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Fases do fluxo laboratorial

Coleta
Transporte
Armazenamento

Amostras clássicas nas análises clínicas:

Sangue
Urina
Fezes
Amostras respiratórias
Liquor
Lágrimas
Material do órgão reprodutor
IMPORTANTE !!!
Amostra

• Qual a diferença de soro e plasma??


Amostras

Conhecer o tipo de amostra necessária para cada teste

• BIOQUÍMICA/BIOMOL: Soro ou plasma


• HEMOGRAMA/GRUPO SANGUÍNEO: sangue total com EDTA
• GLICEMIA: plasma com fluoreto
• COAGULAÇÃO: plasma com citrato de sódio
Técnicas de coleta

1. Lavar e secar as mãos; utilizar luvas, materiais estéreis e descartáveis;


2. Escolher o melhor acesso venoso para coleta. Garrotear o braço do
paciente e selecionar uma veia adequada. Esta área não deverá mais ser
tocada com os dedos;
3. Fazer a anti-sepsia rigorosa com álcool 70% de 3 a 4 vezes até visualizar
limpo o algodão utilizado neste processo
4. Remover os selos da tampa dos frascos de hemocultura, e fazer anti-
sepsia prévia nas tampas com álcool 70% em gase estéril, e manter após
assepsia um algodão embebido em álcool a 70% em cima da rolha;
5. Lavar as mãos e trocar as luvas;
6. Coletar a quantidade de sangue e o número de amostras recomendados;
7. Identificar cada frasco com as informações padronizadas e enviar ao
laboratório
• Técnicas de coleta
Fatores que interferem diretamente nos
resultados
• Volume de sangue coletado por frasco.

• Frascos Bactec: coletar de 8 a 10 mL de sangue (adulto) e 1 a


3 ml de sangue (crianças).

• 2. Método de anti-sepsia da pele é crítico.

• O número de hemoculturas colhidas bem como o intervalo


entre elas, apesar de importantes, em determinadas
situações clínicas, não são consideradas críticas
Transporte

• Nunca refrigerar o frasco

• Manter o frasco em temperatura ambiente e encaminhar o


mais rápido possível para o laboratório

• Nunca colocar o frasco na estufa


Coleta e armazenamento da Urina
Materiais necessarios:

- Frasco cedido pelo laboratório (nunca receber frasco diferente)


- Orientação sobre como proceder referente ao tipo de exame
solicitado pelo médico
Coleta de Fezes
Materiais necessários:

- Frasco cedido pelo laboratório (nunca receber frasco diferente)


- Orientação sobre como proceder referente ao tipo de exame
solicitado pelo médico
Orientações sobre o procedimento correto
na coleta
Orientações sobre o procedimento correto
na coleta
Orientações sobre o procedimento correto
na coleta
Orientações sobre o procedimento correto
na coleta
As amostras de fezes podem ser rejeitadas:
Coleta, Transporte e
armazenamento de amostras
de sangue
Coleta

Processo de coleta não se restringe simplesmente ao ato de coletar,


mas sim à preocupação pré-analítica que antecede a coleta, tais como:
o uso de medicamento, estado emocional do paciente, etc.

De modo ideal, deve haver perfeita integração clínico-laboratorial para


se evitar os erros.
Fase pré-analítica
Fase pré-analítica

- Variação Cronobiológica
- Gênero
- Idade
- Atividade Física
- Jejum
- Dieta
- Uso de Fármacos e Drogas de Abuso
Coleta de sangue

Aspectos a serem considerados antes da coleta:


- Relativos ao Preparo do paciente:
1- Uso de medicamentos: pode modificar o verdadeiro resultado de
um exame laboratorial, especialmente, bioquímico.
Distinguem-se duas modalidades de atuação dos medicamentos :
a) Atuação in vivo:
- Trata-se de medicamentos que alteram os valores dos exames por
influenciarem o metabolismo do paciente que os está usando.
- Ex: Efeito hiperglicemiante dos glicocorticoides: indivíduos em uso
desses hormônios apresentam concentrações elevadas de glicose no
sangue.
Coleta de sangue

b) Atuação in vitro:
Neste caso os medicamentos exercem influência, já fora do organismo,
durante a realização do exame.
O sangue de um indivíduo em uso de uma droga, obviamente, contém
o princípio ativo ou seu metabólico que podem interferir no método
que será utilizado. Ex: O uso de ácido ascórbico, por possuir
propriedade redutora pode interferir nos métodos utilizados para
dosar glicose, podendo resultar em dados falso positivos (glicose
elevada).
Coleta de sangue

• É claro que a magnitude do efeito de medicamentos é dose-


dependente e varia também com a velocidade de excreção dos
mesmos; as duas variáveis são determinantes da concentração da
droga na circulação.
• De modo ideal, os exames laboratoriais deveriam ser executados em
indivíduos que não estivessem sendo medicados, dessa forma, essa
questão deve ser observada pelo médico e informada durante a
coleta.
Coleta de sangue

2) Dieta prévia:
A ingestão predominante de certos alimentos influi nos resultados de
exames laboratoriais. Ex: Indivíduos com dieta rica em proteínas
apresentam concentrações maiores de ureia no sangue. Pessoas
obesas, ao fazerem dieta hipocalórica, podem reduzir a concentração
de triglicerídeos no soro em até 40%.
È interessante ter informação prévia do tipo de alimentação do
paciente, e até mesmo, de acordo com o exame ter uma orientação
para uma dieta de acordo com o exame. Como no caso de TOGT (Teste
Oral de Tolerância à Glicose) ou curva glicêmica, o paciente deve nos
três dias anteriores ingerir dieta pobre em carboidrato.
Coleta de sangue

3- Jejum
Toda vez que um exame bioquímico de sangue for solicitado em caráter de
não urgência (programado), é bastante aconselhável e muitas vezes
indispensável que o paciente faça jejum num período de 8 a 12 h, em geral,
sem necessidade de restrição de água.
As razões para o jejum prendem-se a motivos diferentes:
a) Possibilidade de comparação
Os resultados encontrados nos exames podem ser comparados com os dos
valores de referência (valores normais); a possibilidade de comparação
decorre do fato de que os valores de referência existentes forem estabelecidos
em jejum.
b) Obtenção de soro ou plasma límpidos:
Tecnicamente, é imprescindível no trabalho laboratorial operar como soro ou
plasma límpidos, e a falta de jejum leva com intensidade maior ou menor a
soros ou plasmas turvos. Esse inconveniente é devido ao fato da permanência
de quilomícrons (triglicerídeos exógenos) no sangue de indivíduos que não
fizeram um jejum adequado.
Coleta de sangue

4- Horário
a) Padronização em relação ao ritmo circadiano
Sabe-se que a secreção de certos hormônios não é contínua, mas
obedece a ritmo que varia nas 24 h (ritmo circadiano).
Decorrentemente, produzem-se alterações metabólicas que
influenciam as concentrações de substâncias analisadas na Bioquímica
Clínica.
As coletas de sangue realizadas na parte da manhã, após o jejum,
introduzem uma certa padronização em relação ao ritmo circadiano.
Coleta de sangue

b) Padronização em relação à atividade física


Uma outra vantagem seria ainda a de estabelecer de algum modo uma
padronização relativa à atividade física. Coletas efetuadas
matinalmente seguem-se a uma noite de repouso.
5) Estado emocional
Pacientes submetidos ao stress irão, certamente, ter os resultados de
certos exames modificados em função de secreção hormonal, até na
variação da ventilação pulmonar, e no leucograma.
No caso de TOGT: O estresse altera a glicemia.
No caso de gasometrial arterial: Hiperventilação em crianças chorando
Coleta de sangue

6- Postura do paciente
Há relatos antigos que descrevem, para diferentes posturas do
paciente, diferentes concentrações das mesmas substâncias no
sangue.
O fato é devido ao fenômeno da passagem de água e de pequenos
solutos do líquido intravascular para o líquido intersticial quando o
indivíduo muda sua posição de decúbio para ortostatismo, em
decorrência de variações na pressão hidrostática.
Já que as dosagens bioquímicas são realizadas no líquido vascular, e
que qualquer saída de água, dele para o interstício, acarretará elevação
da concentração das macromoléculas (proteínas) que não seguem a
água, e as substâncias de peso molecular baixo (pequenos solutos)
terão uma diminuição da concentração.
Variáveis na fase pré-analítica
• amostra insuficiente;
• amostra incorreta;
• amostra inadequada;
• identificação incorreta;
• problemas no acondicionamento e transporte da
amostra

* É necessário estabelecer, em nossos protocolos de coleta, os critérios de


rejeição de amostras, evitando, dessa forma, que amostras com problemas
sejam analisadas, gerando um resultado que não poderá ser devidamente
interpretado em virtude das restrições advindas da inadequação do material
coletado

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