, 35(1), 74-78. doi: 10.1046/j.1537-2995.1995.35195090668.x.
7. O.M.S(2013). Situação Actual da Segurança e Disponibilidade de Sangue na região
africana da OMS. Escritório Regional Africano da OMS.
8. Pedro B. Júnior, & Garcia, P.C. (2017). Manual de Transfusão Sanguínea para Medicos.
Botucatu (Brasil)
9. Pelis, K. (1997). Moving blood. Vox Sanguinis, 73(4), 201-206. doi: 10.1046/j.1423-
0410.1997.7340201.x.
10. Seitz, R., Heiden, M., Nuebling, C. M., Unger, G., & Loewer, J. (2008). The
harmonization of the regulation of blood products: a European perspective. Vox Sanguinis,
94(4). doi: 10.1111/j.1423-0410.2007.01026.x.
11. Tapko, J. B., Sam, O., & Diarra-Nama, A. (2004). Report on the status of blood safety in
the WHO African region for 2004 Retrieved 2010-05-05, from
http://www.afro.who.int/bls/pdf/blood_safety_report_07.pdf
12. Verrastro, T., Lorenzi, T. F., & Neto, S. W. (2005). Fundamentos de Morfologia,
Fisiologia, Patologia e Clínica. São Paulo: Atheneu.
13. Young, J. H. (1964). JAMES BLUNDELL (1790-1878), EXPERIMENTAL
PHYSIOLOGIST AND OBSTETRICIAN. Medical history, 8, 159-169.
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