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ACOMPANHAMENTO ÉTICO AO PACIENTE TERMINAL

INTRODUÇÃO • Identificar precocemente a dor, abordar problemas físicos,


psicológicos e espirituais
• TERMINALIDADE: Situação clínica na qual o curso natural da
doença coloca o paciente em situação GRAVE e IRREVERSÍVEL • Não necessariamente a abordagem paliativa está apenas no
diante das condições terapêuticas disponíveis. último estágio da doença. Em qualquer etapa do curso da
patologia que necessite de intervenção para garantir a qualidade
• CUIDADOS PALIATIVOS: “Cuidados Paliativos consistem na de vida do paciente
assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que
objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente e seus • Principais doenças que estão envolvidas com paliativização:
familiares, diante de uma doença que ameace a vida, por meio da neoplasias, doenças cardiovasculares, doenças respiratórias e
prevenção e alívio do sofrimento, por meio de identificação diabetes
precoce, avaliação impecável e tratamento de dor e demais
sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais” (OMS) • De acordo com o SIM do SUS (SIM-SUS) 1,26 milhões de pessoas
(1.264.173) morreram no Brasil em 2015, sendo a principal causa
• ORTOTANÁSIA: Conduta médica tomada em quadros de as doenças cardiovasculares (349.642), seguidas por neoplasias
TERMINALIDADE que visam não prolongar a vida do indivíduo (209.780), causas externas (152.135), doenças respiratórias
artificialmente. As condutas são tomadas em prol do bem estar (149.541) e diabetes (59.641)
geral do paciente durante o seguimento natural da doença.
• No âmbito das doenças crônicas, as neoplasias têm recebido
O QUE O CEM FALA uma abordagem especial por sua alta incidência, prevalência,
trajetória da doença, alta mortalidade, aliada a uma grande carga
• No capítulo V – Relação com pacientes e familiares temos um social, emocional, institucional, bem como o consumo de grandes
artigo que discorre sobre o tema quantidades de recursos financeiros
Art. 41. Abreviar a vida do paciente, ainda que a pedido deste ou Características dos pacientes que são incluídos no serviço de
de seu representante legal. cuidados paliativos:
Parágrafo único. Nos casos de doença incurável e terminal, deve o - Sem perspectiva curativa
médico oferecer todos os cuidados paliativos disponíveis sem
empreender ações diagnósticas ou terapêuticas inúteis ou - Rápida progressão da doença e expectativa de vida limitada
obstinadas, levando sempre em consideração a vontade expressa
do paciente ou, na sua impossibilidade, a de seu representante - Intenso sofrimento
legal. - Problemas e necessidades de difícil resolução que exigem
• A Resolução do Conselho Federal de Medicina 1805/2006 sobre esforço específico, organizado e interdisciplinar
Terminalidade: A interdisciplinaridade que os cuidados paliativos exigem devem
“Na fase terminal de enfermidades graves e incuráveis é permitido estar presentes na nossa equipe multidisciplinar que deve conter:
ao médico limitar ou suspender procedimentos e tratamentos que - Um médico com formação diferenciada em cuidados paliativos
prolonguem a vida do doente, garantindo-lhe os cuidados
necessários para aliviar os sintomas que levam ao sofrimento, na - Um enfermeiro com formação diferenciada em cuidados
perspectiva de uma assistência integral, respeitada a vontade do paliativos
paciente ou de seu representante legal”.
- Apoio psiquiátrico/psicológico
• A Resolução do Conselho Federal de Medicina 1995/2012 sobre
Diretivas Antecipadas de vontade: - Apoio do fisiatra/fisioterapeuta

“Art. 1º Definir diretivas antecipadas de vontade como o conjunto - Apoio social


de desejos, prévia e expressamente manifestados pelo paciente, - Secretariado adequado
sobre cuidados e tratamentos que quer, ou não, receber no
momento em que estiver incapacitado de expressar, livre e Os objetivos da equipe multidisciplinar são:
autonomamente, sua vontade.”
- Tratar a dor e outros sintomas físicos (náuseas, vômitos, delírios,
CUIDADOS PALIATIVOS convulsões, dispneias, etc.), assim como as necessidades
emocionais, sociais e aspectos práticos dos cuidados dos
• Abordagem que visa qualidade de vida do paciente e familiares pacientes.
frente a situação de terminalidade
- Informar, comunicar e dar o apoio emocional, assegurando que o
• Atuação de equipe multiprofissional paciente seja escutado, que participe das decisões, que obtenha
• Tripé de cuidado em alívio do sofrimento sintomático, cuidado respostas claras e honestas e que possa sempre expressar os seus
espiritual e religiosidade sentimentos.

• Uma abordagem que objetiva a melhoria na qualidade de vida - Assegurar a continuidade assistencial ao longo da evolução da
da pessoa enferma e de seus familiares, ao realizar a prevenção e sua doença
o alívio do sofrimento frente a uma doença terminal - Melhorar a qualidade da atenção prestada aos pacientes em
situação terminal e aos seus familiares, promovendo uma
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resposta integral, respeitando a autonomia e os valores de cada
pessoa.

Ao abordar um paciente e seus familiares em relação a


paliatividades temos que estar preparados para as reações dos
agentes envolvidos

A avaliação da dor é um dos principais aspectos na abordagem de


cuidados paliativos:
Nossos desafios como médicos

• Desatrelar a medicina como uma prática exclusivamente


CURATIVA

• Entendimento da medicina como uma ciência que melhora a


qualidade de vida do paciente e traz alívio

• Entender que a condição clínica incurável e a morte são


realidades e estão inseridas na nossa prática como médico

• Não levar o peso ao paciente da nossa prática focada em curar.

A avaliação da espiritualidade é feita através do acrônimo FICA:

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