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Geração Distribuída e Microrredes

Prof. Oumar Diene

Email: oumar@poli.ufrj.br
Programa de Engenharia Elétrica - COPPE/UFRJ

27 e 30 de novembro de 2018

Prof. Oumar Diene PEE-COPPE/UFRJ 27 e 30 de novembro de 2018


Geração Distribuída e Conceitos de Microrrede Geração Distribuída

Geração Distribuída

Rede convencional de energia está enfrentando problemas de


depleção de combustíveis fósseis, de baixa eficiência energética
e de poluição ambiental.

Nova tendência de geração local de energia em nível de tensão


de distribuição utilizando fontes renováveis de energia.

Gás Natural, Biogás, Energia Eólica, Energia Solar Fotovoltaica,


Cogeração, Célula Combustível, Micro Turbinas.

Tipo de Geração de Energia conhecida como Geração Distribuída


(GD).

Fontes de Energia conhecida como Fonte de Energia


Distribuída(FED, DER em inglês).

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Geração Distribuída e Conceitos de Microrrede Geração Distribuída

Geração Distribuída

O termo Geração Distribuída é utilizado para distinguir esse


conceito da geração centralizada convencional.

A Geração Distribuída pode ser isolada e/ou integrada com a


Rede convencional (Rede).

A rede de distribuição torna-se ativa com a integração da GD, e


passa a ser chamada de Rede de Distribuição Ativa (RDA).

Existem definições específicas de GD em diferentes países,


dependendo da classificação da planta, do nível de tensão, etc.

Os impactos da GD no sistema de energia não dependem das


diferentes definições.

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Geração Distribuída e Conceitos de Microrrede Geração Distribuída

Geração Distribuída

Atributos universais comumente aceitos de GD

Não é planificada e nem despachada de forma central pelas


grandes geradoras.

Em geral a geração é menor que 50MW . No Brasil ANEEL define


como:

Microgeração se P ≤ 75kW

Minigeração se 75kW < P ≤ 5MW

As FED ou GD são geralmente conectadas à rede de distribuição


(de 230/415V a 145kV )

No Brasil de 13, 8kV a 34, 5kV

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Geração Distribuída e Conceitos de Microrrede Geração Distribuída

Geração Distribuída

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Geração Distribuída e Conceitos de Microrrede Integração à Rede Elétrica

Integração Geração Distribuída e Rede Convencional

Devido ao crescimento da carga, a necessidade de aumento da


geração convencional acarreta a depleção dos recursos fósseis
de combustível. Muitos países estão buscando fontes alternativas
de energia.

A redução da poluição e do aquecimento global são fatores


incentivadores para o uso das energias renováveis. Como parte
do protocolo de Kyoto, muitos países estão planejando a redução
da emissão de gases de efeito estufa.

A GD é mais adequada para plantas de cogeração (CHP -


Combined Heat Power), trigeração que reaproveitam o calor de
aplicações industriais/domésticos/comerciais.

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Geração Distribuída e Conceitos de Microrrede Integração à Rede Elétrica

Integração Geração Distribuída e Rede Convencional

Devido a pouca densidade energética e à dependência de


condições geográficas, GDs são geralmente unidades modulares
de pequena capacidade.

A GD está geograficamente espalhada e localizada perto das


cargas (necessário para a viabilidade técnica e econômica).

Facilita a construção e reduz o capital investido.

A proximidade da carga e das fontes de energia reduz as perdas


de transmissão e distribuição.

O baixo nível da tensão possibilita a conexão da GD com a carga


de forma isolada da rede e também de forma interconectada em
microrede.

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Geração Distribuída e Conceitos de Microrrede Integração à Rede Elétrica

Integração Geração Distribuída e Rede Convencional


FEDs isoladas e integradas contribuem no aumento da geração,
na qualidade e confiabilidade da energia.

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Geração Distribuída e Conceitos de Microrrede Integração à Rede Elétrica

Integração Geração Distribuída e Rede Convencional

A conexão da GD à rede elétrica exige normas e regulações para


que esta conexão seja realizada com sucesso.

O IEEE desenvolveu a norma: “Standard for Interconnecting


Distributed Resources with Electric Power Systems - IEEE 1547”.

Teve início em 1998 e foi aprovada em 2003, mas ainda continua


em desenvolvimento.

Os elementos-chave para a confiabilidade de sistemas de


geração distribuída são: desempenho dos disjuntores,
interconexões, controles e comunicações.

ANEEL PRODIST Módulo 3: Especificações para conexão de GD


à rede elétrica.

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Geração Distribuída e Conceitos de Microrrede Integração à Rede Elétrica

Principais Funções para a Interconexão

Sincronização: sincronização automática utilizando relés de auto


sincronização ou disjuntores de paralelismo.

Ilhamento: proteção contra o ilhamento utilizando inversores


atuais que incorporam dispositivos para se desconectarem da
rede quando ocorre um ilhamento.

Tolerância na tensão e na frequência: Um limite de tensão


aceitável é ±10% da tensão nominal. Para a frequência, o limite é
mais restritivo devido aos problemas de estabilidade e o valor
recomendado é ±0, 1%.

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Geração Distribuída e Conceitos de Microrrede Integração à Rede Elétrica

Principais Funções para a Interconexão

Nível de Injeção de Corrente CC: sob condições de operação


anormal, os inversores grid tie podem injetar baixos níveis de
corrente CC na rede.
Problemas no controle das chaves semicondutoras resulta em
injeção de corrente CC.
Norma IEEE 1547: a GD não pode injetar corrente CC maior que
0, 5% da corrente nominal plena de saída no PCC.
A malha de realimentação do inversor deve detectar a presença de
um componente CC e ajustar o chaveamento dos dispositivos
semicondutores.
Um transformador de acoplamento pode ser utilizado.
A solução mais barata é desconectar o inversor na presença de um
componente CC.

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Geração Distribuída e Conceitos de Microrrede Integração à Rede Elétrica

Principais Funções para a Interconexão

Aterramento: O aterramento é projetado principalmente para


proteger o operador.
Secundariamente, pode contribuir para reduzir a amplitude de
transitórios de sobretensão e proteger contra raios.
Os componentes de aterramento devem ser capazes de suportar a
corrente de falta máxima e uma nova falta após alguns ciclos da
ocorrência da primeira.
Os cabos de aterramento devem ser ligados diretamente ao
equipamento. Nenhuma impedância, disjuntor, ou dispositivos de
medida são permitidos entre o aterramento e o equipamento.
Medição e monitoramento: Os parâmetros monitorados incluem
corrente, tensão, frequência, potências ativa e reativa,
temperatura do óleo, vibração etc. Os parâmetros medidos
incluem também a potência de saída para efeito de tarifação.

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Geração Distribuída e Conceitos de Microrrede Integração à Rede Elétrica

Principais Funções para a Interconexão

Despacho e comunicação - Os componentes de integração e


comunicação fazem a interface entre as unidades de GD e a
concessionária. Algumas de suas funções são:

Gestão regional de carga, gestão de ordem de trabalho e serviços


de tarifação.
Automação da distribuição.
Chaveamento dos alimentadores.
Análise de curto circuito.
Cálculos do perfil de tensão e gestão de chamadas de emergência.

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Geração Distribuída e Conceitos de Microrrede Integração à Rede Elétrica

Dispositivos IEEE/ANSI

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Geração Distribuída e Conceitos de Microrrede Integração à Rede Elétrica

Dispositivos IEEE/ANSI

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Geração Distribuída e Conceitos de Microrrede Integração à Rede Elétrica

Dispositivos IEEE/ANSI

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Geração Distribuída e Conceitos de Microrrede Rede de Distribuição Ativa

Rede de Distribuição Ativa


As redes de energia elétrica estão em transição de uma rede
passiva estável com transporte unidirecional de eletricidade, para
uma rede ativa com transporte bidirecional de eletricidade.

É necessário desenvolver uma infraestrutura elétrica sustentável.


A “troca” da rede pode ser economicamente inviável.

A “nova” rede deve incorporar um controle flexível e inteligente


com sistemas inteligentes distribuídos.
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Geração Distribuída e Conceitos de Microrrede Rede de Distribuição Ativa

Rede de Distribuição Ativa


A estratégia de uso atual (’fit-and-forget’) da GD precisa ser
modificada em um gerenciamento de rede ativa.

Deve incorporar a integração da GD na rede de distribuição e no


gerenciamento de cargas.
Fatores incentivando a evolução das redes ativa:
Expectativa dos usuários para uma rede de distribuição de
qualidade.

Desejo dos gestores para acomodar FED com dispositivos de


armazenamento.

Compromisso de redução de 50% da emissão de carbono até


2050.

Motivando os operadores para uma melhor utilização das


instalações.
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Geração Distribuída e Conceitos de Microrrede Rede de Distribuição Ativa

Rede de Distribuição Ativa

A implementação de uma rede ativa para operação e controle


inteligente necessita pesquisas extensa sobre:
Controle ativo de área extensa.

Proteção e controle adaptativo.

Dispositivos de gerenciamento de rede.

Simulação de redes em tempo real.

Sensores e medidores avançados.

Comunicação distribuída.

Extração de conhecimento utilizando métodos inteligentes.

Novo design de projetos de sistemas de transmissão e distribuição.

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Geração Distribuída e Conceitos de Microrrede Conceitos básicos de Microrrede

Conceitos básicos de Microrrede

Microrredes são redes de suprimento, de pequena escala, de


cargas elétricas para pequenas comunidades (condomínios,
localidades suburbanas, universidades, centros comerciais,
centros industriais, etc).
Uma microrrede é essencialmente uma rede de distribuição ativa
uma vez que é constituída por um conglomerado de GDs e
diferentes cargas em nível de tensão de distribuição.
Os geradores ou micro fontes de energia são geralmente fontes
renováveis, integrados juntos para gerar energia.
As micro fontes devem ser equipadas com interfaces de eletrônica
de potência garantindo a operação como um sistema agregado.
A microrrede é vista pela rede convencional como uma unidade
controlada que satisfaz as necessidades locais de energia.

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Geração Distribuída e Conceitos de Microrrede Conceitos básicos de Microrrede

Conceitos básicos de Microrrede

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Geração Distribuída e Conceitos de Microrrede Conceitos básicos de Microrrede

Conceitos básicos de Microrrede

As principais diferenças entre uma microrrede e a rede


convencional são:
A capacidade das micro fontes é muito menor que a capacidade
dos grandes geradores.
A potência gerada em nível de tensão de distribuição pode ser
diretamente alimentada na rede de distribuição.
Micro fontes estão geralmente próximas às cargas, garantindo
suprimento com perfil satisfatório de tensão e frequência.

As características técnicas de uma microrrede são ideais para o


suprimento de áreas remotas onde a rede convencional não
“chega bem”.
Do ponto de vista da rede convencional, a microrrede é uma
entidade controlada que pode ser operada como uma carga.

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Geração Distribuída e Conceitos de Microrrede Conceitos básicos de Microrrede

Conceitos básicos de Microrrede

Do ponto de vista do usuário, a microrrede é benéfica uma vez


que fornece energia de forma ininterrupta, reduz as perdas de
transmissão, aumenta a confiabilidade e ajuda no controle da
tensão.
Do ponto de vista ambiental, microrredes ajudam a reduzir a
poluição ambiental e o aquecimento global , através do uso de
tecnologias de baixo carbono.
Para alcançar uma operação estável e segura, diversos
problemas técnicos, regulatórios e econômicos devem ser
resolvidos.
A intermitência e a dependência climática das FEDs, e a falta de
padrões de operação das microrredes e seu sincronismo com a
rede convencional são os principais desafios.

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Geração Distribuída e Conceitos de Microrrede Configuração Típica de Microrrede

Configuração Típica de Microrrede

Main grid Microgrid

CHP Heat Non-CHP Storage


source load source device

MC MC MC
415 V Microgrid bus

CB1 Feeder A
SCB SCB
in main grid
transformer
distribution
6 kV/415 V
From 6 kV main grid bus

CB4 CB2
Feeder B

CC

CC – Central controller
CHP Heat Storage Non-CHP
MC – Microsource controller
source load device source
CB – Circuit breaker
SCB – Sectionalising circuit breaker
MC MC MC CHP – Combined heat and power

CB3
Feeder C
SCB SCB

Figure 1.1 A typical Microgrid configuration


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Geração Distribuída e Conceitos de Microrrede Configuração Típica de Microrrede

Configuração Típica de Microrrede

3 alimentadores radiais (A, B e C), 2 micro-fontes elétricas, 2


micro-fontes CHP, 2 armazenadores de energia.

Cargas prioritárias nos alimentadores A e C.

Microrrede conectada à rede através do Ponto de Conexão


Comum (PCC).

Configuração permite operação plug and play.

A microrrede opera em 2 modos:

Conectado com a rede: parcial/totalmente, importa/exporta


energia, desconecta parcial/totalmente na presença de distúrbios
na rede.

Isolado parcial/totalmente da rede.

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Geração Distribuída e Conceitos de Microrrede Configuração Típica de Microrrede

Configuração Típica de Microrrede

A operação e gerenciamento dos diferentes modos da microrrede


são controlados através de controladores locais (MC) e central
(CC).

Controladores Locais: Controlar independentemente o fluxo de


potência e o perfil de tensão, gerenciar o despacho econômico,
gerenciar as cargas e os armazenadores de energia.

Assegura a passagem rápida do modo conectado ao modo ilhado.


Resposta rápida às variações de tensão e corrente monitoradas
de forma independente dos controladores locais vizinhos.

Um controle local não interage diretamente com outro; O controle


local pode “desobedecer” diretivas do controle central
consideradas danosas para a fonte local.

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Geração Distribuída e Conceitos de Microrrede Configuração Típica de Microrrede

Configuração Típica de Microrrede

Controlador Central (CC): coordena o controle geral da operação


e proteção da microrrede através dos controladores locais.

Objetivos: manter tensão e frequência especificadas; otimizar a


energia da microrrede.

Módulo de gerenciamento de energia: determina o ponto de


operação (depende de vários fatores) da potência ativa/reativa,
tensão e frequência para cada MC.

Módulo de coordenação da proteção: responde às faltas da


microrrede e da rede de forma a garantir a proteção da
microrrede, adapta-se às mudanças de nível de corrente de falta
na mudança do modo conectado ao modo ilhado.

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Geração Distribuída e Conceitos de Microrrede Configuração Típica de Microrrede

Configuração Típica de Microrrede


Funções do CC no modo conectado:
Monitorar os diagnósticos do sistema.
Estimar os estados e avaliar as condições de segurança, de
geração otimizada, controlar as potências ativas/reativas e
gerenciar a demanda.
Garantir a operação sincronizada com a rede
Funções do CC no modo ilhado:
Controlar potência ativa/reativa para manter estabilidade de
tensão/frequência.
Gerenciar a demanda com ajuda dos armazenadores para manter
o balanço de potência e tensão de barramento.
Restauração autônoma (black start) para melhorar a confiabilidade
e a continuidade do serviço.
Chavear entre os modos conectado/ilhado sem afetar a
estabilidade de nenhuma rede.
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Geração Distribuída e Conceitos de Microrrede Vantagens, Desvantagens e Operação de Microrredes

Vantagens Técnicas e Econômicas de Microrredes

Meio ambiente: redução de impactos ambientais, redução da


emissão de gases, conscientização dos usuários sobre o uso
excessivo de energia.

Investimento e Operação: ajuda no controle da tensão, redução


da congestão de alimentadores de T&D, redução das perdas de
T&D (3%), redução de investimentos para expansão de sistemas
de transmissão e geração.

Qualidade de Energia: decentralização do suprimento, melhoria


no compromisso demanda/suprimento, redução do impacto do
desligamento de grandes geradores/linhas de transmissão,
redução dos tempos de falta de suprimento, e melhoria do
processo de religamento.

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Geração Distribuída e Conceitos de Microrrede Vantagens, Desvantagens e Operação de Microrredes

Vantagens Técnicas e Econômicas de Microrredes

Otimização de custos: plantas CHP reutilizam o calor (reduzindo


desperdícios), integração de diferentes FED reduz custos de T&D.

Mercado Financeiro:

desenvolvimento de procedimentos de operação baseada em


mercado gera uma redução do mercado de energia de grandes
companhias

provimento de serviços ancilares

redução do preço da energia através do espalhamento de micro


fontes plug-and-play modulares

objetivo de redução de 10% no preço a longo termo da eletricidade


para consumidores.

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Geração Distribuída e Conceitos de Microrrede Vantagens, Desvantagens e Operação de Microrredes

Desafios e Desvantagens do Desenvolvimento de


Microrredes

Investimento inicial com alto custo

Dificuldades técnicas: controle de um grande número de micro


fontes plug-and-play

Ausência de padrões (já existem padronizações inicias)

Barreiras legais/administrativas: muitos países ainda não


regulamentação para microrredes (Resolução normativa ANEEL
No 482 de 17/04/2012)

Monopólio de mercado: quem controla o preço da energia suprida


pelas microrredes na ausência da rede?

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Geração Distribuída e Conceitos de Microrrede Vantagens, Desvantagens e Operação de Microrredes

Gerenciamento e Operação de Microrredes

O balanço de potência ativa/reativa deve ser mantida a curto


prazo na microrrede.

O operador da microrrede deve ter capacidade de decidir se


opera ilhado ou conectado à rede.

A geração, o suprimento e o armazenamento de energia deve ser


adequadamente planejado de acordo com a demanda de carga a
longo termo.

O CC da microrrede deve incorporar um sistema SCADA para as


funções de controle e proteção.

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Geração Distribuída e Conceitos de Microrrede Vantagens, Desvantagens e Operação de Microrredes

Gerenciamento e Operação de Microrredes

O despacho econômico de cargas, o fluxo de potência otimizada e


o planejamento da geração devem garantir a operação otimizada.

Analise de contingência e operação de emergência são


necessários para garantir a segurança.

Mismatch temporários de geração/carga são reduzidos através de


uma previsão e gerenciamento adequada de carga.

Protocolos e infraestruturas de comunicação devem ser utilizados


no gerenciamento (IEC 61850).

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Introdução às Redes Elétricas Inteligentes

Redes Elétricas Inteligentes


Idéia inicial do conceito Smart Grid: Monitorar e Controlar cada
nó da rede elétrica.

Idéia atual do conceito Smart Grid: Integrar de forma econômica


e eficiente o Smart Grid Concept, Electric Power Research 
comportamento e as ações de todos os usuários
conectados. Institute

Source: EPRI

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7 de 2018
Introdução às Redes Elétricas Inteligentes

Características Smart Grid

Rede adaptativa e auto-restauradora: rede automatizada com


menos operadores, com capacidade de auto-reconfiguração para
reparar faltas.
Rede Flexível: rede com habilidade de interconexão
rápida/segura de GD e SAE em qualquer ponto/momento.
Rede Preditiva: rede com IA para prever potenciais
desligamentos, aplicar dados operacionais em equipamentos
para manutenção.
Rede Integrada: rede com comunicação e controle em tempo real
Rede Interativa: rede com informações para consumidores e
prossumidores permitindo um papel ativo no gerenciamento ótimo
de contingências, facilita a interação consumidores e mercado.

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Introdução às Redes Elétricas Inteligentes

Características Smart Grid


Rede Otimizada: rede com capacidade de otimização autônoma
do fluxo de energia através do sistema para maximizar
confiabilidade, disponibilidade, eficiência e desempenho
econômico.
Rede Segura: rede segurança com física e cibernética.

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Introdução às Redes Elétricas Inteligentes

Benefícios Smart Grid

Melhor Eficiência Energética: redução de perdas, redução de


picos, controle da demanda, medição para operação automática.

Melhor Confiabilidade: redução da frequência e duração dos


desligamentos.

Melhor Eficiência Operacional: controle ativo, gerenciamento e


automação dos serviços de distribuição, automação residencial.

Melhor Segurança: operação automatizada reduz riscos de


desligamentos, redução da vulnerabilidade de danos inesperados.

Melhor Qualidade de Energia: manutenção dos limites da tensão


através de sensores e informação em dois sentidos.

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Introdução às Redes Elétricas Inteligentes

Benefícios Smart Grid

Melhor Conexão e Acesso à Rede: integração de GD com fontes


renováveis, veículos elétricos.

Menor Emissão de Gases: redução de perdas, integração de GD


com fontes renováveis, veículos elétricos.

Mudanças Climáticas: menor emissão de gases de efeito estufa


resulta em redução de mudanças climáticas.

Redução Preço Eletricidade: maior interação entre demanda


(consumidores) e suprimento (provedores).

Mercado Competitivo de Eletricidade: beneficia consumidores,


ajuda na otimização da operação da rede.

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Introdução às Redes Elétricas Inteligentes

Benefícios Smart Grid

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Introdução às Redes Elétricas Inteligentes

Requisitos Smart Grid

Cada usuário deve ter o retorno do custo investido na tecnologia.


O consumidor microgerador tem energia sobressalente para
injetar na rede apenas nos horários de carga leve e média.

As soluções devem ser flexíveis o suficiente para serem


compatíveis com ambas as tecnologias atuais bem como as
futuras.

As soluções devem seguir um padrão que permita ao usuário


consumidor/produtor conectar/desconectar suas unidades de
microgeração de forma simples e rápida (Plug and Play).

O sistema de controle/gerenciamento deve ser capaz de impedir


que a intermitência da microgeração interfira nos indicadores de
qualidade da energia do sistema.

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Introdução às Redes Elétricas Inteligentes

FLUXO DE CARGA
Problemas na Rede Atual
0.2 MVA 0.2 MVA 0.2 MVA
Carga 3 Carga 5 Carga 6

Trecho 5

Trecho 8

Trecho 8
Vgrid
Grid 2 5

Trecho 1 Trecho 3 Trecho 6 Trecho 9

1 3 4

Trecho 10
Trecho 2

Trecho 4

Trecho 7
GD

Carga 1 Carga 2 Carga 4

0.2 MVA 0.2 MVA 0.3 MVA 1.0 MW


Carga 7

0.3 MVA

O usuário com energia sobressalente não tem como direcionar o


fluxo de potência para outro usuário com carga alta.
A entrada/saída da GD pode alterar a tensão de barramentos
e/ou provocar a superação do limite de ramais próximos.
A intermitência da GD pode interferir na proteção: uma falta pode
ser percebida de forma diferente na presença/ausência da GD.
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Introdução às Redes Elétricas Inteligentes

Possível Solução

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Introdução às Redes Elétricas Inteligentes

Sistema de Controle Hierárquico

Sistema Hierárquico
Região n
Região 1

Região 2
...

Hardware de
Hardware de
Medição Hardware de
Medição
Medição

Hardware de
Acumulador Medição
Região 3
Hardware de
Hardware de Medição
Medição
Hardware de
Medição
Hardware de
Medição
Hardware de
Hardware de
Hardware de Medição
Medição
Medição

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Introdução às Redes Elétricas Inteligentes

Gerenciamento dos Acumuladores

Gerenciamento dos Acumuladores

Controle do fluxo de potência

Acumulador Acumulador
Região 1 Região n

Acumulador Acumulador
Região 2 Região ...

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Introdução às Redes Elétricas Inteligentes

Desafios
Qual é o tamanho ótimo das regiões de microgeração e de
acumulação de energia de acordo com o potencial de geração de
cada região?

Quais são os acumuladores mais eficientes economicamente de


acordo com a capacidade de microgeração esperada de cada
região?

Quais padrões e normas deverão ser seguidas para a


interconexão das diversas regiões de acordo com o tipo de
microgeração e acumuladores utilizados?

Como definir os níveis de hierarquia do sistema de supervisão e


controle?

Como garantir a confiabilidade do sistema?


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Introdução às Redes Elétricas Inteligentes

Tópicos de Pesquisas Recentes

Desenvolvimento de sistemas de interconexão dos sistemas de


microgeração e acumuladores de energia.

Modelagem da rede elétrica de distribuição considerando as


características técnicas operacionais dos diferentes tipos de
microgeração e acumuladores

Simulação da interconexão da microgeração com a rede

Simulação da interconexão de vários sistemas de microgeração


com acumuladores e a rede

Análise da tecnologia adequada para o monitoramento do sistema


de geração distribuída com operação interconectada com a rede.

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Introdução às Redes Elétricas Inteligentes

Tópicos de Pesquisas Recentes

Desenvolvimento de um sistema de supervisão SCADA com


controle hierárquico.

Definição de níveis de hierarquia do sistema.

Desenvolvimento de sistemas de supervisão para cada nível.

Análise das tecnologias atuais de redes inteligentes para controle e


supervisão da interconexão de sistemas de microgeração.

Implementação do sistema SCADA em uma planta piloto com


aplicação de pelo menos três unidades de sistemas de
microgeração, com seus respectivos acumuladores.

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Introdução às Redes Elétricas Inteligentes

Infraestrutura de Smart Grids

A Composição de Smart Grid é complexa e definida através de 4


métodos:

Adaptação de Padrões.

Perspectiva de Componentes Técnicos.

Perspectiva Técnica.

Perspectiva de Modelo de Referência Conceitual.

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Introdução às Redes Elétricas Inteligentes

Composição Baseada em Adaptação de Padrões

O desenvolvimento e a adaptação de padrões abertos são


essenciais para garantir interoperabilidade e segurança em Smart
Grids.

Rede composta por:

Sistema de Energia Elétrica (geração, transmissão, distribuição,


cargas).

Outros Sistemas (usuários, provedores de serviços, fornecedores


de recursos).

Macro-sistema Geral (sistema de controle de área, Operador do


Sistema).

A junção dos três sistemas resulta na Smart Grid que é também


conhecida como Sistema dos Sistemas.
Prof. Oumar Diene PEE-COPPE/UFRJ 27 e 30 de novembro de 2018
Introdução às Redes Elétricas Inteligentes

Composição Baseada em Adaptação de Padrões

Prof. Oumar Diene PEE-COPPE/UFRJ 27 e 30 de novembro de 2018


Introdução às Redes Elétricas Inteligentes

Composição Baseada em Adaptação de Padrões


Classificação permite distinguir dois tipo de interfaces:

Interfaces Inter-sistemas: juntando os diversos sistemas (sistema


elétrico, medidor, consumidor).

Interfaces Intra-sistemas: juntando componentes de partes do


sistema (medidor e sistema de comunicação).

A interface com mais valor para o consumidor é a inter-sistema:

Interface entre um medidor e um veículo elétrico necessita de


padronização.

Provedores de serviços devem ter uma interface padronizada para


acessar dados de consumidores.

É necessário tem um padrão determinado para aplicações


domésticas (automação, etc).
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Introdução às Redes Elétricas Inteligentes

Composição Baseada em Perspectiva de


Componentes Técnicos

Smart Grid é uma combinação e integração altamente complexa


de múltiplas tecnologias digitais e analógicas:
Novos componentes avançados: (novos condutores e
supercondutores, armazenadores de eletricidade, eletrônica de
potência avançada, geração distribuída);
Dispositivos e medidores inteligentes: (sensores, redes de
sensores);
Tecnologias de comunicação integradas: (Informações geradas
pelos sensores e medidores inteligentes precisam ser transmitidas
para locais de processamento através de uma rede de
comunicação);
Software de apoio à tomada de decisão, IHM;
Sistema de controle avançado: (monitorar e controlar elementos
essenciais).

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Introdução às Redes Elétricas Inteligentes

Composição Baseada em Perspectiva de


Componentes Técnicos

Prof. Oumar Diene PEE-COPPE/UFRJ 27 e 30 de novembro de 2018


Introdução às Redes Elétricas Inteligentes

Composição Baseada em Perspectiva Técnica

Do ponto de vista técnico, Smart Grid é composta por três


grandes sistemas:

Sistema de Infraestrutura Inteligente: (subsistema de energia


elétrica, subsistema de informação, subsistema de comunicação);

Sistema de Controle e Gerenciamento Inteligente: (Serviços de


controle e gerenciamento avançados para melhorar a eficiência
energética, garantir o suprimentos e o balanço da demanda,
controla a emissão de gases, reduz os custos operacionais e
maximiza os ganhos econômicos);

Sistema de Proteção Inteligente: (Serviço de analise de


confiabilidade, proteção contra falhas, proteção de segurança e
privacidade, proteção contra erros não intencionais de usuários,
bem como contra ciberataques por espionagem industrial e/ou
terrorismo.).

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Introdução às Redes Elétricas Inteligentes

Composição Baseada em Perspectiva Técnica


FANG et al.: SMART GRID – THE NEW AND IMPROVED POWER GRID: A SURVEY 947

Smart Grid
• Smart Protection System
• System reliablity and failure protection
• System reliablity
• Failure protection mechanism
• Failure prediction and prevention
• Failure identification, diagnosis, and recovery
Protection • Failure identification and localization
• Grid self-healing
• Data recovery
• Microgrid protection
• Security and privacy
• Information metering and measurement
• Information transmission

Management

Infrastructure
• Smart Management
System • Smart Infrastructure System
• Management objectives • Smart energy subsystem
• Energy efficiency and demand profile • Power generation
• Demand profile shaping • Transmission grid
• Energy loss minimization • Distribution grid
• Utility, cost, and price • New grid paradigm: microgrid and grid-to-
• Emission vehicle/vehicle-to-grid
• Management methods and tools • Smart information subsystem
• Optimization • Information metering and measurement
• Convex programming • Smart meter
• Dynamic programming • Sensor
• Stochastic programming • Phasor measurement unit
• Robust programming • Information management
• Particle swarm optimization • Data modeling
• Machine learning • Information analysis, integration, and optimization
• Game theory • Smart communication subsystem
• Auction • Wireless
• Wireless mesh networks
• Celluar communication systems
• Cognitive radio
• Wireless communications based on 802.15.4
• Satellite communications
• Microwave or free-space optical communications
• Wired
• Fiber-optic communications
• Powerline communications
• End-to-end communication management

Fig. 2. The Detailed Classification of the Smart Infrastructure


Prof. Oumar Diene 27 System:
System, the Smart Management System, and the Smart Protection
PEE-COPPE/UFRJ e 30In Sections
de novembro
IV-VI,
we will describe the smart energy subsystem, the smart information subsystem, and the smart communication subsystem, respectively. In Section VII, we will
de 2018
adopted by the Federal Energy Regulatory Commission at the federal level and by public utility
Introdução às
commissions Redes
at the stateElétricas
and local Inteligentes
levels, govern many aspects of the Smart Grid.
Such regulations are intended to ensure that electric rates are fair and reasonable and that
Composição Baseada
security, reliability, em
safety, privacy, and Perspectiva
other public deTheModelo de
policy requirements are met.
transition to the Smart Grid introduces new regulatory considerations, which may transcend
49

jurisdictional boundaries and require increased coordination among federal, state, and local
Referência
lawmakers and regulators. The conceptual model must be consistent with the legal and
regulatory framework and support its evolution over time. The standards and protocols identified
in the framework also must align with existing and emerging regulatory objectives and
responsibilities. The conceptual model is intended to be a useful tool for regulators at all levels to
De acordo com esse modelo, Smart Grid é dividida em sete
assess how best to achieve public policy goals that, along with business objectives, motivate
investments in modernizing the nation’s electric power infrastructure and building a clean energy
domínios economy.

Prof. Oumar Diene Smart Grid Domains through Secure 27


PEE-COPPE/UFRJ
Figure 3-1 Interaction of actors in different e 30 deFlows
Communication novembro de 2018
Introdução às Redes Elétricas Inteligentes

Componentes Básicos de Smart Grids


Geradores de Energia (Plantas grandes, GD, energia renovável)
Rede de Transmissão, incluindo subestações de transmissão
Rede de Distribuição, incluindo subestações de distribuição
Rede de Cargas de consumidores
Tecnologias de informação e comunicação
Infraestrutura de Medição Avançada
Dispositivos eletrônicos inteligentes
Dispositivos de controle
Eletrodomésticos inteligentes
Dispositivos inteligentes de interface
Rede IP para comunicação
Modelos e Protocolos padronizados
Software de apoio à tomada de decisão, IHM
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Introdução às Redes Elétricas Inteligentes Infraestrutura de Medição Avançada

Infraestrutura de Medição Avançada

O desenvolvimento da IMA é considerado como o marco da


modernização do sistema de energia elétrica e sua evolução para
o Smart Grid.

Integração de muitas tecnologias fornecendo uma conexão


inteligente entre consumidores e operadores de sistema.

As tecnologias envolvidas nessa integração incluem medição


inteligente, redes de área local, comunicações integradas,
aplicativos de gerenciamento de dados e interfaces de software
com operações de utilitários existentes e processos de
gerenciamento de ativos.

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Introdução às Redes Elétricas Inteligentes Infraestrutura de Medição Avançada

Principais Componentes de IMA

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Introdução às Redes Elétricas Inteligentes Infraestrutura de Medição Avançada

Medidores Inteligentes

Dispositivos digitais programáveis que registram o consumo de


energia elétrica em intervalos de uma hora ou menos e
comunicam essas informações, diariamente ou com maior
frequência, ao fornecedor de energia para fins de monitoramento
e faturamento
Preço variante no tempo.
Sistema de Compensação de Energia Elétrica.
Notificação de desligamento e restauração de energia.
Operações de desligamento e religamento remotas.
Limitação de carga para tarifa dinâmica.
Energia pre-paga.
Monitoramento da qualidade de energia.
Detecção de adulteração e roubo de energia.
Comunicações com outros dispositivos inteligentes em casa.

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Introdução às Redes Elétricas Inteligentes Infraestrutura de Medição Avançada

Rede de Comunicação

Apoiar continuamente a interação entre o fornecedor de energia,


o consumidor, e a carga elétrica controlável.

Padrões de comunicação bidirecionais abertos e altamente


seguros devem ser empregados.

Utilitários podem monitorar o consumo em tempo real dos


usuários finais.

Também permite que os usuários finais participem ativamente da


operação do sistema, facilitando o recebimento de informações
sobre preços ou sinais de controle das concessionárias.

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Introdução às Redes Elétricas Inteligentes Infraestrutura de Medição Avançada

Rede de Comunicação

Existem diferentes mídias que podem ser consideradas para


fornecer parte ou toda a arquitetura de comunicação:

Linha de Energia.

Banda Larga sobre Linha de Energia.

Cobre ou Fibra Ótica.

Sem Fio (4G, LTE, WiMAX, Zig-Bee, RF).

Internet.

Combinação de todas acima.

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Introdução às Redes Elétricas Inteligentes Infraestrutura de Medição Avançada

Sistema de Recepção e Gerenciamento de Dados

Os dados do medidor transferidos pela rede de comunicação são


recebidos no site da concessionária pelo sistema de
hospedagem, e enviado ao sistema de gerenciamento de dados
do medidor (SGDM).

As maiores funções do SGDM incluem:

Automatizar e agilizar o processo complexo de coleta de dados de


medidores com múltiplas tecnologias de coleta de dados.

Avaliar a qualidade dos dados coletados e gerar estimativas onde


existem erros e lacunas.

Entregar os dados coletados em um formato adequado aos


sistemas de cobrança de serviços.

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Introdução às Redes Elétricas Inteligentes Infraestrutura de Medição Avançada

Exemplo IMA

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Geração Solar Energia Solar Fotovoltaica

Introdução

Energia solar é a designação dada a qualquer tipo de captação


de energia luminosa proveniente do sol, e posterior
transformação dessa energia captada em alguma forma utilizável
pelo homem, seja diretamente para aquecimento de água ou
ainda como energia elétrica ou mecânica.

No seu movimento de translação ao redor do Sol, a Terra recebe


1.410W /m2 de energia, medição feita numa superfície normal ao
Sol. Disso, aproximadamente 19% é absorvido pela atmosfera e
35% é refletido pelas nuvens. Ao passar pela atmosfera terrestre,
a maior parte da energia solar está na forma de luz visível e luz
ultravioleta. (http://www.totalenergia.com.br/solar)

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Geração Solar Energia Solar Fotovoltaica

Introdução

A geração fotovoltaica tem crescido no mundo nos últimos anos,


principalmente em países como a China, os EUA, o Japão e a
Alemanha.

Segundo o relatório Estado Global das Renováveis 2017,


produzido pela REN21 (Renewable Energy Policy Network for
21st Century), perto de 99 GW foram adicionados à capacidade
instalada mundial em 2017 (comparado com apenas 20 GW em
2014), aumentando o total global para 402 GW.

A capacidade de energia elétrica instalada no Brasil em 2017 era


de 150 GW.

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Geração Solar Energia Solar Fotovoltaica

Capacidade Mundial Instalada

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Geração Solar Energia Solar Fotovoltaica

Top Ten

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Geração Solar Energia Solar Fotovoltaica

Ranking Crescimento Mundial

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Geração Solar Energia Solar Fotovoltaica

Capacidade Geração Elétrica, Brasil 2015

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Geração Solar Princípios Básicos

Efeito Fotovoltaico

Efeito Fotovoltaico (Edmond Becquerel 1839): Conversão da Luz


Solar em Energia Elétrica.
Fótons da luz solar são absorvidos por átomos semicondutores
(junção PN) que liberam elétrons na camada N.
Elétrons livres encontram o seu caminho através de um circuito
externo para a camada positivo, resultando em uma corrente
elétrica.
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Geração Solar Princípios Básicos

Conceitos Básicos

Radiação é a transferência de energia por ondas


eletromagnéticas. A radiação é produzida diretamente da fonte
em todas as direções. Estas ondas não precisam de um meio
material para se propagar, podem passar através do espaço
interplanetário e chegar à Terra do Sol.

Irradiância solar é a quantidade de radiação solar recebida por


uma superfície de área unitária.

Irradiação é o acumulo de irradiância por um determinado


intervalo de tempo.

A radiação solar influência a temperatura ambiente.

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Geração Solar Princípios Básicos

Irradiância Solar

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Geração Solar Princípios Básicos

Curva Característica variando Irradiância


Levantamento das curvas de corrente I em relação a tensão V
para diversos valores de irradiância solar G (ou λ).

ISC ∝ G, VOC varia pouco para valores altos de G.

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Geração Solar Princípios Básicos

Curva Característica variando Temperatura


Levantamento das curvas de corrente I em relação a tensão V
para diversos valores de temperatura T .

Aumento de T causa redução de VOC .

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Geração Solar Princípios Básicos

Modelo Elétrico Equivalente


Circuito Elétrico Equivalente

V + IRs
I = Iphoto − Id − ,
Rp
em que Iphoto é a corrente total gerada pela luz incidente, Id é a
corrente do diodo Shockley, Rs e Rp são resistências incluídas no
circuito de forma a retratar, respectivamente, a queda de tensão e
as correntes parasitas do painel solar.
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Geração Solar Princípios Básicos

Associação de Células

Em geral, uma célula PV gera uma tensão de cerca de 0.5 a 0.8


volts, dependendo do material utilizado. Para aumentar a corrente
e a tensão gerada células fotovoltaicas (entre 36 e 72) são ligadas
em série para formar um módulo fotovoltaico.
Módulos podem ser interligados em série, formando strings, e/ou
em paralelo, para formar um painel fotovoltaico ou arranjo com
tensão/corrente superiores.

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Geração Solar Princípios Básicos

Associação em Série

Para células idênticas e submetidas a mesma irradiância, a


tensão total é aproximadamente igual a soma das tensões das
células associadas.

I = I1 = I2 = I3 = · · · = In
V = V1 + V2 + V3 + · · · + Vn

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Geração Solar Princípios Básicos

Associação em Paralelo

Para células idênticas e submetidas a mesma irradiância, a


corrente total é aproximadamente igual a soma das correntes das
células associadas.

I = I1 + I2 + I3 + · · · + In
V = V1 = V2 = V3 = · · · = Vn

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Geração Solar Princípios Básicos

Associação Série/Paralelo

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Geração Solar Tecnologias

Tipos de Células Fotovoltaicas

Silício Monocristalino.
Eficiência (η) de 14 a 17%
Custo de 3.2 a 3.5 Euros/W.

Silício Policristalino.
Eficiência (η) de 12 a 14%
Custo de 2.8 a 3.3 Euros/W.

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Geração Solar Tecnologias

Painéis de Silício

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Geração Solar Tecnologias

Tipos de Células Fotovoltaicas

Filme Fino.

a-Si (Silício Amorfo), η = 5 a 6%.

CdTe(S) (Telureto de Cádmio (Sulfito de Cádmio)), η = 10 a 11%


(1.5-2.2 Euros/W).

CIGS (Cobre-Índio-Gálio-Selênio), η = 10 a 11%, ainda em


desenvolvimento (2.2-2.5 Euros/W).

GaAs (Arseneto de Gálio), η = 25 a 30%, elevado custo.

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Geração Solar Tecnologias

Painéis de Filme Fino

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Geração Solar Tecnologias

Tipos de Células Fotovoltaicas

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Geração Solar Tecnologias

Área Necessária

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Geração Solar Instalação

Variáveis de Projeto

Potência Nominal de Pico: é a potência que a planta poder


fornecer sob as condições padrão de teste (STC).

Irradiância Solar perpendicular = 1,0 kW /m2 .

Temperatura da Célula = 25o C.

Massa do Ar = 1,5 (Na linha do equador ao meio dia, no equinócio,


a massa de ar = 1,0, Influencia na sensibilidade das células).

Inclinação e Orientação dos Painéis.

Tipo de Usina Fotovoltaica.

Tipo de Inversor e suas Funcionalidades.

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Geração Solar Instalação

Inclinação e Orientação

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Geração Solar Instalação

Tipos de Usinas Fotovoltaicas


Inversor Central ou Inversor Simples:
Indicado para Plantas Pequenas.

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Geração Solar Instalação

Tipos de Usinas Fotovoltaicas

Um Inversor por String:


Indicado para Plantas de Médio Porte.
Módulos diferentes podem ser usados em cada string.
Menor impacto devido a sobreamento.

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Geração Solar Instalação

Tipos de Usinas Fotovoltaicas

Multi-Inversor:
Indicado para Plantas de Grande Porte.
Planta dividida em “subplantas”.

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Geração Solar Instalação

Inversor e Funcionalidades

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Geração Solar Instalação

Inversor e Funcionalidades
Considera-se uma potência de 90% da potência total dos painéis.
Perdas dos painéis.
Eficiência do Inversor.
Lado CC
Potência nominal e máxima.
Tensão nominal e máxima admitida.
Lado CA
Potência nominal e máxima, em operação contínua.
Corrente nominal.
Máxima corrente, considerando curto-circuito.
Máxima tensão e fator de distorção.
Eficiência, em diversas condições de operação.
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Geração Solar Instalação

Inversor e Funcionalidades

Modulação PWM

Seguidor de Máxima Potência (ponto de operação único e


dependente da temperatura e irradiância solar)

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Geração Solar Instalação

Conexão à Rede

A regulamentação do acesso ao sistema de distribuição de


energia elétrica no Brasil é feito através do PRODIST, elaborado
pela ANEEL, visando garantir uma maior confiabilidade,
eficiência, qualidade e segurança dos sistemas de distribuição de
energia elétrica.

Além do PRODIST, existem projetos de normas em fase de


discussão, como o Sistemas Fotovoltaicos (FV) - Características
dos Inversores para Conexão à Rede Elétrica de Distribuição (PN
03:082.01-001) e o Procedimento de Ensaio Anti Ilhamento para
Inversores de Sistemas Fotovoltaicos Conectados à Rede (SFCR
- PN 03:082.01-002).

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Geração Solar Novas Tecnologias

Novas Células

Célula com 44, 7% de eficiência (Fraunhofer)

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Geração Solar Novas Tecnologias

Novos Materiais

Materiais translúcidos para integrar à fachada e aumentar


eficiência energética.

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Geração Solar Novas Tecnologias

Novas Topologias de Inversores

Funcionalidades
Redes inteligentes
Filtro ativo
Compensação

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Geração Eólica Energia Eólica

Introdução
A energia eólica provém da radiação solar, uma vez que os
ventos são gerados pelo aquecimento não uniforme da superfície
da terra

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Geração Eólica Energia Eólica

Introdução

A geração eólica tem crescido no mundo nos últimos anos,


principalmente em países como a China, os EUA, a Alemanha e a
Índia.

Segundo o relatório Estado Global das Renováveis 2017,


produzido pela REN21 (Renewable Energy Policy Network for
21st Century), perto de 52 GW foram adicionados à capacidade
instalada mundial em 2017, aumentando o total global para 539
GW.

A capacidade de energia elétrica instalada no Brasil em 2017 era


de 150 GW.

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Geração Eólica Energia Eólica

Capacidade Mundial Instalada

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Geração Eólica Energia Eólica

Top Ten

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Geração Eólica Princípios Básicos

Conceitos Básicos

Princípio da Geração Eólica

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Geração Eólica Tipos de Rotores

Rotores de Eixo Vertical

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Geração Eólica Tipos de Rotores

Rotores de Eixo Vertical


Rotor Darrieus

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Geração Eólica Tipos de Rotores

Rotores de Eixo Vertical


Rotor H

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Geração Eólica Tipos de Rotores

Rotores de Eixo Vertical


Rotor Savonius

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Geração Eólica Tipos de Rotores

Rotores de Eixo Horizontal


Rotores de eixo horizontal utilizam quase exclusivamente o
conceito de hélice.
A superioridade dessa classe de rotor está largamente baseada
nas seguintes características.
A velocidade do rotor e a potência de saída podem ser controladas
através do ângulo inclinação β das pás.
O ângulo de inclinação β da lâmina do rotor é a proteção mais
eficaz contra velocidade excessiva e extrema velocidade do vento,
especialmente em grandes turbinas eólicas.

A lâmina do rotor pode ser otimizada aerodinamicamente para


alcançar a mais alta eficiência (sustentação aerodinâmica).

A liderança tecnológica no desenvolvimento do design da hélice é


um fator decisivo (industria aeronáutica).

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Geração Eólica Tipos de Rotores

Rotores de Eixo Horizontal


Rotor tipo Hélice

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Geração Eólica Princípios Físicos da Conversão de Energia Eólica

Teoria do Momento Elementar de Betz


O principal componente de uma turbina eólica é o conversor de
energia que transforma a energia cinética contida no ar em
movimento, em energia mecânica.
Entre 1922 e 1925, Betz mostrou que, aplicando leis físicas
elementares, a energia mecânica extraível de uma corrente de ar
que passa por uma determinada área transversal é restrita a uma
certa proporção fixa da energia ou potência contida no fluxo de ar.
A energia cinética de uma massa de ar movendo-se a uma
velocidade ν pode ser expressa por
1
E = mν 2 (Nm)
2
Considerando uma área transversal A, através da qual o ar passa
na velocidade ν, o volume V que flui durante uma determinada
unidade de tempo, dito fluxo de volume, é
V̇ = νA (m3 /s).
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Geração Eólica Princípios Físicos da Conversão de Energia Eólica

Teoria do Momento Elementar de Betz


O fluxo de massa com densidade de ar ρ é

ṁ = ρνA (kg/s).

As equações que relacionam a energia cinética do ar em


movimento e o fluxo de massa resultam na quantidade de energia
que passa através da seção transversal A por unidade de tempo.

1 3
Po = ρν A (W )
2
Quanto de energia mecânica pode ser extraída do fluxo de ar de
fluxo livre por um conversor de energia?

1
P= Cp Po = Cp ρν 3 A (W )
2

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Geração Eólica Princípios Físicos da Conversão de Energia Eólica

Teoria do Momento Elementar de Betz


Cp é o coeficiente de potência da turbina (rendimento) e é dado
por   C
C2 − 5
Cp = C1 − C3 β − C4 e λi + C6 λ,
λi
C1 à C6 constantes associadas à esse modelo.
λi é utilizado apenas para escrever as outras equações de modo
mais compacto:
1 0.035
λi = − 3
λ + 0.08β β + 1
λ é o tip speed ratio que expressa a relação entre a velocidade
periférica da hélice e a velocidade do vento
ωR ∗ R
λ=
ν
16
Cp ≤ 27 = 0.593
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Geração Eólica Princípios Físicos da Conversão de Energia Eólica

Limite de Betz

A potência mecânica no eixo da turbina é dada por

1
P= Cp ρAν 3
2

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Geração Eólica Controle de Potência

Forças Aerodinâmicas

Os rotores de eixo horizontal são movidos por forças


aerodinâmicas chamadas de forças de sustentação (lift) e forças
de arrasto (drag).

Um corpo que obstrui o movimento do vento sofre a ação de


forças que atuam perpendicularmente ao escoamento
(sustentação) e de forças que atuam na direção do escoamento
(arrasto).

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Geração Eólica Controle de Potência

Forças Aerodinâmicas

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Geração Eólica Controle de Potência

Forças Aerodinâmicas

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Geração Eólica Controle de Potência

Forças Aerodinâmicas

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Geração Eólica Controle de Potência

Formas de Controle de Potência

Controle por perda aerodinâmica ou estol (Stall)


Sistema Passivo
Pás do rotor fixas
V > Vnominal → deslocamento de fluxo → ↓ sustentação; ↑ arrasto.
Suave desenvolvimento do estol por torção longitudinal das pás.
Mais simples e mais utilizadas mundialmente.
Controle de ângulo de passo (Pitch)
Sistema Ativo
Mudança do ângulo de passo para reduzir ângulo de ataque e
extração de potência
Fluxo de ar tende a ser aderente à superfície (↑ sustentação; ↓
arrasto).
Controle de potência sob todas as condições de vento

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Geração Eólica Controle de Potência

Controle Estol

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Geração Eólica Controle de Potência

Controles Pitch e Estol

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Geração Eólica Controle de Potência

Exemplo Dispositivo de Controle

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Geração Eólica Controle de Potência

Potência Controlada

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Geração Eólica Caixa de Marcha

Engrenagens

Permite ter uma velocidade angular do rotor da turbina diferente


da velocidade angular do rotor do gerador.

Fonte de ruído e requer muita manutenção.

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Geração Eólica Gerador Elétrico

Tipos de Geradores Elétricos

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Geração Eólica Gerador Elétrico

Rotor Gaiola de Esquilo

Velocidade fixa, mas pode ter velocidade variável através de


conversores (Full-Converter).

Robusto.

Otimizada para uma determinada velocidade.

Rajada de vento significa variação brusca de potência injetada:


problema de qualidade.

Necessita da rede para o campo girante.

Necessita de reativos (capacitores ou rede)

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Geração Eólica Gerador Elétrico

Rotor Gaiola de Esquilo

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Geração Eólica Gerador Elétrico

Rotor Bobinado

Velocidade variável.

Natureza mecânica (resitores no rotor).

Natureza elétrica através de conversores (mais utilizada).

Conversores entre o rotor e a rede (DFIG) ou entre o estator e a


rede (Full-Converter).

Ampla faixa de operação no ponto ótimo.

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Geração Eólica Gerador Elétrico

Rotor Bobinado

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Geração Eólica Gerador Elétrico

Com Excitratriz ou de Imãs Permanentes

Elimina anéis e escovas.

O conversor desacopla o gerador da rede.

Velocidade

Alta (com engrenagens): Gerador menor e mais leve. Gerador


convencional.

Média (com engrenagens): Gerador de médio porte.

Baixa (sem engrenagens): Gerador grande, sistema mais confiável

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Geração Eólica Gerador Elétrico

Com Excitratriz ou de Imãs Permanentes

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Geração Eólica Novas Tecnologias

Novas Turbinas

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