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MAPA MENTAL

RESTRIÇÃO DO CRESCIMENTO FETAL

MORBIMORTALIDADE PERINATAL,
A restrição do crescimento fetal (RCF) ocorre quando o feto não atinge seu
INFÂNCIA E VIDA ADULTA
potencial genético de crescimento por causa de um fator patológico; a causa
mais comum é a insuficiência placentária • Perinatal: óbito fetal e neonatal, hipoxemia, síndrome
de aspiração meconial, hipoglicemia, hipocalcemia,
Na prática clínica, a RCF é definida por meio do percentil de peso quanto à idade hiperbilirrubinemia, policitemia, hipotermia, hemorragia
gestacional (menor que P10 ou P3 a depender da referência) periventricular, enterocolite necrotizante
• Na infância: atraso do desenvolvimento
neuropsicomotor
Diferenciar Pequeno para a Idade Gestacional (PIG —
• Vida adulta: hipertensão, diabetes, síndrome metabólica
constitucional) de RCF (patológico) — peso e Doppler
DIAGNÓSTICO — ULTRASSONOGRÁFICO
• PFE ou CA menor que P3: RCF
• Alterações de Doppler (AU, ACM, RCP ou Aut): RCF • ACOG, FEMINA, Ministério da Saúde — PFE menor que P10
• PFE entre P3 e P10 com Doppler normal: PIG • Medicina Fetal Barcelona e Unifesp — PFE menor que P3 ou
entre P3 e P10 com alteração de Doppler
Rastreamento — pacientes com fatores de risco, altura uterina menor que o
• ISUOG, FIGO — consenso de especialistas baseado em
esperado ou ganho de peso inadequado — realizar USG obstétrica
método Delphi
• Restrição do crescimento fetal precoce (menos
ETIOLOGIA de 32 semanas) — excluídas malformações

• CA/PFE menor que P3 ou Doppler de AU com


• Maternas, fetais ou placentárias diástole zero ou
• Mais comum — insuficiência placentária • CA/FPE menor que P10 e IP da Aut maior que
• Outras etiologias: infecções, genéticas, desnutrição, P95 ou IP da AU maior que P95
uso de drogas, entre outras
• Restrição do crescimento fetal tardia (menor ou
igual a 32 semanas) — excluídas malformações
CLASSIFICAÇÃO
• CA/PFE menor que P3
• Ou duas das três características
• RCF precoce menor que 32 semanas — maior associação com PE,
geralmente cursa com alteração da AU, prematuridade, manejo difícil w CA/PFE menor que P10
• RCF tardia maior ou igual a 32 semanas — menor associação com w CA/PFE — queda de mais de dois
PE, AU geralmente normal, ACM e RCP alterados, diagnóstico difícil, quartis na curva de crescimento
menor tolerância à hipóxia w Relação cérebro-placentária menor
que P5 ou IP da AU maior que P95
MANEJO DA RCF

• RCF não tem tratamento


DOPPLERVELOCIMETRIA — PAPEL FUNDAMENTAL • Importância da avaliação da vitalidade e da decisão do
momento do parto
NO DIAGNÓSTICO E MANEJO DA RCF • Sem consenso sobre os intervalos dos exames de
vitalidade — protocolos de cada serviço
• Artérias uterinas — indica se a placentação foi inadequada
• Artérias umbilicais — auxilia no diagnóstico e manejo da RCF:
sua aplicação diminui mortalidade. Geralmente alterada na RCF PARTO NA RCF
precoce
• Artéria Cerebral Média — dilatação no processo de centralização
• Feto PIG — parto via obstétrica — 40 semanas
fetal, além disso pode estar alterada mesmo com AU normal na
RCF tardia • Critérios de indicação independentemente da idade
gestacional: PBF menor ou igual 4, alterações de
• Relação cérebro-placentária — Doppler ACM/Doppler da AU, mais
cardiotocografia (padrão sinusoidal, desacelerações
sensível para detectar alterações do que os componentes isolados
repetitivas em exame anteparto, variabilidade ausente
• Ducto venoso — avaliado quando ocorre o processo de com desacelerações tardias), STV menor que 2,6 ms, risco
centralização de fluxo e geralmente só altera após a AU apresentar
materno (PE grave)
diástole zero. DV com onda a zero ou reversa maiores taxas de
• Diástole zero na AU — parto cesárea a partir de 34 semanas,
mortalidade perinatal independentemente da idade gestacional
antes de 34 semanas — avaliação do ducto venoso
• Diástole reversa na AU — parto a partir de 30 a 32 semanas
• Ducto venoso com onda a reversa — parto a partir da
viabilidade
Cardiotocografia e Perfil biofísico fetal — utilizados
em conjunto com o Doppler para avaliação da VIA DE PARTO NA RCF
vitalidade fetal. Geralmente as alterações são tardias,
após ou concomitante às alterações de ducto venoso • RCF por si só não é indicação de cesárea
na RCF precoce e precedendo o óbito fetal tanto na • Se AU com diástole zero ou alterações mais tardias (diástole
RCF precoce quanto tardia reversa, alterações de ducto venoso, alterações de STV) —
parto cesárea devido ao risco de sofrimento fetal intraparto
• RCF com Doppler normal ou com aumento de resistência da
• Cardiotocografia computadorizada — avaliação AU (com diástole positiva), diminuição de resistência da ACM,
da variação de curto prazo (STV) — boa correlação alteração da RCF — o parto pode ser induzido
com acidemia fetal
• Preferir métodos mecânicos de indução do parto, evitar
prostaglandinas
• Controle rigoroso da vitalidade fetal intraparto —
cardiotocografia contínua
• Corticoterapia está indicada em partos entre 24 e 34 semanas
• Neuroproteção com sulfato de magnésio em partos antes de
32 semanas

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