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MATERIAL DE APOIO
FLORENCE NIGHTINGALE
Nasceu em 1820, em Florença, e é considerada, por todos, como a mãe da
Enfermagem moderna no mundo. Afinal de contas, Florence realizou façanhas
marcantes, especialmente por ser mulher em uma realidade bem diferente da atual.
Nascida em uma família rica e cheia de posses, a jovem Nightingale, que viveu boa
parte de sua vida em Londres, se rebelou à ordem vigente, de que as mulheres deveriam
se tornar esposas submissas, responsáveis pelas tarefas doméstica e cuidados dos filhos.
Decidiu, então, se dedicar à caridade. Em uma viagem ao Egito para conhecer hospitais,
Florence sentiu despertar em si uma vocação para ser enfermeira. Paixão essa pela
profissão de cuidar dos outros que só aumentou depois dela visitar, em 1846, o Hospital
de Kaiserswerth, local fundado e administrado por freiras alemãs. Na ocasião, a futura
enfermeira se impressionou positivamente com o
tratamento dado aos pacientes e com o rigor religioso que as freiras
guiavam seus atendimentos. De volta à Inglaterra, Florence foi indicada para trabalhar
em um hospital de caridade da região, mas foi durante a Guerra da Crimeia
que a enfermeira deu a sua principal contribuição.
A DAMA DA LÂMPADA
Atendendo feridos das batalhas no Campo de Scutari, Florence Nightingale e uma
equipe de 38 enfermeiras voluntárias treinadas por ela conseguiram baixar o índice de
mortalidade de 40% para menos de 5%. Florence e suas colegas são consideradas
heroínas de guerra e a enfermeira líder recebe o apelido carinhoso de “Dama da
Lâmpada”. Isso porque ela percorria todas as alas com um pequeno objeto de
chamas em suas mãos para melhor atender aos feridos. Não é à toa, portanto, que a
lâmpada acabou virando o símbolo do curso de Enfermagem.
TEORIA AMBIENTALISTA
A primeira de todas não poderia não ser esta; a teoria da mãe da Enfermagem, Florence
Nightingale. Esta teoria destaca as interferências e condições do ambiente que afetam a
vida e o funcionamento do organismo, que podem auxiliar na prevenção da doença ou
contribuir para a morte.
TEORIA DO AUTOCUIDADO
A teoria do autocuidado, de Dorothea Orem, refere-se ao autocuidado, às demandas
terapêuticas e aos requisitos para o mesmo. Este autocuidado é a prática de atividades
realizadas pelo próprio indivíduo para cura ou melhora de sua realidade; são práticas
que buscam a manutenção da vida, da saúde e bem-estar. Quando o indivíduo contém
habilidades preservadas de desenvolver ações que atendam a sua necessidade, ele está
apto para o autocuidado, sendo esta dada de forma emancipatória pelo profissional de
saúde, que o ensina a executar as ações corretamente. Para isto, deve-se levar em conta
o potencial de aprendizado do indivíduo que é influenciado pela idade, experiências de
vida, cultura, crenças, educação e outros fatores (MANZINI; SIMONETTI, 2009).
TEORIA HOLÍSTICA
No geral, a autora Myra Levine vê o homem como um “todo” dinâmico, em constante
interação com o ambiente também dinâmico. Sua teoria explica os sistemas de resposta
do homem ao meio ambiente e considera a enfermagem uma conservadora das energias
do paciente, pela avaliação das respostas dadas pelo homem ao processo de enfermagem
(Horta, 2005).
Do momento do nascimento até a morte, cada indivíduo mantém e defende seu “todo”,
sua “unidade” (HORTA, 2005). Assim, a integridade do homem é constituída pelos
mecanismos de respostas aos estímulos que eles são expostos, atuando cada um
conforme seus processos funcionais próprios. Em cada situação particular de
anormalidade que o homem é exposto (ser hospitalizado, por exemplo), deve ajustar-se
ao novo ambiente, e em face a muitas novas experiências sua capacidade em se ajustar
está intimamente relacionada às informações que recebe (HORTA, 2005).
Assim, entende-se que para cada estímulo há respostas que são expressas pelo
indivíduo, a fim de regular suas alterações orgânicas, estimuladas por algo externo ou
interno. Sendo estas respostas resultantes de uma cadeia de ações que pode interagir
com diversas partes orgânicas do corpo, como doenças psicossomáticas. Sendo o ser um
todo e integral, intervenções, por mais que sejam direcionadas, terão expressões
diversas.
REFERÊNCIAS
MEDEIROS, Ana Beatriz de Almeida; ENDERS, Bertha Cruz; LIRA, Ana Luisa
Brandão De Carvalho. Teoria Ambientalista de Florence Nightingale: Uma
Análise Crítica. Esc. Anna Nery, Rio de Janeiro, v. 19, n. 3, p.
518-524. 2015.