Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Envio: Soryu
Tradução: Ana ML
Leitura Inicial: Cindy
Leitura e Revisão Final: Carla C. Dias
Formatação: Bec Brawn North
Nota da Autora
Este livro contém conteúdo adulto, incluindo sexo
explícito e violência. Por favor, não leia se tiver menos de 18
anos ou se este tipo de conteúdo for perturbador para você.
Obrigado.
PARTE UM
E, afinal, o que é uma mentira?
É apenas a verdade disfarçada.
Silas
Às vezes o tempo fica mais lento, chega a um impasse,
como se alguém apertasse um botão gigante de pausa em
todo o universo. Isso geralmente acontece nos momentos
importantes: nascimentos, mortes, coisas assim.
Sentia-me presunçosa.
Silas Saint.
Senti a pressão familiar da atração, algo primal, um
sentimento antigo de anos atrás. Era a mesma coisa que
sentia por ele quando éramos crianças.
Temos um problema.
Capítulo Três
Silas
Pensei que era uma alucinação, vendo-a ali sentada.
Tempest Wilde.
Merda.
— OK.
Tempest
Sentei de pernas cruzadas na enorme poltrona, virando
a medalha em meus dedos. A repetição do movimento
combinado com a sensação do metal frio em minha pele me
acalmava.
Silas o odiava.
Silas me odiaria.
Fui embora.
Era a primeira vez que Iver pedia algo pessoal. Iver era
uma pessoa extremamente reservada. Inclusive para mim,
que era sensível ao lidar com as pessoas, que ainda nem
sabia exatamente onde morava. Mas, aparentemente, ele
tinha uma governanta, cujo marido foi um dos lutadores de
Coker, que ficou muito mal depois que Coker acabou com
ele. Iver considerava Coker um problema pessoal que
precisava ser removido.
— Por favor, não diga que acha isso uma boa ideia,
Oscar. — supliquei. — Sempre é a voz da razão. Não
assumimos riscos excessivos. Ensinou-me isso. Podemos
reagrupar e descobrir outra coisa. Emir pode hackear suas
contas.
Tempest
— Estou contente que estamos à luz do dia. —
comentei. Ainda não atingimos o nosso destino e o bairro se
tornava cada vez mais perigoso.
Muito boa.
— Pai? — perguntei.
Coker.
Droga. — pensei. — Mantenha sua cabeça no jogo,
Tempest.
Exceto Tempest.
Tempest
Entreguei a Coker um pedaço de papel com os
números de conta.
Tempest
Iver me entregou uma taça de champanhe. — Por outro
trabalho bem feito. — disse erguendo o copo. — Onde está
Oscar?
— Emir? — perguntei.
Era ela.
Tempest.
Eu me levantei.
Sabia que deveria sentir-me zangado por ter fugido.
Sabia que não deveria ter nada a ver com ela. Ela era uma
ladra que fez promessas, fugiu com coisas que eram
preciosas para mim.
Sua equipe.
Uma onda de ciúme me dominou, esse sentimento de
possessividade que não conseguia abrir mão. Ela foi minha
uma vez.
Ou estrangulá-la.
Tempest
— O que faz aqui, Tempest? — perguntou Silas. Ficou
tão perto de mim que não conseguia pensar em nada, exceto
de como era bom sentir seus lábios pela minha pele.
Escuro e ressentido.
— Olá, Tempest.
— Não.
Dando-lhe permissão.
— Porra.
— É isso que procura, Silas? — perguntei. Não tinha
certeza se o desafiava ou fazia uma oferta. — Uma transa
rápida, pelos velhos tempos?
— Sim. — disse.
— Espera.
— Por favor.
— Entendo. – comentei.
Uma dica.
Mas, covarde?
Tempest
A mandíbula de Silas tencionou e o olhar que
atravessou seu rosto... por um minuto não tinha certeza de
que não apenas me odiava.
Cansado. Irritado.
— Dizer o que?
Fiquei em silêncio.
— Sem você.
— Tempest. — comecei.
Tudo era.
Tempest
Quando acordei, a luz solar fluia através das janelas e
banhava o quarto com sua luz dourada. Ao meu lado, Silas
pressionou seu corpo no meu. Quando me mexi, ele
murmurou alguma coisa e me puxou mais forte para perto
dele.
— Bom Dia.
Se eu recordava...
— Um banho de espuma?
— Às vezes. — esclareci.
— Então? — perguntei.
— Então, o quê? — ela murmurou com a respiração
irregular.
Mesmo se quisesse.
Tempest
Passei meus dedos nas costas da sua mão, onde estava
firmemente pressionada em meu abdômen. Era perigoso,
ficar deitada como se fôssemos um casal, duas pessoas
comuns com vidas normais. Parecia muito familiar, muito
acolhedor.
— Silas? — perguntei.
E isso me assustou.
Capítulo Quinze
Silas
— Você parece... descansado. — comentou Trigg
enfatizando a palavra, com um enorme sorriso estampado
em seu rosto. Ele riu alto de sua própria piada.
— Você é? — questionou.
— Não.
Tempest
Caminhei pela calçada até o edifício com o capacete em
minha mão, olhando ao redor cautelosamente. Não voltei
para West Bend desde que tinha dezessete anos. Voltei para
esta área apenas para visitar minha avó Letty, mas depois
do escândalo com os meus pais, ela havia se mudado para
uma cidade próxima. Fiquei totalmente longe do Colorado
nos primeiros dois anos depois que saí de West Bend já que
vivia precariamente e depois voltei por curtos períodos
quando podia, ao longo dos anos.
Até agora.
— Nana?
— Quando
Tempest
— Então, o que precisa falar comigo Nana? —
perguntei. — Por favor, me diga que não são apenas fofocas
sobre sua vida sexual.
— Que olhar?
— Aquele que diz que acha que sou uma velha senil.
— Nana! — censurei.
— OK.
— É só isso? — perguntei.
— Nana! — exclamei.
E esquecer Silas.
É isso aí.
Certamente não.
Não me convencia.
Até agora.
Tempest
Sentei-me em uma das cadeiras de balanço na varanda
da frente, tomando uma xícara de café e fazendo uma
pesquisa na Internet sobre a empresa de mineração que
minha avó mencionou. Não era uma grande empresa, por
isso não havia um monte de notícias na mídia, mas tiveram
algum problema há alguns anos atrás, um acidente que foi
resolvido fora do tribunal. Havia um artigo em um pequeno
jornal da cidade que citava a esposa de um dos mineiros que
se recusara a entrar em acordo, acusando a empresa das
coisas de sempre, condições inseguras e assim por diante.
Fiz uma nota de seu nome, mas o caso parecia bastante
simples.
Ainda.
— Fez?
Suspirei. — Espera.
Tempest se voltou para mim, com as sobrancelhas
levantadas. — Sim?
— Sente-se. — disse.
— Sabe o que?
— Eu... — comecei.
— O quê? — perguntou.
Mais.
Minhas palavras o estimularam e ele me fodeu com
mais força, deixando-me mais e mais alta como se montasse
uma onda do mar que estava perto da crista. Enterrei minha
cabeça em seu ombro e me agarrei a ele, apertando minhas
unhas em sua pele enquanto enterrava seu pênis mais
profundo dentro de mim.
— Então é ingênuo.
— Deram corda?
— Sim, demos corda. — explicou. — Cercando-o.
Começamos rumores sobre um programa de televisão em
algumas das outras academias, sabendo que Coker gostaria
de nos impressionar. Imaginamos que garantiria a luta para
isso, pelo menos, pareceria real. Mas não pensamos que ele
iria tão longe, sabe? Nada em seu passado indicou que se
utilizou de um atropelamento.
Tempest
Acordei com Silas se mexendo a meu lado.
Esse fato era assustador. Ficar aqui por alguns dias era
uma coisa, mas mais do que isso? Acostumando-me com
isso e com Silas não era uma boa ideia.
Sentia-me em casa.
— Eu te...
— Ela é maravilhosa.
Cookies.
— Corra! — disse.
Capítulo Vinte e Sete
Tempest
— Desculpe sobre os cookies. — disse. Mas não estava
nem um pouco arrependida.
— Agora é inesperado.
— Existe?
O que faria?
Capítulo Trinta
Silas
Quando voltei para o apartamento estava tudo escuro.
Sai para correr, fiz cinco quilômetros e estava pegajoso de
suor. Acendi a luz no corredor e gritei por Tempest, embora
soubesse, antes mesmo de entrar pela porta, que ela tinha
ido embora. Sua moto não estava estacionada na calçada e
tentei me convencer de que saiu para ter seu próprio tempo,
exceto que sua mochila e as roupas não estavam onde
estavam em meu quarto.
— Iver, eu...
Preciso de você.
— Silas. — sussurrou.
Tempest
Olhei para Silas, de onde estava com a cabeça
pressionada em seu peito e ele olhou para mim.
— Ah, é? — perguntei.
”A verdadeira esperança
é rápida e voa com as
asas da andorinha.“
Tempest
— Oh meu Deus, vocês só querem se beijar o tempo
todo. — Luke gritou. — Arrumem um quarto.
— Sobre isso…
FIM
Playlist
Esta é a primeira vez que adiciono uma playlist para
um livro, mas é algo que queria fazer a algum tempo.
Algumas dessas canções são mencionadas no próprio livro
e algumas são músicas que me inspiraram durante o
processo de escrita, mas que não tornaram-se parte no
texto. Espero que gostem!