Você está na página 1de 12

O sangue cicatrizante da floresta

SANGUE
de Dragão

Por Fábián László


CEO do Grupo Laszlo
Pesquisador na área Fitoquímica
com ênfase em Óleos Essenciais,
Fitoterápicos e Cannabis Medicinal

EDITORA
01

O sangue cicatrizante da floresta


Por volta de 1.600, nos portos espanhóis e
portugueses, mercadores navegantes vendiam
frascos com um líquido vermelho precioso, que
era usado em poções mágicas com poderes
afrodisíacos e de proteção, e misturas medici-
nais que curavam até a lepra.
Em Roma, as damas pagavam valores exorbi-
tantes pelo líquido para fazer cosméticos que
acreditavam impedir o envelhecimento e
garantir a “juventude eterna”.
Os navegantes até esta época contavam que
tinham obtido este líquido de lutas travadas
entre cavalheiros e dragões em ilhas distantes e que seu sangue tudo podia resolver, desde os
problemas do espírito até as doenças do corpo.

Décadas depois, com a conquista das Ilhas Canárias, o segredo foi revelado sobre a árvore do
dragoeiro (Dracaena draco) que, na verdade, era quem exsudava este líquido.
A venda de sua seiva vermelha chegou a ser tão importante no passado que aqueles que a
comercializavam chegaram a pagar dízimo à Igreja sobre os lucros com o produto. Os
navegantes viam esta árvore com tal grau de importância que marcavam seus nomes nelas
como sinal de ocupação das ilhas que descobriam. Os verdadeiros descobridores de seu poder
curativo foram os índios guanches, que nestas ilhas adoravam seu espírito protetor e realizavam
reuniões dos anciões ao redor da árvore milenar (que surgiu na Terra no período terciário), além
de utilizarem sua seiva com finalidades mágicas e curativas.

01
Dracaena draco
02

De bem longe, na Índia e Indonésia, outra espécie


exsudava seiva similar de seus frutos, a palmeira-do-
dragão (Daemonorops draco), que também foi explorada
no oriente com os mesmos objetivos em períodos até
anteriores à época medieval.

Nas Américas, descobriu-se que os índios também


tinham seu próprio sangue-de-dragão na selva ama-
zônica e que na atualidade é a espécie mais pesquisada
fitoquimicamente.
As árvores conhecidas como “dragão” ou “sangue-de-dragão” apresentam propriedades
curativas comuns entre si, apesar de pertencerem a famílias botânicas distintas e provirem de
terras tão distantes umas das outras.

No Peru, Equador, Colômbia e norte do Brasil


(Amazônia) encontramos a espécie Croton lechleri
(Euphorbiaceae) e nas regiões sudeste, centro-oeste,
sul do Brasil, assim como Argentina e Uruguay
encontramos a Croton urucurana, ambas parentes e
com uma seiva muito parecida em suas atividades
farmacológicas.

Em Minas Gerais, o sangue de dragão costuma ser chamado de “sangra d'água”, por nascer
próximo de rios e charcos. É uma árvore que tem normalmente 5 a 6 metros de altura, mas pode
atingir até 20 metros.

Os principais princípios ativos encontrados em sua seiva são taninos (dimetilcedrusina, etc),
polifenóis (ácido gálico etc), alcalóides (taspina), proantocianinas, esteróides (sitosteróis,
catequinas), saponinas e lignanas.

A seguir comentaremos um pouco sobre as principais indicações do sangue-de-dragão.


03

Potencial cicatrizante e cosmético


Os índios utilizam a seiva sobre queimaduras
e feridas para estancar sangramentos, cicatrizar
e tratar infecções. Também o utilizam no
fortalecimento das gengivas, visando reduzir o
sangramento e tratar das gengivites.
A seiva de sangue-de-dragão seca rapida-
mente na pele e forma uma barreira como uma
segunda pele, promovendo a formação de
colágeno e a quimiotaxia de fibroblastos. É um
dos cicatrizantes mais fortes conhecidos. Os
dois componentes mais ativos na seiva para isso
são a taspina e a dimetil-cedrusina, que não só
são eficientes na cicatrização da pele, mas
também no fechamento de úlceras gástricas e
duodenais.
Em 1992, Walter Lewis solicitou patente sobre o processo de isolamento da taspina e sua
utilização na cura de feridas como cicatrizante. Em relação a este seu potencial cicatrizante,
existem trabalhos promissores em relação ao uso do sangue-de-dragão na cicatrização de
úlceras crônicas nos membros inferiores de pessoas com diabetes, assim como escaras.

Os polifenóis e proantocianinas do sangue-de-dragão são potentes antioxidantes no


combate a radicais livres que causam o envelhecimento da pele. Em cosméticos além de
aumentar a síntese de colágeno, reduzindo a formação de rugas, age protegendo a pele contra
os raios UV e promove seu rejuvenescimento.

É muito eficaz no tratamento


da acne, podendo ser combina-
do com o óleo essencial de ci-
preste (Cupressus sempervi-
rens), pitanga (Eugenia uniflora)
ou tea tree (Melaleuca alter-
nifolia) para isso. Contribui para
reduzir a oleosidade excessiva da pele e fecha-
mento de poros abertos.
Demonstrou ter grande potencial na prevenção
ou melhora das alterações cutâneas associadas
às estrias, quando adicionado a cremes corporais.
04

Potencial antisséptico e microbicida


Experimentos demonstraram que a seiva do sangue-de-dragão inibe a ação
de vários tipos de vírus, como o herpes simplex, vírus da hepatite (A e B),
influenza e parainfluenza (vírus da gripe), citomegalovirus e vírus sincitial
respiratório. Ele se mostrou eficaz no combate ao herpes resistente ao
aciclovir e foscarnet e seu mecanismo de ação no herpes é impedindo sua
penetração na célula.

A Shaman Pharmaceuticals desenvolveu duas


drogas que contém elementos antivirais isolados e
extraídos da casca e resina do sangue-de-dragão, o
Provir, um produto oral para tratamento de infecções
virais respiratórias e o Virend, para o tratamento do
herpes. Em pacientes com AIDS, o Provir se mostrou
capaz de diminuir a diarréia ocasionada pelo uso de
antirretrovirais.

Estudos mostraram que o sangue-de-dragão inibe, além de diarréias comuns, também


aquelas desencadeadas por infecção da cólera. Este efeito antidiarréico e anti-inflamatório
têm se mostrando muito positivo no tratamento de pessoas que sofrem de colite, síndrome-de-
Chron e do intestino irritado.

Em 1999 foi comprovado o potencial de


ação do sangue-de-dr agão frente a
Helicobacter pylori, bactéria causadora da
gastrite e úlceras do estômago.

Também foi observado que ele é mais


potente que a penicilina e o clorafenicol
frente ao B. subtilis, S. aureus e a E. coli
(bactérias causadores de infecções), além de
combater a candidíase e fungos micóticos.

Em pastas de dente ou através de


bochechos, possui efeito cicatrizante e
redutor do sangramento das gengivas, além
de potencial no controle da candidíase bucal.
05

Potencial anti-inflamatório e analgésico

Não somente o sangue de dragão previne a sensação da dor,


mas também bloqueia a resposta do tecido a químicos
liberados pelos ner vos que promovem a inflamação.
Não existe na atualidade médica nenhuma outra substância
que nós conhecemos que possua estas mesmas atividades.

Dr. John Wallace

Pesquisas realizadas pelo Dr. John Wallace da Universidade de Calgary no Canadá


mostraram que, de fato, ele é um potente inibidor da inflamação e da dor, sendo o alcalóide
taspina o responsável pela sua atividade anti-inflamatória em específico.

Na Amazônia os indígenas utilizam o sangue-de-


dragão em banhos vaginais antes do nascimento
visando assepsia e depois para diminuir as dores
e sangramentos.
06

Potencial antisséptico e microbicida


Em testes laboratoriais, o grupo de pesquisadores de Wallace demonstrou que o sangue-de-
dragão bloqueia topicamente a ativação das fibras nervosas que liberam sinais de dor para o
cérebro, funcionando como um assassino da dor. Ele é capaz de inibir a inflamação neurogênica
cutânea através da inibição direta da liberação de neuropeptídeos pelos nervos sensoriais
aferentes. Este efeito, que dura até 6 horas, tem sido aproveitado em géis contendo 1 a 3%
desta seiva no tratamento e alívio do reumatismo, artrites e artroses, assim como dores
ocasionadas por herpes zóster, inflamação do nervo trigêmeo, ER, bursite, torções e
fibromialgia.

Pode ser associado em creme ou gel (em porcentagens de 3-5% total) a óleos essenciais anti-
inflamatórios como copaíba, orégano, gengibre, plai ou wintergreen que também são
analgésicos e podem potencializar seu efeito.

Em um estudo da Louisiana (EUA)


realizado com trabalhadores de controle
de pestes, o sangue-de-dragão apresen-
tou alívio na picada de um número variado
de insetos em apenas 90 segundos e
também estendeu o efeito por até 6
horas!

Ele também tem demonstrado atividade


imunomoduladora, reduzindo ou ativando a
atividade de células T ativadas. Em baixas
doses ele é pró-oxidante e inibidor da
fagocitose e em doses maiores possui
efeito antioxidante e ativador da fago-
citose. Mostrou capacidade de inibir a
proliferação de células leucêmicas e
diferentes tipos de câncer.

Seu uso tópico puro na pele tem mostrado


efeitos consideráveis no controle e
tratamento do melanoma.
07

Outras propriedades

O uso oral prolongado do sangue-de-


dragão mostrou efeitos cardioprotetores
significativos em ratos espontaneamente
hipertensos. O tratamento ao longo de 28
dias normalizou os comprometimentos
hemodinâmicos, eletrocardiográficos,
morfológicos e renais, bem como reverteu
as alterações da função ventricular
induzidas pela hipertensão. Também
exerceu efeitos hepatoprotetores e
hipolipemiantes, diminuindo a glicação
de albumina, oxidação de LDL e formação
de radicais livres.

Extratos aquosos da Croton urucurana


foram analisados quanto à atividade anti-
Bothrops jararaca. Os extratos vegetais
antagonizaram a atividade hemorrágica do
veneno da cobra e as proantocianidinas
estiveram envolvidas nessa atividade.

Na área veterinária o sangue-de-dragão


tem se mostrado muito eficiente no trata-
mento de infecções de pele, sarna, diarréia e
mastite bovina.

06
08

Sangue de dragão das Américas,


Croton lechleri ou Croton urucurana

Seiva ou oleo?
Aqui estamos falando da seiva-
resinosa do sangue-de-dragão
das espécies Croton lechleri e
Croton urucurana. Essas seivas
não são óleo essencial e não pos-
suem terpenos em sua com-
posição, não devendo, portanto,
serem confundidos com este.
As folhas e tronco dessas espé-
cies possuem um óleo essencial
pesquisado, rico em sesqui-
cineol (23,0%), dehidro-ses-
quicineol (13,8%), beta-cario-
fileno (7,9%), beta-bisabolol
(5,0%), germacreno D (4,2%) e
beta-elemeno (4,1%), contudo
este produto não é destilado
atualmente e não se encontra
disponível no mercado de aroma-
terapia!

06
09

Formas de uso
* Indicações baseadas na fitoterapia etnobotânica do Brasil.

INTERNO*
Pingar em um copo com água para diluição visando facilitar seu uso.

• Como antioxidante: 3 gotas por dia, antes do café da manhã.


• Em caso de inflamações e úlcera estomacal: 5 gotas 3x ao dia, antes das refeições.
• Em caso de infecções e doenças severas: 10 gotas 3x ao dia antes das refeições.
• Bochechos para aftas e candidíase bucal: 5 gotas em um pouco de água para bo-
chechar 3x ao dia. Em aftas pode se passada a seiva pura no local.

• Tempo: 15-30 dias de uso contínuo, pausar 1 semana e retomar se necessário.

EXTERNO*
• Feridas (para passar sobre o ferimento e queimaduras, spray): 20 a 40 gotas diluídas
em 100mL de soro fisiológico ou água filtrada, borrifar na área 2x a 3x ao dia. Em
ferimentos pequenos pode aplicar puro (por exemplo, picadas de insetos).
• Otite: Pingar em algodão cerca de 2-3 gotas e inserir no ouvido realizando sua troca
a cada 4-6 horas. Pode ser feito seu uso associado a óleos essenciais como tea tree.
• Para higiene íntima feminina: colocar 8 gotas em meia xícara com água e aplicar
com algodão, ou fazer lavagens com 15 gotas em uma vasilha de assento com água.
• Em cosméticos: utilizar cerca de 25-45 gotas para cada 100g de creme ou gel (1-2%).
Em géis ou cremes para alívio de dores e inflamações: 1-3% (25-65 gotas em 100g).

CONTRAINDICAÇÕES
Não deve ser ingerido por grávidas! Em pesquisas com ratas prenhas, o uso oral de
sangue-de-dragão causou toxicidade materna, contribuindo para o comprometimento
do desenvolvimento do embrião fetal. Essa contraindicação não existe para uso local
sobre a pele, pois sua absorção a ponto de cair na corrente sanguínea é irrisória.
Observou-se também que a ingestão excessiva de sangue de dragão (vários mL ao
dia) e por muito tempo pode ocasionar anemia. Devido a isso, é contraindicado seu uso
'oral' em pessoas com anemia, mesmo em doses mais baixas. Essa contraindicação
não existe para uso local sobre a pele.
Evite seu uso puro sobre grandes feridas (ex. queimaduras ou grandes cortes), pois
pode acelerar a coagulação das plaquetas criando uma casca superficial que pode
atrapalhar a cicatrização natural, o que exigiria remoção dolorosa dessa camada.
Nesses casos deve somente ser empregado com diluição na água em forma de spray
como descrito acima em ‘‘Feridas’’.
10

Referências
Referências
Alonso-Castro AJ, et al. Antitumor effect of Croton lechleri Mull. Arg. (Euphorbiaceae). J Ethnopharmacol. 2012 Mar 27;140(2):438-42.
AYALA, Salomón et al. Evaluación de la toxicidad vaginal de Croton lechleri en conejas. An. Fac. med. [online]. 2010, vol.71, n.2 [citado 2022-07-26], pp.83-87.
Barbieri DS, et al. Antiadherent activity of Schinus terebinthifolius and Croton urucurana extracts on in vitro biofilm formation of Candida albicans and Streptococcus mutans.
Arch Oral Biol. 2014 Sep;59(9):887-96.
Bogdan C, et al. Improvement of skin condition in striae distensae: development, characterization and clinical efficacy of a cosmetic product containing Punica granatum seed
oil and Croton lechleri resin extract. Drug Des Devel Ther. 2017 Feb 24;11:521-531.
Casao TDRL, et al. Croton urucurana Baillon stem bark ointment accelerates the closure of cutaneous wounds in knockout IL-10 mice. J Ethnopharmacol. 2020 Oct
28;261:113042.
Chen Z, et al. Effects of Croton lechleri sap (Sangre de Drago) on AGEs formation, LDL oxidation and oxidative stress related to vascular diseases. Nat Prod Res. 2021 Aug 2:1-5.
Chen, Z. P., et al. “Studies on the anti-tumour, anti-bacterial, and wound-healing properties of dragon's blood.” Planta Med. 1994; 60(6): 541–45.
Cordeiro KW, et al. Anti-inflammatory and antinociceptive activities of Croton urucurana Baillon bark. J Ethnopharmacol. 2016 May 13;183:128-135.
CORRALES RAMIREZ, L et al. Evaluación del potencial antibacterial in vitro de Croton lechleri frente a aislamientos bacterianos de pacientes con úlceras cutáneas. Nova
[online]. 2013, vol.11, n.19 [cited 2022-07-26], pp.51-63.
De Marino S, et al. Identification of minor secondary metabolites from the latex of Croton lechleri (Muell-Arg) and evaluation of their antioxidant activity. Molecules. 2008 Jun
1;13(6):1219-29.
de Matos Cândido-Bacani P, et al. [1-9-NαC]-crourorb A1 isolated from Croton urucurana latex induces G2/M cell cycle arrest and apoptosis in human hepatocarcinoma cells.
Toxicol Lett. 2017 May 5;273:44-54.
Desmarchelier, C., et al. “Effects of sangre de drago from Croton lechleri Muell.-Arg. on the production of active oxygen radicals.” J. Ethnopharmacol. 1997; 58: 103–8.
Dong, Y. L., et al. “Effect of taspine hydrochloride on skin wound healing in rats and its mechanism.” Zhong. Xi. Yi. Jie. He. Xue. Bao.. 2005 Sep; 3(5): 386-90.
Dong, Y., et al. “Enhancement of wound healing by taspine and its effect on fibroblast.” Zhong. Yao. Cai. 2005; 28(7): 579-82.
Duke, A. James - The Green Pharmacy, Rodale 1997
Escobar JD, et al. Dragon's Blood Sap: Storage Stability and Antioxidant Activity. Molecules. 2018 Oct 15;23(10):2641.
Esmeraldino LE, Souza AM, Sampaio SV. Evaluation of the effect of aqueous extract of Croton urucurana Baillon (Euphorbiaceae) on the hemorrhagic activity induced by the
venom of Bothrops jararaca, using new techniques to quantify hemorrhagic activity in rat skin. Phytomedicine. 2005 Aug;12(8):570-6.
Fischer, H., et al. “A novel extract SB-300 from the stem bark latex of Croton lechleri inhibits CFTR-mediated chloride secretion in human colonic epithelial cells.” J.
Ethnopharmacol. 2004; 93(2-3): 351-7.
Froldi G, et al. Activity of sap from Croton lechleri on rat vascular and gastric smooth muscles. Phytomedicine. 2009 Aug;16(8):768-75. 19406630.
Gabriel, S. E., et al. “A novel plant-derived inhibitor of cAMP-mediated fluid and chloride secretion.” Am. J. Physiol. 1999 Jan; 276(1 Pt 1): G58-63.
GALLARDO VASQUEZ, GJ et al. Efecto cicatrizante del gel elaborado del látex de Croton lechleri "Sangre de Drago". Rev Cient Cienc Méd [online]. 2015, vol.18, n.1 [citado
2022-07-26], pp.10-16.
Gonzales, G. F., et al. "Medicinal plants from Peru: a review of plants as potential agents against cancer." Anticancer Agents Med, Chem. 2006 Sep; 6(5) :429-44.
Gurgel LA, et al. In vitro antifungal activity of dragon's blood from Croton urucurana against dermatophytes. J Ethnopharmacol. 2005 Feb 28;97(2):409-12.
Gurgel, LA et al. Estudo da atividade antidiarréica e antisecretória intestinal do látex do Croton urucurana Baill. Rev. bras. farmacogn. 12 (suppl 1) 2002
Itokawa, H., et al. “A cytotoxic substance from sangre de grado.” Chem. Pharm. Bull. 1991; 39(4): 1041–42.
Jones, K. “Review of sangre de drago (Croton lechleri)--a South American tree sap in the treatment of diarrhea, inflammation, insect bites, viral infections, and wounds:
traditional uses to clinical research.” J. Altern. Complement. Med. 2003 Dec; 9(6): 877-96.
Lopes KS, et al. Small conductance calcium-activated potassium channels and nitric oxide/cGMP pathway mediate cardioprotective effects of Croton urucurana Baill. In
hypertensive rats. J Ethnopharmacol. 2022 Jul 15;293:115255.
Lopes MI, et al. “Mutagenic and antioxidant activities of Croton lechleri sap in biological systems.” J. Ethnopharmacol. 2004 Dec; 95(2-3): 437-45.
Macrae, W. D., et al. “Studies on the pharmacological activity of Amazonian Euphorbiaceae.” J. Ethnopharmacol. 1988; 22(2): 143–72.
Miller, M. J., et al. “Inhibition of neurogenic inflammation by the Amazonian herbal medicine sangre de grado.” J. Invest. Dermatol. 2001; 117(3): 725–30.
Miller, M. J., et al. “Treatment of gastric ulcers and diarrhea with the Amazonian herbal medicine sangre de grado.” Am. J. Physiol. Gastrointest. Liver Physiol. 2000; 42:
G192–200.
Montopoli M, et al. Croton lechleri sap and isolated alkaloid taspine exhibit inhibition against human melanoma SK23 and colon cancer HT29 cell lines. J Ethnopharmacol.
2012 Dec 18;144(3):747-53.
Moraes-Souza RQ, et al. Adverse effects of Croton urucurana B. exposure during rat pregnancy. J Ethnopharmacol. 2017 Mar 6;199:328-333. doi: 10.1016/j.jep.2016.10.061.
Nader, TT et al. Atividade antibiofilme de substâncias de Croton urucurana em Staphylococcus aureus isolado de mastite bovina. Pesq. Vet. Bras. 38 (09) Set 2018
Nee J, et al. Randomized Clinical Trial: Crofelemer Treatment in Women With Diarrhea-Predominant Irritable Bowel Syndrome. Clin Transl Gastroenterol. 2019
Dec;10(12):e00110.
Paula, A. C., et al. "The gastroprotective effect of the essential oil of Croton cajucara is different in normal rats than in malnourished rats." Br. J. Nutr. 2006 Aug; 96(2): 310-5.
Perdue, G. P., et al. “South American plants II: Taspine isolation and anti-inflammatory activity.” J. Pharm. Sci. 1979; 68(1): 124–26.
Pereira U, et al. Effects of sangre de drago in an in vitro model of cutaneous neurogenic inflammation. Exp Dermatol. 2010 Sep;19(9):796-9.
Peres MT, et al. Chemical composition and antimicrobial activity of Croton urucurana Baillon (Euphorbiaceae). J Ethnopharmacol. 1997 May;56(3):223-6.
Phillipson, J. D. “A matter of some sensitivity.” Phytochemistry. 1995 Apr; 38(6): 1319-43.
Pieters, L., et al. “Isolation of a dihydrobenzofuran lignan from South American dragon's blood (Croton sp.) as an inhibitor of cell proliferation.” J. Nat. Prod. 1993; 56(6):
899–906.
Pona A, et al. Review of future insights of Dragon's Blood in dermatology. Dermatol Ther. 2019 Mar;32(2):e12786.
Porras-Reyes, B. H., et al. “Enhancement of wound healing by the alkaloid taspine defining mechanism of action.” Proc. Soc. Exp. Biol. Med. 1993; 203(1): 18–25.
Rao VS, et al. Dragon's blood from Croton urucurana (Baill.) attenuates visceral nociception in mice. J Ethnopharmacol. 2007 Sep 5;113(2):357-60.
Rao, G. S., et al. “Antimicrobial agents from higher plants. Dragon's blood resin.”J. Nat. Prod. 1982 Sep-Oct; 45(5): 646-8.
Risco, E., et al. “Immunomodulatory activity and chemical characterisation of sangre de drago (dragon's blood) from Croton lechleri.” Planta Med. 2003; 69(9): 785-94.
Rollinger, J. M., "Taspine: bioactivity-guided isolation and molecular ligand-target insight of a potent acetylcholinesterase inhibitor from Magnolia x soulangiana." J. Nat. Prod.
2006 Sep; 69(9): 1341-6.
Rossi D, et al. Croton lechleri Müll. Arg. (Euphorbiaceae) stem bark essential oil as possible mutagen-protective food ingredient against heterocyclic amines from cooked food.
Food Chem. 2013 Aug 15;139(1-4):439-47.
Rossi, D., et al. “Evaluation of the mutagenic, antimutagenic and antiproliferative potential of Croton lechleri (Muell. Arg.) latex.” Phytomedicine. 2003 Mar; 10(2-3): 139-44.
Sandoval, M., et al. “Sangre de grado (Croton palanostigma) induces apoptosis in human gastrointestinal cancer cells.” J. Ethnopharmacol. 2002; 80(2-3): 121–9.
Sidwell R., et al. “Influenza virus-inhibitory effects of intraperitoneally and aerosol-administered SP-303, a plant flavonoid.” Chemotherapy. 1994; 40(1): 42–50.
SILVA, D. S. da; REMPEL, C.; MARMITT, D. J.; FERNÁNDEZ POMBO, C. N.; GOETTERT, M. I. Utilização de pomada à base de seiva de Croton lechleri Müll. Arg. no tratamento de
úlceras em membros inferiores de pessoas com diabetes – estudo piloto. Cadernos UniFOA, Volta Redonda, v. 14, n. 40, p. 139–150, 2019.
Teixeira AGV, et al. Prophylactic use of a standardized botanical extract for the prevention of naturally occurring diarrhea in newborn Holstein calves. J Dairy Sci. 2017
Apr;100(4):3019-3030.
Tran, C. D., et al. "The role of Amazonian herbal medicine Sangre de Grado in Helicobacter pylori infection and its association with metallothionein expression." Helicobacter.
2006 Apr; 11(2): 134-5.
Tsacheva, I., et al. “Complement inhibiting properties of dragon's blood from Croton draco. ”Z. Naturforsch. 2004; 59(7-8): 528-32.
Turiel NA, Ret al. Essential oils composition of croton species from the Amazon. Nat Prod Commun. 2013 Oct;8(10):1471-2.
Vaisberg, A. J., et al. “Taspine is the cicatrizant principle in sangre de grado extracted from Croton lechleri.” Planta Med. 1989; 55(2): 140–43.
Wallace, John - South American tree sap is a pain killer, anti-inflammatory and antibiotic, Natural Science May 15, 2000
Williams, J. E. “Review of antiviral and immunomodulating properties of plants of the Peruvian rainforest with a particular emphasis on Una de Gato and Sangre de Grado.”
Altern. Med. Rev. 2001; 6(6): 567–79.
Wolff Cordeiro K, et al. Antiulcerogenic effect of Croton urucurana Baillon bark. J Ethnopharmacol. 2012 Aug 30;143(1):331-7.
Xiangming, L., et al. “Effects of dragon's blood resin and its component loureirin B on tetrodotoxin-sensitive voltage-gated sodium currents in rat dorsal root ganglion neurons.”
Sci. China C. Life Sci. 2004 Aug; 47(4): 340-8.
Zago PMJJ, et al. Multiple Risk Factors for Heart Disease: A Challenge to the Ethnopharmacological Use of Croton urucurana Baill. Evid Based Complement Alternat Med. 2021
Nov 15;2021:6580458.
Assista a aula sobre o sangue-de-dragão
gratuitamente e adquira o seu clicando
ou acessando pelo seu celular o
código QR abaixo:

Ou acesse:
www.laszlo.com.br
@laszlo.oficial

EDITORA

Copyright© 2022 por Fábián László e Editora Laszlo (contato@editoralaszlo.com.br). Todos os direitos reservados. Agradecemos a
devida citação da fonte em caso de inclusão de trechos em artigos, blogs, sites ou livros. Como citar: László, Fábián. Sangue-de-
dragão: o sangue cicatrizante da floresta - E-book - Editora Laszlo, Belo Horizonte (2022).

Você também pode gostar