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Título: Cuidados Paliativos: Promovendo o Bem-Estar e a Dignidade no Final da Vida

Resumo: Este artigo discute a importância dos cuidados paliativos no contexto de


pacientes com doenças incuráveis ou em estágio avançado. Os cuidados paliativos
visam melhorar a qualidade de vida, promover o alívio dos sintomas e fornecer apoio
emocional tanto para os pacientes quanto para suas famílias. Ao abordar diferentes
aspectos dos cuidados paliativos, como a equipe multidisciplinar, o controle da dor, o
suporte psicossocial e a comunicação efetiva, este artigo destaca a relevância desses
cuidados no proporcionar conforto e dignidade aos pacientes no final da vida.

1. Introdução Os cuidados paliativos são uma abordagem holística para tratar


pacientes com doenças incuráveis ou em estágio avançado, concentrando-se no
alívio dos sintomas, no apoio emocional e na promoção da qualidade de vida.
Este artigo explora as principais características dos cuidados paliativos,
destacando sua importância para pacientes, familiares e profissionais de saúde.

Introdução

Os cuidados paliativos são uma abordagem holística e abrangente que visa


proporcionar suporte físico, emocional, social e espiritual a pacientes que
enfrentam doenças incuráveis ou em estágio avançado. Essa forma de cuidado
se concentra no alívio dos sintomas, na melhoria da qualidade de vida e no
respeito às preferências individuais dos pacientes e suas famílias.

O objetivo principal dos cuidados paliativos é fornecer conforto e dignidade aos


pacientes, independentemente do estágio da doença, promovendo um senso
de bem-estar e minimizando o sofrimento. Esse tipo de abordagem não apenas
atende às necessidades físicas, como controle da dor e gerenciamento de
sintomas, mas também oferece suporte emocional, psicossocial e espiritual,
tanto para os pacientes quanto para seus familiares.

Este artigo tem como objetivo explorar as principais características dos cuidados
paliativos e ressaltar sua importância vital para pacientes, familiares e
profissionais de saúde. Serão abordados tópicos como a equipe multidisciplinar
de cuidados paliativos, o controle da dor e sintomas, o suporte psicossocial, a
comunicação efetiva e tomada de decisões compartilhadas, bem como as
considerações éticas e culturais envolvidas nesse contexto.

A compreensão desses aspectos é fundamental para promover uma atenção


centrada no paciente, que leve em conta não apenas a dimensão física da
doença, mas também as necessidades emocionais, sociais e espirituais do
indivíduo. Além disso, essa abordagem integral busca capacitar os pacientes a
desempenharem um papel ativo em suas decisões de cuidado e a encontrar
significado e propósito mesmo diante de circunstâncias difíceis.

Por meio dessa exploração, espera-se que profissionais de saúde, cuidadores e


até mesmo a sociedade em geral tenham uma compreensão mais abrangente
dos cuidados paliativos e reconheçam sua importância para a qualidade de vida
e o bem-estar de pacientes com doenças graves ou em estágio avançado. Essa
conscientização pode contribuir para a melhoria dos serviços de saúde, a
promoção do respeito pelos direitos do paciente e a adoção de práticas de
cuidado compassivas e humanizadas.

Fontes:

1. World Health Organization (WHO). (2018). Integrating Palliative Care and


Symptom Relief into Primary Health Care: A WHO Guide for Planners,
Implementers, and Managers. Retrieved from
https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/274559/978924151446
3-eng.pdf?ua=1
2. National Hospice and Palliative Care Organization (NHPCO). (2021).
About Palliative Care. Retrieved from https://www.nhpco.org/about/

Equipe Multidisciplinar em Cuidados Paliativos A equipe multidisciplinar é um


elemento essencial nos cuidados paliativos, composta por médicos, enfermeiros,
assistentes sociais, psicólogos e outros profissionais de saúde. Este tópico aborda a
colaboração entre esses profissionais, destacando a importância da comunicação e do
trabalho em equipe para oferecer um cuidado abrangente e individualizado.
Equipe Multidisciplinar em Cuidados Paliativos

A equipe multidisciplinar desempenha um papel fundamental nos cuidados paliativos,


garantindo uma abordagem abrangente e individualizada para pacientes que enfrentam
doenças incuráveis ou em estágio avançado. Essa equipe é composta por diversos
profissionais de saúde, como médicos, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos,
terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, conselheiros espirituais e outros especialistas,
dependendo das necessidades específicas do paciente.

A colaboração e o trabalho em equipe são aspectos essenciais na prestação de cuidados


paliativos de qualidade. Cada membro da equipe multidisciplinar contribui com sua
expertise e conhecimento especializado, trazendo perspectivas únicas para a tomada de
decisões e o planejamento do cuidado. A integração desses profissionais permite uma
abordagem holística, considerando as dimensões físicas, emocionais, sociais e espirituais do
paciente.

Um dos aspectos fundamentais da equipe multidisciplinar é a comunicação efetiva. A troca


de informações entre os profissionais de saúde é essencial para uma compreensão
abrangente do paciente, suas necessidades e desejos. Através de uma comunicação clara e
aberta, os membros da equipe podem compartilhar informações relevantes, discutir opções
de tratamento e tomar decisões compartilhadas, em colaboração com o paciente e seus
familiares.

Além disso, a equipe multidisciplinar trabalha em conjunto para elaborar um plano de


cuidados personalizado e adaptado às necessidades individuais do paciente. Cada
profissional contribui com sua área de especialização, fornecendo cuidados específicos e
integrados. Por exemplo, os médicos podem gerenciar a dor e os sintomas físicos, os
enfermeiros podem oferecer cuidados diretos e monitorar o paciente, os assistentes sociais
podem ajudar na resolução de questões sociais e práticas, os psicólogos podem fornecer
suporte emocional e terapia, e assim por diante.

A equipe multidisciplinar também desempenha um papel importante no apoio aos


familiares do paciente. Eles fornecem suporte emocional, orientação prática e informações
sobre os cuidados e as necessidades do paciente. A colaboração com os familiares é
fundamental para garantir que eles se sintam envolvidos no processo de tomada de
decisões e apoiados durante todo o processo de cuidado.

É importante ressaltar que a equipe multidisciplinar não apenas trabalha em conjunto, mas
também colabora com o paciente e sua família. A abordagem centrada no paciente é a
base dos cuidados paliativos, reconhecendo que cada indivíduo tem valores, desejos e
necessidades únicas. A participação ativa do paciente e de seus familiares no planejamento
e na tomada de decisões é essencial para garantir que o cuidado seja alinhado com suas
preferências e objetivos.

Em conclusão, a equipe multidisciplinar desempenha um papel vital nos cuidados


paliativos, proporcionando uma abordagem abrangente e individualizada para pacientes
com doenças incuráveis ou em estágio avançado. A colaboração, a comunicação efetiva e o
trabalho em equipe são fundamentais para oferecer cuidados de qualidade e garantir o
bem-estar físico, emocional, social e espiritual do paciente e de seus familiares.

Fontes:

1. World Health Organization (WHO). (2018). Integrating Palliative Care and Symptom
Relief into Primary Health Care: A WHO Guide for Planners, Implementers, and
Managers. Retrieved from
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2. National Consensus Project for Quality Palliative Care. (2018). Clinical Practice
Guidelines for Quality Palliative Care (4th ed.). Retrieved from
https://www.nationalcoalitionhpc.org/ncp/
1. Controle da Dor e Sintomas O alívio da dor é uma das principais metas dos
cuidados paliativos. Este segmento explora as abordagens farmacológicas e não
farmacológicas para o controle da dor, bem como o tratamento dos sintomas
comuns, como náuseas, falta de ar e fadiga. Além disso, aborda-se a importância
de adaptar o tratamento à condição específica de cada paciente.
1. Controle da Dor e Sintomas
O controle da dor e de outros sintomas é uma das principais metas dos
cuidados paliativos. Pacientes com doenças incuráveis ou em estágio avançado
frequentemente enfrentam uma variedade de sintomas desconfortáveis, como
dor, náuseas, falta de ar, fadiga, insônia e ansiedade. O gerenciamento eficaz
desses sintomas é essencial para melhorar a qualidade de vida e proporcionar
conforto aos pacientes.

O controle da dor envolve uma abordagem abrangente que pode incluir o uso
de medicamentos, terapias não farmacológicas e intervenções
multidisciplinares. Os medicamentos analgésicos, como opioides, são
frequentemente prescritos para aliviar a dor moderada a grave. No entanto, é
importante individualizar o tratamento, ajustando as doses e escolhendo os
medicamentos apropriados de acordo com as necessidades e as respostas do
paciente.

Além dos medicamentos, várias terapias não farmacológicas podem ser


utilizadas para complementar o controle da dor. Essas terapias incluem técnicas
de relaxamento, terapia ocupacional, fisioterapia, acupuntura, musicoterapia e
massagem. Cada abordagem tem o objetivo de reduzir a dor, promover o
relaxamento e melhorar o bem-estar geral do paciente.

O controle de outros sintomas comuns também é essencial nos cuidados


paliativos. Por exemplo, náuseas e vômitos podem ser gerenciados com
medicamentos antieméticos, bem como com a modificação da dieta e a terapia
nutricional adequada. A falta de ar pode ser aliviada com o uso de
medicamentos broncodilatadores, oxigenoterapia e técnicas de respiração. A
fadiga e a insônia podem ser tratadas com estratégias de conservação de
energia, ajustes no cronograma de atividades e intervenções psicossociais. O
apoio emocional e psicológico também desempenha um papel fundamental no
controle desses sintomas.

É importante ressaltar que o controle da dor e dos sintomas não deve ser
apenas reativo, mas também proativo. Isso significa antecipar e prevenir o
aparecimento dos sintomas, ajustando as intervenções conforme necessário. A
avaliação contínua dos sintomas, a comunicação aberta entre a equipe
multidisciplinar e o paciente, juntamente com o monitoramento regular, são
fundamentais para garantir o controle efetivo dos sintomas.

Fontes:

1. World Health Organization (WHO). (2018). WHO guidelines for the


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1. Suporte Psicossocial em Cuidados Paliativos Os cuidados paliativos não se


restringem apenas ao aspecto físico da doença, mas também abordam as
necessidades psicossociais dos pacientes e seus familiares. Nesta seção, discute-
se a importância do suporte psicossocial, incluindo a terapia de aconselhamento,
grupos de apoio e atividades que visam promover o bem-estar emocional dos
envolvidos.
2. Suporte Psicossocial em Cuidados Paliativos

O suporte psicossocial é uma parte fundamental dos cuidados paliativos, pois


aborda as necessidades emocionais, sociais e psicológicas dos pacientes e de
seus familiares. Enfrentar uma doença incurável ou em estágio avançado pode
causar uma variedade de desafios emocionais, como ansiedade, medo, tristeza,
angústia e incerteza. Além disso, a família do paciente também pode passar por
um período de estresse significativo e necessitar de apoio adicional.

A equipe multidisciplinar de cuidados paliativos desempenha um papel


essencial no fornecimento de suporte psicossocial. Os psicólogos, por exemplo,
são especialistas treinados em ajudar os pacientes a lidar com questões
emocionais e psicológicas relacionadas à doença, ao fim da vida, ao luto e às
mudanças no sentido de vida. Eles fornecem aconselhamento individual ou em
grupo, permitindo que os pacientes expressem seus sentimentos,
compreendam suas emoções e desenvolvam estratégias de enfrentamento
eficazes.

Além disso, os assistentes sociais desempenham um papel importante no


suporte psicossocial, ajudando os pacientes e suas famílias a navegar pelos
aspectos práticos e sociais da doença avançada. Eles podem fornecer recursos
comunitários, orientação para questões financeiras, apoio na tomada de
decisões e auxílio no planejamento de cuidados avançados. Os assistentes
sociais também podem facilitar a comunicação entre a equipe médica, o
paciente e a família, garantindo que todas as preocupações sejam abordadas e
compreendidas.
Além da equipe multidisciplinar, o suporte psicossocial em cuidados paliativos
pode envolver outras intervenções, como terapia ocupacional, terapia artística,
grupos de apoio e a presença de capelães. Essas abordagens complementares
têm como objetivo promover a expressão criativa, a conexão com os outros e o
suporte espiritual, respeitando as crenças e valores individuais do paciente e da
família.

O suporte psicossocial não se limita apenas aos pacientes, mas também se


estende aos seus entes queridos. A família do paciente enfrenta desafios
emocionais significativos, como lidar com a perspectiva da perda, assumir
papéis de cuidador e enfrentar mudanças nos relacionamentos e nas dinâmicas
familiares. Oferecer suporte adequado e informação para a família é
fundamental para ajudá-los a enfrentar esses desafios, permitindo-lhes estar
mais bem preparados para cuidar do paciente e lidar com o luto.

É importante destacar que o suporte psicossocial em cuidados paliativos é um


processo contínuo, adaptado às necessidades e preferências individuais de cada
paciente e de sua família. A comunicação aberta, a empatia e a sensibilidade
cultural são elementos essenciais nesse contexto, garantindo que cada pessoa
receba o apoio emocional e psicológico adequado em sua jornada de cuidados
paliativos.

Fontes:

1. National Cancer Institute. (2021). Palliative Care in Cancer. Retrieved from


https://www.cancer.gov/about-cancer/advanced-cancer/care-choices/pall
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2. National Hospice and Palliative Care Organization. (2021). Psychosocial
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3. World Health Organization (WHO). (2020). WHO Definition of Palliative
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4. National Institute for Health and Care Excellence (NICE). (2019).
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https://www.nice.org.uk/guidance/qs144

2. Comunicação Efetiva e Tomada de Decisões A comunicação efetiva


desempenha um papel crucial nos cuidados paliativos, tanto na relação médico-
paciente quanto na comunicação com a família. Este segmento explora as
melhores práticas de comunicação, incluindo o compartilhamento de
informações, a tomada de decisões compartilhada e a abordagem sensível e
compassiva durante as discussões sobre prognóstico e opções de tratamento.
4. Comunicação Efetiva e Tomada de Decisões em Cuidados Paliativos
A comunicação efetiva e a tomada de decisões compartilhadas são aspectos
cruciais nos cuidados paliativos. Diante de uma doença incurável ou em estágio
avançado, é essencial que os pacientes e seus familiares estejam bem
informados, tenham a oportunidade de expressar suas preferências e participem
ativamente das decisões relacionadas ao seu cuidado.

A comunicação efetiva começa com a criação de um ambiente acolhedor e


empático, onde os pacientes e suas famílias se sintam à vontade para
compartilhar suas preocupações, medos e expectativas. Os profissionais de
saúde devem estabelecer uma relação de confiança com os pacientes,
garantindo que eles sejam ouvidos e compreendidos.

É importante que os profissionais de saúde forneçam informações claras e


precisas sobre o prognóstico, o curso da doença, as opções de tratamento
disponíveis e os objetivos dos cuidados paliativos. A linguagem utilizada deve
ser adaptada ao nível de compreensão do paciente, evitando terminologia
técnica excessiva. É essencial garantir que os pacientes e suas famílias tenham
um entendimento realista da situação e possam tomar decisões informadas.

A tomada de decisões compartilhadas é um processo colaborativo em que


pacientes, familiares e profissionais de saúde discutem e deliberam sobre as
opções de tratamento, considerando os valores, as preferências e as metas de
cuidado do paciente. Nesse contexto, é fundamental que os pacientes tenham
autonomia para expressar suas vontades e desejos, levando-se em conta sua
capacidade de compreender e participar do processo de tomada de decisão.

Os profissionais de saúde devem estar preparados para responder a perguntas,


fornecer informações sobre os riscos e benefícios dos diferentes cursos de ação
e ajudar os pacientes a refletir sobre suas escolhas. Eles devem respeitar as
decisões dos pacientes, mesmo que sejam diferentes das preferências pessoais
dos profissionais de saúde, desde que estejam dentro dos limites éticos e legais.

A comunicação efetiva e a tomada de decisões compartilhadas exigem


habilidades de escuta ativa, empatia, clareza e honestidade. Os profissionais de
saúde devem estar cientes das suas próprias crenças e preconceitos, evitando
impor suas opiniões aos pacientes. É importante reconhecer e respeitar a
diversidade cultural, os sistemas de crenças e os valores individuais, garantindo
uma abordagem centrada no paciente.

Uma comunicação aberta e efetiva também se estende à família do paciente,


envolvendo-os nas discussões e no processo de tomada de decisão. Os
familiares desempenham um papel crucial no apoio ao paciente e podem
contribuir com informações importantes sobre as preferências e valores do
paciente.
Fontes:

1. Back, A. L., et al. (2017). Building an evidence base for communication


skills training in palliative care. Journal of Pain and Symptom
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2. National Consensus Project for Quality Palliative Care. (2018). Clinical
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https://www.nationalcoalitionhpc.org/ncp/
3. American Cancer Society. (2021). Communication in Cancer Care.
Retrieved from https://www.cancer.org/treatment/treatments-and-side-
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4. National Institute for Health and Care Excellence (NICE). (2015). Care of
Dying Adults in the Last Days of Life. Retrieved from
https://www.nice.org.uk/guidance/ng31

3. Considerações Éticas e Culturais Os cuidados paliativos também levam em


consideração as necessidades éticas e culturais dos pacientes e suas famílias.
Nesta seção, aborda-se a importância de respeitar a autonomia do paciente,
considerar seus valores e crenças, e oferecer um ambiente de cuidado
culturalmente sensível.
4. Considerações Éticas e Culturais nos Cuidados Paliativos

Os cuidados paliativos são uma abordagem sensível e compassiva que leva em


consideração as considerações éticas e culturais dos pacientes e de suas
famílias. Quando lidamos com questões de doença avançada e cuidados no
final da vida, é crucial respeitar os valores, crenças e preferências individuais,
reconhecendo a diversidade cultural e ética existente.

Em um contexto de cuidados paliativos, é fundamental considerar a autonomia


do paciente. Isso implica respeitar as decisões do paciente, sua capacidade de
consentir e recusar tratamentos e a participação ativa em decisões relacionadas
ao seu cuidado. Os profissionais de saúde devem garantir que os pacientes
estejam bem informados sobre suas opções, os benefícios e riscos associados,
para que possam tomar decisões alinhadas com seus valores e desejos.

Além da autonomia, outras considerações éticas podem surgir em cuidados


paliativos, como a busca pelo benefício do paciente, a não maleficência (não
causar dano) e a justiça na distribuição dos recursos disponíveis. Esses princípios
éticos guiam a prática clínica e a tomada de decisão, garantindo que os
cuidados sejam oferecidos de forma adequada e equitativa.

No entanto, é importante reconhecer que as considerações éticas são


influenciadas pela cultura e pelos sistemas de crenças individuais. Diferentes
culturas têm perspectivas e valores únicos em relação à doença, à morte, ao
tratamento e ao cuidado. Os profissionais de saúde devem demonstrar
sensibilidade cultural, respeitando e valorizando as crenças e práticas dos
pacientes e suas famílias. Isso inclui a compreensão das necessidades religiosas
e espirituais, práticas de luto, rituais funerários e o papel da família no cuidado.

A colaboração entre a equipe multidisciplinar e a família do paciente é essencial


para abordar considerações éticas e culturais nos cuidados paliativos. Os
profissionais de saúde devem estar abertos ao diálogo, encorajando os
pacientes e suas famílias a expressarem suas preocupações, necessidades e
expectativas em relação ao cuidado. Isso permite que as decisões sejam
tomadas em conjunto, respeitando as perspectivas e os valores de todos os
envolvidos.

No contexto dos cuidados paliativos, as considerações éticas e culturais são


uma parte integral da prestação de cuidados compassivos e centrados no
paciente. Ao compreender e respeitar as diversidades éticas e culturais, os
profissionais de saúde podem fornecer um cuidado mais efetivo, personalizado
e significativo aos pacientes e suas famílias durante esse período desafiador.

Fontes:

1. World Health Organization (WHO). (2018). Integrating Palliative Care and


Symptom Relief into Primary Health Care: A WHO Guide for Planners,
Implementers, and Managers. Retrieved from
https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/274559/978924151446
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2. National Hospice and Palliative Care Organization. (2015). Cultural
Considerations When Working in Palliative Care. Retrieved from
https://www.nhpco.org/wp-content/uploads/CulturalConsiderations.pdf
3. Davis, M. P., et al. (2018). The Principles and Practice of Palliative Care and
Supportive Oncology (5th ed.). Philadelphia, PA: Lippincott Williams &
Wilkins.
4. Starks, H., & Hahn, E. J. (2017). Cultural Considerations in End-of-Life
Care. Journal of Palliative Medicine, 20(8), 872-877.

4. Conclusão Os cuidados paliativos desempenham um papel crucial no final da


vida, fornecendo conforto físico, emocional e espiritual para pacientes e seus
entes queridos. Ao adotar uma abordagem holística e multidisciplinar, os
cuidados paliativos promovem a dignidade e a qualidade de vida, permitindo que
os pacientes vivam seus últimos dias com respeito e serenidade.
Conclusão

Os cuidados paliativos desempenham um papel fundamental no atendimento


abrangente e compassivo a pacientes com doenças incuráveis ou em estágio
avançado. Este artigo explorou diversas áreas essenciais dos cuidados paliativos,
destacando sua importância para pacientes, familiares e profissionais de saúde.
Através de uma abordagem holística, os cuidados paliativos buscam aliviar os
sintomas, fornecer suporte psicossocial, facilitar a comunicação efetiva e
respeitar as considerações éticas e culturais.

A equipe multidisciplinar é uma parte central dos cuidados paliativos,


envolvendo médicos, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos e outros
profissionais de saúde. A colaboração entre esses profissionais é essencial para
fornecer um cuidado individualizado e abrangente, abordando as necessidades
físicas, emocionais, sociais e espirituais dos pacientes. A comunicação efetiva e a
tomada de decisões compartilhadas garantem que os pacientes e suas famílias
estejam bem informados e participem ativamente do seu cuidado.

O controle da dor e dos sintomas é uma prioridade nos cuidados paliativos,


visando melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Através de abordagens
farmacológicas e não farmacológicas, é possível aliviar o sofrimento e promover
o conforto físico. A equipe de cuidados paliativos trabalha em conjunto para
identificar e tratar os sintomas de forma adequada, adaptando as intervenções
conforme as necessidades individuais de cada paciente.

Além disso, o suporte psicossocial desempenha um papel crucial nos cuidados


paliativos, oferecendo apoio emocional e psicológico tanto para os pacientes
quanto para suas famílias. Através de intervenções como aconselhamento,
terapia ocupacional, terapia artística e grupos de apoio, os pacientes são
capacitados a expressar suas emoções, lidar com o luto, encontrar significado e
fortalecer sua resiliência.

As considerações éticas e culturais permeiam todos os aspectos dos cuidados


paliativos. É essencial que os profissionais de saúde respeitem as preferências,
valores e crenças dos pacientes e suas famílias, garantindo uma abordagem
personalizada e culturalmente sensível. O respeito à autonomia do paciente, a
comunicação aberta e a sensibilidade cultural são pilares fundamentais para o
fornecimento de cuidados éticos e compassivos.

Em suma, os cuidados paliativos têm como objetivo central melhorar a


qualidade de vida dos pacientes, proporcionando alívio dos sintomas, suporte
emocional e promovendo o respeito aos desejos e valores individuais. Essa
abordagem holística e multidisciplinar reconhece a importância do cuidado
físico, emocional, social e espiritual, buscando oferecer conforto e dignidade aos
pacientes e suas famílias durante a jornada de doença avançada.

Fontes:
5. World Health Organization (WHO). (2018). Integrating Palliative Care and
Symptom Relief into Primary Health Care: A WHO Guide for Planners,
Implementers, and Managers. Retrieved from
https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/274559/978924151446
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6. National Hospice and Palliative Care Organization. (2015). Cultural
Considerations When Working in Palliative Care. Retrieved from
https://www.nhpco.org/wp-content/uploads/CulturalConsiderations.pdf
7. Davis, M. P., et al. (2018). The Principles and Practice of Palliative Care and
Supportive Oncology (5th ed.). Philadelphia, PA: Lippincott Williams &
Wilkins.
8. Starks, H., & Hahn, E. J. (2017). Cultural Considerations in End-of-Life
Care. Journal of Palliative Medicine, 20(8), 872-877.
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Referências:

1. World Health Organization (WHO). (2021). Palliative Care. Retrieved from


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2. National Institute for Health and Care Excellence (NICE). (2019). End of life
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3. Center to Advance Palliative Care (CAPC). (2021). What is Palliative Care?
Retrieved from https://www.capc.org/about/palliative-care/
4. National Hospice and Palliative Care Organization (NHPCO). (2021). What Are
Palliative Care and Hospice Care? Retrieved from
https://www.nhpco.org/about/hospice-care/
5. Ferrell, B. R., et al. (2017). Palliative nursing: Scope and standards of practice.
Oncology Nursing Forum, 44(4), 464-467.
6. Quill, T. E., & Abernethy, A. P. (2013). Generalist plus specialist palliative care
—creating a more sustainable model. New England Journal of Medicine,
368(13), 1173-1175.

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