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Material Didático

CISTITE EM MULHER

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MEDWAY

CISTITE EM MULHER
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ÍNDICE

CISTITE EM MULHER 3

- PONTOS IMPORTANTES 3

- INTRODUÇÃO 3

- FISIOPATOLOGIA 3

- QUADRO CLÍNICO 4

- PONTOS IMPORTANTES DA ANAMNESE 6

- PONTOS IMPORTANTES DO EXAME FÍSICO 6

- DIAGNÓSTICO 7

- DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS 8

- TRATAMENTO 8

CONCLUSÃO 11

Bibliografia 12

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PONTOS IMPORTANTES

Compreender a distinção entre ITU baixa (cistite) e alta (pielonefrite),


indicar o tratamento correto e racional de antimicrobiano, manejar
adequadamente uma das principais causas de procura ao PS por
mulheres jovens.

INTRODUÇÃO

Infecção causada por mecanismo ascendente de uropatógenos


colonizadores da região periuretral, limitada à uretra e bexiga urinária,
portanto causando sintomas irritativos sem sinais sistêmicos como febre
ou toxemia.

FISIOPATOLOGIA

Ascensão de bactérias colonizadoras para uretra e bexiga (mais comum)


ou, menos frequentemente, infecção por via hematogênica.

Patógenos implicados:

• Escherichia coli (80–85%).

• Staphylococcus saprophyticus (10%).

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• Outros (10%): Klebsiella, Proteus mirabilis, Enterobacter spp.,


Pseudomonas aeruginosa.

Fatores de risco: sexo feminino (uretra mais curta e risco durante a vida >
50%); gestantes, mulher em idade fértil e no período pós-menopausal,
instrumentação do trato urinário.

QUADRO CLÍNICO

• Polaciúria.

• Urgência e/ou urgeincontinência.

• Hematúria.

• Dor suprapúbica.

Classificação:

• Cistite não complicada:

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◦ Mulher de 13 a 50 anos

◦ Sem ITU de repetição (menos que 4 no último ano)

◦ em uso recente de ATB.

◦ Afebril.


Cistite complicada:

◦ Instrumentação cirúrgica ou cateter.

◦ Anormalidades anatômicas do trato urinário.

◦ Uso recente de ATB.

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◦ Gestantes.

PONTOS IMPORTANTES DA ANAMNESE

• Presença de dor em flanco ou febre, que podem indicar pielonefrite.

• Possibilidade de gestação.

• Uso recente de antibiótico e instrumentação cirúrgica recente.

PONTOS IMPORTANTES DO EXAME FÍSICO

• Presença de sinal de giordano positivo (dor à punho-percussão de


loja renal).

• Febre (temperatura > 37,8 ºC).

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• Presença de alterações ginecológicas (corrimento vaginal, dor à


mobilização do colo uterino - diagnóstico diferencial com doença
inflamatória pélvica).

DIAGNÓSTICO

CLÍNICO na mulher sem ITU de repetição ou fatores de risco como


gestação, mielomeningocele, uso de sonda vesical de demora.

Exames laboratoriais: dispensáveis sem cistite não complicada e sem


fatores de risco.

*Urina tipo I: leucocitúria tem baixa sensibilidade, nitrito tem maior


especificidade; NÃO MUDA A CONDUTA.

*Urocultura: considerar se houver recorrência de ITU, cistite complicada,


falha terapêutica.

• Bacteriúria assintomática (BA): condição em que a urina I


apresenta sinais de ITU ou urocultura com > 100.000 UFC, porém
paciente sem sintomas; idealmente isso não deve ocorrer, visto que
devemos seguir a clínica e não colher tais exames sem
sintomatologia e, no entanto, caso em face de tal situação, tratar BA
apenas nas seguintes situações:

◦ Gestantes.

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◦ Pacientes neutropênicos (não febril - caso em presença de


febre entramos na definição de neutropenia febril, condição
grave a abordada em outro capítulo).

◦ Pacientes transplantados de órgãos sólidos.

◦ Pré-operatório de procedimentos do trato urinário.

◦ Pré-operatório de colocação de próteses.

DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS

• Pielonefrite (febre, toxemia, náusea, vômitos, dor em flanco).

• Vulvovaginites.

• Doença inflamatória pélvica.

TRATAMENTO

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Antibioticoterapia empírica em dose única ou curso curto para cistite não


complicada e mais prolongada se complicada, além de analgesia simples.

Prescrição sugerida (sempre avaliar alergias, tratamentos prévios e


intolerâncias)

Uso oral:

1. Fosfomicina trometamol 3 g - 1 envelope - Diluir um envelope em um


copo de água e tomar antes de dormir, após última micção do dia, dose
única. Antibiótico se concentra na bexiga pela noite e tem seu efeito
tópico pelas próximas 48h - orientar isso ao paciente, efeito não imediato.
Permitido uso em gestantes.

OU

2. Nitrofurantoína 100mg - Tomar 1 comprimido a cada 6 horas por 3 dias


em cistite simples ou 5 dias em cistite complicada. Permitido uso em
gestantes. Não tem ação no parênquima renal, não utilizar em casos de
suspeita de pielonefrite ou ITI complicada.

OU

3. Cefalexina 500mg - Tomar 1 comprimido a cada 6 horas por 3 dias em


cistite simples ou 5 dias em cistite complicada (alta taxa de resistência,
reservar para gestantes caso impossibilidade de uso da fosfomicina ou
nitrofurantoína).

OU

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4. Norfloxacino 400mg - Tomar 01 comprimido a cada 12h por 5 dias -


evitar quinolonas devido às complicações inerentes à classe e também
crescente resistência, exceto se uso direcionado por urocultura.

OU

5. Cefuroxima 500mg - Tomar 01 comprimido a cada 12h por 5 dias (OBS:


antibiótico de amplo espectro, evitar caso possibilidade de uso da
fosfomicina ou nitrofurantoína).

OU

6. Amoxicilina 500mg + Clavulanato 125mg - Tomar 1 comprimido a cada


08 horas por 5 dias em cistite complicada OU Amoxicilina 875mg +
Clavulanato 125mg - Tomar 1 comprimido a cada 12 horas por 3 dias em
cistite simples ou 5 dias em cistite complicada (OBS: antibiótico de
amplo espectro, evitar caso possibilidade de uso da fosfomicina ou
nitrofurantoína).

Evitar sulfametoxazol-trimetoprim (Bactrim) - pela alta taxa de


resistência

Sintomáticos:

1. Fenazopiridina 200mg - Tomar 1 comprimido de 8/8h se tiver dor ao


urinar por até 2 dias - período de tempo de ação do antibiótico; ou até 3
dias, tempo médio para resultado de urocultura, caso em aguardo da
mesma. Evitar curso prolongado da medicação pelo risco de mascarar os
sintomas (orientar que pode deixar a urina com coloração alaranjada ou
azulada).

2. Dipirona 1g - Tomar 1 comprimido a cada 6 horas, se dor.

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OU

3. Paracetamol 750mg - Tomar 1 comprimido a cada 08 horas, sem dor


(opção para alérgicos à dipirona).

OU

4. Escopolamina 10mg + Dipirona 250mg - Tomar 2 comprimidos a cada


6 horas, sem dor (opção se dor em padrão de cólicas importante).

OU

5. Escopolamina 10mg + Paracetamol 500mg - Tomar 2 comprimidos a


cada 6 horas, se dor (opção se dor em padrão de cólicas importante e
para alérgicos à dipirona).

CONCLUSÃO

Foco importante em não pedir urina I de rotina, urocultura quando


necessário e uso racional de antibióticos - frequentemente mal utilizados
na abordagem de cistites.

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Bibliografia

1. NETO, Rodrigo Antônio Brandão. LEVIN, Anna Sara Shafferman.


Infecção do trato urinário. In: VELASCO, Irineu Tadeu et al (ed.).
Medicina de Emergência: abordagem prática. 14. ed. Barueri:
Manole, 2020. Cap. 58. p. 729-738.

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