Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
do trabalho
Disciplina:
Enfermagem
do trabalho
Géssica Alves
Pacajus- ce
2017
1.Surgimento da Enfermagem
No Brasil, encontramos Ana Justina Ferreira Neri, nasceu na Vila Nossa Senhora do
Rosario do Porto de Cachoeira do Paraguaçu (Cachoeira), em 13 de dezembro de 1814. Viúva
do capitão-de-fragata Isidoro Antônio Néri viu seus familiares mais próximos serem
convocados para a Guerra do Paraguai e solicitou ao presidente da Província da Bahia poder
acompanhar os filhos e o irmão, ou pelo menos prestar serviços voluntários nos hospitais do
rio Grande do Sul, no que foi atendida. Embarcou, em Salvador, com a tropa do 10o Batalhão
de Voluntários da Pátria em agosto de 1865, na qualidade de enfermeira.
Serviu, portanto, como voluntária na Guerra do Paraguai (1864-1870), como auxiliar do
corpo de saúde do Exército brasileiro. A partir deste contexto ofereceu seus serviços como
enfermeira ao presidente da província enquanto durasse o conflito. Durante toda a Guerra do
Paraguai, prestou serviços nos hospitais militares de Salto, Corrientes (Argentina), Humaitá e
Assunção (Paraguai), bem como nos hospitais da frente de operações. Viu morrer na luta um
de seus filhos e um sobrinho. Faleceu no Rio de Janeiro, em 1980, aos 66 anos de idade. Ana
Neri foi contemporânea de Florence Nightingale (foi quem criou a primeira escola de
enfermagem no mundo, em Londres, 1860), mas não existem indicações de que elas sabiam
da existência uma da outra. No entanto, foram semelhantes na maneira de agir: ambas ricas,
estudadas, cultas e poliglotas, severas e disciplinadoras e dedicadas às tafefas de cuidar dos
sofredores nas guerras em que participaram ativamente (Ana, na Guerra do Paraguai e
Florence, na Guerra da Criméia - atual Ucrânia).
Durante a guerra Ana Neri enfrentou o caos da saúde no país quando as doenças
proeminentes da época eram a Cólera, febre tifóide, disenteria, malária e varíola. Durante
toda a Guerra do Paraguai prestou serviços nos hospitais militares de Salto, Corrientes
(Argentina), Humaitá e Assunção (Paraguay), bem como nos hospitais de campo, na frente de
operações militares. Em sua convivência diária com os médicos, no trato conjunto das
obrigações, adquiriu conhecimentos terapêuticos, mas o bom senso aliado ao seu olhar de
mãe que cuida de filhos doentes muitas vezes fez prevalecer sua opinião aos médicos.
Nos últimos anos, a crença na qualidade de vida tem influenciado, por um lado, o
comportamento das pessoas, levando a um maior envolvimento e responsabilidade em suas
decisões ou escolhas; e por outro, gerado reflexões em esferas organizadas da sociedade -
como no setor saúde, cuja tônica da promoção da saúde tem direcionado mudanças no
modelo assistencial vigente no país.
No tocante à enfermagem, novas frentes de atuação são criadas à medida que essas
transformações vão ocorrendo, como sua inserção no Programa Saúde da Família (PSF), do
Ministério da Saúde; em programas e serviços de atendimento domiciliar, em processo de
expansão cada vez maior em nosso meio; e em programas de atenção a idosos e outros
grupos específicos.
As entidades de classes são órgãos que motivados pelo interesse coletivo de uma
categoria profissional, na enfermagem temos o sindicato, associação e conselho profissional;
embora possuam propósitos diversos nos estatutos que as originaram, são imprescindíveis
como órgãos que representam os interesses culturais, políticos e econômicos dos profissionais
de enfermagem, nos níveis nacionais e internacionais. Nessa perspectiva, tais entidades devem
unir esforços para a valorização e o reconhecimento da enfermagem brasileira.
Sindicatos
A situação era crítica e a única possibilidade era juntar-se e tentar negociar condições
de trabalho, surge o sindicalismo como uma associação de operários buscando vender melhor
sua força de trabalho, constituído de pessoa jurídica de direito privado que têm base territorial
de atuação e são reconhecidas por lei como representantes de categoria de trabalhadores ou
empregados.
No Brasil o movimento sindical mais forte ocorreu em São Paulo, onde os imigrantes
integravam a massa de trabalhadores de fábricas e indústria, em 1930, o Governo Federal
criou o Ministério do trabalho em 1931 foi regulamento por decreto lei a sindicalização das
classes patronais e operárias. No período de 1930 a 1945, houve um controle do estado sobre
a atividade sindical, onde o governo centralizou e nacionalizou os instrumentos de controle e
decisão; com o advento do Estado Novo Getulio Vargas, iniciou um processo de
descaracterização do sindicato como instrumento de luta da classe trabalhadora.
Atribuições do Sindicato:
Sistema COFEN/CORENs
Histórico
a) Criação- Em 12 de julho de 1973, através da Lei 5.905, foram criados os Conselhos
Federal e Regionais de Enfermagem, constituindo em seu conjunto Autarquias
Federais, vinculadas ao Ministério do Trabalho e Previdência Social. O Conselho
Federal e os Conselhos Regionais são Órgãos disciplinadores do exercício da
Profissão de Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem. Em cada Estado
existe um Conselho Regional, os quais estão subordinados ao Conselho federal, que
é sediado no Rio de Janeiro e com Escritório Federal em Brasília.
b) Direção- Os Conselhos Regionais são dirigidos pelos próprios inscritos, que formam
uma chapa e concorrem à eleições. O mandato dos membros do COFEN/CORENs é
honorífico e tem duração de três anos, com direito apenas a uma reeleição. A
formação do plenário do COFEN é composta pelos profissionais que são eleitos
pelos Presidentes dos CORENs.
c) Receita- A manutenção do Sistema COFEN/CORENs é feita através da arrecadação
de taxas emolumentos por serviços prestados, anuidades, doações, legados e
outros, dos profissionais inscritos nos CORENs.
d) Finalidade- O objetivo primordial é zelar pela qualidade dos profissionais de
Enfermagem e cumprimento da Lei do Exercício Profissional.
Visão:
Valores:
Perseverança;
Aprendizado;
Inovação;
Promoção e Prevenção à Saúde Ocupacional.
5. A ENFERMAGEM DO TRABALHO
No Brasil a primeira escola de enfermagem foi criada e 1890 no Hospital Pedro 2º. O
exercício de enfermagem no Brasil foi regulamentado em 1931. Em 1955 foi aprovada a Lei do
exercício Profissional de Enfermagem no Brasil. Em 1959 aconteceu uma Conferência
Internacional do Trabalho e, nesta, houve a recomendação de numero 112 da Organização
Internacional do Trabalho (OIT) que conceituou a Medicina do Trabalho, mas limitando-se a
intervenção médica.
Em 1963 foi incluído nos cursos médico o ensino de medicina do trabalho. Com a OIT
as normas sobre a proteção a saúde e integridade física do trabalhador ganharam forças,
contribuindo bastante na prevenção de acidentes e doenças do trabalho. Logo em seguida,
em 1964, (UERJ) incluiu a disciplina de saúde ocupacional no curso de graduação.
O auxiliar de enfermagem do trabalho foi incluído na equipe de saúde ocupacional
em 1972 pela portaria nº.3.237 do ministério do Trabalho. Empresas com mais de 100
empregados, centralizada ou não num mesmo local, a existência de um Serviço de Saúde
Ocupacional, composto. Pelos seguintes profissionais; medico do trabalho, Engenheiro de
segurança, Técnicos em segurança e Auxiliar de enfermagem do trabalho.
A enfermagem do trabalho tem, nesta área, um vasto campo para desempenhar suas
funções, quer na prestação de assistência de enfermagem trabalhadores da empresa e aos
seus dependentes, quer assumindo funções administrativas, educativas, de integração e de
pesquisa. Em 1973 criou-se o COFEN e COREN.
A inclusão do enfermeiro do trabalho na equipe de saúde ocupacional aconteceu por
meio da portaria nº3. 460 do ministério do trabalho, em 1975. Neste mesmo ano criou-se no
Rio Grande do Sul o primeiro sindicato de enfermagem.
A história da enfermagem do trabalho no Brasil é bastante recente. Inicialmente a
assistência de enfermagem do trabalho era vista mais como atendimento emergencial na
empresa, o que não valoriza muito. Contudo, o espaço para o desempenho profissional,
principalmente do enfermeiro do trabalho esta se ampliando a cada dia, seja na assistência
direta aos trabalhadores e familiares ou no desempenho de funções administrativa,
educacionais, de integração ou de pesquisa.
COMPETÊNCIAS PESSOAIS
Demonstrar organização;
Destreza manual;
Iniciativa;
Sensibilidade;
Flexibilidade;
Autocontrole;
Imparcialidade de julgamento;
Adaptar-se às situações;
Observar com atenção e critério;
Liderança;
Empatia;
Atenção seletiva;
Trabalhar em equipe.
ENFERMEIRO DO TRABALHO
A sua prática profissional estará pautada na observação dos princípios éticos e legais
da profissão, no respeito ao cliente, à equipe multidisciplinar, nas normas de biossegurança e
segurança no trabalho.
São vários os princípios de segurança que já salvaram muitas vidas, sendo relacionados
abaixo os mais básicos e simples de seguir.
Não tente realizar um trabalho para o qual você não está qualificado. A falta de conhecimentos
e o jeitinho podem trazer consequências lamentáveis. Seu corpo também tem limitações, ele
só pode alcançar até determinada altura e levantar determinado peso.
Não utilize improvisações ou de nenhum método para realizar determinada tarefa, trabalho ou
atividade.
Eles foram idealizados para protegê-lo. Um sinal de pare, pode indicar que naquele local
muitas pessoas já se acidentaram.
Existe uma grande diferença entre eficácia e pressa. Um ritmo consistente e progressivo
permitirá atingir os objetivos a médio e longo prazo.
Haja e pense como ser humano que é, não permita que o instinto prevaleça.
Deve ser destacado que Ética deve ser considerada um assunto que não tem claros
limites de extensão, que necessita interações, cooperação multidisciplinar, consultas e
participação. O processo em si pode ser mais importante do que propriamente seu resultado.
Tanto por isso, um código de ética para profissionais de Saúde no Trabalho não deve jamais ser
considerado como um fim em si, mas como uma etapa de um processo dinâmico que envolve
a comunidade de Saúde no Trabalho – como um todo – a ICOH e as outras organizações
relacionadas com a Segurança, a Saúde e o Meio Ambiente, assim como as organizações de
trabalhadores e de empregadores.
Conhecimento e Expertise
Os profissionais de Saúde no Trabalho devem propor tal política e programa, com base
no conhecimento técnico e científico atualmente disponível, levando em conta também o
próprio conhecimento dos trabalhadores a respeito da organização do trabalho e do meio
ambiente de trabalho. Devem se assegurar de que têm as qualificações requeridas, ou devem
garantir a disponibilização das competências requeridas, de modo tal que seja provida a
correta orientação sobre os programas de prevenção, os quais deveriam incluir, quando
apropriado, a vigilância e a gestão da segurança do trabalho e dos riscos para a saúde e, em
caso de falha, as medidas para minimizar as consequências.
Uma atenção especial deveria ser dada à aplicação rápida de medidas simples de
prevenção, que são válidas do ponto de vista técnico e factíveis.
Vigilância da Saúde
Informação ao Empregador
Os resultados dos exames prescritos pela legislação nacional ou por normas específicas
devem ser transmitidos à administração da empresa exclusivamente em termos da capacidade
para o exercício da função pretendida, ou de contraindicações de ordem médica a
determinadas condições de trabalho e/ou exposições ocupacionais, elaborando, neste caso,
propostas de adaptação de tarefas e condições de trabalho às habilidades do trabalhador.
Informações de caráter geral sobre a capacidade de trabalho, no que se refere às condições de
saúde, ou sobre prováveis ou potenciais efeitos adversos sobre a saúde [do candidato] podem
ser providas ao empregador, após o consentimento informado do trabalhador em questão, e
apenas quando este procedimento for necessário para garantir a proteção da saúde do
trabalhador.
Danos a Terceiros
Promoção da Saúde
Independência Profissional
Estes profissionais não devem aceitar condições de prática profissional que estejam
em desacordo com o cumprimento dos padrões profissionais e princípios éticos. Os contratos
de trabalho deveriam especificar condições legais, contratuais e éticas, e em particular, no
que se refere a conflitos, ao acesso a dados, e à confidencialidade.
Os profissionais devem ter certeza de que seu contrato de emprego não contém
cláusulas que poderiam limitar sua independência profissional. Em caso de dúvida, os termos
do contrato devem ser verificados e discutidos com a autoridade competente.
Confidencialidade Médica
Combate a Abusos
12. LEGISLAÇÃO
RESOLVE:
Art. 1º – A Anotação de Responsabilidade Técnica pelo Serviço de Enfermagem, bem como as
atribuições do Enfermeiro Responsável Técnico, passam a ser regidas por esta Resolução.
Art. 2º – Para efeitos desta Resolução considera-se:
I – Serviço de Enfermagem: espaço dotado de estrutura física e de recursos humanos de
Enfermagem que tem por finalidade a realização de ações, de natureza intangível, relacionadas
aos cuidados de Enfermagem ao indivíduo, família ou comunidade;
II – Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) pelo Serviço de Enfermagem: ato
administrativo decorrente do poder de polícia vinculado no qual o Conselho Regional de
Enfermagem, na qualidade de órgão fiscalizador do exercício profissional, concede, a partir do
preenchimento de requisitos legais, licença ao Enfermeiro Responsável Técnico para atuar
como liame entre o Serviço de Enfermagem da empresa / instituição e o Conselho Regional de
Enfermagem, visando facilitar o exercício da atividade fiscalizatória em relação aos
profissionais de Enfermagem que nela executam suas atividades;
III – Certidão de Responsabilidade Técnica (CRT): documento emitido pelo Conselho Regional
de Enfermagem, pelo qual se materializa o ato administrativo de concessão de Anotação de
Responsabilidade Técnica pelo Serviço de Enfermagem;
IV – Enfermeiro Responsável Técnico (RT): profissional de Enfermagem de nível superior, nos
termos da Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986 e do Decreto nº 94.406, de 08 de junho de
1987, que tem sob sua responsabilidade o planejamento, organização, direção, coordenação,
execução e avaliação dos serviços de Enfermagem, a quem é concedida, pelo Conselho
Regional de Enfermagem, a ART.
Art. 3º – Toda empresa / instituição onde houver serviços de Enfermagem, deve apresentar
CRT, devendo a mesma ser afixada em suas dependências, em local visível ao público.
§ 1º – O fato da empresa / instituição não caracterizar os serviços de Enfermagem como sua
atividade básica só a dispensa do registro de empresa junto ao Conselho Regional de
Enfermagem.
§ 2º – A CRT terá validade de 12 meses, devendo ser renovada após este período.
Art. 4º – A ART pelo Serviço de Enfermagem deverá ser requerida ao Conselho Regional de
Enfermagem pelo Enfermeiro responsável pelo planejamento, organização, direção,
coordenação, execução e avaliação dos Serviços de Enfermagem da empresa / instituição onde
estes são executados.
§ 1º Fica estabelecido o limite máximo de 02 concessões de ART por Enfermeiro, desde que
não haja coincidência de horário de suas atividades como RT nas empresas / instituições as
quais esteja vinculado.
I – A jornada de trabalho não poderá ser inferior a 6 (seis) horas diárias.
§ 2º – O Enfermeiro RT r
equerente deverá firmar de próprio punho, declaração de que suas atividades como RT nas
Empresas / Instituições não coincidem em seus horários.
Art. 5º – Na implementação do processo de requerimento de ART, o Conselho Regional de
Enfermagem deverá elaborar um formulário para esta finalidade, o qual deve conter, no
mínimo, os seguintes dados:
I – Da Empresa / Instituição: razão social, nome fantasia, inscrição no CNPJ, ramo de atividade,
natureza, horário de funcionamento, endereço completo, contatos telefônicos e endereço
eletrônico;
II – Do Enfermeiro Responsável Técnico: nome, número da inscrição no Coren, características
do serviço onde exerce a função de RT, horário de trabalho e carga horária semanal,
características dos outros vínculos profissionais, se houver horário de trabalho e carga horária
semanal, endereço completo, contatos telefônicos e endereço eletrônico, devendo vir
acompanhado da assinatura e carimbo do mesmo.
III – Do Representante Legal da Empresa / Instituição: nome, cargo e formação, devendo vir
acompanhado da assinatura e carimbo do mesmo.
Parágrafo Único O formulário de requerimento de ART, o qual se refere o caput deste artigo,
deverá vir acompanhando dos seguintes documentos:
a) 01 cópias do cartão do CPNJ da Empresa / Instituição;
b) 01 cópias da comprovação do vínculo empregatício existente entre a Empresa / Instituição e
o Enfermeiro Responsável Técnico;
c) 01 cópias do ato de designação do Enfermeiro para o exercício da Responsabilidade Técnica;
d) 01 cópias da relação nominal atualizada dos profissionais de Enfermagem que executam
atividades na Empresa / Instituição, contendo nome, número da inscrição no Coren,
cargo/função, horário de trabalho e setor/unidade/departamento/divisão de trabalho.
Art. 6º – Para concessão de ART e emissão da CRT, o Conselho Regional de Enfermagem
deverá observar o preenchimento dos seguintes requisitos:
I – Entrega pela empresa / instituição requerente, do formulário de requerimento de ART
devidamente preenchido, assinado e carimbado por quem tenha esta obrigação,
acompanhado de todos os documentos arrolados no parágrafo único do Art. 5º desta
Resolução;
II – Comprovação do recolhimento das taxas de ART e emissão de CRT, cujos valores deverão
ser fixados pelo Conselho Regional de Enfermagem, observando o disposto na Resolução
Cofen nº 436/2012 ou outra que lhe sobrevir;
III – Não coincidência de horário de trabalho como RT nas empresas / instituições as quais
esteja vinculado, no caso do Enfermeiro RT que estiver requerendo a segunda concessão de
ART;
IV – O Enfermeiro RT requerente deverá estar quite com suas obrigações eleitorais junto ao
Conselho Regional de Enfermagem, bem como com as suas anuidades, em todas as categorias
em que estiver inscrito, exceto a do ano vigente, que poderá ser recolhida até o dia 31 de
dezembro.
§ 1º Os mesmos requisitos deverão ser observados para a renovação de ART.
§ 2º Sem prejuízo aos dispositivos desta Resolução, o Conselho Regional de Enfermagem
poderá conceder ART e emitir CRT àquelas empresas / instituições que estão dispensadas do
registro de empresa junto à Autarquia.
Art. 7º – As instituições públicas e filantrópicas nas quais o Enfermeiro RT requerente esteja
vinculado, poderão requerer, mediante a comprovação de sua natureza institucional, ao
Conselho Regional de Enfermagem a isenção do recolhimento das taxas de ART e emissão de
CRT.
Art. 8º – No caso da empresa / instituição substituir o Enfermeiro RT, esta deverá encaminhar
ao Conselho Regional de Enfermagem, no prazo máximo de 15 dias contados do ato, o
comunicado de substituição acompanhado de todos os documentos arrolados no parágrafo
único do Art. 5º desta Resolução, para que se proceda à nova ART, inclusive com recolhimento
das taxas pertinentes.
Art. 9º O Enfermeiro que deixou de exercer a atividade de Responsável Técnico da empresa /
instituição, deverá comunicar seu afastamento ao Conselho Regional de Enfermagem, no
prazo máximo de 15 dias a contar de seu afastamento, para fins de cancelamento de sua ART,
sob pena de responder a Processo Ético-Disciplinar na Autarquia.
Art. 10º – São atribuições do Enfermeiro RT:
I – Cumprir e fazer cumprir todos os dispositivos legais da profissão de Enfermagem;
II – Manter informações necessárias e atualizadas de todos os profissionais de Enfermagem
que atuam na empresa / instituição, com os seguintes dados: nome, sexo, data do nascimento,
categoria profissional, número do RG e CPF, número de inscrição no Conselho Regional de
Enfermagem, endereço completo, contatos telefônicos e endereço eletrônico, assim como das
alterações como: mudança de nome, admissões, demissões, férias e licenças, devendo
fornecê-la semestralmente, e sempre quando lhe for solicitado, ao Conselho Regional de
Enfermagem;
III – Realizar o dimensionamento de pessoal de Enfermagem, conforme o disposto na
Resolução Cofen nº 293/2004 informando, de ofício, ao representante legal da empresa /
instituição e ao Conselho Regional de Enfermagem;
IV – Informar, de ofício, ao representante legal da empresa / instituição e ao Conselho
Regional de Enfermagem situações de infração à legislação da Enfermagem, tais como:
a) ausência de Enfermeiro em todos os locais onde são desenvolvidas ações de Enfermagem
durante algum período de funcionamento da empresa / instituição;
b) profissional de Enfermagem atuando na empresa / instituição sem inscrição ou com
inscrição vencida no Conselho Regional de Enfermagem;
c) profissional de Enfermagem atuando na empresa / instituição em situação irregular,
inclusive quanto a inadimplência perante o Conselho Regional de Enfermagem, bem como
aquele afastada por impedimento legal;
d) pessoal sem formação na área de Enfermagem, exercendo atividades de Enfermagem na
empresa / instituição; e) profissional de Enfermagem exercendo atividades ilegais previstas em
Legislação do Exercício Profissional de Enfermagem, Código de Ética dos Profissionais de
Enfermagem e Código Penal Brasileiro;
V – Intermediar, junto ao Conselho Regional de Enfermagem, a implantação e funcionamento
de Comissão de Ética de Enfermagem;
VI – Colaborar com todas as atividades de fiscalização do Conselho Regional de Enfermagem,
bem como atender a todas as solicitações ou convocações que lhes forem demandadas pela
Autarquia.
Art. 11 Os casos omissos nesta Resolução serão resolvidos pelo Conselho Federal de
Enfermagem.
Art. 12 Esta Resolução entrará em vigor após sua aprovação pelo plenário do Cofen e
publicação no Diário Oficial da União, revogando-se as disposições em contrário,
especialmente a Resolução Cofen nº 302/2005.
CAPÍTULO I
Qualificação
Art. 1º – Fica instituída na área dos Conselhos de Enfermagem a qualificação específica em
nível médio em Enfermagem do Trabalho, a ser atribuída aqueles que preencham os requisitos
estipulados nesta Resolução.
CAPÍTULO IV
Disposições gerais
Art. 8º – A anotação da qualificação de que trata esta Resolução será concedida mediante o
pagamento de taxas a serem estabelecidas pelo COREN.
Art. 10 – Este ato resolucional entrará em vigor na data de sua publicação, revogando-se as
disposições em contrário, em especial, as Resoluções COFEN-132/91, 187/95 e 215/98.
O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), no uso das atribuições que lhe são conferidas
pela Lei nº 5.905, de 12 de julho de 1973, e pelo Regimento da Autarquia, aprovado pela
Resolução Cofen nº 242, de 31 de agosto de 2000;
RESOLVE:
Art. 1º Ao Técnico de Enfermagem detentor de certificado de Especialização é assegurado o
direito de registrá-lo no Conselho Regional de Enfermagem de sua jurisdição, conferindo
legalidade para atuação na área especifica do exercício profissional.
Art. 2º Os títulos de especialização do Técnico de Enfermagem, conferidos por escolas
devidamente autorizadas pelo Conselhos Estaduais de Educação, e cadastradas no Sistema
Nacional de Informações da Educação Profissional e Tecnológica/SISTEC/MEC, serão
registrados, no âmbito do Sistema Cofen / Conselhos Regionais de Enfermagem, de acordo
com a legislação vigente;
Parágrafo único Os títulos serão registrados de acordo com a denominação constante do
certificado apresentado em conformidade com as áreas de abrangência definidos no anexo da
presente Resolução;
Art. 3º O título de especialização de Técnico de Enfermagem emitido por instituições
cadastradas pelo MEC será registrado mediante apresentação de:
a) requerimento dirigido à Presidência do Conselho Regional em que o profissional tenha sua
inscrição principal;
b) original do certificado, onde conste autorização da Instituição para oferta do Curso e carga
horária;
Parágrafo único Os certificados de Especialização de Técnico de Enfermagem emitidos por
instituições estrangeiras deverão ser acompanhados de comprovante de revalidação no Brasil.
Art. 4º As Especialidades de Enfermagem reconhecidas pelo Cofen, encontram-se listadas no
anexo desta Resolução. Aquelas que porventura não estejam contempladas ou criadas após o
presente ato, serão, após apreciação pelo Pleno do COFEN, objetos de norma própria;
Art. 5º Os casos omissos serão resolvidos pelo Conselho Federal de Enfermagem.
Art. 6° Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogando-se as disposições
em contrário, especialmente a Resolução Cofen n° 226/2000.
Brasília, 29 de novembro de 2011.