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NORMA REGULAMENTADORA 05

1 Origem da CIPA
2 Norma Regulamentadora 05 (NR 05)

3 Legislação Trabalhista e Previdenciária SST

Temas 4 Princípios Gerais da Higiene do Trabalho e Medidas de


Controle de Riscos

Abordados 6
5 Medidas de Controle e Proteção de Riscos

Identificação dos Riscos

7 Acidentes e Incidentes

8 Investigação de Acidentes

9 Equipamentos de Proteção Individual

10 Equipamentos de Proteção Coletiva

11 Síndrome da Imunodeficiência Adquirida – AIDS/Sida (HIV)

12 Primeiros Socorros
• Origem da CIPA
Origem da Cipa no Mundo:
A CIPA surgiu a partir da Revolução Industrial, segunda metade do século XVlll, na
Inglaterra, em decorrência da chegada das máquinas, do aumento do números de
acidentes, da adaptação do homem ao trabalho, bem como da necessidade de um grupo
que pudesse apresentar sugestões para correção de possíveis riscos a acidentes. A
organização Internacional do Trabalho- OIT aprovou, em 1921, instrução para criação de
comitês de segurança para indústrias, que dizia assim:

Os empregadores, cujo o numero de empregados seja superior a 100, deverão providenciar


a organização, sem seus estabelecimentos, de comissões internas, com representantes dos
empregados, para a fim de estimular o interesse pelas questões de prevenção de acidentes,
apresentar sugestões quanto á orientação e fiscalização das medidas de proteção ao
trabalho, realizar palestras instrutivas, propor a instituição de cursos e prêmios e tomar
outras providências tendentes a educar o empregado na pratica de prevenir acidentes.
Origem da CIPA no Mundo
Origem da CIPA no Brasil:
A CIPA tem sua origem no Artº 82 do Decreto-Lei 7036, de 10 de novembro de 1944. Coube
a ela dar os primeiros passos para a implantação de Segurança do Trabalho no Brasil.

A primeira Portaria a regulamentar as comissões interna foi a de número 229, de 19 de


Junho de 1945, que no inicio o objetivo era que as comissões zelassem pela saúde física
do trabalhador, estimulando os mesmos para assuntos que visassem a prevenção de
acidentes (lembrando que nesta época não havia PPRA, PCMSO e etc), inúmeras
atribuições foram direcionadas à comissão neste período.

A segunda regulamentação veio por meio da Portaria nº155 de 21 de novembro de 1953,


que passa a ser de forma obrigatória para empresas com mais de 100 empregados a
compor a CIPA.
A terceira regulamentação veio com a Portaria nº 32 de 29 Novembro de 1968, que tinha
como maior preocupação por parte dos legisladores em relação aos prejuízos provocados
pelos acidentes. Passou a ser obrigação da CIPA enviar mensalmente à Delegacia Regional do
Trabalho a documentação pertinente as atividades.

A quarta regulamentação que veio por meio da Portaria nº 3456 de 3 de Agosto de 1977,
trouxe várias inovações e todas nascidas em decorrência do desenvolvimento das empresas
e dos significativos números de acidentes e doenças do trabalho.

No campo da organização, ficou estabelecido que empresas com mais de 50 funcionários,


eram obrigadas a organizar e assistir a CIPA. Outra inovação é que a composição de
representantes do empregador e dos empregados passassem a ser proporcionais ao número
de empregados e cada representante passasse a ter um suplente e a votação passou a ser
secreta.
• Norma Regulamentadora 05 (NR 05)
A NR 05- Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, foi Regulamentada pela publicação
da Portaria GM nº 3214, de 08 de Junho de 1978, onde desde o início até o momento já
tivemos nove atualizações em seus textos, e é referência para órgãos fiscalizadores em
Segurança do Trabalho. Conta com os seguintes textos:

Objetivo:
5.1 A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA, tem como objetivo a prevenção
de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível
permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção de saúde do
trabalhador.
Constituição
5.2 Devem constituir CIPA, por estabelecimento, e mantê-lo em
regular funcionamento as empresas privadas, públicas, sociedades
de economia mista, órgãos de administração direta e indireta,
instituições beneficentes associações recreativas, cooperativas,
bem como outras instituições que admitam trabalhadores como
empregado.
5.3 As condições contidas nesta NR aplicam-se, no que couber,
aos trabalhadores avulsos e as entidades que lhes tomem serviços,
observadas as disposições estabelecidas em Normas
Regulamentadoras de setores econômicos específicos.
5.5 As empresas instaladas em centro comercial ou indústria
estabelecerão, através de membros de CIPA ou designados,
mecanismos de integração com objetivo de promover o
desenvolvimento de ações de prevenção de acidentes e doenças
decorrentes do ambiente e instalações de uso coletivo, podendo
contatar com a participação da administração do mesmo.
Organização:
5.6 A CIPA será composta de representantes do empregador e dos empregados, de acordo
com o dimensionamento previsto no Quadro I desta NR, ressalvadas as alterações
disciplinares em atos normativos para setores econômicos específicos.
5.6.1 Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão por eles designados.

5.6.2 Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos em escrutínio


(voto) secreto, do qual participem, independentemente de filiação sindical, exclusivamente
os empregados interessados.
5.6.3 O número de membros e titulares e suplentes da CIPA, considerando a ordem
decrescente de votos recebidos, observará o dimensionamento previsto no Quadro I desta
NR, ressalvadas as alterações disciplinares em atos normativos de setores econômicos
específicos.

5.6.4 Quando o estabelecimento não se enquadrar no Quadro I, a empresa designará um


responsável pelo cumprimento dos objetivos desta NR, podendo ser adotados mecanismos
de participação dos empregados, através de negociação coletiva.
Composição da CIPA

Empregador Trabalhadores

Eleição

Presidente
- Membros Vice-Presidente
- Titulares e - Membros
Suplentes - Titulares e
Suplentes
Secretário
Organização:
5.7 O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de um ano, permitida uma
reeleição.
5.8 É vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado eleito para cargo de
direção da CIPA desde o registro de sua candidatura até um ano após o final de seu mandato.
Obs: empregado membro da Cipa perde estabilidade após cometer falta grave (exemplo:
agressão sem legitima defesa, furto).

5.9 serão garantidos ao membros da CIPA condições que não descaracterizam as atividades
normais na empresa, sendo proibido a transferência para outro estabelecimento sem a sua
anuência, ressalvo o disposto nos parágrafos primeiro e segundo do artigo 469, da CLT.

Art 469:
§ 1º Não estão compreendidos na proibição deste artigo: os empregados que exercerem
cargos de confiança e aqueles cujos contratos tenham como condição, implícita ou explícita, a
transferência, quando esta decorra de real necessidade de serviço.
§ 2º - É licita a transferência quando ocorrer extinção do estabelecimento em que trabalhar o
empregado.
Organização:
5.10 O empregador deverá garantir que seus indicados tenham a representação necessária
para a discussão e encaminhamento de soluções de questões de segurança e saúde do
trabalho analisadas na CIPA.
5.11 O empregador designará entre os seus indicados o Presidente da CIPA, e os
representante do empregado escolherão entre os titulares o Vice-Presidente (podendo ser o
mais votado).

5.12 Os membros da CIPA, eleitos e designados serão, empossados no primeiro dia útil
após o termino do mandato anterior. ( se houver, caso seja a primeira instauração da CIPA o
eleitos e designados são empossados imediatamente).
5.13 Será indicado, de comum acordo com os membros da CIPA, um secretário e seu
substituto, entre os componentes ou não da comissão, sendo neste caso necessário a
aceitação do empregador.
Funções do Secretário:
 Acompanha as reuniões da CIPA e redigi as atas,
apresentando-as para aprovação e assinatura dos membros
presentes;
 Prepara as correspondências e outras atividades que lhe
forem atribuídas.

Organização:
5.14 A documentação referente ao processo eleitoral da CIPA, incluindo as atas de eleição
e de posse e o calendário anual das reuniões ordinárias, deve ficar no estabelecimento à
disposição da fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego.
Organização:
5.14.1 A documentação indicada no item 5.14 deve ser encaminhada ao Sindicato dos
Trabalhadores da categoria, quando solicitada.
5.14.2 O empregador deve fornecer cópias das atas de eleição e posse aos membros
titulares e suplentes da CIPA, mediante recibo.
5.15 A CIPA não poderá ter seu número de representantes reduzido, bem como não poderá
ser desativada pelo empregador, antes do término do mandato de seus membros, ainda que
haja redução do número de empregados da empresa, exceto no caso de encerramento das
atividades do estabelecimento.

Atribuições:
5.16: a) identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos, com a
participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do SESMT, onde houver;
b) elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de problemas de
segurança e saúde no trabalho;
Mapa de Risco
Plano de Ação

Segurança do Trabalho - Nome da Empresa


Ações Objetivo Local Estratégia de Ação Início Término Responsável
Item Prioridade
O que? Por que? Onde? Como? Quando Quando Quem?

Organizar a SIPAT a partir CIPA em


Planejar Para atender a Sala de
1 das reuniões Ordinárias / /20 parceria com 2
SIPAT legislação. cursos
da CIPA SESMT
Orientação do
Colocar anexo 1 da NR17 – No setor Técnico em
Solicitar orçamentos e
2 apoio para Egonomia. A falta de / /20 / /20 Segurança do 2
contratar serviço.
os pés do apoio pode checkout Trabalho - José
gerar multas

3 -

4 -

Observações:
Atribuições:
5.16:
c) participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de prevenção
necessárias, bem como da avaliação das prioridades de ação nos locais de trabalho;
d) realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho visando a
identificação de situações que venham a trazer riscos para a segurança e saúde dos
trabalhadores;

e) realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu plano de
trabalho e discutir as situações de risco que foram identificadas;
f) divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no trabalho;

g) participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo empregador, para
avaliar os impactos de alterações no ambiente e processo de trabalho relacionados à
segurança e saúde dos trabalhadores;
h) requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a paralisação de máquina ou setor
onde considere haver risco grave e iminente à segurança e saúde dos trabalhadores;
Atribuições:
c) participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de prevenção
necessárias, bem como da avaliação das prioridades de ação nos locais de trabalho;
d) realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho visando a
identificação de situações que venham a trazer riscos para a segurança e saúde dos
trabalhadores;

e) realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu plano de
trabalho e discutir as situações de risco que foram identificadas;
f) divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no trabalho;

g) participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo empregador, para
avaliar os impactos de alterações no ambiente e processo de trabalho relacionados à
segurança e saúde dos trabalhadores;
h) requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a paralisação de máquina ou setor
onde considere haver risco grave e iminente à segurança e saúde dos trabalhadores;
Atribuições:
i) colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO e PPRA e de outros programas
relacionados à segurança e saúde no trabalho;
j) divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, bem como cláusulas
de acordos e convenções coletivas de trabalho, relativas à segurança e saúde no trabalho;

l) participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador, da análise das
causas das doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de solução dos problemas
identificados;
m) requisitar ao empregador e analisar as informações sobre questões que tenham interferido
na segurança e saúde dos trabalhadores;

n) requisitar à empresa as cópias das CAT emitidas;


o) promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a Semana Interna de
Prevenção de Acidentes do Trabalho - SIPAT;
p) participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de Campanhas de Prevenção da
AIDS.
Atribuições dos Empregadores e Empregados

5.17 Cabe ao empregador proporcionar aos membros da CIPA os


meios necessários ao desempenho de suas atribuições, garantindo
tempo suficiente para a realização das tarefas constantes do plano
de trabalho.

5.18 Cabe aos empregados:


a) participar da eleição de seus representantes;
b) colaborar com a gestão da CIPA;
c) indicar à CIPA, ao SESMT e ao empregador situações de riscos
e apresentar sugestões para melhoria das condições de trabalho;
d) observar e aplicar no ambiente de trabalho as recomendações
quanto à prevenção de acidentes e doenças decorrentes do
trabalho.
Atribuições do Presidente e Vice-Presidente

5.19 Cabe ao Presidente da CIPA:


a) convocar os membros para as reuniões da CIPA;
b) coordenar as reuniões da CIPA, encaminhando ao empregador e
ao SESMT, quando houver, as decisões da comissão;
c) manter o empregador informado sobre os trabalhos da CIPA;
d) coordenar e supervisionar as atividades de secretaria; e) delegar
atribuições ao Vice-Presidente;

5.20 Cabe ao Vice-Presidente:


a) executar atribuições que lhe forem delegadas;
b) substituir o Presidente nos seus impedimentos eventuais ou nos
seus afastamentos temporários;
trabalho.
Atribuições Conjunta do Presidente e Vice-Presidente

5.21 O Presidente e o Vice-Presidente da CIPA, em conjunto,


terão as seguintes atribuições:
cuidar para que a CIPA disponha de condições necessárias para o
desenvolvimento de seus trabalhos;
b) coordenar e supervisionar as atividades da CIPA, zelando para
que os objetivos propostos sejam alcançados;
c) delegar atribuições aos membros da CIPA;
d) promover o relacionamento da CIPA com o SESMT, quando
houver;
e) divulgar as decisões da CIPA a todos os trabalhadores do
estabelecimento;
f) encaminhar os pedidos de reconsideração das decisões da CIPA;
g) constituir a comissão eleitoral.
Atribuições do Secretário

5.22 O Secretário da CIPA terá por atribuição:


a) acompanhar as reuniões da CIPA e redigir as atas
apresentando-as para aprovação e assinatura dos membros
presentes;
b) preparar as correspondências; e
c) outras que lhe forem conferidas.
Funcionamento:
5.23 A CIPA terá reuniões ordinárias mensais, de acordo com o calendário preestabelecido.
5.24 As reuniões ordinárias da CIPA serão realizadas durante o expediente normal da
empresa e em local apropriado.

5.25 As reuniões da CIPA terão atas assinadas pelos presentes com encaminhamento de
cópias para todos os membros.
5.26 As atas devem ficar no estabelecimento à disposição da fiscalização do Ministério do
Trabalho e Emprego.

5.27 Reuniões extraordinárias deverão ser realizadas quando:


a) houver denúncia de situação de risco grave e iminente que determine aplicação de
medidas corretivas de emergência;
b) ocorrer acidente do trabalho grave ou fatal;
c) houver solicitação expressa de uma das representações.
Funcionamento:
5.28 As decisões da CIPA serão preferencialmente por consenso.
5.28.1 Não havendo consenso, e frustradas as tentativas de negociação direta ou com
mediação, será instalado processo de votação, registrando-se a ocorrência na ata da reunião.

5.29 Das decisões da CIPA caberá pedido de reconsideração, mediante requerimento


justificado.
5.29.1 O pedido de reconsideração será apresentado à CIPA até a próxima reunião
ordinária, quando será analisado, devendo o Presidente e o Vice-Presidente efetivar os
encaminhamentos necessários.

5.30 O membro titular perderá o mandato, sendo substituído por suplente, quando faltar a
mais de quatro reuniões ordinárias sem justificativa.
5.31 A vacância definitiva de cargo, ocorrida durante o mandato, será suprida por suplente,
obedecida a ordem de colocação decrescente que consta na ata de eleição, devendo os
motivos ser registrados em ata de reunião.
Funcionamento:
5.31.1 No caso de afastamento definitivo do presidente, o empregador indicará o substituto,
em dois dias úteis, preferencialmente entre os membros da CIPA.
5.31.2 No caso de afastamento definitivo do vice-presidente, os membros titulares da
representação dos empregados, escolherão o substituto, entre seus titulares, em dois dias
úteis.

5.31.3 Caso não existam suplentes para ocupar o cargo vago, o empregador deve realizar
eleição extraordinária, cumprindo todas as exigências estabelecidas para o processo
eleitoral, exceto quanto aos prazos, que devem ser reduzidos pela metade.
5.31.3.1 O mandato do membro eleito em processo eleitoral extraordinário deve ser
compatibilizado com o mandato dos demais membros da Comissão.

5.31.3.2 O treinamento de membro eleito em processo extraordinário deve ser realizado no


prazo máximo de trinta dias, contados a partir da data da posse.
Treinamento:
5.32 A empresa deverá promover treinamento para os membros da CIPA, titulares e
suplentes, antes da posse.
5.32.1 O treinamento de CIPA em primeiro mandato será realizado no prazo máximo de
trinta dias, contados a partir da data da posse.
5.32.2 As empresas que não se enquadrem no Quadro I, promoverão anualmente
treinamento para o designado responsável pelo cumprimento do objetivo desta NR.

Processo Eleitoral:
5.38 Compete ao empregador convocar eleições para escolha dos representantes dos
empregados na CIPA, no prazo mínimo de 60 (sessenta) dias antes do término do mandato
em curso.
5.38.1 A empresa estabelecerá mecanismos para comunicar o início do processo eleitoral
ao sindicato da categoria profissional.
Processo Eleitoral:
5.39 O Presidente e o Vice Presidente da CIPA constituirão dentre seus membros, no prazo
mínimo de 55 (cinquenta e cinco) dias antes do término do mandato em curso, a Comissão
Eleitoral - CE, que será a responsável pela organização e acompanhamento do processo
eleitoral.

5.39.1 Nos estabelecimentos onde não houver CIPA, a Comissão Eleitoral será constituída
pela empresa.
5.40 O processo eleitoral observará as seguintes condições:
publicação e divulgação de edital, em locais de fácil acesso e visualização, no prazo mínimo
de 45 (quarenta e cinco) dias antes do término do mandato em curso;
b) inscrição e eleição individual, sendo que o período mínimo para inscrição será de quinze
dias;
c) liberdade de inscrição para todos os empregados do estabelecimento,
independentemente de setores ou locais de trabalho, com fornecimento de comprovante;
Processo Eleitoral:
d) garantia de emprego para todos os inscritos até a eleição;
e) realização da eleição no prazo mínimo de 30 (trinta) dias antes do término do mandato da
CIPA, quando houver;
f) realização de eleição em dia normal de trabalho, respeitando os horários de turnos e em
horário que possibilite a participação da maioria dos empregados.
g) voto secreto;
h) apuração dos votos, em horário normal de trabalho, com acompanhamento de
representante do empregador e dos empregados, em número a ser definido pela comissão
eleitoral;
i) faculdade de eleição por meios eletrônicos;
j) guarda, pelo empregador, de todos os documentos relativos à eleição, por um período
mínimo de cinco anos.

5.41 Havendo participação inferior a cinquenta por cento dos empregados na votação,
não haverá a apuração dos votos e a comissão eleitoral deverá organizar outra votação,
que ocorrerá no prazo máximo de dez dias.
Processo Eleitoral:
5.43 Assumirão a condição de membros titulares e suplentes, os candidatos mais votados.
5.44 Em caso de empate, assumirá aquele que tiver maior tempo de serviço no
estabelecimento.

5.45 Os candidatos votados e não eleitos serão relacionados na ata de eleição e apuração,
em ordem decrescente de votos, possibilitando nomeação posterior, em caso de vacância de
suplentes.

Contratantes e contratadas:
5.46 Quando se tratar de empreiteiras ou empresas prestadoras de serviços, considera-se
estabelecimento, para fins de aplicação desta NR, o local em que seus empregados
estiverem exercendo suas atividades.
5.47 Sempre que duas ou mais empresas atuarem em um mesmo estabelecimento, a CIPA
ou designado da empresa contratante deverá, em conjunto com as das contratadas ou com
os designados, definir mecanismos de integração e de participação de todos os
trabalhadores em relação às decisões das CIPA existentes no estabelecimento.
Disposição Gerais: Quando I

*GRUPOS Nº de Empregados no 0 20 30 51 81 101 121 141 301 501 1001 2501 5001 Acima de 10.000 para
Estabelecimento Nº de a a a a a a a a a a a a a cada grupo de 2.500
Membros da CIPA 19 29 50 80 100 12 14 30 50 1000 2500 5000 10.000
Acrescentar
0 0 0 0

1 1 3 3 4 4 4 4 6 9 12 15 2
C-1 Efetivos Suplentes
1 1 3 3 3 3 3 3 4 7 9 12 2
Efetivos 1 1 3 3 4 4 4 4 6 9 12 15 2
C-1a
Suplentes 1 1 3 3 3 3 3 4 5 8 9 12 2
1 1 2 2 3 4 4 5 6 7 10 11 2
C-2 Efetivos Suplentes
1 1 2 2 3 3 4 4 5 6 7 9 1
Efetivos 1 1 2 2 3 3 4 5 6 7 10 10 2
C-3
Suplentes 1 1 2 2 3 3 4 4 5 6 8 8 2
1 1 2 2 2 3 3 4 5 6 1
C-3a Efetivos Suplentes
1 1 2 2 2 3 3 3 4 5 1
Efetivos 1 1 1 1 1 2 2 2 3 5 6 1
C-4
Suplentes 1 1 1 1 1 2 2 2 3 4 4 1
1 1 2 3 3 4 4 4 6 9 9 11 2
C-5 Efetivos Suplentes
1 1 2 3 3 3 4 4 5 7 7 9 2
Efetivos 1 1 2 2 2 3 3 4 6 7 1
C-5a
Suplentes 1 1 2 2 2 3 3 3 4 5 1
1 1 2 3 3 4 5 5 6 8 10 12 2
C-6 Efetivos Suplentes
1 1 2 3 3 3 4 4 4 6 8 10 2
• Legislação Trabalhista e Previdenciária SST
As Normas Regulamentadoras (NRs) de Segurança e Medicina do Trabalho são
publicações do Ministério do Trabalho e Emprego - MTE.
São 37 NR‟s descritas na portaria n.º 3.214, de 06.07.78 do MTE. Sendo a ultima
NR publica em 20 de Dezembro de 2018.
As NR‟s são relativas a Segurança e Medicina do Trabalho e estão previstas no
Capítulo V da CLT.

Legislação Trabalhista

A Legislação Trabalhista é ampla, ela regulamenta a jornada de trabalho, as normas de


segurança, os programas de proteção, entre outros elementos relacionados aos
colaboradores de uma empresa.
Legislação Previdenciária de SST

A Legislação Previdenciária de SST é uma norma que regulamenta a aposentadoria


especial. Isso significa que essa é a norma que regulamenta quais são os agentes
nocivos e as condições de trabalho que dão direito à aposentadoria especial. Além
disso, essa legislação também estabelece documentos que as empresas são obrigadas
a emitir acerca do ambiente de trabalho e dos colaboradores, de forma a comprovar o
direito a esse benefício.
Mesmo ambas se tratando do bem estar e da segurança e saúde dos colaboradores,
existe uma grande diferença entre elas, que iremos entender a seguir:

Abrangência

A Legislação Previdenciária de SST é uma norma que regulamenta a aposentadoria


especial. Dessa forma, as suas exigências se referem apenas a esse benefício relacionado à
saúde e à segurança do trabalhador.
Já a Legislação Trabalhista é bem mais ampla. Ela regulamenta a jornada de trabalho, as
normas de segurança, os programas de proteção, entre outros elementos relacionados aos
colaboradores de uma empresa.
Foco de atuação

No que se refere à saúde e à segurança do trabalho, a Legislação Previdenciária de


SST tem um foco muito diferente da CLT. Isso porque a primeira diz respeito apenas
aos documentos exigidos para a comprovação do direito à aposentadoria especial,
sem tratar sobre formas de melhoria do ambiente organizacional ou prevenção.

Já a CLT regulamenta acerca de condições mínimas de trabalho, programas de


proteção ao colaborador, adicionais de insalubridade, entre outros pontos. Ou seja, a
Legislação Trabalhista tem como foco não apenas a documentação das condições de
trabalho, mas também as práticas de melhoria do ambiente laboral e os programas de
proteção que devem ser criados (como o PPRA).
Documentação exigida

Os dois principais documentos exigidos pela Legislação Previdenciária de SST são


o LTCAT e o PPP. O primeiro consiste em um laudo no qual são atestadas as
condições do ambiente de trabalho dentro da empresa, já o segundo consiste em um
Perfil Profissiográfico Profissional, descrevendo as atividades realizadas pelos
colaboradores e os agentes nocivos aos quais cada trabalhador foi exposto durante o
tempo de trabalho na organização.

Por outro lado, a CLT exige uma série de documentos da empresa, como laudos de
insalubridade, vistorias técnicas, documentos relacionados à admissão e à demissão de
colaboradores, entre outros. Isso porque ela não se limita à regulamentação de apenas
um benefício e, nem mesmo, apenas à proteção da integridade física da equipe, sendo
muito mais ampla.
• Princípios Gerais da Higiene do Trabalho e
Medidas de Controle de Riscos
De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde),o conceito de saúde está associado
ao completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doenças, ou seja,
a saúde ocupacional seria a ausência de desvios de saúde causados pelas condições de
vida no ambiente de trabalho.
Quanto mais sólidos forem os processos de medicina e higiene do trabalho relativos a
uma determinada atividade laboral, mais completa será a saúde ocupacional.

Higiene do trabalho é definida como:


“A ciência e a arte devotadas à antecipação, ao reconhecimento, à avaliação e ao controle
dos fatores ambientais e agentes „tensores‟ originados no local de trabalho, os quais podem
causar enfermidades, prejuízos à saúde e bem-estar, ou significante desconforto e
ineficiência entre os trabalhadores ou entre cidadãos da comunidade”.
Conforme dito anteriormente devemos seguir sempre os seguintes passos:

Antecipação Reconhecimento

Avaliação

Controle

Antecipação: O termo antecipação mostra a necessidade de buscarmos identificar os


potenciais riscos à saúde, antes que um determinado processo industrial seja
implementado ou modificado, ou que novos agentes sejam introduzidos no ambiente de
trabalho.
Reconhecimento: O termo reconhecimento refere-se a toda análise e observação do ambiente
de trabalho a fim de identificarmos os agentes existentes, os potenciais de risco a eles
associados e qual prioridade de avaliação ou controle existe nesse ambiente de trabalho.

Os termos avaliação o e controle designam principalmente as monitorações que serão


conduzidas no ambiente de trabalho ou seja, é a continuidade dos processos no dia- a- dia
laboral. Mantendo sempre o bem estar dos colaboradores a frente.
De modo mais amplo, a higiene não se refere apenas ao ambiente industrial, mas a
qualquer tipo de atividade laboral, sendo mais apropriado, na língua portuguesa, o termo
higiene ocupacional.

Cabe à CIPA junto com o SESMT ( se houver) identificar os riscos e propor medidas de
controle para situações que oferecem riscos aos colaboradores e a empresa. Há uma série
de medidas de controle, utilizadas no meio ambiente e/ou no homem. A prioridade deve ser
dada às medidas de proteção coletiva.
• Medidas de Controle e Proteção de Riscos
Medidas de Proteção Coletiva: neste sentido, três alternativas podem ser adotadas:
•Eliminação do risco;
•Neutralização do risco;
•Sinalização do risco.

Eliminação do risco: do ponto de vista da segurança, esta deve ser a atitude prioritária da
empresa diante da situação de risco. A eliminação do risco pode ocorrer em vários níveis
da produção, como por exemplo:

- Na substituição de uma matéria-prima tóxica por uma inócua, que ofereça menos
riscos à saúde do trabalhador;
- Na alteração nos processos produtivos, realizando modificações na construção e
instalações físicas de empresa;
- Produzindo alterações no arranjo físico.
Medidas de Proteção Coletiva

Rede de Proteção Kit de Limpeza


e Guarda e Corpo Lava Olhos

Sinalização
Medidas de Proteção Coletiva

Capela Química Placas

Kit de Limpeza
Chuveiro
Neutralização do risco: Na impossibilidade temporária ou definitiva da eliminação de um
risco, por motivo de ordem técnica, busca-se a neutralização do risco, que pode ser feita de
três maneiras:
 Proteção contra o risco, por exemplo a instalação de uma grade para proteção de polias;
 Isolamento do risco no tempo e no espaço, por exemplo, a instalação do compressor de
ar fora das linhas de produção, desta maneira, o ruído não atingirá os trabalhadores;
 Enclausuramento do risco, por exemplo, fechar completamente um forno com paredes
isolantes térmicas, esta medida protegerá os trabalhadores do calor excessivo.
Sinalização de risco: Mesmo com a neutralização dos risco, a sinalização é de extrema
importância, justamente para servir como um maior adereço a segurança. Como por exemplo:
Próximo a polia, com sinalização de risco de aprisionamento das mãos, mesmo com proteção.

de risco de aprisionamento das mãos de risco de aprisionamento das mãos


• Identificação dos Riscos
O risco ocupacional é definido pela frequência com a qual uma pessoa pode sofrer danos
causados por uma fonte de perigo. No entanto, a Gestão de SST se ocupa
dos riscos potencialmente negativos à saúde do trabalhador e ao meio ambiente.
Estes risco por sua vez, se integram as seguintes classes:

Acidente
Físico Químico Biológico Ergonômico
(01.01.000) (02.01.000) (03.01.000) (04.01.000) Mecânico
(05.01.000)
Risco Físico

São agentes ambientais que se apresentam em forma de energia e imprimem algum


tipo de impacto ao organismo humano, que é afetado por essa pressão exercida sobre
seus órgãos e sistemas. O ruído, por exemplo, exerce pressão sobre o sistema
auditivo, que chamamos de pressão sonora. Todos os riscos deste grupamento são
absorvidos por meios físicos, por isso são chamados de riscos físicos. Exemplo: ruídos
e vibrações.
Risco Químico

Os riscos químicos vão se caracterizar por serem absorvidos pelo organismo, ou seja,
penetram no corpo humano e essa absorção pode ocorrer de 3 formas: inalação
(respiração); ingestão (“consumido” via oral e caindo no trato digestivo) e por contato
(sendo absorvido pela pele e mucosas).
Risco Biológicos

Assim como os agentes químicos, os agentes biológicos também penetram no


organismo, a diferença é que o segundo é composto por seres vivos, ou seja, são
outros organismos vivos (fungos, bactérias, etc). Atenção aqui:
Esse é o pulo do gato para diferenciar agentes químicos e biológicos, que são
frequentemente confundidos em salas de aula e ambientes de trabalho. Os riscos
biológicos são exposições a outros organismos vivos, os químicos não.
Risco Ergonômico

A ergonomia, também chamada de engenharia humana, é uma ciência relativamente


recente que estuda as relações entre o homem e seu ambiente de trabalho. Os riscos
ergonômicos podem afetar a integridade física ou mental (psicológica) do trabalhador,
proporcionando-lhe desconforto físico ou doença.
Risco de Acidentes/ Mecânicos

Risco de Acidentes/ Mecânicos:


É o grupamento mais amplo e abrangente de todos. São todos os fatores que colocam
o trabalhador em perigo, afetando sua integridade física ou moral. Normalmente é
concebido por meio de incidente ou acidente causador de lesão.
• Acidentes e Incidentes
Acidente: É o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa provocando lesões
corporais, perturbações funcionais que cause morte, perda ou redução, permanente ou
temporária da capacidade do trabalho

Incidente: Evento não desejado associado a possíveis perdas ou circunstancia que têm o
potencial de causar um acidente

Ao lado da conceituação acima, de acidente de trabalho típico, por expressa determinação


legal, as doenças profissionais e/ou ocupacionais equiparam-se a acidentes de trabalho. Os
incisos do art. 20 da Lei nº 8.213/91 as conceitua:

Doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do


trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo
Ministério do Trabalho e da Previdência Social;
Doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições
especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da
relação mencionada no inciso I.
Como se revela inviável listar todas as hipóteses dessas doenças, o § 2º do mencionado artigo
da Lei nº 8.213/91 estabelece que, "em caso excepcional, constatando-se que a doença não
incluída na relação prevista nos incisos I e II deste artigo resultou das condições especiais em
que o trabalho é executado e com ele se relaciona diretamente, a Previdência Social deve
considerá-la acidente do trabalho"

O art. 21 da Lei nº 8.213/91 equipara ainda a acidente de trabalho:


I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja
contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua
capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua
recuperação;
II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em consequência de:
a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de
trabalho;
b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao
trabalho;
c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de
trabalho;
d) ato de pessoa privada do uso da razão;
e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior;
III - a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua
atividade;

Ausência de Condições Fatores


EPC e EPIs Inseguras Ambientais
Ato Inseguro: São situações em que o empregado se coloca em risco, estando ciente das
consequências. São atos inseguros: não utilização de EPI, falta de capacitação para a
manipulação de máquinas e veículos, realização de brincadeiras perigosas e improviso de
equipamentos. Os atos inseguros podem ser frutos de 3 fatores:

Imperícia = Falta de conhecimento; Conhecimento inadequado e / ou Conhecimento


insuficiente para o exercício de uma tarefa.

Imprudência = Falta de atenção; Achar que está certo; Análise mal feita da situação;
Arriscar desnecessariamente e não criar padrões e normas.

Negligência: Ter o conhecimento da situação perigosa, e não fazer nada para evitar, por
exemplo:
Não seguir padrões e normas; Depois eu faço... (não determinar prioridade para a execução
das tarefas); O problema não é meu, então não sou eu que tenho que resolver; Já tem gente
olhando isto daí, então não precisamos nos preocupar.
Condição Insegura: São falhas no local de trabalho que podem levar a um acidente, como :
Falta de proteção em máquinas e equipamentos;
Passagens perigosas;
Instalações elétricas inadequadas ou defeituosas;
Nível de ruído elevado;
Má arrumação/falta de limpeza;
Defeitos nas edificações.

Acidente de trajeto: São todos os acidentes que ocorrem no trajeto da residência para o
trabalho, e do trabalho para a residência.
Para ser considerado acidente de trajeto o trabalhador deverá estar no trajeto normal, isto é,
o caminho percorrido para ir ao trabalho habitualmente.
• Investigação de Acidentes
Investigação de Acidentes

Uma das principais funções da CIPA é prevenir acidentes. Porém, quando eles
ocorrem, cabe à CIPA estudar suas causas, e consequências ou participar do seu
estudo.

A investigação dos acidentes tem o objetivo descobrir suas causas, estudá-las e


propor medidas que eliminem ou neutralizem evitando, assim, acidentes da mesma
natureza. Deve ser livre de implicação disciplinar.
Não interessa verificar a falta de cuidado do trabalhador, mas a razão que o levou a
ter a falta de cuidado.

Passos que devemos seguir:


Coleta de dados;
Registro;
Análise de fatos;
Proposição de medidas;
Verificação de resultados.
Investigação de Acidentes
• Equipamentos de Proteção Individual
Equipamentos de Proteção Individual

Todo e qualquer dispositivo individual (EPI), de fabricação em série ou desenvolvido


especialmente para o caso, destinado a proteger a saúde e a integridade física do
trabalhador, projetando conforme os riscos levantados e os tempos de exposição
observados, instalados em campo por pessoal especializado, segundo as
peculiaridades do ambiente e/ou do trabalhador – que será treinado no correto
emprego do dispositivo – e tendo seus resultados monitorados para averiguação de
sua eficácia.
Equipamentos de Proteção Individual

Os EPI‟s são recursos utilizados para ampliar a segurança do trabalhador, assumindo


papel de grande responsabilidade, tanto por parte da empresa no tocante à seleção,
escolha e treinamento dos usuários, como também do próprio empregado em dele
fazer uso para o bem da sua própria integridade física diante da existência dos mais
variados riscos aos quais se expõe nos ambientes de trabalho.

Os EPIs são empregados quando o trabalhador se expõe a riscos não controláveis por
outros meios técnicos. Exemplos:
 Em operações de solda – uso de óculos, mascara, luvas, etc.
 Em operações químicas – uso de luvas, avental, protetor facial, etc.
 Quando o trabalhador se expõe a riscos apenas parcialmente controlados por outros
recursos técnicos. Exemplos:
 Em operação com esmeril – óculos, mesmo com existência de anteparo.
 Em operações de pintura – máscara, mesmo com a existência de cabines.
Equipamentos de Proteção Individual
Equipamentos de Proteção Individual

Em casos de emergência, exemplos:


 Incêndio – Máscaras, roupas especiais, botas, etc.
 Vazamento de gás – Máscara, roupas especiais, etc.
 Resumindo podemos afirmar que os EPI são empregados quando os recursos de
ordem geral não são aplicáveis ou não são suficientes para a eliminação ou
controle dos riscos.
• Equipamentos de Proteção Coletiva
Equipamentos de Proteção Individual

São equipamentos utilizados para proteção e segurança enquanto um grupo de


pessoas realizam determinada tarefa ou atividade.

Isolação Acústica Placas

Sinalização
• Síndrome da Imunodeficiência Adquirida –
AIDS/Sida (HIV)
HIV/AIDS
Desde a sua descoberta, em 1981, o HIV/Aids matou mais de 35 milhões de pessoas.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), apenas em 2017, 940 mil pessoas
morreram de causas relacionadas ao HIV e 1,8 milhão foram infectadas pelo vírus. Isso
equivale a 5 mil novos casos todos os dias.

Atualmente, 36,9 milhões de pessoas vivem com a doença no mundo. Destas, 1,8 milhão
são crianças com menos de 15 anos de idade. Dois terços do total de pessoas infectadas
pelo HIV vivem em países da África.

Causas:
A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Sida/Aids) é causada pelo vírus da
imunodeficiência humana (HIV). Ele é mais comumente transmitido durante a relação
sexual sem uso de preservativo e pela troca de fluidos corporais. O contágio também pode
acontecer durante a gravidez, no parto, em transfusões sanguíneas, transplantes de órgãos,
pela amamentação e por compartilhamento de agulhas contaminadas
Sintomas:
Nas primeiras duas a seis semanas depois de serem infectadas pelo HIV, algumas pessoas
podem apresentar sintomas similares aos de uma gripe, como febre, mal-estar prolongado,
gânglios inchados pelo corpo, manchas vermelhas na pele, dor de garganta e dores nas
articulações. Algumas pessoas não apresentam nenhum sintoma por muitos anos enquanto o
vírus, vagarosamente, se replica.

Uma vez que os sintomas desaparecem, a pessoa que vive com o HIV pode não sentir mais
nada por muito tempo. O período, conhecido como janela, varia de 2 a 15 anos.

A pessoa que vive com o vírus HIV é diagnosticada com a Síndrome da Imunodeficiência
Adquirida (Sida/Aids) quando seu sistema imunológico está fraco a ponto de não poder
mais combater infecções oportunistas e doenças como a pneumonia, a meningite e alguns
tipos de câncer. Uma das infecções mais comuns entre pessoas vivendo com o HIV é a
tuberculose (TB) que, a cada ano, é a causa de um terço das mortes nessa população.
Diagnósticos:
Apesar da existência de testes rápidos e de baixo custo para detectar o HIV, o conhecimento
sobre a carga viral ainda apresenta algumas limitações, principalmente em contextos pouco
estruturados e áreas rurais. A OMS estima que 75% das pessoas que vivem com o HIV estão
cientes de sua condição.

Tratamento:
Ainda não existe cura para a infecção pelo HIV, embora os tratamentos sejam muito mais
eficientes do que no passado. Uma combinação de medicamentos antirretrovirais (ARVs)
ajuda a combater a multiplicação do vírus e permite que os pacientes levem vidas mais
longas e saudáveis, sem que seu sistema imunológico seja afetado rapidamente. Esses
medicamentos também são usados como medida preventiva, para diminuir a transmissão.
Estima-se que 21,7 milhões de pessoas recebam ARVs atualmente, o que significa que pelo
menos 15,2 milhões de pessoas infectadas continuam sem tratamento.
AIDS/ SIDA (HIV)
Pode- se dizer que hoje um dos grandes fatores para a disseminação deste vírus, ainda é
a não utilização de preservativos, sem contar as inúmeras outras formas de contagio.
Digo sobre o preservativo, por que além de ser de fácil utilização é possível adquirir de
forma gratuita em postos de saúde.
Existe inúmeras organizações que trabalham com divulgação, instrução e as possíveis
formas de contagio e como evita-las.
• Primeiros Socorros
Noções Básicas de Primeiros Socorros

Definição: Primeiros socorros são procedimentos de emergência que devem ser


aplicados a uma pessoa que sofreu algum trauma, lesão, mau súbito ou perigo de
morte, visando manter os sinais vitais e evitando o agravamento, até que ela receba
atendimento definitivo.

É um atendimento inicial e temporário, até a chegada da equipe de socorristas.


Noções Básicas de Primeiros Socorros

Como Identificar uma Urgência ou Emergência?


O socorro deverá ser prestado sempre que a vítima não tiver condições de cuidar de si
própria. Algumas situações são importantes para identificação, tais como:

 Nível de consciência alterado;


 Fala prejudicada;
 Dores no peito;
 Alterações na visão;
 Vômitos com sangue;
 Dificuldade para respirar;
 Acidentes.
Noções Básicas de Primeiros Socorros

O que fazer após Identificar uma Urgência ou Emergência?


Primeiro passo a seguir é acionar o Serviço de Atendimento Móvel Urgente (SAMU)
através do telefone 192 ou Corpo de Bombeiros através do telefone 193, passando
todas as informações possíveis do ocorrido.
Noções Básicas de Primeiros Socorros

Quem devo Chamar?


Avaliar Segurança do Local:
1º Garanta a sua proteção e a do resto dos membros da equipe;
2º Evite que os observadores fiquem em volta da vítima;
3º Proteja a vítima de tudo que possa piorar seu estado ou causar ferimentos adicionais
(manter a temperatura, retirar objetos em volta, vidros, etc.);
4º Se for preciso, sinalize o local do acidente.

Informações importantes:

Não Chame Abandone o


Ajuda Local

O ambiente
está seguro?
Inicie os Primeiro
Sim
Socorros
Avaliação Inicial da Vítima: Avaliação primária da vítima é o principal passo dos primeiros
socorros. Seu objetivo é procurar e intervir em situações que coloquem a vida da vítima em
risco imediato.

1º Passo – Estabilização de Cervical e Desobstrução de Vias Aéreas


2º Passo – Avaliar Respiração:
A frequência respiratória em geral é mensurada através da observação da expansão torácica
contando o número de inspirações por um minuto.
O adulto normal em repouso respira confortavelmente 12 a 18 vezes por minuto. Em recém-
nascidos o valor normal é de 30 a 40 respirações por minuto e em crianças de 25 a 30
respirações por minuto.
Durante a avaliação da respiração, deve-se avaliar a frequência, profundidade, ritmo e
característica da respiração.
2º Passo – Avaliar Circulação:
A avaliação da circulação é feita através da percepção da pulsação, podendo ser radial
(vítima consciente) ou carótida (vítima inconsciente).

Valores de pulsação normal:


-Adulto: 60 a 100 bpm
-Crianças: 80 a 120 bpm
-Bebê: 100 a 160 bpm
A Vítima Responde?
Se no momento da avaliação inicial a vítima tiver alguma resposta, sendo pulsação ou
respiração, descartar a possibilidade de parada cardiorrespiratória. A partir desse momento
deverá ser verificado outras situações como: lesões, traumas, dor, sangramentos, nível de
consciência entre outros.

Desmaio
Desmaio é a perda súbita da consciência e do tônus postural, com recuperação espontânea.
Na verdade é um sintoma de uma doença ou reflexo do nosso organismo, pode em alguns
casos ser precedida por avisos como mal estar, enjoo, alterações da visão, sensação de
calor ou acontecer de repente. A melhor maneira
de proceder nesse caso é afrouxar as roupas, e
elevar as pernas da vítima.
Convulsão
Convulsão como Proceder?
Hemorragia

Hemorragia é a perda súbita de sangue, originada pelo rompimento de um ou mais


vasos sanguíneos. Ela pode ter as seguintes classificações:

EXTERNA: Quando a hemorragia está na INTERNA: Quando não pode ser


superfície e pode ser visível. visível, como por exemplo, no abdome
ou tórax, podendo exteriorizar-se pelos
orifícios naturais do organismo (boca,
nariz, ouvido etc.).
Identificando a Hemorragia

ARTERIAL: O sangue está jorrando de uma artéria. O sangramento é vermelho vivo,


em jatos, pulsando em sincronia com as batidas do coração. A perda de sangue é
rápida e abundante.
VENOSA: O sangue está saindo de uma veia. O sangramento é uniforme e de cor
escura.
CAPILAR: O sangue está escoando de uma rede de capilares. A cor é vermelha,
normalmente menos viva que o sangue arterial e o fluxo é lento.
Hemorragia como Proceder?

Braços e pernas:

Compressão Indireta
Compressão Direta

Elevação de Membro

Torniquete
Fraturas
As fraturas podem ser definidas como uma ruptura parcial ou total do osso e podem ser
classificadas em abertas (expostas), ou fechadas, de acordo com o lesionamento da pele ou
não.
Uma FRATURA FECHADA é quando não ocorre o rompimento da pele, já a FRATURA
EXPOSTA é quando a pele é rompida e o osso apresenta-se exposto.
Por existir maior possibilidade de infecção, a fratura exposta é considerada mais perigosa que
a fratura fechada.
Obstrução das Vias Aéreas:
O reconhecimento rápido da obstrução das vias aéreas determinará se esta vítima será
socorrida rapidamente ou se ela evoluirá ao óbito. A obstrução poderá ser parcial, quando não
há a completa interrupção do fluxo de ar, ou total, quando há uma completa interrupção do
fluxo de ar das vias aéreas superiores para as vias aéreas inferiores.
A maioria dos casos de obstrução da via aérea é provocada por engasgamento, ocorrendo
com maior frequência durante as refeições.

Característica: A vítima é capaz de responder, tossir, falar e respirar com um pouco de


dificuldade.
Como proceder: Oferecer oxigênio e incentivar a tosse vigorosa

Característica: A vítima está consciente porém não consegue falar, pode não respirar ou
estar com a respiração ruidosa, tosse silenciosa.
Como proceder: Realizar Manobra de Heimlich.
Obstrução das Vias Aéreas
Manobra de Heimlich - Adultos

 Posicionar-se atrás da vítima, colocando uma


das pernas entre as pernas da vítima,
envolvendo-a com os braços;
 No caso de crianças, posicionar-se atrás, mas
de joelhos;
 Fechar uma das mãos, com o punho bem
fechado e o polegar por cima, e posicioná-la na
região superior do abdômen, entre o umbigo e
a caixa torácica, (“boca do estômago”);
 Colocar a outra mão sobre o punho fechado,
agarrando-o firmemente;
 Puxar ambas as mãos em sua direção, com um
rápido empurrão para dentro e para cima. Caso
essa região seja de difícil acesso, como pode
acontecer em obesos ou gestantes uma opção
é localizar as mãos sobre o tórax;
Manobra de Heimlich - Bebês

 Coloque o bebê em decúbito ventral (barriga


para baixo) no seu antebraço, levemente
inclinado com a cabeça para a posição mais
baixa, com o rosto virado para um dos lados;
 Em seguida dê 5 palmadinhas (leves) na região
interscapular;
 Vire o bebê de barriga para cima e faça 5
compressões torácicas com dois dedos,
alternadamente, observando sempre se a
criança consegue respirar;
Fique Atento!
Se a vítima não responde ao chamar, não respira e não tem pulsação, ela se encontra em
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA e necessita imediatamente de reanimação
cardiopulmonar (RCP).

Reanimação Cardiopulmonar (RCP) em Adultos e Crianças


Iniciar a manobra com 30 compressões cardíacas, depois faça duas respirações e repita o
ciclo totalizando 5 ciclos, quando se deve alternar o socorrista para fins de conservar a
qualidade das compressões.

*Caso não possua equipamento para realizar as respirações, realizar as compressões por 2
minutos e trocar de socorrista.
Reanimação Cardiopulmonar (RCP) em Adultos
Reanimação Cardiopulmonar (RCP) em Bebês

A técnica de compressões torácicas a ser utilizada é a de dois dedos ou dois


polegares.

Já a relação compressões/ventilações deve ser 30:2 no caso de 1 socorrista e 15:2 no


caso de 2 socorristas.
Maleta de Primeiros Socorros

Algodão Hidrófilo: 1 unidade


Atadura de Crepom: 2 rolos
Compressa de Gaze: 5 pacotes
Curativo adesivo: 1 caixa
Maleta de Primeiros Socorros

Esparadrapo: 1 rolo
Lanterna pequena: 1 unidade
Luva de procedimento (descartável): 1 caixa
Máscara descartável: 1 caixa
Maleta de Primeiros Socorros

Sabão líquido bactericida: 1 unidade


Álcool (70%): 2 unidades
Soro fisiológico(0.9%): 2 frascos
Tesoura de ponta romba: 1 unidade
NORMA REGULAMENTADORA 05
Obrigado!

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