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Diagnóstico e acompanhamento gestacional em pequenos animais

Palpação GATAS: 36 a 45 dias após a ovulação

A palpação cuidadosa e completa do útero através da parede ANTES: consegue visualizar somente o útero aumentado e
abdominal entre os dias 28 e 35 continua sendo a ferramenta visível, não consegue diferenciar de gestação e piometra
de diagnóstico de gravidez mais utilizada
55 A 61 APÓS A OVULAÇÃO: avaliação de tamanho, posição
Até 35 dias: sente vesículas deslizando (precisa de duas projeções) e número de fetos

35 +: mais difícil, porque as vesículas aumentam de tamanho  Diâmetro da cabeça comparado com o diâmetro do
e uma encosta na outra canal pélvico, visualizando se é possível o filhote
nascer em parto normal
Próximo ao parto: fetos palpáveis, movimento  Predisposição a distocia
Coloca uma mao de cada lado de abdômen do animal, palpa RX: muito mais específico para contar o numero de fetos
os processos transversos do animal e desliza a mão em
sentido ventral  Contabilizando pela cabeça e coluna correspondente

➔ LIMITAÇÕES Determinação da idade gestacional / previsão


Conformação corporal, tensão abdominal
da data de parto
Experiencia
Planejar e prever a data do parto: permite o preparo do M.V.
Impossível determinar tamanho da ninhada precisamente
e o criador para eventuais complicações durante o pré-parto
Não consegue através da palpação se os fetos estão viáveis e e parto
se o útero tem alguma afecção
Preparação do ambiente para o parto, identificação de
necessidade de cesariana

CESARIANA: feto único, braquicefálicas


Teste sanguíneos
PACIENTES DE ALTO RISCO: diabetes, fêmeas idosas,
HCG: a placenta dos animais não produz a gonadotrofina comorbidades
coriônica
PRINCIPAIS MÉTODOS: determinação da ovulação e dosagens
PROGESTERONA: a fêmea gestante e não gestante tem níveis hormonais
altos de progesterona, pelo corpo lúteo da cadela durar em
Exame ultrassonográfico - Organogênese, mensuração de
torno de 100 dias
estruturas fetais, fluxo e Fc, contagem do numero de fetos
RELAXINA: produzido pela unidade feto-placentária

 Positivo pós aborto e morte fetal – mesmo com o


➔ DETEMINAÇÃO DA OVULAÇÃO E DOSAGENS
feto inviável continua produzindo o hormônio
HORMONAIS

CADELAS: progesterona

Avaliação radiográfica Pico de LH: [P4] entre 2 – 4 ng/ml - parto ocorre 65 ± 1 dias
após o pico de LH
Dependendo do tempo gestacional o RX é sensível para a
Ovulação: [P4] entre 4 – 10 ng/ml – parto ocorre 63 ± 1 dias
gestação! Precisa do aumento da radiografia dos ossos do
após a ovulação
feto
±24h antes do parto: [P4] diminui abaixo de 2 ng/ml (pode ser
Na fase final da gestação ele é específico também. Mas não
indiretamente reconhecida pela queda na
consegue determinar a viabilidade fetal
temperaturacorporal)
Usado principalmente na fase final da gestação
GATAS: a ovulação é induzida pelo coito, vários acasalamentos
CADELAS: 45 dias após a ovulação – fase onde a mineralização para induzir o pico de LH
óssea do feto esta completa
P4 diminui apenas APÓS O PARTO – não é possível utilizar ENTRE 23 E 25 DIAS: visibilização do embrião no interior da
dosagem de P4 para predizer o parto vesícula, presença de batimentos cardíacos

Estimativa de quantidade de embriões viáveis, acompanhar o


progresso destes embriões
Exame ultrassonográfico

Método de escolha para diagnostico e acompanhamento


gestacional

Diagnóstico precoce (+- 20 dias)

Análise de possíveis intercorrências – reabsorção embrionária,


morte fetal precoce

Acompanhamento do crescimento embrionário


➔ ORGANOGÊNESE
Desenvolvimento do feto
ENTRE 29 A 30: aparência zonaria da placenta pode ser
TERÇO FINAL DA GESTAÇÃO: análise de variações de FcF
observada
(frequência cardíaca do feto)
 Consegue visualizar as divisões e possíveis alterações
 Índice de resistividade (IR) da artéria umbilical
 Detecção precoce de possíveis sofrimento fetais (na ENTRE 32 A 34: bordas da placenta aparecem curvadas para
proximidade do parto) – queda consistencia da dentro
frequência cardíaca
ENTRE 35 A 39 DIAS: visibilização da bexiga fetal
Realizar pelo menos 3 exames US ao longo da gestação
ENTRE 38 A 42 DIAS: pulmões se tornam hiperecogênicos
PRÓXIMO AO PARTO: avaliações diárias/BID em casos que (mais branco) com relação ao fígado
necessitam cesariana
 Fica hiperecogênico porque dentro do pulmão
embrionário não tem nada, somente visualiza o
parênquima
➔ LIMITAÇÕES DO EXAME
ENTRE 39 A 47 DIAS: rins e olhos - idade gestacional
Qualidade do equipamento
ENTRE 55 A 57 DIAS: sexagem fetal
Experiencia do avaliador
ENTRE 57 A 63 DIAS: intestino – usa para saber se o filhote
esta pronto para o nascimento
➔ CARACTERÍSTICAS DO PACIENTE

Porte, temperatura e Fr materna durante exame


➔ DETECÇÃO DE ALTERAÇÕES
Quantidade de gordura abdominal, gases, tamanho da
A partir de 63 dias
ninhada
Efusão pleural – consegue ver pulmão anecogênico
Características da pele e a qualidade da tricotomia
ANASARCA: acúmulo de fluido no tecido subcutâneo do
filhote, fica extremamente edemaciado
➔ DIAGNÓSTICO GESTACINAL

ENTRE 19 E 21 DIAS (depende do porte e escore da paciente):


➔ ESTIMATIVA DA IDADE GESTACIONAL
visibilização da vesícula gestacional – bolinha preta rs
PRIMEIRA METADE DA GESTAÇÃO (ENTRE 19 E 37 DIAS
Útero dorsal a bexiga
APÓS O PICO DE LH): mensurações do diâmetro da vesícula
gestacional (cavidade coriônica interna, CCI)

CCI – cavidade coriônica interna

Calcula quantos dias falta para o parto


Intestino

Quatro fases diferentes do desenvolvimento intestinal

Fetos nascidos no primeiro dia da fase 1 teriam 10% de chance


de sobrevivência se nascidos naturalmente 20% de chance de
sobrevivência

Término da organogênese intestinal não deve ser usada


como único parâmetro de agendamento da cesariana

➔ FASE 1: entre 39 a 44 dias de gestação

SEGUNDA METADE DA GRAVIDEZ (APÓS 37 DIAS): as Área ecogênica uniforme caudal ao fígado
medidas fetais do diâmetro biparietal (DBP- distância entre
Peristaltismo ausente
um osso pariental ao outri) e do diâmetro abdominal (DA)
podem ser usadas para prever a data do parto

➔ FASE 2: entre 44 a 48 dias

Visualização da parede intestinal em algumas porções, áreas


anecogênicas mescladas com a parede intestinal normal
multifocal.

Peristaltismo ausente

➔ FASE 3: entre 48 a 54 dias

Segmentos intestinais com paredes claramente definidas e


menos áreas anecogênicas quandocomparadas à fase 2

Peristaltismo em algumas porções intestinais, não constante e


algumas regiões do intestino não apresentam movimento
peristáltico

Peristalse intermitente = fase 3

Não completou a organogênese

Erros na interpretação do movimento peristáltico =


determinação imprecisa da idade fetal e, consequentemente,
planejamento inadequado da intervenção cirúrgica
(cesariana), (na fase 3, ainda faltam aproximadamente 8 a 15
dias para o termo

Maior precisão é obtida em ninhadas de tamanho normal


(pequeno porte: 2-6 filhotes; grande porte: 5-9 filhotes) do ➔ FASE 4: 57 a 62 dias
que em ninhadas pequenas e grandes
Determinação ultrassonográfica das camadas da parede,
Diâmetro abdominal DA superfície mucosa-hiperecogênica; mucosa, submucosa,
muscular-hipoecogênica; serosohiperecogênica.

Dilatação segmentar do intestino por muco intraluminal e


conteúdo líquido

Peristaltismo em todos os segmentos do intestino


(movimento a cada 3 segundos). Os conteúdos intraluminais
são bem definidos
Até 37 dias – usar CCI
Frequência cardíaca
Depois de 37 – outras medidas
O estresse fetal resultante da hipoxia pode ocorrer durante a
distocia e se manifestar como uma diminuição da FC

FC FETAL: maior que 220 bpm de forma geral

180 – 220 bpm consistente → sofrimento moderado

Menor que 180 consistente (o tempo todo) → sofrimento fetal


grave

HUMANOS: : acelerações e desacelerações transitórias na


atividade cardíaca fetal normal resultantes das contrações
uterinas

ACELERAÇÃO E DESACELERAÇÃO CARDIACA: evento


fisiológico que acontece dias antes do parto como forma de
treinamento, não indica sofrimento

 Cerca de 72h antes do parto

O sofrimento fetal só é verdadeiro quando a FC do feto esta


entra 160-190 bpm consistentemente, em todos os filhotes,
por 3 a 5 minutos

Doppler

ÍNDICE DE RESISTIVIDADE (IR): : medida do fluxo sanguíneo


pulsátil da artéria umbilical que reflete a resistência ao fluxo
sanguíneo causada pelo leito microvascular distal ao local de
medição

O IR é alterado não apenas pela resistência vascular, mas pela


combinação de resistência vascular e complacência vascular

Conforme esse valor vai caindo, quer dizer que esta perto da
data do parto

Se sobe de repente, o feto pode estar em sofrimento

ARTÉRIA UMBILICAL

 24h antes do parto: redução do IR de forma


fisiológica
 12 – 6h antes do parto: menor que 0,7 em todos os
fetos

CESARIANA: menor que 0,7, sinais de parto, FC baixa

Conclusão

Avaliar TODOS os fetos com calma e minuciosamente

Repetir FC várias vezes no mesmo feto

Sempre associar os achados de US com a clínica e histórico da


femea

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