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REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

ESTADO DE MATO GROSSO


MUNICÍPIO DE BARRA DO GARÇAS
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE

PO NÚMERO
REAÇÃO ADVERSA A DOAÇÃO 09

REVISÃO SEÇÃO ELABORADO VERIFICADO APROVADO DATA DE


DO POR POR POR VIGÊNCIA
MANUAL
Gabriella Karina Talita 12/2021 a
10 09 Bueno Sousa Monteiro Rodrigues de 12/2023
Aguiar Melo
Alcântara

SUMÁRIO

1. Objetivo...............................................................................................................
02

2. Campo de
Aplicação...........................................................................................02

3. Definições............................................................................................................
02

4. Siglas...................................................................................................................
02

5. Procedimentos.....................................................................................................
03

6. Responsabilidade................................................................................................
.06

7. Referências..........................................................................................................
06

8. Anexos.................................................................................................................
06

Autoria: Gabriella Bueno Sousa


Cargo: Enfermeira
Assinatura:

Barra do Garças – MT – Cep: 78.600-000 - e-mail: uct_bg2008@hotmail.com 1


Tel: 66 3407-2756 ou 66 3401-2363 Ramal 215
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MUNICÍPIO DE BARRA DO GARÇAS
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PO NÚMERO
REAÇÃO ADVERSA A DOAÇÃO 09
Verificado por: Karina Monteiro Aguiar
Cargo: Biomédica
Assinatura:

Aprovado: Talita Rodrigues de Melo Alcântara


Cargo: Médica
Assinatura:

1. OBJETIVO

Padronizar as condutas a serem adotadas nos casos de reação adversa


à doação.

Normatizar a assistência aos doadores que apresentarem reações à


doação.

2. CAMPO DE APLICAÇÃO

Este procedimento aplica-se à Unidade de Coleta e Transfusão de


Barra do Garças.

Aplica-se ao setor de coleta da UCT – Barra do Garças.

3. DEFINIÇÕES

Pulso - contagem de batimentos cardíacos por minuto.

Respiração - contagem de movimentos respiratórios por minuto.

Reações adversas no doador - a reação adversa à doação é definida como


uma resposta não intencional do doador, associada à coleta de unidade de
sangue, hemocomponente ou células progenitoras hematopoiéticas, que
resulte em óbito ou risco à vida.

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4. SIGLAS

P = Pulso
PA = Pressão Arterial
Tax. = Temperatura axilar
R = Respiração

5. PROCEDIMENTOS EM CASOS DE PROBLEMAS REFERENTES AO


A COLETA.

Embora na maioria das vezes a doação transcorra sem qualquer


complicação, ocasionalmente poderão ocorrer problemas no procedimento de coleta
e com o fluxo lento. Contudo devemos estar atentos e observar a aparência e
valorizar a queixa do doador, para evitar maiores intercorrências. Caso ocorra
alguma reação adversa, tomar as seguintes condutas abaixo relacionadas para cada
caso, anotando a seguir na ficha do doador.

A - PROBLEMAS NO PROCEDIMENTO DE COLETA

Problema Conduta
A flebotomia não teve êxito (agulha fora da · Interrompa o procedimento.
veia; o sangue não flui). · Pergunte ao doador se ele autoriza
uma nova punção.
· Caso o doador autorize, repita o
procedimento no outro braço,
utilizando novo material de coleta.
· Utilizar este procedimento por no
máximo duas vezes.

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Punção arterial (sangue vermelho vivo, · Interrompa o procedimento.
fluindo rápido, em jatos ritmados). · Pressione fortemente o local da
flebotomia por pelo menos, 10
minutos.
· Faça curativo compressivo.
· Aplique bolsa de ar frio (gelox) no
local por 15 minutos; dispense o
doador e oriente-o para que
continue colocando bolsa de gelo
em casa.
Diminuição no fluxo de saída do sangue 1 - Verifique o tubo de coleta.
devido a: 2 - Afrouxe o garrote.
1 - dobra no tudo de coleta; 3 - Manobre cuidadosamente a agulha
2 - garrote apertado; e alinhe-a com a veia, antes de fixá-la
3 - colabamento da veia. novamente.
Hematomas (acúmulo de sangue no local · Interrompa o procedimento.
da punção). · Pressione o local e levante o braço
por 5 minutos.
· Faça curativo no local da punção.
· Coloque bolsa de gelo no local por
15 minutos.
· Pergunte ao doador se ele autoriza
uma nova punção.

5.1 PROCEDIMENTOS EM CASOS DE REAÇÕES ADVERSAS NO


DOADOR.

Prevenção de reações: Algumas medidas devem ser adotadas para minimizar a


ocorrência de reações à doação de sangue:

 Atendimento cordial e maior atenção individual, a cada doador;


 Relacionamento adequado entre os doadores e cada profissional da equipe:
propiciar clima agradável na sala de coleta;
 Diminuição do tempo de espera, atendendo prontamente cada doador;
 Ambiente calmo e climatizado (temperatura entre 20 e 24º C);

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 Não expor a bolsa de sangue durante a coleta, mantendo-a fora da visão do
doador;
 Permitir que o doador permaneça na cadeira por no mínimo 10 minutos após o
término da coleta, ou até que o doador esteja se sentindo bem;
 Evitar que o doador veja outros com reação;
 Nunca deixar o doador só, permanecer ao seu lado durante toda a coleta,
mantendo conversa agradável, adequada, demonstrando interesse real por ele(a);
 Identificar precocemente os sinais de reação e tomar as medidas adequadas para
evitar sua progressão.

 Identificação dos tipos de reações e condutas de Enfermagem: ao


identificar os sinais e sintomas de reações à doação o Técnico/Auxiliar de

Enfermagem deve solicitar a presença do Enfermeiro e o Médico para juntos,


aplicarem os cuidados necessários:

B - PROBLEMAS COM O DOADOR

Tipos Sinais e sintomas Cuidados de Enfermagem


de
Reação
L  Palidez cutânea;  Interromper a coleta se necessário;
E  Perspiração, principalmente  Afrouxar roupas apertadas;
V na  Elevar MMII para melhorar o retorno
E face e palmas das mãos; venoso e a oxigenação cerebral;
 Suspiros ou bocejos;  Verificar PA e pulso a cada 15 minutos;
 Hiperventilação (frequência  Conversar com o doador enquanto são
respiratória aumentada); realizados os procedimentos citados;
 Sensação de calor ou falta  Quando houver hiperventilação procurar
de ar; relaxar o doador conversando com ele,
 Sensação de cabeça leve; orientando-o para prender a respiração
 Náusea com ou sem enquanto conta, pausadamente,
vômito; de 1 a 5 (+ 5 segundos), estimular o doador a
 Ausência de perda de tossir a fim de mudar seu ritmo de respiração,
consciência. instruir o doador para respirar dentro de um

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saco plástico colocado sobre seu nariz e boca;
 Oferecer líquidos e liberar o doador quando
sua PA estiver em níveis normais.
M  Evolução dos sintomas  Interromper a coleta e retirar a agulha do
O anteriores; braço do doador;
D  Bradicardia;  Mesmos cuidados citados acima;
E  Respiração “curta”;  Proteger o doador inconsciente contra
R  Hipotensão (P A < 60 traumatismos decorrentes de quedas ou outras
A mmHg); situações que possam causar traumas;
D  Perda de consciência sem  Colocar o doador em posição de
A convulsões ou tetania; Trendelemburg;
 Demora na recuperação  Se possível, isolar o doador com biombos ou
(Tempo > 15 minutos); levá-lo para outro ambiente.
G  Qualquer ou todos  Mesmos cuidados citados acima;
R anteriores;  Manter vias aéreas permeáveis usando cânula
A  Rigidez ou tremor de de guedel, se necessário;
V extremidades;  Solicitar a presença de um médico e
E  Variação na coloração da administrar medicamentos prescritos;
S pele  Não oferecer nada via oral;
de palidez a cianose;  Realizar controle de sinais vitais a cada 5
 Incontinência de minutos nos primeiros 15 minutos, e após a
esfíncteres; cada ½ hora (se houver melhora do doador)
 Convulsões.
Tipos de reação, sinais e sintomas e cuidados de enfermagem,

Obs: As reações adversas a doação pode ocorrer até 24h após a doação.

6. Responsabilidade

A responsabilidade é dos profissionais da UCT - Barra do Garças envolvidos no


procedimento de coleta: técnicos de enfermagem, enfermeira e médico.

7. Referências

Portaria de Consolidação MS-GM nº/2017

Vicente, Cláudia Spegiorin- Implantação de um sistema de gestão da qualidade


internacional ISO no hemocentro da Unicamp e seu impacto na sistematização e

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melhoria da assistência de enfermagem aos doadores de sangue. Claudia Spegiorin
Vicente. --Campinas, SP: [s.n.], 2002.

8 – Anexos

NORMAS DE BIOSSEGURANÇA

O objetivo das normas de biossegurança é cuidar da segurança do meio-


ambiente, do profissional da área da saúde e especificamente daqueles que
manipulam materiais biológicos, tais como: soro, sangue, secreções, fluidos
orgânicos, tecidos, etc., potencialmente infectantes e que muitas vezes estão
contaminados com agentes etiológicos conhecidos ou desconhecidos. Para evitar

riscos é importante obedecer e aderir aos procedimentos básicos de biossegurança,


descritos a seguir.

A – GERAIS

§ Manter o setor em ordem;


§ Acondicionar resíduo potencialmente infectante e hospitalar em saco
branco leitoso com tarja de infectante e resíduo comum, em sacos
escuros;
§ Certificar sempre as condições de funcionamento dos Equipamentos
de Proteção Coletiva;
§ Em casos de derramamento de material biológico, retire o excesso
com papel toalha, descarte dentro do recipiente próprio, despeje
hipoclorito de sódio 1% e deixe agir por 20 minutos, não se
esquecendo de calçar luvas.

B – INDIVIDUAIS

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 Lavar as mãos antes e após qualquer procedimento;
 Usar aventais de manga longa com punho retrátil, fechado na frente e
longo, luvas descartáveis e óculos protetores;
 Não manuseie telefone, maçaneta de portas e janelas, jornais, revistas,
livros protocolos e registros, quando estiver usando luvas;
 Não sentar nas bancadas, balcões e mesas do setor;
 Manter cabelos presos (se longos) na sua totalidade, unhas curtas e
lixadas;
 Não fumar, beber, comer ou preparar alimentos no setor;
 Evitar o excesso de maquiagem e bijuterias;

 Usar sapatos fechados totalmente ou de preferência na frente. Nunca


usar sandálias;
 Em casos de acidente de trabalho, notifique imediatamente a chefia
imediata.

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