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PRINCIPAIS ENFERMEIRAS: e suas contribuições teóricas para

enfermagem no contexto mundial

GOVERNADOR MANGABEIRA – BA
2023
Adriane Santana
Alice Braz
Beatriz dos Anjos
Cristiane Sodré
Eliane Bispo
Layla Neves
Letícia Fonseca
Mariana Amorim

PRINCIPAIS ENFERMEIRAS: e suas contribuições teóricas para

enfermagem no contexto mundial

Trabalho apresentado como requisito


Parcial de avaliação da disciplina
História da Enfermagem do curso Bacharelado em
Enfermagem do Centro Universitário Maria
Milza, pela docente Liliany Santana.

GOVERNADOR MANGABEIRA – BA
2023
Principais Enfermeiras e suas contribuições teóricas para enfermagem
no contexto mundial

Faye Glenn Abdellah

Sua vocação para enfermagem floresceu quando ele ajudou voluntariamente no


incidente da Ponte Marco Paulo em 1937 com o dirigível Hindenburg, onde deixou 36
mortos e dezenas de pessoas feridas.

Em seu trabalho de enfermagem, ele criou um guia que os enfermeiros poderiam dar
assistência aos seus pacientes de maneira individualizada. Este guia foi vivido em três
partes:

As necessidades físicas, sociológicas e emocionais do paciente

Resolução de problemas entre equipe e paciente

Elementos comuns no atendimento ao paciente

CONTRIBUIÇÕES:

• Criou o sistema conhecido como Grupo Relacionado ao Diagnóstico. Com esse


sistema pode classificar os pacientes por grupos de acordo com a gravidade de suas
necessidades.

• Ele ressaltou importância de manter a higiene não apenas do paciente e da própria


enfermeira, manter a higiene do local onde o trabalho.

Wanda Horta

Foi uma enfermeira formada pela USP no início do século XX, que renovou os
conhecimento atendimento humanizado e acompanhamento dos pacientes. Para ela era
necessária a compreensão do sofrimento e das fragilidades das pessoas além das
condições físicas tratadas.

CONTRIBUIÇÕES:

•Wanda Horta Foi convidada pela Organização Pan-Americana de Saúde e pela OMS
(Organização Mundial de Saúde), em 1973, para participar da elaboração do
Documento Básico sobre o Ensino de Fundamentos de Enfermagem.
•A partir dessa extensa trajetória, Wanda publicou a “Teoria de Enfermagem das
Necessidades Humanas Básicas”, no livro “Processo De Enfermagem” de 1979.

Dorothea Elizabeth Orem

Foi uma enfermeira e teórica norte-americana que desenvolveu a Teoria do


Autocuidado, uma das teorias de enfermagem mais influentes e amplamente utilizadas.
Sua teoria te papel principal o autocuidado na promoção e manutenção da saúde cada
pessoa têm a responsabilidade e a capacidade de cuidar de si mesmos, os enfermeiros
devem trabalhar em conjunto com seus pacientes para desenvolver um plano de
cuidados.

CONTRIBUIÇÕES:

Abordagem individualizada

Empoderamento do paciente

Impacto na educação e pesquisa em enfermagem

Myra E. Levine

Myra Estrin Levine foi uma enfermeira, teórica, autora e pesquisadora americana. Ela é
conhecida por criar o Modelo de Conservação de enfermagem, sua teoria é que o cliente
é visto numa posição de dependência que pode restringir sua habilidade de participação
na coleta de dados, planejamento, implementações.

Em sua teoria, Levine acreditava que o maior responsável pela cura do paciente era o
ambiente que se encontrava e que os enfermeiros eram a principal ajuda nesse processo
por isso, os enfermeiros têm que possuir grande experiência.

CONTRIBUIÇÕES:

Desenvolve a teoria holística de Enfermagem: vê o homem como um “todo” dinâmico,


em constante interação com o ambiente em que vive.

ENFERMEIRAS BAIANAS

Ana Néri
Ana Néri (1814-1880) foi a pioneira da enfermagem no Brasil, Prestou serviços
voluntários nos hospitais militares de Assunção, Corrientes e Humaitá, durante a Guerra
do Paraguai. Ana Justina Ferreira Néri nasceu em Vila de Cachoeira do
Paraguaçu, Bahia, no dia 13 de dezembro de 1814.

Maria Stella de Azevedo dos Santos – Iyalorixá mãe Stella de Oxóssi

Iniciou a graduação de Enfermagem aos 15 anos, tornou-se enfermeira pela Escola de


Enfermagem e Saúde Pública da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Após sua
formatura especializou-se em Saúde Pública e passou integrar o quadro de enfermeiras
sanitaristas da Secretária de Saúde do Estado da Bahia (SESAB) em um Centro de
Saúde. Enfermeira, Stella foi também uma das ialorixás mais influentes no fim do
século 20 na Bahia, além de escritora. Ela torna-se imortal em 12 de setembro de 2013
ao assumir a cadeira de número 33 na Academia de Letras da Bahia – eleita por
unanimidade. A cadeira, que tem o poeta Castro Alves como patrono, já foi ocupada
pelo seu amigo, o também escritor Ubiratan Castro de Araújo. Hoje também dá nome a
uma avenida em Salvador.

ENFERMEIRAS NEGRAS

1 – Mary Jane Seacole

Enfermeira negra jamaicana atuante na guerra da Crimeia – a mesma em que é dado


destaque para Florence Nightingale. Mary aprendeu por meio dos ensinamentos de sua
mãe negra que praticava cuidados pela medicina tradicional,  assim como o tratamento
aos doentes e combate às doenças endêmicas. Em 1854, inscreveu-se para participar da
equipe de enfermagem da Florence para cuidar dos soldados feridos da Guerra da
Criméia, porém não foi aceita, apesar das cartas de recomendações dos governos da
Jamaica e Panamá, Mary Seacole arrecadou fundos para viajar por conta própria à frente
de batalha. Com o dinheiro que obteve montou o British Hotel onde vendia comida e
bebida aos soldados para custear as despesas do atendimento a doentes e feridos dos
dois lados. Por conta do trabalho, ela foi apelidada de Mãe Seacole. Mary foi ignorada
no Memorial da Guerra da Criméia, em Londres em 1915, até ter sua autobiografia
encontrada em um sebo. Onde foi homenageada no Reino Unido e na Jamaica, onde dá
nome à sede da Associação Jamaicana de Enfermagem.

2 -Mary Elisa P. Mahoney

A primeira mulher negra americana diplomada enfermeira pelo New England Hospital
for Women and Children, em Boston

3 – Maria Jose Barroso, também conhecida como “Maria Soldado”

Maria Soldado foi uma notória enfermeira de guerra. Atuou na guerra civil da revolução
constitucionalista de 1932. Inicialmente, seus feitos e posicionamento político eram
exercidos como “enfermeira” da Legião Negra, posteriormente passando a atuar na
linha de frente de batalha. Maria Soldado, é considerada a precursora da enfermagem
moderna no Brasil. A mesma não ingressou em uma instituição de nível superior para
diplomação em Enfermagem, pois não tinha os requisitos de ser a mulher ideal para
compor a enfermagem profissional no Brasil por não ser “branca, culta, jovem e
saudável”, assim excluía – se as mulheres negras.

4 – Lydia das Dores Matta, 5- Josephina de Melo, 6- Lucia Conceição e 7 – Maria


de Lourdes Almeida 

Em 1943, Lydia das Dores Matta, Josephina de Melo, Lucia Conceição e Maria de


Lourdes Almeidasão são as primeiras mulheres negras oriundas de estados pobres e
distantes a ingressarem no Curso Básico de Enfermagem na Universidade de São Paulo
(USP), a escola de maior projeção da América Latina na época que foi criada em 1940.
As três graduaram-se pela escola de enfermagem da USP.
8 – Rosalda Paim

Ela iniciou o curso em Enfermagem em 1947 pela Escola de Enfermagem Aurora de


Afonso Costa – EEAAC da Universidade Federal Fluminense (UFF), na época
denominada Escola de Enfermagem do Estado do Rio de Janeiro, graduando – se em
1950. Com um currículo invejável de especializações, visava romper com o modelo
hegemônico curativista e trazer conceitos que ainda não eram discutidos e utilizados no
sistema de saúde como integralidade, humanização, hierarquização dos serviços,
referência e contra-referência. Ela teve um papel de destaque no processo de
modernização da enfermagem brasileira, na formação do enfermeiro e profissionais de
saúde, na democratização brasileira e na mudança de paradigma na atenção em saúde.
Rosalda Paim foi a primeira enfermeira parlamentar e negra do Brasil, exercendo o
mandato de deputada estadual do Rio de Janeiro, pelo Partido Democrático Trabalhista
(PDT) no período de 1983 a 1987. Utilizando-se de sua formação em educação, saúde e
enfermagem, Paim criou e teve aprovada 20 leis na área de saúde e assistência social.

9 – Izabel Santos 

Iniciou a trajetória profissional no Serviço Especial de Saúde Pública (SESP), ligado a


Opas – Organização Panamericana de Saúde na década de 50, onde atuou por 20 anos.
Passou a integrar o quadro de professores da Universidade Federal de Pernambuco
(UFPE) e, por fim, retoma seu vínculo com a OPAS em 1976, onde atuou como
consultora até 1997 assessorando o Ministério da Saúde. A sua contribuição de maior
destaque está na formação profissional de enfermagem, sobretudo, no nível técnico com
a idealização do Programa de Qualificação de Auxiliares e Técnicos de Enfermagem
(Profae).

10 – Maria Stella de Azevedo dos Santos – Iyalorixá mãe Stella de Oxóssi


Iniciou a graduação de Enfermagem aos 15 anos, tornou-se enfermeira pela Escola de
Enfermagem e Saúde Pública da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Após sua
formatura especializou-se em Saúde Pública e passou integrar o quadro de enfermeiras
sanitaristas da Secretária de Saúde do Estado da Bahia (SESAB) em um Centro de
Saúde. Enfermeira, Stella foi também uma das ialorixás mais influentes no fim do
século 20 na Bahia, além de escritora. Ela torna-se imortal em 12 de setembro de 2013
ao assumir a cadeira de número 33 na Academia de Letras da Bahia – eleita por
unanimidade. A cadeira, que tem o poeta Castro Alves como patrono, já foi ocupada
pelo seu amigo, o também escritor Ubiratan Castro de Araújo. Hoje também dá nome a
uma avenida em Salvador.

11 – Dona Ivone Lara

Formou-se pela Faculdade de Enfermagem do Rio (atualmente Faculdade Alfredo


Pinto, da Unirio). Dedicou-se intensamente à profissão, em especial à Saúde Mental.
Costumava percorrer as enfermarias e pavilhões do Instituto Psiquiátrico Pedro II em
busca das histórias, referências e laços familiares dos pacientes. Era uma rotina, que
além de dar-lhe satisfação, fazia parte do tratamento terapêutico. Prestou concurso
público para o Ministério da Saúde em 1942, antes de ingressar na Colônia Juliano
Moreira, onde atuou por mais de três décadas com pacientes afetados por graves
transtornos mentais. Fazia plantões de 24/48 horas que, segundo ela, eram desgastantes,
mas, ao mesmo tempo, muito gratificantes já que ajudavam a diminuir o sofrimento dos
que procuram as unidades públicas de saúde. Atuou com Nise da Silveira, psiquiatra
brasileira que rebelou-se contra a lobotomia, eletrochoques e outros métodos agressivos
de tratamento de Saúde Mental, defendendo um tratamento humanizado da loucura.
Com Nise, especializou-se em terapia ocupacional. Soube combinar a música e as
habilidades de enfermeira para ajudar seus pacientes a enfrentar transtornos mentais.

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