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Faculdade Presidente Antônio Carlos de Teófilo Otoni

Atividade: Produzir Metodologia para Artigo Científico


Data de entrega: 17/09/2022
Curso: Enfermagem Período: 9º e 10º Turma: única
Professor (a): Rinara Lopes Negreiros Kokudai Disciplina: Metodologia
Acadêmico(a): Nº: ____ Nota: _____

Habilidade a ser desenvolvida : Produzir a metodologia para a introdução de um artigo


científico

Orientações

Construa a metodologia de acordo com omaterial disponibilizado. Esteja atento quanto ao


verbo: use-o na terceira pessoa do singular. Use, ao máximo, meia lauda para esta parte.
Mantenha tudo que vc já fez como abaixo descrevo

Tema: Cuidados de Enfermagem durante óbito e pós óbito

Autor: ( nome dos autores do artigo)

Resumo

1. Introdução ( todos os ítens abaixo fazem parte da introdução do seu artigo)

Justificativa:

Nos dias atuais o óbito tem sido tratado pela sociedade como um aspecto natural da vida,
seja ela causada por doenças terminais sem cura ou até mesmo por motivos repentinos, no
entanto entende-se que pela fragilidade da experiência com a morte acredita-se que poderia
ser mais discutido nas academias. Segundo Rosa e Couto, (2015), “é de fundamental
importância que a equipe multidisciplinar esteja preparada para, apoiar e orientar sobre as
decisões a serem adotadas durante o tratamento”.

Saber preparar os familiares e o próprios paciente de forma a deixá-lo confortável pode ser
fonte de estresse e sofrimento psíquico para os profissionais da enfermagem, os quais
poderão se sentir capazes de atentar ao sofrimento do paciente e familiares. Os profissionais
de enfermagem podem interpretar sua conduta como fracasso pessoal e falha no trabalho
desenvolvido, pois são eles que passam mais tempo ao lado do paciente, acompanhando-o no
seu processo de morte.
Muitas das vezes, a morte é uma chance de dar ao paciente um alívio pela dor e luta quem
vem enfrentando. Contudo para as pessoas, principalmente para os familiares, apesar de
conhecer a gravidade da situação enfrentada do seu estado de saúde, de que suas chances de
cura ou melhora foram esgotadas e de que ele está sofrendo, sua morte não é aceita,
causando-lhes grande dor. Sendo assim, o trabalho dos enfermeiros mediante a esta situação
tratar o psicológico dos nossos enfermeiros e dando suporte para que eles possam estar
preparados no tempo de preparação do paciente e saber direcionar os familiares.

Pergunta problema:

Diante do que se propôs e tendo em vista o suporte que é dado e a formação de nossos
enfermeiros. Questiona-se como os profissionais tem lidado com a preparação e como deve
ser os cuidados com os pacientes e familiares durante uma situação de óbito na família?

Metodologia:

Frente ao problema esta pesquisa pretende desenvolver análise qualitativa para


compreender, investigar e discutir sobre a temática dos cuidados que os profissionais de
enfermagem têm com o paciente e com a família mediante o óbito.

Outra característica do trabalho é o caráter exploratório, isto é, estimula a pensar


livremente sobre algum tema, objetivo ou conceito. Mostra como os profissionais de saúde
em especifico os enfermeiros conseguem ligar com o óbito durante o tratamento com o
paciente e após com a família. O quanto precisam se preparar e os meios que tem para esse
preparo. Como isso afeta o seu dia a dia e em exercer a sua profissão com êxito. Nesse projeto
é necessário que estude o tema como um todo, que faça pesquisas e que aprofunde em
depoimentos para ter uma clareza da situação.

Quanto aos fins e quanto aos meios será bibliográfica, sendo indispensável a qualquer
pesquisa cientifica, fornece conhecimentos teórico-empíricos os quais dirigiram o trabalho.

GIL (2019) “diz que as pesquisas exploratórias têm como objetivos proporcionar
familiaridade como o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses”.

1.1- Objetivo

O objetivo geral desta pesquisa é buscar no dia a dia dos enfermeiros os cuidados que
eles têm com o paciente durante o óbito e após o óbito com seus familiares. Saber como eles
lidam com esta situação e qual é amparo que recebem psicologicamente do seu serviço.

1.2- Objetivos específicos


 Buscar entender como os profissionais orientam seus pacientes em estados
terminais;
 Saber como a família absorve sua dor perante o óbito e como os enfermeiros eles
lidam com a situação de forma profissional;
 Buscar saber quais são as orientações fornecidas aos enfermeiros para lidar com
esta situação e como eles dão apoio psicológico aos profissionais.

2- Revisão de Literatura

2.1- Enfermagem no brasil

A profissão se dá pelos cuidados aos doentes, que na idade Média era realizada por
grupos formados de escravos que prestavam serviços em domicílios, e ao passar dos tempos
com a colonização, foi criado casas de Misericórdia, onde deu origem em Portugal.

A primeira Casa de Misericórdia foi fundada na Vila de Santos, em 1543. Em seguida,


ainda no século XVI, surgiram as do Rio de Janeiro, Vitória, Olinda e Ilhéus. Mais tarde Porto
Alegre e Curitiba, esta inaugurada em 1880, com a presença de D. Pedro II e Dona Tereza
Cristina. Os escravos tiveram papel relevante, pois auxiliavam os religiosos no cuidado aos
doentes.

A enfermagem na época do império, teve como destaque Anna Nery, que tinha dois
filhos, sendo um médico militar e outro oficial do exército, que serviram ao país. Nesta época
também sentiu desejo de servir a seu país tendo em vista uma família separada, foi então que
serviu junto de seus dois irmãos se colocando ao dispor em ajudar aos feridos. Veio a falecer
20 de Maio de 1980. A primeira Escola de Enfermagem fundada no Brasil recebeu o seu nome.
Anna Nery que, como Florence Nightingale, rompeu com os preconceitos da época que faziam
da mulher prisioneira do lar.

Segundo Turkiewicz, 1995: “O cuidar do ser, o cuidado da pessoa que se encontra em


situação de doença, revela originalmente o sentido da própria existência da enfermagem. É
pelo cuidado que se faz a esse ser-paciente que a enfermagem se projeta e se mantém como
profissão. É pelo cuidar que a profissão expressa e manifesta seu corpo de conhecimentos, de
habilidades e atitudes. É pelo cuidar que a enfermagem cria e recria a própria cultura do
cuidar, que é, na sua essência, ética”. (TURKIEWICZ. 1995).

No século XIX, foi criado o Departamento Nacional de Saúde, um órgão que exerceu
função normativa e Executiva das Atividades de saúde Pública. No final do ano de 1918 foi
criada a Cruz Vermelha, onde se destacou por sua atuação durante a Guerra Mundial.

Primeiras Escolas de Enfermagem no Brasil

1. Escola de Enfermagem "Alfredo Pinto": Esta escola é a mais antiga do Brasil, data de
1890, foi reformada por Decreto de 23 de maio de 1939. O curso passou a três anos de
duração e era dirigida por enfermeiras diplomadas. Foi reorganizada por Maria Pamphiro,
uma das pioneiras da Escola Anna Nery.
2. Escola da Cruz Vermelha do Rio de Janeiro: Começou em 1916 com um curso de
socorrista, para atender às necessidades prementes da 1ª Guerra Mundial. Logo foi
evidenciada a necessidade de formar profissionais (que desenvolveu-se somente após a
fundação da Escola Anna Nery) e o outro para voluntários. Os diplomas expedidos pela escola
eram registrados inicialmente no Ministério da Guerra e considerados oficiais. Esta encerrou
suas atividades.

3. Escola Anna Nery: A primeira diretoria foi Miss Clara Louise Kienninger, senhora de
grande capacidade e virtude, que soube ganhar o coração das primeiras alunas. Com
habilidade fora do comum, adaptou-se aos costumes brasileiros. Os cursos tiveram início em
19 de fevereiro de 1923, com 14 alunas. Instalou-se pequeno internato próximo ao Hospital
São Francisco de Assis, onde seriam feitos os primeiros estágios. Em 1923, durante um surto
de varíola, enfermeiras e alunas dedicaram-se ao combate à doença. Enquanto nas epidemias
anteriores o índice de mortalidade atingia 50%, desta vez baixou para 15%. A primeira turma
de Enfermeiras diplomou-se em 19 de julho de 1925.

4. Escola de Enfermagem Carlos Chagas: Por Decreto nº 10.925, de 7 de junho de 1933 e


iniciativa de Dr. Ernani Agrícola, diretor da Saúde Pública de Minas Gerais, foi criado pelo
Estado a Escola de Enfermagem "Carlos Chagas", a primeira a funcionar fora da Capital da
República. A organização e direção dessa Escola coube a Laís Netto dos Reys, sendo
inaugurada em 19 de julho do mesmo ano. A Escola "Carlos Chagas", além de pioneira entre
as escolas estaduais, foi a primeira a diplomar religiosas no Brasil.

5. Escola de Enfermagem "Luisa de Marillac": Fundada e dirigida por Irmã Matilde Nina,
Filha de caridade, a Escola de Enfermagem Luisa de Marillac representou um avanço na
Enfermagem Nacional, pois abria largamente suas portas, não só às jovens estudantes
seculares, como também às religiosas de todas as Congregações. É a mais antiga escola de
religiosas no Brasil e faz parte da União Social Camiliana, instituição de caráter confessional da
Província Camiliana Brasileira.

6. Escola Paulista de Enfermagem: Fundada em 1939 pelas Franciscanas Missionárias de


Maria, foi a pioneira da renovação da enfermagem na Capital paulista, acolhendo também
religiosas de outras Congregações. Uma das importantes contribuições dessa escola foi início
dos Cursos de Pós-Graduação em Enfermagem Obstétrica. Esse curso que deu origem a tantos
outros, é atualmente ministrado em várias escolas do país.

7. Escola de Enfermagem da USP: Fundada com a colaboração da Fundação de Serviços


de Saúde Pública (FSESP) em 1944, faz parte da Universidade de São Paulo. Sua primeira
diretora foi Edith Franckel, que também prestara serviços como Superintendente do Serviço
de Enfermeiras do Departamento de Saúde. A primeira turma diplomou-se em 1946.
2.2- Enfermagem e o Papel do profissional

Giordani (2008, p. 129) bem fundamenta a importância de um profissional preparado no


atendimento humanizado:

Partindo da premissa de que o processo de cuidar não pode ocorrer isoladamente, por
compreender uma ação e um processo interativo entre cuidador e ser cuidado, fica clara a
importância de a Enfermagem e demais profissionais da Saúde se apresentarem disponíveis
e receptivos ao cliente, familiares e a toda equipe de trabalho. [...] Assim, no que diz
respeito à humanização da assistência em Enfermagem, o cuidado deve marcar presença
positivamente desde o período que antecede o nascimento até a morte, objetivando revelar
os valores que constituem o ser humano de modo abrangente e completo em todo o seu
percurso natural de vida.

A internação dos pacientes trata-se de um momento difícil tanto para ele quanto a família, que
pode experimentar sentimentos de incerteza quanto ao quadro clinico do presente e ao seu futuro,
passando por experiências que também, envolvem as suas próprias perspectivas de vida. Com toda
essa situação, muitos são os questionamentos de emergem por parte da família, devendo nestes
casos, intervir o profissional com seu senso humanístico, conciliando as suas diversas funções como
enfermeiro.

Para Pessini e Bertachini (2006, p. 90) demonstra a importância do comprometimento entre os


profissionais e os cuidados com os envolvidos:

Os profissionais da saúde, dentro do contexto de complexidade crescente verificado nas


instituições de saúde e na sociedade, estão à procura de respostas que brotam de sua
própria consciência, e nem sempre são encontradas no cotidiano. Um questionamento
filosófico importante decorre de nosso trabalho é a crise sobre o significado da vida
humana. Qual seria o significado da vida e o cuidado do ser humano? São questões como
esta que interpelam a nossa consciência e o nosso coração, que nos estimulam a 13 buscar
respostas mais consistentes e mais profundas. Convivemos cotidianamente com pessoas
cuja esperança é viver melhor. Mas que, por ser excluídas e privadas das condições
materiais, sociais e humanas mínimas para a sua existência, já não têm nenhuma esperança.
Nós, sociedade, não permitimos que elas tenham sonhos de viver, sem fome, com emprego
e educação, pressupostos indispensáveis para o exercício da cidadania. A privação desses
direitos pode levar a um vazio na existência, tanto para o profissional como para as pessoas
que são cuidadas.

A enfermagem é constitutiva, que age conforme práticas sociais, trazendo um ponto de equilíbrio
de sustentação entre pacientes e familiares, transmitindo a toda a família sentimentos de
tranquilidade, uma assistência humanizada e momentos de tranquilidade e confiança no tratamento
oferecido pelos médicos.

2.3- Cuidados do Enfermeiro em fase terminal

Silva 2004, costuma dizer que: “Para a família e paciente é um tempo do qual muitos não
gostam de lembrar pelo sofrimento, pela dor, risco da perda que emerge com a internação na UTI”.
(SILVA, 2004, p.53).
O enfermeiro que cuida desses pacientes em fase terminal, trabalha com necessidades sentidas
pela família auxiliando na recuperação. Por isso vínculo com pacientes e suas famílias, proporcionando
participação no cuidado.

A família é considerada a parte fundamental para o ser humano que serve como toda a base de
apoio, e com o sofrimento de um integrante desestrutura toda a família, e é o enfermeiro que
possibilita a construção de uma relação entre profissionais de saúde e familiares. Os familiares
apreenderem então a lidar com situações dolorosas, porém é preciso reconhecer que desejam a
recuperação do paciente, sendo, a troca de informações e experiências são resultados de assistência e
humanização.

A tensão e ansiedade são sentimentos de respostas que o individuo quando enfrenta coisas
boas e ruins acaba demostrando, por isso geralmente tentam não passar seus sentimentos diante do
paciente, buscam o equilíbrio e a confiança. Mostrar que os médicos estão a cada momento buscando
melhorias para seu paciente.

Um dos fatores que limitam a assistência da enfermagem é a falta de tempo tema da nossa
reflexão, e é sobre ele que falaremos adiante com considerações sobre o efeito que ele
exerce sobre nossas vidas, como pode interferir em nossa comunicação e em nossos
relacionamentos, e, sobretudo como essa relação se dá no contexto do trabalho em serviço
de emergência. (SILVA, 2004, p.103).

Referências

ROSA, D. S. S.; COUTO, S. A. O enfrentamento emocional do profissional de enfermagem na


assistência ao paciente no processo de terminalidade da vida. Revista Enfermagem
Contemporânea. 2015.

GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 6ª ed. São Paulo. Atlas. 2019.

TURKIEWICZ, Maria. História da Enfermagem. Paraná, ETECLA, 1995.

GEOVANINI, telma. História da Enfermagem : versões e Interpretações. Rio de janeiro,


Revinter, 1995.

BRASIL, Leis, etc. Lei 5.905, de 12 de julho de 1973. Dispõe sobre a criação dos Conselhos
Federal e Regionais de Enfermagem e dá outras providências. Diário Oficial da União,
Brasília, 13 de julho de 1973. Seção I, p. 6.825.

GIORDANI, Annecy Tojeiro. Humanização da Saúde e do Cuidado. São Caetano do Sul/SP:


Difusão Editora, 2008.

SILVA, M. J. P. Qual o Tempo do Cuidado? Humanizando os Cuidados de Enfermagem. São Paulo:


Loyola, 2004.
PESSINI, Leo; BERTACHINI, Luciana. Humanização e Cuidados Paliativos. São Paulo: Loyola,
2006.

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