Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 3
5 MICROSSISTEMAS ....................................................................................... 19
5.4 Podopuntura............................................................................................. 26
2
1 INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
Bons estudos!
3
2 BASES ANATÔMICAS E FISIOLÓGICAS DA ACUPUNTURA
4
hormônio adrenocorticotrófico, induzindo a liberação de cortisol. Entretanto, existem
controvérsias acerca da ação dos hormônios corticoides no efeito anti-inflamatório
da acupuntura (SCOGNAMILLO-SZABÓ, et al., 2004; LI et al., 2007). Além disso,
YANG et al. (2008) relataram que o núcleo hipotalâmico supraóptico possui um
importante papel na analgesia promovida pela acupuntura, pois secreta arginina-
vasopressina e ocitocina, que promovem aumento no limiar da dor. A eletro
acupuntura também modula a atividade dos receptores NMDA, que estão
envolvidos no desenvolvimento da dor crônica (WANG et al., 2006).
Segundo ULETT et al. (1998), a analgesia promovida pela acupuntura
também está relacionada com vias opioides, promovidas ao estimularem pontos
periféricos do corpo. ZHANG et al. (2005) relataram que o efeito antiálgico da eletro
acupuntura é mediado por receptores µ, resultando na liberação de
endomorfina/endorfina e receptores δ e liberando encefalina (ZHANG et al., 2004).
Porém, LUNA (2002) descreveu que é necessário estímulo contínuo dos acupontos
por 30 minutos para que ocorra essa liberação endógena de opioides.
5
3 ACUPUNTURA SISTÊMICA E ACUPUNTURA DE MICROSSISTEMAS
6
Os acupontos foram empiricamente determinados no transcorrer de
milhares de anos de prática médica (RISTOL, 1997).
7
possibilidade de agir sobre “pontos distais”, aqueles que contribuem para a busca
do reequilíbrio, porém estão localizados longe do local afetado (MACIOCIA, 2014).
8
Tendo em vista que a teoria Yin-Yang é uma das grandes bases da medicina
tradicional chinesa e que, por meio dela, as estruturas anatômicas e fisiológicas
podem ser classificadas em Yin e Yang, ao realizar a seleção de pontos para
compor um tratamento, este quesito é de suma importância. Podem-se destacar
algumas estruturas com características Yin, como porções inferiores e interiores,
região antero medial e frente. Os meridianos principais Yin são coração, pericárdio,
baço-pâncreas, pulmão, rim e fígado. Outras estruturas apresentam características
Yang, como porções superiores e exteriores, região posterolateral e dorso. Os
meridianos principais Yang são intestino delgado, triplo aquecedor, estômago,
intestino grosso, bexiga e vesícula biliar. Seguindo os princípios de equilíbrio, é
traçada uma harmoniosa seleção de pontos (YAMAMURA, 2001).
9
A acupuntura em microssistemas pode ser integrada à acupuntura sistêmica
de quatro formas, afirma o doutor SILVA FILHO (2017):
• simultaneamente;
• sucessivamente;
• alternativamente;
• alternadamente.
10
4 MERIDIANOS ENERGÉTICOS
11
órgão afetado. Para tratar o estômago (E), podemos fazer o estímulo de acupuntura
no trajeto superficial do meridiano principal do E, pois o trajeto superficial comunica-
se com o trajeto profundo que, por sua vez, se liga ao órgão. Desta forma, se
reestabelece o reequilíbrio energético.
12
Baço-pâncreas (BP) Surge no hálux seguindo Desnutrição, vômitos
pela região medial da após alimentação,
perna e subindo pela diarreia, opressão no
região anterior do peito, distensão
abdômen até a região abdominal, preocupação,
torácica. dificuldade de
concentração, excesso
de pensamentos.
Coração (C) Emerge na axila, Aperto no peito,
descende ao longo do palpitação, agitação,
aspecto antero-medial do calor ou rubor facial, suor
braço, segue pela palma noturno, falta de
da mão até a o ângulo memória, boca seca,
ungueal lateral do dedo sede, choque/trauma,
mínimo. euforia.
Intestino delgado (ID) Inicia no ângulo ungueal Adormecimento ou
medial do dedo mínimo, formigamento da nuca,
ascende pela porção ombro e braço, zumbido
posterior do braço, no ouvido.
percorre a região da
escápula e segue pela
lateral do pescoço até a
orelha.
Rim (R) Começa na planta do pé, Cansaço, pouca
ascende pela região resistência, impotência,
medial da perna, sobe distúrbios nos dentes e
pelo abdômen e termina ossos, surdez, vertigem,
próximo à clavícula. cálculo renal, oligúria ou
poliúria, medo.
Bexiga (B) Surge no canto medial do Acometimento na região
olho, sobe ao topo da posterior, distúrbios nas
cabeça e desce próximo costas que irradiam para
à coluna, percorrendo o a perna, problemas
glúteo até a região atrás urinários.
do joelho; sobe
novamente percorrendo a
região lateral à coluna e
desce até ficar próximo
ao maléolo lateral,
finalizando no ângulo
ungueal lateral do quinto
dedo do pé.
Pericárdio (PC) Inicia próximo ao mamilo, Irritabilidade, ansiedade,
percorre a região anterior riso incontrolável,
desconcentração,
opressão no peito.
13
do braço até a palma da
mão e termina na ponta
do dedo médio.
Triplo aquecedor (TA) Emerge próximo ao Superior: tosse,
ângulo ungueal medial do transpiração espontânea.
dedo anular, segue ao Médio: calor e suor à
longo do aspecto tarde, distensão
posterior do antebraço, abdominal.
percorre ombro e Inferior: edema, ascite,
trapézio, região lateral do distúrbio genital.
pescoço, contorna a
orelha e termina na
extremidade lateral da
sobrancelha.
Vesícula biliar (VB) Começa no canto lateral Enxaqueca, problemas
do olho, percorre a região de visão, vertigem,
lateral da cabeça, desce vômito, indecisão,
pelo tronco, cintura, coxa irritabilidade.
e perna, terminando no
ângulo ungueal lateral do
quarto dedo do pé.
Fígado (F) Surge no hálux, seguindo Perturbação da visão,
pelo dorso do pé e distúrbios menstruais,
aspecto medial da perna patologias de fígado,
até região a inguinal e febre, icterícia,
abdominal e finaliza no irritabilidade, raiva,
sexto espaço intercostal. insônia, alterações de
tendões e fáscias.
Fonte: Adaptada de Peter Hermes Furian
14
Figura 1. Trajetos superficiais dos meridianos energéticos principais.
15
Outra forma de tratamento ocorre em casos de órgãos internos afetados,
como o coração ou o estômago. Identifica-se o meridiano correspondente avaliando
a compatibilidade de características citadas pelo paciente. A aplicação da
acupuntura ocorrerá no trajeto superficial, que fará comunicação com o órgão alvo
para promoção do equilíbrio energético. Como exemplo de avaliação por meio de
sintomas, relacionando-os aos órgãos afetados e, aos meridianos de energia, temos
as seguintes queixas: sensação de azia, má digestão e distensão epigástrica. Estes
são sinais de desequilíbrio no estômago (E). Para tratar este órgão interno a
acupuntura realiza estímulos ao longo do trajeto superficial do meridiano principal
do E, que tem comunicação com o trajeto interno e encaminhará o estímulo da
acupuntura (MACIOCIA, 1994).
Figura 5. Meridianos
16
4.1 Pontos Ashi
A utilização dos pontos Ashi foi o método primário de seleção de pontos nos
primeiros tratamentos acupunturais, são considerados os representantes do
primeiro estágio da evolução das investigações dos pontos de Acupuntura. Estes
pontos, ao contrário do que se pode pensar, ficaram tão importantes que mereceram
uma classificação à parte.
17
No ocidente eles podem ser conhecidos pelo seu nome ou então por um
sistema semelhante ao usado nos pontos regulares de acupuntura. Recorre-se a
um número e a diminutivos em maiúsculas. O número continua a dar informação
relativamente à ordem de apresentação dos pontos. As maiúsculas são usadas para
dar a entender que se fala de um ponto extra e da região do corpo a que esses
pontos extras pertencem (VIANNA, 2012).
O extra Sishencong escreve-se EX-CP-1. EX significa extra; CP significa
Cabeça e Pescoço. Logo é o primeiro ponto extra da cabeça e pescoço. O extra
Dannangxue pode catalogar-se como EX-MI-6. É o 6º ponto extra do membro
inferior (VIANNA, 2012).
18
5 MICROSSISTEMAS
19
5.2 Pontos auriculares
20
Há pontos que estão intimamente envolvidos com o sistema nervoso,
representando as estruturas propriamente ditas e suas atividades excitatórias ou
depressoras. Ciático, tálamo, Shen Men, tronco cerebral, simpático e cérebro são
exemplos de pontos do sistema nervoso, que na sua totalidade ocupam 11,69% dos
pontos localizados no pavilhão auricular. O sistema endócrino possui 5,19% dos
pontos na auriculoterapia. Os pontos relacionados com as glândulas, por sua vez,
são hipófise, tireoide, suprarrenais, pâncreas, gônadas, entre outros.
21
O delineamento do protocolo de tratamento abrange mais de um tipo de
ponto. No caso de um paciente com hipotensão, por exemplo, podemos utilizar os
pontos suprarrenal (endócrino), hipófise (endócrino), hipertensor (específico) e
coração (Zang Fu). Os pontos do sistema endócrino auxiliam no processo de
vasoconstrição e no fortalecimento cardiovascular. O ponto específico eleva a
pressão arterial de forma direta e o Zang Fu correspondente age no controle dos
vasos e sangue, além de promover a atividade cardiovascular (GARCIA, 1999).
Uma doença crônica sistêmica que pode ser tratada de forma complementar
com a auriculoterapia é a artrite reumatoide. As lesões inflamatórias acometem as
articulações, podendo gerar dor e deformidades nos pés e mãos. Na medicina
tradicional chinesa, a artrite é classificada como síndrome Bi, causada por obstrução
na circulação de Qi e sangue nos meridianos e articulações. Para a seleção de
pontos auriculares, sugere-se o ponto da área correspondente acometida como, por
exemplo, o ponto dedos, enquanto os pontos suprarrenal, alergia e endócrino
auxiliam com ação anti-inflamatória e os pontos baço e fígado promovem a redução
da inflamação e do processo degenerativo dos músculos. O ponto rim, por sua vez,
ao ser tonificado, detém a deformação óssea (NEVES, 2009).
A auriculoterapia também pode ser empregada para tratar distúrbios mais
simples, como um resfriado comum. Neste caso, indica-se o uso dos pontos pulmão,
laringe-faringe, nariz interno e traqueia. Esses pontos também costumam
apresentar reação positiva à exploração elétrica. Náuseas e vômitos são sintomas
que podem aparecer em consequência de causas diversas. São frequentes e muito
incômodos. O estímulo nos pontos estômago, simpático, cárdia, occipital e
subcórtex auxiliam no controle dessas manifestações, mas não dispensam uma
análise profunda da etiologia dos sintomas. A esta seleção de pontos, podem-se
adicionar os acupontos dos Zang Fu, que estão relacionados, aumentando assim a
eficácia do tratamento (GARCIA, 1999).
A cervicalgia, de acordo com a medicina oriental, é causada por debilidade
de rim e fígado e estagnação de Qi. Pode ser tratada com auriculoterapia,
selecionando os pontos região cervical (área correspondente), rim (age em ossos),
fígado (atua nos músculos), endócrino (auxilia a ação do ponto rim diretamente nos
22
ossos e favorece o balanço entre cálcio e fósforo do organismo), nervo occipital
maior (age desobstruindo os meridianos estagnados) e shen men (ponto com
função analgésica e anti-inflamatória) (MACIOCIA 2007).
Segundo SOUZA (1997), em sua obra Tratado de auriculoterapia, a
aplicabilidade dessa técnica é tão ampla quanto toda a medicina tradicional chinesa,
podendo ser utilizada por todos. Após uma avaliação do paciente, o profissional
habilitado irá realizar a seleção de pontos e o método de estímulo (sementes,
agulhas, entre outros). As manifestações clínicas mais comuns tratadas
exclusivamente pela auriculoterapia ou em conjunto com a acupuntura sistêmica
são distúrbios gastrointestinais, respiratórios, ginecológicos e urinários,
hipertensão, cefaleia, vertigem, neuralgia do trigêmeo, dores na coluna, diabetes,
artrite, urticária, rinite e alergias.
No Quadro 2, a seguir, você encontra os principais pontos auriculares, com
sua localização e com as correspondentes funções no organismo.
23
Cardia Bordo inferior da raiz do Usado em transtornos
hélix anterior ao digestivos como náusea e
estômago. refluxo ácido.
Endócrino Incisura intertrágica. Utilizado em problemas
glandulares. Drena
umidade e tonifica o Yin.
Suprarrenal Ápice do trago. É vasoconstritor e tonifica
o Yang.
Ápice da orelha Ponto mais alto da orelha. Usado com sangria para
sedação, anti-
inflamatório, analgésico,
elimina calor, clareia a
visão e é hipotensor.
Sede, fome e vício Em frente ao trago. Regulam as funções de
sede, fome e vícios.
Ping Chuan Próximo ao ápice do Utilizado nos casos de
antítrago. asma e dispneia.
Rim Concha cimba, na Usado para tonificar a
direção da bifurcação do essência, beneficiar a
ramo inferior e superior lombar, fortalecer os
do anti-hélix. ossos e tratar os medos.
Bexiga Anterior ao rim. Trata distúrbios do
sistema urinário
(incontinência urinária e
enurese noturna).
Fígado Bordo posteroinferior da Indicado para
concha cimba (na orelha desarmonias hepáticas e
direita). digestivas, fortalece os
tendões e ligamentos,
beneficia os olhos.
Vesícula biliar e pâncreas Entre o ponto rim e O VB tem função sobre a
fígado. Representa, na bile e, sendo acoplado do
orelha direita, a vesícula fígado, contribui na
biliar (VB) e, na esquerda, função deste. O ponto
o pâncreas. pâncreas é utilizado nos
casos de pancreatite e
diabetes.
Baço Bordo supraexterno da Transformação e
concha cava (na orelha transporte. Trata a
esquerda). umidade e mantém o
sangue dentro dos vasos.
Intestino grosso Bordo superior da raiz da Função excretora. É
hélix, ao nível do ponto responsável pela
boca. absorção de água e sais
minerais, elimina calor e
trata constipação.
24
Intestino delgado Bordo superior da raiz da Trata a indigestão,
hélix. parasitoses, dificuldade
para absorver nutrientes,
diarreias, constipação
intestinal e palpitações.
Estômago Onde nasce a raiz da Usado nos transtornos
hélix. gastrintestinais, regula e
tonifica o aquecedor
médio e descende o Qi.
Trata náuseas, soluços,
afta e calor no estômago.
Pulmão Encontra-se acima e Trata edema, doenças de
abaixo do ponto do pele, rinite, asma,
coração. dispneia, tristeza e voz
fraca.
Coração No centro da concha Fortalece o coração,
cava. acalma a mente, controla
a transpiração, trata a
insônia, verborragia,
ansiedade e angina.
5.3 Manopuntura
25
Figura 8. Mapa com a localização dos principais pontos
Fonte: https://www.tuasaude.com/
5.4 Podopuntura
26
Figura 9. Mapa com a localização dos principais pontos
Fonte: https://acupunturaecompanhia.wordpress.com/
5.5 Craniopuntura
27
Em março de 1971, conseguiu curar a hemiplegia de um paciente causada
pós endoarterite de vaso cerebral. Ficou muito entusiasmado e continuou
intensivamente seu trabalho. Em 1975, após tratar 600 casos, publicou suas
descobertas no livro “ScalpNeedling Therapy”.
De acordo com a doutrina dos meridianos:
28
com precisão as áreas do cérebro relacionadas aos locais doentes do corpo. Os
resultados clínicos atuais são surpreendentes (FEELY, 2005).
A craniopuntura pode bloquear qualquer tipo de dor e também outras
doenças sistêmicas, mas, sem dúvida, os pacientes que sofrem por sequelas de
AVC serão os mais beneficiados pela craniopuntura moderna (FEELY, 2005).
A resposta mais comum da acupuntura craniana é a sensação de calor que
é geralmente sentida no membro oposto ao local de inserção da agulha e menos
frequentemente, esta sensação pode ser percebida, em todo o corpo ou localizada
em uma articulação ou em um músculo. Porém outras manifestações que incluem
entorpecimento e sensação de aperto, sensação de frio e de dor; contudo, essas
sensações geralmente desaparecem durante a retenção da agulha (FEELY, 2005).
A craniopuntura chinesa diferente da acupuntura clássica, não utiliza pontos
de acupuntura ou meridianos; as agulhas são inseridas em couro cabeludo,
procurando correspondência com áreas funcionais corticais (SILVA, 2012).
A Nova Craniopuntura de Yamamoto (YNSA) foi publicada, por ocasião do
25° Encontro da Sociedade Japonesa de Ryodoraku, realizado em Osaka, Japão.
A YNSA é uma acupuntura somatotrópica. De acordo com essa técnica, acredita-
se que o corpo tem representação em pequenas áreas predeterminadas no crânio,
que são puncionadas para se conseguirem resultados nas áreas representadas.
(BOCINHAS, 2002)
29
• Linha da região motora
Localização: 0,5 cm atrás do ponto médio VG20.
Sendo divida em três partes:
• 1/5 superior: Indicações: paralisia do membro inferior contralateral.
• 2/5 médio: Indicações: paralisia do membro superior contralateral.
• 2/5 inferior: Indicações: paralisia facial contralateral, afasia motora
(incapacidade de expressão da linguagem) e disartria (dificuldade da fala).
Figura 10. Linha da região motora
• Linha sensorial
Localização: 1 cm anterior ao ponto médio VG20.
Sendo dividido em:
• 1/5 superior: Indicações: alterações do membro inferior contralateral e dores
lombares acompanhadas de dormência ou formigamento.
• 2/5 médio: Indicações: paralisia do membro superior contralateral,
acompanhadas de dormência ou formigamento.
• 2/5 inferior: Indicações: paralisia facial contralateral, acompanhadas de
dormência ou formigamento.
Figura 11. Linha sensorial
30
• Área sensitiva-motora do pé
Localização: segmento de reta paralela a linha mediana, lateral a 1 cm desta
linha iniciando a partir do ponto médio da linha sagital entre a proeminência occipital
e a base do nariz. Na altura do VG20.
Indicações:
• dor, parestesia e paresia de membro inferior contralteral e lombalgia aguda.
• Linha vestíbulo-coclear
Localização: segmento de reta horizontal de 4cm, a 1,5 cm acima do ápice
da orelha.
Indicações:
• labirinto, equilíbrio, vertigem, problemas auditivos.
31
• Segunda linha da linguagem
Localização: segmento de reta de 3 cm no plano sagital, acompanhando o
contorno do crânio, iniciando a 2 cm atrás da orelha e abaixo da proeminência
parietal.
Indicações:
• afasia motora.
32
• Linha psicomotora
Localização: 3 segmentos de reta, 3 cm cada, iniciando na proeminência
parietal, 1 segmento vertical, 1 formando um ângulo de 40° para frente e o outro
para trás.
Indicações:
• apraxia (incapacidade em realizar movimentos voluntários e coordenados,
dificuldade na coordenação temporal e espacial dos movimentos).
• Linha visual
Localização: segmento de reta, iniciando a 1 cm lateral á protuberância
occipital, 4 cm vertical acima.
Indicações:
• perturbações visuais de origem cortical e dores oculares.
33
• Área de equilíbrio
Localização: segmento de reta, iniciando a 3,5 cm lateral á proeminência
occipital, 4 cm verticalmente abaixo.
Indicações:
• alterações de equilíbrio de origem cerebelar.
34
enferma e através do manejo destes mesmos pontos reflexos pode-se agir
positivamente sobre a doença e curá-la (YAMAMOTO, 2007).
Diferente da auriculoterapia francesa ou da reflexologia plantar clássica,
YAMAMOTO (2007) tratou de dar a sua técnica uma conotação toda particular,
deixando-a em parte como reflexoterapia pura e simples, acrescentando uma
abordagem energética, utilizando as concepções da MTC.
YAMAMOTO (2007) também lhe agregou esquemas especiais de
diagnóstico rápido e eficaz dos desequilíbrios, o diagnóstico abdominal e o
diagnóstico através do pescoço. YNSA é dividida em 3 grupos:
• Pontos básicos;
• Pontos sensoriais;
• Pontos cerebrais.
• As somatotopias de Yamamoto
• Ponto A
Localizado na implantação frontal dos cabelos, a aproximadamente 1 cm
lateralmente à linha mediana, com cerca de 2 cm de extensão. Dividido em 8
35
sessões, que correspondem a cabeça e coluna cervical (A1 à A8), os pontos
reflexos referentes à cabeça estão mais alto e os cervicais (apenas os superiores)
mais em baixo.
Indicações: Nos tratamentos de cefaleias, enxaqueca, neuralgia do trigêmeo,
problemas de ATM, paralisia facial, dores de dente, tontura, labirintite, herpes facial,
síndrome cervical, pós-operatório de amigdalectomias. Agulhas postas
subcutaneamente, direcionadas para trás, aprofundando 2 a 3 cm.
• Ponto B
Localizado aproximadamente a um cm lateral do ponto A ou dois cm
lateralmente a linha mediana na linha de implantação dos cabelos. Corresponde à
coluna cervical e ao ombro.
Indicações: No tratamento de bursites e tendinites de ombro e da região do
trapézio. Mesma tática e profundidade de inserção das agulhas que o ponto A.
• Ponto C
Localizado aproximadamente 2,5 cm do ponto B, também com extensão de
2 cm, corresponde à escapula e ao membro superior. Subdividido em 9 sessões, na
região mais cranial relaciona-se ao ombro, ficando bem na linha de implantação dos
cabelos o cotovelo e no extremo inferior a mão, sendo que os polegares têm
localização medial (pois os 5 dedos podem ser isoladamente detectados e tratados).
Indicações: Síndromes ombro- mão, síndrome do túnel do carpo (em fase
inicial), paralisias.
• Ponto D
Encontra-se na região temporal, também na linha de implantação dos
cabelos, há aproximadamente 1 cm acima do arco zigomático e 2 cm à frente da
orelha, pode também ser localizado através de uma linha onde que corre do ângulo
externo dos olhos (canto do olho) ao ângulo superior da orelha. Corresponde à
coluna lombar, à bacia e às extremidades inferiores.
36
Indicações: lombalgias, lombociatalgias, coxartrose, luxação habitual da
patela, paralisias dos membros inferiores, enfermidades urogenitais, impotência
sexual.
Possui uma extensão na frente da orelha verticalmente onde aparece
subdividido em 6 sessões, que distribuem-se da altura da implantação das orelhas
até a altura da incisura tragal, como um colar de contas, que são auxiliares no
tratamento de problemas lombares, sacrais e coccígeos.
• Ponto E
Localizado acima da sobrancelha, aproximadamente a 1 cm lateral à linha
mediana, se estendendo por 2 cm inclinado 15º para cima. Corresponde à caixa
torácica e à coluna dorsal. Subdividido em 12 sessões, T1 à T12.
Indicações: Neuralgias intercostais, herpes zoster, asma bronquial, alergias,
respiratórias, palpitações, bem como problemas de nariz e laringe. As agulhas são
aprofundadas de 1 a 23 cm a cerca de 30º.
• Ponto F
Situado na região retro auricular, no ponto mais alto do processo mastoide,
não possui subdivisões. Corresponde ao nervo ciático.
Indicações: Ciatalgias
• Ponto G
Localizado também na região retro auricular, possui 3 subdivisões situadas
ao longo do bordo inferior do processo mastoide. Corresponde aos joelhos, do mais
anterior para o mais posterior referem-se à parte medial, central e lateral do mesmo
respectivamente.
Indicações: Patologias do joelho
• Ponto H
Localizado aproximadamente a 0,5cm posterior ao ponto básico B.
Indicações: Ponto adicional para lombalgias
37
• Ponto I
Situado a aproximadamente 1 cm posteriormente ao ponto básico C.
Indicações: Lombalgias, problemas relacionados às extremidades inferiores,
48 como parestesias, hemiplegias, lombociatalgias.
38
Figura 20. Pontos básicos Yang
• Pontos sensoriais
Pontos relativos aos órgãos dos sentidos, olhos, nariz, boca e ouvido.
• Ponto do olho
Localizado lateralmente a 1 cm da linha mediana, 1 cm abaixo do ponto
básico A.
Indicações: Doenças oculares em geral, quaisquer tipos de conjuntivite,
infecciosa ou alérgica, estrabismo, catarata, glaucoma, visão obstruída, situações
pós-operatórias, lacrimejamento ou ressecamento ocular observado com o avanço
da idade.
• Ponto do nariz
Localizado na vertical 1 cm abaixo do ponto do olho.
Indicações: Todas as infecções do nariz, desde obstrução nasal, alergias,
rinites, sinusites, dor após ferimentos ou cirurgia, secura ou mucosidade excessiva,
epstaxes ocasionais, entre outras.
39
• Ponto da boca
Localizado também na vertical, 1 cm do ponto do nariz.
Indicações: Todas as infecções da boca, estomatites, herpes simples,
gengivites, dores de dente, queimor na língua, distúrbios do paladar, distúrbios da
fala, afasia, situações pós-operatórias, ferimentos.
• Ponto do ouvido
Situado no prolongamento caudal que vai do ponto C ao Yintang (ponto
extra).
Indicações: Todas as afecções dos ouvidos, otites, labirintites, surdez,
zumbido, situações pós e pré-operatórias.
• Ponto do cérebro
Situados a 1 cm bilateralmente ao lado da linha mediana em continuação ao
ponto básico A na direção posterior a linha de inserção dos cabelos, encontramos
pontos correspondentes ao cérebro, cerebelo e ao gânglio situado exatamente na
linha central.
Indicações: Todos os distúrbios motores neurológicos, hemiplegias,
paralisias, mal de Parkinson, esclerose múltipla, disfunções endócrinas, vertigem,
zumbido, dores de cabeça, nevralgia do trigêmeo, demência, mal de Alzheimer,
40
depressão, insônia, distúrbios psicológicos. Geralmente estes pontos são utilizados
de forma contralateral.
41
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
42
YAMAMOTO T, YAMAMOTO H. Yamamoto New Scalp Acupuncture “YNSA”.
Tokyo: Axel Springer Japan Publishing Inc, 1998.10. Kellgren, JH, Lawrence, JS.
(1957) Radiological assessment.
43