Você está na página 1de 4

VITALIDADE FETAL

Indicações de avaliação fetal: alterações do liquido amniótico, restrição do crescimento fetal,


gestação múltipla, pos datismo, DPP, diminuição MVF.
 CONDIÇÕES MATERNAS: DM, has, LES, DRC, síndrome
dos anticorpos antifosfolipidicos, hipertireoidismo, Alguns parâmetros:
hemoglobinopatias, doença cardíaca, perda fetal não
previa ou decorrente, obesidade mórbida, pre eclampsia  Normal: de 110 a 160 bpm.
previa, DPP prévio, nefropatias.  Bradicardia: menor que 110 bpm.
 CONDIÇÕES RELACIONADOS A GESTAÇÃO: hipertensão o Causas: contrações com pós datismo, uso
gestacional, pre eclampsia, MVF reduzidos, DMG, materno de betabloq, bloqueio
oligodramnia, polidramnia, alteração de doppler, atrioventricular, hipoxia fetal.
aloimunização, CIUR, gestação prolongada,  Taquicardia: maior que 160 bpm.
aloimunização, gemelaridade, DPP, ruptura prematura o Causas: infecção, corioamnionite, hipertermia
de membranas. materna, tireotoxicose, ansiedade, uso de
drogas ilícitas, drogas uteroliticas, excesso de
Como avaliar a vitalidade fetal: atividade fetal, taquiarritmias cardíacas,
hipoxia crônica.
1. Contagem dos
movimentos fetais. A VARIABILIDADE é a flutuação na linha de base que
2. Cardiotocografia com tem amplitude e frequencia irregulares, tem a melhor correlação
ou sem estresse. com acidose fetal.
3. Perfil biofísico fetal.
4. Dopplerfluxometrial  A variabilidade mínima é de 0 a 5 bpm.
o Causas de variabilidade minima: depressão da
fetal.
função neurológica, sono fetal, malformações
Alguns fatores não do SNC, hipoxia, sofrimento fetal, uso de
relacionados a oxigenação fetal opioides, prematuridade, corticoide.
que podem alterar os
parâmetros biofísicos fetais: prematuridade, ciclo sono vigília
fetal, exposição materna a medicações, tabagismo, arritmias e
malformações.

Contagem de Movimento Fetal


Geralmente tornam-se perceptíveis entre a 18 e a 20  A variabilidade moderada é de 6 a 25 bpm. É um padrão
semana podendo em multíparas ser um pouco anterior com 16 tranquilizador.
semanas. Podemos fazer um mobilograma:  A variabilidade aumentada é quando acima de 25 bpm.
 Presença de pelo menos 10 MVF ou mais em até 2h. o Causas de variabilidade aumentada:
 Presença de pelo menos 06 MVF ou mais em até 01h movimentação fetal excessiva.
sentada ou em DL.  Variabilidade padrão sinusoidal: ondas em formato de
sino com amplitudes de 5 a 15 bpm, com ritmo fixo,
Se tiver menos de 10 MVF em 12h é sugestivo de alteração regular e de 3 a 5 ciclos por minuto.
fetal e deve ser investigado com exames complementares, se o Causas: hipoxia fetal grave, fetos
houver parada brusca ou completa dos MVF é um problema serio imunoisomunizados (anemia grave e
indicando sofrimento fetal e risco de óbito fetal. insuficiência cardíaca fetal).

 Pacientes do alto risco devem fazer o mobilograma a


partir de 26 a 32 semanas. As de baixo somente a partir
das 36 semanas.

Ausculta de Batimentos Cardíacos Fetais


A normalidade está entre 110 a 160 bpm, tem uma
variabilidade de 15bpm em um período de 15 segundos. Se não
houver essa alteração devemos realizar estimuulo vibroacustico e
se com isso não ter essa desaceleração devemos realizar uma CTB.

Cardiotocografia
Permite avaliar os efeitos de hipoxemia na frequencia
cardíaca fetal.

Indicações CTB: DM, doenças hipertensivas, hemopatias,


colagenases, cardiopatias maternas, nefropatias, aloimunização,
VITALIDADE FETAL

 Acelerações transitórias: aumento abrupto do começo  Acontece pq temos a oclusao


ao pico em menos de 30 segundos. Geralmente parcial da veia umbilical durante a
induzidos por movimentações fetais. contração e isso diminui o retorno
o Ela é normal quando maior ou igual a 15bpm venoso e PA fetal, então ocorre
por 15 segundos comparados com a linha de ativação dos barorreceptores que
base. É o feto reativo – NORMAL. levam ao aumento da FC.
 Desacelerações: a FCF pode apresentar quedas
periódicas.
o Desaceleraão precoce DIP I: decréscimo
simétrico e gradual associados a contração
uterina. O nadir dura 30 segundos ou mais em
forma de U, o nadir da desaceleração
coincide com o pico da contração uterina.
 Causas: compressão anteparto,
desaceleração fisiológica, rotura das
membranas, oligoamnio.
o Desaceleração tardia DIP II: decréscimo
gradual, simétrico e esta associado a
contração uterina, dura 30 segundos ou mais.
O seu nadir ocorre APÓS o pico da contração.
 Causas: hipoxia fetal.
VITALIDADE FETAL

o Desaceleração umbilical ou variável DIP III:  Desaceleração prolongada mior do que dois minutos e
decréscimo ABRUPTO da FC, durante menos menor do que 10 minutos.
de 30 segundos tem formato de V.
 Causas: compressão do cordão CATEGORIA 3 – ALTERADA
umbilical.
 As de bom prognostico são aquelas
que retornam rapidamente. Ocorre
quando há compressão SOMENTE da
veia umbilical.
 As de mau prognostico é quando
dura mais de 60 segundos.
 Se persistir por 2 minutos é
PROLONGADA. Tem como causas a
hipotensão materna, pós analgesia,
hipertonia uterina.
o Desaceleração espica DIP 0: quedas abruptas e
poucos amplas em razão da movimentação
fetal e compressão rápida do cordão umbilical.
Não estão relacionados com a contração, nem
classificadas com desacelerações. Não são
patológicas.

Podemos classificar a CTB de acordo com o índice


Zugaib-Behle que soma algumas pontuações:

 Linha de base entre 110 a 160 bpm: 01 ponto.


 Variabilidade entre 10 a 25 bpm: 01 ponto.
 Uma aceleração transitória: 02 pontos.
 Ausência de desacelerações: 01 ponto.
 Variabilidade ausente.
ativo: 4 a 5 pontos  Padrão sinusoidal.

hipoativo: 2 a 3 pontos O QUE FAZER QUANDO TEMOS UMA CATEGORIA 2 OU 3:


descontinuar ocitocina/misoprostol, tocolitcoss, decúbito lateral
inativo: 0 e 1 ponto E. materno, amnioinfusao, oxigenação materna, corrigir
hipotensão materna, se tiver com prolapso de cordão faz a
elevação da apresentação fetal até a cesariana.
CATEGORIA 1 – NORMAL: traçado normal e equilíbrio acido base
normal. A conduta é manter para o trabalho de parto. Perfil Biofisico Fetal
 Linha de base entre 110 a 160 bpm. Método de avaliação do bem estar fetal que estuda
 Variabilidade moderada. atividades biofísicas fetais e a estimativa do volume de liquido
 Desacelerações tardias ou variáveis ausentes. amniótico. As atividades são reflexos do grau de oxigenação do
 Desacelerações precoces presentes ou ausentes. sistema nervoso central. Usa CTB e USG.
 Acelerações presentes ou ausentes.
 De acordo com o maior bolsao vertical:
CATEGORIA 2 – INDETERMINADO: requer avaliação continua. o Maior que 2cm: oligodramnia.
Reverter a causa. o De 2 a 8cm: normal.
o Maior que 8cm: polidramnia.
 Taquicardia ou bradicardia.  De acordo com o ILA.
 Variabilidade mínima. o Menor que 5cm: oligodramnia.
 Ausência de desacelerações decorrentes. o ILA de 5 a 8cm: diminuído.
 Acelerações ausentes mesmo após estimulação.
o ILA de 8 a 18cm: normal.
o ILA de 18 a 24cm: aumentado.
o ILA maior que 24cm: polidramnia.

Dopplervelocimetria
VITALIDADE FETAL

Visa a avaliação indireta da função placentária e da


resposta fetal a hipoxemia. De forma não invasiva estudando a
hemodinâmica fetal em resposta ao déficit de oxigenação.

Avalia a circulação materna – artérias uterinas,


fetoplacentaria – artérias umbilicais, fetal – artéria cerebral
media, aorta abdominal, artérias renais, ducto venoso e seio
transverso.

É usado em gestantes de alto risco, além de rastrear o


desenvolvimento de pré eclampsia, crescimento intrauterino
retardado (CIUR).

Você também pode gostar