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Na idade média, surgiram locais próprios para assistência aos pobres, aos
portadores de doenças e aos excluídos, uma vez que eram considerados
perigosos para saciedade. Esses locais eram sujos sem ventilação e
iluminação adequadas e com um número excessivo de doenças; os cuidados
eram prestados por mulheres de moral duvidosa, leigas e sem preparo
especifico, cujas preocupações maiores eram a cura espiritual e a salvação
eterna. Posteriormente, esses locais passaram a serem chamados de
hospitais. No século XVII, a medicina passou a utilizar o hospital como local de
cura e de formação de profissionais na área de saúde. Foi nessa fase que o
médico tornou-se a figura central.
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profissional institucionalizada. Essa análise inicia-se com a Revolução
Industrial no século XVI e culmina com o surgimento da Enfermagem moderna
na Inglaterra, no século XIX.
Enfermagem profissional
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fazendo prevalecr suas ideias. Dominava com facilidade o inglês, o francês, o
alemão, o italiano, além do grego e latim.
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Nas primeiras escolas de Enfermagem, o médico foi de facto a única pessoa
qualificada para ensinar. A ele cabia então decidir quais das suas funções
poderia colocar florescente o ensino de Enfermagem. Assim, a Enfermage m
surge não mais como actividade empírica desvinculada do saber especializado,
mas como uma ocupação assalariada que vem atender à necessidade de mão-
de-obra nos hospitais, constituindo-se como uma prática social
institucionalizada e especifica.
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ainda em Benguela, Silva Porto, Sá da Bandeira e Malanje (funcionando na
respectiva Escola Provincial de Enfermagem). Tinha-se em vista difundir
noções racionais de assistência sanitária, defendendo a saúde da mulher
grávida e parturiente, e procurando favorecer o crescimento demográfico, como
consequências lógica da diminuição da mortalidade o infantil. As alunos que
houvessem de frequentar estes cursos deveriam ter idade compreendida entre
os dezasseis e os vinte e cinco. A sua duração seria de dois anos lectivos.
Segundo indicações recolhidas, deveria ter sido levado a tomar tal medida por
proposta dos Serviços de Saúde e Assistência. Previa-se que ficasse a
funcionar na Maternidade da Missão de São Salvador, no Huambo.
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Na capital de Angola, seria estabelecida a Escola Técnica Central, onde se
ministrariam os cursos: - Elementar de Enfermagem; normal de Enfermagem;
complementar de Enfermagem; Enfermeiras – parteiras; ajudantes de farmácia;
preparadores de laboratório e análises; microscopistas e agentes de
fiscalização sanitária.
Não deixava de sentirem em Angola, sobretudo nas zonas mais afastadas dos
centros urbanos, a influência das missões católicos ou de outras confissões
religiosas. Aceitava-se ainda que a sua acção devia ser mais eficiente
aproveitada, no sentido de levar até junto das populações ao auxílios materiais,
humanos e científicos de que careciam por vezes sem sentirem essa
necessidade.
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Tendo isso em consideração e, pretendendo dar cumprimento ao que dispunha
a portaria ministerial de 13 de Setembro de 1948, determinou-se que
funcionasse um curso elementar de enfermagem, destinado à preparação de
catequistas das missões católicas, nas sedes das províncias da Huíla, Bié e
Malanje, e nas capitais dos distritos de Cabinda, Huambo, Moxico e Lunda, e
ainda outros na Damba, no Libolo e em Luanda (este, na zona dos
musseques). O curso teria a duração de seis meses, começando em 1 de Maio
e terminado em 31 de Outubro. Cada núcleo teria o número máximo de 15
alunos, recebendo cada um deles o subsídio mensal de trezentos escudos.
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parteira e de uma religiosa enfermeira para ministrarem as lições do curso e a
matéria do programa estabelecido. Além destes elementos contava-se ainda
com a prestimosa cooperação de mais três religiosas missionárias que ali
desempenhavam o seu múnus.
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aplicação de medicina gentílica, manifestada sob a forma de vulgar e perigo
curanderismo. Tendo decorrido já mais de uma década, em 21 de Outubro de
1959 foi estabelecendo que, durante um período de três anos, a contar daquela
data, todos os indivíduos com pelo menos cinco anos, de prática de
enfermagem, devidamente atestada pelos médicos com quem tiveram
trabalhando pudessem requerer exame correspondentes aos cursos de
enfermagem professados na escolas técnicas dos serviços de saúde. Atendia –
se ao facto de as antigas escolas de enfermagem terem fechados dois anos
antes e as que então em funcionamento só darem pessoal habilitado dai a
outros dois anos.
Não deixando de referir que não foi possível saber quando fecham e quais as
razões que levaram ao encerramento. Compreende – se isso, pois em regra
eram emitidos documentos de criação e abertura que nem sempre havia para a
sua extinção, pois bastava um despacho ou até (na maior parte dos casos) a
singela suspensão do seu funcionamento.
RESUMO:
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I.2 TÉCNICAS DE ENFERMAGEM
OBJECTIVOS
A palavra técnica vem do grego téchne, que se traduz por “arte” ou “ciência”.
Uma técnica é um procedimento que tem como objetivo a obtenção de um
determinado resultado, seja na ciência, na tecnologia, na arte ou em qualquer
outra área. Por outras palavras, uma técnica é um conjunto de regras, normas
ou protocolos que se utiliza como meio para chegar a uma certa meta.
A tecnica de enfermagem, em uma perspectiva recente, tem sido alvo de várias
tentativas de definição, com os objetivos de poder articular, de forma clara, os
papéis e funções do profissional de enfermagem. Apesar da evolução das é o
Técnica de enfermagem e´o conjunto de procedimento para obtenção de um
determinado resultado, seja na ciência, na tecnologia, e na arte do cuidar com
o objectivo de ajudar o indivíduo, saudável ou doente, na execução das
atividades que contribuem para conservar a sua saúde ou a sua recuperação,
de tal maneira, devendo desempenhar esta função no sentido de tornar o
indivíduo o mais independente possível, ou seja, a alcançar a sua anterior
independência".
ELABORADO POR : Dra. Justina eculica (coordenadora); Dr.Augusto Marques, Dr.
Inácio Sambaca, Dr.Jaime Carlos, Dr.Horácio Arao e Dr.Wilson Lukamba
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Processo do cuidado e do cuidar
Por via de regra, a doença surge quando menos se espera e o indivíduo não
está preparado para receber; um sentimento de temor e insegurança apoderar-
se então desse indivíduo que bvruscamente se torna um doente.
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doente, deve o Técnico de Enfermagem ajudar o doente a encara o seu estado
com coragem e esperança; dar – lhe confiança para dela obter docilidade e
cooperação necessárias pois é pessoal de enfermagem que deve criar
optimismo quando à saúde do donte.
C) Manter as funções fisiológicas do doente
O ser humano é uma unidade com funções fisiológicas próprias que têm de ser
mantidas no homem com saúde e, muito mais no doente, os cuidados de
Enfermagem de base são os que devem manter essas funções
correspondentes às necessidades quotidianas só homem. Essas funções são
as seguintes:
1- Respiração;
2- Circulação;
3- Eliminação (rins, intestinos, pele);
4- Alimentação
5- Movimento
6- Repouso
D) Proteger o doente contra acidentes
Inúmeras são as possibilidades de surgirem acidentes e que muitas vezes são
devidas a negligência do doente ou dos que o rodeiam. Os mais frequentes são
quedas da cama para o chão, queimaduras, intoxicações, erros terapêuticos
dando transtornos orgânicos.
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Contribuir com conhecimento e aprendizado por meio de um roteiro de
procedimentos das acções de enfermagem para o discente, docentes e
profissionais de enfermagem;
Melhorar a qualidade do ensino e assistência em todos os níveis, que visa á
segurança, conforto e economia;
Contribuir no controle de infecções e complicações para o cliente e
profissionais;
Prevenir e tratar doenças;
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l) Ao término do procedimento, realizar a anotação imediatamente, registrando o
horário, o procedimento e observações importantes.
m) Comunicar ao enfermeiro responsável e médico qualquer intercorrência;
n) Sempre que necessário, pedir auxílio à outros profissionais de enfermagem
para evitar sobrecarga;
Quanto à segurança:
Quanto ao conforto:
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f. Planejar o tempo;
g. Prever os materiais necessários para o cuidado de enfermagem;
h. Utilizar os materiais em quantidade suficiente.
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Não utilizar roupas transparentes, decotadas e curtas no ambiente de trabalho.
Não fumar após a colocação do uniforme.
Não expor áreas corpóreas com tatuagem e piercing .
Manter – se imunizado mantendo o calendário vacinal actualizado.
Educação Confiança
Segurança Controlo
Emocional
Cooperação e Respeito
Iniciativa Honestidade
Trabalho em
Equipe
Comunicação Verbal e
não verbal
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Intervir e responsabilizar-se pela qualidade pela qualidade da assistência e
cuidado de enfermagem ao ser humano, a família e a comunidade;
Prestar cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica;
Gerências o processo de trabalho em enfermagem em todas as categorias da
profissão.
Actuar junto ao ser humano considerando sua dimensão holística, integrando
as acções de enfermagem às acções multi – profissionais;
Planejar, implementar e avaliar, de maneira contínua, programas de educação
e promoção à saúde e de vida ao ser humano, a família e a comunidade;
Estimular e desenvolver investigação e produção de conhecimento para
qualificação da prática profissional;
Interferir na dinâmica do processo de trabalho institucional, como agente,
através da consciência analítica – reflexiva – crítica;
Avaliar e promover todas as acções de enfermagem.
Primário
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são organizadas pela esfera municipal. No nível primário de atenção, os
profissionais de saúde se articulam para actuar não apenas nas Unidades
Básicas, mas também em diversos espaços da comunidade (como centros
comunitários e escolas), além de fazerem visitas domiciliares às famílias.
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Secundário
Terciário
Estrutura hospitalar
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“O hospital é uma organização complexa e além das funções de acolhimento
de pacientes para prestação de cuidados, referência durante todo período de
internamento do paciente, é um local de trabalho profissionalizado integrado
com as demais áreas hospitalar sendo ponto central para o direcionamento de
todas as actividades realizadas na instituição para o atendimento ao paciente
nas 24 horas do dia.
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- Unidade de ginecologia e obstetrícia recebe paciente em patologias de
tratamentos ginecológicas e obstétricas.
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- Unidade de centro de material ou centro de material esterilizado , designado
para o preparo e acondicionamento de material estéril, não considerada
unidade de internação.
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UNIDADE II: LIMPEZA E DESINFECÇÃO
Conceito:
1. Ao retirar as luvas;
2. Antes e depois da preparação da medicação;
3. Antes e depois do contacto com os pacientes;
4. Após o contacto com fluidos orgânicos (sangue, fezes, urina, vómitos, pus).
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Classificação da lavagem das mãos:
Material necessário:
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2. Lavagem Médica das mãos: é a limpeza mecânica das mãos com
água e sabão convencional, onde aos mãos são esfregadas
energicamente e enxaguadas durante 1 minuto e, depois de secagem
deve-se utilizar solução anti-séptica.
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Demonstração da higienização das mãos:
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3. Lavagem cirúrgica das mãos: é a limpeza mecânica das mãos com
água, sabão e escova; utiliza-se solução anti-septica depois da secagem
das mãos. Utiliza-se antes de qualquer manobra crítica.
Obs: outras técnicas podem ser desenvolvidas desde que os princípios sejam
reservados.
O uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) são essenciais para manter os
profissionais da área de saúde livres de riscos e ameaças à segurança no ambiente de
trabalho. Esse fator é extrema importância não só para a saúde dos enfermeiros, técnicos
de enfermagem e cuidadores, como também para que os pacientes não venham a ter
piora em seu quadro clínico.
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Para que se tenha a proteção individual correta na área da saúde, é preciso que os
profissionais de enfermagem conheçam os EPIs que devem ser usados em seu cotidiano,
sobretudo em situações que tenham algum tipo de risco. Por isso, vamos ajudá-lo a
identificar esses equipamentos, sabendo como devem ser utilizados. Confira!
Ao saber da importância dos EPIs de enfermagem, é preciso saber usar óculos, luvas,
máscaras, aventais e jalecos de forma correta e que estejam devidamente higienizados.
Dessa forma, há uma segurança maior tanto para o profissional quanto aos pacientes,
evitando que haja contaminação de vírus e bactérias. Portanto, não deixe de seguir essas
dicas e invista em equipamentos de proteção individual.
Óculos
Os óculos (formados por um plástico rígido ou uma barreira de cilindro) costumam impedir
a exposição dos olhos a componentes radioativos, biológicos e químicos, o que evita que
líquidos venham a respigar nos profissionais. Geralmente, são usados em cirurgias
hospitalares. Outra função é proteger contra impactos que possam ocorrer.
Máscaras
As máscaras são fundamentais, visto que servem para proteção contra bactérias, fungos
e outros agentes contaminantes que possam ser inalados.
Luvas
As luvas impedem que se tenha contato direto com agentes físicos e biológicos. As
esterilizadas são fundamentais para realizar algum procedimento invasivo, entre outras
necessidades. Para isso, existem três opções, sendo cada uma apropriada para
manipular um tipo de material:
luvas de látex: são feitas de material de borracha natural, podendo ser encontradas com
ou sem talco;
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luvas de nitrílica: apesar de também serem produzidas com material de borracha, são
mais resistentes a óleo, gorduras vegetais e animais, além de água quente por um curto
tempo;
luvas de vinil: composta por um tipo de plástico, com ou sem talco.
Avental ou jaleco
Esses EPIs de enfermagem devem ser sempre usados como uma barreira de proteção
para as roupas dos profissionais. Para isso, eles devem ser de mangas curtas, para evitar
contaminação, de tecido ou descartáveis, o que vai depender do tipo de material que será
manipulado. Após o uso do avental ou jaleco, é preciso que colocá-lo em um saco plástico
e retirá-lo apenas para lavagem. Não se deve sair do ambiente de trabalho com avental
ou jaleco para evitar risco de contaminação de terceiros.
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UNIDADE II – Limpeza, desinfeção, assepsia, esterilização do material
2.1 CONCEITOS:
CONTAMINAÇÃO, LIMPEZA, DESINFECÇÃO.
ANTISSEPSIA, ASSEPSSIA, ESTERILIZAÇÃO
2.2 TIPOS DE LIMPEZA
2.3 METODOS DE ESTERILIZAÇÃO
2.3.1 PRINCIPIOS BASICOS DE LIMPEZA.
2.3.2. TECNICAS DE ESTERILIZAÇÃO DE MATERIAL
CONTAMINAÇÃO:
Em todas as etapas existe o risco de contaminações por parte dos
colaboradores, equipamentos, materiais, e processos de limpeza, o uso de
uniforme básico de trabalho e a não utilização de adornos (brincos, anéis,
colares, pulseira e relógios), em geral é essencial para evitar qualquer tipo de
contaminação.
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-Contaminação Biológica: causada pela presença de microrganismos
indesejáveis que podem causar intoxicações alimentares ou matar como:
bactérias, fungos (bolores/ mofos), parasitas e vírus.
1. Os materiais (metálicos, vidros, plásticos, etc) devem ser limpos nas unidades,
sob a responsabilidade da equipa de Enfermagem;
2. Independentemente do processo a ser utilizado, todo artigo usado deverá ser
considerado como contaminado, sem levar em consideração o grau de
sujidade presente;
3. O processo de limpeza deve sempre iniciar do local mais limpo para o mais
sujo, trocando as luvas e os panos de limpeza, sempre que for necessário;
4. Limpar com pano úmido com água e sabão líquido;
5. Remover a espuma e sujidades com pano úmido ou água corrente;
6. Secar o local com pano seco.
Tipos de desinfecção:
Existem várias classificações, mas:
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1. De acordo ao local e materiais temos dois tipos de desinfecção: a desinfecção
de superfícies e a desinfecção de alto nível, que é necessário para objectos de
cuidados ao paciente, tais como endoscópios e broncoscópios, etc.
2. De acordo aos meios e métodos temos:
a) Desinfecção por calor,
b) Desinfecção por radiação e;
c) Desinfecção química.
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Exemplos das normas a seguir para limpeza e desinfecção
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Assepsia: é o conjunto de medidas usadas para impedir a penetração de
microrganismos num ambiente que logicamente não os tem, logo um ambiente
asséptico é aquele que está livre de infecção. Ou ainda, é o conjunto de
medidas usadas para inibir o crescimento de microrganismos ou removê-los de
um determinado ambiente, podendo ou não destruí-los e que para tal
utilizamos anti-sépticos ou desinfectantes (Tintura de iodo, clorodina, cetavlon,
etc.). Existem dois tipos de assepsia: Assepsia médica e assepsia cirúrgica.
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Diferenças entre assepsia e antissepsia
Objectivos da Esterilização
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Meios ou métodos de esterilização de materiais:
MÉTODOS ALTERNATIVAS
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Identificação do material (data da esterilização)
1. Qualquer objecto esterilizado que entre em contacto com outro que não esteja
esterilizado perde a sua esterilização.
2. Qualquer objecto que entre em contacto com outro que esteja apenas
desinfectado considera-se apenas desinfectado.
a) Horizontal
b) Vertival.
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a) Convexão por gravidade
b) Convexão mecânica (mais eficiente por distribuição de calor mais uniforme)
Ferros cirúrgicos – Devem ser esterilizados pelo calor seco a uma temperatura
de 120ºc durante 45-50 min, com a condição de estarem bem seco ou por
ebulição com solução de carbonato de sódio durante 20 min.
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UNIDADE III: SINAIS VITAIS, ANTROPOMETRIA E EXAME FÍSICO
Conceito:
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Objectivos e importância da mensuração dos sinais vitais:
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i) Comunicar, confirmar e anotar as alterações significativas encontradas durante
a mensuração;
Obs: a técnica de aferição dos sinais vitais é muito importante, uma vez que,
se não for corretamente utilizada, poderá levar o profissional a falsas
interpretações sobre a clínica do paciente.
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III.1.1 TEMPERATURA CORPORAL
Apesar dos extremos nas condições ambientais e na atividade física, nos seres
humanos os mecanismos de controle da temperatura mantêm a temperatura
corpórea central (temperatura dos tecidos profundos) relativamente constante.
Entretanto, a temperatura superficial varia, dependendo da circulação
sanguínea na pele e da quantidade de calor perdido para o meio ambiente
externo. Devido a estas perdas de temperatura na superfície, a temperatura
aceitável para os seres humanos varia de 36°C a 37.5°C. Os tecidos corporais
e as células funcionam melhor dentro de um intervalo estreito de temperatura.
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próprias do funcionamento do organismo que dependem de: hora, digestão,
trabalho e repouso, emoções e da idade.
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Classificação:
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Obs: Ao avaliar a temperatura deve-se considerar que a temperatura interna é
superior em alguns décimos de graus à temperatura externa. Valores normais:
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Material necessário:
Tabuleiro com: recipiente com desinfectante, recipiente com água e sabão,
recipiente com água simples, cápsulas com bolas de algodão secos, cápsulas
com bolas de algodão embebidos em álcool, aparadeira, bloco de notas e
esferográfica ou lápis.
Técnica para a avaliação da temperatura axilar:
1. Higienizar as mãos;
2. Levar o tabuleiro com o material devidamente preparado junto ao doente;
3. Explicar o procedimento e a finalidade ao paciente;
4. “Colocar o tabuleiro na mesa-de-cabeceira do doente”;
5. Colocar o paciente em posição confortável;
6. Limpar o termómetro do bulbo a haste, utilizando algodão embebido com álcool
a 70%, com movimentos firmes e circulares.
7. Reduzir a coluna de abaixo de 34º C, utilizando força centrifuga (com
movimentos firmes);
8. Abduzir o braço do paciente e secar a axila sem, no entanto, friccioná-la;
9. Colocar o bulbo do termómetro no ponto central da concavidade axilar e ver se
há roupa entre o termómetro e a axila;
10. Flexionar o antebraço do paciente e apoia-lo sobre o tórax;
11. Deixar o termómetro no local durante 5 a 10 minutos;
12. Retirar o termómetro, segurando-o pela haste e, em seguida voltar o braço
paralelamente ao corpo;
13. Elevar o termómetro ao nível dos olhos, rodando-o até que a linha de mercúrio
possa ser visualizada;
14. Proceder a leitura, limpar o termómetro da haste ao bulbo com algodão
embebido com álcool. Manter o termómetro em solução alcoólica a 70% e, em
seguida, lava-lo com sabão.
15. Desprezar o algodão na cuba-rim ou aparadeira e recompor a unidade do
doente;
16. Lavar as mãos e proceder as anotações no prontuário.
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Avaliação da temperatura Inguinal (virilha): para a avaliação da temperatura
inguinal, usa-se o mesmo material e método; o termómetro é colocado na
região inguinal. Este método de avaliação é mais comummente usado em
recém-nascidos e, nesse caso, deve-se manter a coxa da criança flexionada
sobre o abdómen.
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10. Colocar o termómetro em solução alcoólica a 70%;
11. Lavar as mãos e proceder as anotações no prontuário do paciente;
Temperatura rectal:
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9. Limpar o termómetro da haste para o bulbo com papel higiénico, desprezando
o papel higiénico e, em seguida, segurar o termómetro pela haste elevando-o
ao nível dos olhos e girá-lo até que a linha de mercúrio possa ser vista;
10. Proceder a leitura dos valores, colocar o termómetro na cuba-rim e deixar o
paciente em posição confortável;
11. Recompor a unidade do paciente, lavar o termómetro com água e sabão e, em
seguida colocá-lo em solução alcoólica a 70%;
12. Lavar as mãos e proceder as anotações no prontuário do paciente.
FEBRE
Definição: é um síndrome caracterizado por um aumento da temperatura
(hipertermia), por um aumento da frequência do pulso e da respiração
(taquisfigmia e taquipneia), por perturbações secretórias (sudações e oligúria),
por perturbações nervosas (cefaleia e delírios) e por perturbações digestivas
(anorexia, perda de peso, etc.).
As sucessivas temperaturas são registadas num gráfico, constituindo o seu
traçado, o que se denomina por curva térmica que permite estudar o início da
febre, a intensidade, as oscilações, a evolução e o fim.
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Quanto às oscilações diárias e evolução da curva febril, a febre pode
classificar-se em vários tipos:
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5. Febre Hética (de agulhas): é aquela que se mantém elevada às tardes e normal
ou quase normal às manhãs mas, acompanha-se de sudações nocturnas e mal-
estar. Exemplo: Tuberculose pulmonar, septicemias, processos supurativos, etc.
6. Febre ondulante ou recorrente: caracteriza-se por vários dias de febre e
separa-se por vários dias sem febre. Exemplo: na Brucelose ou febre de malta,
enfermidade de Hodking, neoplasias.
III.1.2.PULSO
Definição: o pulso é a distensão das paredes das artérias produzida pelo fluxo
de sangue bombeado pela contracção ventricular. Ou, ainda, é a onda de
expansão e contracção das artérias, resultantes dos batimentos cardíacos.
Fisiologia:
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Locais para mensurar o pulso:
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Artéria umeral: na face interna do braço;
Artéria poplitea: atrás do joelho;
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a) Bradicárdia ou bradisfigmia: quando o número de pulsações estiver por
debaixo dos valores normais.
b) Taquicárdia ou taquisfigmia: quando o número de pulsações estiverem por
encima dos valores normais.
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Quanto a amplitude (volume ou tamanho) o pulso pode ser:
a) Amplo ou saltado: quando a onda sanguínea chega a preencher a artéria e é
perceptível sem ter de palpar ao fundo a artéria;
b) Pouco amplo: quando a onda sanguínea não preenche o volume artérial;
c) Filiforme ou decapitado: quando a onda de sangue é perceptivel no tamanho
de um fio. É característico de pacientes em estado de choque hipovolémico.
d) Imperceptivel: quando não se consegue perceber as pulsações.
Por exemplo:
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37ºC corresponde a 80 a 90 ppm.
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5. O pulso dos doentes deve ser avaliado duas vezes ao dia se não houver contra
indicação especial e sempre que se avalia a temperatura.
6. Em caso de dúvidas, repetir a contagem;
7. Não exercer pressão forte sobre a artéria pois, pode impedir a percepção do
pulso.
III.1.3. RESPIRAÇÃO
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Conceito: é um processo fisiológico que consiste na entrada e saída do ar
pelos pulmões. Ou ainda, é a associação regular da inspiração e a expiração
por unidade de tempo.
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1. Frequência: corresponde ao número de vezes que a pessoa respira por
minuto.
Características da dispneia:
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Por vezes, a dispneia acompanha-se de profundas alterações do ritmo,
frequência e amplitude podendo, portanto, ser:
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Obs: em geral, a proporção entre frequência respiratória e ritmo de pulso
(batimento cardíaco) é de 1:4, ou seja, R=20 e P=80.
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3. Influência de vontade
4. O género: na mulher a respiração tende a ser mais rápida que no homem.
5. Traumatismos: a hemorragia aumenta a respiração.
6. Idade: a medida que a pessoa desenvolve, a frequência respiratória tende a
diminuir.
7. Dor aguda: a presença de dor ativa o sistema nervoso simpático (respostas
de luta e fuga) o faz com que haja o aumento do metabolismo e
consequentemente aumento do consumo de oxigênio;
8. Ansiedade: também por ativação do sistema nervoso simpático;
62
Valores da tensão arterial:
Porém, existem outros factores capazes de afectar a tensão arterial tais como:
o débito cardíaco, a resistência vascular periférica, a elasticidade, a volemia, a
viscosidade sanguínea e ainda outros factores como a idade, o género, o peso,
o clima, a dieta, o estresse, etc.
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As variações patológicas da tensão arterial podem ser de duas formas:
Estetoscópio Esfigmomanómetro
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1. Expor o braço a ser do qual vai se fazer a avaliação, mas evitando a pressão
do mesmo;
2. Colocar o manguito ou braçadeira ao redor do braço, ajustando-o acima da
dobra do cotovelo;
3. Localizar a artéria braquial na fossa antecubital, colocando o diafragma do
estetoscópio sobre a mesma com leve pressão local;
4. Colocar as olivas do estetoscópio nos ouvidos;
5. Fechar a válvula da pêra e insuflar até que a pressão no manómetro atinja 200
mmHg; proceder a abertura da válvula vagarosamente e observar no
manómetro a descida gradual do ponteiro. O primeiro ruído corresponde a
pressão sistólica e o último a pressão diastólica.
6. Abrir totalmente a válvula e deixar sair todo o ar do manguito.
7. Retirar o manguito e o estetoscópio do braço do paciente;
8. Proceder a anotação dos valores;
Obs: é aconselhável repetir a avaliação pelo menos três vezes para certificar
os dados, e deve-se esvaziar completamente a braçadeira e proceder
massagem ligeira.
ELABORADO POR : Dra. Justina eculica (coordenadora); Dr.Augusto Marques, Dr.
Inácio Sambaca, Dr.Jaime Carlos, Dr.Horácio Arao e Dr.Wilson Lukamba
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III.1.5 DOR COMO 5º SINAL VITAL:
Classificação da dor:
De acordo ao tempo de duração a dor pode ser classificada em dor aguda e
dor crónica.
1. Dor aguda: é a dor que está relacionada a afeções traumáticas, queimaduras,
cirurgias, infeciosas ou inflamatórias; há expectativa de desaparecimento após
a cura da lesão. Há respostas neurovegetativas associadas que afetam os
valores dos SV.
2. Dor crónica: quando a dor persiste mais tempo, podendo durar meses ou
mesmo anos, e que está associada a processos patológicos crónicos. É
característico desse tipo de dor as lesões por esforços repetitivos, câncer,
neuropatias, etc. A dor crónica pode ser: Recorrente (quando a dor apresenta
períodos de curta duração que, no entanto, se repetem com frequência,
podendo ocorrer durante toda a vida do indivíduo, mesmo sem estar associada
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a um processo específico. Por isso, não tem um diagnóstico específico. Como
por exemplo, a enxaqueca) ou Contínua.
Mensuração da dor:
Não há nenhuma técnica objectiva que possa mensurar com precisão ou que
possa demonstrar a real ocorrência da dor.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
10
2. Escala de categorias de palavras (sem dor, dor leve, dor moderada, dor
intensa, dor insuportável).
3. Escala visual analógica (EVA): é uma linha recta com 10 cm de comprimento,
em que as extremidades referem-se às expressões sem dor e à pior dor
imaginável.
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c) Qualidade ou Caráter: Para se definir a qualidade ou carácter da dor, o
paciente é solicitado a descrever como a sua dor se parece ou que tipo de
sensação e emoção ela lhe traz.
d) Intensidade: consiste na avaliação do grau da dor. Ex: dor leve, moderada e
insuportável;
e) Duração: corresponde ao tempo em que dura a dor; podendo ser aguda,
crónica ou recorrente.
f) Evolução: consiste no reconhecimento da trajectória da dor, desde o seu inicio
até o momento da anamnese; caracterizando, porém, o modo de instalação.
g) Relação com Funções Orgânicas: é avaliada considerando-se a localização
da dor e os órgãos e estruturas situados na mesma área. Assim, se a dor for
cervical, dorsal ou lombar, pesquisa-se sua relação com os movimentos da
coluna (flexão, extensão, rotação e inclinação); se for torácica, com a
respiração, e assim por diante.
h) Factores Desencadeantes ou Agravantes: São aqueles factores que
desencadeiam a dor, em sua ausência, ou que a agravam se estiver presente.
As funções orgânicas estão entre eles. Uma série de outros factores, porém,
podem ser determinados.
i) Factores Atenuantes: São aqueles que aliviam a dor. Entre eles encontram-se
algumas funções organicas, posturas ou atitudes que resguardem a estrutura
ou órgão onde se origina a dor (atitudes antálgicas), distração, ambientes
apropriados, medicamentos (analgésicos, antiinflamatórios, relaxantes
musculares, antidepressivos, anticonvulsivantes, anestésicos locais),
fisioterapia, acupuntura, bloqueios anestesicos e procedimentos cirúrgicos. O
paciente deve ser interrogado sobre quais desses factores foram benéficos
para sua dor.
j) Manifestações Concomitantes: consiste no reconhecimento das
manifestações clínicas associadas à dor e relacionadas com a enfermidade de
base.
68
Tratamento Farmacológico:
69
III.2 MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS
Antropometria
DIVISÕES ANTROPOMÉTRICA
MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS
70
Importância e aplicações do estudo das medidas antropométricas e da
antropometria em si.
Materiais necessário
71
3. Paquímetro ou segmômetro: usado para medidas de diâmetros ósseos e em
mensuração do comprimento do corpo.
72
Pontos Antropométricos
73
Formas de Avaliação
74
1. Medida antropométrica linear longitudinal:
Mensuração da altura ou estatura:
Plano de Frankfurt
Linha imaginária que passa pelo ponto mais baixo do bordo inferior da órbita
direita (orbital) e pelo ponto mais alto do bordo superior do meato auditivo
externo direito (trago). Esta linha deverá estar na horizontal ao serem tomadas
as medidas com o testado em pé ou sentado, na vertical, caso as medidas
sejam tomadas com o testado deitado.
75
Materiais necessários:
1. Fita métrica, régua, pano/guardanapo ou papel estéril, lápis ou caneta,
processo do paciente ou uma folha para anotar os resultados;
Precauções a ter na avaliação da altura:
1. Verificar as cifras ou números da fita métrica antes de proceder a avaliação;
2. Em crianças, deve-se colocá-las em decúbito supino, sobre um plano resistente
e firme;
3. Os joelhos não devem ser flectidos, e devem estar estendidos com apoio sobre
um plano resistente, com os pés formando um ângulo recto;
4. O paciente deve estar cómodo e descalço, não podendo ter rolos ou penteados
altos;
Técnicas à aplicar:
1. Lavar as mãos e orientar o paciente, familiares ou acompanhantes em relação
ao procedimento;
2. O avaliado deve estar na posição ortostática (em pé), pés unidos, procurando
pôr em contacto com o instrumento de medida as superfícies posteriores do
calcanhar, cintura pélvica, cintura escapular e região occipital. A medida é feita
com o indivíduo em apneia inspiratória, de modo a minimizar possíveis
variações sobre esta variável antropométrica.
3. Colocar o paciente erecto de costas ou lateralizado para o
antropómetro/altímetro com os pés unidos paralelamente e tocando a haste
vertical de medida;
4. Colocar a cabeça na posição neutra e pedir ao paciente que fixe os olhos à
frente;
5. Os braços devem estar relaxados ao lado do corpo com as mãos voltadas para
as coxas;
6. Travar a régua do altímetro e medir;
7. Anotar o valor obtido e retirar o papel de apoio;
8. Lavar as mãos;
76
Medidas transversais:
Diâmetro biacromial.
77
2. Meso-esternal: localiza-se no ponto médio do esterno ao nível da articulação
da quarta costela. Usado para a avaliação do diâmetro tóraco-transverso e
ântero-posterior.
78
5. Trocantérico: é o ponto localizado no trocanter maior do fêmur, em seu ponto
mais alto. Utilizado para a medida do diâmetro bitrocantérico e no comprimento
da coxa e do membro inferior.
Diâmetro bi-trocantérico
79
9. Bi-maleolar: o avaliado deve estar em pé em uma superfície elevada, para
facilitar a realização da medida, com afastamento lateral dos pés e o peso do
corpo igualmente distribuído sobre eles. A medida é realizada com as hastes
do paquímetro tocando os pontos que compreendem a maior distância entre o
maléolo medial e o maléolo lateral da tíbia direita, em um plano horizontal.
2. MEDIDAS DE MASSA
Mensuração do peso:
80
3. Administrar adequadamente as doses dos medicamentos, em correspondência
com o peso do paciente;
Material necessário: balança, pano/guardanapo ou papel estéril, lápis ou
caneta, processo do paciente ou uma folha para anotar os resultados;
1. O local em que se vai proceder a avaliação deve ter boa iluminação, ventilação,
dimensão e que garanta a privacidade do paciente;
2. A balança deve corresponder à idade e tamanho do paciente;
3. A balança deve ser sempre a mesma para evitar resultados diferentes;
4. Ao avaliar, deve-se colocar a balança em um nível plano, estar próximo da
mesma e certificar-se que esteja em perfeitas condições;
5. Ter em conta a diferença do papel, guardanapo ou pano à ser colocado sobre a
balança;
6. O paciente não deve apoiar-se em nada e permanecer sem movimentação
para a verificação do peso;
7. “Medir e registar o peso a mesma hora do dia”;
8. Medir preferencialmente em jejum, ou 3 horas após a ingestão de alimentos;
9. Pedir ao paciente para esvaziar a bexiga ou os intestinos (dependendo de suas
possibilidades);
10. O paciente deve estar nu, ou com a menos quantidade de roupa possível, estar
descalço, não ter objectos nos bolsos e no corpo;
Técnicas à aplicar:
1. Lavar as mãos;
2. Explicar e orientar o paciente e os acompanhantes em relação à técnica;
3. Certificar-se que o paciente esteja em condições de estar em pé;
4. Calibrar e forrar o piso da balança com papel, guardanapo ou pano estéril;
5. Retirar o excesso de roupa, objectos e sapato do paciente;
6. Ajudar o paciente a subir na balança, colocando-o no centro, com os pés
unidos e os braços soltos paralelamente ao corpo;
7. Mover o indicador de quilos da balança até à marca do peso aproximado do
paciente;
8. Mover o indicador de gramas até equilibrar o fiel da balança;
ELABORADO POR : Dra. Justina eculica (coordenadora); Dr.Augusto Marques, Dr.
Inácio Sambaca, Dr.Jaime Carlos, Dr.Horácio Arao e Dr.Wilson Lukamba
81
9. Ler e anotar o peso indicado pela balança;
10. Auxiliar o paciente a descer da balança, colocando os mostradores em zero e
travar a balança;
3. MEDIDAS CIRCUNFERENCIAIS
82
O primeiro pode ser usado somente em pessoas do género masculino, o
segundo, em pessoas de ambos os géneros. Porém, nos dois pontos de
referência, mede-se os seguintes perímetr.
d) Quadril: extensão posterior máxima dos glúteos. Tomada ao nível dos pontos
trocantéricos direito e esquerdo; deve ser realizada paralelamente ao solo,
estando o avaliado com os pés unidos.
83
e) Braço:
84
g) Punho: o testado deverá estar em posição anatómica, de frente para o
avaliador. Circundar a fita a nível dos processos estilóides do rádio e da ulna.
h) Coxa: diversos pontos de referência têm sido usados par a tomada dessa
medida. Descreve-se dois:
Referência superior: circundar a fita no plano paralelo ao solo, 1cm abaixo da
linha glútea.
Referência média: circundar a fita no plano paralelo ao solo, a nível do ponto
médio-femural.
85
i) Perna: com o avaliado em pé, com as pernas levemente afastadas e mantendo
o peso do corpo igualmente distribuído nos dois pés, posiciona-se a trena
transversalmente no ponto de maior circunferência da perna.
86
e) Não dar pressão excessiva, nem deixar a fita frouxa
Procedimentos:
87
III.3 EXAME FÍSICO
Conceitos:
88
alterações (físicas ou de funcionalidade) ou sinais produzidos pela
enfermidade.
O exame físico não deve ser confundido com o exame clínico, que é a
soma do exame físico e a anamnese, isto é, a adição de todas as informações
clínicas do paciente através de entrevistas técnicas e pela avaliação directa por
meio de técnicas específicas.
Obs: para que o diagnóstico seja completo e, para que haja superação, de
forma qualitativa, dos problemas de saúde de cada paciente, há a necessidade
da realização de um bom exame físico auxiliado pela anamnese e de análises
laboratoriais.
89
O exame físico é geralmente realizado depois de obtida a história de saúde. É,
geralmente realizada em uma área bem delimitada e preparada para o efeito
(leito do paciente).
1. Preparar todo material necessário para o tipo de exame físico à ser realizado;
2. Garantir que o equipamento a ser utilizado esteja em perfeitas condições;
3. Higienizar as mãos antes e imediatamente depois do exame;
4. Manter as unhas curtas para evitar lesionar o paciente;
5. Explicar o procedimento e a sua finalidade ao paciente e esperar pelo seu
consentimento;
6. Garantir a privacidade e respeitar o pudor do paciente;
7. Ter em conta o estado do paciente;
8. Realizar o exame físico em uma área bem iluminada;
9. Se for uma criança, garantir que o mesmo esteja afastado de comida;
10. Usar material de biossegurança (luvas, mascaras, batas descartáveis)
dependendo do estado do paciente e da região a ser examinada;
90
3. Balança – para medir o peso;
4. Termómetro – para medir a temperatura;
5. Estetoscópio – para a auscultação do aparelho respiratório, cardiovascular e
digestivo;
6. Esfigmomanómetro – para mensurar a pressão arterial;
7. Oftalmoscópio – para avaliar a visão;
8. Otorrinolaringoscópio: para avaliar a porção superior do tubo digestivo;
9. Abaixador de língua (espátula) – para avaliar a cavidade oral;
10. Diapasão -- para realizar exames de audição.
11. Relógio;
12. Martelo de reflexos – para avaliar os reflexos rotulianos;
13. Requisições – para orientar a realização dos exames laboratoriais;
14. Bolas de algodão;
15. Fita métrica – para avaliar o diâmetro e comprimento corporal;
16. Lápis, papel, esferográfica e aparadeira – para proceder as anotações dos
sinais encontrados durante a exploração.
17. Biombo – para garantir a privacidade do paciente;
91
coração, a entrada e saída do ar nos pulmões, o trânsito digestivo ou por
qualquer outra causa;
3. Palpação: é o método em que o examinador faz a avaliação manual da
sensibilidade, da temperatura, consistência, forma, tamanho, situação e
movimentos, bem como vibrações. A palpação pode ser superficial ou
profunda.
4. Percussão: é o método em que o examinador faz uma apreciação, servindo-se
do ouvido, dos sons produzido ao golpear as superfícies corporais. A
percussão pode ser realizada usando as mãos nuas ou um martelo especial.
Técnica a aplicar:
1. Lavar as mãos;
2. Identificar o paciente e informá-lo sobre o que será feito;
3. Isolar a cama com biombos;
4. Deitar o paciente de costas com a cabeça e ombros ligeiramente elevados por
travesseiros com as pernas estendidas;
5. Garantir condições necessárias para a expansão pulmonar, não dobrando o
pescoço ou cintura;
6. Manter os membros superiores ao longo do corpo;
92
7. Colocar o paciente em posição correcta para evitar distensão dos tendões da
perna;
8. Manter os joelhos ligeiramente flectidos e os pés bem apoiados;
9. Evitar a queda dos pés equinos;
10. Proteger o paciente sempre com o lençol, expondo apenas o necessário;
11. Colocar o paciente em posição confortável após o exame;
12. Recompor a Unidade;
13. Lavar as mãos;
14. Anotar no prontuário do paciente.
Descrição do exame:
1. Pele:
2.1 Cabelo:
93
Palpação: faz-se apalpação do couro cabeludo para avaliar se há nódulos,
lesões, consistência normal ou alterada das partes ósseas, sutura de
fontanelas em crianças. O crânio é geralmente arredondado, com
proeminências na região frontal anterior, na área occipital posterior. As
deformidades cranianas locais são tipicamente provocadas por traumas. Em
crianças, uma cabeça muito grande pode ser resultado de anomalias
congénitas ou acúmulo de líquido cerebrospinal nos ventrículos (hidrocefalia).
Os adultos podem apresentar cabeça com dimensões maiores devido a
secreção excessiva de hormónios de crescimento (acromegália).
Face:
94
Inspeção: avalia-se a forma, coloração, tamanho, mobilidade, cicatrizes,
presença ou não de massas, visibilidade e distensão das veias do pescoço,
etc.
Palpação: palpar a tiróide, traqueia, artérias carótidas, adenomegálias
cervicais e outras massas (determinar o tamanho, forma, sensibilidade,
consistência e mobilidade);
Auscultação: auscultam-se os sopros arteriais e venosos do pescoço e os
ruídos laringo-traqueal.
4. Torax anterior: faz-se a avaliação das mamas e do coração.
Inspeção: avalia-se a forma, dimensão e a mobilidade, coloração e se há
cicatriz ou não, consistência e características da respiração, proeminência da
clavícula, etc;
Palpação: avaliar pontos dolorosos, adenomegálias (axilares e
supraclaviculares), avaliar a expansibilidade e elasticidade torácica, vibrações
vocais e frémitos.
4.1 Exploração das mamas: o exame físico das mamas é igual para homens e
para mulheres. Para o efeito, utilizam-se dois métodos exploratórios (inspeção
e palpação) com a pessoa em posição sentada, em pé ou deitada. O exame
físico da mama é realizado tendo em conta os seguintes aspectos:
Tamanho, forma e simetria;
Cor, textura, lesões e padrões vasculares da pele;
Qualidade do tecido e presença ou não de secreção, nódulos, edemas ou
ulcerações.
95
4.2 Coração: a avaliação das funções cardíacas é realizada na região
anterior do tórax. No adulto, o órgão está localizado na região precordial, atrás
e a esquerda do externo, com uma pequena parte do átrio direito, estendendo-
se à direita do esterno.
Inspeção e palpação: forma do precórdio, presença ou não de pulsações e
descrever a sua localização. A inspeção e a palpação são aplicadas
simultaneamente; o anglo de Louis se localiza entre o manúbrio e o corpo do
externo e pode ser percebido como uma protuberância no externo. O segundo
espaço intercostal no lado direito do corpo do paciente localizamos o foco
aórtico e o mesmo espaço do lado esquerdo localizamos o foco pulmonar. É
necessário a palpação profunda para a percepção desses espaços em
pacientes obesos ou aqueles que apresentam músculos peitorais muito
desenvolvidos.
Percussão: utiliza-se para avaliar áreas de macissez cardíaca e
cardiomegália. Porém, este método é raramente utilizado durante a avaliação
de um coração adulto; os exames de raio X do tórax são muito mais eficientes
na determinação do tamanho do coração.
Auscultação: faz-se com o auxílio do estetoscópio e, usa-se para avaliar as
bulhas cardíacas, sons extra-cardíacos e os sopros. Em pacientes do sexo
feminino, será necessário erguer as mamas para facilitar a auscultação. O
objectivo do profissional é identificar a primeira e a segunda bulha cardíaca e,
após ter avaliado a frequência e o ritmo cardíaco, o profissional deverá prestar
96
especial atenção a natureza das bulhas através da comparação de B1 e B2 –
observar a intensidade, timbre e duração.
Obs: na auscultação cardíaca avaliamos quatro focos principais que são:
5. Tórax posterior:
97
Palpação: é o complemento da inspeção e com esse método avaliamos a
presença ou não de dor, elasticidade ou espansibilidade torácica, intensidade
das vibrações vocais e frémitos.
6. Avaliação do abdómen:
98
Obs: para a realização do exame físico abdominal a sequência deve ser a
seguinte: inspeção, auscultação, percussão, palpação superficial e palpação
profunda. Sempre se ausculta primeiro, porque a percussão e a palpação
podem alterar os ruídos hidroaéreos intestinais. Antes de começar com o
exame, deve-se pedir ao paciente que esvazie a bexiga para que não se
confunda com a gravidez, tumor ou quisto.
Inspeção:
Palpação:
Percussão:
99
Este método é utilizado para o mapeamento dos órgãos e massas subjacentes.
Além disso, a percussão revela a presença de ar no estômago e nos intestinos;
percute-se também para avaliar áreas de timpanismo (resultado de presença
de ar no estômago ou intestinos), macissez (resultado de presença de massas
ou líquido nos órgãos) e sinais de ondas líquidas. A percussão pode ser directa
ou indirecta.
Auscultação:
O profissional realiza a auscultação para ouvir os sons resultantes da
motilidade intestinal (ruídos hidroaereos) e para detectar os ruídos
vasculares. O diafragma do estetoscópio é colocado sobre cada um dos
quadrantes do abdómen; em condições normais, o ar e os líquidos se movem
pelos intestinos, causando suáveis sons de gorgolejo ou borbulhas em cada
quadrante.
A auscultação é geralmente realizada na região peri-umbilical e deve ser feita
em dez (10) minutos; os seus valores normais vão de 3 a 5.
1. Normais;
2. Aumentados: nos processos diarreicos;
3. Diminuidos: na oclusão intestinal;
4. Abulidos: no íleo paralítico;
O exame físico dos genitais e do recto pode ser embaraçoso para o paciente, a
menos que o profissional faça uma abordagem calma e relaxada. Portanto,
para facilitar o processo, deve-se explicar ao paciente o procedimento a ser
realizado e esperar pelo seu consentimento.
100
a) Sistema genitourinário masculino:
Exame rectal:
101
8. Exame dos membros: o exame físico dos membros deve sempre ser
realizado estabelecendo-se a comparação dos membros.
102
UNIDADE IV: DMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
103
Modo de guardar e arrumar medicamentos
1. Os medicamentos devem ser guardados em armários que possam ser
fechados à chave e com várias prateleiras de modo a permitir a arrumação
adequada dos medicamentos, deixando bem visível o nome do medicamento.
2. Medicamentos com o mesmo nome devem estar separados e arrumados tendo
em conta a sua forma de apresentação.
3. Guardar e arrumar os medicamentos de acordo as suas formas de
apresentação.
4. Medicamentos de uso externo devem estar num armário separado para não
serem confundidos com outros.
5. Medicamentos fotossensíveis devem ser bem protegidos e arrumados para que
não percam a sua ação;
104
d) Via inalatória: é a ingestão de medicamentos por intermédio da inalação.
Portanto, inclui todos os medicamentos dados por inalação (gases e vapores).
e) Nebulização: é a administração por inalação através da boca e nariz.
f) Via otológica: é a administração de medicamentos pelo ouvido.
g) Via tópica: é a administração de medicamentos directamente na pele ou
mucosas.
1. Estado do paciente;
2. Tipo de acção desejada;
3. Rapidez de acção desejada;
4. Forma de apresentação do medicamento;
Prescrição médica
A prescrição médica é definida como uma etapa no processo de
fornecimento de medicamentos para um paciente internado.
A prescrição é um processo multidisciplinar, envolvendo médicos,
farmacêuticos, nutricionistas e profissionais de enfermagem. É a primeira etapa
do processo, sendo o médico o responsável pela sua execução; é também a
finalização de outro processo que parte da coleta de dados, elaboração de uma
hipótese diagnóstica e determinação de um planejamento terapêutico.
Portanto, a prescrição é a transcrição do planejamento terapêutico, no formato
de comandos, a serem executados pela equipa de apoio no tratamento do
paciente.
105
Prescrição Imediata: deve conter a prescrição de um medicamento que o
doente/cliente deve receber imediatamente, no geral para um problema
urgente.
Cartões de medicamentos
106
Regras e precauções ao administrar os medicamentos:
1. Lavar as mãos antes e depois da preparação e administração;
2. Garantir o máximo possível que não haja interrupções durante a preparação e
administração do medicamento;
3. Ler a prescrição e certificar-se de que a mesma esteja assinada;
4. Garantir que a prescrição seja clara, contendo a identificação do paciente,
nome do medicamento, apresentação, preparação, hora e via de
administração;
5. A preparação e administração do medicamento devem ser realizadas dentro de
uma técnica asséptica, efectuando-se a limpeza do local, uso de mascaras e
luvas, higienização das mãos.
6. Ler o rótulo do medicamento e assegurar-se que corresponda ao prescrito, e
que não tenha o prazo de caducidade vencido;
7. Ler sempre o rótulo do medicamento a administrar três vezes.
8. Verificar a dose prescrita, que tem de ser exactamente nem amais nem a
menos.
9. Ter em conta a regra dos cinco (5) e nove (9) certos:
107
Via Certa,
Ângulo Certo,
Hora Certa,
Registo Certo
10. Após a administração de medicamentos por via oral (comprimidos), revisar a
cavidade oral para certificar-se de que o mesmo foi engolido;
11. Ao administrar medicamentos em formas líquidas, devemos usar copos
graduados, conta-gotas, colheres e outros e, garantir que a escala graduada se
encontre ao nível dos olhos para aferir com exactidão a quantidade desejada;
12. Medir a dose com exactidão; usando pesos e medidas padrões;
13. Se forem prescritas mais de uma medicação em estado líquido, administrar
cada um dos quais em copos separados;
14. Garantir que as pastilhas sejam chupadas e evitar “triturar” os medicamentos;
15. Medicamentos desagradáveis ao paladar, podem ser administrados com um
gole de água aromatizada;
16. Não diluir os xaropes;
17. Certificar-se de que o medicamento dado pertence realmente ao paciente que
recebe o mesmo; para se evitar erros, é fundamental chamar o paciente pelo
nome e ver a medicação prescrita;
18. Anotar no processo do paciente o medicamento, a hora administrada e as
reacções apresentadas pelo paciente;
19. Agitar bem as preparações líquidas e evitar a sua administração se notar-se
alguma alteração do seu aspecto normal;
20. Não administrar medicamentos preparados por outra pessoa;
1) Via Enteral
a) Via oral:
108
Na via oral, administram-se medicamentos em várias formas de apresentação
que são: comprimidos, cápsulas, líquidos, suspensão, pó e grânulos, etc.
1. Presença de vómitos;
2. Pacientes inconscientes ou que tenham a via oral suspensa,
3. Pacientes incapazes de deglutir ou que estejam em jejum para exame ou
cirurgia.
Vantagens:
1. Fácil administração;
2. Confortável, indolor e económico;
3. Efeitos locais e sistémicos;
Desvantagens:
Material necessário:
1. Bandeja ou tabuleiro;
2. Copo graduado ou não, para medicamentos;
3. Conta-gotas, se necessário;
4. Medicação prescrita;
5. Colher e garrafa com água, leite, chá ou sumo;
ELABORADO POR : Dra. Justina eculica (coordenadora); Dr.Augusto Marques, Dr.
Inácio Sambaca, Dr.Jaime Carlos, Dr.Horácio Arao e Dr.Wilson Lukamba
109
6. Guardanapos, lenço ou toalha;
7. Recipiente para material descartável;
Técnica a aplicar:
1. Colocar o paciente sentado ou semi-sentado;
2. Cobrir o tórax com toalha, guardanapo ou lenço para evitar corrimento na
roupa;
3. Dar o medicamento indicado pondo-o num guardanapo, colher ou copo;
4. No caso da via sublingual: mandar o paciente levantar a língua e colocar o
medicamento prescrito;
5. No caso da via vestibular: dar o medicamento e orientar o paciente a colocar
o medicamento no fundo do saco vestibular superior ou inferior (entre a
bochecha e a gengiva);
6. Mandar abrir a boca e certificar-se de que o paciente ingeriu ou o medicamento
foi absolvido;
7. Secar os lábios do paciente, retirar o guardanapo ou toalha e anotar o
procedimento.
b) Via rectal:
Na, via rectal, administram-se medicamentos em forma de supositórios e
enemas/clister.
Indicações:
A via rectal pode ser utilizada/indicada em casos de haver restrições da
administração de medicamentos por via oral.
Administração de supositórios: consiste na introdução, no recto, de
medicamentos sólidos em forma de cone.
Objectivos:
1. Estimular o peristaltismo intestinal;
2. Aliviar e tratar a obstipação e facilitar a defecação;
3. Aliviar flatulências, dor, vómitos e irritações locais;
Contraindicações:
1. Presença de diarreia;
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2. Pacientes com arritmias cardíacas potencial;
3. Pacientes pós-operados na próstata ou no recto;
Material necessário:
1. Bandeja
2. Luvas de procedimento
3. Gazes ou papel higiénico;
4. Medicamento indicado (supositório);
5. Comadre (arrastadeira);
6. Dedeiras (protecção em borracha ou plástico para o dedo que se usa ao
examinar uma passagem como a vagina ou recto);
Técnica a aplicar:
1. Explicar o procedimento e a sua finalidade ao paciente; isolando a unidade do
doente com biombo;
2. Colocar o paciente em decúbito lateral ou sims, expondo somente a área
necessária;
3. Calçar luvas para auto-protecção;
4. Afastar as pregas interglúte, com uma das mãos, com um guardanapo ou gaze
para melhor visualização do ânus;
5. Pegar o supositório com a outra mão e introduzi-lo delicadamente além do
esfíncter anal, e pedir ao paciente que o retenha por pelo menos 30 minutos.
6. Certificar-se de que o supositório tenha sido introduzido;
7. Caso o paciente tenha condições de auto-aplicação, orientá-lo quanto ao
procedimento;
8. Retirar as luvas e lavar as mãos;
9. Fazer as anotações no processo do paciente;
10. Levar o material e deixar a unidade do paciente em ordem.
Objectivos:
1. Aliviar a obstipação intestinal;
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Inácio Sambaca, Dr.Jaime Carlos, Dr.Horácio Arao e Dr.Wilson Lukamba
111
2. Limpeza intestinal antes de intervenção cirúrgica, parto ou exames intestinais;
3. Estimular os movimentos peristálticos;
4. Depois de quase todas as operações abdominais;
Contraindicações:
1. Presença de diarreia;
2. Pacientes com arritmias cardíacas potencial;
Material necessário:
1. Bandeja ou tabuleiro;
2. Recipiente com solução indicada;
3. Irrigador com chave de segurança;
4. Sonda rectal ou cânula; no caso de crianças, usar pêra ou seringas;
5. Luvas para proteção;
6. Lubrificante, gazes e papel higiénico;
7. Água, sabão e toalha;
8. Biombo, arrastadeira e porta-irrigador;
9. Recipiente para material descartável;
Técnica a aplicar:
1. Explicar o procedimento e a sua finalidade ao paciente; isolando a unidade do
doente com biombo;
2. Colocar o resguardo e cobri-lo com uma toalha ou lençol;
3. Pendurar o irrigador acima do nível da cama;
4. Colocar a arrastadeira ao lado da cama direccionada nas nádegas,
destapando-a;
5. Extrair a sonda da cobertura estéril, conecte-a ao recipiente de solução e;
extrair o ar do tubo, deixando correr a solução;
6. Fechar a torneira;
7. Despir o paciente, deixando-o somente com meias;
8. Deitar o paciente e posição de sims com as nádegas no bordo da cama;
9. Lubrificar a sonda;
10. Afastar as nádegas com uma das mãos até visualizar a região anal e, com a
outra mão, introduzir a sonda com auxílio de papel higiénico;
11. Abra a torneira e peça ao paciente que respire pela boca, passando a instilação
de forma lenta;
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Inácio Sambaca, Dr.Jaime Carlos, Dr.Horácio Arao e Dr.Wilson Lukamba
112
12. Após terminar a instilação – não deixando passar o ar — fechar a torneira;
13. Retirar lentamente a sonda protegendo o extremo com um guardanapo ou
papel higiénico e colocá-lo no recipiente para o material de refugo;
14. Pedir ao paciente que retenha a solução por 5 ou 10 minutos para que o
enema faça o seu efeito e, em seguida, oferecer a arrastadeira para a
expulsão;
15. Retirar a arrastadeira, observar os efeitos do enema e as características dos
sedimentos expulsos;
16. Realizar a higienização da região com papel higiénico e proceder a lavagem
com água e sabão ou orientar o paciente a tomar banho;
17. Lavar as mãos, registar no prontuário do paciente o procedimento feito e as
anomalias encontradas;
18. Organizar a unidade do paciente;
19. Levar o material a ser esterilizado;
2) Via parenteral:
113
3. Caso a ampola do diluente seja de plástico, injectar em qualquer das paredes
do frasco e aspirar o líquido;
4. Homogeneíze bem o pó com o diluente colocando o frasco ampola entre as
mãos e realizando movimentos rotacionais;
5. Aspire o conteúdo e retire as eventuais bolhas da seringa, expulsando o ar e
deixando somente a suspensão;
6. Despreze o frasco ampola e troque de agulha da seringa;
Ex:
Material necessário:
1. Bandeja ou carrinho;
2. Seringas e agulhas;
3. Bolas de algodão;
4. Frasco de álcool a 70%;
5. Medicação prescrita;
6. Serra ou penca;
114
7. Recipiente para materiais descartáveis;
Preparação do doente.
Pedir ao doente para se deitar em decúbito ventral, com a cabeça virada para
um dos lados.
115
Local para injecção intramuscular no braço
116
Complicações:
Preparação/procedimento da injeção:
117
11. Aplicar a injeção (mantendo a seringa a um ângulo de 90º) esticando bem a
pele (aspirar para ver se vem sangue e injectar lentamente);
12. Retirar a seringa e a agulha, comprimindo bem o local com bola de algodão;
13. Fazer a desinfecção final e deixar o paciente confortável;
14. Anotar os procedimentos no prontuário do paciente;
b) Via intradérmica:
A administração de medicamentos por essa via tem o seu efeito mais lento do
que nas outras vias de aplicação parenteral.
Objectivos:
118
Técnicas a aplicar:
Aplicar a mesma técnica da injeção intramuscular mas:
1. Introduzir a agulha paralelamente à pele mantendo um ângulo de 15º,
introduzindo mais ou menos 2 mm da agulha com o bisel virado para cima;
2. Injectar a solução observando a formação de uma pápula e retirar a agulha
com movimento único e rápido;
3. Não massagear mas, caso ocorra um pequeno sangramento, realizar uma
compressão com bolas de algodão seco;
4. Desprezar o material descartável e proceder a lavagem das mãos;
5. Anotar o procedimento no prontuário;
Possíveis complicações:
1. Ulcerações com necrose tecidual local;
2. Lesão da derme por rápida introdução do medicamento;
3. Sangramento, dor e prurido.
Objectivos:
1. Administrar medicamentos que necessitem de absorção mais lenta e continuo
mediante a malha celular subcutânea;
119
2. Administrar medicamentos que requeram esta via e que não são tolerados por
outras vias.
Material necessário:
Os materiais mais usados são os mesmos da via intramuscular porém, as
seringas mais usadas são as de 1ml, tuberculina, insulina ou de 2 ml.
120
A via endovenosa é utilizada quando se deseja uma acção rápida do
medicamento ou quando outras vias não são propícias. Sua administração
deve ser feita com muito cuidado, considerando-se que a medicação entra
directamente na corrente sanguínea, podendo ocasionar sérias complicações
ao paciente caso as recomendações preconizadas não sejam observadas. As
soluções administradas por essa via devem ser cristalinas, não-oleosas e sem
flocos em suspensão.
Objectivos:
1. Obter ação terapêutica imediata do medicamento;
2. Administrar grandes quantidades de medicamentos;
3. Efectuar nutrição parenteral;
4. Administrar substância hipertónicas com certos limites;
5. Administração terapêutica de hemo-componentes.
Material necessário:
1. Tabuleiro ou carro de tratamento;
2. Medicação prescrita;
3. Duas agulhas para aspirar e injectar medicamentos
4. Dispositivo venoso periférico conforme medicação (Sistema);
5. Seringa conforme o volume da medicação;
6. Taça com bolas de algodão embebidas em solução anti-séptica (álcool 70%)
7. Luvas de procedimentos;
8. Pinças e serra;
9. Bolas de algodão seco;
10. Álcool a 70%
11. Fita adesiva para fixação;
12. Garrote;
13. Agulhas de acordo a medicação e tamanho do paciente;
14. Aparadeiras;
Ex:
121
Locais de injeção intravenosa:
Na administração endovenosa podem ser utilizadas quaisquer veias facilmente
acessíveis, mas as mais comuns são:
1. Veias do dorso da mão e do braço:
122
Incidentes ou complicações.
1. Lipotímia;
2. Dor pelo líquido ter saído da veia;
3. Embolia gasosa pela introdução de ar no sangue;
4. Equimose ou hematoma por agulha ter atravessado a veia;
123
13. Desprezar os materiais descartáveis e manter o ambiente do paciente em
ordem;
14. Deixar o paciente confortável;
15. Descalçar as luvas e anotar os procedimentos no processo do paciente;
VENOCLISE:
A venoclise é a administração endovenosa directa de grandes quantidades de
líquidos através de gotejamento controlado, para ser infundido num período de
tempo pré-determinado. As soluções mais utilizadas são a glicose a 5% ou
10% e a solução fisiológica a 0,9%.
Objectivos:
1. Repor as perdas de líquidos e proporcionar hidratação ao paciente;
2. Administrar grandes quantidades de medicamentos por tempo determinado;
3. Obter acção terapêutica mais rápida;
Material necessário:
O material é o mesmo utilizado na via endovenosa, acrescentando-se frasco
com o líquido a ser administrado, suporte, medicamentos, sistema, garrote,
cateteres, agulha, seringa, adesivo cortado em tiras e disposto sobre a
bandeja, etc.
Locais de administração:
Os locais de aplicação são os mesmos da administração endovenosa.
Precauções a ter em venoclise:
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Inácio Sambaca, Dr.Jaime Carlos, Dr.Horácio Arao e Dr.Wilson Lukamba
124
1. Garantir que o material a ser utilizado esteja completo e esterilizado;
2. Realizar a troca das agulhas (cateteres) de punção a cada 48 ou 72 horas,
dependendo das manipulações;
3. Manter a regulação do gotejo segundo a prescrição;
4. Observar sinais de flebite;
5. Observar a solução antes de administrá-la;
6. Garantir que o paciente seja esclarecido sobre o período previsto de
administração,
125
14. Desprezar o material descartável e lavar as mãos;
1. Anotar os procedimentos e acomodar o paciente;
Objectivos:
1. Obter acção terapêutica local e sistémica;
Material necessário:
1. Bandeja ou tabuleiro;
2. Espátula, conta-gotas e aplicador;
3. Gaze e algodão;
4. Luvas de procedimento;
5. Medicamento prescrito;
Precauções:
Pele: Para que haja melhor absorção do medicamento pela pele, a mesma
deve estar limpa e seca antes da aplicação. As loções, pastas ou pomadas são
colocadas na pele e espalhadas uniformemente com gaze, com a mão
devidamente enluvada, seguindo-se as orientações específicas de cada
medicamento em relação à fricção, cobertura, aplicação de calor, etc.
Para a aplicação tópica, ocular, nasal e otológica é recomendável que o
frasco conta-gotas seja individual e, durante a aplicação, não encoste na pele
ou mucosa. Antes da aplicação ocular, faz-se necessário limpar os olhos para
remover secreções.
126
Nariz: para a instilação de medicamento nas narinas o paciente deve manter a
cabeça inclinada para trás; nesta posição, o profissional aproxima o conta-
gotas e pinga o número prescrito de gotas do medicamento.
Ouvidos: na aplicação otológica a posição mais adequada é o decúbito lateral.
A fim de melhor expor o canal auditivo, o profissional deve puxar
delicadamente o pavilhão do ouvido externo para cima e para trás, no caso de
adultos, e para baixo e para trás, em crianças, e instilar o medicamento.
Aplicação vaginal: mantendo a paciente em posição ginecológica; com a mão
enluvada, o profissional deve encher o aplicador com o creme (ou inserir o
óvulo) e introduzi-lo aproximadamente 7,5 cm e pressionar o êmbolo para
aplicar o medicamento. A paciente deve ser orientada a permanecer deitada
logo após a aplicação, visando evitar o refluxo do medicamento.
IV.2 Insulinoterapia:
A insulinoterapia é um processo terapêutico que consiste na administração de
insulina no tratamento da Diabetes. É indicada para diabéticos do tipo 1 e
também para os diabéticos do tipo 2 (quando não ocorre o controle por meio
dos medicamentos orais).
Diabetes melito: é uma doença crónica caracterizada por hiperglicemia
causada por uma relativa insuficiência ou falta de insulina, que conduz à
anormalidades no metabolismo dos carboidratos, proteínas e gorduras.
A diabetes do tipo 1 é caracterizada pela dependência de insulina, pois não há
produção da mesma pelo organismo, ou seja, o indivíduo torna-se desprovido
de células beta no pâncreas endócrino. Assim, para os pacientes desse tipo, a
insulinoterapia é a primeira opção, sendo necessário um rígido controlo
glicêmico e a realização de atividades físicas.
Nos diabéticos do tipo 2, a insulinoterapia será a segunda opção de tratamento,
pois a utilização de estimuladores orais das células beta, secretoras de
insulina, podem ser suficientes para a regulação de glicose no sangue. A
insulinoterapia em pacientes desse tipo ocasionou casos de hipoglicemia e
ganho de peso. Para amenizar esses efeitos é indicada a realização de
exercícios físicos.
Para as diabéticas gestantes, a prescrição do uso de insulina só ocorrerá
quando este controle não é obtido através de dietas e exercícios.
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127
O controle glicêmico para as gestantes é muito importante, já que uma má
regulação dos níveis de glicose pode desencadear graves consequências
como o surgimento de um grande número de doenças; malformação para o
feto (crescimento exagerado, macrossomia); além da chance de ocorrer morte
neonatal (morte com menos de 28 dias de idade) e aborto fetal.
30 min a 1
Ação Ultra- 5 a 15 4a6 Logo antes das
hora e 30 Transparente
rápida min horas refeições
min
Exemplos:
128
2. Insulina de acção intermediária: este tipo de insulina age por cerca de
metade do dia, entre 12 a 24 horas, e os principais tipos são NPH (Novolin N,
Humulin N, Insulatard), Lenta (Humulin L, Novolin L) e NPL (Humalog Mix).
3. Insulina de acção rápida: é uma insulina que deve ser aplicada cerca de 30
minutos antes das principais refeições, geralmente 3 vezes ao dia, e que ajuda
a manter os níveis de glicose estáveis após a ingestão de alimentos. Também
conhecida por insulina de acção curta ou Regular as principais são:Novorapid,
Humulin R ou Novolin R.
129
3. Para que haja o efeito desejado, recomenda-se que seja aplicada na camada
subcutânea da pele (hipoderme). Caso seja aplicada em uma camada muito
superficial o efeito é retardado, e caso atinja o músculo a absorção é
acelerada. Para isso, há recomendações para cada tipo de agulha: para
algumas de maior tamanho é indicada que se faça uma prega cutânea, já para
as menores de 4mm e 5mm a prega é dispensada.
F= frasco;
S= seringa;
D= dose prescrita;
X= dose a ser administrada.
Técnicas a aplicar:
1. Reunir o material acima descrito
2. Higiernizar e secar as mãos;
3. Homogeneizar a insulina prescrita (se suspensão) rolando o frasco entre as
palmas das mãos por no mínimo, 20 vezes;
4. Realizar a desinfecção da borracha do frasco de insulina com algodão
embebido em clorexidina 0,5% solução alcóolica.
5. Manter o protector da agulha e puxar o êmbolo até a graduação
correspondente a dose de insulina;
6. Retirar o protetor da agulha e injetar o ar dentro do frasco de insulina;
7. Posicionar o frasco virado, na altura dos olhos, sem retirar a agulha e aspirar a
dose prescrita;
8. Eliminar bolhas de ar, se existentes, batendo levemente com os dedos, até que
as mesma atinjam o bico da seringa e sejam eliminadas;
9. Virar o frasco para a posição inicial, remover a agulha do frasco, se a aplicação
não for imediata colocar o protetor de agulha para prevenir contaminação;
10. Selecionar o local da aplicação, fazer antissepsia com gluconato de clorexidina
0,5% solução alcóolica, deixar secar;
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Inácio Sambaca, Dr.Jaime Carlos, Dr.Horácio Arao e Dr.Wilson Lukamba
130
11. Fazer prega cutânea com os dedos polegar e indicador e introduzir a agulha
com um movimento rápido em ângulo de 90 ou 45 graus (agulha de 8mm
padronizada pelo HU);
12. Introduzir a insulina, mantendo a prega durante a injeção, aguardar no mínimo
de 5 a 10 segundos, retirar agulha e após desfazer a prega;
13. Descartar o material em recipiente específico para perfuro cortante;
14. Organizar o ambiente.
Objectivos:
Realiza-se a transfusão para administrar sangue total ou um de seus
componentes, tais como plasma, concentrado de hemácias, crioprecipitado,
concentrado de plaquetas com os seguintes objectivos:
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Inácio Sambaca, Dr.Jaime Carlos, Dr.Horácio Arao e Dr.Wilson Lukamba
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1. Sangue total para repor as perdas sanguíneas provocadas por ato cirúrgico,
parto ou por politraumatismos;
2. Plasma para repor perdas de líquidos em grandes queimados;
3. Concentrado de hemácias para casos de anemia grave;
4. Crioprecipitado para pessoas hemofílicas e;
5. Concentrados de plaquetas para controle de hemorragias por deficiência de
plaquetas;
Material necessário:
Usam-se os mesmos materiais usados na punção endovenosa, acrescentando-
se tubos de coleta e as bolsas de sangue.
Locais de administração do sangue:
Os mesmos da administração endovenosa e da venoclise.
Precauções:
a) Componente Certo
b) Dose Certa;
c) Paciente Certo;
d) Via Certa
e) Hora Certa
3. Permaneça junto ao paciente nos primeiros 15 minutos após a instalação para
identificar possíveis sinais de reações adversas (aumento da temperatura,
prurido, edema, vertigem, cefaleia, tremores, calafrios e dor). Após este
período avalie o paciente a cada 30 ou 45 minutos;
4. Controle o gotejamento para que a infusão ocorra, em no máximo quatro horas,
devido ao risco de contaminação e alterações do produto,
5. Não se deve adicionar nada ao sangue nem administrar na mesma via outras
substâncias ou medicamentos;
6. Rotular em letra legível a bolsa de sangue;
132
Compatibilidade e incompatibilidade dos grupos sanguíneos
Por exemplo, associando a classificação ABO com o factor Rh, temos os oito
tipos de sangue: A+, A-, B+, B-, AB+, AB-, O+ e O-. Os do tipo sanguíneo com
factor Rh+ não devem doar para os do tipo Rh-. Destes, apenas o tipo O- é um
doador universal, isto é, pode doar para pessoas de qualquer outro tipo
sanguíneo e só os tipos AB+ podem receber sangue de quaisquer outros tipos
sanguíneos.
Quadro resumo:
Técnicas a aplicar:
133
1. Preparar todo o material necessário;
2. Higienizar as mãos e levar o material à unidade do paciente;
3. Explicar o procedimento ao paciente e fazer o uso de equipamentos de
protecção individual;
4. Faça a avaliação e seleção criteriosa do sítio de punção venosa;
5. Proceda a punção venosa, respeitando técnica asséptica;
6. Verifique a permeabilidade e condições do acesso;
7. Mantenha o acesso com solução salina 0,9% se necessário;
8. Conectar a bolsa à equipa própria para hemocomponente (com filtro 170μ) e
após seu preenchimento, conectar ao acesso;
9. Abra a torneira para a transfusão com gotejamento lento, aumentando a
velocidade gradativamente até aos valores prescritos;
10. Regular o gotejamento, rotular a bolsa de sangue pondo o início e o fim da
transfusão;
11. Descartar os materiais necessários e permanecer ao lado do paciente durante
15 minutos para vigiar as reacções adversas;
12. Proceder a retirada dos materiais de biossegurança e realizar a lavagem das
mãos;
13. Organizar o material e anotar no prontuário do paciente o prontuário realizado;
Possíveis complicações:
É importante manter vigilância durante todo o processo de transfusão,
observando as reações do paciente e o aparecimento de sinais ou sintomas
como: febre, calafrios, tremores, erupções na pele, prurido (coceira)
generalizado, cefaléia, hipotensão, taquicardia, dispnéia. Nesses casos,
recomenda-se que sejam tomadas as seguintes providências:
1. Interromper a transfusão, mantendo a punção venosa com uma solução
fisiológica a 0,9%;
2. Examinar cuidadosamente todas as etiquetas, rótulos e registros, conferindo
novamente os dados do paciente com os da unidade de sangue ou
componente em uso; encaminhar a bolsa contendo o restante do sangue ou
componente, a etiqueta de identificação da bolsa, para o banco de sangue,
tendo o cuidado de não contaminar o produto durante a manipulação;
3. Colher amostras de sangue para exame;
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Inácio Sambaca, Dr.Jaime Carlos, Dr.Horácio Arao e Dr.Wilson Lukamba
134
4. Colher amostra de urina para determinação da hemoglobina.
Obs: se haver incompatibilidade, o sangue do doador será aglutinado pelo do
receptor e poderá causar obstruções de vasos sanguíneos. Por outro lado, os
glóbulos brancos do receptor destroem as hemácias do doador que seriam
reconhecidas pelas células de defesa como “invasoras”. Preferentemente, a
transfusão deve ser feita com os sangues do doador e do receptor tendo a
mesma tipagem ABO e factor Rh, só se usando grupos compatíveis diferentes
se isso não for possível.
UNIDADE V: LIGADURAS
Definição
135
como medida de tratamento em caso de entorses, luxações ou fracturas sem
deslocação.
Técnica de colocação
Para se colocar uma ligadura clássica, deve-se segurar a extremidade livre da
ligadura num determinado ponto da zona do corpo que deve ser tratada e,
depois, efectuar-se várias voltas em torno da zona que se pretende imobilizar
até se obter o efeito pretendido.
136
ponto irregular ou até mesmo começar de novo, já que caso se continue a
enrolar a ligadura, não é possível apertá-la bem.
Por outro lado, quando se coloca uma ligadura apertada sobre uma articulação
ou uma proeminência óssea, deve-se proteger previamente a zona com uma
almofada, por exemplo de algodão, já que desta forma evita-se que os tecidos
moles sejam comprimidos entre a ligadura apertada e as partes duras,
provocando complicações.
Complicações
Uma ligadura demasiado apertada pode dificultar a circulação sanguínea ou
comprimir algum nervo da zona e originar graves problemas. Existem
determinados sinais e sintomas, que se manifestam sobretudo na parte distal
do membro ligado, os quais evidenciam este tipo de problemas: dor, sensação
de formigueiro, arrefecimento da extremidade, palidez cutânea ou edema, etc.
Ligadura de sustentação
A ligadura de sustentação consiste numa ligadura apoiada no pescoço, com
vista a suster o antebraço e a manter o membro imobilizado, restringindo os
movimentos do ombro.
137
Costuma ser efectuada com uma ligadura triangular, disponível no mercado em
vários tamanhos, embora numa situação de urgência se possa recorrer à
utilização de cachecóis, cintos ou à própria roupa do acidentado.
União da ligadura
A união da ligadura pode ser efectuada através de vários recursos:
- com um adesivo;
- com alfinetes-de-ama (convém incluí-los na caixa de primeiros socorros);
- cortando a ligadura ao meio e unindo as extremidades com um nó;
- dobrando a ligadura para trás, na direcção oposta à enrolada e, quando se
efectuar a dobra, realizar um nó com a ponta solta da ligadura.
Tipos de Ligadura
138
Espiral da Mama- Serve para contenção de um penso em uma ou nas duas
mamas. Também pode servir para compressão das mamas. A ligadura pode
ser de pano com 10 à 12 cm
Talas
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
139
3. Ministério da Saúde.— Profissionalização de Auxiliares de Enfermagem. 2 ed.
Brasília: Brasília DF editora; 2003.—83 – 111 P.
4. Insulinoterapia, de la teoría a la práctica - Slideshare. Disponível em:
www.slideshare.net/lpinom/insulinoterapia-de-la-teora-a-la-prctica-12857679.
Acesso aos 15 de Setembro de 2017.
140
16. Toledo Heloise Daniely; [et al] – Manual de Conceitos e Nomenclaturas
de Leitos Hospitalares. Brasília: Editora Parque Cidade Corporate; 2016.
11 – 25P.
17. FUNDAÇÃO EDUCACIONAL “MANOEL GUEDES”. Curso de
Habilitação Profissional de Técnico em Enfermagem. São Paulo: Editora
Tatuí-SP; 2017.— 5 – 15 P.
18. Fundamentos em clínica cirúrgica - 1ª parte capítulo iii Assepsia e
Antissepsia: técnicas de esterilização Takachi Moriya1, Jose Luiz
Pimenta Módena, 2008;
141