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RELATÓRIO TÉCNICO
FORTALEZA/CE
2023
CENTRO DE ENSINO GRAU TÉCNICO
FORTALEZA/CE
2023
RESUMO
1 INTRODUÇÃO..............................................................................................5
2 MORTE ENCEFÁLICA.................................................................................6
6 ENTREVISTA FAMILIAR...........................................................................12
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................14
1 INTRODUÇÃO
Os transplantes de órgãos foram um dos maiores avanços obtidos pela
medicina no século XX, com índice de sucesso acima de 80%. Atualmente, grande
parcela dos indivíduos transplantados tem sobrevida superior a cinco, ou mesmo
dez anos após o transplante. Em 1991, ocorreu à regulamentação do diagnóstico de
morte encefálica pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), que a estabeleceu
como situação irreversível de todas as funções respiratórias e circulatórias ou
cessação de todas as funções do cérebro, incluindo o tronco cerebral.
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possa colaborar com o processo de doação e transplante, se isso for de sua
vontade, mostra-se como de fundamental importância nesse processo.
2 MORTE ENCEFÁLICA
A morte encefálica (ME) é estabelecida como condição irreversível das
funções respiratórias, circulatórias e cessação de todas as funções do encéfalo e
tronco encefálico, dentre as principais causas estão à hemorragia intracraniana
(45%), trauma (45%) e lesão cerebral isquêmica. Seus parâmetros são
regulamentados pelo CFM, por meio da Resolução 1.480/1997, que determina que o
diagnóstico de morte encefálica seja dividido inicialmente em duas etapas: exames
clínicos e complementares.
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4 PROTOCOLO DE MORTE ENCEFÁLICA
4.1 CRITÉRIOS PARA ABERTURA
Para iniciar um protocolo de ME, o paciente deve preencher alguns critérios
bem estabelecidos. É essencial que o paciente esteja em Glasgow 3(É o paciente
que está em coma e não responde a nenhum estímulo), sem incursões ventilatórias
voluntárias e sem condições confundidoras para o coma, como uso de sedação e
bloqueadores neuromusculares, hipotermia ou distúrbios metabólicos graves,
hipóxia ou hipotensão. Além disso, todo paciente com suspeita de ME deve ter
comprovada por exame de imagem (tomografia ou ressonância de crânio) uma lesão
estrutural encefálica suficientemente grave para justificar o exame neurológico
encontrado.
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Os exames clínicos realizados no protocolo de ME são: Eletroencefalograma
(EEG), arteriografia e doppler transcraniano são comumente utilizados para
constatar a morte encefálica.
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A equipe médica da CET irá decidir em conjunto com o médico assistente
qual a melhor estratégia a seguir, levando em consideração o contexto clínico, a
elegibilidade para doação de órgãos e o abreviamento do sofrimento do paciente.
Nos casos em que o protocolo de morte encefálica não pode ser finalizado
por dificuldades técnicas, condições essas raras e excepcionais, a instituição de
cuidados paliativos fica a critério da decisão da equipe da UTI e da equipe de
médicos assistentes que acompanham o caso.
O primeiro transplante com doador não vivo no Brasil ocorreu em 1964, e foi
de rins. Desde então houve aprimoramento desse tratamento nos cuidados
intensivos, drogas imunossupressoras, adaptação de técnicas cirúrgicas e uso de
soluções mais desenvolvidas para melhor preservação. Os doadores vivos podem
doar medula óssea, um dos rins, parte do fígado e parte do pulmão. Já de não vivos
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em morte encefálica possibilita-se a doação de coração, pulmões, rins, córneas,
fígado, pâncreas, ossos, tendões, veias e intestino.
6 ENTREVISTA FAMILIAR
No Brasil, de acordo com o Decreto 9175/2017, a autorização familiar para
doação deverá ser do cônjuge, companheiro ou de parente consanguíneo e de
maior de idade. Poderá autorizar a doação: cônjuge, companheiro (a), pai, mãe, filho
(a), avô (ó), neto (a), irmãos, curador/tutor legal. Isso significa que a doação de
órgãos e tecidos depende única e exclusivamente da autorização familiar.
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8 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este estudo mostrou a importância do profissional de enfermagem diante do
paciente em ME, já que eles possuem o conhecimento condizente, contudo, se faz
necessário a experiência prática e a qualificação para atender o paciente e os
familiares de forma acolhedora no processo de doação/transplante de órgãos. Além
do mais, a qualificação deve ser realizada de forma contínua para entender melhor
todo esse processo e oferecer assistência de forma adequada e ao caso do
paciente. Finalmente, percebeu-se que a Morte Encefálica requer uma compreensão
além das áreas técnicas, pois trata-se de princípios humanos e cidadania de todos
os envolvidos.
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REFERÊNCIAS
https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/viewFile/
5854/5111
https://www.uece.br/eventos/seminarioppcclisenfermaio/anais/resumos/
10590.html
https://doity.com.br/media/doity/submissoes/artigo-
023e16cc17e0fd83683a85a7a94301066c184e9d-segundo_arquivo.pdf
https://www.scielo.br/j/ape/a/DCkqJJV5MPYYf9cYh8T9Mxd/?
lang=pt#:~:text=A%20assist%C3%AAncia%20do%20enfermeiro%20ao,e%20na
%20perspectiva%20de%20vida.
https://enfermagemilustrada.com/cuidados-com-o-paciente-em-morte-
encefalica-ou-suspeita-de-morte-encefalica/
http://www.paranatransplantes.pr.gov.br/sites/transplantes/arquivos_restritos/
files/documento/2021-05/manual_de_diagnostico_e_manutencao.pdf
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