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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE


DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

SÍNDROMES HIPERTENSIVAS NA GESTAÇÃO

Enfª Ddª. Taís Tasqueto Tassinari


Profª Drª. Stela Maris de Mello Padoin
• A Síndrome Hipertensiva Gestacional (SHEG) é uma doença
multissistêmica, que acontece ao final do período gestacional e se
apresenta em várias formas clínicas.

• Surge após a 20ª semana de gestação, sendo mais comum no 3º


trimestre e se estende até o puerpério.

• As alterações morfológicas e funcionais ocorridas no organismo das


gestantes que possuem SHG são provocadas devido um espasmo
arteriolar, reduzindo o diâmetro dos vasos sanguíneos e dificultando
o fluxo de sangue aos órgãos, o que aumenta a pressão sanguínea e,
as funções do cérebro, da placenta, do fígado e do rins tem suas
funcionalidades reduzidas.

(BRASIL, 2012; MOURA et al.,2010).


Principal causa de mortalidade materna no Brasil

(BRASIL, 2020)
CLASSIFICAÇÃO DAS SÍNDROMES HIPERTENSIVAS NA GESTAÇÃO

Hipertensão crônica

Observada antes da gravidez, ou antes de 20 semanas de gestação, ou diagnosticada


pela primeira vez durante a gravidez e não se resolve ate 12 semanas após o parto.

SHEG/DHEG

Quadro hipertensivo que se desenvolve na gestação, porém, não acompanha


proteinúria.

(BRASIL, 2012)
Pré-eclâmpsia

Hipertensão arterial após 20ª semana de gestação + edema + proteinúria;


Desaparece até 12 semanas após o parto.

Casos em que há ausência de proteinúria:


Excreção de 0,3g de proteínas ou mais em urina de 24 hr.

Cefaleia;
Distúrbios visuais;
PA Dor abdominal;
Plaquetopenia;
Aumento de enzimas hepáticas.

(BRASIL, 2012)
Pré-eclâmpsia grave

PA diastólica igual/maior que 110mmHg;


Sinais de encefalopatia hipertensiva;

Oligúria;
Proteinúria > 2,0g em 24h ou 2+ em fita;

Aumento de enzimas hepáticas e/ou bilirrubinas;


Níveis séricos de creatinina maiores que 1,2mg/dL;
Dor epigástrica em hipocôndrio direito;

Plaquetopenia;
Evidência clínica e/ou laboratorial de coagulopatia

(BRASIL, 2012)
Pré-eclâmpsia grave
Outros sinais sugestivos...

Acidente vascular encefálico;

Sinais de insuficiência cardíaca, ou cianose;

Presença de CIUR (restrição de crescimento intrauterino


restrito) e/ou oligohidrâmnio.

(BRASIL, 2012)
Os valores tensóricos obtidos através da mensuração da PA, a partir da 20ª semana
gestacional, consistem em um dos critérios diagnósticos mais importantes para a
definição dos casos e, associado à presença de proteinúria, elucida o diagnóstico de
pré-eclâmpsia.
A mensuração da PA consiste em um importante preditor de casos e deve ser
adequadamente aferida para evitar falsos positivos ou negativos.

O erro evitável mais comum no atendimento a pacientes com pré-eclâmpsia é a falta


de atenção no controle da PA.

A avaliação perspicaz da enfermagem e a intervenção imediata de toda a equipe


obstétrica são fundamentais para o cuidado às mulheres com pré-eclâmpsia.

Assistência no pré-natal → prevenção, detecção precoce e


controle dos fatores de risco, é, por vezes, uma enfermidade
evitável!

BEASIL, 2012; FERREIRA, ET AL, 2016.


Eclâmpsia

Presença de convulsões tônico-clônicas


generalizadas ou coma em mulher com
qualquer quadro hipertensivo, não
causadas por epilepsia ou qualquer outra
doença convulsiva.

Pode ocorrer na gravidez, no


parto e no puerpério imediato.

(BRASIL, 2012)
Fatores de risco para o desenvolvimento de Síndromes
Hipertensivas Gestacionais (SHEG):

OBESIDADE/SOBREPESO
COR NÃO BRANCA

HAS CRÔNICA

FATORES SOCIOECONÔMICOS E DEMOGRÁFICOS

ANTECEDENTES PESSOAIS E FAMILIARES

DIABETES MELLITUS

EXTREMOS DE IDADE MATERNA Detectáveis ainda na pré-


concepção!
(ARAÚJO, ET. AL., 2017)
CONDUTAS DE ENFERMAGEM NAS SÍNDROMES HIPERTENSIVAS

A mulher deve ser avaliada para causas potencialmente reversíveis da hipertensão;

Longo histórico de HAS: Avaliar lesões de órgãos-alvo, incluindo hipertrofia ventricular,


retinopatia e doença renal.

Se em uso de inibidores da enzima de


conversão da Angiotensina (ex.: Captopril,
enalapril) ou de antagonistas de receptores
A II (ex.: Losartana), os mesmos devem ser
descontinuados.

A presença de hipertensão estágio 2 ou


repercussões em órgãos-alvo requer
assistência em nível terciário.

(BRASIL, 2012)
CONDUTAS DE ENFERMAGEM NAS SÍNDROMES HIPERTENSIVAS

A presença sintomas sugestivos de síndromes hipertensivas requer uma monitoração


mais rigorosa da pressão arterial e a detecção de proteinúria!

As gestantes que estiverem bem controladas com medicação antihipertensiva


(nifedipino, hidralazina) antes da gravidez podem ser mantidas com os mesmos agentes
(exceção dos citados anteriormente).

Se PA aumentar, a gestante deve ser


reavaliada dentro de 1 a 3 dias.
Assim que se tiver o diagnóstico , a
conduta dependerá da gravidade e da
idade gestacional.

(BRASIL, 2012)
Pré-eclâmpsia leve:

Preferência: hospitalização + avaliação diagnóstica inicial e manutenção de dieta


normossódica e repouso relativo.

Na avaliação das condições maternas deve constar:


• PA de 4/4h durante o dia;
• Pesagem diária;
• Pesquisa de sintomas de iminência de eclâmpsia:
• Cefaleia frontal ou occipital persistente;
• Distúrbios visuais (escotomas, diplopia, amaurose);
• Dor epigástrica ou no hipocôndrio direito, acompanhada ou não de náuseas e
vômitos;
• Hiper-reflexia;
• Proteinúria na fita ou proteinúria de 24 horas;
• Contagem de hematócrito e plaquetas;
• Provas de função renal e hepática.

(BRASIL, 2012)
SINAIS E SINTOMAS QUE DEMANDAM RETORNO
IMEDIATO AO HOSPITAL:

Sangramento vaginal
Cefaleia grave e Náusea ou vômitos
persistente persistentes
Presença de
contrações uterinas
regulares Presença de distúrbios
Diminuição dos visuais
movimentos fetais.
Aumento exagerado de
peso
PA ≥ 150/100mmHg

Dor abdominal persistente, principalmente na


região epigástrica e hipocôndrio direito

(BRASIL, 2012)
Pré-eclâmpsia grave:

Necessidade de internação + exames de rotina + avaliação das condições


maternas e fetais!

Após estabilização inicial _ avaliação da necessidade de transferência para


unidade de referência.

IG maior ou igual a 34sem -> preparação para interrupção da gestação.

IG entre 24 e 33 semanas: monitoração


maternofetal rigorosa, uso de sulfato de magnésio e
agentes anti-hipertensivos.

(BRASIL, 2012)
Pré-eclâmpsia grave:

Infusão de solução
Administração de de Ringer lactato
sulfato de magnésio
Ação
anticonvulsivante

Administração de anti-
hipertensivos de ação
rápida (Hidralazina ou
Uso de corticóide Nifedipina)
Dieta suspensa
(betametasona)) (pequenas ingestões de
Diminuição das líquidos claros e
alterações respiratórias
medicação oral).
neonatais Exames laboratoriais

(BRASIL, 2012)
Terapia anticonvulsivante:

Prevenir convulsões recorrentes em mulheres com eclâmpsia,


assim como o aparecimento de convulsões naquelas com pré-
eclâmpsia.

sulfato de magnésio

Geralmente utilizado
em infusão
Pode ser utilizado
endovenosa lenta;
durante o trabalho
de parto, parto e
Puerpério.

(BRASIL, 2012)
Após a aplicação, atentar para:

Frequência respiratória com


menos de 16 incursões por
minuto ou
diurese inferior a 100ml
durante as 4 horas
precedentes.
SAT O2

Recorrência de
convulsões

(BRASIL, 2012;
Eclâmpsia

• Ambiente tranquilo, o mais silencioso possível;


•Decúbito elevado a 30º e face lateralizada;
•Cateter nasal com O2 (5l/min)
•Punção de veia central ou periférica; calibrosa;
•Cateter vesical contínuo.

A conduta obstétrica visa a estabilização do


quadro materno, a avaliação das condições de
bem-estar fetal e a antecipação do parto, em
qualquer IG.
Após a estabilização do quadro, iniciar os
preparativos para interrupção da gestação.

(BRASIL, 2012)
Avaliação Fetal

As SHG podem ocasionar complicações clínicas e obstétricas, com


repercussões negativas para o feto, destacando restrição de
crescimento intrauterino, sofrimento fetal, baixo peso,
prematuridade e morte fetal.

US para avaliação da IG deve ser feito entre 18 e 20 semanas e o crescimento


fetal avaliado posteriormente por nova avaliação US entre 28 e 32 semanas e
a seguir mensalmente até o termo.

(BRASIL, 2012; ZANATELLI et al,2016).


Avaliação das condições fetais:
• Contagem de movimentos fetais diariamente;
• Avaliação do crescimento fetal e do líquido amniótico. Se os resultados estiverem
normais, repetir o teste a cada três semanas;
• Cardiotocografia basal (CTB), se disponível;
• A reavaliação materna e fetal deve ser imediata se ocorrerem mudanças abruptas
nas condições maternas, redirecionando a conduta.

Nas gestações pré-termo:


O controle ambulatorial pode ser iniciado
após a hospitalização se confirmadas
condições materno-fetais estáveis, com as
seguinte recomendações:
• Consultas semanais;
• Repouso relativo (evitar grandes
esforços);
• Pesar diariamente pela manhã;
• Proteinúria na fita semanalmente pela
manhã;
• Aferir PA pelo menos uma vez ao dia.

(BRASIL, 2012)
INDICAÇÕES PARA O PARTO:
A antecipação do parto e o único tratamento definitivo para a pré-eclampsia!

(BRASIL, 2012)
(BRASIL, 2012)
Via de Parto

Parto vaginal X Parto cesáreo

Evitar o estresse adicional de uma cirurgia em


uma situação de alterações fisiológicas
múltiplas;

Medidas paliativas por


várias horas não aumentam
o risco materno se
realizadas de forma
apropriada!
(BRASIL, 2012)
SÍNDROME HELLP

Quadro clínico caracterizado por hemólise (H = “hemolysis”), elevação de


enzimas hepáticas (EL = “elevated liver functions tests”) e plaquetopenia (LP = low
platelets count “)”.

Avaliação das condições maternas: a triagem laboratorial básica para as gestantes


com suspeita de síndrome HELLP é hemograma completo com plaquetas, urinálise,
creatinina sérica, DHL, acido úrico, bilirrubinas e transaminases.
A avaliação serial da contagem de plaquetas, DHL e enzimas hepáticas deve ser
feita a cada 12-24 horas ou mais frequentemente, se necessário.

(BRASIL, 2012)
SÍNDROME HELLP

• Distenção, ruptura e hemorragia hepática;


• Edema cerebral;
• Descolamento prematuro de placenta;
• Coagulação intravascular disseminada;
• Insuficiência renal aguda;
• Lesão pulmonar aguda e síndrome de angustia respiratória (Intubação e VM);
• Falência sistêmica de múltiplos órgãos.

As mulheres com piora dos parâmetros da síndrome HELLP apresentam risco elevado de
morbidade e mortalidade.
(BRASIL, 2012)
Avaliação das condições fetais:
As gestantes com
gestação ≥ 34 semanas e
síndrome HELLP devem
ser preparadas para
parto vaginal ou
Após a admissão, abdominal dentro de 24
confirmar a IG e avaliar horas.
o estado fetal.

Aquelas
com IG entre 24 e 34
Controle de PA: manter sistólica
semanas devem fazer uso
menor que 150mmHg e diastólica
de corticoide, mesmo se o
entre 80-90mmHg.
parto não puder ser
Prevenção das convulsões com
adiado pelo período ideal
sulfato de magnésio.
de 24–48 horas.
Monitorar debito urinário e FR.
Monitorar fluidos e elitrólitos.
(BRASIL, 2012)
Tratamento da gestante no pós- parto:

Todas as gestantes com síndrome HELLP devem ser tratadas em uma unidade de
cuidados intensivos ou unidade de cuidados intermediários até que:

• A contagem de plaquetas demonstre uma tendência consistente de elevação e a


DHL uma tendência consistente de diminuição;

• a gestante tenha uma diurese de >100ml/hora por duas horas consecutivas sem
infusão adicional rápida de fluidos ou sem diuréticos;

• A hipertensão esteja bem controlada, com a sistólica em torno de 150mmHg e a


diastólica <100mmHg;

• A melhora clinica seja óbvia e não haja complicações significativas.

(BRASIL, 2012)
Atuação da enfermagem nas Síndromes Hipertensivas

• A detecção precoce de alterações na gestação é decisiva para que se evite a


morbimortalidade do binômio mãe/filho;

• Coleta de dados detalhada, o exame físico criterioso e atento aos valores pressóricos
e a outros sinais de pré-clâmpsia;

• Coleta e o acompanhamento dos exames laboratoriais pertinentes, principalmente a


proteinúria de 24h e a avaliação fetal;

• Intervenções corretas e rápidas ( administrar oxigênio, estabelecer acesso venoso


calibroso e iniciar a terapia com sulfato de magnésio);

• A promoção e o estímulo ao seguimento das consultas pré-natal;

• Educação em saúde durante todo o ciclo gravídico-puerperal e na alta hospitalar.

(ABRAHÃO, ET AL, 2020; FERREIRA, ET AL, 2016).


Atuação da enfermagem nas Síndromes Hipertensivas

• O profissional enfermeiro possui competência e formação suficientes para praticar


seus conhecimentos de cunho técnico científico na prática assistencial, visando um
cuidado coerente, holístico e humanizado;

• Sistematização da Assistência em Enfermagem (SAE), se torna uma atribuição


específica do enfermeiro no planejamento dos cuidados para a gestante,
diferenciando-o dos demais profissionais da equipe multidisciplinar;

• Importância do conhecimento pelos enfermeiros da patologia, pois só assim será


possível atuar na prevenção e tratamento da SHEG, fornecendo às gestantes, clareza
no esclarecimento de dúvidas, realizando uma assistência pré-natal de qualidade e
tornando imprescindível a elaboração de planos e estratégias que objetivem a
prevenção dessa patologia.

(ABRAHÃO, ET AL, 2020; FERREIRA, ET AL, 2016).


Pós-parto:

Mulheres que desenvolvem hipertensão na gravidez devem ser cuidadosamente


avaliadas nos meses imediatamente após o parto e aconselhadas a respeito de futuras
gestações e risco cardiovascular;

A expectativa é que a hipertensão e outros sinais e sintomas ou disfunção orgânica


associados a pré-eclâmpsia terão remissão seis semanas após o parto.

Qualquer anormalidade laboratorial ou


achado físico que não retorne ao normal antes
da alta deve ser reavaliado na consulta de
puerpério.

(BRASIL, 2012)
Aconselhamento para gestações futuras

O risco de recorrência da síndrome HELLP pode variar de 19 a 27%.

Se a gestação anterior terminou antes de 32 semanas, o risco de pré-eclâmpsia e


eclâmpsia em uma gestação subsequente pode ser de ate 61%.

(BRASIL, 2012; OLIVEIRA, ET. AL., 2016.)


Tratamento da hipertensão durante a amamentação

A amamentação deve ser encorajada e pode ser realizada com segurança!

As crianças de mães que usam anti-hipertensivos


e que amamentam ao seio devem informar o
pediatra para vigilância de eventuais efeitos
adversos.

(BRASIL, 2012)
REFERÊNCIAS:
ARAÚJO, I. F. M.; SANTOS, P. A.; SANTOS, P. A.; FRANKLIN, T. A. Síndromes hipertensivas e fatores de risco associados
à gestação. Rev enferm UFPE online., Recife, v.11(Supl. 10), p. 4254-62, out., 2017. Disponível em:
<https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/view/231189/25175> . Acesso em: 29 set 2018.

Abrahão ACM, Santos RFS, Viana SRG, Viana SM. Atuação do enfermeiro a pacientes portadoras de Síndrome
Hipertensiva Específica da Gestação. Rev Cient Esc Estadual Saúde Pública Goiás “Candido Santiago”. 2020;6(1):51-
63.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas.
Gestação de alto risco: manual técnico / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de
Ações Programáticas Estratégicas. – 5. ed. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2012. 302 p. – (Série A.
Normas e Manuais Técnicos) Disponível em: <
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_tecnico_gestacao_alto_risco.pdf >. Acesso em: 29 set 2018.

BRASIL. Ministério da Saúde. Boletim epidemiológico 20. Secretaria de Vigilância em Saúde. Ministério da Saúde,
Volume 51, Nº 20, Mai. 2020. Disponível em: <https://www.saude.gov.br/images/pdf/2020/May/20/Boletim-
epidemiologico-SVS-20-aa.pdf>. Acesso em 22 mai 2020.

Ferreira MBG, Silveira CF, Silva SR, Souza DJ, Ruiz MT. Nursing care for women with pre-eclampsia and/or eclampsia:
integrative review. Rev Esc Enferm USP. 2016;50(2):320-330. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0080-
623420160000200020

OLIVEIRA, A. C. M.; SANTOS, A. A.; BEZERRA, A. R.; BARROS, A. M. R.; TAVARES, M. C. M. Fatores maternos e
resultados perinatais adversos em portadoras de pré-eclâmpsia em Maceió, Alagoas. Arq Bras Cardiol. v.106, n.2,
p.113-20, 2016. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-
782X2016000200113> . Acesso em 01 out 2018.

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