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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 3

2 BASES ANATÔMICAS E FISIOLÓGICAS DA ACUPUNTURA ....................... 4

3 ACUPUNTURA SISTÊMICA E ACUPUNTURA DE MICROSSISTEMAS ........ 6

3.1 Acupuntura sistêmica ................................................................................. 6

3.1.1 Pontos distais e locais ......................................................................... 7

3.1.2 Parte superior e inferior ....................................................................... 8

3.1.3 Direita e esquerda ............................................................................... 8

3.1.4 Frente e costas .................................................................................... 8

3.1.5 Yin e Yang ........................................................................................... 8

3.2 Acupuntura em microssistemas ................................................................. 9

4 MERIDIANOS ENERGÉTICOS ..................................................................... 11

4.1 Pontos Ashi .............................................................................................. 17

4.2 Pontos Extras ........................................................................................... 17

5 MICROSSISTEMAS ....................................................................................... 19

5.1 Pavilhão auricular ..................................................................................... 19

5.2 Pontos auriculares.................................................................................... 20

5.3 Manopuntura ............................................................................................ 25

5.4 Podopuntura............................................................................................. 26

5.5 Craniopuntura .......................................................................................... 27

5.5.1 Craniopuntura chinesa .............................................................................. 29

5.5.2 Nova craniopuntura segundo Yamamoto .................................................. 34

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................... 42

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1 INTRODUÇÃO

Prezado aluno!

O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante


ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um
aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma
pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é
que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as
perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão
respondidas em tempo hábil.
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da
nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à
execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da
semana e a hora que lhe convier para isso.
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser
seguida e prazos definidos para as atividades.

Bons estudos!

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2 BASES ANATÔMICAS E FISIOLÓGICAS DA ACUPUNTURA

O acuponto é definido como um ponto da pele de sensibilidade espontânea


ao estímulo e à resistência elétrica reduzida. Possui um diâmetro de 0,1 a 5cm,
entretanto é uma área de condutividade elétrica amplamente aumentada
comparada às áreas da pele ao redor (SCHWARTZ, 2008). Estes estão localizados
próximos a articulações e bainhas tendíneas, vasos, nervos e septos
intramusculares, na ligação músculo-tendínea, nos locais de maior diâmetro do
músculo e nas regiões de penetração dos feixes nervosos da pele (DRAEHMPAHEL
& ZOHMANN, 1997). Quando um ponto de acupuntura é puncionado, ocorre
sensação de parestesia elétrica ou calor. Essa sensação é denominada como De
Qi. Os animais demonstram essa sensação com um leve repuxo de pele, uma
discreta sonolência ou um breve tremor de cauda (HWANG & EGERBACHER,
2006).
A acupuntura atua sobre o controle da dor por ativação de vias opióides e
não opióides. A estimulação promovida por essa técnica ativa o sistema modulador
da dor por hiperestimulação das terminações nervosas de fibras mielínicas A-δ,
responsáveis pela condução do estímulo aos centros medulares, encefálicos e eixo
hipotálamo-hipofisário. Na medula espinhal, a modulação dos estímulos
nociceptivos se dá por inibição pré-sináptica, devido à liberação de encefalinas e
dinorfinas. No mesencéfalo, as encefalinas e a ativação do sistema central de
modulação da dor resultam na liberação de serotonina e norepinefrina nos sistemas
descendentes (SANTOS & MARTELETE 2004).
Ao estudar os efeitos analgésicos da eletro acupuntura em ratos submetidos
à torção do tarso, foi concluído que a eletro acupuntura ativa neurônios bulbo
espinhais, o que resulta na liberação de noradrenalina e ativação de α2-
adrenoreceptores do corno dorsal da medula, confirmando uma via não opioide de
ação da eletro acupuntura (KOO et al. 2008).
Segundo DRAEHMPAHEL & ZOHMANN (1997) e SANTOS & MARTELETE
(2004), a acupuntura estimula ainda o eixo hipotálamo-hipofisário a liberar β-
endorfinas na circulação sistêmica e no líquor. Paralelamente, ocorre liberação de

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hormônio adrenocorticotrófico, induzindo a liberação de cortisol. Entretanto, existem
controvérsias acerca da ação dos hormônios corticoides no efeito anti-inflamatório
da acupuntura (SCOGNAMILLO-SZABÓ, et al., 2004; LI et al., 2007). Além disso,
YANG et al. (2008) relataram que o núcleo hipotalâmico supraóptico possui um
importante papel na analgesia promovida pela acupuntura, pois secreta arginina-
vasopressina e ocitocina, que promovem aumento no limiar da dor. A eletro
acupuntura também modula a atividade dos receptores NMDA, que estão
envolvidos no desenvolvimento da dor crônica (WANG et al., 2006).
Segundo ULETT et al. (1998), a analgesia promovida pela acupuntura
também está relacionada com vias opioides, promovidas ao estimularem pontos
periféricos do corpo. ZHANG et al. (2005) relataram que o efeito antiálgico da eletro
acupuntura é mediado por receptores µ, resultando na liberação de
endomorfina/endorfina e receptores δ e liberando encefalina (ZHANG et al., 2004).
Porém, LUNA (2002) descreveu que é necessário estímulo contínuo dos acupontos
por 30 minutos para que ocorra essa liberação endógena de opioides.

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3 ACUPUNTURA SISTÊMICA E ACUPUNTURA DE MICROSSISTEMAS

A medicina tradicional chinesa está repleta de técnicas e aportes terapêuticos


para avaliação, diagnóstico e tratamento das mais diversas patologias. Entre elas,
está a acupuntura, que pode ser classificada em acupuntura sistêmica, também
conhecida como macro acupuntura, e acupuntura em microssistemas, ou micro
acupuntura. Estas duas modalidades diferenciam-se por seus sistemas fisiológicos
de ação.
A acupuntura sistêmica é o sistema clássico de acupuntura, amplamente
conhecido, com seus pontos e meridianos percorrendo toda a superfície do corpo.

Os meridianos espalham-se por toda superfície corporal vertical e


horizontalmente, integram o interior com o exterior do corpo, conectam os
órgãos internos, articulações e extremidades e, desta forma, transformam
o corpo em um órgão inteiro. A MTC explica que os efeitos terapêuticos da
acupuntura ocorrem ao propiciar o fluxo dessas energias (WANG; AYATI;
ZHANG, 2010).

A acupuntura em microssistemas trabalha com os pequenos sistemas


localizados em partes específicas do corpo, que manifestam e recebem reflexos de
todo o organismo, incluído o envio e o recebimento de informações para meridianos
e órgãos internos. Um exemplo de microssistema é o pavilhão auricular, que
oportuniza a técnica terapêutica conhecida como auriculoterapia.

3.1 Acupuntura sistêmica

Entre a variedade de técnicas da medicina tradicional chinesa, a acupuntura


é a mais conhecida. Em geral, quando o termo “acupuntura” é utilizado, refere-se à
acupuntura sistêmica, à mobilização de energias de todo o organismo, estimulando
meridianos energéticos em seus ramos superficiais. As agulhas são inseridas em
pontos espalhados pelo corpo (acupontos), que podem estar sobre os meridianos
ou fora deles. Os pontos que não pertencem a meridianos são conhecidos como
“pontos ashi” e “pontos extras”.

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Os acupontos foram empiricamente determinados no transcorrer de
milhares de anos de prática médica (RISTOL, 1997).

A escolha dos acupontos a serem trabalhados é delineada ao ser traçado o


protocolo de tratamento, após o paciente ser avaliado e diagnosticado de acordo
com a medicina oriental. A combinação de pontos é desenhada tendo como foco o
reequilíbrio do paciente. Existem muitos acupontos na superfície da pele e suas
funções podem ser complementares, antagônicas ou não apresentarem ligação
direta entre si.

Acuponto é uma região da pele em que é grande a concentração de


terminações nervosas sensoriais, essa região está em relação íntima com
nervos, vasos sanguíneos, tendões, periósteos e cápsulas articulares
(WU, 1990).

Ao escolher pontos de acupuntura para realização de um tratamento, o


profissional deve atentar para os princípios de combinação, pois a mobilização
energética do paciente deve ser cuidadosamente modelada. A seleção de pontos
também é caracterizada por ser equilibrada, buscando, assim, reequilibrar o
indivíduo. É necessário observar o fluxo de energia Qi pelos meridianos para que,
a partir da interferência das agulhas, ele possa fluir adequadamente, revertendo ou
abrandando a patologia e seus sintomas.
Os princípios de equilíbrio que regulam a combinação de pontos são:

• pontos distais e locais;


• partes superior e inferior do corpo;
• direita e esquerda;
• frente e costas;
• Yin e Yang.

3.1.1 Pontos distais e locais

A técnica de agulhamento pode ser aplicada perto do local específico afetado


e referido na anamnese. Esses são os chamados “pontos locais”. Também há a

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possibilidade de agir sobre “pontos distais”, aqueles que contribuem para a busca
do reequilíbrio, porém estão localizados longe do local afetado (MACIOCIA, 2014).

3.1.2 Parte superior e inferior

A acupuntura sistêmica dispõe de uma infinidade de pontos, localizados nas


regiões alta ou baixa, nos dois lados do corpo, ventre e dorso. Ao delinear um
tratamento, os pontos escolhidos devem contemplar estas regiões de forma
homogênea, sem sobrecarregar ou esquecer nenhuma delas (YAMAMURA, 2001).

3.1.3 Direita e esquerda

Os meridianos energéticos principais apresentam-se bilateralmente,


percorrendo lado direito e esquerdo do indivíduo. Ao selecionar os pontos para
compor um tratamento, esta lateralidade deve ser observada. A utilização bilateral
dos pontos é comum principalmente quando o terapeuta deseja provocar efeitos
mais intensos como, por exemplo, punturar os pontos P5 direito e P5 esquerdo (P5
bilateral, localizado na prega dos cotovelos) para evitar tosse excessiva e opressão
torácica. Desta forma, equilibra-se direita e esquerda, sem sobrecarregar nenhum
dos lados. Outra forma de manter essa harmonia, na ótica da lateralidade, é utilizar
dois pontos diferentes, sendo aplicado um em cada lado, como, por exemplo IG11
direita (localizado próximo ao cotovelo) e TA5 esquerda (localizado próximo à prega
dorsal do punho) com o objetivo de expelir calor (YAMAMURA, 2001).

3.1.4 Frente e costas

Da mesma forma, deve-se evitar o uso excessivo de pontos na frente ou no


dorso do paciente. O equilíbrio é sempre bem-vindo (YAMAMURA, 2001).

3.1.5 Yin e Yang

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Tendo em vista que a teoria Yin-Yang é uma das grandes bases da medicina
tradicional chinesa e que, por meio dela, as estruturas anatômicas e fisiológicas
podem ser classificadas em Yin e Yang, ao realizar a seleção de pontos para
compor um tratamento, este quesito é de suma importância. Podem-se destacar
algumas estruturas com características Yin, como porções inferiores e interiores,
região antero medial e frente. Os meridianos principais Yin são coração, pericárdio,
baço-pâncreas, pulmão, rim e fígado. Outras estruturas apresentam características
Yang, como porções superiores e exteriores, região posterolateral e dorso. Os
meridianos principais Yang são intestino delgado, triplo aquecedor, estômago,
intestino grosso, bexiga e vesícula biliar. Seguindo os princípios de equilíbrio, é
traçada uma harmoniosa seleção de pontos (YAMAMURA, 2001).

3.2 Acupuntura em microssistemas

Ainda na medicina oriental, temos o estudo dos microssistemas, que são


réplicas holográficas da anatomia humana e mantém relação íntima com o sistema
clássico de acupuntura sistêmica. Podem ser utilizados para reestabelecer o
equilíbrio do organismo de forma integral.

MTC explica que os efeitos terapêuticos da acupuntura ocorrem ao


propiciar o fluxo dessas energias (WANG; AYATI; ZHANG, 2010).

Hologramas são representações de imagens em três dimensões, uma parte


com informação do todo. Os mais conhecidos são as orelhas, os pés, os olhos, o
crânio, as mãos e a face. Seu mecanismo fisiológico de ação é o reflexo cutâneo-
visceral e viscerocutâneo. A comunicação entre a região afetada pela patologia e
sua representação no microssistema é bidirecional. Por meio de pontos dos
microssistemas, pode-se realizar diagnóstico, aliviar a dor, tratar meridianos e
órgãos. O reflexo viscerocutâneo comporta-se como indicador de diagnóstico
quando o paciente tem sensibilidade ou reação local. Já o reflexo cutâneo-visceral
é o gatilho para disparar os efeitos terapêuticos desejados. Os pontos apresentam
impedância elétrica relativamente menor, assim como os pontos sistêmicos de
macro acupuntura.

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A acupuntura em microssistemas pode ser integrada à acupuntura sistêmica
de quatro formas, afirma o doutor SILVA FILHO (2017):

• simultaneamente;
• sucessivamente;
• alternativamente;
• alternadamente.

Quando a integração é simultânea, as duas formas de tratamento são


utilizadas ao mesmo tempo. Quando uma é realizada e a outra logo após, temos a
integração sucessiva.
A integração alternativa ocorre caso uma técnica seja utilizada para substituir
outra que, por algum motivo, não pode ser aplicada. Também há a possibilidade de
alterná-las durante o correr do tratamento em que, a cada sessão, utiliza-se apenas
uma delas, alternando-as ao longo do número de sessões que compõe o
tratamento.
O profissional pode enriquecer suas técnicas de tratamento com
microssistemas ou utilizar apenas microssistemas para tratar a patologia em
questão.
Um conceito muito relevante no estudo da micro acupuntura é ponto vivo.
Percebe-se que, ao palpar determinados pontos, o paciente relata alguma reação.
A mais comum é uma grande sensibilidade ou dor local quando a pressão é
aplicada. Essa é uma resposta positiva do ponto e esse é um ponto vivo, indicado
para o tratamento deste paciente.

O ponto vivo é capaz de produzir efeitos terapêuticos importantes ao ser


estimulado (WEN, 2006).

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4 MERIDIANOS ENERGÉTICOS

Ao observar fenômenos do organismo no processo saúde-doença, os


chineses foram descobrindo os pontos de acupuntura, locais específicos na
superfície da pele que, ao serem pressionados ou aquecidos, aliviavam dores e
auxiliavam na recuperação de patologias, retomando o equilíbrio do corpo. Esta
compilação de pontos foi sendo estudada e foram estabelecidas relações entre eles.
Percebeu-se que alguns pontos tinham conexão com determinados órgãos e
também com outros pontos. Assim, a rede de canais tornou-se a Teoria dos
Meridianos Energéticos, sistematizando os pontos de acupuntura e suas relações
com o fluxo energético (KAPTCHUK, 2000).
Os pontos de acupuntura são espaços, depressões ou vias nos quais a
agulha encontra baixa resistência ao ser inserida. Existem quase dois mil pontos,
sendo 670 localizados em meridianos. Esses são os mais utilizados (LANGEVIN et
al 2001).
O estímulo de um ponto de acupuntura pode gerar efeito sistêmico
(controlando a febre, por exemplo), local (puntura-se perto do local afetado) e à
distância (para tratar palpitação, por exemplo, trabalha-se o ponto C7, localizado no
punho).

O êxito no diagnóstico e tratamento baseia neste conhecimento profundo


das conexões energéticas entre os pontos da acupuntura e os sistemas
orgânicos. (YAMAMURA, 2004).

Os meridianos energéticos são canais por onde a energia passa,


estabelecendo a integração do organismo. Existem algumas classificações, de
acordo com a conexão feita e com o tipo de energia que percorre o canal. Os
meridianos principais estão intimamente relacionados com os órgãos internos (Zang
Fu), possuindo um trajeto superficial na pele, onde há possibilidade de intervenção
através da acupuntura, e um trajeto profundo, que promove comunicação com os
órgãos (ROSS, 1994).
Através da localização da dor, podemos sugerir o meridiano afetado e tratar
o canal em questão. Outra forma de intervenção ocorre quando queremos tratar o

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órgão afetado. Para tratar o estômago (E), podemos fazer o estímulo de acupuntura
no trajeto superficial do meridiano principal do E, pois o trajeto superficial comunica-
se com o trajeto profundo que, por sua vez, se liga ao órgão. Desta forma, se
reestabelece o reequilíbrio energético.

Os meridianos formam uma rede em todo o corpo conectando tecidos


periféricos aos órgãos centrais (KAPTCHUK, 2000).

O Quadro 1, a seguir, indica a relação entre o meridiano principal, seu trajeto


superficial e as características do órgão correspondente quando está em
desequilíbrio. Os trajetos superficiais dos meridianos principais estão ilustrados nas
Figuras 1 a 4, logo abaixo.

Quadro 1. Relação entre o meridiano principal, seu trajeto superficial e as


características do órgão correspondente quando está em desequilíbrio
Meridiano principal Trajeto superficial Características do
órgão afetado
Pulmão (P) Emerge próximo à axila e Mal-estar torácico,
segue em direção à mão dispneia, tosse, tristeza,
pela face radial até o sudorese noturna,
ângulo ungueal do cansaço, choro.
polegar.
Intestino grosso (IG) Inicia no ângulo ungueal Gengivite, odontalgia,
do dedo indicador, segue constipação, diarreia,
em direção ao ombro pela bocejos frequentes, boca
face póstero lateral do seca, dor abdominal.
braço, ascende para o
pescoço e vai pela
mandíbula até a asa do
nariz.
Estômago (E) Começa abaixo do olho, Desnutrição, náusea,
segue em direção ao vômito, diarreia, azia,
canto da boca e orelha, distensão epigástrica, má
desce pelo abdômen, digestão, sensação de
segue pela coxa e perna, fome frequente,
passando pela face eructação.
lateral do joelho e
terminando no ângulo
ungueal do segundo dedo
do pé.

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Baço-pâncreas (BP) Surge no hálux seguindo Desnutrição, vômitos
pela região medial da após alimentação,
perna e subindo pela diarreia, opressão no
região anterior do peito, distensão
abdômen até a região abdominal, preocupação,
torácica. dificuldade de
concentração, excesso
de pensamentos.
Coração (C) Emerge na axila, Aperto no peito,
descende ao longo do palpitação, agitação,
aspecto antero-medial do calor ou rubor facial, suor
braço, segue pela palma noturno, falta de
da mão até a o ângulo memória, boca seca,
ungueal lateral do dedo sede, choque/trauma,
mínimo. euforia.
Intestino delgado (ID) Inicia no ângulo ungueal Adormecimento ou
medial do dedo mínimo, formigamento da nuca,
ascende pela porção ombro e braço, zumbido
posterior do braço, no ouvido.
percorre a região da
escápula e segue pela
lateral do pescoço até a
orelha.
Rim (R) Começa na planta do pé, Cansaço, pouca
ascende pela região resistência, impotência,
medial da perna, sobe distúrbios nos dentes e
pelo abdômen e termina ossos, surdez, vertigem,
próximo à clavícula. cálculo renal, oligúria ou
poliúria, medo.
Bexiga (B) Surge no canto medial do Acometimento na região
olho, sobe ao topo da posterior, distúrbios nas
cabeça e desce próximo costas que irradiam para
à coluna, percorrendo o a perna, problemas
glúteo até a região atrás urinários.
do joelho; sobe
novamente percorrendo a
região lateral à coluna e
desce até ficar próximo
ao maléolo lateral,
finalizando no ângulo
ungueal lateral do quinto
dedo do pé.
Pericárdio (PC) Inicia próximo ao mamilo, Irritabilidade, ansiedade,
percorre a região anterior riso incontrolável,
desconcentração,
opressão no peito.

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do braço até a palma da
mão e termina na ponta
do dedo médio.
Triplo aquecedor (TA) Emerge próximo ao Superior: tosse,
ângulo ungueal medial do transpiração espontânea.
dedo anular, segue ao Médio: calor e suor à
longo do aspecto tarde, distensão
posterior do antebraço, abdominal.
percorre ombro e Inferior: edema, ascite,
trapézio, região lateral do distúrbio genital.
pescoço, contorna a
orelha e termina na
extremidade lateral da
sobrancelha.
Vesícula biliar (VB) Começa no canto lateral Enxaqueca, problemas
do olho, percorre a região de visão, vertigem,
lateral da cabeça, desce vômito, indecisão,
pelo tronco, cintura, coxa irritabilidade.
e perna, terminando no
ângulo ungueal lateral do
quarto dedo do pé.
Fígado (F) Surge no hálux, seguindo Perturbação da visão,
pelo dorso do pé e distúrbios menstruais,
aspecto medial da perna patologias de fígado,
até região a inguinal e febre, icterícia,
abdominal e finaliza no irritabilidade, raiva,
sexto espaço intercostal. insônia, alterações de
tendões e fáscias.
Fonte: Adaptada de Peter Hermes Furian

Sabendo-se dessa relação da acupuntura com os meridianos e os trajetos


percorridos por cada um deles, o delineamento do tratamento pode ser diretamente
pela porção superficial do meridiano afetada. Queixas vinculadas aos locais por
onde passam os canais podem ser identificadas e tratadas de forma local
(YAMAMURA, 2001).
Um exemplo desse tipo de tratamento de dor através do meridiano afetado
pode ser o de um paciente que descreve dores na face medial do hálux, que irradia
pela região medial da perna até a face medial do joelho. Este é o trajeto do
meridiano principal do baço-pâncreas (BP). É possível identificar desequilíbrio nele
pela sinalização da dor e podemos utilizar recursos da acupuntura diretamente
neste canal, por meio dos pontos localizados no mesmo (YAMAMURA, 2001).

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Figura 1. Trajetos superficiais dos meridianos energéticos principais.

Figura 2. Trajetos superficiais dos meridianos energéticos principais

Figura 3. Trajetos superficiais dos meridianos energéticos principais.

Figura 4. Trajetos superficiais dos meridianos energéticos principais.

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Outra forma de tratamento ocorre em casos de órgãos internos afetados,
como o coração ou o estômago. Identifica-se o meridiano correspondente avaliando
a compatibilidade de características citadas pelo paciente. A aplicação da
acupuntura ocorrerá no trajeto superficial, que fará comunicação com o órgão alvo
para promoção do equilíbrio energético. Como exemplo de avaliação por meio de
sintomas, relacionando-os aos órgãos afetados e, aos meridianos de energia, temos
as seguintes queixas: sensação de azia, má digestão e distensão epigástrica. Estes
são sinais de desequilíbrio no estômago (E). Para tratar este órgão interno a
acupuntura realiza estímulos ao longo do trajeto superficial do meridiano principal
do E, que tem comunicação com o trajeto interno e encaminhará o estímulo da
acupuntura (MACIOCIA, 1994).

Figura 5. Meridianos

Fonte: Milos Vymazal

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4.1 Pontos Ashi

Pontos Ashi é o termo genérico utilizado para caracterizar os pontos não


classificados nas categorias de pontos regulares e extras, e que se manifestam
dolorosos ou sensíveis na presença de alguma enfermidade. Não tem nome
específico e tampouco local pré-determinado, são também chamados pontos de
Reação Celeste, pontos de Reação do Grande Vazio e Local Mole. Conforme diz o
Eixo Espiritual (Ling Shu):

“Os locais moles podem ser usados como pontos de acupuntura”.


“Tomar os pontos dolorosos como pontos acupunturais”.

A utilização dos pontos Ashi foi o método primário de seleção de pontos nos
primeiros tratamentos acupunturais, são considerados os representantes do
primeiro estágio da evolução das investigações dos pontos de Acupuntura. Estes
pontos, ao contrário do que se pode pensar, ficaram tão importantes que mereceram
uma classificação à parte.

4.2 Pontos Extras

Existem algumas semelhanças entre estes e os pontos regulares,


nomeadamente:

• possuem uma localização específica;


• possuem um conjunto de indicações clínicas (mais comumente
descritas que as funções clínicas) próprias de cada ponto.

A grande diferença com os pontos regulares é que os pontos extras não


pertencem a nenhum sistema de meridianos.
Na China eles são descritos pelo seu nome: Yintang, Taiyang, Yiqizhuixia,
Zigongxue, entre outro. Tal como com os pontos de acupuntura regulares, os seus
nomes podem evidenciar a sua utilização no tratamento de uma determinada queixa
clínica, ou semelhança a um elemento da natureza.

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No ocidente eles podem ser conhecidos pelo seu nome ou então por um
sistema semelhante ao usado nos pontos regulares de acupuntura. Recorre-se a
um número e a diminutivos em maiúsculas. O número continua a dar informação
relativamente à ordem de apresentação dos pontos. As maiúsculas são usadas para
dar a entender que se fala de um ponto extra e da região do corpo a que esses
pontos extras pertencem (VIANNA, 2012).
O extra Sishencong escreve-se EX-CP-1. EX significa extra; CP significa
Cabeça e Pescoço. Logo é o primeiro ponto extra da cabeça e pescoço. O extra
Dannangxue pode catalogar-se como EX-MI-6. É o 6º ponto extra do membro
inferior (VIANNA, 2012).

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5 MICROSSISTEMAS

5.1 Pavilhão auricular

O pavilhão auricular apresenta várias saliências e depressões e é constituído


por tecido fibrocartilaginoso, adiposo, muscular, vasos sanguíneos, vasos linfáticos
e grande quantidade de nervos. Visando facilitar o estudo anatômico da orelha, há
nomenclatura específica para cada proeminência e depressão. As principais
nomenclaturas anatômicas são hélix, raiz da hélix, tubérculo auricular, anti-hélix,
fossa triangular, fossa escafoide, trago, incisura superior do trago, antítrago,
incisura do intertrago, fossa superior do antítrago, lóbulo da orelha, concha cimba e
concha cava (MACIOCA, 2007).
A semelhança do pavilhão auricular com a figura de um feto invertido ocorre
pela localização anatômica dos pontos que correspondem às partes do corpo. Por
exemplo, os pontos relacionados com face, mandíbula e cavidade oral estão
presentes no lóbulo. Cabeça, fronte e tronco cerebral estão no antítrago. O sistema
digestório relaciona-se com a raiz da hélix. Órgãos abdominais estão na concha
cimba. Órgãos torácicos e alguns abdominais, na concha cava. Coluna, mamas e
tórax vinculam-se à anti-hélix. Membros inferiores estão no ramo superior da anti-
hélix. As regiões pélvica e glútea, no ramo inferior da anti-hélix. O sistema
reprodutor, na fossa triangular. Os membros superiores, na fossa escafoide
(FONSECA, 2011).
Figura 6. Nomenclatura da anatomia do pavilhão auricular.

Fonte: Adaptada de Aleksandrs Bondars

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5.2 Pontos auriculares

Os locais específicos de ação da medicina tradicional chinesa na superfície


da pele do pavilhão auricular são chamados de pontos auriculares. Você sabe
quantos pontos auriculares específicos existem? São mais de 200 os pontos
descritos! Eles estão representados de forma bilateral, ou seja, estão presentes nas
duas orelhas e devem ser estimulados bilateralmente. Um exemplo é o ponto
hipotensor. Está presente nas duas orelhas e, quando é escolhido para compor um
protocolo de tratamento, deve ser estimulado no pavilhão direito e no esquerdo. As
exceções à bilateralidade são os pontos coração, baço e pâncreas, pois são, por
natureza, unilaterais da orelha esquerda. Fígado e vesícula biliar, por sua vez, são
pontos unilaterais da orelha direita. Esses devem receber estímulos apenas na
orelha em que são localizados (SOUZA, 2001).
Os pontos auriculares são classificados de acordo com suas funções em
grupos. Os pontos de área correspondente abrangem 46,1% dos pontos
auriculares. Eles são representantes de porções da anatomia corporal dentro do
pavilhão auricular como, por exemplo, o ponto ombro, ponto punho, brônquios,
traqueia, ureteres, condutos biliares. Esses pontos tornam-se reativos quando é
afetada a área anatômica a que eles correspondem (SOUZA, 2001).
Os pontos Zang Fu também estão associados à localização anatômica e
ainda se referem às funções energética e fisiológica dos órgãos energéticos do
sistema de órgãos e vísceras da medicina tradicional chinesa. Eles representam
apenas 7,14% dos pontos auriculares, porém, são amplamente utilizados na prática
clínica, em cerca de 90% dos tratamentos delineados. Um exemplo é o ponto rim,
que abrange a estrutura anatômica que conhecemos por “rim” e ao órgão Zang
“rim”. Da mesma forma, há os pontos coração, fígado, baço, pulmão, intestino
grosso, intestino delgado, vesícula biliar, bexiga e estômago (SOUZA, 2001).
O grupo dos pontos específicos atua com ação terapêutica delimitada. Cada
ponto para uma manifestação clínica específica, como o ponto alergia e o ponto
hipotensor. Em geral são combinados com outros pontos para compor o tratamento.
Eles ocupam 16,23% dos pontos auriculares (SOUZA, 2001).

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Há pontos que estão intimamente envolvidos com o sistema nervoso,
representando as estruturas propriamente ditas e suas atividades excitatórias ou
depressoras. Ciático, tálamo, Shen Men, tronco cerebral, simpático e cérebro são
exemplos de pontos do sistema nervoso, que na sua totalidade ocupam 11,69% dos
pontos localizados no pavilhão auricular. O sistema endócrino possui 5,19% dos
pontos na auriculoterapia. Os pontos relacionados com as glândulas, por sua vez,
são hipófise, tireoide, suprarrenais, pâncreas, gônadas, entre outros.

São muitos os pontos auriculares e a maioria deles está na face anterior


do pavilhão. Alguns poucos se localizam no dorso da orelha (SENNA;
SILVA; BERTAN, 2012).

Na Figura 7, temos um mapa auricular em que podem ser localizados os


principais pontos.

Figura 7. Mapa com a localização dos principais pontos auriculares.

Fonte: Adaptada de Garcia (1999).

21
O delineamento do protocolo de tratamento abrange mais de um tipo de
ponto. No caso de um paciente com hipotensão, por exemplo, podemos utilizar os
pontos suprarrenal (endócrino), hipófise (endócrino), hipertensor (específico) e
coração (Zang Fu). Os pontos do sistema endócrino auxiliam no processo de
vasoconstrição e no fortalecimento cardiovascular. O ponto específico eleva a
pressão arterial de forma direta e o Zang Fu correspondente age no controle dos
vasos e sangue, além de promover a atividade cardiovascular (GARCIA, 1999).
Uma doença crônica sistêmica que pode ser tratada de forma complementar
com a auriculoterapia é a artrite reumatoide. As lesões inflamatórias acometem as
articulações, podendo gerar dor e deformidades nos pés e mãos. Na medicina
tradicional chinesa, a artrite é classificada como síndrome Bi, causada por obstrução
na circulação de Qi e sangue nos meridianos e articulações. Para a seleção de
pontos auriculares, sugere-se o ponto da área correspondente acometida como, por
exemplo, o ponto dedos, enquanto os pontos suprarrenal, alergia e endócrino
auxiliam com ação anti-inflamatória e os pontos baço e fígado promovem a redução
da inflamação e do processo degenerativo dos músculos. O ponto rim, por sua vez,
ao ser tonificado, detém a deformação óssea (NEVES, 2009).
A auriculoterapia também pode ser empregada para tratar distúrbios mais
simples, como um resfriado comum. Neste caso, indica-se o uso dos pontos pulmão,
laringe-faringe, nariz interno e traqueia. Esses pontos também costumam
apresentar reação positiva à exploração elétrica. Náuseas e vômitos são sintomas
que podem aparecer em consequência de causas diversas. São frequentes e muito
incômodos. O estímulo nos pontos estômago, simpático, cárdia, occipital e
subcórtex auxiliam no controle dessas manifestações, mas não dispensam uma
análise profunda da etiologia dos sintomas. A esta seleção de pontos, podem-se
adicionar os acupontos dos Zang Fu, que estão relacionados, aumentando assim a
eficácia do tratamento (GARCIA, 1999).
A cervicalgia, de acordo com a medicina oriental, é causada por debilidade
de rim e fígado e estagnação de Qi. Pode ser tratada com auriculoterapia,
selecionando os pontos região cervical (área correspondente), rim (age em ossos),
fígado (atua nos músculos), endócrino (auxilia a ação do ponto rim diretamente nos

22
ossos e favorece o balanço entre cálcio e fósforo do organismo), nervo occipital
maior (age desobstruindo os meridianos estagnados) e shen men (ponto com
função analgésica e anti-inflamatória) (MACIOCIA 2007).
Segundo SOUZA (1997), em sua obra Tratado de auriculoterapia, a
aplicabilidade dessa técnica é tão ampla quanto toda a medicina tradicional chinesa,
podendo ser utilizada por todos. Após uma avaliação do paciente, o profissional
habilitado irá realizar a seleção de pontos e o método de estímulo (sementes,
agulhas, entre outros). As manifestações clínicas mais comuns tratadas
exclusivamente pela auriculoterapia ou em conjunto com a acupuntura sistêmica
são distúrbios gastrointestinais, respiratórios, ginecológicos e urinários,
hipertensão, cefaleia, vertigem, neuralgia do trigêmeo, dores na coluna, diabetes,
artrite, urticária, rinite e alergias.
No Quadro 2, a seguir, você encontra os principais pontos auriculares, com
sua localização e com as correspondentes funções no organismo.

Quadro 2. Principais pontos auriculares, localizações e funções no organismo


Ponto auricular Localização Ação
Shen Men Fossa triangular. Analgésico, sedante,
anti-inflamatório, acalma
a mente.
Ansiedade Quadrante sete do lóbulo. Trata a ansiedade e o
nervosismo.
Simpático Porção final do ramo Vasodilatador, relaxa a
inferior da anti-hélix. musculatura lisa,
regulador do sistema
neurovegetativo e regula
as secreções internas.
Ponto zero Depressão após nascer a Distúrbios
raiz do hélix. psicossomáticos,
analgesias, regulador das
atividades funcionais dos
órgãos internos.
Boca Entre o conduto auditivo Problemas locais,
externo e a raiz do hélix. verborragia, ponto
sedante, sendo utilizado
também para tratar
obesidade, insônia, vícios
e tabagismo.

23
Cardia Bordo inferior da raiz do Usado em transtornos
hélix anterior ao digestivos como náusea e
estômago. refluxo ácido.
Endócrino Incisura intertrágica. Utilizado em problemas
glandulares. Drena
umidade e tonifica o Yin.
Suprarrenal Ápice do trago. É vasoconstritor e tonifica
o Yang.
Ápice da orelha Ponto mais alto da orelha. Usado com sangria para
sedação, anti-
inflamatório, analgésico,
elimina calor, clareia a
visão e é hipotensor.
Sede, fome e vício Em frente ao trago. Regulam as funções de
sede, fome e vícios.
Ping Chuan Próximo ao ápice do Utilizado nos casos de
antítrago. asma e dispneia.
Rim Concha cimba, na Usado para tonificar a
direção da bifurcação do essência, beneficiar a
ramo inferior e superior lombar, fortalecer os
do anti-hélix. ossos e tratar os medos.
Bexiga Anterior ao rim. Trata distúrbios do
sistema urinário
(incontinência urinária e
enurese noturna).
Fígado Bordo posteroinferior da Indicado para
concha cimba (na orelha desarmonias hepáticas e
direita). digestivas, fortalece os
tendões e ligamentos,
beneficia os olhos.
Vesícula biliar e pâncreas Entre o ponto rim e O VB tem função sobre a
fígado. Representa, na bile e, sendo acoplado do
orelha direita, a vesícula fígado, contribui na
biliar (VB) e, na esquerda, função deste. O ponto
o pâncreas. pâncreas é utilizado nos
casos de pancreatite e
diabetes.
Baço Bordo supraexterno da Transformação e
concha cava (na orelha transporte. Trata a
esquerda). umidade e mantém o
sangue dentro dos vasos.
Intestino grosso Bordo superior da raiz da Função excretora. É
hélix, ao nível do ponto responsável pela
boca. absorção de água e sais
minerais, elimina calor e
trata constipação.

24
Intestino delgado Bordo superior da raiz da Trata a indigestão,
hélix. parasitoses, dificuldade
para absorver nutrientes,
diarreias, constipação
intestinal e palpitações.
Estômago Onde nasce a raiz da Usado nos transtornos
hélix. gastrintestinais, regula e
tonifica o aquecedor
médio e descende o Qi.
Trata náuseas, soluços,
afta e calor no estômago.
Pulmão Encontra-se acima e Trata edema, doenças de
abaixo do ponto do pele, rinite, asma,
coração. dispneia, tristeza e voz
fraca.
Coração No centro da concha Fortalece o coração,
cava. acalma a mente, controla
a transpiração, trata a
insônia, verborragia,
ansiedade e angina.

5.3 Manopuntura

A manopuntura é um método que consiste em estimular certo número de


pontos na mão com fins terapêuticos e analgésicos, se baseia no fato de que esse
membro contém pontos correspondentes ao corpo humano.
São conhecidos atualmente 345 pontos; os mesmos fazem parte de um
grupo de pontos fora dos meridianos que estão constituídos por ramificações ou
cruzamentos secundários dos vasos principais.

O método de tratamento consiste no uso de um microssistema de áreas e


pontos de correspondência com micro meridianos de acupuntura,
localizados nas mãos e que podem ser estimulados com uma ampla
variedade de métodos: agulhas, moxa, ventosas, ímãs, eletricidade ou com
pressão manual para obter o efeito desejado ( SORENSEN,1978).

25
Figura 8. Mapa com a localização dos principais pontos

Fonte: https://www.tuasaude.com/

5.4 Podopuntura

Assim como a manopuntura, a podo também se baseia no fato de que os pés


contêm pontos correspondentes ao corpo humano. O pé direito corresponde ao
hemicorpo D e o pé esquerdo ao hemicorpo E. Com base nessa experiência, os
órgãos duplos como pulmões, rins, ovários, são encontrados nos dois pés e os
órgãos ímpares como fígado, coração e baço, são encontrados no pé direito ou
esquerdo, seguindo a mesma localização que ele no corpo. A coluna por estar no
centro do corpo, está localizada ao longo da linha lateral interna em ambos os pés
e as partes externas como ombros, joelhos e quadris estão dispostos na porção
lateral externa (MACIOCIA, 2007).

26
Figura 9. Mapa com a localização dos principais pontos

Fonte: https://acupunturaecompanhia.wordpress.com/

5.5 Craniopuntura

Craniopuntura é um microssistema de pontos que estão localizados no


couro cabeludo, e podem ser classificados como uma representação
somática do corpo. O menor número de agulhas, a maior quantidade de
respostas (YAMAMOTO, 1970).

A craniopuntura foi descoberta por um neurocirurgião chinês, Chiao Shum


Fa, médico do Hospital do povo da comarca de Chi Shan, norte da china. Desiludido
com resultados da Medicina Ocidental no tratamento das sequelas neurológicas
passou a estudar a acupuntura e teve a brilhante hipótese de que o estímulo de
pontos do couro cabeludo, que têm maior proximidade com o córtex cerebral do que
os pontos sistêmicos teriam efeito mais rápido sobre as doenças cerebrais. Com o
apoio dos colegas, passou a realizar pesquisas, até mesmo estimular os pontos da
própria cabeça, diante de um espelho.

27
Em março de 1971, conseguiu curar a hemiplegia de um paciente causada
pós endoarterite de vaso cerebral. Ficou muito entusiasmado e continuou
intensivamente seu trabalho. Em 1975, após tratar 600 casos, publicou suas
descobertas no livro “ScalpNeedling Therapy”.
De acordo com a doutrina dos meridianos:

Todos os meridianos Yang passam pela cabeça e os vasos maravilhosos


Du Mai e Ren Mai também. Assim, pela cabeça, todo o corpo pode ser
controlado.

A nova técnica usava o uso de áreas do crânio para o tratamento da


acupuntura. Os pacientes escolhidos eram principalmente aqueles com sequelas
de AVC (acidente vascular cerebral), com paralisia, com dor ou distrofia muscular
(TOMINAWA, 2010). A técnica da craniopuntura seguia um protocolo diferente da
acupuntura clássica que usava os pontos tradicionais, ao longo dos canais de Qi.
Os pacientes recebiam os tratamentos sentados, com as agulhas direcionadas
horizontalmente, próximas ao córtex cerebral. A manipulação era manual, quase
contínua, por 5 a 10 minutos para cada tratamento. Na época, foi tentada a
estimulação elétrica, mas não se chegou a qualquer melhora nos resultados.
Cerca de 10 anos após o início da técnica da craniopuntura chinesa, o médico
japonês Dr. Yamamoto, que já estudava na China nos anos 70, acrescentou novos
pontos de tratamento no crânio. Criou o protocolo denominado Craniopuntura de
Yamamoto, também conhecido por NCY ou Nova Craniopuntura de Yamamoto.
Também o médico chinês, Dr. Zhu, na mesma época, descobriu, nas suas
atividades clínicas, outras áreas do crânio para tratamentos de craniopuntura.
Recentemente houve o desenvolvimento de acupuntura escalpeana ou
craniopuntura com o reconhecimento moderno sobre as áreas representativas do
córtex cerebral. Foram feitas muitas pesquisas pioneiras durante a revolução
cultural no hospital Jishan da província de Xhanxi, onde foram obtidos resultados
excelentes no tratamento de certas doenças do sistema nervoso central.
Atualmente essa técnica está evoluindo principalmente com a ajuda de
equipamentos de imagem como a ressonância magnética funcional que relacionam

28
com precisão as áreas do cérebro relacionadas aos locais doentes do corpo. Os
resultados clínicos atuais são surpreendentes (FEELY, 2005).
A craniopuntura pode bloquear qualquer tipo de dor e também outras
doenças sistêmicas, mas, sem dúvida, os pacientes que sofrem por sequelas de
AVC serão os mais beneficiados pela craniopuntura moderna (FEELY, 2005).
A resposta mais comum da acupuntura craniana é a sensação de calor que
é geralmente sentida no membro oposto ao local de inserção da agulha e menos
frequentemente, esta sensação pode ser percebida, em todo o corpo ou localizada
em uma articulação ou em um músculo. Porém outras manifestações que incluem
entorpecimento e sensação de aperto, sensação de frio e de dor; contudo, essas
sensações geralmente desaparecem durante a retenção da agulha (FEELY, 2005).
A craniopuntura chinesa diferente da acupuntura clássica, não utiliza pontos
de acupuntura ou meridianos; as agulhas são inseridas em couro cabeludo,
procurando correspondência com áreas funcionais corticais (SILVA, 2012).
A Nova Craniopuntura de Yamamoto (YNSA) foi publicada, por ocasião do
25° Encontro da Sociedade Japonesa de Ryodoraku, realizado em Osaka, Japão.
A YNSA é uma acupuntura somatotrópica. De acordo com essa técnica, acredita-
se que o corpo tem representação em pequenas áreas predeterminadas no crânio,
que são puncionadas para se conseguirem resultados nas áreas representadas.
(BOCINHAS, 2002)

5.5.1 Craniopuntura chinesa

Criada por um médico chinês, a partir da hipótese de que o estímulo de


pontos do couro cabeludo, que têm maior proximidade com o córtex cerebral do que
os pontos sistêmicos teriam efeito mais rápido sobre as doenças cerebrais. Com o
apoio dos colegas, passou a realizar pesquisas, até mesmo estimular os pontos da
própria cabeça, diante de um espelho. Seguem os dados abaixo sobre a
localização, partes e indicações, fornecidos por SILVA (2012):

29
• Linha da região motora
Localização: 0,5 cm atrás do ponto médio VG20.
Sendo divida em três partes:
• 1/5 superior: Indicações: paralisia do membro inferior contralateral.
• 2/5 médio: Indicações: paralisia do membro superior contralateral.
• 2/5 inferior: Indicações: paralisia facial contralateral, afasia motora
(incapacidade de expressão da linguagem) e disartria (dificuldade da fala).
Figura 10. Linha da região motora

• Linha sensorial
Localização: 1 cm anterior ao ponto médio VG20.
Sendo dividido em:
• 1/5 superior: Indicações: alterações do membro inferior contralateral e dores
lombares acompanhadas de dormência ou formigamento.
• 2/5 médio: Indicações: paralisia do membro superior contralateral,
acompanhadas de dormência ou formigamento.
• 2/5 inferior: Indicações: paralisia facial contralateral, acompanhadas de
dormência ou formigamento.
Figura 11. Linha sensorial

30
• Área sensitiva-motora do pé
Localização: segmento de reta paralela a linha mediana, lateral a 1 cm desta
linha iniciando a partir do ponto médio da linha sagital entre a proeminência occipital
e a base do nariz. Na altura do VG20.
Indicações:
• dor, parestesia e paresia de membro inferior contralteral e lombalgia aguda.

Figura 12. Área sensitiva-motora do pé

• Linha vestíbulo-coclear
Localização: segmento de reta horizontal de 4cm, a 1,5 cm acima do ápice
da orelha.
Indicações:
• labirinto, equilíbrio, vertigem, problemas auditivos.

Figura 13. Linha vestíbulo-coclear

31
• Segunda linha da linguagem
Localização: segmento de reta de 3 cm no plano sagital, acompanhando o
contorno do crânio, iniciando a 2 cm atrás da orelha e abaixo da proeminência
parietal.
Indicações:
• afasia motora.

Figura 14. Segunda linha da linguagem

• Segunda linha da linguagem


Localização: segmento de reta horizontal. Inicia no ponto médio da linha
vestíbulo coclear e termina 4cm acima da orelha.
Indicações:
• zumbido no ouvido, problemas de audição e afasia sensorial.

Figura 15. Segunda linha da linguagem

32
• Linha psicomotora
Localização: 3 segmentos de reta, 3 cm cada, iniciando na proeminência
parietal, 1 segmento vertical, 1 formando um ângulo de 40° para frente e o outro
para trás.
Indicações:
• apraxia (incapacidade em realizar movimentos voluntários e coordenados,
dificuldade na coordenação temporal e espacial dos movimentos).

Figura 16. Linha psicomotora

• Linha visual
Localização: segmento de reta, iniciando a 1 cm lateral á protuberância
occipital, 4 cm vertical acima.
Indicações:
• perturbações visuais de origem cortical e dores oculares.

Figura 17. Linha visual

33
• Área de equilíbrio
Localização: segmento de reta, iniciando a 3,5 cm lateral á proeminência
occipital, 4 cm verticalmente abaixo.
Indicações:
• alterações de equilíbrio de origem cerebelar.

Figura 18. Área de equilíbrio

• Princípios de seleção local


Para o tratamento das afecções unilaterais, seleciona-se a área da cabeça
contralateral: se for bilateral, trata-se ambos os lados da cabeça. Enquanto
distúrbios dos órgãos internos, doenças sistêmicas, doenças difíceis de distinguir
os lados, são tratadas pela estimulação bilateral da cabeça.

Seleciona-se a área principal que corresponde à área representativa no


córtex cerebral de um determinado distúrbio e acrescenta-se uma área
complementar SILVA (2012).

5.5.2 Nova craniopuntura segundo Yamamoto

A Nova Acupuntura Craniana segundo Yamamoto (YNSA) é bem semelhante


à acupuntura auricular, sendo que todas atuam baseadas em somatotopias ou
microssistemas, que são representações do organismo como um todo, mas em
formato pequeno, em áreas circunscritas do corpo. Quando há doença está se
mostra através de pontos reativos situados em áreas de correspondência à parte

34
enferma e através do manejo destes mesmos pontos reflexos pode-se agir
positivamente sobre a doença e curá-la (YAMAMOTO, 2007).
Diferente da auriculoterapia francesa ou da reflexologia plantar clássica,
YAMAMOTO (2007) tratou de dar a sua técnica uma conotação toda particular,
deixando-a em parte como reflexoterapia pura e simples, acrescentando uma
abordagem energética, utilizando as concepções da MTC.
YAMAMOTO (2007) também lhe agregou esquemas especiais de
diagnóstico rápido e eficaz dos desequilíbrios, o diagnóstico abdominal e o
diagnóstico através do pescoço. YNSA é dividida em 3 grupos:

• Pontos básicos;
• Pontos sensoriais;
• Pontos cerebrais.

• As somatotopias de Yamamoto

• Pontos básicos Yin


Correspondem mais às áreas ou linhas que a verdadeiros pontos. Por
questões de simplificação quaisquer das três denominações são empregadas para
caracterizar. De ação tipicamente reflexológica, localizam-se na parte anterior do
crânio, mais exatamente na linha capilar, tanto na fronte como nas têmporas. São
um total de 9. Suas indicações são para problemas músculo-esqueléticos,
alterações e dor envolvendo o aparelho cinético, alterações patológicas (ferimentos
pós-operatório), paralisias, hemiplegias, parestesias, sendo facilmente detectáveis
à pressão (tornando-se dolorosos). Os resultados de sua aplicação são, em geral,
imediatos, sendo as agulhas empregadas apenas de um lado, o mesmo do
problema em questão (SILVA, 2012).

• Ponto A
Localizado na implantação frontal dos cabelos, a aproximadamente 1 cm
lateralmente à linha mediana, com cerca de 2 cm de extensão. Dividido em 8

35
sessões, que correspondem a cabeça e coluna cervical (A1 à A8), os pontos
reflexos referentes à cabeça estão mais alto e os cervicais (apenas os superiores)
mais em baixo.
Indicações: Nos tratamentos de cefaleias, enxaqueca, neuralgia do trigêmeo,
problemas de ATM, paralisia facial, dores de dente, tontura, labirintite, herpes facial,
síndrome cervical, pós-operatório de amigdalectomias. Agulhas postas
subcutaneamente, direcionadas para trás, aprofundando 2 a 3 cm.

• Ponto B
Localizado aproximadamente a um cm lateral do ponto A ou dois cm
lateralmente a linha mediana na linha de implantação dos cabelos. Corresponde à
coluna cervical e ao ombro.
Indicações: No tratamento de bursites e tendinites de ombro e da região do
trapézio. Mesma tática e profundidade de inserção das agulhas que o ponto A.

• Ponto C
Localizado aproximadamente 2,5 cm do ponto B, também com extensão de
2 cm, corresponde à escapula e ao membro superior. Subdividido em 9 sessões, na
região mais cranial relaciona-se ao ombro, ficando bem na linha de implantação dos
cabelos o cotovelo e no extremo inferior a mão, sendo que os polegares têm
localização medial (pois os 5 dedos podem ser isoladamente detectados e tratados).
Indicações: Síndromes ombro- mão, síndrome do túnel do carpo (em fase
inicial), paralisias.

• Ponto D
Encontra-se na região temporal, também na linha de implantação dos
cabelos, há aproximadamente 1 cm acima do arco zigomático e 2 cm à frente da
orelha, pode também ser localizado através de uma linha onde que corre do ângulo
externo dos olhos (canto do olho) ao ângulo superior da orelha. Corresponde à
coluna lombar, à bacia e às extremidades inferiores.

36
Indicações: lombalgias, lombociatalgias, coxartrose, luxação habitual da
patela, paralisias dos membros inferiores, enfermidades urogenitais, impotência
sexual.
Possui uma extensão na frente da orelha verticalmente onde aparece
subdividido em 6 sessões, que distribuem-se da altura da implantação das orelhas
até a altura da incisura tragal, como um colar de contas, que são auxiliares no
tratamento de problemas lombares, sacrais e coccígeos.

• Ponto E
Localizado acima da sobrancelha, aproximadamente a 1 cm lateral à linha
mediana, se estendendo por 2 cm inclinado 15º para cima. Corresponde à caixa
torácica e à coluna dorsal. Subdividido em 12 sessões, T1 à T12.
Indicações: Neuralgias intercostais, herpes zoster, asma bronquial, alergias,
respiratórias, palpitações, bem como problemas de nariz e laringe. As agulhas são
aprofundadas de 1 a 23 cm a cerca de 30º.

• Ponto F
Situado na região retro auricular, no ponto mais alto do processo mastoide,
não possui subdivisões. Corresponde ao nervo ciático.
Indicações: Ciatalgias

• Ponto G
Localizado também na região retro auricular, possui 3 subdivisões situadas
ao longo do bordo inferior do processo mastoide. Corresponde aos joelhos, do mais
anterior para o mais posterior referem-se à parte medial, central e lateral do mesmo
respectivamente.
Indicações: Patologias do joelho

• Ponto H
Localizado aproximadamente a 0,5cm posterior ao ponto básico B.
Indicações: Ponto adicional para lombalgias

37
• Ponto I
Situado a aproximadamente 1 cm posteriormente ao ponto básico C.
Indicações: Lombalgias, problemas relacionados às extremidades inferiores,
48 como parestesias, hemiplegias, lombociatalgias.

Figura 19. Pontos básicos Yin

• Pontos básicos Yang


Corresponde aos mesmos Pontos Básicos Yin, localizados na parte posterior
do cérebro tomando como linha básica a sutura lânguida. Sua descrição é um pouco
difícil por tomarem como referência uma sutura não detectável visualmente.
Segundo as colações de Dr. Yamamoto sua utilização se dá apenas quando os
resultados com Pontos Yin são negativos, o que raramente acontece, pois na prática
cotidiana as somatotopias Yin são suficientes nas quase totalidades dos casos
(SILVA, 2012).

38
Figura 20. Pontos básicos Yang

• Pontos sensoriais
Pontos relativos aos órgãos dos sentidos, olhos, nariz, boca e ouvido.

• Ponto do olho
Localizado lateralmente a 1 cm da linha mediana, 1 cm abaixo do ponto
básico A.
Indicações: Doenças oculares em geral, quaisquer tipos de conjuntivite,
infecciosa ou alérgica, estrabismo, catarata, glaucoma, visão obstruída, situações
pós-operatórias, lacrimejamento ou ressecamento ocular observado com o avanço
da idade.

• Ponto do nariz
Localizado na vertical 1 cm abaixo do ponto do olho.
Indicações: Todas as infecções do nariz, desde obstrução nasal, alergias,
rinites, sinusites, dor após ferimentos ou cirurgia, secura ou mucosidade excessiva,
epstaxes ocasionais, entre outras.

39
• Ponto da boca
Localizado também na vertical, 1 cm do ponto do nariz.
Indicações: Todas as infecções da boca, estomatites, herpes simples,
gengivites, dores de dente, queimor na língua, distúrbios do paladar, distúrbios da
fala, afasia, situações pós-operatórias, ferimentos.

• Ponto do ouvido
Situado no prolongamento caudal que vai do ponto C ao Yintang (ponto
extra).
Indicações: Todas as afecções dos ouvidos, otites, labirintites, surdez,
zumbido, situações pós e pré-operatórias.

Figura 21. Pontos sensoriais Yin e Yang

• Ponto do cérebro
Situados a 1 cm bilateralmente ao lado da linha mediana em continuação ao
ponto básico A na direção posterior a linha de inserção dos cabelos, encontramos
pontos correspondentes ao cérebro, cerebelo e ao gânglio situado exatamente na
linha central.
Indicações: Todos os distúrbios motores neurológicos, hemiplegias,
paralisias, mal de Parkinson, esclerose múltipla, disfunções endócrinas, vertigem,
zumbido, dores de cabeça, nevralgia do trigêmeo, demência, mal de Alzheimer,

40
depressão, insônia, distúrbios psicológicos. Geralmente estes pontos são utilizados
de forma contralateral.

Figura 22. Pontos do cérebro, cerebelo e gânglios basais

41
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ACUPUNTURE and moxibustion of traditional Chinese medicine. Intangible Cultural


Heritage of the United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization,
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42
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Yamamoto, NCY. São Paulo, Roca, 2007; 1-139

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