Você está na página 1de 22

Próteses e Órteses

Conceitos e Aplicações no Cuidado de Enfermagem

Enfermagem Clínica Professor: Marcelo Augusto


Próteses e Órteses são dispositivos que auxiliam as pessoas a recuperarem a sua autonomia e
mobilidade. E apesar de apresentarem uma certa semelhança na maneira de falar, cada um tem
uma funcionalidade diferente.

Prótese é um dispositivo acoplado ao corpo humano para substituir a ausência de uma parte do corpo:

MMSSII;

Dentaduras;

Oculares;

Auditivas;

Enfermagem Clínica Professor: Marcelo Augusto


Externa ou não implantada:

Enfermagem Clínica Professor: Marcelo Augusto


Próteses de Membros Inferiores

Andar é uma atividade inerente ao homem, que lhe dá


autonomia para a vida diária, mas o comprometimento dos membros inferiores dificulta
esta atividade, cerceando muitas vezes o seu direito de ir e vir em condições normais5 .
A confecção de próteses de membros inferiores tem como objetivo devolver um pouco dessa autonomia.

Um paciente que seja amputado de membro inferior e que


consegue se locomover com andador ou muletas, geralmente
possui equilíbrio, força e reserva cardiovascular suficientes para
andar com a prótese. A função das próteses de membros
inferiores é adquirida de maneira satisfatória, tanto na
complementação do membro de sustentação do peso corporal,
quanto na marcha. Para prescrever uma prótese de membro
inferior se deve equilibrar a necessidade individual de
estabilidade, segurança, mobilidade, durabilidade e estética.

Enfermagem Clínica Professor: Marcelo Augusto


De maneira objetiva, na avaliação do tipo de prótese alguns fatores devem ser
considerados, como:
• Condições clínicas,
• Idade,
• Nível de atividade física,
• Peso,
• Estatura,
• Atividade profissional e fatores ambientais que influenciem na manutenção e conservação
do equipamento.

Além dessas informações também devem ser descritos de forma


detalhada o tipo de encaixe, o mecanismo de suspensão, os componentes apropriados para articulação e o tipo de pé.

Enfermagem Clínica Professor: Marcelo Augusto


Próteses de Membros Superiores

As próteses de membro superior têm menor demanda quando comparadas às de


membro inferior. A indicação de uso dessas próteses é para amputações traumáticas ou
congênitas.

São classificadas de acordo com sua funcionalidade, confecção e o tipo de fonte que é usada para o seu funcionamento:

a) Prótese estética ou passiva: esse tipo de prótese não prioriza a função do movimento, tendo como objetivo apenas
restabelecer a morfologia do membro amputado. Normalmente são confeccionadas com material maleável de alumínio, sendo
uma prótese leve e de fácil manejo. Podem ser usadas em qualquer nível de amputação.

Enfermagem Clínica Professor: Marcelo Augusto


b) Prótese ativa: é acionada pelo próprio paciente, tendo seus movimentos iniciados a partir
da ação dos músculos do coto e da articulação, através da tração de tirantes (tiras de
fixação da prótese). Elas são prescritas para todos os níveis de amputação do membro
superior, com exceção das amputações parciais da mão. Quanto mais alto o nível de
amputação, mais difícil será o controle da prótese pelo tirante.

Enfermagem Clínica Professor: Marcelo Augusto


c) Prótese mioelétrica: os movimentos são ativados por meio de uma fonte de energia
externa e sistemas de eletrodos conectados à pele que detectam as contrações da
musculatura do coto por meio de estímulos elétricos que amplificam e enviam para o
processador que proporciona o movimento de abrir e fechar a mão. É indicada para todos
os níveis de amputação de membro superior, desde o nível do punho até o ombro. Para usar essa prótese, o paciente precisa ter
controle da contração muscular do coto.
d) Próteses híbridas: tem indicação para amputação acima do cotovelo, é formado por
um sistema de articulação de cotovelo mecânico que é acionado pela tração de tirantes
em combinação com a mão mioelétrica e uma fonte externa de energia.
Próteses Dentárias

As próteses dentárias são dispositivos indicados para quem perdeu um, alguns ou todos os dentes, e têm por objetivo devolver
qualidade de mastigação, fala e estética ao paciente. Podem ser fixas na boca do paciente ou removíveis para higienização fora
dela.

Tipos de próteses dentárias


• As próteses fixas (parciais ou totais);
• De um elemento (coroa unitária);
• Vários elementos (prótese parcial fixa - PPF - também chamada ponte fixa);
• Em todos os dentes (Prótese Protocolo)

Enfermagem Clínica Professor: Marcelo Augusto


Prótese parcial fixa sobre dentes Protocolo dentário superior

Prótese parcial fixa sobre implante Prótese (coroa) unitária sobre implante.

Enfermagem Clínica Professor: Marcelo Augusto


Outras próteses mais comuns:

Próteses Oculares:

Definição:
As próteses oculares, também conhecidas como olhos artificiais ou globos oculares, são dispositivos personalizados utilizados
para substituir um olho perdido ou danificado.

Características:
São feitas de materiais biocompatíveis, como acrílico ou vidro.
São projetadas para se assemelharem ao olho natural em termos de cor, forma e movimentação.
Podem ser fixas ou removíveis, dependendo das necessidades do paciente.

Finalidades:
Restaurar a aparência estética do paciente.
Prevenir o colapso da cavidade ocular.
Melhorar o conforto e a função do paciente, permitindo o movimento do olho artificial.

Enfermagem Clínica Professor: Marcelo Augusto


Próteses Auditivas:

Definição:
As próteses auditivas, conhecidas como aparelhos auditivos, são dispositivos eletrônicos que amplificam o som e auxiliam
pessoas com perda auditiva.

Características:
São compostas por um microfone, um amplificador e um alto-falante.
Podem ser analógicas ou digitais, com recursos avançados de processamento de som.
Existem diferentes estilos e tamanhos, como modelos retroauriculares, intracanais ou intra-auriculares.

Finalidades:
Amplificar o som e melhorar a audição de pessoas com perda auditiva.
Aumentar a qualidade de vida, facilitando a comunicação e a interação social.
Adaptar-se às necessidades individuais, permitindo ajustes personalizados.

Enfermagem Clínica Professor: Marcelo Augusto


Órteses são aparelhos de uso provisório que permitem alinhar, corrigir ou regular uma parte
do corpo. Auxiliam nas funções de um membro, órgão ou tecido para evitar deformidade
e compensar insuficiências funcionais que foram causadas por acidentes ou problemas de
saúde. O objetivo é dar assistência mecânica ou ortopédica ao paciente. Até o óculos de grau é considerado uma órtese!

Em geral, as órteses são indicadas com a finalidade de:

Imobilizar uma articulação ou um segmento corporal;


Limitar movimentos indesejados;
Controlar a motricidade;
Auxiliar no movimento;
Reduzir a força da sustentação de peso;
Prevenir deformidades;
Reduzir a dor causada pelo imobilismo

Enfermagem Clínica Professor: Marcelo Augusto


Tipos de órteses

Elas podem ser:

•Externas — Bengalas, muletas, colares cervicais, andadores, coletes, aparelhos auditivos, lentes de contato, aparelhos
ortodônticos, palmilhas ortopédicas, joelheiras, munhequeiras.

Enfermagem Clínica Professor: Marcelo Augusto


•Internas — Marca-passo, instrumentos para estabilizar a coluna, bombas de infusão.

Enfermagem Clínica Professor: Marcelo Augusto


•Órtese Dinâmica: são frequentemente confundidas com próteses. Elas permitem a
mobilidade controlada de articulações específicas através da aplicação de tração,
que atua guiando o movimento e restringindo algumas ações. Como é o caso da órtese
Magic arms, feita por impressão em 3D, que dá suporte ao movimento dos membros superiores por meio da tração por
elásticos.

Enfermagem Clínica Professor: Marcelo Augusto


A enfermagem desempenha um papel fundamental no cuidado de pacientes que utilizam próteses
e órteses. A importância da enfermagem nesse contexto está relacionada a diversos aspectos,
tais como:

1.Avaliação e monitoramento: Os profissionais de enfermagem têm um papel crucial na avaliação inicial e no monitoramento
contínuo do paciente que utiliza próteses e órteses. Isso inclui a avaliação da adaptação do paciente ao dispositivo, a verificação
de possíveis complicações, a identificação de sinais de infecção ou desconforto, bem como a avaliação da funcionalidade e
eficácia da prótese ou órtese.

Enfermagem Clínica Professor: Marcelo Augusto


2.Educação e orientação: A enfermagem desempenha um papel importante ao educar e orientar o
paciente sobre o uso correto da prótese ou órtese. Isso inclui instruções sobre como colocar e
remover o dispositivo, cuidados de higiene, limpeza e manutenção adequadas, assim como
informações sobre os sinais de alerta e ações a serem tomadas em caso de problemas ou
complicações.

Enfermagem Clínica Professor: Marcelo Augusto


3.Assistência na adaptação: A utilização de próteses e órteses pode representar um desafio físico e
emocional para o paciente. A enfermagem desempenha um papel de suporte e assistência durante
o processo de adaptação do paciente ao dispositivo. Isso inclui o fornecimento de apoio
psicossocial, encorajamento e incentivo, além de orientar o paciente sobre estratégias para lidar
com as dificuldades e promover a independência.

Enfermagem Clínica Professor: Marcelo Augusto


4.Prevenção de complicações: A enfermagem desempenha um papel essencial na prevenção de
complicações associadas ao uso de próteses e órteses. Isso inclui a orientação sobre os cuidados
adequados para evitar infecções, a identificação precoce de possíveis problemas, a promoção da
circulação sanguínea adequada, a prevenção de úlceras de pressão e a promoção de um ambiente seguro para o uso dos
dispositivos.

5.Coordenação do cuidado: A enfermagem desempenha um papel de coordenação entre a equipe multidisciplinar envolvida no
cuidado do paciente com próteses e órteses. Isso inclui a comunicação e o compartilhamento de informações entre os profissionais
de saúde, a coordenação de consultas e exames, assim como o acompanhamento do plano de cuidados do paciente.

Enfermagem Clínica Professor: Marcelo Augusto


Bons Estudos...

Enfermagem Clínica Professor: Marcelo Augusto

Você também pode gostar