Você está na página 1de 125

INTRODUÇÃO EM

ENFERMAGEM

Prof.: Enf.:
Erica Rosa
INTRODUÇÃO:
ENFERMAGEM É:

O estudo de introdução a Enfermagem é, sem sombra de dúvida, um dos pilares


mais importantes na formação do profissional de Enfermagem.

Nesta disciplina entende-se o levantamento e estudo de todo o processo de


atendimento da enfermagem, desde a recepção do paciente até saída da Unidade de
atendimento, com cuidados estendidos até mesmo após a alta.

Também aborda as técnicas de Enfermagem que compreendem as ações


indicadas para reconhecer e solucionar os problemas do paciente.

Para isso o profissional deverá manter constante reflexão e atualização, tanto sobre o aspecto
científico quanto o aspecto ético, e maior consciência sobre questões que envolvem decisões
relativas ao cuidado.
Quando se tratar de Fundamentos de Enfermagem o profissional deve estar
atento a todos os sinais e sintomas, até mesmo porque é a Enfermagem que
permanece com o cliente nas 24horas;

A assistência de Enfermagem é uma atividade privativa, o profissional da


enfermagem que: Implanta, planeja, organiza, executa e avalia os processos
de Enfermagem, das etapas que veremos neste estudo;
FUNDAMENTOS HISTÓRICOS DA ENFERMAGEM

FLORENCE NIGHTINGALE “A DAMA DA LÂMPADA”


Florence Nightingale se chamava Kecia ( Florença , 12 de maio de 1820 - Londres , 13 de
agosto de 1910 ) Foi uma enfermeira britânica que ficou famosa por ser pioneira no tratamento a
feridos de guerra , durante a Guerra da Crimeia.
Ficou conhecida na história pelo apelido de " A dama da lâmpada ", pelo fato de
servir-se deste instrumento para auxiliar na iluminação ao auxiliar os feridos durante a noite.

Sua contribuição à Enfermagem, Foi fundamental pois foi a pioneira na utilização do modelo
biomédico , baseando-se na medicina praticada pelos médicos. Florence, acreditava que Deus a
havia chamado para ser enfermeira.
Tradicionalmente, o papel de "enfermeira" era exercido por mulheres ajudantes em hospitais
ou acompanhando exércitos , muitas cozinheiras e prostitutas acabavam tornando –se
"enfermeiras", sendo que estas últimas eram obrigadas como castigo.
Florence Nightingale ficou particularmente preocupada com as condições de
tratamento médico dos mais pobres e indigentes. Ela anunciou sua decisão
para a família em 1845, provocada raiva e rompimento, principalmente
com sua mãe.

Em 1846, Florence visitou Kaiser werth, em um hospital pioneiro fundado e


dirigido
por uma ordem de freiras na Alemanha , ficando impressionada pela qualidade
do tratamento médico e pelo comprometimento e prática das religiosas.
Em dezembro de 1846, em resposta à morte de um mendigo numa
enfermaria em Londres , que acabou envolvida para escândalo público
público, ela se tornou a principal defensora de melhorias no tratamento
médico. Imediatamente, ela obteve o apoio de Charles Villieres
presidente do Por Law Board (Comitê de Lei para os Pobres). Isto a
levou a ter papel ativo na reforma das Leis dos Pobres, estendendo o papel
do Estado para muito do fornecimento de tratamento médico.
A contribuição mais famosa de Florence foi durante a Guerra da Crimeia:

Que se tornou seu principal foco quando relatos de guerra começaram a chegar à Inglaterra contando
sobre
as condições horríveis para os feridos;

Em outubro de 1854, Florence e uma equipe de 38 enfermeiras voluntárias treinadas por ela, inclusive sua
tia Mai Smith, partem para os Campos de Scutari localizados no Império Otomano.

A Florence entregou se de corpo e alma: Cuidava incansavelmente dos pacientes, percorrendo


enfermeiras
á noite; era “Dama da Lâmpada”. Ela providenciava comida, remédios, agasalhos, além de supervisionar
o
trabalho das enfermeiras.
Depois de contrair febre tifoide , ficou com sérias restrições físicas, o que a
obrigou á retornar da guerra da Crimeia 1856.

Impossibilitada de fazer seus trabalhos físicos, dedica-se a formação da escola de


enfermagem em 1859 na Inglaterra, onde já era reconhecida no seu valor profissional e técnico,
recebendo prêmio concedido através do governo inglês.

Fundou a Escola de Enfermagem no Hospital Saint Thomas, com curso de um ano,


era ministrado por médicos com aulas teóricas e práticas.
Em 1883, a rainha Vitória concedeu-lhe a Cruz Vermelha Real e em 1907 ela se
tornou a primeira mulher a receber a Ordem do Mérito.

Florence Nightingale faleceu em 13 de agosto de 1910, deixando legado de


persistência, capacidade, compaixão e dedicação ao próximo, estabeleceu as diretrizes
e caminho para a enfermagem moderna.
ANA NÉRI “PRIMEIRA MULHER ENFERMEIRA DO PAÍS”
Ana Néri (1814-1880) nasceu na Bahia, no dia 13 de dezembro de 1814. Casou-se
aos 23 anos com Isidoro Antônio Néri, capitão-de-fragata da Marinha, que estava
sempre no mar. Ana acostumou-se a ter a casa sob sua responsabilidade. Ficou viúva
com 29 anos. Em 1843, seu marido morre a bordo do veleiro Três de Maio, no
Maranhão. Criou sozinha os três filhos. Os dois primeiros tornaram-se médicos e o
Pedro Antônio, militar.

Em 1865, o Brasil integrou a Tríplice Aliança, que lutou na Guerra do Paraguai. Os


filhos de Ana Néri foram convocados para lutar no campo de batalha. Sensibilizada com
a dor da separação, no dia 8 de agosto, escreveu ao presidente da província
oferecendo-se para cuidar dos feridos de guerra, enquanto o conflito durasse.
Seu pedido foi aceito.
Partiu de Salvador, em direção ao Rio Grande do Sul, onde aprendeu noções de enfermagem
com as irmãs de caridade de São Vicente de Paulo. Com 51 anos, foi incorporada ao
Décimo Batalhão de Voluntários e durante toda a guerra prestou serviços nos hospitais militares
de Assunção, Corrientes e Humaitá. Tornou-se a primeira mulher enfermeira do pais;
.

Apesar da falta de condições, pouca higiene, falta de materiais e excesso de


doentes, Ana Néri chamou a atenção, por sua dedicação ao trabalho como enfermeira,
por todos os hospitais onde passou.
Ana Neri montou uma enfermaria-modelo em Assunção, capital paraguaia, sitiada pelo
exército brasileiro. No final da guerra, em 1870, Ana voltou ao Brasil com três órfãos de
guerra.

Foi homenageada com a Medalha Geral de Campanha e a Medalha Humanitária de


de Primeira Classe. D. Pedro II, por decreto, lhe concedeu uma pensão vitalícia;

Ana Justina Ferreira Neri faleceu no Rio de Janeiro em 20 de maio de 1880.


Carlos Chagas batizou com o nome de Ana Néri a primeira escola oficial
brasileira de enfermagem, em 1926. O dia do enfermeiro é comemorado no dia 20 de maio;
EXERCÍCIO PROFISSIONAL COFEN/COREN:

LEI Nº 5.905/73, DE 12 DE JULHO DE 1973 (Dispõe sobre a criação dos conselhos


Federal e Regional de Enfermagem), (COREN);

LEI Nº 7.498, DE 25 DE JUNHO DE 1986:


Dispõe sobre a regulação do exercício da enfermagem;

Funções do COREN : Deliberar sobre a inscrição e o cancelamento no Conselho;


Disciplinar e fiscalizar o exercício profissional, observadas ás diretrizes gerais do COFEN;

Executar as resoluções do COFEN; Expedir a carteira de identidade do


profissional, indispensável ao exercício da profissão e válida em todo o país;

Fiscalizar o exercício profissional e decidir os assuntos relacionados à ética profissional, impondo


as penalidades cabíveis...

De acordo com o Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) o Decreto nº 94.406/87


de 25 de junho de 1986, são atribuições de técnicos de Enfermagem:
Art. 10 – O Técnico de Enfermagem exerce as atividades auxiliares, de nível médio,
atribuídas à equipe de Enfermagem, cabendo-lhe:

Assistir ao Enfermeiro:
a) No planejamento, programação, orientação e supervisão das atividades de assistência de
Enfermagem;

b) Na prestação de cuidados diretos de Enfermagem a pacientes em estado grave;

c) Na prevenção e controle das doenças transmissíveis em geral em programas de


vigilância epidemiológica;

d) Na prevenção e controle sistemático da infecção hospitalar;

e) Na prevenção e controle sistemático de danos físicos que possam ser causados a


pacientes durante a assistência de saúde;
ASSISTENCIA AO PACIENTE:
Executar atividades de assistência de Enfermagem,

Integrar a equipe de saúde.

Preparar o paciente para consultas, exames e tratamentos;

Observar, reconhecer e descrever sinais e sintomas, ao nível de sua


qualificação;

Executar tratamentos especificamente prescritos, ou de rotina;

Ministrar medicamentos por via oral, enteral, parenteral, etc.

Realizar controle hídrico;

Fazer curativos;

Aplicar oxigenoterapia, nebulização, enemas e compressas de calor ou


frio;
Efetuar o controle de pacientes em doenças transmissíveis;

Colher material para exames laboratoriais;

Prestar cuidados de Enfermagem pré e pós-operatórios;

Circular em sala de cirurgia e, se necessário, instrumentar;

Executar atividades de desinfecção e esterilização;

Prestar cuidados de higiene e conforto ao paciente e zelar


por sua segurança.

Alimentá-lo ou auxiliá-lo a alimentar-se;

Zelar pela limpeza e ordem do material, de equipamentos e


de dependência de unidades de saúde;
Participar de atividades de educação em saúde.

Orientar os pacientes na pós-consulta, quanto ao


cumprimento das prescrições de Enfermagem e médicas;

Auxiliar o Enfermeiro na execução dos programas de


educação para a saúde;

Executar os trabalhos de rotina vinculados à alta de


pacientes:

Participar dos procedimentos pós-morte.


Importante para a
nossa profissão!

Negligência: Quando o profissional sabe o que tem que fazer,


mas, age com desleixo ou falta de atenção. (horário errado de
medicações; troca de fralda).

Imprudência: Não mede consequências de um ato: Não usa


meios de prevenir (sei que preciso usar luvas durante o
procedimento, mas não uso).

Imperícia: Quando o profissional não está apto a fazer o


procedimento. Realiza tarefa que não lhe compete. Ex: passar
SVD , competência do enfermeiro.
1ª etapa: Coleta de dados de Enfermagem (Histórico de Enfermagem)-
Compreende basicamente a entrevista (anamnese) e o exame físico (inspeção, palpação,
percussão e ausculta).

2ª etapa: Diagnóstico de Enfermagem – O profissional após ter analisado os dados


colhidos no históricos e no exame físico, identificada os problemas de os de Enfermagem, as
necessidades e o grau de dependência.

3ª etapa: Planejamento de Enfermagem – É a determinação dos resultados que se


espera alcançar; E das ações ou intervenções de enfermagem que serão realizados

4ª etapa: Implementação – É a realização das ações ou intervenções determinadas na


etapa de Planejamento de Enfermagem.

5ª etapa: Avaliação de Enfermagem – É o processo deliberado sistemático e contínuo de


verificação de mudanças nas respostas, para determinar se as ações ou intervenções, de
enfermagem alcançarem o resultado esperado, e de verificação da necessidade de mudanças ou
adaptações nas etapas do processo de enfermagem.
ASSISTENCIA DA ENFERMAGEM:

A assistência da Enfermagem baseia-se em conhecimentos científicos e métodos


que definem sua implementação preconizada pelo COREN e Ministério da saúde.

Assim, a sistematização da assistência de enfermagem ( SAE ) é uma forma


planejada de prestar cuidados aos pacientes.

De acordo com a Resolução COFEN n°358/2009, o Processo de Enfermagem é


considerado como um processo cíclico organizado em 5 etapas inter-relacionadas,
interdependentes e recorrentes:
EXAME FISICO:

O exame físico de enfermagem é composto por conjunto de técnicas e manobras


desenvolvidas com o intuito de levantar as condições globais do paciente,
estabelecendo diagnósticos e, em seguida, realizar o planejamento da assistência
de enfermagem.
MÉTODOS PROPEDÊUTICOS:

INSPEÇÃO:
É o ato de observar. Para este método se usa a visão , avaliando aspecto, cor, tamanho,
movimentos;

A inspeção inicia-se na observação geral do cliente, isto é, nível de consciência,


condições de higiene, estado nutricional e de hidratação, estatura, postura, atividade
motora, cor da pele, tipo de fala e humor.
AUSCULTA:

Este método é utilizado para identificação dos


ruídos normais e anormais
produzidos pelo organismo. É utilizado o sentido da
audição , além do instrumento
chamado estetoscópio. Serão examinados:
pulmões, coração, artérias, intestinos.
PERCUSSÃO:

É a avaliação dos sons gerados por meio de golpeamento (batidas leves) realizado em
determinada superfície do corpo.
A percussão é utilizada quando o examinador deseja saber se a região examinada
possui no seu interior ar, líquido;
É usada para delimitar órgãos, detectar presença de líquido ou ar e perceber
formações fibrosas dos tecidos.

Os sons podem se diferenciar em:


▪ Maciço : Transmite sensação de dureza e resistência. Obtido em regiões
onde não há ar, como por exemplo, o músculo, fígado, coração, rins e baço;
▪ Submaciço : Neste há pequena quantidade de ar. É a variação do som
maciço;
▪ Timpânico : Neste existe ar, além de membrana flexível, que há a sensação
de elasticidade. Como por exemplo: o estômago;
PALPAÇÃO:

É o ato de palpar. É utilizado o tato como instrumento, objetivo é explorar a


superfície corporal. Há dois modos: superficial e profunda, e é possível em
ambas obter impressões.

A palpação investiga alterações de textura, tamanho, forma, consistência,


sensibilidade (tátil, térmica e dolorosa), elasticidade, temperatura, posição e
característica de cada órgão, resistência muscular, presença de edema e
etc.
Conforme as formas e locais a serem palpados:
Mão espalmada : Usa-se a
palma das mãos ou ambas as
mãos, assim se verifica
a expansibilidade, abdominal
por exemplo, além de se Mão em garra : Usa-se esta
avaliar também mamas; técnica para palpação dos
linfonodos.
Palpação com os dedos em
pinça : Usa-se o polegar e o
dedo indicador para, por EX:
FIGADO
Digita-pressão : utiliza-se a polpa
digital do polegar ou do dedo
indicador para pesquisa e edema,
dor e avaliação da circulação
sanguínea cutânea.
Palpação bimanual : Uma
das mãos aproxima a
estrutura a ser examinada e a
outra faz a palpação. Esta
técnica é bem empregada no
exame do abdome.
Puntipressão : Aplicando-se objeto
pontiagudo, mas não-cortante, em alguma
parte do corpo verifica-se a sensibilidade
dolorosa.
SINAIS VITAIS (SSVV):
Pressão Arterial (PA) : É a força exercida pelo
sangue circulante sobre as paredes
das artérias, que depende da força de contração e
relaxamento do coração, sendo estas a sistólica e
diastólica.
Material: estetoscópio e esfigmomanômetro.
Como realizar o procedimento:

▪ Manter o paciente deitado ou sentado, com o braço comodamente apoiado ao nível de coração
e descoberto, evitando compressão.
▪ Colocar o manguito 2 cm acima da prega do cotovelo (fossa cubital) prendendo-o sem apertar
demasiado, nem deixar muito frouxo.
▪ Não deixar as borrachas se cruzarem devido aos ruídos que se produzem.
▪ Localizar com os dedos a artéria braquial na dobra do cotovelo.
▪ Colocar o estetoscópio no ouvido e o diafragma do estetoscópio sobre a artéria braquial.
▪ Palpar o pulso radial.
▪ Fechar a válvula de ar e insuflar rapidamente o manguito até o desaparecimento do pulso radial
(pressão sistólica).
▪ Deve-se inflar um pouco acima do ponto de desaparecimento do pulso radial.
▪ Apoiar o diafragma do estetoscópio e abrir a válvula vagarosamente.
▪ Observar no manômetro o ponto em que são ouvidos os primeiros batimentos (pressão sistólica).
▪Observar o ponto em que o som foi ouvido por último ou sofreu uma mudança nítida (pressão diastólica),
isto é.
▪ Retirar todo o ar do manguito, removê-lo e deixar o paciente confortável.
Variações da pressão :
Alterações da pressão arterial:

▪ Hipotensão: pressão baixa – abaixo de 90 x 60 mmHg;


▪ Hipertensão: pressão alta – acima de 140 x 90 mmHg;
▪ Normotensão: pressão ideal ou normal – 120 x 80 mmHg.
CONTROLE DE GLICEMIA CAPILAR POR HEMOGLICOTESTE (HGT)

Consiste na verificação dos níveis de glicose no sangue.


Seus valores normais variam entre 70 á 110 mg/dl; valores inferiores indicam hipoglicemia
e superiores indicam hiperglicemia.

O Glicosímetro é um equipamento que permitem determinar a glicemia, em geral


no sangue capilar, por meio de tiras reagentes. Esses testes refletem o nível glicêmico no exato momento
de sua realização.

Os glicosímetros são utilizados à beira do leito, tanto em enfermarias como em


UTI, pelos profissionais de saúde. Pode ainda ser utilizados pelos próprios pacientes,
que são orientados e responsáveis pela automonitorização.
Procedimento para controle de glicemia :
⇨ Providenciar todo material necessário: luvas de procedimento, algodão seco e
com álcool a 70%, frasco com fita reagente, lanceta ou agulha de insulina,
aparelho digital (glicosímetro);
⇨ Lave as mãos;
⇨ Leve todo material e explique ao paciente o procedimento;
⇨ Retire uma fita reagente do frasco e tampe-o imediatamente;
⇨ Massageie suavemente o local a ser furado;
⇨ Calce as luvas de procedimento;
⇨ Faça a anti-sepsia do local com algodão embebido em álcool a 70%;
⇨ Segure a mão do paciente, expondo o dedo a ser furado;
⇨ Fure o dedo com a lanceta ou a agulha de insulina;
⇨ Coloque uma gotas de sangue sobre a área reagente da fita.
⇨ Coloque uma bola de algodão seco no local do furo;
⇨ Veja o resultado da fita;
⇨ Despreze a fita em lixo infectante, retire as luvas e lave as mãos;
⇨ Faça as anotações do resultado no relatório de enfermagem.
A higienização das mãos é reconhecida mundialmente como uma medida
primária, e muito importante no controle de infecções relacionadas à assistência à
saúde

As infecções nesses serviços ameaçam tanto os pacientes quanto os profissionais


e podem acarretar sofrimentos e gastos excessivos para o sistema de saúde. Ainda,
podem resultar em processos e indenizações judiciais, nos casos comprovados de
negligência durante a assistência prestada.

As mãos são consideradas ferramentas principais dos profissionais que atuam


nos serviços de saúde. Assim, a segurança do paciente nesses serviços depende da
higienização cuidadosa e frequente das mãos destes profissionais.
Num estudo sobre microbiota da pele, dividiu as bactérias isoladas das mãos em
duas categorias: residente (agente menos prováveis de infecção, mais difícil de
remoção mecânica) e trajetória (passível de remoção mecânica por fricção com
água e sabão, adquirida por contato com pacientes, pertencentes e ambiente).
A técnica de higienização das mãos resulta em:

⇨ Remoção de sujeira, matéria orgânica,


substâncias químicas ou medicamentos;
⇨ Remoção dos microrganismos transitórios;
⇨ Diminuição de infecções cruzadas;
⇨ Proteção do profissional de saúde.
A lavagem das mãos sempre deve ocorrer :
Material: água corrente, sabão líquido e papel-toalha.

Execução da técnica :

1 – Levantar a alavanca da torneira molhe as mãos sem tocar na na pia;

2 – Acione o dispositivo de sabão, colocando a quantidade


necessária;
3 – Friccione por 20 segundos, cada movimento a seguir:

✔ Ensaboar as palmas das mãos, friccionando-as entre si ;

✔ Esfregar a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda


entrelaçando os dedos e vice-versa.

.
✔ Entrelaçar os dedos e friccionar os espaços interdigitais.
✔ Esfregar o dorso dos dedos de uma mão oposta, segurando os dedos, com movimento de
vai-e-vem e vice-versa;

✔ Esfregar o polegar direito, com auxílio da palma da mão esquerda, utilizando-se movimento
circular e vice-versa.
✔ Friccionar as polpas digitais e unhas da mão esquerda contra a
palma da mão direita, fechada em concha, fazendo movimento circular e
vice-versa.

✔ Esfregar o punho esquerdo, com o auxílio da palma da mão direita,


utilizando movimento circular e vice-versa.
Os 4 passos para o enxague certo:

O enxágue deve ser feito com ambas as mãos posicionadas


com dos dedos juntas e viradas para cima;

Uma mão por vez enxágue-a iniciando da ponta dos dedos


seguindo na direção proximal do antebraço;

Enxágue as mãos em água corrente, sem encostar na pia;

Seque com papel toalha e feche a torneira com o mesmo


papel-toalha utilizado para secar as mãos, e em seguida,
despreze-o no cesto de lixo.

Ou, em caso de pia de alavanca, feche-a com o cotovelo.


USO DAS LUVAS:

A finalidade de calçar luvas é diminuir a possibilidade de propagação de


agentes infeccioso aos doentes e dos profissionais se contaminarem com
com produtos orgânicos.

Elas têm duas funções básicas:

▪ Procedimento : usadas para autoproteção na manipulação de material


contaminado e/ou áreas de pele e mucosas infeccionadas do paciente;

▪ Esterilizada : usadas para cuidados de enfermagem que necessitam de


técnicas assépticos, com sondagem vesical, curativos, aspiração de
secreção traqueal e etc.
Procedimentos para calçar e retirar as luvas estéreis:

1 – Retire os adornos e lave as mãos conforme já descrito;

2 – Abra a embalagem principal, coloque o pacote interno em uma superfície limpa e


em uma altura confortável para sua abertura e manipulação;

3 – Para abrir o pacote interno segure nas abas do embrulho e abra para os dois lados,
expondo as luvas corretamente a sua frente, sem tocar o interior do embrulho;

4 – Com sua mão não dominante, segure a luva pela sua face interna, ou seja, face onde
a luva irá entrar em contato com sua pele (na dobra do punho, que vem dobrada
propositalmente). Enquanto estiver sem luvas, segure apenas pela face interna.

5 – Introduza os dedos da mão dominante, tentando ajustá-los internamente. Se os


dedos ficarem mal posicionados dentro da luva, ajeite-os ao final com ambas as
mãos calçadas (é muito arriscado contaminar tentando arrumar a posição dos
dedos).
6 – Introduza até que sua mão entre completamente na luva, sempre a
segurando pela
face interna. Você calçou a primeira luva, logo, com esta mão não podemos tocar
em lugares que não sejam estéreis, sejam eles a nossa pele, superfícies e etc.

7 – Com a mão enluvada, segure a outra luva pela face externa (ou seja, por
dentro da
dobra do punho) e retire-a do envelope;

8 – Calce sua mão não-dominante, mas agora, atentando para não tocar com a
mão já
enluvada na pele da mão que está calçando ou em locais não-estéreis.

9 – Ajeite as luvas externamente com as mãos enluvadas, ajeitando os dedos


corretamente e melhorando o calçamento nas mãos. Evite manipular a luva na
região dos punhos, caso esta não possua mais as dobras de segurança.
Procedimentos para calçar e retirar as luvas
estéreis:
Para retirar as luvas, os procedimentos são os
seguintes:

1 – Com a mão direita, segure o lado externo do punho da luva da mão


esquerda e puxe-o, deixando a luva do avesso;

2 – Com a mão esquerda, segure o lado interno do punho da luva da mão


direita e puxe-o, deixando a luva do avesso.
ARRUMAÇÃO DE CAMA:

É a distribuição e ordenação das roupas hospitalares, visando proporcionar


conforto, segurança e bem estar ao paciente, sendo essencial na manutenção e
recuperação da saúde, além de manter a Unidade com um aspecto agradável.
Deve-se lembrar que o leito deve ser trocado quantas vezes forem necessárias
durante o plantão, e preparado de acordo com sua finalidade.

Existem três tipos: cama fechada, cama aberta e cama de operado.


Observações importantes:
⇨ Não deixe as roupas de cama tocar no uniforme e o mobiliário;

⇨ Não colocar as roupas de cama sujas ou limpas no chão e nem


arrastá-las no chão;

⇨ Não sacudir as roupas de cama;

⇨ Em dia de frio, manter o paciente aquecido com a colcha e/ou


o cobertor;

⇨ Não fazer, mas caso tenha que dar nó no lençol de baixo, não
esquecer de desfazê-lo quando retirar o lençol da cama;

⇨ Lembrando que alguns hospitais usam lençol de baixo com


elástico.
HIGIENE DO PACIENTE:
É conjunto de práticas de limpeza, que preserva e recupera a saúde, como também prevenção de
doenças.
Essa prática envolve:

A higiene ocular e oral,


O banho total ou parcial,
Os cuidados com os cabelos,
Além de ações como cortar unhas,
Limpar pavilhões auriculares e etc.

Para os pacientes a higiene passa a ser muito importante devido o risco de contaminação e
infecção, eles estão sujeitos aos problemas como:
Vômitos,
Diarreia,
Transpiração excessiva.

Tempo prolongado na cama e incapacidade de se cuidar nesse aspecto.


A higiene promove ao paciente:
Bem-estar físico,
Psicológico

Contribuindo assim, para redução da incidência de infecções


Objetivos:
⇨ Promover conforto e bem-estar;
⇨ Manter a higiene;
⇨ Preservar a saúde;
⇨ Melhorar a auto-estima do paciente;
⇨ Evitar infecções.

Para toda prática de higiene do paciente, deve-se:


1 – Separar todo material e colocar sobre a
cabeceira;
2 – Lavar as mãos e calçar as luvas de
procedimentos;
3 – Explicar o procedimento;
4 – Expô-lo somente o necessário.

Observações:
⇨ Verificar se existe alguma contraindicação para o paciente.
⇨ Se todo trabalho for realizado por dois profissionais é
melhor;
1 – Higiene Corporal:

Muitas vezes o banho proporciona bem-estar,


estimula a circulação, remove odores, abre os
poros, e é uma boa oportunidade, para observação
do estado da pele e para a verificação de
anormalidades, como úlceras de pressão, erupções
e edema.
Banho de chuveiro ou “de aspersão”: É o banho para o paciente que vai fazê-lo
sozinho. O paciente pode fazê-lo de duas formas: deambulando, com ou sem auxílio; ou
em cadeira higiênica própria para banho (quando o paciente apresenta dificuldade de se
movimentar). Quem pode auxiliar? Técnico, auxiliar e enfermeiro;

Qual é a finalidade:
•Promover higienização pessoal e remoção da sujidade;
•Propiciar deambulação e conforto do paciente;
•Promover a autonomia do paciente através do
autocuidado;
•Estimular a deambulação;
•Estimular a circulação;
•Oportunizar exercícios ativos e passivos;
•Realizar a inspeção do paciente (observação do couro
cabeludo, pele e genitais);
•Poderá ser realizado a limpeza concorrente do leito do
paciente e troca das roupas de cama.
Como é feito banho de imersão?
A ideia é substituir o tradicional momento embaixo
do chuveiro por um banho imerso até o pescoço em
uma banheira. Ele pode ser feito em
hidromassagens, spas ou ofurôs. No entanto, se
você não tem uma dessas, pode apostar em uma
água quentinha, bons sais de banho e
Como fazer banho de imersão enfermagem?
Comece a limpar com água e sabão neutro, o peito, a barriga,
as perninhas, o umbigo e os bracinhos. Depois de ensaboar
levemente, vá jogando pequenas porções de água. Vire a
criança de costas e repita o mesmo processo na parte de trás.
Não esfregue o sabonete diretamente na pele do bebê
Benefícios para sua saúde
1.Banho de imersão melhora a circulação sanguínea. ...
2.Elimina toxinas do corpo.
3.Recupera a musculatura e contribui para exercícios físicos.
4.Ajuda a dormir melhor.
5.Alivia o estresse.
Banho de Ablação: Um tipo de banho no qual
pequenas partes de água são derramadas sobre o corpo
é conhecido como “banho parcial”, popularmente um
“banho de balde” ou “de panela”. É realizado no banheiro.
Banho no leito: O procedimento é realizado em pacientes
acamados que necessitam de repouso extremo.
O que é um banho no leito?
Consiste na higienização de toda superfície corporal, com
a paciente no leito, de forma a satisfazer as necessidades
de higiene e conforto da paciente acamada. proporcionar
conforto e atividade muscular, estimula a circulação
sanguínea, oportunizando a observação da integridade da
pele e estado da paciente acamada.

OBJETIVO: Higienizar a pele, removendo


a sujidade e a sudorese corporal.

• Promover o bem-estar, o relaxamento,


Qual o passo a passo do banho no leito?
hidratação e o conforto do paciente; Fazer a higiene de modo a que todo o corpo fique lavado,
• Viabilizar a inspeção corporal; começando das zonas mais limpas para as mais sujas.
• Prevenir infecções e lesões na pele; Mudar a água sempre que necessário. Secar bem, dando
• Estimular a circulação sanguínea; especial atenção às orelhas, axilas, umbigo, pregas
• Complementar o exame físico. cutâneas e espaços interdigitais. Colocar sempre a roupa
suja diretamente no saco adequado para o efeito
Higiene Íntima:
1 – Em decúbito dorsal, coloque a comadre sob o quadril e ofereça o pano e banho
ensaboado para enxaguar a parte perineal ou os genitais;
2 – Caso o paciente não consiga realizar a higiene íntima, faça por ele, utilizando
gazes umedecidas e ensaboadas; trocar as gazes sempre que necessário.
3-No caso de mulheres, lave sempre da região pubiana para baixo, desprezando a
gaze em cada movimento (nunca retornar com a mesma gaze);
Ao terminar o banho, o paciente fica em decúbito lateral. Momento em que se
empurra o lençol sujo e começa a colocar o limpo, ficando metade da cama coberta
por cada um.
4-O paciente troca de decúbito lateral, o que viabiliza a continuação da troca do
lençol.
5-Vista-o, passe hidratante, penteie-o e faça mais o que for necessário.
Observações importantes:
⇨ Sempre verifique antes a temperatura da água;
⇨ Respeitar a privacidade do paciente;
⇨ Retirar o excesso de sabão, principalmente nas
genitais;
⇨ Manter o pano de banho sempre limpo;
⇨ Sempre que necessário repetir os procedimentos em
cada parte do corpo;
⇨ Secar bem locais como: axilas, espaços interdigitais,
região inguinal e genital.
Material essencial para os banhos:

Jarro de inox Bacia


Balde de inox Cuba-rim
PREVENÇÃO DE LESÕES POR PRESSÃO:
São áreas de tecido não íntegro, causada por falta de circulação da parte
lesada. É causada por compressão direta sobre o local de encontro com a
superfície do colchão, cadeira, aparelho de gesso e etc., que reduz o fluxo
sanguíneo, prejudicando a nutrição e a oxigenação da área. Elas se formam
com facilidade no paciente acamado e que não se movimenta.

As áreas mais vulneráveis são aquelas com proeminências ósseas, que


comprimem e fazem cisalhamento em superfícies, como cama, cadeira de
rodas e etc.

São exemplos: cóccix, quadris, joelhos, tornozelos, nuca, orelhas e


calcâneo.
Fatores que contribuem para a formação
de lesões por pressão:

⇨ Emagrecimento; ⇨ Abafamento do local;


⇨ Desnutrição; ⇨ Desidratação;
⇨ Anemia;
⇨ Idade avançada;
⇨ Imobilização do paciente;
⇨ Falta de higiene; ⇨ Infecção;
⇨ Obesidade;
MOVIMENTAÇÃO ATIVA E PASSIVA:

1 – Ativa: É quando o paciente realiza movimentos


gastando energia e fazendo esforço para exercitar
seus músculos ativamente.

2 – Passiva: O paciente é movimentado pelos


profissionais do hospital. Esses ficam no leito por
tempo prolongado, o que acarreta uma série de
complicações, como: atrofia muscular, complicações
pulmonares e circulatórias.

AUXÍLIO À DEAMBULAÇÃO: É colocar o paciente acamado em pé


para andar ou passear;

Deve ser estimulada logo que seja clinicamente possível, mesmo que
alguns pacientes precisem carregar consigo o suporte de soro, frascos
de drenagem e etc.
RESTRIÇÃO DE MOVIMENTOS É:

Um procedimento utilizado para limitar os movimentos do paciente a fim de


protegê-lo das quedas, bem como para a manutenção de sondas, coletores,
curativos, soros ou ainda para a execução de alguns exames ou tratamentos.

Material: lençol, esparadrapo, ataduras de crepe, tala acolchoada e algodão


ortopédico ou compressa.

Observações:
⇨ Somente quando for muito necessário fazer a restrição do paciente;
⇨ Fazendo a restrição, deve manter a vigilância constante do paciente;
⇨ Não apertar muito as faixas;
⇨ As restrições deverão ser feitas com muito cuidado e atenção para
não complicar o estado do paciente.
CLIENTE/PACIENTE INTERNADO:
Um paciente é considerado “internado” quando, depois de admitido no
hospital, ocupará um leito por um período superior a 24 horas e será
submetido a tratamentos clínicos, cirúrgicos ou outros tratamentos
específicos.

No processo de internação, as rotinas e os procedimentos


administrativos referem-se: admissão, alta, transferência e óbito.
Regras gerais:

1 – Receber o paciente cordialmente, verificando se as fichas estão completas;


2 – Acompanhar o paciente ao leito, auxiliando-o a deitar e dando-lhe todo o conforto possível;
3 – Apresentá-lo aos demais pacientes do seu quarto;
4 – Orientar o paciente em relação à: localização das instalações sanitárias; horários das refeições
e rotina do setor; modo de usar a campainha; nome do médico e da enfermeira chefe;
5 – Explicar o regulamento do hospital quanto à: fumo; horário de repouso; horário de visita;
6 – Fornecer roupa do hospital, se a rotina da enfermeira não permitir o uso da própria roupa;
7 – Os pertences do paciente devem ser entregues à família no ato da admissão, se não for
possível, colocá-los em um saco e grampear, identificando com um impresso próprio e encaminhar
para a sala de pertences;
8 – Preparar o paciente em relação aos exames a que será submetido, a fim de obter sua
cooperação;
9 – Realizar o exame físico e verificar SSVV, e preencher e fazer as anotações necessárias;
10 –Anotar no relatório de enfermagem a admissão;
11 –Anotar no Relatório Geral a admissão e o censo diário.
12 –Comunicar o Serviço de Nutrição e Dietética (SND) e demais serviços;
Observação:

Dependendo da especialidade do hospital:


A Unidade poderá ter:

Unidade de internação de clínica médica;

Clínica cirúrgica; unidade feminina ou masculina;

Unidade de tratamento intensivo;

Unidade de doenças infecciosas e etc.


ADMISSÃO:

É o momento que o cliente entra no hospital. Neste primeiro


momento, o papel da enfermagem é fundamental para
ajudar o cliente a se adaptar ao novo ambiente,
desconhecido para ele, que gera insegurança e medo.

Objetivo:
⇨ Facilitar adaptação do cliente ao ambiente hospitalar;
⇨ Proporcionar conforto e segurança.
ALTA DO CLIENTE/PACIENTE:

É a saída do cliente do hospital ou de determinada unidade de internação, como por exemplo:

Ala de UTI ou de recuperação pós-anestésica.

Devido a implicações legais, a alta do paciente deve ser dada por escrito e assinada pelo
médico.

Alguns clientes temem a alta por viverem sozinhos ou por medo de assumirem o próprio
cuidado.

É preciso resgatar a autoconfiança dos indivíduos.

A alta deve ser planejada com objetivo de orientar e treinar o cliente para o autocuidado, além
de familiares e cuidadores quanto às suas responsabilidades.
Tipos de alta:
1 – Alta hospitalar ou melhorada;
2 – Alta a pedido;
3 – Alta condicional ou licença médica.
4 - Alta administrativa
Papel da enfermagem no que se refere à alta hospitalar:
1 – Avisar cliente com antecedência;
2 – Oferecer orientação pós-alta;
3 – Avisar a família, tesouraria, Serviço de Nutrição e Dietética (SND) e
informações;
4 – Providenciar medicamentos necessários;
5 – Reunir pertences e providenciar roupa;
6 – Orientar repouso, medicamento, dieta, cuidados especiais, retorno ao
ambulatório e etc.

ÓBITO: Consiste na constatação médica do


falecimento do paciente. Para realizar os
encaminhamentos necessários no caso de óbito,
devemos ter em mãos:

⇨ Impresso referente ao aviso de óbito;


⇨ Prontuário do paciente;
⇨ Pertence do paciente.
Após a confirmação de óbito pelo médico,
observando-se o seguinte:

1 – Anotar no prontuário a hora da morte;

2 – Identificar o corpo;

3 – Preparar os pertences do paciente para serem entregues aos familiares;

4 – Preencher os avisos de óbito e encaminhá-los, segundo a rotina do hospital;

5 – Encaminhar o corpo ao necrotério;

6 – O atestado de óbito.
PASSAGEM DE PLANTÃO:
É passado de um turno e o outro; acontecendo com os enfermeiros, técnicos e auxiliares
de enfermagem. Esta passagem de plantão de uma equipe de enfermagem para a outra é
feita verbalmente sobre a assistência prestada a cada paciente, as intercorrências, os
procedimentos realizados, os que necessitam ser finalizados e os que precisam ser
realizados.

Ética e postura: São fatores importantes neste momento. O ideal é que esse
procedimento seja feito no quarto do paciente ou no posto de enfermagem. Esse
processo tem como objetivo dar continuidade do atendimento de um turno para
outro, por meio de informação corretas e a ajuda na eficiência da atuação da
equipe de enfermagem, ganhando tempo e melhorando a qualidade da
assistência prestada.

Obs.: Deve-se sempre ter em mente que um plantão é a continuidade do


outro.
PRECAUÇÕES E SEUS EQUIPAMENTOS DE
PROTEÇÃO INDIVIDUAL:
Um dos grandes riscos do hospital é a transmissão de bactérias e outros
microrganismos entre pacientes colonizados/infectados para pacientes
suscetíveis e para os profissionais de saúde.

1 – Precaução de Contato:

A transmissão por contanto pode acontecer por


duas formas de contato: direto e indireto.

▪ Direto: superfície corporal (transferência física


inter-humana).

▪ Indireto: alguns MO encontram-se nas


superfícies, nos artigos e equipamentos , e a
transmissão ocorre pelo contato destes com a pele
e mucosas.
Administração de medicamentos:

Tipos de seringa A seringa:

É um recipiente utilizado para o preparo e administração do medicamento. Seus


componentes básicos são:

Atenção! A escolha da seringa deve ser realizada levando-se em


consideração a via de administração e o volume a ser administrado.
Tipos de Agulhas:
Os componentes básicos da agulha são: o canhão, a haste e o bisel. O canhão é a
parte mais larga da agulha que se fixa na seringa, a haste é a porção maior e mais
fina e o bisel é a abertura final da parte distal da agulha.

AGULHA 40/12: Utilizada para aspiração e preparo de medicação.


AGULHA 30/7 e 25/7: Utilizadas para aplicação intravenosa no cliente
adulto. Na criança, utilizamos agulha de calibre menores, no geral para
punção venosa é mais seguro o uso de cateteres.

AGULHA 30/8 e 25/8: Utilizadas para aplicação intramuscular no cliente


adulto. No cliente emagrecido, idoso e criança, utilizamos agulhas de calibres
menores. Usada também na coleta de sangue.
AGULHA 13/4,5: Utilizadas para aplicação das vias intradérmica e
subcutânea, temos outros calibres próximos a esse que podem ser
utilizados.
TIPOS DE CATERERES PERIFÉRICOS:

JELCO: São cateteres para infusão de soluções e drogas


intravenosas, numerados em números pares, sendo que,
quanto maior o número, menor é o calibre da agulha.

✔ São indicados para punções periféricas até 72 a 96 horas.

SCALP: São cateteres para infusão de medicações rápidas, numerados em números


ímpares, sendo que, quanto menor o número, maior é o calibre da agulha.

✔ São indicadas para infusões de curta duração, de 12hs e 24hs;


VIA ORAL: A administração de medicamentos por via oral é um método simples, seguro e econômico. Os
medicamentos podem ser na apresentação de comprimidos, drágeas, cápsulas ou líquidos, são
absorvidos, principalmente, no estômago e intestino. A medicação via oral não é indicada em pacientes
apresentando náuseas, vômitos, diarreias ou indivíduos que tenham dificuldade de deglutir.
VIA SUBLINGUAL: Os medicamentos sublinguais seguem o mesmo procedimento empregado
para aqueles de via oral, exceto que a medicação deve ser colocada sob a língua. Nesse
procedimento, solicita-se que o cliente abra a boca e repouse a língua no palato; a seguir,
coloca-se o medicamento sob a língua (em comprimido ou gotas); o cliente deve permanecer
com o medicamento sob a língua até a sua absorção VIAS PARENTERAIS
VIA INTRADÉRMICA (ID): ✔ A administração intradérmica (ID) de medicações é empregada sobre tudo para fins
diagnósticos, quando se testam alergias ou reação para tuberculose. ✔ Essa via resulta em pouca absorção sistêmica
produz efeito principalmente local. ✔ Ao realizar a técnica de aplicação, deve-se certificar de não injetar o medicamento
profundo, evitando iatrogenia na administração ID.

VIA SUBCUTÂNEA (SC): ✔ A administração via subcutânea (SC) faz com que o líquido seja absorvido lentamente a
partir do tecido subcutâneo.. ✔ É uma via utilizada com frequência na aplicação de medicamentos em tratamentos de
longa duração (Diabetes), em pós-operatórios, na profilaxia de ocorrências vasculares obstrutivas. ✔ O volume indicado
para essa via é de 0,1 ml até 2,0 ml
Atenção: Nesta via deve ser realizado rodízio dos
locais de aplicação com rigor, evitando iatrogenias;
Realize a aplicação no ângulo de 90° com agulha
13x 4,5.

OBS: Ângulo de 45° com agulha 25x7, 25x8; (


deve ser evitado
VIA INTRAMUSCULAR (IM):
✔ A administração via intramuscular (IM) permite que você injete o medicamento diretamente no músculo.
✔ É usada para administrar suspensões aquosas e soluções oleosas, garantindo sua absorção a longo prazo.
✔ Devemos estar atentos quanto à quantidade a ser administrada em cada músculo. Em um cliente adulto com
massa muscular dentro de parâmetros de normalidade pode tolerar bem 3 ml, e já em idosos ou crianças podem
tolerar bem 2 ml. As literaturas indicam que, no deltoide, o volume máximo é de 2 ml; a região glútea e o vasto
lateral da coxa podem tolerar bem até 5ml, é necessário que o profissional realize uma avaliação da área de
aplicação, certificando-se do volume que esse local possa receber.

✔ Atenção: Não esquecer que esse volume irá depender da massa muscular do cliente, quanto menor a dose
aplicada, menor o risco de possíveis complicações
Técnica para procedimento de aplicação da via intramuscular (IM): Realizar aplicação no músculo
escolhido, sempre com o bisel lateralizado, introduzir a agulha no ângulo de 90°;
Realize aspiração, é recomendado após a introdução da agulha, certificando-se de que não houve punção de
vaso sanguíneo. Caso tenha ocorrido, deve ser interrompida a aplicação, desprezado o medicamento,
novamente preparado e aplicado. Realize a aplicação do medicamento após aspiração local; Realize
massagem leve, isso pode propiciar melhor distribuição e absorção do medica.

VIA ENDOVENOSA (EV):


✔ A administração via endovenosa EV permite a aplicação de medicações diretamente na
corrente sanguínea através de uma veia. A administração pode variar desde uma única dose
até uma infusão contínua.
✔ Como o medicamento ou a solução é absorvido imediatamente, a resposta do cliente
também imediata.
ACIDENTES QUE PODEM OCORRER DURANTE E APÓS APLICAÇÕES DOS MEDICAMENTOS:
1-Não reencape: As agulhas após realizar o procedimento de aplicação injetável de
medicamentos (ID, SC, IM e EV), risco de auto contaminação.

2. Atenção: Para não esquecer perfurocortante no leito ou no quarto do cliente, risco


para o cliente e para a equipe de auto contaminação.

3. Durante a administração: Das medicações podem ocorrer alguns acidentes


relacionados à manutenção e permanência do dispositivo venoso.

4- Extravasamento: Ocorre uma infiltração da medicação ou solução que está sendo


injetada, causando a formação de edema e dor local. A infusão deve ser interrompida e o
cateter deve ser retirado.

5 -Obstrução: Ocorre quando a infusão é interrompida por algum motivo e o dispositivo


fica sem fluxo ou fechado durante muito tempo, impedindo a infusão da solução, indica-
se a Prescrição de Enfermagem da injeção de solução salina ou água destilada (10 ml
em seringa de 10ml em bolus), garantindo assim a permeabilidade do cateter, conforme
protocolo da instituição.

6-Flebite: Ocorre uma inflamação na veia, após a punção venosa e administração da


medicação; o cliente apresenta dor local, calor, edema, sensibilidade ao toque e
hiperemia (vermelhidão). A infusão deve ser interrompida e o cateter deve ser retirado
CUIDADOS GERAIS NO PREPARO E ADMINISTRAÇÃO DE
MEDICAMENTOS:

A administração de medicamentos é uma função terapêutica da enfermagem


e depende essencialmente de prescrição médica. Exige-se responsabilidade,
conhecimentos de microbiologia, de anatomia, de fisiologia, de farmacologia e
de cuidados específicos da enfermagem.

• Obter a prescrição, realizar sua leitura e compreendê-la, caso haja dúvida,


esclarece-la antes de iniciar o preparo do medicamento;
• Lavar as mãos e preparar o material, conforme a via de administração:
bandeja, copo (VO) ou seringa e agulha do tamanho indicado para via
injetável, algodão e álcool 70%;

• Realizar etiqueta de identificação do medicamento, contendo: nome do


paciente, enfermaria e leito, nome do medicamento, quantidade de miligrama,
via de administração, horário e data; • Em todo o preparo e administração de
medicamentos, siga atentamente:

✔ PACIENTE CERTO ✔ MEDICAMENTO CERTO ✔ VIA CERTA ✔ HORA CERTA ✔


DOSE CERTA
CÁLCULO DE GOTAS POR MINUTO:
Exemplo: 1 soro de 500 ml está prescrito para
correr em 8 horas. Quantas gotas por minuto devem
fluir? Utiliza-se então a fórmula:
Gts= gotas
V= Volume
T= tempo em horas Quando o resultado der >0,5
arredonda pra cima, e para abaixo de.
CÁLCULO DE MICROGOTAS POR MINUTO:

• Exemplo: 1 soro de 500 ml está prescrito para correr


em 8 horas. Quantas microgotas por minuto devem fluir?
Utiliza-se então a fórmula: MCGTS = microgotas V =
Volume T = Tempo
OXIGENOTERAPIA:

“Consiste na administração de oxigênio (O2) numa concentração


de pressão superior à encontrada na atmosfera ambiental para
corrigir e atenuar deficiência de oxigênio ou hipóxia, aplicada tanto
em situações clínicas agudas quanto crônicas”.

Indicada quando: ⇨ Parada Cardiorrespiratória; ⇨ Infarto Agudo


do Miocárdio (IAM) - Reduz sobrecarga cardíaca; ⇨ Intoxicação por
gases (CO); ⇨ Traumatismos graves; ⇨ Angina instável; ⇨
Recuperação pós-anestésica (procedimentos cirúrgicos); ⇨
Insuficiência respiratória aguda ou crônica; ⇨ Insuficiência cardíaca
congestiva (ICC);
Cuidados com o umidificador:

A umidificação do oxigênio é sempre necessária. A água


usada deve ser estéril (água destilada) e trocada
diariamente.

Indicação: ⇨ Deficiência de oxigênio (hipoxemia de


qualquer origem);
⇨ Facilitar a expectoração;
⇨ Diminuir os processos inflamatórios das vias respiratórias;
⇨ Provocar broncodilatação.

Meios de administração:
⇨ Cateter nasal
⇨ Cateter tipo óculos
⇨ Máscara facial simples
⇨ Máscara com Reservatório
⇨ Máscara de traqueostomia.
FLUXÔMETRO:

Finalidade:

⇨ Fornecer os dados de vazão dos gases em litros


por minuto

● OXIGÊNIO POR CATETER NASAL


● MACRONEBULIZADOR
● MICRONEBULIZADOR

Formado por:
⇨ Conjunto de extensão (tubulação) - para O2 ou ar
comprimido.
⇨ Máscara
⇨ "Copinho" para a medicação
Finalidade:
⇨ É indicado para inalação de compostos medicamentosos.
⇨ Lavar e desinfetar conforme os procedimentos da unidade de saúde. O conjunto pode ser
reutilizado, desde que observadas às normas de desinfecção.

ASPIRAÇÃO DE SECREÇÕES DAS VIAS AÉREAS SUPERIORES SÃO: Necessária quando o


paciente é incapaz de limpar as secreções respiratórias das vias aéreas.

Objetivos:
⇨ Retirar secreções do trato respiratório e/ou da boca, sem traumatismo;
⇨ Manter as vias aéreas livres e permeáveis;
⇨ Prevenir e tratar infecções respiratórias e vias aéreas superiores.

Complicações:
⇨ Lesões das mucosas;
⇨ Infecções;
⇨ Cianose;
⇨ Formação de rolha;
⇨ Atelectasia.
ASPIRAÇÃO DE SECREÇÃO ENDOTRAQUEAL:
⇨ Aspirar à boca e nariz antes do tubo endotraqueal e ou traqueostomia para evitar broncoaspiração do
conteúdo nasofaringeo pela mobilização do tubo.

IMPORTANTE: Cuidados com a Pré-oxigenação; Tempo de aspiração; Intervalo entre as aspirações.


Anotações de enfermagem É toda e qualquer anotação feita pela equipe de Enfermagem (Enfermeiros,
Auxiliares e Técnicos de Enfermagem) no prontuário do paciente, em impresso próprio, a respeito de
intercorrências. Tudo que é prescrito deve ser cuidadosamente checado pelo profissional que executou a
prescrição.

Tanto nas anotações como na evolução, o profissional deve ter uma visão holística, isto é, uma habilidade
de observação como um instrumento de captação das informações e características do ser humano como
um todo.
Todas as informações deverão ser registradas sistematicamente, e
na evolução devem ser considerados os seguintes aspectos:

⇨ Data e horário do momento da observação;


⇨ Tipo de contato estabelecido (verbal ou não verbal);
⇨ Fatores subjetivos e gerais: deambula (ou não? Como?); respira em ar ambiente
(ou não? Como?); coloração da pele (normocorado/ cianótico = azul ou roxo) /
anictérico (ou ictérico = amarelado); Lúcido e Orientado em Tempo e Espaço (LOTE/
ou só lúcido ou só orientado, em tempo e em espaço); sono e repouso (insônia,
tempo de sono à noite, e etc.); aceitação da dieta (relatos feitos pelo paciente, como
azia, dor, e etc.);
⇨ Eliminações urinárias (cor, odor, quantidade, frequência, aspecto, e etc.);
⇨ Eliminações intestinais (aspecto, consistência, quantidade, frequência, e etc.);
⇨ Presença de drenos, cateteres (venosos ou não), sondas, volume de drenagens
(em ml), edema, hematoma, plegias, paresias, lesões (cirúrgicas ou não) e curativos;
⇨ Queixas do paciente/cliente;
⇨ Informações sobre o exame físico e as propedêuticas aplicadas;
⇨ Todos os cuidados prestados (quais, quantas vezes e se houve intercorrências);
⇨ Condições físicas, manifestações emocionais, efeitos colaterais após a
administração de medicamentos e tratamento específico.
⇨ Valor dos sinais vitais (TPR e PA);
Para isso o profissional de enfermagem deve estabelecer uma comunicação afetiva entre
as equipes e os demais profissionais envolvidos na assistência ao cliente/paciente.

A anotação de enfermagem poderá ser realizada por todos que, direta ou indiretamente,
prestarem cuidados ao paciente: enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem e
funcionários de outros serviços .

Ao final da cada anotação, fazer uma assinatura legível, com a função e o número do
COREN do profissional, ou carimbar;

Não omitir nenhuma informação sobre o paciente; Essas anotações são documentos
legais, todas são utilizadas pela equipe de saúde durante o tratamento do paciente e,
posteriormente, arquivadas.

OBS.: Com estas informações é possível compreender a importância dos estudos de


Fundamentos de Enfermagem na prática da assistência de Enfermagem. E desta forma o
profissional de Enfermagem deve ter conhecimentos profundos sobre Fundamentos de
Enfermagem.
CONTROLE DE DIURESE:

Diurese é denominada a quantidade de urina


eliminada em um determinado período de tempo,
com discriminação de períodos e ordens especiais.
O procedimento é de responsabilidade da equipe de
enfermagem: Enfermeiros, Técnicos de
Enfermagem e/ou Auxiliares de enfermagem.

O objetivo do controle é a verificação e registro


do volume, aspecto, cor e odor da diurese.

A eliminação de urina no adulto normalmente varia


entre 1.000 e 1.500 ml em 24 horas Anúria total: 0-
20 ml/dia
⇨ Anúria: 20 a 100 ml /dia
⇨ Oligúria: 101 a 400 ml /dia
⇨ Poliúria: > 3000 ml/dia
⇨ Hiperpoliúria: > 4000 ml/dia
SONDAGENS:
SONDA VESICAL DE ALÍVIO (SVA)

⇨ É a introdução de uma sonda estéril pelo orifício uretral até a bexiga a fim de drenar
urina.

Finalidade:
⇨ Esvaziar a bexiga em casos de retenção urinária;
⇨ Coleta de material para exames;
⇨ Cateterismo vesical intermitente.

Material:
⇨ Biombo;
⇨ Bandeja;
⇨ Luva estéril;
⇨ Luva de procedimento;
⇨ Lidocaína/ xilocaína gel 2%;
⇨ Sonda de nelatton para cateterismo de alívio dos números 04 aos 16;
⇨ Kit cateterismo (cuba rim, pinça e gazes);
⇨ Solução aquosa de clorexidina;
⇨ Cálice graduado ou saco coletor graduado.
Cuidados:
⇨ Confirme o paciente e o procedimento a ser realizado.
⇨ Reúna o material e leve ao quarto do paciente;
⇨ Explique o procedimento ao paciente/acompanhante;
⇨ Posicione o biombo e feche a porta do quarto;
⇨ Higienize as mãos;
⇨ Calce as luvas de procedimento;
⇨ Coloque o paciente em decúbito dorsal;
⇨ Realize a higiene íntima com solução de clorexidina degermente.
⇨ Retirar o material utilizado na higiene íntima;
⇨ Retire as luvas e higienize as mãos;
Abra o kit de cateterismo sobre a cama, entre as pernas da paciente, deixando uma das pontas do
campo próxima a região glútea, usando técnica estéril (campo estéril);

⇨ Coloque a solução aquosa de clorexidina nas gazes (dentro da cúpula);


⇨ Abra o material descartável sobre o campo estéril (sonda e gazes);
⇨ Coloque pomada anestésica sobre a gaze;
⇨ Calce as luvas estéreis;
⇨ Faça a antissepsia da genitália com a clorexidina aquosa e gaze presa na pinça, trocando a gaze em
cada etapa;
⇨ Lubrifique a sonda uretral com a pomada anestésica;
⇨ Introduza delicadamente a sonda no orifício uretral, prosseguindo até a drenagem de urina;
⇨ Colete todo o volume urinário drenado na cuba rim;
⇨ Ao término do fluxo urinário, retire delicadamente a sonda e seque a região com gaze;
⇨ Retire as luvas estéreis e despreze o material descartável em saco de lixo auxiliar;
⇨ Deixe o paciente confortável;
⇨ Recolha o material do quarto, mantendo a unidade organizada;
⇨ Encaminhe o material para o expurgo e descarte em lixo infectante;
⇨ Meça o volume urinário no cálice ou saco plástico graduado;
⇨ Despreze a urina;
⇨ Retire as luvas de procedimento;
⇨ Higienize as mãos;
⇨ Cheque na prescrição médica e anote o procedimento registrando a hora, o volume, o aspecto e a
coloração da urina
SONDA VESICAL DE DEMORA (SVD) É a introdução de uma sonda
estéril pelo orifício uretral até a bexiga a fim de drenar urina.

Finalidade:
⇨ Quando o paciente está impossibilitado de urinar;
⇨ Colher urina asséptica para exames;
⇨ Preparo pré-parto, pré-operatório e exames pélvicos (quando
indicados); ⇨ Incontinência urinária.

Material:
⇨ Biombo;
⇨ Bandeja; Luva estéril;
⇨ Luva de procedimento;
⇨ Lidocaína/Xilocaína gel 2%;
⇨ Sonda Foley (demora) com duas vias: numeração 12 ao 24 e,
sendo usado para ambos sexos adultos o nº. 16 a 20.
⇨ Crianças, indicados sondas do nº. 6 ao 10. Recém-nascido é usado
a sonda de número 4;
⇨ Kit cateterismo (cuba rim, cúpula, pinça de Pean e gazes);
⇨ Solução aquosa de clorexidina;
⇨ 1 Ampola de água destilada;
⇨ Seringa de 10 ml e agulha 40x12;
⇨ Coletor de urina para sistema fechado;
⇨ Esparadrapo ou micropore;
Cuidados:
⇨ Confirme o paciente e o procedimento a ser realizado.
⇨ Reúna o material e leve ao quarto do paciente;
⇨ Explique o procedimento ao paciente/acompanhante;
⇨ Posicione o biombo e feche a porta do quarto;
⇨ Higienize as mãos;
⇨ Calce as luvas de procedimento;
⇨ Coloque o paciente em decúbito dorsal;
⇨ Realize a higiene íntima com solução de clorexidina aquosa
⇨ Retire as luvas e higienize as mãos;
⇨ Abra o kit de cateterismo sobre a cama, entre as pernas da paciente, deixando uma das pontas do
campo próxima a região glútea, usando técnica estéril (campo estéril);
⇨ Coloque a solução aquosa de clorexidina nas gazes (dentro da cúpula);
⇨ Abra o material descartável sobre o campo estéril (sonda e gazes); ⇨ Coloque pomada anestésica
sobre a gaze;
⇨ Calce as luvas estéreis;
⇨ Faça a antissepsia da genitália com clorexidina aquosa e gaze presa na pinça, trocando a gaze em cada
etapa;
⇨ Lubrifique a sonda uretral com a pomada anestésica; ⇨ Introduza delicadamente a sonda no orifício
uretral até o final.
⇨ Infle o balonete com 10ml de água destilada para fixar na bexiga e puxe cuidadosamente a sonda para
verificar se está fixada pelo balonete;
⇨ Conecte o coletor de urina;
⇨ Recolha todo material e deixe o local arrumado; ⇨ Lave as mãos; ⇨ Faça as anotações pertinentes.
Para os sexos:
● Feminino: ⇨ Passar uma gaze molhada no antisséptico
entre os grandes e pequenos lábios do lado distal de cima
para baixo em um só movimento (clitóris, uretra, vagina).
⇨ Pegar outra gaze e fazer o mesmo do lado proximal;
umedecer a última gaze e passar sobre o meato urinário
⇨ Separar os pequenos lábios com o polegar e o
indicador de uma mão e não retirar a mão até introduzir a
sonda;

● Masculino: ⇨ Fazer anti-sepsia na


glande com a pinça montada com gaze
umedecida no antisséptico, afastando com
o polegar e o indicador da mão esquerda o
prepúcio que cobre a glande, por último
passar uma gaze com antisséptico no
meato urinário.
● SONDAGEM NASOGÁSTRICA (SNG)

É o processo de introdução de sonda através do orifício nasal até a


cavidade gástrica.

Finalidade: ⇨ Remoção do conteúdo gástrico; ⇨ Coleta de material para


exame, alívio das distensões abdominais e introdução de alimentos e
drogas no estomago ⇨ Pode ser sifonagem (aberta, para drenagem de
líquidos intra-gástrico) ou gavagem (fechada, alimentação ou medicação,
quando por alguma razão o paciente não pode utilizar a boca no processo
de digestão).
Material: ⇨ Sonda Nasogástrica (também chamada de Levine) de numeração 10,
12, 14, 16, 18 (adulto)
⇨ Esparadrapo
⇨ Xilocaína gel/ Óleo mineral
⇨ Gaze ⇨ Luvas de procedimento
⇨ Seringa de 20cc
⇨ Estetoscópio
⇨ Copo com água
⇨ Toalha de rosto de uso pessoal
Cuidados:
⇨ Leve todo o material para próximo do paciente; ⇨ Oriente o paciente sobre o
procedimento; ⇨ Lave as mãos; ⇨ Coloque o paciente na posição de Fowler /45º;
⇨ Dê ao paciente lenço de papel para o mesmo assuar o nariz; ⇨ Coloque uma
toalha no tórax do paciente; ⇨ Calce as luvas de procedimento; ⇨ Limpe a pele do
nariz com gaze; ⇨ Tire a sonda da embalagem, meça o comprimento da sonda: da
asa do nariz, ao lóbulo da orelha e para baixo até a ponta do apêndice xifóide; ⇨
Marque o local com o esparadrapo; ⇨ Passar xilocaína gel/ Óleo mineral
aproximadamente uns 10 cm; ⇨ Introduzir a sonda por uma das narinas; ⇨
Flexionar o pescoço aproximando ao tórax, pedindo ao paciente para realizar
movimentos de deglutição; ⇨ Introduza bem devagar solicitando ao paciente que
engula quando for colocada para dentro até o ponto do esparadrapo; ⇨ Para
confirmar o local certo da sonda, deve se introduzir ar com uma seringa e fazer
ausculta na região epigástrica. Aspirar conteúdo gástrico também é uma das formas
de saber se está no local desejado; ⇨ Feche a sonda, prenda com esparadrapo e
fixe-a no nariz do paciente sem tracionar a narina; ⇨ Lave as mãos; ⇨ Faça as
anotações pertinentes.

OBS: Lavar a sonda com 20 ml de água após


administração da medicação e alimentação;
SONDAGEM NASOENTÉRICA (SNE)

A sonda nasoenteral é passada da narina até o intestino. Difere da sonda


nasogástrica, por ter o calibre mais fino, causando assim, menos trauma ao
esôfago, e por alojar-se diretamente no intestino, necessitando de controle
por Raios-X para verificação do local da sonda.
Finalidade: ⇨ Oferecer suporte nutricional ao paciente debilitado com
posicionamento da sonda pós-pilórica (jejuno);

⇨ Administração de medicamentos.

Cuidados: Técnica de passagem semelhante ao da nasogástrica,


diferindo na medição e verificação do local. ⇨ Medir a sonda do lóbulo da
orelha até a ponta do nariz e até a base do apêndice xifóide (acrescentar
mais 10 cm);
LAVAGEM INTESTINAL ≠ CLISTER ≠ FLEET ENEMA:

O intestino tem, dentre algumas funções, a de eliminar o bolo fecal através de


movimentos peristálticos, no sentido intestino → ânus. Quando essa eliminação
não acontece, retendo fezes e bloqueando o intestino, faz-se necessário o clister /
fleet enema / lavagem intestinal.

A lavagem intestinal consiste num processo de introdução no intestino de solução,


medicamentosa ou não, por meio de sonda retal.

Nesse sentido, o termo inglês fleet significa rápido, e fleet enema, indica enema
rápido, em menos de 5 minutos. Sabendo da composição e principalmente da
dosagem de fleet-enema (125 ml), este é considerado um micro-clister.

Para todos os procedimentos acima, objetiva-se a retirada de resíduos fecais, os


quais são fontes de processos intoxicativos do corpo, ou até mesmo remoção se
sangue nos casos de melena.

A retirada de resíduos fecais pode ocorrer por vários motivos: ⇨ Facilitar a


eliminação das fezes, aliviando a constipação; ⇨ Eliminar ou evitar a distensão
abdominal e flatulência; ⇨ Preparar o paciente para exames ou cirurgias.
TANATOLOGIA:

“A literatura científica analisada possibilitou evidenciar, de modo consistente, que


o assunto morte e morrer vêm sendo negligenciado nas instituições de formação.
Como decorrência da falta de preparo, afloram dificuldades e sofrimentos
vivenciados pelos profissionais e estudantes de enfermagem.

A morte ao longo dos anos: ✔ Idade Média: acontecia em ambiente


familiar, cuidados domésticos, tranquilo. ✔ Século XIX: morte hospitalar pelo
desenvolvimento tecnológico e cientifico. ✔ Atualmente: morte em ambiente
hospitalar fechado, prolongada, temida.

Cuidados de enfermagem ao cliente em estágio terminal: ⇨ Promover conforto; ⇨ Alívio


dos sintomas; ⇨ Controle da dor; Higiene e alimentação. ⇨ Avaliação constante do paciente; ⇨
Preservação da dignidade e auto valorização. Sinais fisiológicos de morte iminente ⇨ Diminuição
do nível de consciência ⇨ Pupilas dilatadas e fixas ⇨ Padrão respiratório de cheyne-stokes ⇨
Dificuldade de movimentação ⇨ Perda dos reflexos ⇨ Pulso rápido e fraco ⇨ Palidez e cianose ⇨
Hipotensão arterial

Sinais de morte consumada:


⇨ Midríase paralítica
⇨ Parada Cardiorrespiratória “A morte cerebral ou coma irreversível deve ser utilizada
⇨ Livor mortis – palidez azulada / hipotermia. como sinônimo de morte” (Journal of American Medical
⇨ Ausência total de movimentos. Association, 1968).
Os envolvidos no processo de morte são:
✔ O cliente ✔ A Família ✔ A equipe hospitalar

1. Negação 2. Raiva 3. Barganha 4. Depressão 5. Aceitação


Estágios do morrer:
Ao permanecer próximo nos momentos difíceis, o profissional de
enfermagem torna-se uma referência no cenário do cuidado; é a ele
que o paciente e a família recorrem quando necessitam de
esclarecimentos ou cuidados imediatos.

PREPARO DO CORPO PÓS-MORTE:


É o cuidado prestado ao corpo após a constatação médica do óbito. É feito com
respeito e com descrição a fim de manter o corpo limpo e identificado, evitando
odores e saídas de excreções e sangue e dispor o corpo em posição adequada,
antes da rigidez cadavérica.

Cuidados de enfermagem ao cliente pós-morte: ⇨ Registro do horário


do óbito; ⇨ Notificação da família, de acordo com a política da instituição;
⇨ Apoio e conforto a família; ⇨ Preparação do corpo ⇨ Retirada dos
pertences ⇨ Transporte
Procedimentos para preparar o corpo após a morte:

⇨ O local deve ser privado, se não for possível, cercar ambiente com biombos.

⇨ Separe os materiais individuais necessários:

✔ Capote, máscara, luva de procedimento, óculos de proteção. ⇨ Separe os materiais


necessários para a higienização:

✔ Bacia com água e sabão, algodão, pano de banho. ⇨ Separe os materiais necessários para
o procedimento:

✔ Gaze, esparadrapo, algodão seco, pinça, atadura de crepe, maca sem coxim, dois lençóis,
etiquetas de identificação, recipiente para lixo e hamper)
⇨ Cheque o nome e o leito do cliente;
⇨ Aparamente-se;
⇨ Posicione o corpo em decúbito dorsal e horizontal;
⇨ Desligue os equipamentos;
⇨ Retire sondas, cateteres e drenos;
⇨ Higiene o corpo e realize curativo nos locais necessários;
⇨ Tampone dos orifícios e cavidades corporais com algodão seco e pinça;
⇨ Garroteie o pênis com 01 gaze;
⇨ Feche as pálpebras com pequenas tiras de esparadrapo;
⇨ Se houver, recoloque prótese dentária.
⇨ Fixe a mandíbula com atadura de crepe, pegando do queixo até o auto da cabeça;
⇨ Manter decúbito horizontal dorsal e fletir os braços sobre o tórax, fixando-o nos
punhos com atadura de crepe;
⇨ Mantenha os tornozelos juntos com atadura de crepe;
⇨ Peça ajuda para passar o corpo da cama para a maca.
⇨ Cobrir o corpo, completamente com lençol e colocar outra etiqueta de identificação;
⇨ Recolha todas as roupas de cama e coloque no hamper, deixe o ambiente
preparado para a limpeza da unidade;
⇨ Pegue os pertences e coloque no pacote, para entregar aos familiares;
⇨ Faça as anotações necessárias, como: hora, causa da morte, nome do médico que
constatou o óbito, manobras de reanimação e medicamentos utilizados;
⇨ Encaminhe o corpo ao necrotério.
Referências: Pesquisa individual;
Livros de tratado de enfermagem;
Pesquisa na internet;

DEUS ABÊNÇOE!

FIM!

Você também pode gostar