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Turma A – questões 1 a 10
Turma B – questões 11 a 20
Turma C – questões 21 a 30
Turma D – questões 31 – 38
Alunos: Brisa Goulart Coutinho, Bruna Bosco Machado, Laura Avellar Chaves Pontes,
Lorena Melin Correa, Paula Ferraz Pereira
Resposta na Íntegra:
O exame de corpo de delito é conjunto de procedimentos técnico-científicos adotados com o
objetivo de evidenciar, analisar, constatar, demonstrar e documentar a ocorrência ou não de
uma infração penal que deixou vestígios sob investigação.
Corpo de delito são todos os vestígios materiais deixados por um determinada ação delituosa e
que indicam a existência de um crime. Sendo assim, em uma cena de crime contendo um
cadáver, ferimentos, sangue, DNA, componentes de munição e perfurações em paredes,
podemos dizer que todos os citados configuram-se como o corpo de delito relacionado ao ato
criminoso.
Esse exame será indispensável quando a infração deixar vestígios. Assim como diz o Código
de Processo Penal:
Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito,
direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.
Art. 167. Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os
vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta.
O exame de corpo de delito é ainda classificado em direto e indireto: o direto é aquele realizado
diretamente no vestígio e o indireto ocorre na impossibilidade do direto. O exame indireto é
realizado, por exemplo, quando os vestígios tiverem desaparecido ou quando há
inacessibilidade ao local dos fatos, porém, ainda é possível resgatar informações sobre o fato
através de outros meios: laudos médicos, prontuários, fotos, dentre outros.
Referências Bibliográficas:
Código de Processo Penal. decreto lei nº 3.689, de 03 de outubro de 1941. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/Decreto-Lei/Del3689.htm.
Segundo a Escola da Guarda (2009, cit. por Cabral, 2012), a classificação dos vestígios pode
ser feita quanto à sua natureza e quanto ao local onde devem ser procurados.
Começando pela sua classificação quanto ao local, os vestígios podem ser encontrados:
i) no próprio local do crime, ii) nos acessos ao mesmo, iii) no ofendido (esteja este vivo ou não),
iv) no agente perpetrador ou v) nos instrumentos da infração.
Os vestígios não biológicos, tal como os vestígios biológicos, também são transmissores de
informação sobre o agente perpetrador do crime.
Ademais, Pinheiro (2008, cit. por Cabral, 2012) afirma que, o interesse médico-legal da
criminalística reside no facto de se procurar os vestígios biológicos que permitam estabelecer a
identidade do autor do crime.
Referência:
Silva, Paulo Sérgio Sousa. "Vestígios Local De Crime." Disponível em:
https://pdfcookie.com/documents/vestigios-local-de-crime-g2wnex41wo25
3) No caso de terem desaparecido os vestígios, o que se pode fazer?
Grupo: Gabriel Pereira Martins, Igor Viana Diniz, João Gabriel Alvarenga Andrade, Lucas
Palhares Ramiro, Thiago Lacerda Bitencourt de Faria.
“Não sendo possível o exame de corpo de delito [direito e indireto], por haverem
desaparecido os vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta”.
Resposta na íntegra:
O exame de corpo de delito pode ser realizado de duas formas: direta e indireta. O exame
direto consiste na avaliação física do corpo da vítima ou do acusado, com a realização de
exames e coleta de amostras de tecidos, fluidos corporais e outros materiais que possam ser
relevantes para a investigação. Já o exame de corpo de delito indireto é realizado a partir de
outras fontes de informação, como documentos, laudos técnicos, fotos, vídeos, entre outros
materiais que possam ser relevantes para a investigação. Esse tipo de exame é utilizado
quando não é possível ou não é recomendado realizar o exame de corpo de delito direto, como
em casos de crimes cibernéticos, por exemplo.
Nesse sentido, a produção de provas indiciárias pode ser uma alternativa viável para a
condenação do acusado. Em ambos os casos, é importante que a análise de corpo de delito
indireto ou o depoimento testemunhal sejam realizados por peritos ou testemunhas idôneas e
qualificadas, que possam fornecer informações precisas e confiáveis para a investigação ou
julgamento do caso. Além disso, é necessário que as provas apresentadas sejam avaliadas de
acordo com os critérios legais e éticos estabelecidos, para garantir a justiça e a equidade no
processo judicial.
REFERÊNCIAS:
BRASIL. Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941. Código de Processo Penal. Disponível
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm. Acesso em: 28 mar.
2023.
FRANÇA, Genival Veloso de. Medicina Legal, 11ª edição. Grupo GEN, 2017. E-book. ISBN
9788527732284. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527732284/. Acesso em: 28 mar. 2023.
CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Resolução CFM nº 1.973/2011.
4) Qual é o tempo estabelecido para entrega de um laudo?
Grupo: Ana Beatriz Vianna Pedrosa; Ana Carolina Lima Vieira; Arthur del franco; Maria
Cecília de Paula Moscardini; Milenny Fernanda Vasconcelos Candido; Pedro jorge Cruz
Resposta na Íntegra:
Laudo pericial é um documento elaborado pelos peritos, onde estará descrito de forma
minuciosa o que foi examinado, cumprindo os requisitos formulados. O laudo pericial deverá
ser elaborado no prazo máximo de 10 (dez) dias.
Texto Adicional:
Art. 160. Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde descreverão minuciosamente o que
examinarem, e responderão aos quesitos formulados.
Parágrafo único. O laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 10 dias,
podendo este prazo ser prorrogado, em casos excepcionais, a requerimento dos
peritos.
Art. 161. O exame de corpo de delito poderá ser feito em qualquer dia e a qualquer
hora.
Art. 162. A autópsia será feita pelo menos seis horas depois do óbito, salvo se os
peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o
que declararão no auto.
Referência:
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Decreto - Lei nº 3.689 de 03 de Outubro de
1941 do Código de Processo Penal. Artigo 160, parágrafo único. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689.htm
5) É possível prorrogar o tempo de entrega de um laudo? Se sim, como?
Grupo: Beatriz Antunes Pazzini, Jordana Coelho Moisés, Julia França da Silveira, Larissa
Maria Ferrarez Faria, Vinícius Salgado Rabelo, Solayne Cristina de Resende Silva.
Sim. De acordo com o Art. 160 do Decreto - Lei nº 3.689 de 03 de Outubro de 1941 do
Código de Processo Penal, com redação dada pela Lei nº 8.862 de 28/03/1994, tem-se “O
laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 10 dias, podendo este prazo ser prorrogado,
em casos excepcionais, a requerimento dos peritos”.
São duas as principais situações em que o perito pode requerer a prorrogação do
prazo, no caso de:
1) se for designado simultaneamente para um número elevado de exames.
2) se for designado para um exame cuja complexidade não permita que ele seja
finalizado dentro dos dez dias regularmente estabelecidos.
Dessa forma, é importante que o perito estabeleça um cronograma que viabilize a
elaboração daqueles laudos e então requeira a prorrogação dos prazos segundo esse
cronograma.
O requerimento de prorrogação de prazo precisa de conter o destinatário, as razões de
direito e de fato do pedido de prorrogação de prazo e, por fim, o pedido propriamente. Ele deve
ser endereçado à autoridade que requisitou os exames: ao Delegado de Polícia, ao Juiz de
Direito, ao Promotor de Justiça entre outros possíveis requisitantes. É imprescindível incluir os
procedimentos que deram origem à requisição de exames cujo prazo de elaboração se
pretende prorrogar, além do número do processo, do inquérito policial, do boletim de
ocorrência, enfim, todos os documentos que apontem para a requisição de exames.
REFERÊNCIAS:
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Decreto - Lei nº 3.689 de 03 de Outubro de
1941 do Código de Processo Penal. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689.htm . Acesso em 28 mar. 2023.
JUSBRASIL. O requerimento de prorrogação de prazo para a elaboração de laudo pericial na
esfera criminal: condição, forma e recursos cabíveis. Disponível em:
https://sergiolinaresfilho.jusbrasil.com.br/artigos/798306552/o-requerimento-de-prorrogacao-de-
prazo-para-a-elaboracao-de-laudo-pericial-na-esfera-criminal . Acesso em 28/03/2023
6) O que são quesitos?
Grupo: Artur Tassis, Ludmila Souza, Maria Eduarda Caetano, Nina Aquino, Raquel Bueno
e Raquel Maluf
Os quesitos constituem uma parte do relatório médico-legal. Nas ações penais, já se
encontram formulados os chamados quesitos oficiais, os quais são questionamentos que
devem ser respondidos. Mesmo assim, podem, à vontade da autoridade competente, existir
quesitos acessórios. Os quesitos oficiais foram formulados por uma comissão composta pelo
Dr. Miguel Sales, ex-diretor do Instituto Médico-Legal do Rio de Janeiro; pelo Professor de
Medicina Legal e médico-legista Antenor Costa; e, finalmente, pelo eminente mestre do Direito
Penal brasileiro, Professor Roberto Lira, e aprovados pela comissão que elaborou o Código de
Processo Penal (Decreto-Lei no 3.639, de 3 de outubro de 1941). Em Psiquiatria Médico-Legal,
assim como no cível, não existem quesitos oficiais, ficando o juiz e as partes no direito de
livremente formularem conforme exigências do caso. (FRANÇA, 2018).
Nos quesitos, o perito apresenta sua transcrição integral, embora já constem nos autos,
buscando evitar desagradáveis surpresas que possam ocorrer na prática, como troca de ordem
ou substituição destes. (MIZIARA, 2022).
Referências:
FRANÇA, Genival Veloso de. Fundamentos de Medicina Legal, 3ª edição. Rio de Janeiro -
RJ: Grupo GEN, 2018. E-book. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527733373/. Acesso em: 28 mar. 2023.
MIZIARA, Ivan D. Guia de medicina legal e perícia médica. Santana de Parnaíba: Editora
Manole, 2022. E-book. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786555769463/. Acesso em: 28 mar. 2023.
7) Qual é o tempo mínimo depois da morte para se realizar uma autópsia?
Grupo: Daniel Augusto Pereira de Carvalho, Gabriela Silveira Anatólio Lima, Guilherme
Lopes Machado, Igor de Souza Neto, Laura Galvão Tavares, Laura Vasconcelos
Rodrigues de Oliveira Tonello
De acordo com o artigo 162 do Decreto Lei número 3689 de 3 de outubro de 1941, do Código
de Processo Penal Brasileiro, a autópsia será feita pelo menos seis horas depois do óbito,
salvo se os peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes
daquele prazo, o que declararão no auto.
“Parágrafo único. Nos casos de morte violenta, bastará o simples exame externo do
cadáver, quando não houver infração penal que apurar, ou quando as lesões externas
permitirem precisar a causa da morte e não houver necessidade de exame interno para
a verificação de alguma circunstância relevante.”
Sim, a autópsia pode ser feita antes do período estabelecido em lei. De acordo com o artigo
162 do Código de Processo Penal (CCP), o período estabelecido para autópsia é de, pelo
menos, seis horas após o óbito. Esse prazo de seis horas é estabelecido porque, após esse
período, os sinais de morte estão mais bem estabelecidos e mais evidentes. Entretanto, o
mesmo artigo estabelece uma exceção, se o legista tiver constatado a morte com confiança, ou
seja, pela evidência dos sinais de morte. A realização da autópsia antes do prazo estabelecido,
deve ser declarada no auto.
Ainda, é válido apontar que no parágrafo único do mesmo artigo, a lei dispensa expressamente
o exame interno, independente da constatação da morte, em casos de morte violenta, quando
não houver infração penal a apurar; ou, quando apenas as lesões externas permitirem precisar
a causa da morte e não houver necessidade de exame interno para a verificação de alguma
circunstância relevante.
Violência física: Ação que cause algum sofrimento físico ou que ofenda a integridade
da criança, feita de forma intencional com o objetivo de causar dor, sofrimento, lesão
ou destruição da vítima. Incitada da posição de poder e autoridade do adulto perante o
menor de idade.
Violência sexual: Qualquer conduta que exponha a vítima a uma situação sexual.
Pode ser dividida em abuso sexual (toda ação que utiliza a criança ou adolescente
para fins sexuais), exploração sexual (uso da criança ou adolescente em atividades
sexuais para fins lucrativos) e tráfico de pessoas (privação de liberdade mediante
ameaça com fins sexuais). Em relação ao contexto, pode ser intrafamiliar (mais
frequente), extrafamiliar ou institucional.
Referências Bibliográficas
PIRES, Ana LD; MIYAZAKI, M. C. O. S. Maus-tratos contra crianças e adolescentes:
revisão da literatura para profissionais da saúde. Arq Ciênc Saúde, v. 12, n. 1, p. 42-9,
2005.
11) Qual é a classificação (os tipos de) das violências a que são submetidas os idosos?
Grupo: Clara Bicalho, Enzo Furletti, Henrique Marques, João Alfredo, Matheus
Santiago Carneiro Almeida
Os tipos de violência praticada contra a pessoa idosa são:
- Violência Física: com uso da força física para obrigar os idosos a fazerem o que não
desejam, para feri-los, provocar dor, incapacidade ou morte.
- Violência Psicológica e Discriminação: agressões verbais e não verbais que
intimidam, humilham ou restringem a liberdade e o psicológico do idoso
- Negligência: recusa ou omissão de cuidados por parte dos responsáveis familiares ou
institucionais. É uma das formas de violência mais presentes no país. Ela se manifesta
frequentemente associada a outros abusos que geram lesões e traumas físicos,
emocionais e sociais, em particular, para as que se encontram em situação de múltipla
dependência ou incapacidade.
- Violência Institucional: Trata-se de qualquer tipo de violência exercida dentro do
ambiente institucional (público ou privado) praticada contra a pessoa idosa, pode
ser por meio de um dos seus funcionários que comete algum ato de abuso,
agressão física ou verbal no ambiente da instituição (texto adicionado).
administração por familiares, cuidadores e profissionais dos medicamentos prescritos,
de forma indevida, aumentando, diminuindo ou excluindo os medicamentos, além de
negligenciar cuidados durante tratamentos e cuidados paliativos.
- Abuso financeiro e violência patrimonial: exploração ilegal ou uso não consentido
pela pessoa idosa de seus recursos financeiros e patrimoniais.
- Violência sexual: ato sexual sem consentimento da pessoa idosas. Esses abusos
visam a obter excitação, relação sexual ou práticas eróticas por meio de aliciamento,
violência física ou ameaças.
- Discriminação: tratamento desigual da pessoa idosa devido à idade avançada.
- Abandono: ausência dos responsáveis governamentais, institucionais ou familiares de
prestarem socorro a uma pessoa idosa que necessite de proteção e assistência.
Referências:
- Tipos de Violência. Disponível em:
<https://idoso.jundiai.sp.gov.br/denuncie/tipos-de-violencia/>. Acesso em: 27 mar. 2023.
- 9 tipos de violência contra o idoso que você desconhece. Disponível em:
<https://institutodelongevidade.org/longevidade-e-cidades/direitos-e-cidadania/violencia
-contra-o-idoso-comeca-em-casa>. Acesso em: 27 mar. 2023.
- “Disque 100”: Violência contra os idosos – Dos crimes e das penas. Disponível
em:
<https://lanyy.jusbrasil.com.br/artigos/167858152/disque-100-violencia-contra-os-idosos
-dos-crimes-e-das-penas>. Acesso em: 27 mar. 2023.
- Estatuto do Idoso - Lei 10741/03. Disponível em:
<https://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/98301/estatuto-do-idoso-lei-10741-03
>. Acesso em: 27 mar. 2023.
- MINISTÉRIO DA MULHER, DA FAMÍLIA E DOS DIREITOS HUMANOS: Violência
contra a pessoa idosa, vamos falar sobre isso? Disponível em:
https://www.jornal3idade.com.br/secretaria-nacional-da-pessoa-idosa-lancou-hoje-cartil
ha-que-esclarece-tipos-de-violencia/. Acesso em: 27 mar 2023.
12) Algumas condições podem ser confundidas com violência. Uma delas é a mancha
mongólica. Como diagnosticar a mancha mongólica? Como diferenciar de uma
equimose?
As manchas mongólicas são alterações cutâneas pigmentadas, congênitas e resultantes da
migração de melanócitos derivados da crista neural para a derme durante a embriogênese.
Para a correta diferenciação é preciso conhecer características desse achado.
São observadas, frequentemente, no período neonatal e se localizam, predominantemente, em
região lombossacra e dos glúteos. Porém, quando se apresentam em locais atípicos (punhos e
tornozelos), são denominadas de manchas mongólicas ectópicas. Dentre suas características,
as manchas tendem a regredir nos primeiros anos de vida e desaparecer até os seis anos.
Entretanto, em alguns casos, permanecem indefinidamente.
A prevalência dessa alteração varia entre ocorre com maior frequência nas populações com
pele de maior fototipo (72% a 89%). Então pode-se afirmar que há ligação entre a presença de
manchas mongólicas e a ascendência da criança, assim como crianças com manchas
mongólicas filhas de puérperas primíparas.
A coloração das manchas mongólicas assume, frequentemente, tons cinzento-azulados, mas
podem aparecer em tons arroxeados, azul-avermelhados e preto-amarronzados, dependendo
do tom de pele da pessoa, aumentando, dessa forma, as chances de serem confundidas com
equimoses, principalmente se estiverem dispostas em áreas ectópicas, como em punhos e
tornozelos. Entretanto, diferentemente das equimoses, as manchas mongólicas têm bordos
delimitados, são planas e não sofrem mudança de pigmentação com o passar do tempo. Por
sua vez, as equimoses, por serem resultantes do extravasamento de sangue decorrente de
traumas, possuem sinais de inflamação e, ao longo do tempo, têm sua coloração modificada.
Fontes:
https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/ajmg.c.31462
https://www.perspectivas.med.br/2021/11/manchas-mongolicas-podem-mimetizar-lesoes-corpor
ais-relato-de-caso/#:~:text=As%20manchas%20mong%C3%B3licas%20s%C3%A3o%20condi
%C3%A7%C3%B5es,nos%20primeiros%20anos%20de%20vida
Grupo: Ana Clara Speziali, Heitor Luis de Castro, Henrique Leite, Mariana Alves e Thiago
Ferrante
Slides Adicionais – Fonte Grupo 5 – Turma C – Atividade Atendimento em Casos de Violência:
13) Algumas condições podem ser confundidas com violência. Uma delas o prolapso
de uretra. Como diagnosticar o prolapso de uretra? O tratamento é clínico ou
cirúrgico?
O prolapso uretral é considerado uma patologia rara, às vezes problemática que requer manejo
especializado. Trata-se de uma eversão da mucosa uretral através do meato uretral externo.
Geralmente ocorre em pacientes mulheres pós menopausadas, e também em
pré-adolescentes. Apresenta-se como uma massa indolor, edematosa, inflamada com
sangramento fácil na maioria dos casos, também associada a disúria e incapacidade para
micção.
Visto que o diagnóstico do prolapso uretral é inteiramente clínico, ou seja, não necessita de
solicitação de exames laboratoriais e de imagem, e que, na maior parte dos casos, o abuso
sexual não deixa sinais físicos ou lesões agudas logo após o contato sexual, a distinção dos
dois quadros se torna difícil e minuciosa.
Para isso, alguns fatores devem ser levados em consideração, como: a realização rigorosa do
exame físico, com especial detalhe na região genital, sem esquecer a busca de lesões
extragenitais, história clínica sugestiva, percepção comportamental da criança, bom
conhecimento do médico dos diagnósticos diferenciais.
Ao exame físico, o prolapso uretral apresenta-se como uma massa vulvar anterior que engloba
toda a abertura vulvar, edematosa, por vezes requer cateterismo ou visualização da micção
para identificar o meato. O diagnóstico é clínico, no entanto, por vezes é necessária a utilização
de ajudas diagnósticas como a cistoscopia. (Texto adicionado) Trata-se de uma eversão da
mucosa uretral através do meato, visualizada como uma massa lisa, eritematoedematosa
e de fácil sangramento na região anterior da vulva, englobando a abertura vulvar
(aspecto de rosquinha ou “donut”).
O tratamento se divide em conservador (que apresenta taxa de sucesso de apenas um terço
dos casos) e cirúrgico. O conservador se baseia na diminuição dos esforços com o repouso,
banhos de assento para redução da inflamação e a utilização de estrógenos tópicos no local.
Quando o prolapso não regride, a ressecção cirúrgica da mucosa prolapsada pode ser
necessária.
Grupo: Lara Pinto Moreira, Laura Campos Santos, Mariana de Paula Dias, Pietra Paschoalino
Boareto
14) O que é Síndrome de Münchausen? O que é Síndrome de Münchausen por
procuração? Há interesse policial neste caso (síndrome de Münchausen por
procuração)?
Integrantes: André Esteves, Ana Paula, Renata Pimenta, Victor Cabral, Giovanna Stecca.
15) O que é síndrome do bebê sacudido? Em que idade é mais frequente, por quê? Quais
os principais diagnósticos diferenciais?
Grande parte das crianças vítimas tem menos de um ano de idade, muitas delas com
menos de seis meses, sendo a maior incidência em crianças menores de 4 meses.
Referências:
CHRISTIAN, Cindy. Child abuse: Evaluation and diagnosis of abusive head trauma in
infants and children. In: WOLTERS KLUWER. UpToDate. [S. l.], 2022. Disponível em:
https://www.uptodate.com/contents/child-abuse-evaluation-and-diagnosis-of-abusive-he
ad-trauma-in-infants-and-children. Acesso em: 22 mar. 2023.
*Há outras previsões de aborto que deve ser oferecido de forma gratuita, pelo SUS, no
Brasil: quando há risco à vida da gestante ou quando há um diagnóstico de anencefalia do feto.
Integrantes: Flavia Maria de Freitas Faria, Isadora Soares Bicalho Garcia e João Vitor
Levindo Coelho Novaes
Primeira fase da putrefação: Período cromático (ou de coloração) - início nas primeiras 20-24h
e vai do 3-5 dia, marcado pela mancha verde abdominal, geralmente em fossa ilíaca direita,
(devido a sulfoxi-hemoglobina e pela maior proximidade do ceco à parede abdominal).
Segunda fase da putrefação: Período gasoso ( ou enfisematoso) - gases que dão ao cadáver
aspecto gigantesco, principalmente em face, órgão genitais e abdome. É caracterizado pela
posição de lutador e projeção da língua, olhos e abdome. No primeiro dia predominam gases
não inflamáveis, e do segundo ao quinto dia, gases inflamáveis, a partir do quinto dia, gases
não inflamáveis.
Quarta fase da putrefação: Período de esqueletização - os ossos ficam quase livres, presos por
apenas alguns elementos articulares. É caracterizada pela cabeça destacada do tronco,
mandíbula destacada dos ossos da face, costelas desarticuladas e membros inferiores e
superiores soltos. No final da esqueletização, os ossos já estão completamente desarticulados
e finalmente ficam desarticulados e isolados, desprovidos de qualquer tecido mole.
Referências:
FRANÇA, G. Tanatologia Médico-legal. Medicina Legal. 10 ed. Rio de Janeiro: Guanabara,
2015. p. 399-494.
Integrantes: Joyce Moreira, Júlia Ramos, Liliane Vilela, Mariana Las Casas, Mariana Flores
19) Quais são as vias da declaração de óbito? Qual o destino de cada uma delas?
1ª Via - Branca: Secretaria Municipal de Saúde (digita no Sistema de Informação Sobre
Mortalidade do Data SUS e arquiva a via branca)
2ª Via Amarela: Cartório de Registro Civil (emite a Certidão de Óbito aos familiares e arquiva a
via amarela)
3ª Via Rosa: Estabelecimento de Saúde ou IML (arquiva junto ao prontuário ou arquivo de
laudos).
Integrantes: Carolina Lopes, Hanna Clemente, Maria Clara Borges, Thaíze Prates
20) É necessário carimbar a declaração de óbito?
Não é obrigatório carimbar uma declaração de óbito, uma vez que, segundo o CFM, o
preenchimento do formulário de forma adequada, com identificação legível do médico e
apresentação do seu CRM e assinatura, é suficiente para validar o documento.
REFERÊNCIAS
MIRANDA, M. V.. Comoriência (morte simultânea) | Jusbrasil. Jusbrasil. Disponível em:
<https://matheusviniciusmiranda.jusbrasil.com.br/artigos/483115022/comoriencia-morte-simulta
nea>. Acesso em: 28 mar. 2023.
Integrantes: Isabella Neves, Júlia Abreu, Júlia Gomes, Luiza Paculdino, Lunamaris Amaral e
Maria Luísa Filogônio.
22) É proibido fazer declaração de óbito para parentes?
Atualmente, não existem legislações específicas para a regulamentação da emissão de DO
para parentes. Dessa forma, não existe penalização específica no âmbito ético nem legal para
médicos que aderiram tal conduta. No entanto, os Conselhos de Medicina tendem a se
manifestar sobre a questão, salientando a possível interferência de questões emocionais no
preenchimento adequado do documento e nas condutas seguintes, que podem ser
questionadas por outras entidades, como as seguradoras.
Referências:
Integrantes: Bruna Antunes de Miranda Pires, Bruna Garcia Gomes Salles Teixeira, Bruna
Guimarães Camilo, Jéssica Praes e Mariane Fortunato Mendes
23) Em quais casos a declaração de óbito deve ser feita pelo Médico Legista?
O Médico Legista deve emitir a Declaração de Óbito em casos de morte violenta ou suspeita,
após a realização da necropsia.
Grupo: Ana Fayga Rezende Mafra, Anna Luisa Madureira Tavares de Melo, Matheus Artuso
Marcato, Pedro Antonio Campos , Sarah Salomão Jeha.
Queda (própria altura, escada, outro) e fraturas: desde que tenham sido a causa direta
do óbito (nexo de causalidade entre a queda que provocou a lesão ou a fratura e a
morte);
Cadáver em estado de decomposição mesmo que em fase inicial (verde enegrecido);
Cadáver cuja identidade não se conhece (sem documentos e sem familiares que o
reconheçam).
Morte em via pública, especialmente com sinais compatíveis com causas externas.
Mortes obrigatoriamente encaminhadas para o Instituto Médico Legal (IML) com objetivo de
realização de necrópsia, são as mortes de “interesse médico-legal”. Logo, procura-se
esclarecimento da causa da morte, sendo a assinatura do atestado de óbito de
responsabilidade do médico-legista. As causas básicas principais estão listadas abaixo:
Acidentes (de trânsito e/ou trabalho), suicídio, homicídio, erro médico, entre outros =
constituem mortes NÃO-naturais/VIOLENTAS com óbitos determinados por fatores
EXTERNOS auto ou hetero-infligidos.
Imagem adicionada:
Queda (própria altura, escada, outro) e fraturas: desde que tenham sido a causa direta
do óbito (nexo de causalidade entre a queda que provocou a lesão ou a fratura e a
morte);
Cadáver em estado de decomposição mesmo que em fase inicial (verde enegrecido);
Cadáver cuja identidade não se conhece (sem documentos e sem familiares que o
reconheçam).
Morte em via pública, especialmente com sinais compatíveis com causas externas.
Texto adicionado: um óbito que tenha como causa uma intoxicação exógena é
considerado um óbito por causa externa/acidental/violenta. Sendo assim, a D.O. somente
poderá ser emitida após necropsia no IML, pelo Médico Legista.
Imagem adicionada:
Referências bibliográficas:
BRASIL. Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973. Dispõe sobre os registros públicos, e dá
outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6015.htm>.
Acesso em: 29 de março de 2023.
De acordo com a legislação brasileira, o atestado de óbito decorrente de lesões provocadas por
causas externas deverá sempre ser fornecido por perito legista pós necropsia, sendo essas
ocorridas em decorrência de um acidente ou qualquer tipo de violência. O óbito por animal
peçonhento é considerado uma causa externa, sendo sua declaração feita, então, pelo médico
legista.
Imagem adicionada:
Observação:
Queda (própria altura, escada, outro) e fraturas: desde que tenham sido a causa direta
do óbito (nexo de causalidade entre a queda que provocou a lesão ou a fratura e a
morte);
Cadáver em estado de decomposição mesmo que em fase inicial (verde enegrecido);
Cadáver cuja identidade não se conhece (sem documentos e sem familiares que o
reconheçam).
Morte em via pública, especialmente com sinais compatíveis com causas externas.
Texto adicionado:
Queda (própria altura, escada, outro) e fraturas: desde que tenham sido a causa direta
do óbito (nexo de causalidade entre a queda que provocou a lesão ou a fratura e a
morte);
Cadáver em estado de decomposição mesmo que em fase inicial (verde enegrecido);
Cadáver cuja identidade não se conhece (sem documentos e sem familiares que o
reconheçam).
Morte em via pública, especialmente com sinais compatíveis com causas externas.
2- LAURENTI, Rui; MELLO JORGE, Maria Helena P. de. O atestado de óbito. São Paulo:
Centro Brasileiro de Classificação de Doenças, 2004.
Grupo: Arthur Almeida, Artur Dias, Diogo Bothrel, Felipe Fernandes e Rafael Borba.
28) Em situação de paciente que morre na ambulância do SAMU, durante o atendimento
médico, quem faz a DO? E se a causa da morte for indeterminada?
Entretanto, se a causa for externa, ou seja, suicídio, acidente ou homicídio, ou caso exista a
suspeita de morte por causa externa, o corpo deverá ser encaminhado ao IML cabendo a esse
orgão a emissão da DO.
Caso a causa da morte seja indeterminada, o médico emergencista deve observar se existe a
suspeita de causa externa, caso exista, ele deve encaminhar o corpo ao IML para posterior
realização da DO. Porém, quando a causa for indeterminada e não existirem sinais de causa
externa, cabe ao médico emergencista emitir a DO.
Atestado de óbito x declaração de óbito (2) - Portal CRM-PR. Crmpr.org.br. Disponível em:
<https://www.crmpr.org.br/Atestado-de-obito-x-declaracao-de-obito-2-13-57187.shtml#:~:text=%
C3%93bito%20ocorrido%20em%20ambul%C3%A2ncia%20com,p%C3%BAblico%20de%20urg
%C3%AAncia%20mais%20pr%C3%B3ximo>. Acesso em: 28 mar. 2023.
Grupo: Ana Júlia Ferreira, Ana Beatriz Lacerda, Débora Cotta, Eduardo Rodrigues, Fernanda
Campos, Guilherme Avelar.
29) Em situação de paciente que morre na ambulância do SAMU (sem médico), quem faz
a DO? E se a causa da morte for indeterminada?
Grupo: Victória Cardoso, Victória Ramalho, Maria Elisa, Bárbara Valadares, Raquel Nantes,
Maria Júlia Machado, Kristen Tolomelli
Texto adicionado:
De acordo com a Resolução 1779/2005 do CFM no seu artigo 2º: “ Os médicos, quando
do preenchimento da Declaração de Óbito, obederação às seguintes normas:
1) Morte natural;
I. Morte sem assistência Médica
a) Na localidade com SVO, a Declaração de óbito deverá ser fornecida pelos médicos do
SVO.
b) Nas localidades sem SVO, a Declaração de Óbito deverá ser fornecida pelos médicos
do serviço público de saúde, mais próximo do local, onde ocorreu o evento; na sua
ausência, por qualquer médico da localidade.”
No caso de a causa da morte ser indeterminada, nas localidades sem SVO, o médico
deverá colocar no campo causa da morte: indeterminada. No campo informações
adicionais poderá acrescentar: “ausência de suspeita de violência e ausência de sinais
externos indicativos de violência”.
Caso haja indícios de morte por causa externa (violência) somente o Médico Legista do
IML poderá declarar o óbito. Neste caso a Polícia deverá ser acionada para proceder aos
trâmites (perícia de local, investigação, inquérito, necropsia, entre outros).
Referências:
MIRANDA, Stênio et al. Protocolo de atendimento ao óbito SAMU Regional de Ribeirão
Preto. Central de Regulação Médica de Ribeirão Preto, Setembro de 2012. Disponível em:
<https://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/files/ssaude/pdf/protocolo.pdf>
Sugestão de leitura: Parecer CRMMG 123/2017 pelo Conselheiro Jorge Geraldo Tabaral
Abdala. Processo Consulta: 5.820/2016.
30) Em situação de paciente que morre no pronto atendimento, após atendimento médico,
logo depois que deu entrada, quem faz a DO? E se a causa da morte for
indeterminada?
Em caso de morte no PA, com a presença do médico, caso configure causa natural (não
violenta e não suspeita), a declaração de óbito deverá ser preenchida pelo médico assistente,
ou pelo médico do serviço de saúde, no caso do pronto atendimento.
Em casos de morte natural, mas de causa indeterminada e ainda sem atendimento médico, o
corpo deverá ser encaminhado ao SVO. Em cidades que não possuem SVO o próprio médico
do Pronto Atendimento deverá preencher a D.O.
No caso de mortes por causa violenta ou suspeitas para tal, o corpo deverá ser encaminhado
ao IML, onde será preenchida a DO.
Danielle Loregian, Júlia Rodrigues, Lethícia Mendonça, Rosana Vanessa, Tiago Abreu.
31) Em situação de paciente que dá entrada morto no pronto atendimento, quem faz
a DO – se for trazido por parentes? E se foi trazido por vizinhos? E se foi trazido
em ambulância com médico? E se a causa da morte for indeterminada?
● Óbito por causa natural, sem assistência médica, trazido por parentes ou
vizinhos, em localidade com SVO: a DO será emitida pelo médico do SVO
● Óbito por causa natural ocorrido fora do estabelecimento de saúde, trazido por
parentes ou vizinhos, sem assistência médica, sem SVO: a DO será emitida pelo
médico do serviço público de saúde mais próximo ao local onde ocorreu o óbito, OU
médico designado pela SMS, OU qualquer médico da localidade
● Óbito por causa acidental ou violenta ocorrido em localidade com IML: a DO será
emitida pelo médico do IML
● Óbito por causa acidental ou violenta ocorrido em local sem IML: a DO será
emitida pelo médico da localidade designado pela Autoridade Policial OU por outro
profissional investido pela autoridade judicial ou policial na função de perito legista
eventual (ad hoc).
Integrantes: Pedro Henrique Rego Viana, Vitor Loureiro, Luiz Gustavo Anacleto, Vitória
Bernardes
Referência: A Declaração de Óbito, Ministério da Saúde. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/declaracao_obito_3ed.pdf
32) Em situações de desastres, quem faz a declaração de óbito das vítimas fatais?
Desastres são causas acidentais ou violentas de óbitos. Por isso, segundo o Manual de
Instruções para Preenchimento da Declaração de Óbito do Ministério da Saúde de 2022, a
declaração de óbito será emitida pelo médico legista do Instituto Médico-Legal (IML).
Grupo: Allan Andrade Gontijo, Ariane Dias Santos, Brícia Carla de Almeida, Davi Mesquita
Miranda, Júlia Duarte Araújo Santos, Júlia Inara Mol Campos, Pedro de Souza Silva Pereira
33) Quais são as etapas do trabalho da antropologia forense?
A primeira etapa é definir se a peça pertence à espécie humana.
Em seguida, deve-se inferir o sexo - feminino ou masculino.
Depois, tem-se que identificar estatura, idade e ancestralidade.
Por fim, conectar o caso ao indivíduo a fim de realizar a correta identificação do ser
humano em caso.
Fonte: Genival Veloso França, Medicina Legal 11ª edição, 2017
A equipe de antropologia forense não é responsável por fazer a declaração de óbito, mas ela
pode ser feita pelo médico legista da equipe.
A constatação do óbito consiste em atividade privativa do médico, regulamentada pela Lei n.o
12.842/2013, salvo nas localidades onde não haja médico. O documento só pode ser
preenchido por pessoas leigas quando não houver um profissional médico na localidade. Nesse
caso, pelo Art. 77 da Lei Federal nº 6015/1973, é permitida que duas testemunhas que
presenciaram ou verificaram a morte elaborem o documento.
A causa médica do óbito se refere à doença ou condição médica que levou à morte de uma
pessoa.
Por outro lado, a causa jurídica do óbito refere-se às circunstâncias que envolveram a morte de
uma pessoa.
A causa médica do óbito, portanto, é uma explicação médica sobre o que causou a morte,
enquanto a causa jurídica do óbito é uma explicação legal sobre como e por que a morte
ocorreu.
Texto adicionado:
Sendo assim, ao médico legista (e somente ele) cabe determinar a causa médica
(externa) do óbito como, por exemplo, asfixia decorrente de compressão extrínseca do
pescoço.
Ao juiz (e não ao médico) cabe determinar a causa jurídica desta morte (se acidente,
homicídio ou suicídio, por exemplo).
Referências:
1. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise de
Situação de Saúde. Manual de Instruções para o Preenchimento da Declaração de
Óbito. Brasília: Ministério da Saúde, 2011. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/declaracao_de_obito_final.pdf. Acesso em:
23 mar. 2023.
2. SANTOS, M. C. C. L. dos. Conceito médico-forense de morte. Revista da Faculdade de
Direito, Universidade de São Paulo, [S. l.], v. 92, p. 341-380, 1997. Disponível em:
https://www.revistas.usp.br/rfdusp/article/view/67369. Acesso em: 23 mar. 2023.
Integrantes - Luíza Camargos, Maria Clara Martins, Maria Fernanda, Mateus Miranda, Pedro
Henrique Sanches, Tiago Guedes e Victor Luiz Santos.
36) Em que casos haveria a atuação do Serviço de Verificação de óbito (SVO), caso esse
existisse em Belo Horizonte?
Texto adicionado: Ao SVO cabe a investigação dos casos de morte de causa natural sem
assistência médica, e também aos óbitos de causa natural de interesse epidemiológico.
Integrantes: Victória Bottaro, Mariana Nicácio, Thiago Figueiredo, Luiza Cardoso, Maria Julia
Rezende, Rafael Costa Pinto de Campos.
37) Quais são os recursos habitualmente utilizados para identificação humana no contexto
médico legal?
Comparação por meio de dados intra vitam (registros em vida) x post-mortem (registros após a
morte do indivíduo):
- papiloscopia, que consiste nas impressões papilares (digitais, plantares e palmares),
- odontologia legal e antropologia: arcada dentária, ossos, próteses numeradas, entre outros,
- genética forense (DNA).
Ainda há outros elementos que podem auxiliar na identificação marcas, tatuagem, identificação
visual, tamanho do pé (antropométricas), impressão auricular.
Grupo 7: BEATRIZ LOPES BESSA, BEATRIZ LOPES DA COSTA, BRUNO FARIA, GIOVANA
RIOS, GUSTAVO DORNELA, LÍVIA ALACOQUE
38) Qual a primeira pergunta a ser respondida pela antropologia em um exame pericial? E
a segunda pergunta?
Em seguida, qual o perfil biológico (sexo, idade, ancestralidade e estatura) para então
prosseguir com a identificação.
Grupo 8: Bruna Negri; Giullia Amaral; Júlia Resende Ferreira Magri; Lucas Daniel dos Anjos
Guimarães; Luana Ananias Costa