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GABRIELLA PACHECO – MED102 OBSTETRÍCIA MEDCEL 2024

CARDIOTOCOGRAFIA
É o traçado registrado da a-vidade cardíaca fetal, por no mínimo 20 minutos, em decúbito lateral esquerdo. Alta sensibilidade e baixa especificidade.

Indicação: Gestação de alto risco

Respostas fisiológicas fetais: Sistema nervoso autônomo


• Simpá-co: Noradrenalina
• Parassimpá-co: Ace-lcolina

Parâmetros avaliados:
• Frequência cardíaca fetal
• Acelerações transitórias
• Variabilidade
• Desacelerações

Frequência cardíaca fetal: Normal de 110 a 160 bpm


1. Bradicardia fetal: Menor que 110 bpm
• Causas:
o Hipóxia fetal
o Uso de medicações

2. Taquicardia fetal: Maior que 160 bpm


• Causas: Infecção
o Corioamnionite ou infecção ovular
o Febre materna
o Tireotoxicose
o Uso de betamimé-cos: Tocolí-cos
o Evento hipóxico inicial

Acelerações transitórias: Aumento de 15 baRmentos em 15 segundos, associado a movimentação fetal.


• Ausência: Hipoxia ou sono fetal.
• Se a paciente tem menos de 32 semanas: Considerar aumento de 10 baRmentos em 10 segundos como aceleração transitória.

Variabilidade: A linha de base precisa ter uma oscilação de 6 a 25 baRmentos pela alternância simpá-co e parassimpá-co.
• É um sinal de bom prognós-co.

1. Variabilidade diminuída ou ausente (lisa ou silente): Sinal de prognós-co ruim


• Causas: Hipóxia fetal, prematuridade, sono fetal (es]mulo vibroacús-co)

2. Variabilidade aumentada
• Causa: Movimentação fetal intensa
GABRIELLA PACHECO – MED102 OBSTETRÍCIA MEDCEL 2024
Desacelerações: Desacelerações intraparto (DIP)

1. DIP I: Desacelerações precoces. FISIOLÓGICA.


• Ocorre pela compressão do polo cefálico durante a contração, fazendo reflexo parassimpá-co e diminuindo os ba-mentos cardíacos fetais.

Conceito: O pico da contração coincide com o nadir da desaceleração.

2. DIP II: Desacelerações tardias


• Feto com baixa reserva de O2
• Contração -> diminui pO2, aumenta pCO2, acidose -> quimiorreceptores -> vasoconstrição -> aumenta pressão -> barorreceptores -> resposta
parassimpá-ca -> diminui frequência cardíaca fetal.

Conceito: O nadir da desaceleração ocorre depois do pico da contração.

• Causa:
o Hipóxia fetal aguda
o Típico de insuficiência placentária

3. DIP III: Desacelerações variáveis

Conceito: Acontece quando ocorre compressão do cordão umbilical (funículo), não é relacionado com contração.
• Causa de compressão: Oligodrâmnio ou mal posicionamento materno.

• Causa: Hipóxia fetal

EXEMPLOS PARA TREINAMENTO


Frequência cardíaca fetal normal
Aceleração transitória presente
Variabilidade presente
Nenhuma desaceleração

Cardiotocografia normal.
Conduta: Expectante

Frequência cardíaca fetal aumentada Frequência cardíaca fetal diminuída


Aceleração transitória ausente Aceleração transitória presente
Variabilidade presente Variabilidade presente
Nenhuma desaceleração
Bradicardia fetal sustentada
Taquicardia fetal Conduta: Correlacionar clínica
Conduta: Iniciar anRbióRco e interromper gestação.

Frequência cardíaca fetal normal Padrão sinusoidal


Aceleração transitória ausente
Variabilidade presente Típico dos fetos isoimunizados, quando o feto faz hemólise generalizada.
Desaceleração tardia Mal indicaRvo fetal.

DIP II
Conduta: Correlacionar clínica, mudar paciente de decúbito, desconRnuar
ocitocina, se manRver o parâmetro interromper a gestação.
GABRIELLA PACHECO – MED102 OBSTETRÍCIA MEDCEL 2024
PADRÕES DA ACOG
Sinais que sugerem hipóxia fetal aguda:
• Variabilidade ausente ou diminuída
• DIP II
• DIP III
• Bradicardia fetal persistente
• Padrão sinusoidal

PADRÕES DA CTG INTRAPARTO:


1. Padrão CTG Rpo I: Normal
• Variabilidade presente, frequência cardíaca fetal normal, desaceleração ausente ou DIP I.

Conduta: Expectante.

2. Padrão CTG Rpo II: Alteração isolada.


• Exemplo: Só taquicardia ou só ausência de variabilidade

Conduta: Iden-ficar a causa, mudança de decúbito, desconRnuar ocitocina, O2 em cateter nasal e manter registro da CTG.
• Depois das medidas evolui para Rpo I ou Rpo III.
o Se -po I: Expectante.
o Se -po III: Parto pela via mais rápida, geralmente cesariana.

3. Padrão CTG Rpo III:


• Variabilidade ausente e presença de DIP II ou DIP III ou bradicardia fetal.
• Padrão sinusoidal.

Conduta: Iden-ficar a causa, mudança de decúbito, desconRnuar ocitocina, O2 em cateter nasal. (Medidas de ressuscitação intraútero 2 a 5 minutos).
• Se não solucionar em 5 minutos: Parto pela via mais rápida, geralmente cesariana.

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