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UNIVERSIDADE IGUAÇU

FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE –FACBS


Disciplina: Contexto Histórico e Teorias de Enfermagem – 1º Período

Florence Nightingale: Sua contribuição para


Enfermagem
(AULA 04)
UNIDADE I - ORIGENS DA AÇÃO DE CUIDAR

Profª Drª Keila do Carmo Neves


Mestre e Doutora em Enfermagem pela Escola de Enfermagem Anna
Nery/UFRJ

Profº Ms. Wanderson Alves Ribeiro


Mestre e Doutorando pelo Programa Acadêmico em Ciências do Cuidado em
Saúde pela EEAAC/UFF;
EVOLUÇÃO DA ENFERMAGEM

FASE PRIMITIVA ou Empírica


Na primeira fase, não havia profissionais e a assistência
prestada aos doentes era praticadas por leigos que usavam e
abusavam dos mais condenáveis meios de tratamento, pondo em
risco a vida daqueles que caíam em suas mãos. Não só pela falta
de recursos mas também pela falta de conhecimentos.
As ações das irmãs de caridade lançaram as bases da
enfermagem.
Contribuiu grandemente para a evolução desta arte, com
Estudos científicos aproximadamente em meados do séc XIX.
A chamada Dama da Lâmpada era destemida, brava e ao
mesmo tempo suavíssima. Tinha uma grande capacidade de agir e
sentir.
Foi necessário uma guerra para a enfermagem obter uma
conquista de que hoje somos favorecidos. (Guerra da
Criméia).Florence fundou a primeira escola de enfermagem do
Hospital .
FASE DO APRIMORAMENTO
Representa um elevado privilégio para a enfermagem.
Com o decorrer do tempo muito se descobriu no campo da
Ciência físicas, biológicas e sociais, contribuindo, tudo isso, para
uma conceituação de prevenção, cura e reabilitação de distúrbios
físicos e mentais.
Passou então a enfermagem a considerar o indivíduo como
um centro de cuidados, com atendimento individualizado, visando
salientar a inter-relação dos sistemas bio-psico-social e Espirituais
da pessoa humana.
Florence Nigthingale:
Histórico:
1. Nascimento: 12/05/1820 – Florença(Itália)-filha
de inglêses.
2. Dominava vários idiomas
3. Desejo de realizar-se como enfermeira
4. 1844-Roma – estudando atividades irmandades
católicas
5. 1849 – viagem ao Egito (decisão de servir a deus)
5. Desejo de seguir vocação – visita hospitais dirigido por Irmãs de
Misericórdia(ordem católica de Enfermeiras)
6. 1854 – enviada para a guerra da Criméia junto com 38
voluntárias.
7. Mortalidade de 40% entre os hospitalizados - a mesma caiu p/
2% com atuação de Florence.

1859 -Institui Escola de Enfermagem

Vivia um interno conflito, com sua família, em não deixar


que aplicasse o seu saber e sua inteligência em alguma coisa útil.
Após completar 17 anos, depois de ouvir a voz de Deus,
passou a estudar, secretamente, relatórios hospitalares, e a
escrever sugestões para melhorá-los.
É reconhecida em todo o mundo, como a fundadora da
Enfermagem Moderna, após sua atuação como voluntária na Guerra
da Criméia, em 1854.
• 1860 - Escola de Treinamento Nightingale e a Casa das
Enfermeiras do Hospital Saint Thomas.
Disciplina rigorosa – tipo militar
Exigência de qualidades morais
Curso de um ano
Aula ministrada por médicos

1910 - Morte de Florence


Floresce o ensino de enfermagem
Torna-se ocupação assalariada
Constitui-se prática social específica e
institucionalizada.
• 1873 – primeira escola criada nos EUA(segundo
modelo de Florence):
• Treinamento de enfermeiras em escolas
• Associação das escolas de treinamento com os
hospitais, porém com independência financeira e
administrativa
• Enfermeiras – responsáveis pelo ensino de
enfermagem
• Residência confortável e agradável p/ estudantes,
próximo aos hospitais.
O impacto causado por sua atuação na guerra,
fez com que fosse quebrado o preconceito existente
sobre a participação da mulher no Exército,
proporcionando mudança de comportamento da
sociedade em relação, à visão da Enfermagem e
estabelecendo uma nova ocupação para a mulher.
Após o recolhimento de todos, Florence
fazia sua ronda solitária, com uma pequena
lâmpada para iluminar o caminho, e observar
as condições dos enfermos.

Desde então, a lâmpada tornou-se o


símbolo da Enfermagem no mundo.
1851 1853-1856
1858
1859 1874
Guerra da Criméia Membro da
Retorno da Real Sociedade
França. de Estatística
Trabalho no da Inglaterra
vislumbrou a
Hospital
oportunidade de
King's College.
servir a humanidade
Fundou a Escola de
e ao seu país.
Enfermagem no
Hospital Saint
Thomas

Florence foi à última a deixar Membro


o local, em julho de 1856. honorário da
Associação
Americana de
Estatística.
Primeiras Escolas de Enfermagem
• Apesar das dificuldades que as pioneiras da
Enfermagem tiveram que enfrentar, devido à
incompreensão dos valores necessários ao
desempenho da profissão, as escolas se espalharam
pelo mundo, a partir da Inglaterra.

• Nos Estados Unidos a primeira Escola foi criada em


1873.
• Em 1877 as primeiras enfermeiras diplomadas
começam a prestar serviços a domicílio em New
York.

• As escolas deveriam funcionar de acordo com a


filosofia da Escola de Florence Nightingale,
baseada em quatro idéias-chave:
• 1. O treinamento de enfermeiras deveria ser
considerado tão importante quanto qualquer
outra forma de ensino e ser mantido pelo
dinheiro público.

• 2. As escolas de treinamento deveriam uma


estreita associação com os hospitais, mas
manter sua independência financeira e
administrativa.
• 3. Enfermeiras profissionais deveriam ser
responsáveis pelo ensino no lugar de pessoas
não envolvidas em Enfermagem.

• 4. As estudantes deveriam, durante o período


de treinamento, ter residência à disposição, que
lhes oferecesse ambiente confortável e
agradável, próximo ao hospital.
Sistema Nightingale de
Ensino

• As escolas conseguiram sobreviver graças aos


pontos essenciais estabelecidos:
• 1º. Direção da escola por uma enfermeira.
• 2º. Mais ensino metódico, em vez de apenas
ocasional.
• 3º. Seleção de candidatos do ponto de vista
físico, moral, intelectual e aptidão
profissional.
SÍMBOLOS DA ENFERMAGEM
O Símbolo da Enfermagem é representado pela
lâmpada à óleo (forma de uma lamparina grega) acesa,
uma cobra e a cruz vermelha. Juntos, esses elementos
representam essa profissão que se traduz em zelo, cuidado
e respeito.
Segundo a Resolução do Conselho Federal de
Enfermagem (Resolução COFEN-218/1999), os
significados atribuídos ao símbolo da enfermagem são:
Cobra: magia, alquimia, uma vez que representa o
renascimento ou a cicatrização
Cobra + cruz: ciência
Lâmpada: caminho, ambiente
Seringa: técnica
Além disso, vale dizer que a pedra símbolo da
enfermagem é a esmeralda, bem como a cor que a
representa é justamente o verde esmeralda.
Componentes que fazem parte da Teoria de Florence:

Ambiente Físico Ambiente Psicológico Ambiente Social.

É visto como essencial


A higiene constitui uma na prevenção de doenças
noção inclusa, Um ambiente negativo e refere-se especialmente
relacionada com todos os poderia causar estresse à coleta de dados, na
aspectos do ambiente físico, afetando o qual a enfermeira deve
físico em que se encontra emocional do paciente. empregar todo seu poder
o paciente. de OBSERVAÇÃO.
A partir da Teoria Ambientalista passamos a ter um novo
entendimento do cuidado...

Cuidado Empírico Cuidado Científico

A higiene constitui uma É visto como essencial


noção inclusa, na prevenção de doenças
relacionada com todos os e refere-se especialmente
aspectos do ambiente à coleta de dados, na
físico em que se encontra qual a enfermeira deve
o paciente. empregar todo seu poder
de OBSERVAÇÃO.
A partir da Teoria Ambientalista passamos a ter um novo
entendimento do cuidado...

SAÚDE DOENÇA

Surge, neste contexto, É vista como um


como resultante da processo restaurador, que
interação de fatores traduz um esforço da
ambientais, de modo que natureza para corrigir um
Nightingale a considera processo de desgaste.
não apenas como o
contrário de doença,
O papel da enfermeira
seria de ajudar o doente a
manter suas forças vitais
a fim de prevenir a
doença.
Referências
• GEOVANINI, Telma et al. História da enfermagem: versões e
interpretações. 2.ed. Rio de Janeiro: Revinter, 2002.

• LIMA, Maria José de. O que é enfermagem. 2.ed. São Paulo:


Brasiliense, 2001.

• PORTO, Fernando; AMORIM, Wellington. História da


enfermagem: identidade, profissionalização e símbolos. 2.ed. Rio
de Janeiro: Yendis, 2012.

• OGUISSO, Taka; FREITAS, Genival Fernandes de. História da


enfermagem: instituições epráticas de ensino e assistência. Rio de
Janeiro: Águia Dourada, 2015.

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