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Citologia Oncótica
Citologia Ginecológica
Revisão Técnica:
Prof.ª Dr.“ Niara da Silva Medeiros
Revisão Textual:
Aline Gonçalves
Citologia Ginecológica
OBJETIVOS
DE APRENDIZADO
• Conhecer a anatomia do sistema genital, assim como empregar a citologia como técnica de
avaliação da atividade hormonal por meio da colposcopia;
• Aprender os índices cito-hormonais;
• Classificar as células de acordo com o Sistema de Bethesda e de Papanicolaou.
UNIDADE Citologia Ginecológica
Os seres pluricelulares não são formados por um amontoado de células, mas, sim,
por um conjunto celular harmônico onde cada célula tem sua função; todas trabalhando
no interesse do bem comum. Quando grupos de células especializam-se para a reali-
zação de determinada tarefa, adquirem aspectos semelhantes e constituem os tecidos.
Do mesmo modo que o indivíduo, a célula nasce, cresce, reproduz-se, envelhece e morre.
A vagina é uma cavidade para onde descamam as células que revestem suas paredes,
as que recobrem a face exterior do colo do útero, o canal cervical e a cavidade corporal.
Eventualmente, as células que revestem a superfície do canal tubário e as existentes na
cavidade peritoneal podem aparecer na vagina, graças à livre comunicação da tuba com
a cavidade peritoneal.
Assim, o conteúdo vaginal pode conter células da maior parte dos órgãos genitais e
fornecer matéria-prima abundante e de fácil obtenção para o estudo desses órgãos.
A vagina e parte do colo do útero são revestidos por epitélio escamoso, pluriestra-
tificado. Este é constituído geralmente de quatro estratos celulares: basal, parabasal,
intermediário e superficial.
As células da camada basal são as mais jovens. Geralmente, não se descamam e, pela
capacidade de reproduzir-se, substituem as células superficiais que se descamam.
A cavidade corporal é revestida por mucosa, chamada endométrio, cujas células epi-
teliais são colunares e descamam-se isoladamente ou em pequenos agrupamentos.
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As mucosas vaginal e cervical podem ser agredidas por inúmeros agentes. Os agen-
tes agressores podem ser inanimados (pessários, cáusticos etc.) ou animados (bactérias,
cogumelos, protozoários etc.)
Os organismos podem ser compostos por uma única célula, denominados seres uni-
celulares, como as bactérias e as cianofíceas (algas azuis).
Todas as células são delimitadas pela membrana plasmática. Ela é envoltório celular
que controla as trocas de substâncias entre os meios interno e externo.
Saiba mais sobre a anatomia e histologia normais do colo do útero, da vagina e da vulva no
Capítulo 1, página 21, do Livro de Tatti, “Colposcopia e patologias do trato genital inferior”.
Exame de Papanicolaou
Entre 1883 e 1962, a citologia obteve o devido reconhecimento, graças, especial-
mente, ao trabalho do médico Dr. George Papanicolaou. As suas pesquisas iniciais
tinham como alvo esfregaços vaginais de animais de laboratório e posteriormente em
mulheres, objetivando o conhecimento dos efeitos hormonais sobre a mucosa vaginal.
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UNIDADE Citologia Ginecológica
No decorrer dos seus estudos, percebeu que a mesma técnica poderia ser utilizada na
detecção de células malignas cervicais, quando se deparou com tais células em uma
mulher com câncer cervical.
Para garantia de boa qualidade dos esfregaços é recomendável que as pacientes se-
jam orientadas a não fazer uso de duchas ou medicamentos vaginais nas 48 horas que
precedem os dias de colheita e evitar o contato sexual 24 horas antes.
Para a colheita da ectocérvix faz-se uso de uma espátula de madeira (de Ayre ou si-
milar), realiza-se movimento circular com a extremidade que apresenta reentrância (mais
larga) inserida corretamente no orifício da cérvix. Deve-se girar a espátula na direção
dos ponteiros do relógio até completar-se 360 graus, pois assim as células automatica-
mente se desprenderão da superfície (Figura 2).
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Figura 2 – Passo do procedimento de coleta para o exame de Papanicolaou
que consiste na raspagem das células endocervicais e ectocervicais
Fonte: Reprodução
Como a grande parte dos carcinomas do colo tem sua origem no limite dos epitélios es-
camosos e colunares, chamada junção escamo-colunar (J.E.C.), é dessa zona que melhor
pode-se obter células malignas bem conservadas, para isso se recomenda a repetição do
movimento giratório da espátula com mais energia.
É bastante difundido o tipo de colheita tríplice (Weid). Significa que os três estendidos
(fundo de saco, J.E.C. e endocérvix) são espalhados sobre uma mesma lâmina.
Para evitar a dessecação do material, as colheitas devem ser feitas rapidamente. A disper-
são do material sobre a lâmina é extremamente importante em uma preparação citológica.
O esfregaço ideal deverá apresentar uma fina camada de material transparente, ho-
mogeneamente distribuído, evitando conglomerados de células. Isso fará com que a
coloração e a montagem das lâminas sejam mais dignos de confiança e a leitura muito
mais fácil e precisa, o que significará maior segurança para a paciente (Figura 3).
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A resolução morfocromática das células, obtida em microscopia, vai depender basi-
camente da fixação.
O esfregaço cervical poderia ser tirado da junção escamocolunar para, desse modo,
incluir células de ambos os epitélios escamoso e colunar. É essencial que a zona de
transformação seja também incluída no raspado de 360° colhido pela espátula. Erros na
amostra são uma causa importante de esfregaços falsos-negativos, portanto a técnica de
colheita do esfregaço deveria ser tão perfeita quanto possível.
Citologia Hormonal
Para o diagnóstico hormonal, o local da colheita deve ser a parede lateral da vagina,
nas proximidades dos fundos laterais. É sabido que o terço posterior da vagina é a re-
gião mais sensível aos estímulos hormonais, portanto nos dará, com maior fidelidade, a
função ovariana mediante a colpocitologia. A secreção obtida é espalhada de maneira
homogênea sobre uma lâmina previamente limpa e identifica-se e procede-se imediata-
mente a fixação com álcool 95%, ou álcool- éter, ou outros fixadores.
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UNIDADE Citologia Ginecológica
Esse epitélio tem suas células sob controle hormonal ovariano direto que lhe permite
maior ou menor amadurecimento. O amadurecimento pode parar no estrato parabasal,
no estrato intermediário ou atingir o estrato superficial. Isso possibilita maior ou menor
descamação das células profundas e sua percentagem, no esfregaço, em relação às células
intermediárias e superficiais, constitui o índice de frost, que é excelente espelho da função
ovariana. Assim, o estudo do conteúdo vaginal, de preferência colhido nos fundos de saco,
permite, até certo ponto, o reconhecimento das distintas fases do ciclo sexual.
Tanto a vagina quanto o ectocérvice estão revestidos por epitélio pavimentoso estrati-
ficado. Esse tipo de epitélio sofre influência da produção cíclica hormonal do ovário ou de
medicamentos com efeitos hormonais semelhantes. Assim, o epitélio vaginal é 10 vezes
mais sensível ao estrogênio e 8 vezes mais sensível à progesterona que o endométrio.
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Figura 6 – Esfregaço de fase menstrual (dia 2 do ciclo)
Fonte: GAMBONI; MIZIARA, 2013, p 66
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Husain e Butler (1992) afirmam que no esfregaço cervical as células escamosas são
obtidas da superfície do epitélio, portanto, em uma mulher sexualmente matura, essas
células serão somente superficiais e intermediárias. Como o epitélio está sob influên-
cia hormonal, o padrão de descamação celular varia dependendo do estágio do ciclo
menstrual, durante a gestação e puerpério e também na jovem pré-púbere e na mulher
pós-menopáusica. Seguindo à menopausa, três tipos principais de padrões celulares são
vistos: intermediário (ou proliferativo), atrófico e misto.
O padrão celular observado parece não ter relação com a presença ou ausência dos
sintomas menopáusicos sistêmicos ou dos níveis hormonais no sangue. Além disso, não
há evidências de que esse padrão é progressivo, tornando-se mais atrófico conforme
as idades da mulher. Isso pareceria ser uma resposta individual do órgão alvo (epitélio
vaginal) ao metabolismo dos esteroides da mulher. As células superficiais podem estar
ausentes ou escassas no esfregaço pós-menopáusico.
Se mais de 10% estão presentes, uma investigação adicional é necessária para iden-
tificar a razão para esse aparente efeito estrogênico, o qual pode acompanhar tumores
de ovário, endométrio e mama. Isso também ocorre quando houver tratamento há longo
tempo com medicamentos, tais como digitálicos e tranquilizantes.
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Contudo, poucos casos de mulheres normais com aumento de células superficiais
têm sido publicados.
A camada intermediária está representada por vários estratos celulares; suas células
têm citoplasmas mais delgados, menos corados e poligonais. Seus diâmetros são superio-
res a quatro vezes o tamanho dos leucócitos. Os núcleos são menores que os das células
profundas, porém suas cromatinas são perfeitamente identificáveis (núcleos vesiculosos).
As células naviculares são variantes do tipo intermediário. São células que lembram
uma concha ou navio e caracterizam-se pelo alto teor de glicogênio. Aparecem nas esti-
mulações hormonais persistentes quando da associação estrógeno-progesterona (gravidez)
ou estrógeno-andrógenos (anovulatório combinado e anovulação crônica). Devem sempre
ser encontradas na gravidez, porém não são diagnósticas daquele estado.
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UNIDADE Citologia Ginecológica
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Na colpocitologia hormonal seriada, devem ser colhidas várias amostras durante o
ciclo, sendo uma por semana, a começar do 7º dia do ciclo. Tendo como objetivo a
avaliação hormonal da paciente.
Em Síntese
Citologia Hormonal: Para uma correta avaliação hormonal, a amostra celular deve ser obtida
das paredes laterais do terço superior da vagina. Os esfregaços podem ser do tipo estrogênico,
quando predominam as células superficiais, e do tipo lúteo, no qual predomina a ação da pro-
gesterona, existindo um predomínio das células intermediárias (gravidez, pós-castramento,
pós-estimulação do epitélio atrófico), sendo abundante a flora de lactobacilos. Os esfregaços
pós-parto são em princípio atróficos com predomínio de células parabasais. Assim que a ati-
vidade estrogênica é recuperada, podem se tornar irregulares (parabasais, intermediárias e
superficiais). Na atrofia produzida pela supressão da atividade hormonal, os esfregaços con-
têm um predomínio de células basais. É frequente a associação de fenômenos inflamatórios.
Às vezes, os fenômenos degenerativos demonstrados nas células ajudam em diagnósticos
diferenciais com lesões de alto grau. A administração de estrogênios por um breve período
pode ajudar no reconhecimento das neoplasias verdadeiras.
Classificações Citológicas
Em 1943, o ginecologista Herbert Traut e Papanicolaou publicaram juntos o livro
“Diagnóstico do câncer uterino pelo esfregaço vaginal”. Nessa obra, Papanicolaou mos-
trou como a doença poderia ser diagnosticada desde a sua fase mais incipiente, pré-
-invasiva, com grandes chances de cura com o tratamento adequado. Papanicolaou
ampliou a utilização de sua técnica para os sistemas respiratório, urinário, digestivo
superior e para a mama. Com a utilização em massa da classificação de Papanicolaou,
complementada pela biópsia do colo uterino, ficou evidente que o grande mérito da
colpocitologia oncótica era detectar na população as mulheres que tinham “propensão”
para desenvolver o carcinoma cervical.
Essa propensão, na realidade, explica-se pela existência das chamadas “lesões pre-
cursoras”, que antecedem por muito tempo o aparecimento do câncer. Na classificação
de Papanicolaou, essas lesões eram todas rotuladas no grupo único de diagnóstico “Sus-
peito”, classe III.
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UNIDADE Citologia Ginecológica
Foram descritas, no grupo das lesões precursoras, aquelas mais incipientes e outras
mais avançadas, de tratamento e consequências diferentes para as pacientes.
Com isso, a classificação de Papanicolaou, que reunia todas essas lesões numa só
classe, tornou-se incompleta e esse fato criou espaço para o aparecimento de novidades
na classificação dos esfregaços vaginais.
Surgiu o termo “displasia”, que significava “menos do que câncer”, classificando as le-
sões precursoras em quatro grupos: displasia leve, moderada, grave a carcinoma in situ.
Richart introduziu o termo “Neoplasia Intraepitelial Cervical – NIC” para deixar bem
claro que, na realidade, todas as lesões precursoras estão interligadas e a classificação
de Bethesda, chamada pelos seus criadores de “sistema”, mas que preenche todas as ca-
racterísticas de uma verdadeira classificação para relatar de forma moderna e atualizada
as alterações encontradas no epitélio cervical/vaginal.
O sistema de Bethesda possui dois elementos básicos que devem ser relatados no
diagnóstico: O primeiro é a qualidade do esfregaço e o segundo componente do laudo
de Bethesda é o diagnóstico descritivo das lesões encontradas.
Quadro 1
• 0: Material inadequado;
• 1: Citologia normal;
• 2: Citologia inflamatória;
Richard • NIC I Displasia leve (NIC I – Grau I);
• NIC II Displasia moderada (NIC II);
• NIC III Displasia acentuada e Ca. in situ (NIC III);
• V Ca. epid. invasor e adenocarcinoma.
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• Classe 0: Material inadequado;
• Classe I: Citologia normal;
• Classe II: Citologia inflamatória;
• Classe IIIA: Displasia leve;
OMS: (Reagan) • Classe IIIB: Displasia moderada;
• Classe IIIC: Displasia acentuada;
• Classe IV: Ca. Epid. in situ;
• Classe V: Ca. epid. invasor e adenocarcinoma.
• Avaliação da amostra;
• Dentro dos limites da normalidade;
• Alterações celulares benignas reativas ou reparativas;
• Atipias indeterminadas em células escamosas, possivelmente não neoplásicas;
• Atipias indeterminadas em células escamosas, possivelmente neoplásicas;
• Atipias indeterminadas em células glandulares, possivelmente neoplásicas;
• Atipias indeterminadas em células glandulares, possivelmente não neoplásicas;
Bethesda
• Efeito citopático compatível com HPV;
• Lesão de baixo grau (LSIL) – Leve;
• Lesão de alto grau (HSIL) – Moderada – Acentuada – Ca. in situ;
• Adenocarcinoma in situ;
• Carcinoma invasivo escamoso;
• Adenocarcinoma invasivo (Ministério da Saúde/Instituto Nacional do Câncer,
Viva Mulher, 2002, Prevenção do câncer do colo do útero, Brasília).
Quadro 2
• Classe I: ausência de células atípicas ou anormais;
• Classe II: citologia atípica sem evidência de malignidade;
Confecção do Laudo • Classe III: citologia sugerindo, sem certeza, malignidade;
Papanicolaou – 1943 • Classe IV: citologia com muito suspeita de malignidade;
• Classe V: citologia concluindo para malignidade.
• Displasia leve;
Confecção do Laudo • Displasia moderada;
Reagan – 1953 • Displasia acentuada;
• Carcinoma in situ.
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UNIDADE Citologia Ginecológica
• Classe V:
» Citologia concluindo para malignidade;
» Carcinoma invasor.
A classificação da OMS-Opas surgiu em 1970, tentando corrigir falhas da classifica-
ção de Papanicolaou, porém também se baseava em critérios morfológicos; portanto,
atendia bem ao patologista, porém pouco dizia sobre o prognóstico da lesão.
Buscando a visão clínica das alterações epiteliais, surgiu na cidade de Bethesda (USA),
em 1988, um sistema que tenta estabelecer prognóstico para as lesões. Já se sabia nessa
época das associações das neoplasias intraepiteliais cervicais com vírus, de variado potencial
oncogênico. Usando técnicas de biologia molecular e comparando os tipos de HPV, ficou
claro que condiloma plano e NIC 1 são correspondentes, clínica, biológica e molecularmen-
te, assim como o são NIC 2 e 3. Isso coloca a classificação das NIC de acordo com o Sistema
de Bethesda (1988), que divide as displasias em lesão de baixo grau (LSIL, correspondendo
ao condiloma plano e NIC 1) e lesões de alto grau (HSIL, que corresponde às NIC 2 e 3).
Adequação da Amostra
1. Identificação da amostra e da paciente;
2. Informação clínica aplicável;
3. Interpretação técnica;
4. Composição celular e amostra da Zona de Transformação (ZT).
Amostra satisfatória
• Coloração apropriada;
• Identificação apropriada;
• Informações clínicas;
• Células escamosas bem preservadas: >10%;
• Células endocervicais e/ou metaplásicas.
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• Sangue, inflamação, áreas densas, fixação pobre, contaminantes, artefatos de fixa-
ção que prejudiquem a avaliação de mais de 75% das células escamosas;
• Células escamosas bem preservadas: <10%;
• Avaliação não é confiável.
Para saber sobre o Sistema Bethesda, acesse o Capítulo 4.3, página 61, do livro de Gamboni
e Miziara, “Manual de citopatologia diagnóstica”.
Papanicolaou
Pontos-chaves
• Após três exames consecutivos normais, o teste de Papanicolaou pode ser reali-
zado menos frequentemente em mulheres de baixo risco (até a cada três anos), de
acordo com a interpretação do médico;
• Mulheres com um fator de risco para câncer do colo uterino devem continuar o
rastreamento anual;
• As alterações das células escamosas são divididas em três categorias: ASCUS (cé-
lulas escamosas atípicas de significado indeterminado), LIEBG (Lesão Intraepitelial
Escamosa de Baixo Grau) e LIEAG (Lesão Intraepitelial Escamosa de Alto Grau);
• Em aproximadamente 20% dos casos, a citologia ASCUS é sugestiva de LIE (lesão
intraepitelial) subjacente;
• A LIEBG pode indicar lesão de alto grau em 5% a 40% dos casos, apesar de câncer
invasivo ser raro;
• Geralmente, uma curetagem endocervical (CEC) é realizada durante a colposcopia
para avaliar o canal endocervical;
• Se um exame colposcópico com biópsia confirmar a presença de LIEAG, o trata-
mento com a ablação ou eletrocirurgia está sempre indicado. O tratamento também
está indicado em pacientes com LIEBG confirmado pelo exame histológico e per-
sistente por seis meses;
• A escolha da crioterapia, ablação com laser ou ressecção em alça – com índices
semelhantes de cura e complicações –, deve se basear na experiência do médico,
no tamanho e na localização da lesão, e na necessidade do exame patológico do
material;
• A avaliação adequada de AGUS (células glandulares atípicas de significado indeter-
minado) consiste em colposcopia com biópsia, CEC e, em mulheres acima de 35
anos, biópsia endometrial.
Fatores de risco
• Lesão cervical;
• Alteração em Papanicolaou prévio;
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UNIDADE Citologia Ginecológica
• Falha no acompanhamento;
• Doenças sexualmente transmitidas;
• Comportamento sexual de alto risco;
• Imunocomprometimento.
Saiba mais sobre a Lesão Intraepitelial Escamosa de Alto Grau (LIEAG), no capítulo 4.8, pági-
na 115, do livro de Gamboni e Miziara, “Manual de citologia diagnóstica”.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Livros
Sistema Bethesda para citopatologia cervico vaginal: definições, critérios e notas
SOLOMON, D. Sistema Bethesda para citopatologia cervico vaginal: definições, crité-
rios e notas. Rio de Janeiro: Revinter/Elsevier, 2005.
Vídeos
Introdução prática para a coleta de Papanicolaou
https://youtu.be/jX8aDMQD8j4
Leitura
Citologia esfoliativa – Papanicolaou
https://bit.ly/32rm90L
O envolvimento do papilomavírus humano no câncer do colo do útero: artigo de revisão
https://bit.ly/32rmjFp
Cito-histopatologia da neoplasia intraepitelial cervical
https://bit.ly/3dsA3WW
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Referências
CONSOLARO, M. E. L.; ENGLER, S. S. M. (org.). Citologia clínica cérvico-vaginal:
texto e atlas. São Paulo: Roca, 2012.
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