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INSTITUTO TÉCNICO PRIVADO DE SAÚDE SAN - PEDRO

MANUAL DE APOIO DE TÉCNICAS DE ENFERMAGEM I

Elaborado pela Profª/ Enfª. Sanila Francisco

Ano Lectivo 2023/ 2024


Dez mandamentos da enfermagem;
1. Amar e respeitar a enfermagem
2. Separar o trabalho da vida pessoal
3. Ser fiel ao paciente, e orientar os familiares.
4. Aprenda com os veteranos
5. Registre as suas acções
6. Atente-se aos seus afazeres e pense antes de agir
7. Respeite o código de ética da enfermagem
8. Ajude a equipe, lidere e compartilhe o conhecimento.
9. Actualize-se e busque especialização
10. Valorizar e proteger a enfermagem

(Fonte: htt:/7fasig.com.br)
 HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DA ENFERMAGEM
A Enfermagem, em sua evolução, passou por três fases distintas:
1. Fase empírica ou primitiva,
2. Fase evolutiva e da Florençe
3. Fase moderna ou de aprimoramento
O cuidado de pessoas doentes significava, no geral, grande inconveniência para a
sociedade, principalmente a assistência aos indivíduos com distúrbios mentais ou doenças
contagiosas. O cuidado com o doente teve início na família e posteriormente passou para a
responsabilidade dos sacerdotes, dos feiticeiros, dos mágicos e dos médicos antigos.
1. FASE PRIMITIVA
Na primeira fase, chamada de empírica ou primitiva, não havia profissionais, e a assistência
prestada aos doentes era praticada por leitos que usavam e abusavam dos mais condenáveis
meios de tratamento, pondo em risco a vida daqueles que caíam em suas mãos, pela falta de
recursos como também de conhecimento adequado para prestarem uma assistência eficiente.
As ações das Irmãs de Caridade, na Europa, e das diaconisas, na Alemanha, no fim deste
período, lançaram as bases da Enfermagem.
2. FASE EVOLUTIVA OU IDADE FLORENCE
A Enfermagem entrou para uma nova fase com a extraordinária personalidade de
Florence Nightingale, que contribuiu grandemente para que tal atividade, além de ser uma arte,
iniciasse as tentativas de um progresso científico. Isto aproximadamente na metade do século
XIX.
A chamada Dama da Lâmpada era destemida, brava e ao mesmo tempo suavíssima.
Tinha uma grande capacidade de agir e sentir. Inteligente, culta e de grande talento, levou a
enfermagem a alcançar elevado conceito, capaz de dignificar uma profissão tão incompreendida
e combatida. Foi necessário que se enfrentasse uma guerra pra a enfermagem obter as
conquistas que favoreceram a classe.
Após sua chegada da Guerra da Criméia, Florence fundou a Escola de Enfermagem do
Hospital Saint Thomas, que receberia o nome de Escola de Enfermagem Nightingale. Ali foram
lançadas as bases do ensino de enfermagem, com a preparação das primeiras enfermeiras, que
muito tiveram de lutar para conseguir o atual patrimônio que hoje desfrutamos.

3. FASE DO APRIMORAMENTO OU MODERNA


Com uma consequência lógica das conquistas da segunda fase, esta última representa
um elevado privilégio para a enfermagem. Com o decorrer do tempo, muito se descobriu no
campo das ciências físicas, biológicas e sociais, contribuindo, tudo isso, para uma conceituação
de prevenção, cura e a reabilitação de distúrbios físicos e mentais. Passou então a enfermagem
a considerar o indivíduo como um centro de cuidados, com atendimento individualizado,
visando a inter-relação dos sistemas bio-psico-socio-espirituais da pessoa humana.
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 QUEM FOI FLORENÇE NATHINGALE?
Nascida a 12 de maio de 1820, em Florença, Itália, era filha de ingleses. Possuía
inteligência incomum, tenacidade de propósitos, determinação e perseverança - o que lhe
permitia dialogar com políticos e oficiais do Exército, fazendo prevalecer suas ideias.
Dominava com facilidade o inglês, o francês, o alemão, o italiano, além do grego e latim.
No desejo de realizar-se como enfermeira, passa o inverno de 1844 em Roma, estudando
as atividades das Irmandades Católicas. Em 1849 faz uma viagem ao Egito e decide-se a servir
a Deus, trabalhando em Kaiserswert, Alemanha, entre as diaconisas. Decidida a seguir sua
vocação, procura completar seus conhecimentos que julga ainda insuficientes.
Visita o Hospital de Dublin dirigido pela Irmãs de Misericórdia, Ordem Católica de
Enfermeiras, fundada 20 anos antes. Conhece as Irmãs de Caridade de São Vicente de Paulo,
na Maison de la Providence em Paris. Aos poucos vai se preparando para a sua grande missão.
Em 1854, a Inglaterra, a França e a Turquia declaram guerra à Rússia: é a Guerra da Criméia.
Os soldados acham-se no maior abandono. A mortalidade entre os hospitalizados é de
40%. Florence partiu para Scutari com 38 voluntárias entre religiosas e leigas vindas de
diferentes hospitais. Algumas enfermeiras foram despedidas por incapacidade de adaptação e
principalmente por indisciplina. A mortalidade decresce de 40% para 2%. Os soldados fazem
dela o seu anjo da guarda e ela será imortalizada como a "Dama da Lâmpada" porque, de
lanterna na mão, percorre as enfermarias, atendendo os doentes.
Durante a guerra contrai tifo e ao retornar da Criméia, em 1856, leva uma vida de
inválida. Dedica-se porém, com ardor, a trabalhos intelectuais. Pelos trabalhos na Criméia,
recebe um prêmio do Governo Inglês e, graças a este prêmio, consegue iniciar o que para ela é
a única maneira de mudar os destinos da Enfermagem - uma Escola de Enfermagem em 1859.
Após a guerra, Florence fundou uma escola de Enfermagem no Hospital Saint Thomas, que
passou a servir de modelo para as demais escolas que foram fundadas posteriormente. A
disciplina rigorosa, do tipo militar, era uma das características da escola nightingaleana, bem
como a exigência de qualidades morais das candidatas. O curso, de um ano de duração, consistia
em aulas diárias ministradas por médicos. Nas primeiras escolas de Enfermagem, o médico
foi de fato a única pessoa qualificada para ensinar. A ele cabia então decidir quais das suas
funções poderiam colocar nas mãos das enfermeiras.
Florence morre em 13 de agosto de 1910, deixando florescente o ensino de
Enfermagem. Assim, a Enfermagem surge não mais como uma atividade empírica,
desvinculada do saber especializado, mas como uma ocupação assalariada que vem atender a
necessidade de mão-de-obra nos hospitais, constituindo-se como uma prática social
institucionalizada e específica.

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SIMBOLOGIA APLICADA À ENFERMAGEM:
Os significados dados aos símbolos utilizados na Enfermagem são os seguintes:
· Lâmpada: caminho, ambiente
· Cobra: magia, alquimia;
· Cobra + cruz: ciência;
· Seringa: técnica
· Cor verde: paz, tranqüilidade, cura, saúde
- Pedra Símbolo da Enfermagem: Esmeralda
- Cor que representa a Enfermagem: Verde Esmeralda
- Símbolo: lâmpada, conforme modelo apresentado.
- Brasão ou Marca de anéis ou acessórios:
Enfermeiro: lâmpada e cobra + cruz
Técnico e Auxiliar de Enfermagem: lâmpada e seringa

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 UNIDADE I: INTRODUÇÃO A DISCIPLINA CONCEITOS BÁSICOS
Técnicas de enfermagem: é o cuidado manual ao paciente representado em execucão única
ou em etapas sucessivas.
Enfermagem: é a ciencia e a arte de assistir o ser humano no atendimento as suas necessidades
básicas e torna-ló independente desta assistência: através da educação, recuperação, manter e
promover a sua saúde.
 Objectivo das técnicas de enfermagem: fornecer o devido suporte para o enfermeiro,
durante os cuidados com o doente, o que pode incluir o planejamento e execução dos
serviços relacionados à assistência de enfermagem. O objectivo da aplicação das
técnicas é a obtenção da qualidade durante a assistência, reduzindo os custos, auxiliar
na recuperação e promover o conforto.
O processo de trabalho envolve:
1. Orientação do paciente sobre os cuidados a serem oferecidos
2. Zelar pelo sigilo profissional
3. Realização do registro de enfermagem de forma eficiente
4. Higienizar as mãos
5. Organização do ambiente de trabalho
6. Fundamentar as práticas de enfermagem em evidências cientifica
Capacidades de um profissional de enfermagem
1. Comprometimento com a saúde
2. Capacidade de tomar decisões
3. Boa comunicação
4. Ser organizado
5. Ter holismo e empatia
6. Saber trabalhar em equipa
7. Lidar bem com as emoções
8. Saber liderar
 Cuidados pessoais
o Manter as unhas naturais limpas e amparadas
o Evitar o uso de áneis, pulseiras, relógios de pulso.
o Manter os cabelos presos e curtos
o Manter o uniforme limpo e não utilizar fora do ambiente hospitalar
o Usar calçados fechados limpos e lavaveis

 Regras em enfermagem
 Do mais comtaminado para o menos contaminado
 Movimentos amplos sem repetições
 Da esquerda para a direita
 Do mais afastado para o mais proximo
 De cima para baixo
 Movimentos unidirecionais
 Do fundo para frente
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 COMPONENTES DE UM HOSPITAL
Segundo (OMS) Organização Mundial de Saúde assim definem hospital: “O hospital é a
parte integrante de um sistema coordenado de saúde, cuja função é dispensar à comunidade
completa assistência médica, preventiva e curativa, incluindo serviços extensivos à família em
seu domicílio e ainda um centro de formação dos que trabalham no campo da saúde e para as
pesquisas biossociais.A palavra hospital vem do latim hospes, que significa «hóspede».
 Unidade de Enfermagem : é a área destinada a acomodar e servir um determinado
número de pacientes, possuindo, além de quartos e enfermarias e as demais
dependências necessárias ao serviço de enfermagem, tais como: - posto de
enfermagem; - sala de serviço; - sala de curativos; - rouparia; - copa; - depósito de
material de limpeza; - sanitários.

 Enfermaria – é o compartimento ou cômodo destinado a receber três ou mais


paciente, porém nunca mais de oito.
 Leito – é, por convenção, a cama posta à disposição do doente.
 Posto de enfermagem – é o local destinado à administração da unidade de
enfermagem.
Equipe de saúde: de um modo geral é composta por:
 Médico
 Enfermeiro
 Paciente
Equipe de enfermagem: diferente da equipe de saúde e multidisciplinar ela esta
composta apenas por enfermeiros de diferentes níveis, onde são realizadas tarefas
especifícas e direcionadas a classe de enfermagem.
A mesma é composta por:
 Enfermeiro (licenciado)
 Técnico de enfermagem (nível médio)
 Auxiliar de enfermagem
 REGISTRO E ANOTAÇÃO DE ENFERMAGEM
CONCEITO: São dados que irão subsidiar a equipe de enfermagem no estabelecimento do
plano de cuidados e prescrição, sendo um suporte para análise reflexiva dos cuidados
ministrados, respectivas respostas do paciente e resultados esperados e desenvolvimento da
Evolução de Enfermagem.

A anotação de Enfermagem é fundamental para o desenvolvimento da Sistematização da


Assistência de Enfermagem, pois é fonte de informações essenciais para assegurar a continuidade
da assistência. Contribui, ainda, para a identificação das alterações do estado e das condições do
paciente, favorecendo a detecção de novos problemas, a avaliação dos cuidados prescritos e, por
fim, possibilitando a comparação das respostas do paciente aos cuidados prestados.

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Objectivo do registro/anotação de enfermagem

 Identificar alterações do estado e das condições do paciente;


 Favorecer a detecção de novos problemas e a avaliação dos cuidados;
 Possibilitar a comparação das respostas do paciente aos cuidados prestados;
 Facilitar a comunicação entre os profissionais de Enfermagem através do prontuário.
Profissionais envolvidos
Enfermeiros e Técnicos em Enfermagem.
Material necessário
 Prontuário;
 Caneta azul ou preta (para turno diurno) e caneta vermelha (para o turno noturno).
Descrição do procedimento
 Durante a admissão devem ser anotados
 Nome completo do paciente, data e hora da admissão.
 Condições de chegada (deambulando, em maca, cadeira de rodas, etc.)
 Presença de acompanhante ou responsável (Clínicas e Sala Verde)
 Condições de higiene
 Queixas relacionadas ao motivo da internação
 Procedimentos/cuidados realizados, conforme prescrição ou rotina institucional
(mensuração de sinais vitais, punção de acesso venoso, coleta de exames, elevação de
grades, etc.
 Orientações prestadas
 Assinatura do profissional

Transferência de unidade/setor:

 Motivo da transferência
 Data e horário
 Setor de destino e forma de transporte
 cuidados realizados (punção de acesso venoso, instalação de oxigênio, sinais vitais, etc.)
 Condições (maca, cadeira de rodas) e Queixas.

Alta:

 Data e horário;
 Condições de saída (deambulando, maca ou cadeira de rodas)
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 Procedimentos/cuidados realizados, conforme prescrição ou rotina institucional
(mensuração de sinais vitais, retirada de cateter venoso, etc.)
 Orientações prestadas.

Obs.: Importante o registro real do horário de saída do paciente e se saiu acompanhado.

Óbito:

 Assistência prestada durante a constatação


 Data e horário;
 Identificação do médico que constatou;
 Comunicação do óbito ao setor responsável, conforme rotina institucional;
 Procedimentos pós-morte (higiene, tamponamento, etc.).
 Encaminhamento do corpo (forma, local, etc.).
 Entrega de DO aos familiares/ Entrega da Guia de Remoção ao setor responsável.

PRECAUÇÕES UNIVERSAIS

Conceito: São Normas de Biossegurança e consistem em atitudes que devem ser tomadas por
todo profissional de saúde frente a qualquer paciente.

Objectivos das preucações universais

Reduzir os riscos de transmissão de agentes infecciosos, principalmente


veiculados por sangue e fluidos corporais (, líquido pleural, pericárdico, sinovial, amniótico,
secreções e excreções respiratórias, do trato digestivo e geniturinário) ou presentes em lesões
de pele e mucosas, restos de tecidos ou de órgãos, além de minimizar a exposição a substâncias
químicas potencialmente tóxicas e possíveis riscos físicos.

Estão inclusas entre as medidas de Precauções universais as seguintes

Atitudes:

HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS

Apesar de ser considerada uma simples ação, a higienização das mãos é uma das medidas que
mais evitam a propagação de doenças. Deve ser feita antes e após o contato e manuseio do
paciente; antes e após atividades que eventualmente possam contaminá-las; antes de calçar as
luvas e após a remoção das mesmas.

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Equipamentos de proteção individual (epis)
CONCEITO: São todos os dispositivos de uso individual utilizados pelo profissional
de saúde, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no
trabalho.
São responsáveis pela proteção e integridade do indivíduo com o intuito também
deminimizar os riscos ambientais no trabalho e promover a saúde, bemestar e evitar osacidentes
e doenças ocupacionais.
Tipos:
 Bata/Jaleco;
 Avental/ Capote Cirúrgico;
 Gorro;
 Máscara
 Óculos de proteção
 Luvas
 Sapato fechado

Bata/jaleco
A Bata, popularmente denominada de
jaleco, representa uma peça de roupa inteira
que deve ser vestida por cima da roupa
usual, antes que sejam desempenhadas
atividades laboratoriais ou clínicas onde
exista o risco de contato com material
químico ou biológico

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Avental/ capote cirúrgico
Confeccionado em TNT, deve ser utilizado
sobre as peças de roupa antes que sejam
desempenhadas atividades cirúrgicas, onde
está previsto contaminação por sangue e
outros fluídoscorporais, e onde há rígida
exigênciade técnicas assépticas. Seu uso é
individual e único, ou seja, deve ser
descartado imediatamente.

Gorro descartável

Representa uma barreira mecânica


capaz de impedir a queda de cabelos no
campo operatório ou no ambiente
clínico/laboratorial,evitando,
contaminações provocadas pelos fios, bem
como protege o cabelo e o couro cabeludo
do profissional de respingose aerossóis
potencialmente contaminados.

Máscara
É uma barreira de uso individual que cobre
o nariz e a boca, sendo indicadas para a
proteção das vias respiratórias e mucosa
oral dos profissionais de saúde de infecções
por inalação de gotículas transmitidas à
curta distância e pela projeção de sangue ou
outros fluidos corporais que possam atingir
as vias respiratórias ou mucosas.

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Protetores oculares
São indicados como medida de proteção da
mucosa ocular em atividadesque possa
produzir respingo e/ou aerossóis (de
sangue, fluidos corpóreos, água
contaminada ou agente química) ou
projeção de estilhaços ou fragmentos.
Aqueles com fotoproteção, também
protegem contra fontes luminosas intensas
e eletromagnéticas.

Luvas
Devem ser utilizadas sempre que for
antecipado o contato com sangue e fluidos
corporais, secreções e excreções, mucosas,
lesões cutâneas, artigos ou superfícies
contaminadas com material biológico;

Tipos de luvas
Luvas de látex /não estéreis: De uso descartável a cada atendimento/procedimentos gerais,
permite o contato com áreas integras ou não, potencialmente contaminadas, em situações que
não requeiram o uso de luvas estéreis.
Luvas de látex /estéreis: De uso descartável a cada atendimento, são comercializadas em
pacotes com pares individualizados estéreis para o contato com áreas integras ou não,
potencialmente contaminadas, que serão sítios de procedimentos cirúrgicos com elevada
exigência de manutenção asséptica.
Sapato fechado
Visa à proteção dos pés do profissional
contra acidentes com perfurocortantes ou
fluidos contaminados. Deve ser
confeccionado com material resistente e
proteger todo o dorso do pé (conforme
modelo sugerido abaixo), não sendo
permitidos sapatos com orifícios ou
sapatilhas, que recobrem parcialmentea
área em questão.

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UNIDADE II: Limpeza, Desinfecção, Assépsia, Esterilização do Material.
 Limpeza: é a remoção de toda sujeira (por exemplo, material orgânico e inorgânico) de
objetos e superfícies. No geral a limpeza envolve o uso de ação química e ação mecânica
com detergentes/sabão ou produtos enzimáticos. Ela pode ser de dois tipos que são:
 Limpeza diária ou concorrente: é limpeza realizada diariamente para manutenção de
um ambiente hospital limpo.
 Limpeza geral ou terminal: é a limpeza realizada após o paciente receber alta, ser
transferido de setor, após óbito ou suspensão de medidas de isolamento.
 Assepsia: consiste em minimizar o aparecimento e disseminação de infecção. A
assepsia é a ausência de patógenos produtores de doenças. Existem dois tipos de técnica
asséptica:
 Assepsia médica: também denominada como técnica limpa inclui procedimentos para
reduzir o número de microrganismos presentes e prevenir sua transmissão. EX:A
higiene das mãos, o uso de barreiras (p. ex. avental) e a limpeza ambiental de rotina, são
exemplos de assepsia médica.
 Assepsia cirúrgica ou técnica estéril: previne a contaminação de um determinado local
ou objeto. Serve para isolar a área operatória de um ambiente não esterilizado e mantém
um campo estéril para cirurgia ou execução de um procedimento.
 Campo estéril: é uma área livre de microrganismos e preparada para receber itens
esterilizados. Pode ser preparada usando a superfície interior do invólucro estéril como
superfície de trabalho ou usando um tecido estéril ou bandeja coberta.
 Antissepsia : são todas as medidas e procedimentos para eitar a contaminação e
proliferação de agentes patogénos
 Desinfecção: envolve o processo de eliminação de quase todos os microrganismos de
objetos inanimados, com exceção de esporos bacterianos. Existem dois tipos de
desinfecção: a desinfecção de superfícies e a desinfecção de alto nível, que é necessário
para objetos de cuidados ao paciente, tais como endoscópios e broncoscópios. Ex:
álcoois, cloretos, gluteraldeídos, peróxido de hidrogênio e fenóis.
 Esterilização: é a eliminação completa ou a destruição de todos os microrganismos,
incluindo esporos. O vapor sob pressão, dentre outros produtos químicos, são os agentes
mais comuns utilizados na esterilização. Além disso, o uso da autoclave (vapor húmido),
de estufas (vapor seco) são métodos físicos comuns na esterilização.

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A decisão de limpar ou limpar e desinfetar ou esterilizar depende da intenção do uso do
equipamento em questão. Podemos classificar os equipamentos em três tipos:

 Críticos: itens que penetram nos tecidos estéreis ou no sistema vascular. Apresentam
alto risco de infecção se estiverem contaminados por microrganismos, especialmente
esporos bacterianos. Itens críticos devem ser estéreis. Exemplos: instrumentos
cirúrgicos, cateteres cardíacos ou intravasculares, implantes.
 Semicríticos: itens que entram em contato com mucosas ou pele não intacta. Esses itens
também apresentam risco de infecção e precisam estar livres de todos os
microrganismos, exceto esporos bacterianos. Itens semicríticos devem ser submetidos à
desinfecção de alto nível ou esterilizados. Exemplos: cânulas endotraqueais,
endoscópios, endoscópios gastrointestinais.
 Não críticos: são itens que entram em contato com pele intacta, mas não com as
mucosas. Esses itens precisam ser limpos e desinfetados. Exemplos: comadres,
estetoscópios, mobílias do quarto.

Degermação: envolve a remoção ou redução no número de microrganismos por meio de


método químico (uso de antisséptico) ou mecânico (escovação). Realizada principalmente nas
mãos e antebraços (por exemplo: no preparo pré-operatório).

Desinfestação: é a eliminação de insetos, roedores ou outros animais (vetores) capazes de


transmitir doenças ao homem;

Sanificação: é redução do número de microrganismo a um nível isento de perigo. O hipoclorito


de sódio é a principal solução utilizada na sanificação.

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UNIDADE III: MEDIDAS DE CONFORTO
Unidade do paciente: consiste no espaço fisico e imobiliario necessário para a sua
acomodação durante a internação.
Unidade de internação: é o conjunto de elementos destinados a acomodações do paciente
internado. É o espaço físico omde o paciente permace a maior parte do tempo durante o seu
periodo de internação
Finalidade do preparo da unidade do paciente:
 Proporcionar conforto e segurança e bem-estar ao paciente.
 Facilitar colocação do paciente no leito.
 Prevenir infecção
 Manter a organização
 Manter o aspecto agradavel da unidade e higiene do paciente
Componentes básicos de uma unidade do paciente:
 Uma cama com colchão
 Uma mesa de cabeçéira com gaveta
 Uma cadeira
 Uma mesa para refeição
 Uma escadinha
 Oxigenio

Limpeza e desinfecção da unidade


Essa prática consiste em um conjunto de ações para reduzir, controlar, eliminar e até
mesmo prevenir possíveis riscos de infecção hospitalar e prejudicar a saúde humana. Pode-se
destacar os seguintes tipo de limpeza:
1. Limpeza de descontaminação e desinfecção de superfícies: A descontaminação é
feita a partir da remoção da matéria orgânica da superfície de centros cirúrgicos, por
exemplo, procedida de limpeza e desinfecção realizada com produtos homologados para
tal.
2. Limpeza Concorrente: Refere-se à limpeza diária do quarto ou dependência do
hospital na presença de cliente/paciente. Nestes casos, é realizado o processo de coleta
de resíduos conforme a sequência de ações que fazem parte de uma limpeza hospitalar
completa, prática é feita da seguinte maneira:
 Identificar o local com placa sinalizadora para piso molhado
 Em seguida, deve ser feita coleta de resíduos.
 Limpeza de mobiliários
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 Varrição seca
 Limpeza úmida
 Limpeza de sanitário
 Reposição de materiais descartáveis e insumos.
3. Limpeza terminal: Esse tipo de limpeza hospitalar ocorre logo após da saída do
paciente. Seja caracterizada por alta, transferência ou óbito. O procedimento de limpeza
terminal, também conhecido como lavação de ambientes, prossegue da seguinte
maneira:
 Identificar o local com placa sinalizadora para piso molhado;
 Vestir os EPIs, inclusive os óculos;
 Fazer a coleta de resíduos;
 Limpar o teto e paredes;
 Higienizar o mobiliário do mais limpo para o mais sujo;
 Realizar a higienização o piso, se este estiver desgastado ou conforme com o
cronograma de tratamento de piso, é realizadas remoção e aplicação de cera;
 Higienizar o sanitário;
 Repor materiais descartáveis e insumos.
Tratamento de a roupa hospitalar
A unidade de processamento da roupa de serviços de saúde é um setor de apoio que
tem como finalidade coletar, pesar, separar, processar, confeccionar, reparar e distribuir roupas
em condições de uso, higiene, quantidade, qualidade e conservação a todas as unidades do
serviço de saúde

As roupas utilizadas nos serviços de saúde incluem lençóis, fronhas, cobertores, toalhas,
colchas, cortinas, roupas de pacientes, compressas, campos cirúrgicos, propés, aventais, gorros,
dentre outros

O processamento da roupa dos serviços de saúde abrange as seguintes atividades:


1. Retirada da roupa suja da unidade geradora e seu acondicionamento
2. Coleta e transporte da roupa suja até a unidade de processamento
3. Recebimento, pesagem, separação e classificação da roupa suja
4. Processo de lavagem da roupa suja
5. Centrifugação
6. Secagem, calandragem ou prensagem ou passadoria da roupa limpa
7. Separação, dobra, embalagem da roupa limpa
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8. Armazenamento, transporte e distribuição da roupa limpa
9. A unidade de processamento de roupas também pode realizar outras atividades, como o
preparo de pacotes de roupas para esterilização, confecção e reparo de peças.
Parâmetros para classificação da roupa suja:
1-Grau de sujidade
a) • Sujidade pesada – roupa com sangue, fezes, vômitos e outras sujidades protéicas.
b) • Sujidade leve – roupa sem presença de fluidos corpóreos, sangue e/ou produtos
químicos.
2-Coloração da roupa
A classificação por cor tem o objetivo de evitar manchas. Sugere-se a seguinte divisão:
 roupa branca e cores claras;
 roupa de cores firmes;
 roupa de cores desbotáveis.
Tipo de Fibra Têxtil : O processo de lavagem não é o mesmo para todos os tipos de tecido,
variando conforme sua origem e composição. Portanto, deve-se considerar o tipo de tecido ao
classificar a roupa.Tecido, Formato, Tamanho e/ou Tipo de Peça Esse tipo de classificação,
além de determinar o processo de lavagem a ser escolhido, facilita o trabalho na área limpa e
no setor de acabamento.As roupas podem ser classificadas como:

 lisas: lençóis, fronhas, colchas, etc.;


 tecidos felpudos: toalhas, roupões, etc.;
 roupas cirúrgicas: campos operatórios, aventais, etc.;
 uniformes e paramentos: camisas, camisolas, calças, pijamas, etc.;
 roupas especiais: cobertores, etc.;
 absorventes: compressas cirúrgicas, fraldas, etc. Peças pequenas podem ser colocadas
em sacos de lavagem específicos para o processamento.

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 PREPARO DA CAMA HOSPITALAR
Conceito: O preparo da cama hospitalar consiste em arruma-la, de acordo com as
características do paciente que vai ocupa-la.
Tipos de cama:
1) Cama fechada
2) Cama aberta
3) Cama para operado
4) Cama com paciente (banho no leito )

 Cama fechada: é aquela que está desocupada, aguardando chegada ( admissão ) do


paciente. Onde normalmente a mesma é feita duas horas ápos a higienização do local

 Cama aberta. É aquela que está sendo ocupada por um paciente que pode deâmbular.

 Cama para operado: é realizada para receber o paciente que está na sala de cirurgia
sob anestesia. Tem como finalidade Proporcionar conforto e segurança ao paciente,
facilitar colocação do paciente no leito e prevenir infecção.
 Cama com paciente: consiste na arrumação do leito oucupado por um paciente que não
se pode locomover

Material básico para realizão da técnica:

 2 lençóis ( de cima e de baixo ),


 1 toalha de rosto,
 1 toalha de banho,
 1 fronha,
 1 cobertor,
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 1 colcha.
 Dois lençóis ( de cima e de baixo ),
 Fronha,
 Luvas de procedimentos,
 Hamper
CUIDADOS DE HIGIENE DO PACIENTE
 Conceito: higiene corporal do paciente.

 OBJETIVOS DA TÉCNICA

 Higienizar a pele, removendo a sujidade e a sudorese corporal;


 Reduzir potencial de infecções;
 Promover o bem-estar, o relaxamento e o conforto do paciente;
 Estimular a circulação sanguínea periférica;
 Viabilizar a inspeção corporal;
 Oportunizar a educação para a saúde.

 Indicação: Cuidados higiênicos diários de clientes acamados.


 Responsáveis pela execução: enfermeiro, auxiliar e técnico de enfermagem.

MATERIAL NECESSÁRIO
 EPI: Gorro, óculos protetores, avental, máscara cirúrgica e luvas de procedimentos;
Kit para banho no leito, contendo: jarra, bacia, balde, comprensas e sabonete
antisséptico;
 Toalha de banho;
 Kit de Lençois;
 Biombo;
 Saco de hamper ou saco descartável;
 Preservar a privacidade do paciente, protegendo o leito com biombo e posicionar o
hamper ou saco;

TIPOS DE HIGIENE
Higiene oral
Materiais:
 Pasta de dente ou antisséptico bucal.
 Escova de dente ou material preparado com abaixador de língua e gazes.
 Copo com água
 Cuba-rim
Procedimento:
 Determinar a habilidade do paciente a segurar a escova de dentes.
 Explicar o procedimento.
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Se o paciente não for debilitado
Colocar a pasta de dente na escova, Molhar a escova, Segurar a cuba-rim e copo com água e
auxilia-lo na escovação.

Se o paciente for dependente


 Colocar antisséptico oral no copo descartável, Molhar o abaixador de língua,
 Molhar crostas e placas presentes nos lábios,
 Cuidadosamente higienizar: bochechas internas, palato, língua e lábios, Enxugar lábios,
Trocar os abaixadores de língua quantas vezes forem necessárias.
Limpeza de próteses dentárias
Quando o paciente fizer uso de próteses dentárias:
 - Retirar as próteses com gaze cuidadosamente e coloca-las na cuba rim.
 - Leva-las ao banheiro e lava-las no lavatório em água corrente.
 - Devolve-las ao paciente delicadamente.
 - Antes de coloca-las, realizar higiene oral adequadamente, observando presença de
ferimentos na cavidade oral, comunicar e anotar alterações.
Higiene dos cabelos e couro cabeludo em acamados
 Conceito: higiene e hidratação dos cabelos e couro cabeludo do paciente.
 Responsáveis pela execução: enfermeiro, auxiliar e técnico de enfermagem.

Execução da técnica
 Determinar se existe qualquer risco que possa contra indicar a lavagem dos cabelos. -
Explicar o procedimento ao paciente.
 Arrumar materiais em local conveniente.
 Colocar a bacia sob a cabeça do paciente com o jarro derramar água cuidadosamente
aos cabelos.
 Realizar espuma, massageando bem o couro cabeludo, enxaguar até que os cabelos
fiquem sem sabão.
 Repetir o processo sempre que necessário.
 Aplicar condicionador nas pontas se necessário.
 Enrolar a cabeça do paciente na toalha.
Observações: Evitar que escorra sabão nos olhos; Lavar o cabelo ao menos uma vez por
semana; Durante o procedimento investigar a presença de alterações no cabelo e/ou couro
cabeludo, por último pentear os cabelos a fim de remover emaranhados, secar bem.

Higiene da genitália
Conceito: higienização da genitália externa feminina e masculina.
Responsáveis pela execução: enfermeiro, médico, auxiliar e técnico de enfermagem.

19
Etapas para execução
 Higiene íntima feminina:
 Para facilitar a execução da técnica, priorizar a posição ginecológica;
 Por se tratar de uma região sensível proceder à higiene da vulva com delicadeza;
 Evitar exposição do paciente.
 Não deixar áreas do corpo expostas desnecessariamente.
 Molhar a genitália, lavar cuidadosamente as pregas da pele. Com a mão não dominante
afastar grandes lábios. Com a mão dominante lavar a região com o esfregão com água
e sabão, em direção anterior para a posterior, trocando as áreas do esfregão.
 Separar os pequenos lábios e expor o meato urinário e introito vaginal. Repetir o
procedimento da região anterior para a posterior mudando áreas do esfregão.
 Se necessário utilizar mais de um esfregão.
 Enxagüar
 Retirar comadre, enxugar a região.

 Higiene íntima masculina:


 - Explicar o procedimento ao paciente.
 - Colocar a comadre.
 - Levantar o pênis. Segura-lo com a mão dominante.
 - Afastar cuidadosamente o prepúcio.
 - Lavar a glande, meato urinário, trocando áreas do esfregão ( retirar todo o esmegma )
 - Com movimentos firmes e delicados lavar o corpo do pênis.
 - Lavar cuidadosamente o escroto. Levanta-lo e lavar períneo, enxaguar.
 - Retirar comadre e secar a região.

Etapas para execução


Etapas iniciais
1) Orientar o paciente sobre o cuidado que será oferecido;
2) Instruir o paciente para que tome banho corretamente;
3) Organizar o ambiente;
4) Manter as janelas fechadas (evitar correntes de ar);
5) Preparar e levar os materiais necessários, colocando-os em local de fácil acesso.
6) Banho de aspersão (chuveiro)

TIPOS DE BANHO
 BANHO NO LEITO: higienização total ou parcial do corpo, realizada no cliente
acamado. E necessitam de repouso absoluto no leito.
 BANHO DE ASPERSÃO : consite no banho realizado no chuveiro para pacientes
que não apresentam difilcudades de ficar em pé
 BANHO DE IMERSÃO : consiste no banho em banheira, confortavel para pacientes
que têm difilcudades em ficar em pé.
 BANHO DE ABLUSÃO : Consiste no tipo de banho onde são jogadas pequenas
porções de água sobre o corpo do paciente 20
BANHO NO LEITO
 Higienizar as mãos conforme recomendações da /OMS;
 Calçar luvas; Soltar a roupa de cama (começar pelo lado mais distante e retirar o
travesseiro);
 Iniciar o banho pela lavagem do rosto (ensaboar o rosto, começando pelo lado mais
distante, abrangendo toda face, orelhas, pescoço e nuca). Na sequência enxaguar e secar;
 Proceder à higiene oral conforme método descrito;
 Despir o paciente;
 Colocar a toalha de banho sobre o tórax, descer o lençol em leque até a região pubiana
e deixar os braços do paciente sobre a toalha;
 Lavar e enxaguar os membros superiores (iniciar sempre pelo membro mais distante e
depois no mais próximo, iniciando sempre a lavagem pela extremidade distal);
 Oferecer bacia com água morna e solicitar que o paciente lave as mãos (se necessário
realize a lavagem das mãos do paciente);
 Solicitar que o paciente coloque as mãos sob a cabeça;
 Lavar, enxaguar e enxugar as axilas do paciente (iniciar pela mais distante);
 Lavar, enxaguar e enxugar o tórax. Nas mulheres, atentar-se a higiene na base dos seios,
especialmente em mulheres obesas (manter o local seco e hidratado);
 Colocar a toalha sobre os membros inferiores;
 Lavar, enxaguar e secar o membro inferior mais distante e em seguida o proximal
(iniciar pela coxa, seguindo joelho e pernas, depois o pé);
 Movimentar o paciente para decúbito lateral;
 Colocar a toalha sob as costas e abaixar o lençol;
 Lavar, enxaguar e secar o tronco e as nádegas;
 Colocar as roupas de cama conforme técnica descrita para preparo do leito;
 Movimentar o paciente para decúbito dorsal;
 Colocar a toalha de banho e a comadre sob a região glútea;
 Disponibilizar material para o paciente realizar a higiene íntima, ou se necessário, você
deve realizá-la (incluindo a região pubiana);
 Retirar a comadre e a toalha;
 Se necessário colocar fralda no paciente;
 Vestir o paciente;
 Terminar o preparo do leito conforme técnica descrita;
 Oferecer e/ou utilizar materiais de cuidado com pele do paciente;
 Providenciar a limpeza, a ordem do ambiente e do material;
 Retirar as luvas e higienizar as mãos conforme recomendação
 Anotar a assistência prestada.

DURANTE O BANHO:
 Observar a integridade dos curativos em placas aderidos à pele. Retira-los quando não
íntegros, mesmo antes do período recomendado pelos fabricantes;
 Não massagear a pele sobre proeminências ósseas;
21
 Não massagear as áreas que se encontram hiperemiadas;
 Evitar molhar demasiadamente o cliente e o leito, pelo risco de hipotermia, de
translocação de micro-organismos, de encharcamento do colchão .

APÓS O BANHO:

 Trocar a fixação da cânula traqueal, dos cateteres enteral e gástrico e dos dispositivos
vasculares;
 Trocar o sistema de infusão de soroterapia e medicamentos;
 Hidratar a pele e os lábios do cliente com solução padronizada pela instituição;
 Adotar medidas que proporcionem conforto ao cliente;
 Colocar os dispositivos de posicionamento e de prevenção de úlcera por pressão;
 Realizar os curativos de feridas, limpeza e desinfecção da cama e colchão.
 Orientar e ensinar a família sobre os cuidados de higiene que deverão ser prestados no
hospital e continuados em domicílio;
 Proporcionar boa aparência.

BANHO DE ASPERSÃO ( CHUVEIRO )

1. - Providenciar todos os produtos de higiene e roupas requisitadas pelo paciente.


2. - Coloca-los ao alcance do chuveiro.
3. - Auxiliar o paciente no banheiro s/n.
4. - Abrir o chuveiro e equilibrar a temperatura da água, demonstrando ao paciente para
saber se está a gosto.
5. - Instruir o paciente para não trancar a porta do banheiro.
6. - Não sair do quarto. Devemos manter atenção. Enquanto o paciente realiza seu banho,
preparar cama aberta conversando com o mesmo a fim de detectar anormalidades.
7. - Auxiliar o paciente a sair do chuveiro, se necessário auxilia-lo a se enxugar.
8. - Auxiliar o paciente a se vestir e calçar os chinelos.
9. - Auxiliar o paciente a ir para o leito e deitar
10. - Deixar o quarto do paciente em ordem e realizar a limpeza concorrente.

LAVAGEM DA CABEÇA
Conceito: higiene e hidratação dos cabelos e couro cabeludo do paciente.
Responsáveis pela execução: enfermeiro, auxiliar e técnico de enfermagem.

Materiais necessários:
 Luvas de procedimento;
 Sabonete ou shampoo e condicionador (se necessário);
22
 Jarra com água morna;
 Balde
 Bolas de algodão
 Cobertor
 Impermeável ou saco de plástico grande
 Toalha de banho
 Saco plástico para resíduos.

Execução da técnica:
1. Higienizar as mãos conforme o recomendavel
2. Reunir o material necessário, proximo ao paciente e em ordem de utilidade.
3. Orientar o paciente sobre a assistência que será prestada
4. Fechar janelas (evitar corrente de ar) e Calçar luvas
5. Preparar um rolo com cobertor simulando bacia e envolve-lo com o impermeável ou
saco plástico com pequena abertura no fundo, formando um funil, para que o lado do
escoamento da água fique dentro do balde.
6. Forrar a cama com impermeável e toalha próxima ao local onde será realizada a técnica
7. Deixar uma toalha sob a cabeça do paciente a fim de evitar que molhe o travesseiro
8. Posicionar o paciente na diagonal da cama (se possível), com a cabeça sobre o rolo do
cobertor e um coxim sob as escápulas.
9. Posicionar o balde para escoamento da água
10. Proteger os ouvidos do paciente com bolas de algodão
11. Executar a lavagem do cabelo e couro cabeludo com o material disponível
12. Enxaguar e secar os cabelos com a toalha ou secador (se disponível)
13. Deixar o paciente confortável e Providenciar a limpeza, a ordem do ambiente e do
material
14. Retirar as luvas e higienizar as mãos conforme o recomendavel e Anotar a assistência
prestada.

23
UNIDADE IV: POSICIONAMENTO
Conceito: posição para realização de exames, cirurgias, conforto e tratamento.
Responsáveis pela execução: enfermeiro, médico, fisioterapeuta, auxiliar e técnico de
enfermagem.
Há diferentes posições com a finalidade de proporcionar conforto, realizar exames,
tratamentos e cirurgias. . Durante as posições assumidas, é fundamental resguardar a
privacidade, o conforto e o bem-estar do paciente, a enfermagem deve conhecê-las para ajudar
o paciente a adotar posições específicas tais como:
TIPOS DE DECÚBITO
Decúbito dorsal, horizontal ou supina. - O paciente se deita de costas no colchão, com
extremidades inferiores apoiadas em coxim e superiores sobre o abdome. Sob a cabeça coloca-
se um travesseiro. - Cobre-se o paciente com lençol. Esta posição é muito utilizada para exame
físico.
Decúbito ventral ou de prona: É a posição em que o paciente fica deitado sobre o abdome,
com a cabeça lateralizada . É indicada para exames da coluna vertebral e região cervical.
Decúbito lateral ou Sims: O paciente assume posição lateral esquerda ou direita. O membro
inferior que está sob o corpo deve permanecer esticado e o membro inferior acima deve
permanecer flexionado. Essa posição é utilizada para enemas, repouso.

OBS: A mudança de decúbito do paciente deve ser reslizada de 2/2 de acordo a situação do
paciente
ÚLCERAS POR PRESSÃO
Conceito: É uma lesão com tendência a necrose dos tecidos. É causada pela irrigação
sangüínea deficiente, ocasionada por pressão demorada e conseqüente falta de nutrição
dos tecidos.

Ocorre nos pacientes com:


 Afecções graves do sistema nervoso, sobretudo nos hemiplégicos e
paraplégicos,
 Pacientes em estado de coma ou politraumatizados
 Incapacitados de mover-se na cama.

A úlcera de pressão caracteriza-se por uma crosta enegrecida, formada de tecido


mortificado, com tendência a eliminar-se. Tende a aumentar de tamanho se a região não for
protegida e principalmente, se não for diminuída a pressão sobre o corpo, pela mudança de
posição.

24
Classificação da Úlcera de Pressão
Esta classificação verifica o comprometimento tecidual:
1. Estágio I: comprometimento da epiderme
2. Estágio II: comprometimento até a derme
3. Estágio III: comprometimento até o subcutâneo
4. Estágio IV: comprometimento do músculo e tecido adjacente

Causas imediatas :
 Pressão ( longas horas na mesma posição )
 Fricção ( rugas e migalhas na roupa de cama, defeitos do colchão )
 Umidade ( paciente molhado por suor, urina e fezes.
 Falta de asseio corporal - Aplicação imprópria de aparelhos de gesso ou restrição
 Excesso de calor e frio

Cuidados preventivos
 Usar posicionadores e protetores ( coxins, colchão caixa de ovo )
 Sentar o paciente fora do leito, com freqüência, sempre que seu estado permitir.
 Incentivar deambulação precoce
 Reduzir qualquer pressão sobre pontos do corpo, zelando principalmente pelas
proeminências ósseas.
 Mudar constantemente de posição
 Manter cama limpa, seca, com lençóis bem esticados.
 Zelar pela higiene pessoal
 Realizar massagem com dersani ou creme hidratante
 Executar movimentos passivos
 Incentivar dietas hiperproteícas se não houver restrição

Ilustração: Úlcera de pressão na região lombar

25
MOVIMENTAÇÃO OU TRANSPORTAÇÃO DO PACIENTE
 CONCEITO: Transferência do paciente do leito para maca ou vice-versa

 Material
 Maca com colchão
 Cobertor e lençol
 Luvas de procedimento

 Aplicação da Técnica:
1. Higienizar as mãos
2. Verificar estado geral do paciente
3. Explicar o procedimento ao paciente
4. Forrar o colchão da maca com lençol
5. Manter a privacidade do cliente (colocar biombo ou fechar a porta do quarto
privativo)
6. Colocar a cama em uma altura funcional (sempre que possível).
7. Abaixar a cabeceira da cama tanto quanto o paciente tolerar
8. Cruzar as pernas e os braços sobre o peito do paciente
9. Soltar o lençol móvel da cama e enrolar as laterais
10. Colocar a maca paralelamente ao lado da cama
11. Deitar o paciente em decúbito dorsal e verificar as condições de acessos venosos
e infusões, as fixações das sondas e drenos e as condições de drenagem
12. Puxar as bordas do lençol que estão presas debaixo do colchão do paciente
13. Posicionar dois profissionais do lado do leito e outros dois ao lado da maca (ou
quantos forem necessários) e todos segurando o lençol debaixo
14. Reduzir o atrito se possível: cruzar braços e pernas do paciente
15. Realizar a transferência do paciente para a maca com um só movimento,
sincronizando a ação dos profissionais (contagem de 3)
16. Cobrir o paciente com lençol e cobertor, se necessário
17. Elevar as grades de proteção
18. Encaminhar o paciente ao local desejado
19. Deixar o paciente confortável
20. Higienizar as mãos
21. Realizar o registro de enfermagem no prontuário.

26
Transferência do paciente do leito para cadeira
Material: Cadeira de rodas ou poltrona, lençol, escadinha, chinelos
 Aplicação da Técnica:
1. Higienizar as mãos
2. Explicar o procedimento ao paciente
3. Fechar a porta do quarto ou colocar biombo
4. Preparar a cadeira, forrá-la, colocando um lençol em diagonal
5. Posicionar a cadeira/poltrona na lateral do leito
6. Travar as rodas da cadeira e erguer o descanso dos pés
7. Posicionar a escadinha na altura dos pés da cama do paciente;
8. Posicionar o paciente em decúbito dorsal
9. Elevar a cabeceira da cama;

9. O enfermeiro posiciona o seu braço sob os ombros do paciente e outro atrás dos
joelhos do paciente em flexão e o ajuda a sentar-se na cama com um movimento
único, apoiando os pés na escadinha
10. Observar sinais de hipotensão ortostática
11. Vestir adequadamente o paciente e calçar os chinelos;
12. Ficar de frente para o paciente segurando-o pela cintura;
13. Ajudar o paciente a levantar-se, apoiando-se nos ombros do executante que o
segurará pela cintura até que fique em pé ao lado da cama, de costas para a
cadeira de rodas ou poltrona (se quiser melhorar o apoio, coloque nele um cinto
bem largo para poder segurá-lo com mais firmeza)
14. Ajudar o paciente a sentar-se na cadeira/poltrona confortavelmente;
15. Apoiar os pés do paciente no descanso da cadeira
16. Cobrir o paciente com outro lençol e/ou cobertor;
17. Conduzir o paciente ao local desejado;
18. Higienizar as mãos;
19. Realizar as anotações de enfermagem no prontuário.

Virar o paciente no leito


 Colocar o paciente em decúbito dorsal no lado da cama em direção oposta a que será
virado.
 Se estiver mobilizando o paciente sozinho deverá elevar as grades do lado para o qual
será virado.
 Posicionar braços e as pernas do paciente para o lado que será virado.
 Posicionar dois colegas ao lado na direção em que o paciente será virado, e um no lado
em que estão colocados os travesseiros.
 Enrolar o lençol ao longo do paciente para o lado em que será virado.
 Com um colega segurando firme o lençol abaixo do quadril e coxa e o outro segurando
na altura do ombro e da coluna lombar, na contagem até três, rolar o paciente como um
bloco em movimento suave e contínuo.
27
 O colega do lado oposto da cama coloca a almofada ao longo do paciente para apoio.
Dois ou mais profissionais. Se o paciente auxilia bastante pode ser feito por apenas um
profissional

movimentacão do paciente no leito

Mover o paciente para a cabeceira da cama.


 Quando o paciente auxilia Pedir ao paciente para flexionar os joelhos e firmar os pés no
colchão, se houver trapézio poderá ser utilizado também.
 Quando o paciente não auxilia (mínimo de dois profissionais)
Retirar o travesseiro
Manter as costas eretas, flexionar os joelhos, contrair abdome, abaixar os quadris e posicionar
um dos braços por baixo das costas do paciente e ao outro braço por baixo dos quadris.
Assumir ampla base de sustentação mantendo um dos pés a frente do outro, sendo que
o pé que está mais próximo da cama fica mais atrás, os pés devem estar dirigidos para
a cabeceira.
É um procedimento que deve ser feito por mais de um profissional, também pode ser
realizado com auxílio do lençol móvel.

TIPOS DE POSIÇÕES PARA EXAME OU REALIZAÇÃO DE PROCEDIMENTOS


 Posição de Fowler: Posição em que o paciente fica semi sentado, com apoio sob os
joelhos. É indicada para descanso, para pacientes com dificuldades respiratórias.

 Genupeitoral: O paciente se mantem ajoelhado sobre o colchão com o tórax na cama.
Os membros superiores ficam flexionados nos cotovelos, repousam sobre a cama,
auxiliando a amparar o paciente. Esta posição é utilizada para exames vaginais e retais.

 Ginecológica: A pessoa fica deitada de costas, com as pernas flexionadas em suportes


(perneiras). Cobre-se a paciente com lençol em diagonal. Esta posição é utilizada para
cirurgias por vias baixas, exames ginecológicos.

28
 Litotômica: É considerada
uma modificação da ginecológica. A
paciente é colocada em decúbito
dorsal, com ombros e cabeça
ligeiramente elevados. As coxas,
bem afastadas uma da outra são
flexionadas sobre o abdome. Essa
posição é utilizada para partos
normais, cirurgias ou exame do períneo, vagina e bexiga.

 Trendelemburg: Posição em que o corpo fica inclinado, com a cabeça em plano mais
baixo que o restante do corpo. É indicada para facilitar drenagem de secreções
brônquicas e para melhorar o retorno venoso.

29
UNIDADE V: SINAIS VITAIS

Conceito: São sinais clínicos da função


orgânica básica e são aferidos pelos
profissionais, a toda a consulta, resultm das
interacções entre o sistema organicos e de
determinadas patologias. As alterações da
função corporal geralmente se refletem nos
sinais vitais podendo indicar enfermidade.
Por essa razão devemos verificar e anotar
com precisão.
OS SINAIS VITAIS ( SSVV ) REFEREM-SE A :
 Temperatura ( T ),
 Pulso ou Batimentos Cardíacos ( P ),
 Respiração ( R )
 Pressão Arterial ( PA )
 Dor ( D)

IMPORTÃNCIA DA AVALIAÇÃO DOS SINAIS VITAIS

Essas medidas são indicadores do estado de saúde, devido a sua importância elas são referidas
como Sinais Vitais, avaliação dos sinais vitais permite identificar necessidades básicas dos
pacientes de uma maneira rápida e eficiente.Os sinais vitais e outras medições fisiológicas são
a base para solução de problemas clínicos.

CONDIÇÕES QUE ALTERAM SINAIS VITAIS

 FALSA INTERPRETAÇÃO
 PESSOAIS: exercício, tensão, alimentação.
 AMBIENTAIS: temperatura e umidade
 EQUIPAMENTOS: inapropriado e/ou mal calibrados

Materiais: Esfigmomanômetro, Estetoscópio, Termômetro, Recipiente com algodão, álcool á


70%, Relógio com ponteiros de segundos.

30
TEMPERATURA ( T)
Oral: 37ºC-leitura lenta (cercade7min.) risco decontaminação porfluidos, nãoindicado para
pacientes que não colaboram ou inconsciente.
Retal: 37,5ºC-maior precisão, método desagradável,risco
de exposiçãoafluidos,riscodelesão,contraindicadopara RN e pacientes com doenças retal.
Axilar: 36.5ºC-local menos preciso,sudorese pode interferir, longo período de mensuração.
Timpânica: 37ºC-aferição rápida,custo elevado,presença de cerum e pode interferir na
leitura,contra indicado para paciente submetidos a cirurgia auditiva.

TIPOS DE TERMÔMETRO:

Terminologias específicas
 Normotermia : temperatura corporal normal
 Afebril : ausência da elevação da temperatura
 Febrícula : quando a temperatura corporal encontra-se entre 37,3º C a 37,7º C
 Hipertermia : quando a temperatura corporal encontra-se acima do valor normal
Entre 37,8º a 40, 9º C
 Hiperpirexia : a partir de 41º C
 Febre:Aumento anormal da temperatura corporal devido à produção excessiva de
calor e incapacidade dos mecanismos de perda de calor acompanharem o ritmo da
produção de calor.
 Hipotermia:Redução da Tª corporal para valores↓35°C, classificada em acidental
(primária)ou devido disfunção do centro regulador hipotalâmico(secundária).
 Temperatura Basal (normal) do corpo: 36,8ºC à 37,3ºC

31
Método:
 Explicar o procedimento ao paciente
 Realizar a assepsia do termômetro com algodão embebido em álcool á 70%
 Em casos de termômetros digitais zera-lo; em caso de termômetros de mercúrio
sacudi-lo cuidadosamente até que a coluna de mercúrio desça abaixo de 35ºC
 Colocar o termômetro com o bulbo em contato direto com a pele na região axilar
 Pedir ao paciente para comprimir o braço com a mão ao ombro oposto
 Retirar após 3 a 5 minutos
 Verificar o valor e registrar
 Comunicar e registrar alterações
 Realizar assepsia do termômetro

AVALIAÇÃO DO PULSO
O pulso é a onda de contração e expansão
das artérias, resultante dos batimentos
cardíacos. O valor normal em adultos é de
60 a 100 bpm.

Artérias mais utilizadas para a verificação do pulso:


 Radial ( pulso )
 Braquial ( região interna do braço )
 Carótida ( próximo a laringe )
 Poplítea ( atrás do joelho )
 Pediosa ( dorso do pé).

Terminologias básicas:
 Pulso normocárdico : batimento cardíaco
normal
 Pulso ritmico : os intervalos entre os
batimentos são iguais
 Pulso arritmico : intervalos entre os
batimentos desiguais
 Taquisfigmia ou taquicardia: pulso
acelerado, acima do valor normal
32
 Bradisfigmia ou bradicardia : freqüência cardíaca abaixo do valor normal
 Pulso filiforme : fraco, quase que imperceptível
Idade Batimentos/minuto
Bebês 100-170
Crianças de 2 a 10 anos 70-120
Crianças >10anos e 60-100
adultos
MÉTODO DE AVALIAÇÃO
 Explicar o procedimento ao paciente
 Manter o paciente confortável ( deitado ou sentado ), com o braço apoiado
 Colocar os dedos indicador e médio sobre a artéria, fazendo leve pressão (o suficiente
para sentir a pulsação )
 Procurar sentir bem o pulso antes de iniciar a contagem
 Contar batimentos em período de um minuto
 Repetir contagem, em casos de dúvidas
 Anotar o valor e comunicar alterações
RESPIRAÇÃO(FR)
A respiração consiste no ato de inspirar e expirar, promovendo a troca de gases entre o
organismo e o ambiente . Valor normal 16 a 20 rpm
Terminologias básicas:
 Eupnéia : respiração normal
 Taquipnéia : respiração acelerada
 Bradipnéia : diminuição do número de movimentos respiratórios
 Apnéia : ausência de movimentos respiratórios
 Dispnéia : dor ou dificuldade ao respirar

Idade (anos) FR/minuto


0 30 á 40
1-2 25 á 30
2-8 20 á 25
8-12 18 á 20
Adultos 14 á 18

MENSURAÇÃO DA RESPIRAÇÃO
 Deitar o paciente ou senta-lo
 Observar os movimentos de abaixamento e elevação do tórax. Os dois movimentos (
inspiração e expiração ) somam um movimento respiratório
 Colocar a mão no pulso do paciente a fim de disfarçar a observação
 Contar os movimentos respiratórios durante um minuto
 Anotar o valor
 Comunicar e registrar anormalidades
33
Observações:
 Não permitir que o paciente fale durante o procedimento
 Não contar respiração após esforços físicos
PRESSÃO ARTERIAL ( TA/PA)
CONCEITO: A pressão arterial consiste na pressão do fluxo sanguíneo na parede das
artérias. Valor normal varia segundo a OMS varia de 120/80 mmhg.
Terminologias Básicas:
 Hipertensão arterial : PA acima da média de 150x90 mmHg
 24
 Hipotensão arterial : Pa abaixo da média de 90x60 mmHg
 Convergente : quando a sistólica e a diastólica se aproximam. Exemplo: 120x100
mmHg
 Divergente : quando a sistólica e a diastólica se afastam. Exemplo: 120x40mmHg

Categoria Pressão arterial Sistólica Pressão Arterial Diastólica


(mmHg) (mmHg)
Normal Menor que 120 Menor que 80
Pré-hipertensão 120-139 80-89
Hipertensão
Estágio 1 140-159 90-99
Estágio 2 Igual ou maior que 160 Igual ou maior que 100

TÉCNICA DE AVALIAÇÃO DA TA
 Explicar o procedimento ao paciente
 Realizar assepsia das olivas e diafragma do estetoscópio
 Manter o paciente deitado ou sentado, com o braço apoiado
 Deixar o braço descoberto, evitando – se compressão
 Colocar o manguito 4 cm acima da prega do cotovelo, prendendo-o sem apertar
demasiado, nem deixar muito frouxo
 Não deixar as borrachas se cruzarem para não ocorrer alterações
 Colocar o manômetro de modo que fique bem visível
 Localizar com o dedo indicador e médio, a artéria braquial
 Colocar o estetoscópio no ouvido
 Fechar a válvula de ar e insuflar rapidamente até 180 ou 200 mmHg
 Abrir vagarosamente a válvula, observando o manômetro, os pontos em que são

34
 ouvidos os primeiros batimentos
 Observar o ponto em que houve desaparecimento dos sons
 Retirar todo o ar do manguito, remove-lo e deixar o paciente confortável
 Anotar os valores
 Comunicar e anotar alterações
 Realizar assepsia das olivas e diafragma do estetoscópio
 Manter materiais em ordem

35
UNIDADE VI: MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS
A antropometria: é amplamente utilizada na avaliação do estado nutricional infantil
por ser um método pouco invasivo, possuir procedimentos de fácilentendimento e baixo custo,
além de estar se tornando o método isolado de diagnóstico nutricional de adultos e crianças.
As medidas antropométricas: são importantes para indicar o excesso de peso como
também o risco de mortalidade infantil associado a desnutrição. Por isso a importância da
avaliação do estado nutricional infantil como forma de prevenção a obesidade e doenças
crônicas não transmissíveis (DCNT), relacionada ao consumo excessivo de alimentos.
 É o ato de verificar peso e altura, dobras cutanêas, circunferências e outras medidas
como o índice de massa corporeal (IMC).
Finalidade:
 Acompanhar o crescimento pondo-estatural
 Detectar variações patológicas do equilibrio entre peso e altura .

MATÉRIAS PARA AVALIAÇÃO ANTOPOMETRICAS:


 Balança de antropométricamecânica
 Balança atropométricas digital
 Balança antropométrica digital para obesos
 Trena ou fita antopométrica
 Adipômetro ou Estadiômetro
MÉTODO DE VERIFICAÇÃO DO PESO
 Forrar a balança com papel toalha
 Regular ou tarar a balança
 Solicitar ao paciente que use roupas leves
 Auxiliar o paciente a subir na balança, sem calçados, colocando-o no centro da
mesma, com os pés unidos e os braços soltos ao lado do corpo
 Mover o indicador de quilos até a marca do peso aproximado do paciente
 Mover o indicador de gramas até equilibrar o fiel da balança
 Ler e anotar o peso indicado na escala
 Auxiliar o paciente a descer da balança
 Colocar os mostradores em zero e travar a balança
 Método de verificação de estatura
 Colocar o paciente de costas para a escala de medida
 Suspender a escala métrica, fazendo com que a haste repouse sobre a cabeça do
paciente ( cuidadosamente )
 Manter o paciente em posição ereta, com a cabeça em posição anatômica com os pés
unidos.
 Travar a haste
 Auxiliar o paciente a descer da balança
 Realizar a leitura e anotar e Destravar e descer a haste

36
IMC: ( índice de massas corporal) é um calculo simples, que permite avaliar se o individuo
está dentro do peso que é considerado o ideial para a sua altura.
Como calcular o IMC?
o calculo é feito usando a seguinte formúla:
IMC= PESO (P) / ALTURA (h) em (m²)
Indicação do valor categorico de acordo A OMS( Organização Mundial da Saúde)
IMC ( kg/m) Classificação
Menor que 18,5 Baixo peso
18,5 á 24,9 Peso normal
25 á 29,9 Sobrepeso
30 á 34,9 Obesidade do I grau
35 á 40 Obesidade do II grau
Maior que 40 Obesidad do III grau

EXAME FISÍCO
Anamnese: tem como objetivo identificar, por meio do relato do paciente, determinados
pontos que vão orientar toda a estratégia terapêutica.
Exame físico de enfermagem: O exame físico de enfermagem é a investigação do
corpo do paciente para determinar o estado de saúde do mesmo.
O procedimento completo inclui peso, altura, sinais vitais e um exame céfalo caudal
(da cabeça para os pés) de todos os sistemas do corpo do paciente.
Técnicas utilizadas nesse procedimento:
 Inspeção
 Palpação
 Percussão
 Ausculta
 Olfato

Preparação do exame físico


O ambiente onde será realizado o exame físico precisa ter uma iluminação adequada
(natural ou branca) de intensidade moderada, uma temperatura agradável, silêncio e
proporcionar privacidade ao paciente.Os equipamentos devem estar bem organizados e
prontamente disponíveis para o uso e é importante informar ao paciente sobre o passo a passo
do procedimento que será feito. Outros cuidados incluem que:
 Lavar as mãos
 Calçar luvas (obrigatório em pacientes com lesões cutâneas e no momento de
examinar a cavidade bucal) e o Uso do jaleco e sapatos fechados
 OBS: todos os profissionais da saúde que tem contato direto com pacientes devem
estar devidamente vacinados para prevenir a hepatite B, tétano e influenza A (H1N1).
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Posicionamento do paciente
O posicionamento do paciente no momento do exame físico deve ser apropriado para
que as partes estejam acessíveis para serem examinadas e também oferecer conforto ao
paciente. A posição adequada vai depender de que parte do corpo será avaliada.
 Sentada: com o paciente nesta posição, pode ser avaliado cabeça, pescoço, coluna,
tórax, pulmões (anteriores e posteriores), mamas, axilas, coração, sinais vitais e
extremidades superiores.
 Decúbito Dorsal: pode ser avaliado cabeça, pescoço, tórax, pulmões anteriores, mamas,
axilas, coração, abdômen, extremidades e pulso.
 Litotômica: é avaliado a genitália feminina e o trato genital.
 Sims: é avaliado reto e vagina.
 Decúbito Ventral: é avaliado o sistema musculoesquelético.
 Genupeitoral: é avaliado região genital e retal.
 Decúbito Lateral: é avaliado o coração.

Técnicas do exame físico


As técnicas usadas no exame físico vão exigir do profissional o uso de quatro dos seus
cinco sentidos: visão, tato, audição e olfato. Essas técnicas são divididas em inspeção (visão e
olfato), ausculta (audição), palpação (tato) e percussão (tato e audição).
É importante que durante essas técnicas (menos na ausculta), você informe ao paciente
sobre o que você está fazendo e com qual objetivo. Tudo isso para tranquilizar a pessoa que
está sendo examinada e deixá-la o mais confortável possível.
A baixo temos cada técnica em sua ordem cronológica do exame:
 Inspeção (visão e olfato)
A inspeção é o primeiro procedimento executado no exame físico. Essa técnica avalia cores,
formas, simetria e cavidades corpóreas através de uma observação detalhada da superfície do
corpo do paciente.

Durante essa observação, o profissional também fica atento aos odores, reconhecendo sua
natureza e fonte. São inspecionados estado geral, consciência, estado nutricional, postura e
movimentação, coloração da pele, mucosas e hidratação e higiene corpórea.

Na inspeção, o paciente deve ficar exposto o menor tempo possível e só deixar a mostra a
parte do corpo que será examinada naquele momento. Gentileza e delicadeza são primordiais
no exame, principalmente se o paciente sente dores ou sintomas desagradáveis.

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 Ausculta (audição)
A técnica de ausculta serve para ouvir sons e detectar variações do que é considerado
normal. Isso porque os sons gerados têm timbre, intensidade e tonalidade específicos. As
vibrações que são transmitidas para a superfície podem ser captadas de maneira direta ou
indireta.
A forma direta de captação é quando o enfermeiro uso o ouvido externo para captar os sons
diretamente no local a ser auscultado. Já a forma indireta é quando os sons são captados por
instrumentos, como o estetoscópio.Para realizar a ausculta de forma correta é preciso de um
ambiente silencioso, colocar o paciente na posição correta, dar as instruções corretas ao paciente
(alterações da respiração) e seguir o padrão correto.

 Palpação (tato)
Na palpação, o enfermeiro utiliza as mãos para identificar o que não é visível na
inspeção. É com essa técnica que ele consegue identificar massas ou nódulos ao aplicar pressão
em determinadas partes do corpo do paciente.
Essa pressão pode ser feita de maneira superficial ou profunda e além de massas e
nódulos, é possível identificar a temperatura, umidade, textura, formas, posições de estruturas
e os locais sensíveis a dor.

A palpação pode ser realizada em várias formas, desde utilizando uma única mão até
ambas as mãos formando garras ou permitindo o aumento da área examinada. Para isso, é
preciso manter as mãos sempre aquecidas e unhas cortadas.

 Percussão (tato e audição)


A percussão pode ser feita de forma direta ou digito-digital. A direta é feita a partir de golpes
com as pontas dos dedos na região alvo, fazendo movimento de martelo e sempre retirando
rapidamente as pontas dos dedos para que a vibração ocorra.

Já a percussão digito-digital é feita a partir de golpes com o leito ungueal do dedo médio
(plexor) que são dados no dorso do dedo médio da outra mão (plexímetro – único a tocar no
paciente). Os movimentos são feitos sempre com o pulso e não com o braço.

A audição é usada nesta técnica pois as vibrações que ocorrem a partir dos golpes dos dedos
geram sons e pelo timbre desses sons é possível fazer a avaliação do paciente para saber se há
presença de ar, líquidos ou fibrose de alguns músculos, por exemplo.

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Divisão do abdómem para o exame físico

Principais equipamentos necessários para o exame físico


Além do estetoscópio, como citamos anteriormente, outros principais equipamentos que
são necessários para auxiliar no exame físico são o diapasão, termômetro, esfigmomanômetro,
martelo de reflexos, lanternas e abaixador de línguas.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Bento, A. (2019). Manual de Apoio De Técnicas de Enfermagem-12º.

COREN-SP. (2011-volume III). Boas Práticas e Cálculos seguro-cálculos e diluição de


medicamentod. são Paulo.

emergência, S.-S. I. (2023). Sinais vitais.

Fundamentos de enfermagem. (s.d.). Brazilia.

Habilitação, L. d. (2023). Administração de Soroterapia.

Jona, D. R. (2018-2020). Enfermagem: Manuseio de Sondas e Drenos.

Line, V. o. (2019). Revista de Enfermagem.

Maia Eugênia Firmino Brunello, A. L. (2023). sinais vitais .

PERRY, P. E. (2023). Unidade Do Paciente. ABDR.

Varela, E. (2014). Apostila De Fundamentos De Enfermagem.

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 TERMINOLOGIAS BÁSICAS

 Abscesso: acúmulo de pus numa cavidade


 Afasia: dificuldade em falar
 Anorexia: falta de apetite
 Anúria: ausência de urina na bexiga
 Caquexia: emagrecimento intenso e generalizado
 Cefaléia: dor de cabeça
 Cianose: coloração arroxeada de pele e mucosas
 Colostomia: abertura cirúrgica da parede abdominal com exteriorização do cólon para
eliminação de fezes
 Diurese: volume urinário
 Disfagia: dificuldade para deglutir
 Disúria: dor á micção
 Evacuação: fezes
 Êmese: vômito
 Exsudato: secreção
 Enterorragia: fezes com presença de sangue vivo
 Hematomas: manchas arroxeadas em decorrência extravasamento de sangue abaixo da
epiderme
 Hematúria: urina com presença de sangue
 Hematêmese: vômito com presença de sangue
 Hemoptise: escarro com sangue
 Hiperemia: rubor, em uma região do corpo
 Icterícia: coloração amarelada de pele e mucosas
 Flebite: inflamação de uma veia
 Melena: fezes com presença de sangue digerido
 Micção: ato de urinar
 Necrose: morte do tecido com apresentação de tecido enegrecido
 Odor: cheiro
 Oligúria: diminuição do débito urinário ( 100 a 500 ml / 24 horas )
 Poliúria: aumento do volume urinário
 Polaciúria: aumento das micções
 Piúria: urina com presença de pús
 Sialorréia: salivação em excesso
 Sinais flogísticos: sinais de infecção (rubor, calor, dor, presença de secreção, edema)
 Úlcera: perda de substância do revestimento cutâneo ou mucoso
 Débito bilioso: débito esverdeado (bile).

 SIGLAS PADRONIZADAS
 SSVV – sinais vitais
 PA – pressão arterial
 P – pulso
 T – temperatura
 R – respiração
 MMSS – membros superiores
 MMII – membros inferiores
 MSD – membro superior direito
 MSE – membro superior esquerdo
 SVD – sonda vesical de demora
 SVA – sonda vesical de alívio
 SNG – sonda nasogástrica
 SNE – sonda nasoenteral
 BI – bomba de infusão

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