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PRÉ-ECLAMPSIA
Sd CLÍNICAS DA
GESTAÇÃO
DOENÇA HIPERTENSIVA
CONCEITO
Engloba os distúrbios hipertensivos que ocorrem
apenas na gestação e no puerpério, sendo eles: É a principal forma de DHEG. Cursa com
Hipertensão arterial (≥140/90mmHg) E uma das:
• Hipertensão gestacional
• Pré-eclâmpsia (PE); • Proteinúria;
• Eclâmpsia; • Lesão de órgão-alvo;
• Disfunção útero-placentária.
• Síndrome HELLP;
• Pré-eclâmpsia sobreposta à hipertensão
✪ COMO CAI EM PROVA? Como definimos a
crônica.
proteinúria?
FISIOPATOLOGIA • Proteinúria de 24h ≥ 300mg OU
✪ COMO CAI EM PROVA? O principal fator e mais • Relação proteína/creatinina urinária ≥ 0,3
cobrado é a lesão endotelial vascular decorrente OU
da invasão placentária trofoblástica • Relação albumina/creatinina: ≥ 8
inadequada da musculatura média das mg/mmo OU
arteríolas espiraladas do útero. • Amostra isolada de urina ≥ +2 ou 1 g/l de
proteína
QUADRO CLÍNICO
☒ CUIDADO: NÃO É OBRIGATÓRIO a presença
O sinal comum a todas as formas clínicas da DHEG de proteinúria para o diagnóstico de pré-
é a hipertensão arterial na gestação com eclâmpsia! Outra situação que constantemente é
aparecimento após 20 semanas. Há também o colocada em provas é a presença de edema
clássico relato de edema (principalmente mãos e (clássico sintoma) quem também NÃO é critério!
pés), o qual também pode ser descrito como o
aumento de peso (>1kg/sem). PRÉ-ECLAMPSIA GRAVE
Quando a gestante apresenta hipertensão arterial
✪ COMO CAI EM PROVA? Alguns sintomas
grave (PAS ≥ 160mmhg e PAD ≥ 110 mmHg) não
indicam gravidade da doença, por isso devem ser
responsiva a tratamento OU sinais e sintomas de
valorizados, são eles: cefaleia, epigastralgia, dor
disfunção significativa de órgãos-alvo ou
em hipocôndrio direito, oligúria, alterações
uteroplacentária.
visuais, alteração do estado mental e convulsão.
✪ COMO CAI EM PROVA? O grande “X”da
DIAGNÓSTICO
questão aqui é o critério que não é mais
HIPERTENSÃO GESTACIONAL utilizado para definir a gravidade, a
PROTEINÚRIA.
Hipertensão arterial (≥140/90mmHg) após 20
semanas que normaliza após o puerpério E: CLASSIFICAÇÃO TEMPORAL
• AUSENCIA de proteinúria; Menos cobrada em provas, porém convem
• AUSENCIA de disfunção de órgãos-alvo lembrar:
É considerada leve quando a PAS é < 160 mmHg e • Precoce: ocorre antes das 34 semanas, tem
a PAD é < 110 mmHg, e severa/grave quando a maior relação com restrição de
pressão arterial ultrapassa esses valores. crescimento fetal e pior prognóstico
materno e fetal;
• Tardia: após 34 semanas, apresenta
menor comprometimento fetal e melhores
resultados materno-fetais
[GABRIEL CAVALCANTE DE AZEVEDO]
• Prichard: é preferível quando se faz Via de regra a resposta quase sempre será
necessário transferir a paciente para “resolução da gestação”. Porém como quase toda
hospital de referência, pois a regra temos possíveis exceções. Na ausência de
administração é intramuscular complicações, conforme idade gestacional
• Zuspan: melhor para internação, com podemos:
administração endovenosa, permitindo o
melhor controle dessa medicação. • Abaixo de 24 semanas: resolução da
• Sibai (Zuspan modificado); gestação (risco materno elevado para uma
gestação possivelmente inviável);
✪ COMO CAI EM PROVA: Até quando manter? A • Entre 24 e 34 semanas: manter a
terapia de manutenção deve continuar por 24 hospitalização e tentar prolongar a
horas após o parto. Nos casos de eclâmpsia, o gravidez até 34 semanas. Caso a gestante
sulfato de magnésio deve ser administrado por 24 apresente algum sinal de piora do quadro,
horas após o episódio convulsivo. indica-se a resolução imediata da
gestação.
✪ COMO CAI EM PROVA: A complicação mais • Após 34 semanas: resolução da gestação.
temida do sulfato de magnésio é sua intoxicação, Se possível, administrar corticoterapia
que pode levar a depressão respiratória e morte. para amadurecimento pulmonar, mas o
Os sinais de intoxicação são: frequência uso dessa medicação não deve adiar o
respiratória < 16 mov/min e reflexo patelar parto.
ausente. Nesses casos, deve-se suspender a
medicação e administrar gluconato de cálcio a A via de parto preferencial é a via vaginal, mas vai
10% para evitar depressão respiratória. Em depender das condições maternas e fetais e do
pacientes com falência renal (creatinina > 1,0, tempo disponível para o parto.
oligúria < 30ml- 25 ml/hora) pelo maior risco de
acumulo do sulfato de magnésio, a dose de ✪ COMO CAI EM PROVA: A resolução da gestação
manutenção deve ser reduzida pela metade. deve ocorrer em TODOS OS CASOS DE
IMINÊNCIA DE ECLÂMPSIA, SD HELLP OU
☒ CUIDADO: No caso de eclâmpsia refratária ao ECLÂMPSIA depois que a gestante receber o
tratamento com sulfato de magnésio as sulfato de magnésio e apresentar estabilização do
medicações alternativas para o controle das quadro clínico. Não é indicado manter a
convulsões são: amobarbital de sódio, tiopental gestação, INDEPENDENTEMENTE da idade
ou fenitoína. gestacional.
• Hidralazina EV;
• Ninfedipina oral;
• Nitroprussiato em bomba de infusão (caso
refratariedade as duas primeiras
medicações);
Em gestante com alto risco de desenvolvimento de
CONDUTA OBSTÉTRICA pré-eclampsia somente duas medidas tem
impacto (iniciar até a 16ª semana,
preferencialmente até 12ª):
COMPLICAÇÕES
DIABETES MELLITUS
CONCEITO
Diabetes mellitus (DM) na gestação é uma
expressão que engloba duas categorias
diagnósticas:
FATORES DE RISCO
São eles:
FISIOPATOGENIA
A gravidez é um período em que observamos
aumento fisiológico da resistência insulínica
(visam garantir que o feto tenha um aporte de
nutrientes adequado). Entretanto, se a função
pancreática da mulher não for suficiente para
sobrepujar o estado de resistência insulínica,
haverá progressão para um estado de intolerância
à glicose e DMG.
✪ COMO CAI EM PROVA: Há uma correlação baixo teor glicêmico, devendo alimentar-
positiva entre os valores da HbA1c durante as 10 se de 5 a 6 vezes ao dia e evitar intervalos
primeiras semanas de gravidez e o risco de superiores a 3 horas entre cada momento
malformações fetais. de alimentação.
• Atividade física: deve respeitar os
VIABILIDADE FINANCEIRA-TÉCNICA PARCIAL princípios gerais aplicáveis à população
geral e recomenda uma prática diária de
20 a 30 minutos/dia na maioria dos dias da
semana (idealmente todos os dias)
FARMACOLÓGICO
A insulina é a terapia farmacológica de primeira
escolha na gestante com DM, independentemente
do tipo de DM.
INDICAÇÕES
Deve ser iniciada nas seguintes situações:
VIABILIDADE TOTAL
VIABILIDADE PARCIAL
A parte mais importante e a mais frequentemente
cobrada em provas é a junção destas 3
classificações (“quando é possível este cenário?).
GESTAÇÃO DIZIGÓTICAS
São oriundas da fecundação de dois óvulos por
dois espermatozóides, essas serão sempre
DICORIÔNICA e DIAMNIÓTICA, isto é, cada
embrião tem placenta e cavidade amniótica
GEMELARIDADE separadas e possuem material genético distinto
SEQUENCIA ANEMIA-POLICITEMIA
Também se caracteriza pelo desbalanço de
sangue entre as circulações dos dois fetos e
presença de anastomoses vasculares
arteriovenosas placentárias, porém em menor
O método mais efetivo para avaliar intensidade que a STFF. Sendo assim, não se
amnionicidade e corionicidade é a observa as alterações encontradas na STFF, mas
ultrassonografia do primeiro trimestre (entre sim, o aumento do pico de velocidade sistólico da
seis e 14 semanas), através da visualização ou nao artéria cerebral média (PVS-ACM) de um dos
da membrana amniótica: gêmeos e sua diminuição no outro feto
• Monocoriônica/monoamniótica: não há ✪ COMO CAI EM PROVA: não ocorre restrição de
membrana entre os fetos. crescimento e nem alteração do volume do líquido
• Monocoriônica/diamniótica:a membrana amniótico, como na STFF.
entre os fetos é fina, formando o sinal do T.
• Dicoriônica/diamniótica: a membrana GEMEO ACÁRDICO
entre os fetos é espessa, formando o sinal
Representa o grau extremo de anormalidade
do lambda. Nesse caso, é vista uma
vascular. O gêmeo acardíaco não possui um
projeção triangular do tecido placentário
coração funcional, recebendo sangue do gêmeo
entre as duas membranas coriônicas,
normal pela presença de anastomoses
conhecido como sinal do lambda ou Twin
arterioarteriais, que atua como bomba de
Peak, caracterizando dicorionicidade.
perfusão para o feto acárdico. A perfusão desigual
do feto normal (feto bomba) para o feto receptor
COMPLICAÇÕES
(feto acárdico) resulta em uma variedade de
alterações estruturais no feto acárdico, que pode
ter extremidades inferiores bem desenvolvidas
com tórax e crânio ausentes ou ser apenas uma
massa de tecido que não é facilmente reconhecida
como partes fetais.
✪ COMO CAI EM PROVA: As complicações que
ocorrem nas gestações múltiplas são um tópico ASSISTENCIA AO PARTO
bastante cobrado sobre esse tema, principalmente IG DE RESOLUÇÃO
as complicações exclusivas das gestações
monocoriônicas. É controverso (e por isso aparece pouco em
provas):
SÍNDROME DA TRANSFUSÃO FETO-FETAL
• Dicorionicas: aguardar o parto no termo,
Se caracteriza pelo desbalanço de sangue entre as sendo que alguns estudos sugerem não
circulações dos dois fetos, causado pela presença ultrapassar 38 semanas.
de anastomoses vasculares arteriovenosas • Monocorionicas e diamnioticas: a
placentárias profundas que permitem a resolução da gestação deve ocorrer entre
transferência de sangue de um feto (doador) para 36 a 38 semanas, quando não há
o outro (receptor). complicações
• Monocorionicas e monoamnióticas: não
✪ COMO CAI EM PROVA: O diagnóstico, devem ultrapassar 33 semanas.
geralmente entre 15 a 26 semanas de gravidez, é
feito pela discrepância no volume de líquido
amniótico, com oligoâmnio no feto doador e
polidrâmnio no feto receptor. Além disso, ocorre
anemia, restrição de crescimento e oligúria do
gêmeo doador, enquanto o feto receptor
[GABRIEL CAVALCANTE DE AZEVEDO]
TIREOIDOPATIAS
HIPOTIREOIDISMO
HIPERTIREOIDISMO
Deve ser suspeitado na presença de dificuldade de
ganho de peso, taquicardia em repouso, fraqueza
muscular e bócio. Não há evidências de que a
gestação piore o processo da doença ou torne seu
tratamento mais difícil. A conduta segue: