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PESQUISA – TEORIA DE WANDA HORTA

Visando o bem estar do paciente e um ciclo para sua recuperação, desenvolveu-se ao


longo de vários séculos até chegar na atualidade, diversas formas de cuidados para
tratar-se de pessoas adoentadas, mas de umas décadas para cátivemos um grande
desenvolvimento cîentífico, o que ajudou a enobrecer ainda mais esta arte do cuidar.
Uma pessoa muito importante e dedicada a enfermagem,com certa ênfase na cooperação
e co-relação enfermagem-ciência aplicada ao ser humano, que em vista disto deixou de
ser um simples indivíduo e passou a ser um ser humano com temores, dificuldades,
problemas emocionais os quais deveriam ser analizados, avaliados e cuidados caso a
caso, eis ai que entrou VANDA DE AGUIAR HORTA, uma pessoa muito inteligente,
mestrada e voltada para uma forma de ver a enfermagem não como um atendimento,
mas sim uma forma mais humana de como tratar, cuidar e observar os resuldados com
base nos métodos que foram aplicados, neste momento passou-se a desenhar-se o
padrão de enfermagem aplicado hoje.
Na teoria de Vanda de Aguiar Horta vemos, que o prcesso de enfermagem é a dinâmica
das ações sistematizadas e inter-relacionadas, visando a assistência do ser humano.
O primeiro passo é: Histórico de enfermagem, roteiro sistematizado para o
levantamento de dados do ser humano que torna possível a identificação de seus
problemas, convenientemente analisados e avaliados, levam ao segundo passo.
O segundo passo é:Diagnóstico de enfermagem, que é a identificação das necessidades
do ser humano que precisa do atendimento ea determinação pela enfermeira do grau de
dependênciadeste atendimento em natureza e extensão.
O terceiro passo:O Plano assistêncial, que é a determinação global da assistência de
enefrmagem que o ser humano deve receber diante do diagnóstico estabelecido, sendo
este sistematizado ( orientação, ajuda e execução de cuidados a fazer).
O quarto passo: Plano de cuidados, ou prescrição de efermagem, que seria a
implementação do plano assistencial diário, que coordena a ação da equipede
enfermagem na execução dos cuidados ao atendimento das necessidades básicas e
específicas do ser humano, cuidado e avaliado sempre.
O quinto passo: Evolução da enfermagem, relato diário verificando-se a evolução é
possível avaliar a resposta do ser humano à assitência de enfermagem implementada.
O sexto passo : Prognóstico de enfermagem, estimativa da capacidade do ser humano
em atender suas necessidades básicas.
Vemos então, hoje em dia um enfermeiro tem que não apenas medicar, mas sim avaliar,
observar, observar se existem formas ou atitudes específicas nesteser humano,
determinar o cuidar e verificar e obter resultados, que por si consigam equilibrar tanto e
mocional quanto fisicamente este ser humano.

Fonte: http://pt.shvoong.com/humanities/483158-processo-enfermagem-horta-vanda-
aguiar/#ixzz3qEbTZjdZ

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TEORIAS DE ENFERMAGEM - WANDA DE AGUIAR HORTA (1926 A 1981)

HISTORIA

Nasceu em 11 de agosto de 1926, natural de Belém do Pará. Permaneceu em Belém até


os 10 anos de idade onde iniciou seus estudos primários no Colégio Progresso Paraense.
Em 1936 a família Aguiar muda-se para Ponta Grossa, no Paraná, onde concluiu o curso
no Colégio Regente Feijó da mesma cidade. Participou de um curso para Voluntários
Socorristas na Cruz Vermelha de Ponta Grossa. Desejava ingressar na Faculdade de
Medicina, mas por motivos financeiros e por não ter a idade requerida para o ingresso
procura trabalhar e estudar para o vestibular. É convidada por Dona Rosalina Niepce da
Silva, diretora do Posto de Puericultura da Legião Brasileira da Assistência para
trabalhar em atividades de enfermagem no qual adquiri noções de patologias e pediatria.
No início de 1945 ganha uma bolsa de estudos para a Escola de Enfermagem de São
Paulo. Em Julho de 1945 a Novembro de 1948 faz o curso de Enfermagem. De
dezembro de 1948 a dezembro de 1949, trabalha em Santarém no SESP onde adquiriu
uma perspectiva da enfermagem no qual ela conservou durante toda a sua vida.
Graduada pela Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, em 1948. Em
dezembro de 1949 a 1954 chefia o serviço de Enfermagem no Sanatório Médico
Cirúrgico do Portão Divisão de Tuberculose da Secretaria de Saúde Pública do Estado
do Paraná. Seu primeiro artigo "Conceito de Enfermagem" foi publicado na Gazeta do
Povo em Curitiba em 12 de maio de 1951. Licenciada em história natural pela
Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade do Paraná, Curitiba em 1953.
Em 1954, casa-se com o Engenheiro Luís Emílio Gouveia Horta aos 27 anos, (neste
mesmo ano Wanda Horta retorna a São Paulo e trabalha no Hospital Central
Sorocabano de 1954 a 1955) onde foi chefe do serviço de Enfermagem, no Sanatório do
Mandaqui em 1955 e no Pronto Socorro da Carteira de Acidentes do Trabalho do
Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Industriários (1955 a 1958), foi professora do
curso de Auxiliares de Enfermagem do Hospital Samaritano no período de 1956 a 1958.
Pós-graduada em Pedagogia e didática aplicada à Enfermagem na Escola de
Enfermagem da Universidade de São Paulo, em 1962. Doutora em Enfermagem, na
Escola de Enfermagem Ana Néri da Universidade Federal do Rio de Janeiro com a tese
intitulada "A observação sistematizada na identificação dos problemas de enfermagem
em seus aspectos físicos", apresentada à cadeira de Fundamentos de Enfermagem, Rio
de Janeiro, em 31 de outubro de 1968. Docente-Livre da cadeira de Fundamentos de
Enfermagem, da Escola de Enfermagem Ana Néri da Universidade Federal do Rio de
Janeiro, em 31 de outubro de 1968. Professora livre-docente da Escola de Enfermagem
da Universidade de São Paulo, em 1970. Professora Adjunta da Escola de Enfermagem
da Universidade de São Paulo, concurso realizado em 2 de abril de 1974. Na escola de
enfermagem da Universidade de São Paulo no período de 1959 a 1981, como professora
auxiliar de Ensino da Cadeira de Fundamentos de Enfermagem de 1959 a 1968, como
professor livre docente no período de 1970 a 1974, como Professor Titular das
disciplinas Introdução à Enfermagem e Fundamentos de Enfermagem, no período de
1968 a 1974, como professor adjunto de 1974 a 1977. Em 1981, ano de seu falecimento,
foi proclamada Professor Emérito pela Egrégia Congregação da Escola de Enfermagem
da Universidade de São Paulo.

Em seu retorno em 1959 à Escola de Enfermagem da USP desenvolveu o núcleo central


do seu trabalho que constituiu na elaboração de vasta fundamentação teórica para a

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Enfermagem culminando com a elaboração da Teoria nas Necessidades Humanas
Básicas. A intenção de Wanda Horta era de procurar desenvolver uma teoria que
pudesse explicar a natureza da enfermagem, definir seu campo de ação específico, sua
Metodologia científica Esta teoria foi fundamentada nas necessidades humanas básicas
conforme descrito na teoria da motivação humana de Maslow, nas leis do equilíbrio, da
adaptação e do holismo.

Muitos dos programas das ciências básicas para a enfermagem tiveram a sua orientação
inicial, assumindo e coordenando muitas disciplinas, onde dava aulas, acompanhava
estágios e seminários, participava de inúmeras bancas examinadoras, orientava
trabalhos, em especial os de pesquisa, avaliava a produção científica e estimulava a
publicação.

Quanto aos cursos de Pós-Graduação, a presidente do CPG assim se manifestou: "a pós-
graduação só existe porque existiu Dra Wanda".

Deve-se a Dra Wanda a abertura do mestrado. Quando este foi autorizado, só o foi para
Fundamentos de Enfermagem onde recebeu as primeiras 57 alunas em 1973, enquanto
se aguardava que as demais áreas fossem liberadas, o que ocorre em 1975. Organizou o
Departamento de Enfermagem Médico-cirúrgica.

Para melhor divulgar suas idéias, criou e manteve de 1975 a 1979, sem apoio de
qualquer órgão oficial a revista "Enfermagem em Novas Dimensões" onde divulgou 13
artigos e 22 editoriais. Esta publicação se tornou um marco editorial da Enfermagem
brasileira. Era uma revista dinâmica, de diagramação moderna, voltada para a
divulgação e o estímulo "a pesquisa científica na comunidade da enfermagem".

Sua força residia na certeza que tinha de seus objetivos. Transformar a Enfermagem
executora de tarefas e centrada na doença em uma enfermagem baseada no método
científico e voltada para o ser humano. Suas armas nesta batalha foram sua inteligência
viva, seu carisma pessoal, sua disposição sem limites e seu entusiasmo pela
enfermagem.

Wanda Horta buscou ao longo de sua trajetória criar e transmitir um conceito de


enfermagem que englobasse os aspectos, muitas vezes conflitantes, de arte humanitária,
ciência e profissão.

A obra de Wanda Horta permite ser interpretada, na enfermagem brasileira, como um


divisor de épocas – antes de se falar em teorias de enfermagem e depois, quando se fala
sobre teorias de enfermagem construída por enfermeiros.

Suas realizações são tantas que se torna impossível enumera-las. Participou em muitas
conferências em diversos pontos do país e no exterior, organizou cursos de graduação e
pós-graduação em diversos estados brasileiros, compareceu em atividades culturais no
Brasil e no Exterior. Wanda Horta enfrentou muitas resistências. As idéias desta
pioneira perturbaram Baluartes, conservadores da enfermagem. Inúmeras barreiras
tiveram que ser vencidas. Viveu o último ano de sua vida em cadeira de rodas, pois era
vítima de Esclerose múltipla, uma doença degenerativa.

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Para compreendermos a Teoria de Enfermagem por WANDA
HORTA temos que saber alguns conceitos a seguir:
O que é Ciência?

Conjunto metódico de conhecimentos obtidos mediante a observação e a experiência.


Saber e habilidade que se adquire para o bom desempenho de certas atividades.

O que é Ciência na Enfermagem?

A enfermagem, desde seus primórdios, vem acumulando um corpo de conhecimentos e


técnicas empíricas e hoje desenvolve teorias relacionadas entre si que procuram explicar
estes fatos à luz do universo natural. Partindo-se dos conceitos expostos na introdução
deste trabalho, a enfermagem pretende alcançar o desvelamento de um ser, o ser
humano (indivíduo, família, comunidade), como este é, por sua própria definição,
inobjetivável, a enfermagem determina seu objeto e os entes que têm como habitáculo
este ser. O objeto da enfermagem é assistir o ser humano no atendimento de suas
necessidades básicas, sendo estas os entes da enfermagem.

Descrever estes entes explica-los, relaciona-los entre si e predizer sobre eles – eis, em
síntese a ciência da enfermagem.

O QUE É FILOSOFIA NA ENFERMAGEM?

A Filosofia leva à Unidade de pensar, e este pensar se dirige à busca da Verdade, do


Bem e do Belo.

A Enfermagem, como os outros ramos do conhecimento humano, não pode prescindir


de uma filosofia unificada que lhe dê bases seguras para o seu conhecimento.

Filosofar é "pensar a realidade", é uma interrogação. Inúmeros são os conceitos de


filosofia, mas todos eles têm em comum: o Ser, o Conhecer e a Linguagem.

O Ser "aquilo que é", é a realidade. Na Enfermagem distinguimos três Seres: o Ser-
Enfermeiro, o Ser-Cliente ou Paciente e o Ser-Enfermagem.

O Ser-Enfermeiro é um ser humano, com todas as suas dimensões, potencialidades e


restrições, alegrias e frustações; é aberto para o futuro, para a vida, e nela se engaja pelo
compromisso assumido com a enfermagem. Este compromisso levou-o a receber
conhecimentos, habilidades e formação de enfermeiro, sancionados pela sociedade que
lhe outorgou o direito de cuidar de gente, de outros seres humanos. Em outras palavras:
o Ser-Enfermeiro é gente que cuida de gente.

O Ser-Cliente ou Paciente pode ser um indivíduo, uma família ou uma comunidade; em


última análise, são seres humanos que necessitam de cuidados de outros seres humanos
em qualquer fase de seu ciclo vital e do ciclo saúde-enfermidade.

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Quando o Ser-Enfermeiro está isolado, ele não exerce enfermagem a não ser consigo
mesmo. Para que surja o Ser-Enfermagem é indispensável à presença de outro ser
humano, o Ser-Cliente ou Paciente. Do encontro do Ser-Enfermeiro com o Ser-Cliente
surge uma interação resultante das percepções, ações que levam a uma transação; neste
momento surge o Ser-Enfermagem: um ser abstrato, um Ser que se manifesta na
interação e transação do Ser-Enfermeiro com o Ser-Cliente ou Paciente. O Ser-
Enfermagem é um Ser que tem como objeto assistir às necessidades humanas básicas.
Está, portanto, intrinsecamente ligado ao ser humano. Esta assistência ao ser humano
ocorre no ciclo saúde-enfermidade e em qualquer fase do ciclo vital. O Ser-

Enfermeiro aparece na iminência ou na transcendência da ação de Enfermagem. O


aspecto iminente da ação do Ser-Enfermeiro surge naquilo que é rotineiro, cotidiano,
mas não fica a ele limitado. Para atingir sua plenitude de ação o Ser-Enfermeiro se
subtranscende e pode alcançar assim os níveis mais elevados do Ser enfermagem.

Transcender o Ser-Enfermagem é ir além da obrigação, do "ter o que fazer". É estar


comprometido, engajado na profissão, é compartilhar com cada ser humano sob seus
cuidados a experiência vivenciada em cada momento. É usar-se terapeuticamente, é dar
calor humano, é se envolver com cada ser e viver cada momento como o mais
importante de sua profissão. Esta transcendência assume um caráter mais importante no
binômio vida-morte. Ajudar a vir ao mundo um novo ser, nele ver todo o potencial que
se desenvolverá, o mistério da vida, é transcendental. A morte, fim inevitável de todos
nós, é a ocasião única para a transcendência do Ser-Enfermagem, no exato momento em
que ajuda o outro ser a crescer e se autotranscender na passagem para uma outra vida,
da qual pouco ou nada sabemos, mas que, com a ajuda do Ser-Enfermeiro, o ser humano
suporta sem temor, em paz, com segurança. Obter este resultado leva o Ser-Enfermeiro
aos píncaros da Transcendência do Ser-Enfermagem. É uma experiência única e jamais
se repete por igual.

O QUE É ENFERMAGEM SEGUNDO WANDA HORTA?

Publicado em 1968 pela própria Wanda Horta "Enfermagem é ciência e a arte de assistir
o ser humano no atendimento de suas necessidades básicas, de torna-lo independente
desta assistência através da educação; de recuperar, manter e promover sua saúde,
contando para isso com a colaboração de outros grupos profissionais".

PARA QUE SERVE E COM QUE SE OCUPA A ENFERMAGEM?

Duas questões fundamentais foram perseguidas no trabalho de Wanda Horta. A


primeira, a quem serve a Enfermagem? Respondida finalmente em sua teoria como uma
afirmação: "A enfermagem é um serviço prestado ao ser humano", e a segunda, com
que se ocupa a Enfermagem? Respondida então que "a enfermagem é parte integrante
da equipe de saúde e como tal se ocupa em manter o equilíbrio dinâmico, prevenir
desequilíbrios e reverter desequilíbrios em equilíbrio do ser humano".

TEORIA DE ENFERMAGEM POR WANDA HORTA

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A Enfermagem busca o aprimoramento dos conhecimentos embasados na ciência,
portanto, desenvolveu conceitos e teorias visando a explicação de seus eventos
referentes ao universo natural.

A teoria não diz como agir, mas diz o que acontecerá atuando-se de uma certa maneira,
sendo um guia para coleta de fatos, na busca de novos conhecimentos e que explica a
natureza da ciência.

"ENFERMEIRO É UM SER HUMANO QUE CUIDA DE OUTRO SER


HUMANO"

A teoria se apóia e engloba leis gerais que regem os fenômenos universais, tais sejam,
por exemplo, a lei do equilíbrio ( homeostase ou homeodinâmica): todo o universo se
mantém por processos de equilíbrio dinâmico entre os seus seres; a lei da adaptação:
todos os seres do universo interagem com seu meio externo buscando sempre formas de
ajustamento para se manterem em equilíbrio; lei do holismo: o universo é um todo, o ser
humano é um todo, a célula é um todo, esse todo, não é mera soma das partes
constituintes.

A teoria se enfermagem de Wanda Horta foi desenvolvida a partir da teoria da


motivação humana, de MASLOW, que se fundamenta nas necessidades humanas
básicas.

A ENFERMAGEM É UM SERVIÇO PRESTADO AO SER HUMANO SEJA


ELE INDIVÍDUO, FAMÍLIA, COMUNIDADE

 O ser humano é parte integrante do universo dinâmico, e como tal, sujeito a


todas as leis que o regem, no tempo e no espaço.
 O ser humano está em constante interação com o universo, dando e recebendo
energia.
 A dinâmica do universo provoca mudanças que o levam a estados de equilíbrio e
desequilíbrio no tempo e no espaço.
 O ser humano como parte integrante do universo está sujeito a estados de
equilíbrio e desequilíbrio no tempo e no espaço.
 O ser humano se distingue dos demais seres do universo por sua capacidade de
reflexão, por ser dotado do poder de imaginação e simbolização e poder unir
presente, passado e futuro. Estas características permitem sua unicidade,
autenticidade e individualidade.
 O ser humano, por suas características, é também agente de mudanças no
universo dinâmico, no tempo e no espaço; conseqüentemente: O ser humano,
como agente de mudança, é também a causa de equilíbrio e desequilíbrio em seu
próprio dinamismo. Os desequilíbrios geram, no ser humano, necessidades que
se caracterizam por estados de tensão conscientes ou inconscientes que o levam
a buscar satisfação de tais necessidades para manter seu equilíbrio dinâmico no
tempo e no espaço. As necessidades não atendidas ou atendidas
inadequadamente trazem desconforto, e se este se prolonga é causa de doença.
 Estar com saúde é estar em equilíbrio dinâmico no tempo e no espaço.

A ENFERMAGEM É PARTE INTEGRANTE DA EQUIPE DE SAÚDE

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 Como parte integrante da equipe de saúde, a enfermagem mantém o equilíbrio
dinâmico, previne desequilíbrios e reverte desequilíbrios em equilíbrio do ser
humano, no tempo e no espaço.
 O ser humano tem necessidades básicas que precisam ser atendidas para seu
completo bem-estar.
 O conhecimento do ser humano a respeito do atendimento de suas necessidades
é limitado por seu próprio saber, exigindo, por isto, o auxílio de profissional
habilitado.
 Em estados de desequilíbrio esta assistência se faz mais necessária.
 Todos os conhecimentos e técnicas acumuladas sobre a enfermagem dizem
respeito ao cuidado do ser humano, Istoé, como atende-lo em suas necessidades
básicas.
 A enfermagem assiste o ser humano no atendimento de suas necessidades
básicas, valendo-se para isto dos conhecimentos e princípios científicos das
ciências físico-químicas, biológicas e psicossociais. A conclusão será:
 "A enfermagem como parte integrante da equipe de saúde implementa estados
de equilíbrio, previne estados de desequilíbrio e reverte desequilíbrio em
equilíbrio pela assistência ao ser humano no atendimento de suas necessidades
básicas; procura sempre reconduzi-lo à situação de equilíbrio dinâmico no tempo
e no espaço".
 Desta teoria decorrem conceitos, proposições e princípios que fundamentam a
ciência da enfermagem.

CONCEITOS, PROPOSIÇÕES E PRINCÍPIOS.

Partindo-se da teoria proposta, o primeiro conceito que se impõe é o de enfermagem:


enfermagem é a ciência e a arte de assistir o ser humano no atendimento de suas
necessidades básicas, de torna-lo independente desta assistência, quando possível, pelo
ensino do autocuidado; de recuperar, manter e promover a saúde em colaboração com
outros profissionais.

Assistir em enfermagem é fazer pelo ser humano quilo que ele não pode fazer por si
mesmo; ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar;
orientar ou ensinar, supervisionar e encaminhar a outros profissionais.

Destes conceitos algumas proposições podem ser inferidas:

- As funções do enfermeiro podem ser consideradas em três áreas ou campos de ação


distintos:

 ÁREA ESPECÍFICA – Assistir o ser humano no atendimento de suas


necessidades básicas e torna-lo independente desta assistência, quando possível,
pelo ensino do auto-cuidado.
 ÁREA DE INTERDEPENDÊNCIA OU DE COLABORAÇÃO – a sua
atividade na equipe de saúde nos aspectos de manutenção, promoção e
recuperação da saúde.
 ÁREA SOCIAL – Dentro de sua atuação como um profissional a serviço da
sociedade, função de pesquisa, ensino, administração, responsabilidades legais e
de participação na associação de classe.

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- A ciência da enfermagem compreende o estudo das necessidades humanas básicas, dos
fatores que alteram sua manifestação e atendimento, e na assistência a ser prestada.

- A enfermagem respeita e mantém a unicidade, autenticidade e individualidade do ser


humano.

- A enfermagem é prestada ao ser humano e não à sua doença ou desequilíbrio.

- Todo o cuidado de enfermagem é preventivo, curativo e de reabilitação.

- A enfermagem reconhece o ser humano como membro de uma família e de uma


comunidade.

- A enfermagem reconhece o ser humano como elemento participante ativo no seu


autocuidado.

- Para que a enfermagem atue eficientemente, necessita desenvolver sua metodologia de


trabalho que está fundamentada no método científico. Este método de atuação da
enfermagem é denominado processo de enfermagem.

DEFINIÇÃO DA TEORIA

TEORIA DAS NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS

A teoria se apóia e engloba leis que regem os fenômenos universais. Fundamenta-se na


teoria de Necessidades Humanas Básicas de Maslow e Mohana.

Homeostase ou Homeodinâmica: todo o universo se mantém por processos de


equilíbrio dinâmico entre os seus seres.

Adaptação: todos os seres do universo interagem com seu meio externo buscando
sempre formas de ajustamento para se manter em equilíbrio.

Holismo: o universo é um todo, o ser humano é um todo, a célula é um todo, esse todo
não é mera soma das partes constituintes de cada um.

Assistir em enfermagem: é fazer pelo ser humano aquilo que ele não pode fazer por si
mesmo. É ajudar e auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar.
Orientar e ensinar, supervisionar e encaminhar a outros profissionais.

Necessidades Humanas Básicas – São estados de tensões, conscientes ou


inconscientes, resultantes dos desequilíbrios homeodinâmicos dos fenômenos vitais. Em
estado de equilíbrio dinâmico, as necessidades não se manifestam. As necessidades são
universais, portanto comum a todos os seres humanos, o que varia de um indivíduo para
outro é a sua manifestação e a maneira de satisfaze-la ou atende-la.

Podem ocorrer alterações durante a assistência de enfermagem nas necessidades


humanas básicas, portanto a mesma é considerado ente concreto da ciência de
enfermagem.

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PROCESSO DE ENFERMAGEM SEGUNDO WANDA HORTA

HISTÓRICO DE ENFERMAGEM – roteiro sistematizado para o levantamento de


dados.

DIAGNÓSTIO DE ENFERMAGEM – Identificação das necessidades do ser humano.

PLANO ASSISTENCIAL – Conceito de assistir em enfermagem, encaminhamentos,


supervisão (observação e controle), orientação, ajuda e execução de cuidados (fazer).

PLANO DE CUIDADOS OU PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM – Implementação


do plano assistencial pelo roteiro diário que coordena a ação da equipe de enfermagem
na execução dos cuidados adequados ao atendimento das necessidades básicas.

EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM – relato diário das mudanças sucessivas que


ocorrem no ser humano.

PROGNÓSTICO DE ENFERMAGEM – Estimativa da capacidade do ser humano em


atender suas necessidades básicas alteradas após a implementação do plano assistencial.

DIFERENÇAS ENTRE ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM E CUIDADO DE


ENFERMAGEM

ASSISTÊNCIA – Aplicação pelo enfermeiro(a) do processo de enfermagem para


prestar o conjunto de cuidados e medidas que visam atender as necessidades básicas do
ser humano.

CUIDADO – Ação planejada, deliberada ou automática do enfermeiro(a), resultante de


sua percepção, observação e análise do comportamento, situação ou condição do ser
humano.

Necessidades Psicobiológicas Necessidades Psicossociais


Oxigenação Segurança
Hidratação / Nutrição Amor
Eliminação Liberdade
Sono e Repouso Comunicação
Exercício e atividades físicas Criatividade
Sexualidade Aprendizagem (educação a saúde).

Abrigo Recreação

Mecânica Corporal Lazer

Motilidade Espaço

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Cuidado Corporal Orientação no tempo e espaço

Integridade cutâneo-mucosa Aceitação

Integridade Física Auto-realização

Regulação: térmica, hormonal,Auto-estima


neurológica, hidrossalina, eletrolítica,
imunológica, crescimento celular,
vascular

Locomoção Participação

Percepção: olfativa, visual, auditiva,Auto-imagem


tátil, gustativa, dolorosa
Ambiente Atenção
Terapêutica Necessidades Psicoespirituais:
religiosa ou teológica / ética ou de
filosofia de vida

O conceito diagnóstico de enfermagem no Brasil

As publicações sobre diagnóstico de enfermagem no Brasil iniciam com a Dra Wanda


Horta na década de 60. Assim definiu o diagnóstico de enfermagem: "É a identificação
das necessidades básicas do indivíduo (família ou comunidade) que precisam de
atendimento e a determinação, pela Enfermagem, do grau de dependência deste
atendimento em natureza e extensão".

No conjunto das publicações sobre o tema, pudemos perceber na obra de Wanda Horta
uma busca pela especificação da essência do diagnóstico. Notamos que a autora ficou
próxima à concepção de conjunto que um diagnóstico nomeia, quando faz referências às
síndromes de enfermagem. Estas síndromes podem ser entendidas como uma forma
embrionária de um padrão de resposta apresentado pelo cliente.

Entretanto, a obra de Wanda Horta sofreu uma solução de continuidade no que toca ao
diagnóstico de enfermagem. Embora, o modelo teórico de Horta seja adotado em várias
instituições, constatamos através das leituras que a implementação da teoria não
observa, por exemplo, a correlação existente entre histórico e diagnóstico. No que pese
esta correlação ser enfatizada e considerada fundamental pela teorista.

BIBLIOGRAFIA

Horta Wanda de Aguiar – Processo de Enfermagem-Edit. EPU

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www.abennacional.org.br

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