Um pouco sobre a História da enfermagem História e evolução da enfermagem
A história da Enfermagem, apesar de ter seus primeiros indícios
lá nos primórdios da civilização, só foi ganhar destaque, de verdade, durante o século XIX. História e evolução da enfermagem
A Enfermagem surgiu antes mesmo de Cristo – ainda que à época
não tivesse esse nome técnico. Sua origem aponta para o trabalho de homens e mulheres abnegados que cuidavam do bem-estar dos enfermos, tentando garantir a eles uma situação digna, de saúde básica e de sobrevivência. Entre os séculos V e VIII d.C, por exemplo, alguns princípios da Enfermagem eram aplicados pelos detentores da fé, os sacerdotes. História e evolução da enfermagem
Por volta do século XVI, a atividade era vista, na Europa, como
uma profissão que já começava a se institucionalizar, principalmente a partir da Revolução Industrial. No entanto, foi somente no século XIX, na Era Moderna, que ela, de fato, ganhou notoriedade. Quando falamos de história da Enfermagem é impossível não citar o nome de duas mulheres: Florence Nightingale e Anna Nery. A primeira foi um marco para a Enfermagem mundial. Já a segunda foi a precursora da área aqui no Brasil. História e evolução da enfermagem Florence Nightingale Nasceu em 12 de maio de 1820, em Florença, e é considerada, a mãe da Enfermagem. Família rica e cheia de posses; Viveu boa parte de sua vida em Londres; Decidiu, então, se dedicar à caridade; Em uma viagem ao Egito para conhecer hospitais, Florence sentiu despertar em si uma vocação para ser enfermeira; Durante a Guerra da Crimeia que a enfermeira deu a sua principal contribuição, inseriu estratégias sanitárias diminuindo de 40 para 5% as mortes nos hospitais de guerra; História e evolução da enfermagem Florence Nightingale Em 1860, fundou a Escola de Enfermagem do Hospital Saint Thomas, em Londres, onde era promovido o curso com duração de um ano, coordenado por uma enfermeira e com aulas teóricas e práticas ministradas por médicos; A dedicação de Florence Nightingale foram reconhecidos pela Rainha Vitória que, em 1883, concedeu à enfermeira a Cruz Vermelha Real; Anos depois, em 1907, a imperatriz também conferiu a ela a Ordem do Mérito; “Notes on nursing” (notas sobre Enfermagem),importância de se investir em procedimentos sanitários em hospitais de guerra. História e evolução da enfermagem Anna Justina Ferreira Nery - Anna Nery. Nascida na cidade de Cachoeira, interior da Bahia, em 1810; Origem humilde; Se voluntariou para defender as cores da bandeira de seu país, na Guerra do Paraguai. Depois de passar por um pequeno período de treinamento no Rio Grande do Sul, aos 51 anos, a enfermeira integrou o Décimo Batalhão de Voluntários. Com muito êxito em seu trabalho, Ana Neri voltou da Guerra e recebeu homenagens por seus serviços prestados, alguns pós morte; História e evolução da enfermagem Anna Justina Ferreira Nery - Anna Nery. Em 1870, Ana recebeu duas medalhas: a de prata Geral de Campanha e a Humanitária de Primeira Classe. O Imperador Dom Pedro II conferiu pensão vitalícia por decreto, para que ela pudesse criar seus filhos, que haviam ficado órfãos de pai após a Guerra. Ana Neri faleceu em 20 de maio de 1880, mas as condecorações por seu pioneirismo continuaram acontecendo: em 1923, a primeira escola de alto padrão em Enfermagem do Brasil foi batizada com o nome da enfermeira. História e evolução da enfermagem
As contribuições dessas duas mulheres para Enfermagem mundial,
dentro de suas realidades, são inestimáveis. Elas ajudaram a impulsionar ainda mais o desenvolvimento dessa área da saúde. Aos poucos, começaram a ser criadas instituições que regulam a profissão e ajudam na padronização de alguns procedimentos, diagnósticos e linguagens próprias. História da Enfermagem no Brasil (1553) Abertura da primeira Casa de Misericórdia no Brasil (1814) Nascimento de Ana Neri, primeira enfermeira do Brasil (1852) Irmãs de Caridade assumem a gestão da Santa Casa do Rio de Janeiro (1908) Fundação da Cruz Vermelha Brasileira (1923) Primeira Escola de Enfermagem do Brasil (1926) Surgimento da Associação Nacional de Enfermeiras Diplomadas no Brasil, atual Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn) (1938) 12 de maio é instituído como o Dia do Enfermeiro (1973) Criado o Conselho Nacional de Enfermagem e os respectivos conselhos regionais (1974) Criação da Conferência Nacional de Saúde, realizada a cada 4 anos (1979) Criação do Centro de Estudo e Pesquisa em Enfermagem (Cepen) (1986) Regulamentada a profissão de enfermeiro e técnico em Enfermagem no País (1990) Regulamentação do Sistema Único de Saúde (SUS) (1994) Lançamento do Programa Saúde da Família. TAREFA AVALIATIVA Escolher um dos filmes indicados sobre as precursoras da enfermagem, Florence Nightingale e Anna Nery, assistir ao filme e produzir um relatório sobre o filme, por fim, discorrer sobre a importância destas mulheres para a enfermagem. Entrega: Aula 5. Conhecendo o Ambiente Hospitalar Você sabe como podem ser classificados os hospitais? Os hospitais podem ser classificados sob vários aspectos: Porte Pequeno porte: É o hospital que possui capacidade normal ou de operação de até 50 leitos. Médio porte: É o hospital que possui capacidade normal ou de operação de 51 a 150 leitos. Grande porte: É o hospital que possui capacidade normal ou de operação de 151 a 500 leitos. Os hospitais podem ser classificados sob vários aspectos: Finalidade ou tipo de assistência: Geral: assiste pacientes de várias especialidades, tanto clínicas quanto cirúrgicas, podendo ser limitados a grupos etários (como os infantis ou geriátricos) ou grupos da comunidade (militar), ou ainda apresentar uma finalidade específica (hospital de ensino); Especializada: assiste predominantemente pacientes com alguma patologia (doença) específica, entre eles estão os psiquiátricos, câncer, HIV, de órgãos, etc. Os hospitais podem ser classificados sob vários aspectos: Regime de Propriedade: Público: administrado por entidade governamental municipal, estadual ou federal; Particular: pertencente à pessoa jurídica de direito privado; Privado sem fins lucrativos: beneficentes ou filantrópicos. Os hospitais podem ser classificados sob vários aspectos: Hospital Geral: destinado a atender pacientes portadores de doenças das várias especialidades médicas. Poderá ter a sua ação limitada a um grupo etário (infantil), a determinada camada da população (militar) ou a finalidade específica (ensino). Hospital Especializado: destinado a atender uma determinada especialidade médica. Hospital-dia: modalidade de atendimento na qual o paciente utiliza os serviços apenas durante o dia. Hospital de Ensino/ Hospital Universitário: utilizado por escolas de Ciências da Saúde como centro de formação. Ambiente Hospitalar – Internação. Para todo atendimento que exige que o paciente permaneça em acomodação por pelo menos 24 horas, a internação será indicada. Quando se fala em cirurgia, partos, acidentes, problemas de saúde mais graves ou até mesmo transtornos que representem risco à vida, a internação hospitalar será necessária. Durante o período de internação, fica mais fácil diagnosticar problemas, acompanhar as condições do paciente, evitar riscos e tratar da saúde com tranquilidade e segurança. O seu objetivo é justamente restaurar ou melhorar a saúde para que o paciente possa retornar para casa bem. Ambiente Hospitalar – Internação. Avaliação Medicação Evolução Organização Expurgo Resíduos Hospitalares Resíduos hospitalares. Os resíduos hospitalares são aqueles produzidos por todos os tipos de estabelecimento prestadores de serviços de saúde, como, hospitais, consultórios médicos, laboratórios, farmácias, clínicas veterinárias, necrotério, postos de saúde, centro de pesquisa e qualquer outra instituição que produza resíduos contendo secreções ou perigo de contaminação para o ser humano, animais e/ou ambiente. As leis que se aplicam as organizações produtoras de resíduos hospitalares começou com a RDC n.º 306/04 da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e pela resolução n.º 358/05 do CONAMA (conselho nacional do meio ambiente), objetivando organizar e impor o PGRSS (Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde). Resíduos hospitalares. Tipos de lixo hospitalar De acordo com a Resolução RDC nº 33/03, os resíduos hospitalares são classificados como: Grupo A (potencialmente infectantes) – que tenham presença de agentes biológicos que apresentem risco de infecção. Ex.: bolsas de sangue contaminado; Grupo B (químicos) – que contenham substâncias químicas capazes de causar risco à saúde ou ao meio ambiente, independente de suas características inflamáveis, de corrosividade, reatividade e toxicidade. Por exemplo, medicamentos para tratamento de câncer, reagentes para laboratório e substâncias para revelação de filmes de Raio-X; Resíduos hospitalares. Tipos de lixo hospitalar Grupo C (rejeitos radioativos) – materiais que contenham radioatividade em carga acima do padrão e que não possam ser reutilizados, como exames de medicina nuclear; Grupo D (resíduos comuns) – qualquer lixo hospitalar que não tenha sido contaminado ou possa provocar acidentes, como gesso, luvas, gazes, materiais passíveis de reciclagem e papéis; Grupo E (perfurocortantes) – objetos e instrumentos que possam furar ou cortar, como lâminas, bisturis, agulhas e ampolas de vidro. Resíduos hospitalares. Resíduos hospitalares. Risco ambiental do lixo hospitalar O maior risco ambiental do lixo hospitalar é representado pelo chamado lixo infectante, que são aqueles com presença de agentes biológicos como sangue e derivados, secreções e excreções humanas, tecidos, partes de órgãos, peças anatômicas; além de resíduos de laboratórios de análises e de microbiologia, de áreas de isolamento, de terapias intensivas, de unidades de internação, assim como materiais perfurocortantes. Resíduos hospitalares. Os resíduos perfurantes, contaminados com patógenos ou infecciosos, quando seu descarte é feito de forma incorreta em aterros sanitários comuns, trazem um grande risco aos catadores de lixo, pois os indivíduos podem ser contaminados caso entrem em contato com alguns desses materiais. Por isso, foi desenvolvido pela Anvisa o Plano de Gerenciamento de Resíduos do Serviço de Saúde (PGRSS), um documento que aponta e descreve ações relativas ao manejo dos resíduos sólidos observando suas características. Ele contempla os aspectos referentes a geração, segregação, condicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e disposição final, bem como a proteção à saúde pública e ao meio ambiente. Resíduos hospitalares. Em função das preocupações ambientais dos últimos anos, a gestão de resíduos passou a ser muito abordada pela legislação, contudo, no caso dos resíduos hospitalares, a abordagem legal é ainda mais intensa e exige das empresas preparo para o atendimento de todos os requisitos, uma vez que as sanções são igualmente pesadas em caso de descumprimento. Higienização Hospitalar Higienização hospitalar. A higienização hospitalar diz respeito a todas as técnicas de limpeza, desinfecção e esterilização utilizadas em todos os ambientes internos do hospital. Diferentes procedimentos são utilizados de acordo com o risco de infecção do ambiente (centro cirúrgico, UTIs, enfermarias, ambulatórios, áreas administrativas). O principal objetivo da higienização hospitalar é o de prevenir a ocorrência de infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS), isto é, aquelas adquiridas por meio de procedimentos de saúde ou durante a internação hospitalar. Higienização hospitalar. Etapas da higienização Diferentes procedimentos antimicrobianos são utilizados dentro do hospital para a manutenção da higiene. Cada procedimento precisa ser compreendido, para que possa ser aplicado de forma correta em cada situação. A higiene do ambiente hospitalar é alcançada através dos procedimentos de descontaminação, desinfecção e limpeza, sendo.