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Estudo Dirigido Turma 73

Turma A – questões 1 a 10

Turma B – questões 11 a 20

Turma C – questões 21 a 30

Turma D – questões 31 – 38

1) O que é exame de corpo de delito? Quando ele será indispensável?

Alunos: Brisa Goulart Coutinho, Bruna Bosco Machado, Laura Avellar Chaves Pontes,
Lorena Melin Correa, Paula Ferraz Pereira

Resposta na Íntegra:
O exame de corpo de delito é conjunto de procedimentos técnico-científicos adotados com o
objetivo de evidenciar, analisar, constatar, demonstrar e documentar a ocorrência ou não de
uma infração penal que deixou vestígios sob investigação.

Corpo de delito são todos os vestígios materiais deixados por um determinada ação delituosa e
que indicam a existência de um crime. Sendo assim, em uma cena de crime contendo um
cadáver, ferimentos, sangue, DNA, componentes de munição e perfurações em paredes,
podemos dizer que todos os citados configuram-se como o corpo de delito relacionado ao ato
criminoso.

Esse exame será indispensável quando a infração deixar vestígios. Assim como diz o Código
de Processo Penal:

Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito,
direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.

Art. 167. Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os
vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta.

O exame de corpo de delito é ainda classificado em direto e indireto: o direto é aquele realizado
diretamente no vestígio e o indireto ocorre na impossibilidade do direto. O exame indireto é
realizado, por exemplo, quando os vestígios tiverem desaparecido ou quando há
inacessibilidade ao local dos fatos, porém, ainda é possível resgatar informações sobre o fato
através de outros meios: laudos médicos, prontuários, fotos, dentre outros.

Referências Bibliográficas:

Código de Processo Penal. decreto lei nº 3.689, de 03 de outubro de 1941. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/Decreto-Lei/Del3689.htm.

TUCCI, Rogério Lauria. Do corpo de delito no direito processual penal, p. 71.


2) O que significa vestígio?
Grupo: Ana Carolina Carneiro, Laura Paiva, Letícia Rennó Schumann, Luiza Motta, Thaís
Ávila
Resposta na Íntegra:
Vestígio é todo objeto ou material bruto detetado e/ou recolhido no local do crime para análise
posterior.

Segundo a Escola da Guarda (2009, cit. por Cabral, 2012), a classificação dos vestígios pode
ser feita quanto à sua natureza e quanto ao local onde devem ser procurados.

Começando pela sua classificação quanto ao local, os vestígios podem ser encontrados:
i) no próprio local do crime, ii) nos acessos ao mesmo, iii) no ofendido (esteja este vivo ou não),
iv) no agente perpetrador ou v) nos instrumentos da infração.

Relativamente à sua natureza, os vestígios podem ser classificados em:


i) biológicos (sangue, suor, urina, esperma, secreção vaginal, pelos, cabelos, unhas,
impressões dermopapilares, entre outros) e ii) vestígios não biológicos (rastos, pegadas, vidros,
rasuras mecânicas, marcas de pneus e de instrumentos utilizados).

Os vestígios não biológicos, tal como os vestígios biológicos, também são transmissores de
informação sobre o agente perpetrador do crime.

Ademais, Pinheiro (2008, cit. por Cabral, 2012) afirma que, o interesse médico-legal da
criminalística reside no facto de se procurar os vestígios biológicos que permitam estabelecer a
identidade do autor do crime.

Referência:
Silva, Paulo Sérgio Sousa. "Vestígios Local De Crime." Disponível em:
https://pdfcookie.com/documents/vestigios-local-de-crime-g2wnex41wo25
3) No caso de terem desaparecido os vestígios, o que se pode fazer?
Grupo: Gabriel Pereira Martins, Igor Viana Diniz, João Gabriel Alvarenga Andrade, Lucas
Palhares Ramiro, Thiago Lacerda Bitencourt de Faria.

Comentário adicional da prof.


De acordo como o artigo 167 do CPP, existe a possibilidade de a prova testemunhal
suprir a falta do exame de corpo de delito, naqueles casos em que tanto o exame de
corpo de delito direto e o exame de corpo de delito indireto forem impossíveis, por terem
desaparecido os vestígios. O texto do artigo do CPP, informa que:

“Não sendo possível o exame de corpo de delito [direito e indireto], por haverem
desaparecido os vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta”.

Resposta na íntegra:
O exame de corpo de delito pode ser realizado de duas formas: direta e indireta. O exame
direto consiste na avaliação física do corpo da vítima ou do acusado, com a realização de
exames e coleta de amostras de tecidos, fluidos corporais e outros materiais que possam ser
relevantes para a investigação. Já o exame de corpo de delito indireto é realizado a partir de
outras fontes de informação, como documentos, laudos técnicos, fotos, vídeos, entre outros
materiais que possam ser relevantes para a investigação. Esse tipo de exame é utilizado
quando não é possível ou não é recomendado realizar o exame de corpo de delito direto, como
em casos de crimes cibernéticos, por exemplo.

Se os vestígios desapareceram, é possível buscar outras formas de prova, como depoimentos


de testemunhas e documentos. O artigo 158 do Código de Processo Penal Brasileiro prevê que
"quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou
indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado." Portanto, a ausência de vestígios pode
dificultar a comprovação do crime. Dessa forma, a inexistência de vestígios pode ser um
problema para a condenação, mas não inviabiliza a prova. Outras evidências podem ser
apresentadas, como declarações de testemunhas, laudos periciais e provas documentais, a fim
de corroborar com as informações já obtidas.

Nesse sentido, a produção de provas indiciárias pode ser uma alternativa viável para a
condenação do acusado. Em ambos os casos, é importante que a análise de corpo de delito
indireto ou o depoimento testemunhal sejam realizados por peritos ou testemunhas idôneas e
qualificadas, que possam fornecer informações precisas e confiáveis para a investigação ou
julgamento do caso. Além disso, é necessário que as provas apresentadas sejam avaliadas de
acordo com os critérios legais e éticos estabelecidos, para garantir a justiça e a equidade no
processo judicial.

REFERÊNCIAS:
BRASIL. Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941. Código de Processo Penal. Disponível
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm. Acesso em: 28 mar.
2023.
FRANÇA, Genival Veloso de. Medicina Legal, 11ª edição. Grupo GEN, 2017. E-book. ISBN
9788527732284. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527732284/. Acesso em: 28 mar. 2023.
CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Resolução CFM nº 1.973/2011.
4) Qual é o tempo estabelecido para entrega de um laudo?
Grupo: Ana Beatriz Vianna Pedrosa; Ana Carolina Lima Vieira; Arthur del franco; Maria
Cecília de Paula Moscardini; Milenny Fernanda Vasconcelos Candido; Pedro jorge Cruz

Resposta na Íntegra:

Laudo pericial é um documento elaborado pelos peritos, onde estará descrito de forma
minuciosa o que foi examinado, cumprindo os requisitos formulados. O laudo pericial deverá
ser elaborado no prazo máximo de 10 (dez) dias.

Texto Adicional:
 Art. 160. Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde descreverão minuciosamente o que
examinarem, e responderão aos quesitos formulados.                
Parágrafo único.  O laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 10 dias,
podendo este prazo ser prorrogado, em casos excepcionais, a requerimento dos
peritos.                    
 Art. 161.  O exame de corpo de delito poderá ser feito em qualquer dia e a qualquer
hora.
 Art. 162.  A autópsia será feita pelo menos seis horas depois do óbito, salvo se os
peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o
que declararão no auto.

Referência:
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Decreto - Lei nº 3.689 de 03 de Outubro de
1941 do Código de Processo Penal. Artigo 160, parágrafo único. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689.htm
5) É possível prorrogar o tempo de entrega de um laudo? Se sim, como?
Grupo: Beatriz Antunes Pazzini, Jordana Coelho Moisés, Julia França da Silveira, Larissa
Maria Ferrarez Faria, Vinícius Salgado Rabelo, Solayne Cristina de Resende Silva.

Sim. De acordo com o Art. 160 do Decreto - Lei nº 3.689 de 03 de Outubro de 1941 do
Código de Processo Penal, com redação dada pela Lei nº 8.862 de 28/03/1994, tem-se “O
laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 10 dias, podendo este prazo ser prorrogado,
em casos excepcionais, a requerimento dos peritos”.
São duas as principais situações em que o perito pode requerer a prorrogação do
prazo, no caso de:
1) se for designado simultaneamente para um número elevado de exames.
2) se for designado para um exame cuja complexidade não permita que ele seja
finalizado dentro dos dez dias regularmente estabelecidos.
Dessa forma, é importante que o perito estabeleça um cronograma que viabilize a
elaboração daqueles laudos e então requeira a prorrogação dos prazos segundo esse
cronograma.
O requerimento de prorrogação de prazo precisa de conter o destinatário, as razões de
direito e de fato do pedido de prorrogação de prazo e, por fim, o pedido propriamente. Ele deve
ser endereçado à autoridade que requisitou os exames: ao Delegado de Polícia, ao Juiz de
Direito, ao Promotor de Justiça entre outros possíveis requisitantes. É imprescindível incluir os
procedimentos que deram origem à requisição de exames cujo prazo de elaboração se
pretende prorrogar, além do número do processo, do inquérito policial, do boletim de
ocorrência, enfim, todos os documentos que apontem para a requisição de exames.

REFERÊNCIAS:
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Decreto - Lei nº 3.689 de 03 de Outubro de
1941 do Código de Processo Penal. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689.htm . Acesso em 28 mar. 2023.
JUSBRASIL. O requerimento de prorrogação de prazo para a elaboração de laudo pericial na
esfera criminal: condição, forma e recursos cabíveis. Disponível em:
https://sergiolinaresfilho.jusbrasil.com.br/artigos/798306552/o-requerimento-de-prorrogacao-de-
prazo-para-a-elaboracao-de-laudo-pericial-na-esfera-criminal . Acesso em 28/03/2023
6) O que são quesitos?

Grupo: Artur Tassis, Ludmila Souza, Maria Eduarda Caetano, Nina Aquino, Raquel Bueno
e Raquel Maluf
Os quesitos constituem uma parte do relatório médico-legal. Nas ações penais, já se
encontram formulados os chamados quesitos oficiais, os quais são questionamentos que
devem ser respondidos. Mesmo assim, podem, à vontade da autoridade competente, existir
quesitos acessórios. Os quesitos oficiais foram formulados por uma comissão composta pelo
Dr. Miguel Sales, ex-diretor do Instituto Médico-Legal do Rio de Janeiro; pelo Professor de
Medicina Legal e médico-legista Antenor Costa; e, finalmente, pelo eminente mestre do Direito
Penal brasileiro, Professor Roberto Lira, e aprovados pela comissão que elaborou o Código de
Processo Penal (Decreto-Lei no 3.639, de 3 de outubro de 1941). Em Psiquiatria Médico-Legal,
assim como no cível, não existem quesitos oficiais, ficando o juiz e as partes no direito de
livremente formularem conforme exigências do caso. (FRANÇA, 2018).
Nos quesitos, o perito apresenta sua transcrição integral, embora já constem nos autos,
buscando evitar desagradáveis surpresas que possam ocorrer na prática, como troca de ordem
ou substituição destes. (MIZIARA, 2022).
Referências:
FRANÇA, Genival Veloso de. Fundamentos de Medicina Legal, 3ª edição. Rio de Janeiro -
RJ: Grupo GEN, 2018. E-book. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527733373/. Acesso em: 28 mar. 2023.
MIZIARA, Ivan D. Guia de medicina legal e perícia médica. Santana de Parnaíba: Editora
Manole, 2022. E-book. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786555769463/. Acesso em: 28 mar. 2023.
7) Qual é o tempo mínimo depois da morte para se realizar uma autópsia?
Grupo: Daniel Augusto Pereira de Carvalho, Gabriela Silveira Anatólio Lima, Guilherme
Lopes Machado, Igor de Souza Neto, Laura Galvão Tavares, Laura Vasconcelos
Rodrigues de Oliveira Tonello

De acordo com o artigo 162 do Decreto Lei número 3689 de 3 de outubro de 1941, do Código
de Processo Penal Brasileiro, a autópsia será feita pelo menos seis horas depois do óbito,
salvo se os peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes
daquele prazo, o que declararão no auto.

“Parágrafo único. Nos casos de morte violenta, bastará o simples exame externo do
cadáver, quando não houver infração penal que apurar, ou quando as lesões externas
permitirem precisar a causa da morte e não houver necessidade de exame interno para
a verificação de alguma circunstância relevante.”

Referência: BRASIL. Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941. Institui o Código de


Processo Penal. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 13 out. 1941. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del3689.htm Acesso em: 28 mar. 2023.
8) É possível fazer uma autópsia antes do período estabelecido em lei? Se sim, como?
Grupo: Amanda Sales de Souza, Ana Gabriela Almeida Baptista, Arthur Bebiano de
Souza, Bruna Bastos Pacheco e Júlia Belloni Rocha Daguer.

Sim, a autópsia pode ser feita antes do período estabelecido em lei. De acordo com o artigo
162 do Código de Processo Penal (CCP), o período estabelecido para autópsia é de, pelo
menos, seis horas após o óbito. Esse prazo de seis horas é estabelecido porque, após esse
período, os sinais de morte estão mais bem estabelecidos e mais evidentes. Entretanto, o
mesmo artigo estabelece uma exceção, se o legista tiver constatado a morte com confiança, ou
seja, pela evidência dos sinais de morte. A realização da autópsia antes do prazo estabelecido,
deve ser declarada no auto.
Ainda, é válido apontar que no parágrafo único do mesmo artigo, a lei dispensa expressamente
o exame interno, independente da constatação da morte, em casos de morte violenta, quando
não houver infração penal a apurar; ou, quando apenas as lesões externas permitirem precisar
a causa da morte e não houver necessidade de exame interno para a verificação de alguma
circunstância relevante.

Referência: BRASIL. Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941. Institui o Código de


Processo Penal. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 13 out. 1941. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del3689.htm Acesso em: 29 mar. 2023.
9) Descreva e classifique as lesões corporais graves e gravíssimas.
Grupo: Carolina Marques, Clara Gomes, Cecília Iucif, Fernanda Damasceno, Fernanda
Kato, Helen Rocha.

LESÃO CORPORAL GRAVE:


LESÃO QUE GERA INCAPACIDADE PARA OCUPAÇÕES HABITUAIS POR MAIS DE 30
DIAS: Entende-se como impossibilidade real da vítima exercer qualquer atividade de suas
ocupações habituais, não se restringindo somente a trabalho, isto é, inclui atividades
profissionais e sociais e não exige incapacidade absoluta.
PERIGO DE VIDA: Entende-se como uma situação de lesão da qual decorreu possibilidade
próxima de morte. Nesse sentido, o perigo de vida é confirmado mediante presença de
sintomas e de algumas ocorrências como perda de consciência, perda de reflexo, asfixia,
grandes lesões viscerais, fratura de crânio e coluna vertebral, hemorragias agudas, choque,
queimaduras em mais de 60% de área atingida ou qualquer outra alteração ou perturbação
orgânica que venha a influir na possibilidade iminente de morte.
DEBILIDADE PERMANENTE DE MEMBRO, SENTIDO OU FUNÇÃO: Debilidade no sentido
expandido de enfraquecimento, com avaliação do caráter fisiológico (diminuição evidente da
função de membros ou sentidos).
ACELERAÇÃO DE PARTO: Antecipação ou indução do parto por traumas físicos ou psíquicos,
sem ocorrer a morte fetal.

LESÃO CORPORAL GRAVÍSSIMA:


INCAPACIDADE PERMANENTE PARA TRABALHO: essa lesão é caracterizada pela
incapacidade permanente da pessoa em exercer sua profissão ou atividade laboral habitual.
Incluí incapacidade para todo e qualquer tipo de trabalho, não apenas o exercido antes da
lesão. Caso haja possibilidade de reabilitação ao exercício de outro trabalho, é considerada
uma lesão grave.
ENFERMIDADE INCURÁVEL: essa lesão é caracterizada por causar uma doença ou condição
crônica incurável na pessoa afetada. Como um exemplo, pode-se citar a transmissão dolosa do
vírus HIV. Mesmo que o paciente participe de terapêutica experimental para a enfermidade,
ainda sim é considerado uma lesão corporal gravíssima..
PERDA OU INUTILIZAÇÃO DE MEMBRO, SENTIDO OU FUNÇÃO: Amputação posterior a
agressão, consequente a intervenção cirúrgica, com o objetivo de salvar a vida do paciente e
evitar consequências gravíssimas para a sua saúde. A inutilização é considerada perda
funcional anatômica de um membro. Tal lesão pode ser total ou parcial, contanto que haja
inutilização do membro.
DEFORMIDADE PERMANENTE: A deformidade permanente é caracterizada pela alteração
permanente da aparência ou forma do corpo, como cicatrizes ou deformidades faciais ou
corporais. Alguns requisitos para a lesão ser considerada uma deformidade permanente são::
ser permanente e irreparável, trazer prejuízo estético razoável que constitua incômodo
permanente, ser visível e provocar impressão vexatória.
ABORTO: Essa lesão é caracterizada pela interrupção da gravidez normal e não patológica
em qualquer fase da gestação, com a expulsão ou não do concepto morto ou sua morte logo
após, resultante de uma ofensa corporal ou violência psíquica. O aborto será classificado como
lesão corporal caso seja resultado de uma ação culposa. Em caso do aborto ser resultado de
uma ação dolorosa, esse passa a ser tratado como o crime em si e não como lesão corporal.

Esquema adicional – contribuição da aluna Lettícia. Fonte: @vidadoconcurseiro:


Referências:
JUSBRASIL. Diferenças entre lesões corporais de natureza grave e gravíssima.Disponível em:
https://ailsonsilveiraf.jusbrasil.com.br/artigos/1161981742/diferencas-entre-lesoes-corporais-de-
natureza-grave-e-gravissima . Acesso em 28/03/2023
FRANÇA, Genival Veloso de. Fundamentos de Medicina Legal, 3ª edição. Rio de Janeiro -
RJ: Grupo GEN, 2018. E-book. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527733373/. Acesso em: 28 mar. 2023.
10) Qual é a classificação (os tipos de) das violências a que são submetidas as crianças?
Grupo: Ana Carolina Teixeira Guilherme, Bárbara Nogueira dos Santos, Elisa
Silva Corgosinho, Isabela Storch Carvalho, Julia Storch Carvalho, Giovanna de
Melo Dayrell.

Violência física: Ação que cause algum sofrimento físico ou que ofenda a integridade
da criança, feita de forma intencional com o objetivo de causar dor, sofrimento, lesão
ou destruição da vítima. Incitada da posição de poder e autoridade do adulto perante o
menor de idade.

Violência psicológica: Qualquer situação recorrente ou conduta à qual a vítima é


exposta que pode comprometer, de forma permanente, seu desenvolvimento psíquico
e emocional. Alguns exemplos são atos de discriminação, bullying, alienação parental e
exposição a crime violento a membro da família.

Violência sexual: Qualquer conduta que exponha a vítima a uma situação sexual.
Pode ser dividida em abuso sexual (toda ação que utiliza a criança ou adolescente
para fins sexuais), exploração sexual (uso da criança ou adolescente em atividades
sexuais para fins lucrativos) e tráfico de pessoas (privação de liberdade mediante
ameaça com fins sexuais). Em relação ao contexto, pode ser intrafamiliar (mais
frequente), extrafamiliar ou institucional.

Violência institucional: Pode estar atrelada a outras formas de violência,


caracterizada pela revitimização da criança ou adolescente em vulnerabilidade, por
organizações que deveriam ajudar as vítimas de violência.

Negligência e abandono: É o tipo mais frequente de maus tratos. Envolve omissão de


cuidados básicos e não atendimento de necessidades físicas e emocionais prioritárias.
Privação de alimentação, medicação e cuidados de higiene são exemplos de
negligência. O abandono é a forma mais grave de negligência e se refere a inexistência
de vínculo entre responsável e criança. São três tipos de negligência: física (ausência
de cuidados, maus-tratos, deixar a criança sem supervisão), emocional (exposição
crônica a violência doméstica, a drogas e a álcool, falta de suporte emocional) e
educacional (permissão para faltar aulas ou recusa de matrícula escolar).

Referências Bibliográficas
PIRES, Ana LD; MIYAZAKI, M. C. O. S. Maus-tratos contra crianças e adolescentes:
revisão da literatura para profissionais da saúde. Arq Ciênc Saúde, v. 12, n. 1, p. 42-9,
2005.
11) Qual é a classificação (os tipos de) das violências a que são submetidas os idosos?
Grupo: Clara Bicalho, Enzo Furletti, Henrique Marques, João Alfredo, Matheus
Santiago Carneiro Almeida
Os tipos de violência praticada contra a pessoa idosa são:
- Violência Física: com uso da força física para obrigar os idosos a fazerem o que não
desejam, para feri-los, provocar dor, incapacidade ou morte.
- Violência Psicológica e Discriminação: agressões verbais e não verbais que
intimidam, humilham ou restringem a liberdade e o psicológico do idoso
- Negligência: recusa ou omissão de cuidados por parte dos responsáveis familiares ou
institucionais. É uma das formas de violência mais presentes no país. Ela se manifesta
frequentemente associada a outros abusos que geram lesões e traumas físicos,
emocionais e sociais, em particular, para as que se encontram em situação de múltipla
dependência ou incapacidade.
- Violência Institucional: Trata-se de qualquer tipo de violência exercida dentro do
ambiente institucional (público ou privado) praticada contra a pessoa idosa, pode
ser por meio de um dos seus funcionários que comete algum ato de abuso,
agressão física ou verbal no ambiente da instituição (texto adicionado).
administração por familiares, cuidadores e profissionais dos medicamentos prescritos,
de forma indevida, aumentando, diminuindo ou excluindo os medicamentos, além de
negligenciar cuidados durante tratamentos e cuidados paliativos.
- Abuso financeiro e violência patrimonial: exploração ilegal ou uso não consentido
pela pessoa idosa de seus recursos financeiros e patrimoniais.
- Violência sexual: ato sexual sem consentimento da pessoa idosas. Esses abusos
visam a obter excitação, relação sexual ou práticas eróticas por meio de aliciamento,
violência física ou ameaças.
- Discriminação: tratamento desigual da pessoa idosa devido à idade avançada.
- Abandono: ausência dos responsáveis governamentais, institucionais ou familiares de
prestarem socorro a uma pessoa idosa que necessite de proteção e assistência.

Referências:
- Tipos de Violência. Disponível em:
<https://idoso.jundiai.sp.gov.br/denuncie/tipos-de-violencia/>. Acesso em: 27 mar. 2023.
- 9 tipos de violência contra o idoso que você desconhece. Disponível em:
<https://institutodelongevidade.org/longevidade-e-cidades/direitos-e-cidadania/violencia
-contra-o-idoso-comeca-em-casa>. Acesso em: 27 mar. 2023.
- “Disque 100”: Violência contra os idosos – Dos crimes e das penas. Disponível
em:
<https://lanyy.jusbrasil.com.br/artigos/167858152/disque-100-violencia-contra-os-idosos
-dos-crimes-e-das-penas>. Acesso em: 27 mar. 2023.
- Estatuto do Idoso - Lei 10741/03. Disponível em:
<https://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/98301/estatuto-do-idoso-lei-10741-03
>. Acesso em: 27 mar. 2023.
- MINISTÉRIO DA MULHER, DA FAMÍLIA E DOS DIREITOS HUMANOS: Violência
contra a pessoa idosa, vamos falar sobre isso? Disponível em:
https://www.jornal3idade.com.br/secretaria-nacional-da-pessoa-idosa-lancou-hoje-cartil
ha-que-esclarece-tipos-de-violencia/. Acesso em: 27 mar 2023.
12) Algumas condições podem ser confundidas com violência. Uma delas é a mancha
mongólica. Como diagnosticar a mancha mongólica? Como diferenciar de uma
equimose?
As manchas mongólicas são alterações cutâneas pigmentadas, congênitas e resultantes da
migração de melanócitos derivados da crista neural para a derme durante a embriogênese.
Para a correta diferenciação é preciso conhecer características desse achado.
São observadas, frequentemente, no período neonatal e se localizam, predominantemente, em
região lombossacra e dos glúteos. Porém, quando se apresentam em locais atípicos (punhos e
tornozelos), são denominadas de manchas mongólicas ectópicas. Dentre suas características,
as manchas tendem a regredir nos primeiros anos de vida e desaparecer até os seis anos.
Entretanto, em alguns casos, permanecem indefinidamente.
A prevalência dessa alteração varia entre ocorre com maior frequência nas populações com
pele de maior fototipo (72% a 89%). Então pode-se afirmar que há ligação entre a presença de
manchas mongólicas e a ascendência da criança, assim como crianças com manchas
mongólicas filhas de puérperas primíparas.
A coloração das manchas mongólicas assume, frequentemente, tons cinzento-azulados, mas
podem aparecer em tons arroxeados, azul-avermelhados e preto-amarronzados, dependendo
do tom de pele da pessoa, aumentando, dessa forma, as chances de serem confundidas com
equimoses, principalmente se estiverem dispostas em áreas ectópicas, como em punhos e
tornozelos. Entretanto, diferentemente das equimoses, as manchas mongólicas têm bordos
delimitados, são planas e não sofrem mudança de pigmentação com o passar do tempo. Por
sua vez, as equimoses, por serem resultantes do extravasamento de sangue decorrente de
traumas, possuem sinais de inflamação e, ao longo do tempo, têm sua coloração modificada.

Fontes:
https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/ajmg.c.31462
https://www.perspectivas.med.br/2021/11/manchas-mongolicas-podem-mimetizar-lesoes-corpor
ais-relato-de-caso/#:~:text=As%20manchas%20mong%C3%B3licas%20s%C3%A3o%20condi
%C3%A7%C3%B5es,nos%20primeiros%20anos%20de%20vida

Grupo: Ana Clara Speziali, Heitor Luis de Castro, Henrique Leite, Mariana Alves e Thiago
Ferrante
Slides Adicionais – Fonte Grupo 5 – Turma C – Atividade Atendimento em Casos de Violência:
13) Algumas condições podem ser confundidas com violência. Uma delas o prolapso
de uretra. Como diagnosticar o prolapso de uretra? O tratamento é clínico ou
cirúrgico?

O prolapso uretral é considerado uma patologia rara, às vezes problemática que requer manejo
especializado. Trata-se de uma eversão da mucosa uretral através do meato uretral externo.
Geralmente ocorre em pacientes mulheres pós menopausadas, e também em
pré-adolescentes. Apresenta-se como uma massa indolor, edematosa, inflamada com
sangramento fácil na maioria dos casos, também associada a disúria e incapacidade para
micção.
Visto que o diagnóstico do prolapso uretral é inteiramente clínico, ou seja, não necessita de
solicitação de exames laboratoriais e de imagem, e que, na maior parte dos casos, o abuso
sexual não deixa sinais físicos ou lesões agudas logo após o contato sexual, a distinção dos
dois quadros se torna difícil e minuciosa.
Para isso, alguns fatores devem ser levados em consideração, como: a realização rigorosa do
exame físico, com especial detalhe na região genital, sem esquecer a busca de lesões
extragenitais, história clínica sugestiva, percepção comportamental da criança, bom
conhecimento do médico dos diagnósticos diferenciais.
Ao exame físico, o prolapso uretral apresenta-se como uma massa vulvar anterior que engloba
toda a abertura vulvar, edematosa, por vezes requer cateterismo ou visualização da micção
para identificar o meato. O diagnóstico é clínico, no entanto, por vezes é necessária a utilização
de ajudas diagnósticas como a cistoscopia. (Texto adicionado) Trata-se de uma eversão da
mucosa uretral através do meato, visualizada como uma massa lisa, eritematoedematosa
e de fácil sangramento na região anterior da vulva, englobando a abertura vulvar
(aspecto de rosquinha ou “donut”).
O tratamento se divide em conservador (que apresenta taxa de sucesso de apenas um terço
dos casos) e cirúrgico. O conservador se baseia na diminuição dos esforços com o repouso,
banhos de assento para redução da inflamação e a utilização de estrógenos tópicos no local.
Quando o prolapso não regride, a ressecção cirúrgica da mucosa prolapsada pode ser
necessária.

Grupo: Lara Pinto Moreira, Laura Campos Santos, Mariana de Paula Dias, Pietra Paschoalino
Boareto
14) O que é Síndrome de Münchausen? O que é Síndrome de Münchausen por
procuração? Há interesse policial neste caso (síndrome de Münchausen por
procuração)?

A síndrome de Munchausen (também conhecida como transtorno factício imposto a si


mesmo) é um transtorno de saúde mental em que a pessoa falsifica, exagera ou induz
distúrbios físicos, emocionais ou cognitivos. A síndrome de Munchausen é também
denominada “vício hospitalar”, “vício policirúrgico” e “síndrome do paciente profissional”. O
Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), em sua quinta edição,
define distúrbio factício como aquele imposto a si próprio e ao outro (previamente chamado
“distúrbio factício imposto a outro”). As pessoas com transtornos factícios agem dessa maneira
por uma necessidade interna de serem vistas como doentes ou feridas, não para obter um
benefício concreto, como obter medicamentos ou ganhos financeiros. Isso é distinguível da
simulação, que é quando alguém exagera ou finge uma doença para, por exemplo, sair do
trabalho. Quem tem a síndrome de Munchausen, pode passar por exames e procedimentos
médicos para obter a simpatia e atenção especial dada às pessoas que estão realmente
doentes. Pode se ferir secretamente para causar sinais de doença. Pode adicionar sangue à
sua urina ou usar um elástico para cortar a circulação em um membro. Algumas pessoas se
cortam ou se queimam, se envenenam, reabrem feridas, esfregam fezes ou sujeira em uma
ferida para causar infecção ou comem alimentos contaminados com bactérias.
A Síndrome de Munchausen por Procuração é também conhecida como transtorno factício
imposto a outro. É quando a pessoa age como se a outra pessoa de quem está cuidando (uma
criança, um indivíduo com deficiência ou um idoso, por exemplo) tenha uma doença física ou
mental enquanto o pessoa não está realmente doente. Esta é uma forma de abuso de crianças
ou idosos. Ou seja, a síndrome de Munchausen é fingir que você tem uma doença. Por
procuração é fingir que seu dependente tem uma doença. Diante do Estatuto da criança e do
adolescente (ECA) e do Estatuto do idoso e vulneráveis o direito de proteção é garantia
constitucional e obrigatoriedade atribuída ao tutor/curador. Assim, há de se questionar se a
ocorrência da Síndrome de Munchausen por Procuração (SMPP) efetivamente pode, ou não,
levar a suspensão e/ou extinção do poder familiar e mais, a aplicabilidade penal e criminal
sobre os envolvidos. Sendo constatada a violência e/ou grave ameaça a vida, saúde e
integridade física da criança pode-se inferir a necessidade de suspensão do poder familiar, com
a finalidade de que os genitores sofram as punições, podendo, assim, ocorrer a perda,
suspensão ou extinção do poder familiar. Diante da possibilidade de os pais perderem o
poder familiar de seus filhos, faz-se necessária a análise acerca de restabelecimento de tal
vínculo, pois o ECA também garante aos menores a convivência com seus familiares. Como
não há uma previsão legal sobre o tema, muitas das vezes realiza-se uma pesquisa doutrinária
e jurisprudencial sobre o tema.
Acredita-se que exista um subdiagnóstico dos casos da SMPP e subnotificação de vítimas
desses genitores, que em algumas vezes podem não se reconhecer como tais. Faz-se
necessário um aprimoramento na abordagem da SMPP, mas sobretudo a antecipação de
danos daqueles que são vítimas, o que desperta grande interesse policial e da justiça.

A violência na infância é responsável por marcas que impactam no comportamento do futuro


adulto, um documentário de 2017 da HBO (“Mamãe Morta e Querida”) trouxe uma história de
uma jovem que foi vítima da mãe com SMPP e que planejou e a matou a própria mãe. O caso
foi julgado e entendido pela corte com uma sentença diferenciada.

REFERÊNCIA: Hospital Santa Mônica. Você já ouviu falar em Síndrome de Munchausen? 11


de out. de 2022. Acesso em 23 de março de 2023.

DORNELLES, Thamara. Da (im)possibilidade de suspensão e extinção do poder familiar em


face da prática da síndrome de Munchausen por procuração. Universidade de Caxias do Sul.
Vacaria, 2020.

Integrantes: André Esteves, Ana Paula, Renata Pimenta, Victor Cabral, Giovanna Stecca.
15) O que é síndrome do bebê sacudido? Em que idade é mais frequente, por quê? Quais
os principais diagnósticos diferenciais?

“Síndrome do bebê sacudido" ou "trauma craniano abusivo"(AHT) é uma lesão


cerebral grave que ocorre quando um bebê é sacudido violentamente. O AHT inclui
lesões cranianas, cerebrais e espinhais infligidas resultantes de trauma de força
contundente, tremor ou uma combinação dessas e de outras forças. O padrão clássico
de lesão associado ao tremor inclui hemorragia subdural unilateral ou bilateral difusa,
hemorragias retinianas difusas e lesão cerebral difusa com ou sem lesões
extracranianas adicionais. Entre os sintomas estão inconsciência, convulsões,
irritabilidade, vômitos e pele pálida ou azulada.

Grande parte das crianças vítimas tem menos de um ano de idade, muitas delas com
menos de seis meses, sendo a maior incidência em crianças menores de 4 meses.

Entre os diagnósticos diferenciais inclui-se hemorragia intracraniana de causa


congênita ou por má formação, acidentes domésticos, traumatismo craniano acidental,
retinopatia de Purtscher: associada a trauma torácico contuso, síndrome de Terson:
hemorragia intraocular associada a hemorragia intracraniana, anemia, trauma ocular
contuso, coagulopatias e lesão por Fórceps.

Grupo: Bárbara Isabela, Camila Pimenta, Carolina Raposeiras e Felipe Máximo

Referências:

CHRISTIAN, Cindy. Child abuse: Evaluation and diagnosis of abusive head trauma in
infants and children. In: WOLTERS KLUWER. UpToDate. [S. l.], 2022. Disponível em:
https://www.uptodate.com/contents/child-abuse-evaluation-and-diagnosis-of-abusive-he
ad-trauma-in-infants-and-children. Acesso em: 22 mar. 2023.

SHAKEN Baby Syndrome. In: NATIONAL INSTITUTES OF HEALTH. NIH: National


Institute of Neurological Disorders and Stroke. [S. l.], 2023. Disponível em:
https://www.ninds.nih.gov/health-information/disorders/shaken-baby-syndrome. Acesso
em: 22 mar. 2023.
16) Quais serviços são oferecidos pelo protocolo de atendimento humanizado à vítima de
violência sexual com cadeia de custódia (PAHVVS)?

O Protocolo de Atendimento Humanizado à Vítima de Violência Sexual com Cadeia de


Custódia (PAHVVS) oferece uma série de serviços para garantir o atendimento
humanizado e respeitoso à vítima de violência sexual e a coleta de provas para o
processo judicial. Alguns desses serviços incluem:

● Atendimento médico: a vítima é examinada por um médico capacitado para


avaliar lesões e coletar evidências.
● Atendimento psicológico: a vítima recebe acompanhamento psicológico para
ajudar a lidar com os efeitos traumáticos da violência sexual.
● Orientação jurídica: a vítima recebe informações sobre seus direitos e as
opções disponíveis para buscar justiça.
● Coleta de provas: são coletadas amostras biológicas, como sangue e urina,
para análise laboratorial, além de fotografias das lesões e outros tipos de
evidências; tais como swabs para futuro confronto genético.
● Entrega de kit de profilaxia: a vítima recebe medicamentos para prevenir
doenças sexualmente transmissíveis e gravidez indesejada.
● Encaminhamento para serviços de proteção: a vítima é encaminhada para
serviços de proteção, como abrigos e programas de assistência social, se
necessário.

● Aborto legal: O aborto legal é um procedimento de interrupção de gestação


autorizado pela legislação brasileira e que deve ser oferecido gratuitamente
pelo Sistema Único de Saúde (SUS). É permitido nos casos em que a gravidez
é decorrente de estupro* (texto adicionado).
Destaca-se que todos esses serviços são oferecidos de forma humanizada e
respeitosa, levando em consideração a dignidade e o bem-estar da vítima em todo o
processo.

*Há outras previsões de aborto que deve ser oferecido de forma gratuita, pelo SUS, no
Brasil: quando há risco à vida da gestante ou quando há um diagnóstico de anencefalia do feto.

Referência: BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo de Atendimento às Vítimas de


Violência Sexual. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2016. Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_atendimento_vitimas_violencia_s
exual_terceira_edicao.pdf. Acesso em: 24 mar. 2023.

Integrantes: Bruna Franco da Mata, Camila Rezende Goulart, Carolina Campos


Ribeiro Lago e Carolina Ker Soares Carvalho
17) Quais as idades e sexos atendidos em cada um dos hospitais de referência em PAHV
já VS?

● Todos os sexos e todas as idades: Hospital Odilon Behrens e Hospital Júlia


Kubitschek
● Feminino a partir de 12 anos: Maternidade Odete Valadares e Hospital Risoleta
Tolentino Neves
● Feminino todos as idades + Masculino até 12 anos: Hospital das Clínicas -
UFMG

Integrantes: Flavia Maria de Freitas Faria, Isadora Soares Bicalho Garcia e João Vitor
Levindo Coelho Novaes

Referência bibliográfica: PREFEITURA DE BELO HORIZONTE. PEP PROFILAXIA


PÓS-EXPOSIÇÃO NA REDE SUS-BH. Disponível em:
Cartaz-PeP-atualizacao-fev2023-08-02-23.pdf (pbh.gov.br). Acesso em: 24 de mar.
2023.
18) Quais são as fases da putrefação? Ordene da 1ª à 4ª fase.

Primeira fase da putrefação: Período cromático (ou de coloração) - início nas primeiras 20-24h
e vai do 3-5 dia, marcado pela mancha verde abdominal, geralmente em fossa ilíaca direita,
(devido a sulfoxi-hemoglobina e pela maior proximidade do ceco à parede abdominal).

Segunda fase da putrefação: Período gasoso ( ou enfisematoso) - gases que dão ao cadáver
aspecto gigantesco, principalmente em face, órgão genitais e abdome. É caracterizado pela
posição de lutador e projeção da língua, olhos e abdome. No primeiro dia predominam gases
não inflamáveis, e do segundo ao quinto dia, gases inflamáveis, a partir do quinto dia, gases
não inflamáveis.

Terceira fase da putrefação: Período coliquativo (ou de liquefação) - a epiderme se destaca da


derme e o corpo fica reduzido a uma massa pútrida com larvas e insetos. Ocorre uma perda da
arquitetura dos tecidos, abrindo as soluções de continuidade.

Quarta fase da putrefação: Período de esqueletização - os ossos ficam quase livres, presos por
apenas alguns elementos articulares. É caracterizada pela cabeça destacada do tronco,
mandíbula destacada dos ossos da face, costelas desarticuladas e membros inferiores e
superiores soltos. No final da esqueletização, os ossos já estão completamente desarticulados
e finalmente ficam desarticulados e isolados, desprovidos de qualquer tecido mole.

Referências:
FRANÇA, G. Tanatologia Médico-legal. Medicina Legal. 10 ed. Rio de Janeiro: Guanabara,
2015. p. 399-494.

Integrantes: Joyce Moreira, Júlia Ramos, Liliane Vilela, Mariana Las Casas, Mariana Flores
19) Quais são as vias da declaração de óbito? Qual o destino de cada uma delas?
1ª Via - Branca: Secretaria Municipal de Saúde (digita no Sistema de Informação Sobre
Mortalidade do Data SUS e arquiva a via branca)
2ª Via Amarela: Cartório de Registro Civil (emite a Certidão de Óbito aos familiares e arquiva a
via amarela)
3ª Via Rosa: Estabelecimento de Saúde ou IML (arquiva junto ao prontuário ou arquivo de
laudos).

Integrantes: Carolina Lopes, Hanna Clemente, Maria Clara Borges, Thaíze Prates
20) É necessário carimbar a declaração de óbito?

Não é obrigatório carimbar uma declaração de óbito, uma vez que, segundo o CFM, o
preenchimento do formulário de forma adequada, com identificação legível do médico e
apresentação do seu CRM e assinatura, é suficiente para validar o documento.

Integrantes: Julia Pinheiro, Raissa Emily, Renata Machado, Victoria Limongi e


Yuri Tanure.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de


Análise de Saúde e Vigilância de Doenças não Transmissíveis. Declaração de Óbito :
manual de instruções para preenchimento [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde,
Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Análise de Saúde e Vigilância de
Doenças não Transmissíveis. – Brasília : Ministério da Saúde, 2022. 67 p. : il.
Disponível em: World Wide Web:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/declaracao_obito_manual_preenchimento.p
df ISBN 978-65-5993-235-1. Acesso em 23 mar. 2023.
CFM. JOSÉ ALBERTINO SOUZA. PROCESSO-CONSULTA CFM no 20/2019 –
PARECER CFM no 40/2019. Carimbo em Declaração de Óbito – conflito de normas,
Brasília, DF, 12.dez. 2019.
21) O que é comoriência?
Comoriência é um termo que vem do latim “commori”, que significa “morrer com” e está
presente no Direito Civil Brasileiro que indica presunção legal de morte simultânea de duas ou
mais pessoas, na mesma ocasião (tempo), em razão do mesmo evento ou não, sendo essas
pessoas ligadas por vínculos sucessórios. Quando não se sabe quem morreu primeiro,
presumem-se simultâneos.
A situação jurídica da comoriência está prevista no Artigo 8 do Código Civil de
2002 "Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo
averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão
simultaneamente mortos."
Sendo assim, quando não se pode precisar a ordem cronológica das mortes dos
comorientes, a lei firmará a presunção de haverem falecido no mesmo instante, o que acarreta
uma série de consequências importantes. No caso da comoriência, como não se consegue
identificar quem faleceu primeiro, sendo os indivíduos considerados simultaneamente mortos,
não cabe direito sucessório entre comorientes, vale dizer, comorientes não são herdeiros entre
si.

REFERÊNCIAS
MIRANDA, M. V.. Comoriência (morte simultânea) | Jusbrasil. Jusbrasil. Disponível em:
<https://matheusviniciusmiranda.jusbrasil.com.br/artigos/483115022/comoriencia-morte-simulta
nea>. Acesso em: 28 mar. 2023.

PANUCCI, M. F. S..JUSBRASIL.COM.BR. Comoriência | Jusbrasil. Jusbrasil. Disponível em:


<https://melpanucci.jusbrasil.com.br/artigos/359522222/comoriencia>. Acesso em: 28 mar.
2023.

Integrantes: Isabella Neves, Júlia Abreu, Júlia Gomes, Luiza Paculdino, Lunamaris Amaral e
Maria Luísa Filogônio.
22) É proibido fazer declaração de óbito para parentes?
Atualmente, não existem legislações específicas para a regulamentação da emissão de DO
para parentes. Dessa forma, não existe penalização específica no âmbito ético nem legal para
médicos que aderiram tal conduta. No entanto, os Conselhos de Medicina tendem a se
manifestar sobre a questão, salientando a possível interferência de questões emocionais no
preenchimento adequado do documento e nas condutas seguintes, que podem ser
questionadas por outras entidades, como as seguradoras.

Em conclusão, os órgãos de medicina tendem a não recomendar a prática, visando preservar e


resguardar a atuação médica.

Texto adicional: a recomendação de não emitir declaração de óbito para parentes se


fundamenta também na possibilidade de levantar-se suspeita (especialmente por parte
de seguradoras ou em lides legais) de falsidade ou omissão de dados no atestado.

Referências:

Atestado de óbito: aspectos médicos, estatísticos, éticos e jurídicos. / Coordenação de Ruy


Laurenti e Maria Helena P. de Mello Jorge. São Paulo: Conselho Regional de Medicina do
Estado de São Paulo, 2015.

BRASIL. Conselho Federal de Medicina. Resolução no 1.931, de 17 de setembro de 2009.


Aprova o Código de Ética Médica. Diário Oficial da União; Poder Executivo, Brasília, DF, 24 set.
2009. Seção I, p. 90-2; Diário Oficial da União; Poder Executivo, Brasília, DF, 13 out. 2009.
Seção I, p. 173 – Retificação. Disponível em:
http://www.cremesp.org.br/library/modulos/legislacao/ versao_impressao.php?id=8822. Acesso
em: 28 de março de 2023

Integrantes: Bruna Antunes de Miranda Pires, Bruna Garcia Gomes Salles Teixeira, Bruna
Guimarães Camilo, Jéssica Praes e Mariane Fortunato Mendes
23) Em quais casos a declaração de óbito deve ser feita pelo Médico Legista?

O Médico Legista deve emitir a Declaração de Óbito em casos de morte violenta ou suspeita,
após a realização da necropsia.

Referências: Declaração de Óbito : Manual de instruções para preenchimento [recurso


eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Análise
de Saúde e Vigilância de Doenças não Transmissíveis. Brasília : Ministério da Saúde, 2022.
Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/declaracao_obito_manual_preenchimento.pdf
ISBN 978-65-5993-235-1> Acesso em: 28 Mar 2023.

Grupo: Ana Fayga Rezende Mafra, Anna Luisa Madureira Tavares de Melo, Matheus Artuso
Marcato, Pedro Antonio Campos , Sarah Salomão Jeha.

Observação (texto adicionado):

Também configuram causas externas/violência/suspeita:

Queda (própria altura, escada, outro) e fraturas: desde que tenham sido a causa direta
do óbito (nexo de causalidade entre a queda que provocou a lesão ou a fratura e a
morte);                                      
Cadáver em estado de decomposição mesmo que em fase inicial (verde enegrecido);   

Cadáver cuja identidade não se conhece (sem documentos e sem familiares que o
reconheçam).

Morte em via pública, especialmente com sinais compatíveis com causas externas.

Resultado desfavorável associado às normas e prescrições médicas questionado pela


família no momento do óbito (suspeita de erro médico)

Morte de pessoas sob custódia do Estado (presos por exemplo).


24) Quais causas básicas de óbito, independentemente do tempo entre estas causas
e a causa terminal do óbito, deverá o corpo ser encaminhado para o IML para
realização de autopsia e, só então, declaração de óbito?Grupo: Giulia Garibaldi
Lacerda, João Francisco Leão dos Santos, Letícia Amorim Soares, Letícia de Araújo
Pires, Lucas Moreira Cunha, Luciana Vargas André Rezende

Mortes obrigatoriamente encaminhadas para o Instituto Médico Legal (IML) com objetivo de
realização de necrópsia, são as mortes de “interesse médico-legal”. Logo, procura-se
esclarecimento da causa da morte, sendo a assinatura do atestado de óbito de
responsabilidade do médico-legista. As causas básicas principais estão listadas abaixo:

Acidentes (de trânsito e/ou trabalho), suicídio, homicídio, erro médico, entre outros =
constituem mortes NÃO-naturais/VIOLENTAS com óbitos determinados por fatores
EXTERNOS auto ou hetero-infligidos.

Imagem adicionada:

Fonte: Brasil. Declaração de Óbito : manual de instruções para preenchimento [recurso


eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de
Análise de Saúde e Vigilância de Doenças não Transmissíveis. – Brasília : Ministério da
Saúde, 2022.

Observação (texto adicionado):

Também configuram causas externas/violência/suspeita:

Queda (própria altura, escada, outro) e fraturas: desde que tenham sido a causa direta
do óbito (nexo de causalidade entre a queda que provocou a lesão ou a fratura e a
morte);                                      
Cadáver em estado de decomposição mesmo que em fase inicial (verde enegrecido);   

Cadáver cuja identidade não se conhece (sem documentos e sem familiares que o
reconheçam).

Morte em via pública, especialmente com sinais compatíveis com causas externas.

Resultado desfavorável associado às normas e prescrições médicas questionado pela


família no momento do óbito (suspeita de erro médico)

Morte de pessoas sob custódia do Estado (presos por exemplo).


Referências:
1) UNASUS (org.). Práticas éticas e legais no enfrentamento da morte. 2019. Disponível
em: https://moodle.unasus.gov.br/vitrine29/mod/page/view.php?id=2872. Acesso em: 28 mar.
2023.
2) SÃO PAULO. SECRETARIA DE SEGURANÇA PðBLICA. (org.). Instituto Médico
Legal(IML). Disponível em:
https://www.ssp.sp.gov.br/fale/institucional/answers.aspx?t=3#:~:text=Quando%20um%20cad%
C3%A1ver%20deve%20ser,natural%20de%20pessoa%20n%C3%A3o%20identificada.. Acesso
em: 28 mar. 2023.
25) Em situação de óbito decorrente de intoxicação exógena, quem faz a declaração de
óbito?
Grupo: Anna Flávia Dornelas, Bruna Gil, Caio Manna, Helena Perét, Sarah Leal, Tereza
Guimarães

Texto adicionado: um óbito que tenha como causa uma intoxicação exógena é
considerado um óbito por causa externa/acidental/violenta. Sendo assim, a D.O. somente
poderá ser emitida após necropsia no IML, pelo Médico Legista.

Imagem adicionada:

Fonte: Brasil. Declaração de Óbito : manual de instruções para preenchimento [recurso


eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de
Análise de Saúde e Vigilância de Doenças não Transmissíveis. – Brasília : Ministério da
Saúde, 2022.

Referências bibliográficas:
BRASIL. Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973. Dispõe sobre os registros públicos, e dá
outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6015.htm>.
Acesso em: 29 de março de 2023.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.073, de 31 de agosto de 2011. Define as regras


para preenchimento da Declaração de Óbito. Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt2073_31_08_2011.html>. Acesso em:
29 de março de 2023.
26) Em situação de óbito por animal peçonhento, quem faz a declaração de óbito?
Grupo: Carolina Lins Salgado, Clara Gonçalves Mendonça, Eduarda de Oliveira Teixeira, Elisa
Santana Paranhos, Isabela Lamounier de Carvalho e Isadora Lima Teles Baeta Zebral

De acordo com a legislação brasileira, o atestado de óbito decorrente de lesões provocadas por
causas externas deverá sempre ser fornecido por perito legista pós necropsia, sendo essas
ocorridas em decorrência de um acidente ou qualquer tipo de violência. O óbito por animal
peçonhento é considerado uma causa externa, sendo sua declaração feita, então, pelo médico
legista.

Imagem adicionada:

Fonte: Brasil. Declaração de Óbito : manual de instruções para preenchimento [recurso


eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de
Análise de Saúde e Vigilância de Doenças não Transmissíveis. – Brasília : Ministério da
Saúde, 2022.

Observação:

Também configuram causas externas/violência/suspeita:

Queda (própria altura, escada, outro) e fraturas: desde que tenham sido a causa direta
do óbito (nexo de causalidade entre a queda que provocou a lesão ou a fratura e a
morte);                                      
Cadáver em estado de decomposição mesmo que em fase inicial (verde enegrecido);   

Cadáver cuja identidade não se conhece (sem documentos e sem familiares que o
reconheçam).

Morte em via pública, especialmente com sinais compatíveis com causas externas.

Resultado desfavorável associado às normas e prescrições médicas questionado pela


família no momento do óbito (suspeita de erro médico)

Morte de pessoas sob custódia do Estado (presos por exemplo).


27) Em situação de suspeita de imprudência, negligência ou imperícia em ato médico
culminando com o óbito, quem faz a declaração de óbito?

Texto adicionado:

Também configuram causas externas/violência/suspeita:

Queda (própria altura, escada, outro) e fraturas: desde que tenham sido a causa direta
do óbito (nexo de causalidade entre a queda que provocou a lesão ou a fratura e a
morte);                                      
Cadáver em estado de decomposição mesmo que em fase inicial (verde enegrecido);   

Cadáver cuja identidade não se conhece (sem documentos e sem familiares que o
reconheçam).

Morte em via pública, especialmente com sinais compatíveis com causas externas.

Resultado desfavorável associado às normas e prescrições médicas questionado pela


família no momento do óbito (suspeita de erro médico)

Morte de pessoas sob custódia do Estado (presos por exemplo).

Referências: 1- ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Classificação estatística internacional


de doenças e problemas relacionados à saúde: 9a revisão 1975. São Paulo: Centro da OMS
para a Classificação de Doenças em Português, 1985.

2- LAURENTI, Rui; MELLO JORGE, Maria Helena P. de. O atestado de óbito. São Paulo:
Centro Brasileiro de Classificação de Doenças, 2004.

3- Ministério da Saúde 2022. Manual de Instrução para Preenchimento da Declaração de Óbito.

Grupo: Arthur Almeida, Artur Dias, Diogo Bothrel, Felipe Fernandes e Rafael Borba.
28) Em situação de paciente que morre na ambulância do SAMU, durante o atendimento
médico, quem faz a DO? E se a causa da morte for indeterminada?

Quando o óbito ocorrer na ambulância do SAMU, durante o primeiro atendimento, a


responsabilidade do médico emergencista será equiparada à do médico em ambiente
hospitalar, ou seja, caberá a ele a emissão da declaração de óbito, caso seja constatado que a
causa do óbito seja natural.

Entretanto, se a causa for externa, ou seja, suicídio, acidente ou homicídio, ou caso exista a
suspeita de morte por causa externa, o corpo deverá ser encaminhado ao IML cabendo a esse
orgão a emissão da DO.

Caso a causa da morte seja indeterminada, o médico emergencista deve observar se existe a
suspeita de causa externa, caso exista, ele deve encaminhar o corpo ao IML para posterior
realização da DO. Porém, quando a causa for indeterminada e não existirem sinais de causa
externa, cabe ao médico emergencista emitir a DO.

Referências: Brasil. Ministério da Saúde. A declaração de óbito: documento necessário é


importante. Ministério da Saúde, Conselho Federal de Medicina, Centro Brasileiro de
Classificação de Doenças. 3 Ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2009. 38p. - (Série A. Normas e
Manuais Técnicos).

BARBARA. Remoção de Pacientes - Cremepe. Cremepe - Conselho Regional de Medicina do


Estado de Pernambuco. Disponível em:
<https://www.cremepe.org.br/2015/08/28/remocao-de-pacientes/>. Acesso em: 28 mar. 2023.

Atestado de óbito x declaração de óbito (2) - Portal CRM-PR. Crmpr.org.br. Disponível em:
<https://www.crmpr.org.br/Atestado-de-obito-x-declaracao-de-obito-2-13-57187.shtml#:~:text=%
C3%93bito%20ocorrido%20em%20ambul%C3%A2ncia%20com,p%C3%BAblico%20de%20urg
%C3%AAncia%20mais%20pr%C3%B3ximo>. Acesso em: 28 mar. 2023.

Texto adicionado: sugestão de leitura Parecer CRMMG 55/2018 da Conselheira Giovana


Ferreira Zanin Gonçalves referente ao Processo Consulta 78/2018.

Grupo: Ana Júlia Ferreira, Ana Beatriz Lacerda, Débora Cotta, Eduardo Rodrigues, Fernanda
Campos, Guilherme Avelar.
29) Em situação de paciente que morre na ambulância do SAMU (sem médico), quem faz
a DO? E se a causa da morte for indeterminada?
Grupo: Victória Cardoso, Victória Ramalho, Maria Elisa, Bárbara Valadares, Raquel Nantes,
Maria Júlia Machado, Kristen Tolomelli

Texto adicionado:

De acordo com a Resolução 1779/2005 do CFM no seu artigo 2º: “ Os médicos, quando
do preenchimento da Declaração de Óbito, obederação às seguintes normas:
1) Morte natural;
I. Morte sem assistência Médica
a) Na localidade com SVO, a Declaração de óbito deverá ser fornecida pelos médicos do
SVO.
b) Nas localidades sem SVO, a Declaração de Óbito deverá ser fornecida pelos médicos
do serviço público de saúde, mais próximo do local, onde ocorreu o evento; na sua
ausência, por qualquer médico da localidade.”

No caso de a causa da morte ser indeterminada, nas localidades sem SVO, o médico
deverá colocar no campo causa da morte: indeterminada. No campo informações
adicionais poderá acrescentar: “ausência de suspeita de violência e ausência de sinais
externos indicativos de violência”.

Caso haja indícios de morte por causa externa (violência) somente o Médico Legista do
IML poderá declarar o óbito. Neste caso a Polícia deverá ser acionada para proceder aos
trâmites (perícia de local, investigação, inquérito, necropsia, entre outros).

Referências:
MIRANDA, Stênio et al. Protocolo de atendimento ao óbito SAMU Regional de Ribeirão
Preto. Central de Regulação Médica de Ribeirão Preto, Setembro de 2012. Disponível em:
<https://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/files/ssaude/pdf/protocolo.pdf>

MANUAL DE INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO DE DECLARAÇÃO DE ÓBITO - Ministério


da saúde. 2022. [s.l: s.n.]. Disponível em:
<http://plataforma.saude.gov.br/cta-br-fic/manual-instrucoes-preenchimento-declaracao-obito.pd
f>.

Sugestão de leitura: Parecer CRMMG 123/2017 pelo Conselheiro Jorge Geraldo Tabaral
Abdala. Processo Consulta: 5.820/2016.

30) Em situação de paciente que morre no pronto atendimento, após atendimento médico,
logo depois que deu entrada, quem faz a DO? E se a causa da morte for
indeterminada?

Em caso de morte no PA, com a presença do médico, caso configure causa natural (não
violenta e não suspeita), a declaração de óbito deverá ser preenchida pelo médico assistente,
ou pelo médico do serviço de saúde, no caso do pronto atendimento.

Em casos de morte natural, mas de causa indeterminada e ainda sem atendimento médico, o
corpo deverá ser encaminhado ao SVO. Em cidades que não possuem SVO o próprio médico
do Pronto Atendimento deverá preencher a D.O.

No caso de mortes por causa violenta ou suspeitas para tal, o corpo deverá ser encaminhado
ao IML, onde será preenchida a DO.

Ref: Ministério da Saúde 2022. Manual de Instrução para Preenchimento da Declaração de


Óbito.

Danielle Loregian, Júlia Rodrigues, Lethícia Mendonça, Rosana Vanessa, Tiago Abreu.
31) Em situação de paciente que dá entrada morto no pronto atendimento, quem faz
a DO – se for trazido por parentes? E se foi trazido por vizinhos? E se foi trazido
em ambulância com médico? E se a causa da morte for indeterminada?

● Óbito por causa natural ocorrido fora do estabelecimento de saúde e com


assistência médica: a DO será emitida pelo médico responsável pela assistência OU
designado pela instituição que prestava assistência, OU pertencente ao programa ao
qual o paciente estava cadastrado, OU unidade de saúde da família mais próxima do
local onde ocorreu o óbito, OU médico do SVO.

● Óbito por causa natural, sem assistência médica, trazido por parentes ou
vizinhos, em localidade com SVO: a DO será emitida pelo médico do SVO

● Óbito por causa natural ocorrido fora do estabelecimento de saúde, trazido por
parentes ou vizinhos, sem assistência médica, sem SVO: a DO será emitida pelo
médico do serviço público de saúde mais próximo ao local onde ocorreu o óbito, OU
médico designado pela SMS, OU qualquer médico da localidade

● Óbito por causa acidental ou violenta ocorrido em localidade com IML: a DO será
emitida pelo médico do IML

● Óbito por causa acidental ou violenta ocorrido em local sem IML: a DO será
emitida pelo médico da localidade designado pela Autoridade Policial OU por outro
profissional investido pela autoridade judicial ou policial na função de perito legista
eventual (ad hoc).
Integrantes: Pedro Henrique Rego Viana, Vitor Loureiro, Luiz Gustavo Anacleto, Vitória
Bernardes
Referência: A Declaração de Óbito, Ministério da Saúde. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/declaracao_obito_3ed.pdf
32) Em situações de desastres, quem faz a declaração de óbito das vítimas fatais?

Desastres são causas acidentais ou violentas de óbitos. Por isso, segundo o Manual de
Instruções para Preenchimento da Declaração de Óbito do Ministério da Saúde de 2022, a
declaração de óbito será emitida pelo médico legista do Instituto Médico-Legal (IML).

Declaração de Óbito: manual de instruções para preenchimento [recurso eletrônico] / Ministério


da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Análise de Saúde e Vigilância
de Doenças não Transmissíveis. Brasília: Ministério da Saúde, 2022.

Grupo: Allan Andrade Gontijo, Ariane Dias Santos, Brícia Carla de Almeida, Davi Mesquita
Miranda, Júlia Duarte Araújo Santos, Júlia Inara Mol Campos, Pedro de Souza Silva Pereira
33) Quais são as etapas do trabalho da antropologia forense?
A primeira etapa é definir se a peça pertence à espécie humana.
Em seguida, deve-se inferir o sexo - feminino ou masculino.
Depois, tem-se que identificar estatura, idade e ancestralidade.
Por fim, conectar o caso ao indivíduo a fim de realizar a correta identificação do ser
humano em caso.
Fonte: Genival Veloso França, Medicina Legal 11ª edição, 2017

- Grupo 4: Letícia Guardão, Miguel Pires, Rafael Cunha, Thaís Amorim.


34) Pode a equipe de antropologia forense fazer a declaração de óbito? A quem se atribui
a constatação do óbito? Quem pode declarar o óbito?

A equipe de antropologia forense não é responsável por fazer a declaração de óbito, mas ela
pode ser feita pelo médico legista da equipe.

A constatação do óbito consiste em atividade privativa do médico, regulamentada pela Lei n.o
12.842/2013, salvo nas localidades onde não haja médico. O documento só pode ser
preenchido por pessoas leigas quando não houver um profissional médico na localidade. Nesse
caso, pelo Art. 77 da Lei Federal nº 6015/1973, é permitida que duas testemunhas que
presenciaram ou verificaram a morte elaborem o documento.

Integrantes: Amanda Milagres, Giovanna de Lima, Guilherme Anselmo, Gustavo Teixeira,


Henrique Augusto, Henrique Coelho, Isabela Gomes Sales, João Victor Silva, Júlia Costa, Júlia
Diogo.
35) Qual a diferença de causa jurídica de óbito e causa médica do óbito?

A causa médica do óbito se refere à doença ou condição médica que levou à morte de uma
pessoa.

Por outro lado, a causa jurídica do óbito refere-se às circunstâncias que envolveram a morte de
uma pessoa.

A causa médica do óbito, portanto, é uma explicação médica sobre o que causou a morte,
enquanto a causa jurídica do óbito é uma explicação legal sobre como e por que a morte
ocorreu.

Texto adicionado:

Sendo assim, ao médico legista (e somente ele) cabe determinar a causa médica
(externa) do óbito como, por exemplo, asfixia decorrente de compressão extrínseca do
pescoço.

Ao juiz (e não ao médico) cabe determinar a causa jurídica desta morte (se acidente,
homicídio ou suicídio, por exemplo).

Referências:
1. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise de
Situação de Saúde. Manual de Instruções para o Preenchimento da Declaração de
Óbito. Brasília: Ministério da Saúde, 2011. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/declaracao_de_obito_final.pdf. Acesso em:
23 mar. 2023.
2. SANTOS, M. C. C. L. dos. Conceito médico-forense de morte. Revista da Faculdade de
Direito, Universidade de São Paulo, [S. l.], v. 92, p. 341-380, 1997. Disponível em:
https://www.revistas.usp.br/rfdusp/article/view/67369. Acesso em: 23 mar. 2023.

Integrantes - Luíza Camargos, Maria Clara Martins, Maria Fernanda, Mateus Miranda, Pedro
Henrique Sanches, Tiago Guedes e Victor Luiz Santos.
36) Em que casos haveria a atuação do Serviço de Verificação de óbito (SVO), caso esse
existisse em Belo Horizonte?

Texto adicionado: Ao SVO cabe a investigação dos casos de morte de causa natural sem
assistência médica, e também aos óbitos de causa natural de interesse epidemiológico.

Fonte: Brasil. Declaração de Óbito : manual de instruções para preenchimento [recurso


eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de
Análise de Saúde e Vigilância de Doenças não Transmissíveis. – Brasília : Ministério da
Saúde, 2022.
Referências:
1. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de
Análise de Situação de Saúde. Guia para a implantação do serviço de verificação de
óbitos: SVO. Brasília: Ministério da Saúde, 2015.
2. Pereira, L. S., Cunha, K. S. S., & Júnior, M. J. S. (2017). Serviço de Verificação de
Óbitos: a importância do trabalho interdisciplinar. Revista Brasileira de Medicina Legal e
Ciências Forenses, 57(4), 379-386.

Integrantes: Victória Bottaro, Mariana Nicácio, Thiago Figueiredo, Luiza Cardoso, Maria Julia
Rezende, Rafael Costa Pinto de Campos.
37) Quais são os recursos habitualmente utilizados para identificação humana no contexto
médico legal?

Comparação por meio de dados intra vitam (registros em vida) x post-mortem (registros após a
morte do indivíduo):
- papiloscopia, que consiste nas impressões papilares (digitais, plantares e palmares),
- odontologia legal e antropologia: arcada dentária, ossos, próteses numeradas, entre outros,
- genética forense (DNA).

Ainda há outros elementos que podem auxiliar na identificação marcas, tatuagem, identificação
visual, tamanho do pé (antropométricas), impressão auricular.

A identificação pode ser dividida em 2 etapas:


- a reconstrutiva (perfil biológico- sexo, idade, estrutura), e
- comparativa (fatores individualizados como variações anatômicas, patologias, osteobiografia).

FREITAS, R.B. Sistemas de identificação humana no âmbito criminal. Universidade Estadual de


Paraíba, Centro de Ciências Jurídicas, 2013.

Grupo 7: BEATRIZ LOPES BESSA, BEATRIZ LOPES DA COSTA, BRUNO FARIA, GIOVANA
RIOS, GUSTAVO DORNELA, LÍVIA ALACOQUE
38) Qual a primeira pergunta a ser respondida pela antropologia em um exame pericial? E
a segunda pergunta?

Em um exame pericial, primeiro deve-se perguntar se pertence à espécie humana.

Em seguida, qual o perfil biológico (sexo, idade, ancestralidade e estatura) para então
prosseguir com a identificação.

Grupo 8: Bruna Negri; Giullia Amaral; Júlia Resende Ferreira Magri; Lucas Daniel dos Anjos
Guimarães; Luana Ananias Costa

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