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PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA NO
CONTEXTO PRÉ-HOSPITALAR
← Por Jaciel de Oliveira Clementino
← 4/05/2011
← Enfermagem
RESUMO
Trata-se de um estudo descritivo de revisão sistemática de literatura que teve como objetivo
revisar as condutas de enfermagem em vítimas de parada cardiorrespiratória no contexto pré-
hospitalar e para tal, a mesma foi realizada em periódicos indexados nos bancos de dados
LILACS; MEDLINE; SCIELO, bem como em livros, periódicos científicos, os quais foram
encontrados por meio dos seguintes descritores: PCR, enfermeiro, pré-hospitalar. Por se tratar
de uma situação dramática que oferece risco iminente de morte e/ou seqüelas permanente, a
qual tem sua ocorrência nos mais diversos ambientes, sendo esse um dos motivos pelo qual o
enfermeiro deve estar habilitado para realizar o atendimento primário através das manobras de
RCP as vítimas de PCR, independente da sua área de atuação. No estudo foi evidenciado o
quanto é importante que os profissionais estejam prontos para identificar os sinais de PCR bem
como entrar com as devidas manobras de reversão do quadro com perícia profissional.
ABSTRACT
One is about a descriptive study of systematic revision of literature that had as objective to
revise the behaviors of nursing in victims of respiratory cardio stop in the daily pay-hospital
context and for such, the same one was carried through in periodic indexed in the data bases
LILACS; MEDLINE; SCIELO, as well as in books, periodic scientific, which had been found by
means of the following describers: PCR, nurse, daily pay-hospital. For if dealing with a
dramatically situation that offers to imminent risk of permanent death and/or sequels, which has
its occurrence in the most diverse environments, being this one of the reasons for which the
nurse must be qualified to carry through the primary attendance through the RCP maneuvers
the PCR victims, independent of its area of performance. In the study he was evidenced how
much it is important that the professionals are ready to identify the signals of PCR as well as
entering with the due maneuvers of reversion of the picture with professional skill.
Panzine et. al (2003), afirmam que a principal causa da PCR no adulto, é a fibrilação
ventricular, esse distúrbio do ritmo cardíaco é ocasionado por mecanismos de reentrada,
ocasionando contrações desordenadas e ineficazes das células do músculo cardíaco, sendo
esse, distúrbio do ritmo cardíaco mais comum nos primeiros dois minutos de PCR, podendo
evoluir rapidamente para assistolia, caso não sejam estabelecidas medidas de SBV.
Em consonância com Panzine et. al (2003), Ribeiro, Born & Gonçalves (2004), informam que
apesar das estatísticas disponíveis serem limitadas, algumas inferências podem ser feitas a
cerca das principais causas da PCR, uma delas é que a fibrilação ventricular (FV), é a causa
mais freqüente da mesma, e é a que se apresenta com maiores chances de sobrevida, sendo
que o tempo é o fator mais importante para que haja sucesso na ressuscitação. O primeiro
socorrista a ter o contato com a vítima é o principal, pois dele deve partir os pedidos de ajuda e
os primeiros esforços nos sentido da realização da RCP.
Cintra, Nishide& Nunes (2008), as causas mais freqüentes da PCR são quatro: 1) taquicardia
ventricular sem pulso; 2) fibrilação ventricular (FV); 3) assistolia e 4) atividade elétrica sem
pulso, sendo que a mesma é caracterizada por batimentos ectópicos ventriculares rápidos e
sucessivos e geralmente degenera-se em FV, sendo a conduta para esse caso a mesma
indicada para o manuseio da FV.
Segundo Panzine et. al. (2003), a principal causa de FV, são as síndromes isquêmicas
miocárdicas instáveis (SIMI). As taquicardias ventriculares (TV) podem ocasionar PCR e devem
ser tratadas como FV, neste caso, além das SIMIs, devem ser lembradas patologias como as
miocardiopatias, como a chagásica.
Ferez (2008), informa no seu estudo, que na população adulta, a morte súbita secundária a
doenças cardíacas é bastante freqüente. A constância de PCR é variada conforme o estudo e
incide em aproximadamente 0,8 a 0,95/1000 habitantes por ano até 1,5/1000 habitantes por
ano, sendo que a sobrevida tardia destes pacientes é inconstante, varia entre 5,6%, 6,7% e até
16%32, e está diretamente relacionada com o tempo de chegada do socorro, a presença ou
não de testemunha no local do evento e do tipo de ritmo cardíaco em que ocorreu a PCR.
A PCR de origem não cardíacas em indivíduos adultos é menos freqüente, correspondendo a
apenas 34,1 % dos casos, desses o trauma é a causa mais comum seguido das intoxicações
exógenas e o afogamento, estes apresentam um prognóstico pior em relação ás causas de
origem coronariana (FEREZ, 2008).
Durante a PCR, a isquemia ocorre devido à diminuição do fluxo de sangue oxigenado para o
tecido cerebral é de extrema importância para seus resultados. O cérebro tem muito poucas
reservas de substâncias essenciais para a manutenção das suas atividades, tais como a
glicose e o oxigênio,conseqüentemente todas as funções que requerem energia cessam dentro
de poucos minutos após a PCR (BERTELLI, BUENO & SOUSA, 1999).
A assistência adequada a PCR exige ação rápida e harmoniosa dos indivíduos envolvidos
nesta situação, enfatizando a necessidade de uma equipe bem treinada, não só nos aspectos
relativos à participação isolada de cada um dos seus integrantes, mas também na ação em
equipe, com a finalidade de poder promover uma atuação profissional conjunta e efetiva,
evitando transtornos decorrentes da desorganização e tomando o atendimento mais efetivo
(SILVA & PADILHA, 2001).
Os Enfermeiros devem estar aptos a prestar o suporte básico de vida em cardiologia, bem
como a cumprir os procedimentos de sua competência (CINTRA, NISHIDE & NUNES, 2008).
Consiste em um dos papéis do profissional de enfermagem conhecer a seqüência do
atendimento, manter certo nível de tranqüilidade para poder organizar as manobras de
ventilação e circulação artificiais e reunir material e equipamentos necessários para este
período são condições imprescindíveis para uma boa equipe de enfermagem, principalmente
porque é ela que permanece o maior tempo com o paciente e, na grande maioria das vezes, é
quem detecta a PCR (CINTRA, NISHIDE & NUNES, 2008).
Dessa forma é recomendado reciclar a equipe de enfermagem na execução das manobras do
suporte básico de vida (ventilação artificial e compressão torácica) e, também, ter
conhecimento e domínio do conteúdo existente no carro de emergência e manuseio do
equipamento (CINTRA, NISHIDE & NUNES, 2008).
Para Daniel et. al (2006), a atualização e treinamento da equipe devem se buscar nas diretrizes
de RCP e nos procedimentos e fluxos de atendimento preconizados pela instituição e a
periodicidade do treinamento deve ser definida de acordo com as características dos
atendimentos de emergências da instituição. Treinamentos práticos e simulações são
estratégias fortemente recomendadas para educação continuada em RCP
Ainda para Cintra, Nishide& Nunes (2008), a manutenção, na unidade de internação, de
matérias e equipamentos necessários para o atendimento de qualquer situação de emergência,
especialmente PCR, é um fator que permitirá atuações rápidas e eficientes.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
4. REFERÊNCIAS
BERTELLI, A.; BUENO, R. M.; SOUSA, C. Estudo preliminar das relações entre duração da
parada cardiorrespiratória e suas conseqüências nas vítimas de trauma. Rev. esc.
enfermagem. USP [online]. 1999, vol. 33, nº 2,pp. 130- 141.
DANIEL, R. C. M.; LIMA, E.O.; BERNARDO, P.; MIZOI, C. S. Padronização das Ações de
Enfermagem na Parada Cardiorrespiratória. In: KNOBEL Elias (Org). Condutas no Paciente
Grave. – 3. ed. São Paulo: Atheneu, 2006.
PANZINE , F. A.; SANTOS, J. C.; CASTRO, R. B. P.; BUENO, C. D. F.; SCHMIDT, A. Parada
Cardiorrespiratória (PCR). Medicina, Ribeirão Preto. 2003, vol. 36 pp. 163-178.