1. INTRODUÇÃO
2. HISTÓRICOS DA HEMOTERAPIA
A transfusão de sangue teve dois períodos: um empírico, que vai até 1900, e
outro científico, de 1900 em diante. No Brasil, em 1879, um relato discutia se a
melhor transfusão seria com sangue de animais para humanos ou entre seres
humanos. Na era científica, os pioneiros da hemoterapia foram cirurgiões do Rio de
Janeiro. Por volta de 1920 surgem os primeiros serviços organizados e de
constituição bastante simples. Destaca-se, nos anos 40, no Rio de Janeiro, o STS
(Serviço de Transfusão de Sangue) por ter, além da conotação assistencial,
atividades científicas. No final desta década, é promovido o I Congresso Paulista de
Hemoterapia, que forneceu as bases para a fundação da Sociedade Brasileira de
Hematologia e Hemoterapia, em 1950.
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Fonte:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-84842005000300013
Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-84842005000300013
5. TIPOLOGIA SAGUINEA
A hemoglobina (Hb) é uma proteína composta por quatro cadeias
globínicas, cada qual associada a um grupo heme, formado por uma estrutura
porfirínica, que contêm no seu centro um átomo de ferro. As mutações que afetam
os genes que codificam essas cadeias globínicas causam as anemias hereditárias, e
estas são classificadas em dois grupos: as hemoglobinopatias variantes que
compreendem as alterações estruturais na sua molécula, e as talassemias,
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6. HEMOTERAPIA
de hemácias (CH) e plaquetas (CP) tem papel de destaque, garantindo aumento dos
índices de sobrevida e cura dos pacientes.
Fidlarczyk e Ferreira (2008, p.59) orienta que não se deve realizar a
transfusão enquanto se administram anfoterecina B e quimioterápicos ao cliente.
Deve-se manter, sempre que possível, um intervalo mínimo de 30 minutos entre a
transfusão e a administração desses medicamentos e ressaltam que nenhum fluido
ou medicação que não seja salina a 0,9% deve ser aplicado juntamente com a
transfusão. O uso de soluções em cirurgias, como Ringer lactato, que contem cálcio
pode causar formação de pequenos coágulos, e o uso de fluidos, como dextrose a
5%, pode resultar em hemólise.
De acordo com Sweeney; Rizk (2005, p.30) os sinais vitais devem ser
verificados antes e após a transfusão, ou a qualquer momento, se ocorrer uma
reação. A duração de uma transfusão de concentrado de hemácias é de
preferencialmente 1 hora e meia, mas não deve exceder 4 horas.
A taxa inicial para transfusão de concentrado de hemácias deve ser
estabelecida em 1-2 ml/min, por aproximadamente 15 minutos, de modo que possa
detectar e tratar qualquer evento súbito e inesperado, como uma reação hemolítica
aguda, sépsis bacteriana ou anafilaxia (SWEENEY; RIZK, 2005, p.31). Nesse
período deve ser feito uma observação e questionamento ao paciente para avaliar
se está tendo algum desconforto.
Fidlarczyk e Ferreira (2008, p.60) destaca que pacientes com
necessidade de reposição volêmica (grandes hemorragias e politraumatizados),
deve-se transfundir rapidamente, com gotejo livre, já para pacientes cardiopatas,
nefropatas, idosos e crianças, os mesmos autores apontam que se deve transfundir
lentamente, respeitando as condições hemodinâmicas. Esses pacientes, sempre que
possível devem permanecer sentados durante a transfusão.
Verrastro, Lorenzi e Neto (2005, p 256) ressaltam que devido à
manipulação do produto no momento da infusão e pela manutenção do mesmo à
temperatura ambiente, aumenta-se o risco de crescimento bacteriano. Dessa forma
nenhuma infusão deverá ocorrer num período superior a 4 horas.
As transfusões de plaquetas conforme Sweeney; Rizk (2005, p.31) são
administradas de forma mais rápida, por um período de 15-30 minutos, o que
eventualmente pode resultar na ocorrência de reações febris ou urticariformes nos
pacientes.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Governo Federal, através do Ministério da Saúde, tenha envidado esforços para que
a população se envolva mais no processo de doação de sangue, com ações
educativas e de mobilização social, ainda assim, o número de doadores de sangue
não supre a demanda para as reais necessidades de produtos hemoterápicos no
país.
A transfusão de sangue e hemocomponentes é uma tecnologia relevante
na terapêutica moderna. Usada de forma adequada em condições de agravos da
saúde pode salvar vidas e melhorar a saúde dos pacientes. Porém, assim como
outras intervenções terapêuticas, pode levar a complicações agudas ou tardias,
como o risco de transmissão de doenças infecciosas entre outras complicações
clínicas. O uso de sangue e hemocomponentes é uma prática cara para o SUS, que
necessita e utiliza tecnologia de ponta e recursos humanos altamente
especializados, e tem seu fornecimento diretamente relacionado à doação voluntária
e altruísta. Tais particularidades tornam indispensável a racionalização na utilização
dos hemocomponentes, considerando sempre a segurança do doador, do receptor e
a disponibilidade de acesso.
O perfil dos candidatos à doação de sangue, com o passar do tempo vem
sendo modificado devido ao seguimento evolutivo da hemoterapia e, também pelo
sistema de seleção dos candidatos. Todo processo na obtenção do sangue é
fundamentado por normas e leis cujo objetivo principal é garantir a segurança
transfusional e a qualidade do sangue, enquanto que, até o fim da década de 80,
manter o estoque de sangue era o que importava (COVAS; TANGHI; BORDIN,
2007).
Mesmo no século XXI, ainda é necessária a doação de sangue, e de
forma consciente, responsável e saudável, pois não há um substituto para esse
tecido. Nesse sentido, apesar da evolução técnico-científica, ainda torna-se
substancial a efetivação de políticas públicas voltadas à doação de sangue a fim de
facilitar o suprimento dos estoques e de contribuir para a melhoria da qualidade do
sangue a ser transfundido.
Acredita-se que por meio da informação, educação em saúde e
conscientização, e considerando a educação como um valioso instrumento de
transformação social, busca-se tornar a sociedade um doador coletivo de sangue e
co-responsáveis pelo processo da doação.
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REFERÊNCIAS
BORDIN, José Orlando; COVAS, Dimas Tadeu; JUNIOR, Dante Mário Langhi.
Hemoterapia: fundamentos e prática. In: Comitê hospitalar de transfusão. São
Paulo: Editora Atheneu, 2007, p. 551- 555.