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Atividade Complementar

1. Por força do princípio da verdade real, se uma autoridade policial


determinar que um indiciado forneça material biológico para a coleta de
amostra para exame de DNA cujo resultado poderá constituir prova para
determinar a autoria de um crime, o indiciado estará obrigado a cumprir a
determinação. Fundamenta sua resposta de acordo com os ditames
legais.
O princípio da verdade real estabelece que é dever do Estado buscar a
verdade dos fatos durante a investigação e o julgamento dos crimes. Nesse
sentido, se uma autoridade policial determinar que um indiciado forneça
material biológico para a coleta de amostra para exame de DNA, visando
determinar a autoria de um crime, o indiciado estará obrigado a cumprir a
determinação.
O Código de Processo Penal brasileiro, em seu artigo 6º, confere à autoridade
policial o poder de realizar diligências necessárias para a investigação criminal,
incluindo a coleta de provas, como material biológico para exames de DNA.
Além disso, o artigo 7º do mesmo código estabelece que, no exercício de suas
funções, a autoridade policial tem o dever de observar todas as formalidades
legais, visando à apuração da verdade dos fatos.
Portanto, por força do princípio da verdade real e das disposições do Código de
Processo Penal, o indiciado está obrigado a cumprir a determinação da
autoridade policial de fornecer material biológico para a coleta de amostra para
exame de DNA, quando isso for necessário para a investigação e
esclarecimento do crime em questão.

2. Acerca da coleta de material genético para fins processuais penais,


assinale a opção correta.
Gabarito (B)

a) O réu preso em flagrante pela prática de crime de roubo deve se


sujeitar à coleta de material genético para inclusão em banco de dados,
mesmo que confesse a conduta e forneça sua identidade civil.

b) Caso seja essencial para as envestigações policiais, o preso em flagrante


poderá ser obrigado a se sujeitar a coleta de material genético, mediante
despacho da autoridade judiciária competente, mesmo que forneça a sua
indentidade cível.

c) As informações genéticas contidas nos bancos de dados de perfis


genéticos poderão revelar traços somáticos ou comportamentais das
pessoas.
d) Quando a pena do crime a ser apurado for de detenção, a autoridade
policial não poderá colher material genético do preso, mesmo com o
consentimento dele.
e) A coleta obrigatória de material genético, à qual são submetidos os
condenados por crimes hediondos, é inconstitucional por ofender o
princípio de que ninguém é obrigado a produzir provas contra si mesmo.

3. Sobre a prova no direito processual penal e a aplicação na medicina


legal
responda:
Considera-se indício a circunstância conhecida e provada, que, tendo
relação com o fato, autorize, por indução, concluir-se a existência de
outra
ou outras circunstâncias; entretanto, tal espécie de prova não é aceita
nos
tribunais superiores por violar o princípio constitucional da ampla defesa.
Fundamente sua resposta.
Os indícios, embora sejam circunstâncias que sugerem a ocorrência de um
fato, não são aceitos como provas definitivas nos tribunais superiores. Isso
ocorre para garantir o princípio da ampla defesa do acusado, assegurando que
ele possa contestar efetivamente as acusações. Embora sejam relevantes na
investigação, os indícios precisam ser corroborados por provas mais robustas
para serem considerados válidos em estágios avançados do processo penal.

4. Nos crimes cometidos com destruição ou rompimento de obstáculo,


embora indispensável a perícia técnica que descreva os vestígios
materiais e indique os instrumentos utilizados, ela pode ser suprida pela
confissão
espontânea do acusado? Fundamente sua resposta.
Nos crimes que envolvem a destruição ou rompimento de obstáculos, a perícia
técnica é geralmente considerada indispensável para descrever os vestígios
materiais do crime e identificar os instrumentos utilizados. No entanto, a
confissão espontânea do acusado pode, em certos casos, suprir a necessidade
da perícia técnica.
A confissão espontânea do acusado pode ser considerada uma forma de prova
significativa, especialmente se for detalhada e coerente com os elementos do
crime. Se o acusado descrever precisamente como cometeu o crime e quais
instrumentos utilizou, isso pode fornecer informações valiosas que se
equiparam aos resultados de uma perícia técnica.
No entanto, é importante ressaltar que a confissão do acusado precisa ser
avaliada com cuidado pelo juiz, levando em consideração sua credibilidade,
coerência e se foi voluntária. Além disso, é necessário verificar se a confissão
corresponde aos fatos do crime e se não foi obtida sob coação ou influência
indevida.
Em resumo, embora a perícia técnica seja geralmente essencial nos crimes de
destruição ou rompimento de obstáculos, a confissão espontânea do acusado
pode ser considerada como um meio de suprir essa necessidade, desde que
seja confiável e consistente com os fatos do crime.

5. Os crimes que deixam vestígios, é indispensável o exame de corpo de


delito, que só pode ser suprido pela confissão ou prova testemunhal no
caso de desaparecimento de vestígios? Fundamenta sua resposta
Nos crimes que deixam vestígios, como lesões corporais, é geralmente
indispensável o exame de corpo de delito para comprovar a materialidade do
crime e as lesões sofridas pela vítima. Esse exame é crucial para fornecer
evidências tangíveis e científicas que embasem a acusação ou a defesa.
No entanto, em situações em que os vestígios físicos desaparecem antes que
o exame de corpo de delito seja realizado, como é comum em crimes de
natureza temporalmente limitada, a confissão do acusado ou a prova
testemunhal podem ser os únicos meios disponíveis para sustentar a
acusação.
A confissão do acusado pode ser considerada como uma forma de prova,
desde que seja voluntária e consistente com os fatos do crime. Por outro lado,
a prova testemunhal, quando obtida de fontes confiáveis e corroborada por
outros elementos de prova, também pode ser aceita para suprir a falta do
exame de corpo de delito.
No entanto, é importante ressaltar que a confissão e a prova testemunhal
devem ser analisadas com cautela pelo juiz, levando em consideração a
credibilidade das fontes e a coerência com outros elementos de prova
disponíveis. Em suma, embora o exame de corpo de delito seja prioritário, a
confissão e a prova testemunhal podem ser consideradas como meios válidos
de sustentação da acusação em casos de desaparecimento de vestígios.

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