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INTENSIVO
PARA RESIDÊNCIAS
FISIOTERAPIA
FISIOTERAPIA
NEUROFUNCIONAL
PARTE II
PROFESSORES
Autor
Autora e organizadora
Rafael Monteiro
Erika Pedreira da Fonseca Correa de Oliveira
Fisioterapeuta Doutora em Medicina e Especialista em Reabilitação Neurofuncio-
Saúde Humana. Mestre em Tecnologias em nal. Formação no Conceito PNF. Formação
Saúde Especialista em reabilitação Neuro- em Fisioterapia Ocular. Formação em Fi-
funcional. Formação no Conceito Bobath sioterapia Vestibular.
Professora da UCSAL e da Sanar.
2020 ©
Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos à Editora Sanar Ltda. pela Lei nº 9.610,
de 19 de Fevereiro de 1998. É proibida a duplicação ou reprodução deste volume ou qualquer parte deste
livro, no todo ou em parte, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (eletrônico, gravação, fotocópia
ou outros), essas proibições aplicam-se também à editoração da obra, bem como às suas características
gráficas, sem permissão expressa da Editora.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
LIMA, Inácio; MENDES, Gabriela; GODINHO, Flávia. Preparatório para Residência em BucoMaxilo-
Facial 2020. 2. ed. Salvador, BA: Editora Sanar, 2020.
Esclerose múltipla............................................................................ 8
Síndrome de Guillain-Barré............................................................. 14
Esclerose lateral amiotrófica.......................................................... 19
Marchas patológicas......................................................................... 27
Lesões Nervosas Periféricas........................................................... 33
Paralisia Facial................................................................................... 39
PNF e Conceito Bobath..................................................................... 46
Gabarito.............................................................................................. 59
Referências........................................................................................ 60
APRESENTAÇÃO
Olá, futuro (a) residente!
Seja bem-vindo à aula sobre Fisioterapia Neurofuncional - Parte II. Essa
aula abrange o entendimento sobre a esclerose múltipla, esclerose late-
ral amiotrófica, alterações neurológicas periféricas e recursos terapêu-
ticos. Esses sistemas compõem os conteúdos da Fisioterapia Neurofun-
cional mais prevalentes nas provas de residência.
Não esqueça que, ao final do curso, você poderá revisar todo o conteúdo
dessa disciplina com uma videoaula, além de aulas com questões comen-
tadas das provas anteriores, e simulados para você colocar em prática
tudo o que aprendeu.
Vamos começar?
Produzida pelos
Oligodendrócitos no SNC
Bainha de Mielina: substância glicofosfolipídica que envolve os
axônios, funcionando como isolante elétrico
Produzida pelos
Oligodendrócitos no SNC
Impulso Nervoso Saltatório Acontece
(não acontece despolarização despolarização nos
onde tem Mielina) Nódulos de Ranvier
Mielina
Axônio
Fonte: https://slideplayer.com.br/slide/3025120/
Fonte: https://www.biologianet.com/doencas/esclerose-multipla.htm
Quem você acha que é mais rápido, um canguru ou uma lesma? Pois é, a
imagem abaixo simula essa comparação do impulso nervoso percorrendo
o axônio com a bainha de mielina preservada e o axônio desmielinizado
(Figura 4).
Fonte: http://biocolesterol.blogspot.com/2011/01/bainha-de-mielina-e-esclerose-
multipla.html
Infecções Susceptibilidade
Calor
Precoces Individual (genética)
Distúrbios
Nervo Óptico
visuais
Ataxia
Cerebelo
cerebelar
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SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ
A síndrome de Guillain-Barré (SGB), conhecida como polirradiculopatia
inflamatória desmielinizante aguda, é secundária à desmielinização do
SNP, diferentemente da EM, na qual essa desmielinização ocorre no SNC.
Acomete raízes nervosas motoras e sensitivas de forma aguda, sendo
precedida por uma infecção viral, e, assim como na EM, desencadeia um
erro imune.
1. Redução de força muscular (Paralisia Flácida) simétrica e ascendente, com início nos mem-
bros inferiores.
2. Hiporreflexia (Profunda e superficial)
3. Alterações sensoriais (parestesia e hiperestesia)
Infecção
Anticorpos séricos
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ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA
Stephen Hawking foi um grande físico britânico que por anos viveu com
uma doença incapacitante que causava paralisia motora irreversível. Por
se tratar de uma pessoa célebre, a esclerose lateral amiotrófica (ELA)
ganhou visibilidade mundial e assim passou a ser mais difundida em to-
das as esferas. Vamos identificar como esta doença se manifesta e qual a
principal repercussão na funcionalidade do indivíduo (Brasil, 2020).
Fonte: https://pfarma.com.br/noticia-setor-farmaceutico/estudo-e-
pesquisa/4947-silenciador-genetico-transmitido-por-virus-e-capaz-de-inibir-
progressao-da-ela.html
Fonte: http://celulastroncors.org.br/modelo-de-celulas-tronco-revela-um-
entendimento-mais-profundo-sobre-os-neuronios-resilientes-a-als/
Espasticidade Hiporreflexia
Hiperreflexia Fasciculações
Fonte: http://nervomusculoedor.com.br/esclerose-lateral-amiotrofica-ela-
ou-doenca-dos-neuronios-motores
ELA POSSÍVEL
Sinais de NMS e NMI em apenas uma região
Fase Descrição
• Redução de FM
• Cãibras e espasmos musculares
Fase I: Inicial
• Hipotrofia muscular
• Sintomas restritos a uma região ou sintomas leves e mais de uma região
• Sintomas difundidos
Fase II: Intermediária
• Maior acometimento muscular, com paralisia
• Insuficiência respiratória
Fase IV: Terminal • Disfagia
• Cuidados paliativos
• Manter ADM
• Manter FM quando possível
• Atenção a fibras preservadas
• Manter função (independência funcional)
• Reduzir dor
• Melhor qualidade de sobrevida
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MARCHAS PATOLÓGICAS
A marcha é o tipo de locomoção humana utilizado em condições normais.
Ela é composta por padrões nos membros enquanto há a necessidade de
manter a estabilidade e postura vertical. Isso é o que conhecemos como
estabilidade dinâmica, capacidade de realizarmos movimentos e ao mes-
mo tempo mantermos a estabilidade corporal. A marcha é uma atividade
funcional complexa que envolve a participação de todos os sistemas cor-
porais e sofre influência direta do ambiente. (Perry, 2005)
Até aqui falamos sobre a marcha com biomecânica normal. Mas as pes-
soas com lesões no sistema nervoso, central ou periférico podem apre-
sentar alterações na marcha, como veremos agora. Vale lembrar que
existem duas formas de classificarmos a marcha desses pacientes com
disfunções neurofuncionais: descrevendo quais os parâmetros tempo-
roespaciais estão alterados, o que gera um maior detalhamento dessas
alterações, ou caracterizando um padrão de marcha para um determina-
do tipo de paciente. Essa é uma forma generalizada de descrever essas
alterações, mas que é muito cobrada nas provas.
Hemiparesia Espástica
Um braço flexionado imóvel e próximo ao
Espástica/Espasmódica corpo. A perna fica esticada com flexão
plantar do pé. PATOLOGIAS: Doença do
Dois membros inferiores enrijecidos e trato corticoespinhal como o AVC.
espásticos, permanecem semifletidos,
os pés se arrastam e as pernas se
cruzam quando o paciente tenta
caminhar. PATOLOGIAS: Esclerose
múltipla; Paraparesia MMII. Marcha Cerebelar ou do Ébrio
Oscilante, instável e de base larga.
Dificuldade exagerada de fazer curvas.
PATOLOGIAS: Doença do cerebelo ou dos
Escarvante tratos associados.
Arrastam os pés ou elevam-no
bem alto, com joelhos flexionados
trazendo ao chão de maneira com Marcha Anserina
que faça uma batida. PATOLOGIA: Músculos do quadril fracos. Quando o
Fraqueza nos músculos peroneal e paciente dá o passo o quadril oposto cai.
tibial anterior; Doenças no neurônio PATOLOGIA: Fraqueza dos músculos da
motor inferior. cintura pélvica, devido a distrofia muscular,
luxação de quadril.
Marcha Parkinsoniana
Passos curtos e pés arrastam o chão.
PATOLOGIA: Doença de Parkinson e
Marcha Tabética
Durante a marcha, o paciente mantém o
processos avançados de arteriosclerose
olhar fixo no chão, levanta abruptamente
cerebral.
os MMII do chão e ao serem recolocados,
os calcanhares tocam o solo pesadamente.
PATOLOGIA: Lesão do cordão posterior
da medula - perda da sensibilidade
proprioceptiva.
Fonte: https://www.slideshare.net/MosahAcioli/marcha-92570831
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LESÕES NERVOSAS PERIFÉRICAS
Antes de abordamos as lesões nervosas periféricas, precisamos lem-
brar da anatomia do nervo periférico. O sistema nervoso periférico
(SNP) é dividido em nervos espinhais, que emergem da medula espinhal,
e nervos cranianos, que partem do encéfalo, na sua maioria do tronco
encefálico. Eles podem ser classificados em nervos sensitivos, nervos
motores e os mistos.
Nervo Nervo
Sensitivo Motor
Nervo
Misto
SNC
Periferia
↓
↓
Músculo
SNC
efetor
o o
ur ur ro
o ne ine in eu
nd r
E Pe Ep
Neuropraxia
Axonotomesis
Transecção
Axonotomesis
Completa
Fase Demais
Aguda fases
• posicionamento do membro
paralisado • fortalecer a musculatura
acometida
• controle da dor neuropática
• reeducar a sensibilidade
• reeducação sensorial
• treinar função
• redução do edema
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PARALISIA FACIAL
Já parou para pensar no motivo que te faz sorrir? Estou me referindo de
forma literal, mais precisamente o mecanismo que permite que nós, seres
humanos, movimentemos os músculos faciais a fim de expressar nossas
emoções através de um sorriso. Nossos músculos faciais são inervados
pelos pares de nervos cranianos responsáveis pela sensibilidade e motri-
cidade desses músculos. O nervo facial, VII par, é diretamente ligado à
função sensitiva, motora e parassimpática.
Fonte: https://www.google.com/search?q=paralisia+facial+periferica+e+central
Fonte: http://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/1191/
paralisia_facial_periferica.htm
Fonte: https://patrieducadora2015.wordpress.com/2015/10/18/
expressoes-faciais-humanas/
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PNF E CONCEITO BOBATH
Uma técnica que se transformou em um conceito que promove um olhar
abrangente sobre o indivíduo em reabilitação e busca, através da integra-
ção do sistema motor e sensorial, obter melhores resultados funcionais.
Talvez você lendo dessa forma verá que, apesar de direcionamentos dife-
rentes, a pouca distinção nos meios de trabalho e nos objetivos, e aí então
verá que o conceito facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP ou
PNF, em inglês) e o conceito Bobath tem muito em comum.
Fonte: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1016/j.pmrj.2013.04.020
F – Facilitação.
Tornar mais fácil
N – Neuromuscular.
Envolvimento de nervos e músculos
P – Proprieceptiva.
Receptores sensitivos que fornecem informação a
respeito do movimento e posicionamento corpóreo.
Como qualquer conceito, podemos dizer que o FNP se utiliza de uma filo-
sofia para manutenção de seus ideais e elaboração do melhor tratamen-
to possível. Por exemplo, abordagem positiva é primordial para que o
terapeuta, desde o primeiro momento com o paciente, veja as suas poten-
cialidades. Ressalta-se a capacidade funcional residual do paciente, para
que assim seja criado um plano terapêutico que também desenvolverá
outras habilidades.
Ver a pessoa como um todo, de forma global, é essencial para que realize
tarefas funcionais cotidianas. Embora a questão estrutural seja trabalha-
da, também é importante salientar a complexidade e a interdependência
dos sistemas e segmentos.
Filosofia do PNF
Controle e
Abordagem Mobilização Pessoa como Abordagem
Aprendizado
Positiva Reserva um Todo Funcional
Motor
Fonte: https://www.idcpro.com.br/single-post/2017/03/20/Estilos-de-
aprendizagem-visual-auditivo-e-cinest%C3%A9sico
Fonte: http://repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/330393/1/
MoriggiJunior_Roberto_M.pdf
1. Iniciação Rítmica
2. Reversão Dinâmica
3. Combinação de Isotônicas
Técnicas aplicadas do PNF
4. Reversão de Estabilizações
5. Estabilizações Rítmicas
6. Manter/Relaxar
7. Contrair/Relaxar
8. Réplica
Fonte: http://revistapensar.com.br/saude/arquivos_up/artigos/a85.pdf
Fonte: http://www.abradimene.org.br/bobath.asp
Termos Descrição
Análise do movi-
Controle seletivo de movimento para realização de movimento coordenado.
mento funcional
Termos Descrição
Diagnóstico do
Avaliação dos parâmetros motores, perceptuais e cognitivos.
movimento
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GABARITO: Questões Comentadas
(1-5)
01 C
02 C
03 B
04 B
05 D
Questões Comentadas
06 C (6-9)
07 A
08 C
09 D
1 2 3 4 5 6 7 8 9