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METABÓLICA
LIDIANA SOUSA CASTRO
TERAPIA NUTRICIONAL NA
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
CRÔNICA
ANATOMIA DO CORAÇÃO
DÉBITO CARDÍACO
• Débito cardíaco: é a quantidade de sangue
que coração bombeia por minuto.
Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda, 2018 . Sociedade Brasileira de Cardiologia
CLASSIFICAÇÃO DA IC
• Classificação de acordo com a gravidade dos
sintomas
Cupari 2009
ETIOLOGIA DA INSUFICIÊNCIA
CARDÍACA
Dislipidemias
• A redução dos níveis de LDL-c leva à queda no risco
cardiovascular e à menor mortalidade por doença
aterosclerótica na população geral
Diabetes melito
• O diabetes melito é sabidamente um fator de risco para IC,
independentemente da presença de DAC.
• Embora a relação entre glicemia e IC seja incerta, a
incidência de IC é duas a quatro vezes maior em diabéticos.
Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda, 2018 . Sociedade Brasileira de Cardiologia
COMORBIDADES NA INSUFICIÊNCIA
CARDÍACA
Obesidade
• O excesso de peso está associado a alterações hemodinâmica e
anatômica do sistema cardiovascular.
• “Paradoxo da obesidade" nos pacientes com IC. IMC entre 30 e
35 kg/m2em pacientes com IC se associam paradoxalmente
com menor mortalidade e taxas de hospitalização quando
comparados aos pacientes com IMC considerados normais.
Caquexia
• A caquexia diagnosticada como perda de peso não edematoso
involuntária, ≥ 6% do peso corporal total nos últimos 6 a 12
meses ocorre em cerca de 5 a 15% dos pacientes com IC, e é
fator de mau prognóstico.
Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda, 2018 . Sociedade Brasileira de Cardiologia
COMORBIDADES NA INSUFICIÊNCIA
CARDÍACA
Doenças da tireoide
Doença renal
Deficiência de ferro
• Metade dos pacientes com IC têm deficiência de ferro que, nessa
população específica.
• A deficiência de ferro, mesmo sem anemia, está associada a prognóstico
pior.
Anemia
• A anemia está presente em aproximadamente um terço dos pacientes
com IC e também é associada a pior prognóstico.
Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda, 2018 . Sociedade Brasileira de Cardiologia
COMORBIDADES NA INSUFICIÊNCIA
CARDÍACA
DEPRESSÃO
Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda, 2018 . Sociedade Brasileira de Cardiologia
SINAIS E SINTOMAS DA ICC
HEPATOMEGALIA
↑TGO e TGP
Confusão, dificuldade de
concentração, cefaléia,
insônia e ansiedade
Dan 2017
CAUSAS DA CAQUEXIA CARDÍACA
Anormalidade do TGI
• Edema de mucosa
• Pode ser responsável pela presença de náuseas, má absorção de lipídios,
sensação de plenitude gástrica e de perdas proteicas (Gastroenteropatia
perdedora de proteína)
• Constipação intestinal – sensação de empachamento
• A distância entre a parede do capilar leva a piora da nutrição
do enterócito e a má absorção intestinal e translocação
bacteriana
• LPS da parede das bacterias são indutores de TNF e outras
substâncias pro inflamatórias – ativação inflamatória
sistêmica
Dan 2017
CAUSAS DA CAQUEXIA CARDÍACA
ANDRADE & LAMEU. Caquexia cardíaca. Revista da SOCERJ - Mai/Jun 2005; CUPPARI, 2009
CONSEQUÊNCIAS DA CAQUEXIA
CARDÍACA
• alterações cardíacas,
• anormalidades função respiratória,
• redução da massa muscular e óssea,
• predisposição para úlcera de pressão em acamados,
• Diuréticos ↓Mg
• Sinais: fadiga muscular, arritmias, redução da
HIPOMAGNESEMIA contratilidade cardíaca, disfunção ventricular,
aumento da resistência periférica.
(Cuppari, 2009
TRATAMENTO NUTRICIONAL
HIPOALIMENTAÇÃO HIPERALIMENTAÇÃO
• Auxilia na • Aumenta a produção de
CO2 (piora da dispneia)
depleção tecidual
• Hiperinsulinemia
• Prejudica o (↑retenção de Na e
sistema H2O)
imunológico. • Aumenta o acúmulo de
gordura nos órgãos
• Altera a secreção de
alguns hormônios.
(Cuppari, 2009)
TRATAMENTO NUTRICIONAL
• Módulos de nutrientes
• Suplementos especializados
• Aumento do percentual de gordura da dieta
(Dan, 2017; Cuppari, 2009; Ginani, 2007)
TRATAMENTO NUTRICIONAL
Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda, 2018 . Sociedade Brasileira de Cardiologia
TRATAMENTO NUTRICIONAL
“PARADOXO DA OBESIDADE” NOS PACIENTES
COM IC
• IMC entre 30 e 35 kg/m2 associa-se
paradoxalmente com menor mortalidade e taxas
de hospitalização quando comparado a IMC
considerados normais (entre 20 e 25 kg/m2).
RESTRIÇÃO HÍDRICA
• Estudos revelam que a ingesta liberal de fluidos não
exerceu efeito desfavorável sobre hospitalizações ou
mortalidade nos pacientes com IC.
Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda, 2018 . Sociedade Brasileira de Cardiologia
RECOMENDAÇÃO DE RESTRIÇÃO HÍDRICA
• Com base nas evidências disponíveis, não é possível
estabelecermos recomendações específicas e detalhadas sobre
o emprego de restrição hídrica em pacientes com IC crônica.
(DIRETRIZ IC, 2018)
(Cuppari, 2009)
TRATAMENTO NUTRICIONAL
BEBIDAS ALCOÓLICAS
• Pacientes com miocardiopatia dilatada de origem
alcoólica devem ser aconselhados a se absterem
completamente do uso de bebidas alcoólicas.
• Naqueles que não conseguem abstinência
completa, a redução na ingesta pode trazer
benefícios parciais.
Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda, 2018 . Sociedade Brasileira de Cardiologia
0BJETIVOS DA TERAPIA NUTRICIONAL
HIPOXEMIA/HIPERCAPNIA
COR
HIPERTENSÃO PULMONAR PULMONALE
(ICD)
DIAGNÓSTICO
Composição corporal
BIOIMPEDÂNCIA
Proteínas séricas: transferrina, pré albumina,
DOSAGENS BIOQUIMICAS albumina e proteína transportadora de retinol
CTL – avaliação da competência imunológica
ICA – índice creatinina altura (avaliação da
diminuição da massa corporal magra)
Dan, 2017
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
CARBOIDRATOS - 50 a 60%
• Quando uma quantidade adequada de glicose é
utilizada, a relação CO2 produzido/O2 consumido
(quociente respiratório) apresenta o valor de 1.
• A oferta aumentada de CHO será metabolizada
em gordura, gerando para essa reação maior
quantidade de CO2, tornando o quociente
respiratório maior que 1.
• Para excretar esse excesso de CO2 é necessário
aumentar a frequência respiratória, difícil para um
paciente com DPOC.
Dan, 2017
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
Lipídeos - 25 a 30%
• A administração excessiva pode causar
diminuição na capacidade de difusão
pulmonar.
Vitaminas e minerais
Dan, 2017
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
7ª DIRETRIZ BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL. Sociedade Brasileira de Cardiologia • ISSN-0066-782X • Volume 107, Nº 3, Supl. 3, Setembro
2016
CLASSIFICAÇÃO
7ª DIRETRIZ BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL. Sociedade Brasileira de Cardiologia • ISSN-0066-782X • Volume 107, Nº 3, Supl. 3, Setembro
2016
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA
PRIMÁRIA OU
ESSENCIAL SECUNDÁRIA
• 90% a 95% dos casos • 5% a 10% dos casos
Idade
• Há uma associação direta e linear entre envelhecimento e prevalência de
HA, relacionada ao:
• aumento da expectativa de vida da população brasileira, atualmente 74,9
anos;
• aumento na população de idosos ≥ 60 anos na última década (2000 a
2010), de 6,7% para 10,8%.
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Setembro 2016
FATORES DE RISCO
Ingestão de sal
O consumo excessivo de sódio, um dos principais FR para HA,
associa-se a eventos CV e renais.
• No Brasil, dados da POF, obtidos em 55.970 domicílios, mostraram disponibilidade
domiciliar de 4,7 g de sódio/pessoa/dia (ajustado para consumo de 2.000 Kcal),
excedendo em mais de duas vezes o consumo máximo recomendado (2 g/dia).
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Setembro 2016
FATORES DE RISCO
Ingestão de álcool
• Consumo crônico e elevado de bebidas alcoólicas
aumenta a PA de forma consistente.
• Meta-análise de 2012, incluindo 16 estudos com
33.904 homens e 19.372 mulheres comparou a
intensidade de consumo entre abstêmios e bebedores.
• Em mulheres, houve efeito protetor com dose inferior
a 10g de álcool/dia e risco de HA com consumo de 30-
40g de álcool/dia. Em homens, o risco aumentado de
HA tornou-se consistente a partir de 31g de
álcool/dia.
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Setembro 2016
FATORES DE RISCO
Sedentarismo
• Dados da PNS apontam que indivíduos insuficientemente ativos
(adultos que não atingiram pelo menos 150 minutos semanais
de atividade física considerando o lazer, o trabalho e o
deslocamento) representaram 46,0% dos adultos, sendo o
percentual significantemente maior entre as mulheres (51,5%).
Fatores socioeconômicos
• Adultos com menor nível de escolaridade (sem instrução ou
fundamental incompleto) apresentaram a maior prevalência de
HA autorreferida (31,1%). A proporção diminuiu naqueles que
completam o ensino fundamental (16,7%), mas, em relação às
pessoas com superior completo, o índice foi 18,2%.
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Setembro 2016
COMPLICAÇÕES DA HAS
-Doença cerebrovascular
-Doença arterial coronária
-Insuficiência cardíaca
-Insuficiência renal crônica
-Doença vascular de
extremidades
TRATAMENTO NÃO MEDICAMENTOSO
7ª DIRETRIZ BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL. Sociedade Brasileira de Cardiologia • ISSN-0066-782X • Volume 107, Nº 3, Supl. 3,
Setembro 2016
TRATAMENTO NÃO MEDICAMENTOSO
Dieta DASH (Dietary • enfatiza o consumo de frutas, hortaliças e laticínios com baixo
Approaches to Stop teor de gordura; inclui a ingestão de cereais integrais, frango,
Hypertension) - a adoção peixe e frutas oleaginosas; preconiza a redução da ingestão de
desse padrão alimentar carne vermelha, doces e bebidas com açúcar. Ela é ↑ K, Ca,
Mg e fibras e ↓colesterol, gordura total e saturada.
reduz a PA.
Dieta do Mediterrâneo -
apesar da limitação de • rica em frutas, hortaliças e cerais integrais, porém possui
quantidades generosas de azeite de oliva (fonte de gorduras
estudos, a adoção dessa monoinsaturadas) e inclui o consumo de peixes e oleaginosas,
dieta parece ter efeito além da ingestão moderada de vinho.
hipotensor.
7ª DIRETRIZ BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL. Sociedade Brasileira de Cardiologia • ISSN-0066-782X • Volume 107, Nº 3, Supl. 3,
Setembro 2016
TRATAMENTO NÃO MEDICAMENTOSO
DIETADASH
Ela é usadatanto para prevençãoquantopara controle da HAS.
Características do Plano alimentar DASHem relação aos grupos de
alimentos, números de porções diáriase nutrientes-fonte
Grupo dealimentos Porções Principalnutriente
Cereais egrãos 7 a8/dia Energia eFibra
Hortaliças 4 a5/dia K, Mg,Fibra
Frutas 4 a5/dia K, Mg,Fibra
Laticíniossemou compoucagordura 2 a3/dia CaePTN
Carnes 2oumenos/dia PTNeMg
Sementes,nozese leguminosas 4 a5/dia Energia,Mg, K,PTNefibra
Gorduras eóleos 2 a3/dia Energia
Doces 5/semanaou Energia
menos
Sódio( 2 recomendações) 2.300mg ou 1500mg(paradiminuir+aPA)
Fibras
• A ingestão de fibras promove discreta diminuição da PA, destacando-
se o beta glucano proveniente da aveia e da cevada.
• Solúveis: farelo de aveia, pectina (frutas) e pelas gomas (aveia, cevada
e leguminosas: feijão, grão-de-bico, lentilha e ervilha)
• Insolúveis: celulose (trigo), hemicelulose (grãos) e lignina (hortaliças).
Oleaginosas
• O consumo auxilia no controle de vários FRCV, mas poucos estudos
relacionam esse consumo com a diminuição da PA.
Alho
• Discreta diminuição da PA tem sido relatada com a suplementação de
várias formas do alho.
• O alho possui alicina (encontrada no alho cru) e a s-alil-cisteína
(encontrada no alho processado).
7ª DIRETRIZ BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL. Sociedade Brasileira de Cardiologia • ISSN-0066-782X • Volume 107, Nº 3, Supl. 3,
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TRATAMENTO NÃO MEDICAMENTOSO
Laticínios
• Existem evidências que a ingestão de laticínios, em especial os
com baixo teor de gordura, reduz a PA. O leite contém cálcio,
potássio e peptídeos bioativos que podem diminuir a PA.
Vitamina D
• Em alguns estudos, níveis séricos baixos de vitamina D se
associaram com maior incidência de HA. Entretanto, em estudos
com suplementação dessa vitamina, não se observou redução
da PA.
Chocolate amargo
• O chocolate com pelo menos 70% de cacau pode promover
discreta redução da PA, devido às altas concentrações de
polifenóis.
7ª DIRETRIZ BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL. Sociedade Brasileira de Cardiologia • ISSN-0066-782X • Volume 107, Nº 3, Supl. 3,
Setembro 2016
TRATAMENTO NÃO MEDICAMENTOSO
Café
• Possui cafeína, substância com efeito pressor agudo e polifenóis que podem
favorecer a redução da PA. Estudos sugerem que o consumo de café em
doses habituais não está associado com maior incidência de HA nem com
elevação da PA. Recomenda-se que o consumo não exceda quantidades
baixas a moderadas.
Chá verde
• Rico em polifenóis, em especial as catequinas e possui cafeína. Ainda não há
consenso, mas alguns estudos sugerem que possa reduzir a PA quando
consumido em doses baixas, pois doses elevadas contêm maior teor de
cafeína e podem elevar a PA. Recomenda-se o consumo em doses baixas.
Álcool
• O consumo de álcool eleva a PA de forma linear e o consumo excessivo
associa-se com aumento na incidência de HA. Estima-se que um aumento de
10 g/dia na ingestão de álcool eleve a PA em 1 mmHg, sendo que a
diminuição nesse consumo reduz a PA. Recomenda-se moderação no
consumo de álcool.
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Setembro 2016
TRATAMENTO NÃO MEDICAMENTOSO
Atividade física
• A prática regular pode ser benéfica tanto na prevenção quanto no tratamento da
HA, reduzindo ainda a morbimortalidade CV. Indivíduos ativos apresentam risco
30% menor de desenvolver HA que os sedentários, e o aumento da atividade
física diária reduz a PA.
Exercícios aeróbicos
• O treinamento aeróbico reduz a PA casual de pré-hipertensos e hipertensos. Ele
também reduz a PA de vigília de hipertensos e diminui a PA em situações de
estresse físico, mental e psicológico. O treinamento aeróbico é recomendado
como forma preferencial de exercício para a prevenção e o tratamento da HA.
Exercícios resistidos dinâmicos e estáticos
• O treinamento resistido dinâmico ou isotônico (contração de segmentos corporais
localizados com movimento articular) reduz a PA de pré-hipertensos, mas não
tem efeito em hipertensos
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Setembro 2016
TRATAMENTO NÃO MEDICAMENTOSO
Cessação do tabagismo
• O hábito de fumar é apontado como fator negativo no controle de
hipertensos. No entanto, não há evidências que a cessação do tabagismo
reduza a PA.
Respiração lenta
• A respiração lenta ou guiada requer a redução da frequência respiratória para
menos de 6 a 10 respirações/ minuto durante 15-20 minutos/dia para
promover redução na PA casual
Controle do estresse
• Estudos apontam a importância das psicoterapias comportamentais e das
práticas de técnicas de meditação,biofeedback e relaxamento no tratamento
da HA. Apesar de incoerências metodológicas, as indicações clínicas revelam
forte tendência de redução da PA quando essas técnicas são realizadas
separadamente ou em conjunto.
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Setembro 2016
SÍNDROME METABÓLICA
A Síndrome Metabólica é um transtorno complexo representado
por um conjunto de fatores de risco cardiovascular usualmente
relacionados à deposição central de gordura e à resistência à
insulina.
Apesar de não
fazerem parte dos • síndrome de ovários policísticos,
critérios diagnósticos, acanthosis nigricans, doença hepática
várias condições gordurosa não-alcoólica,
clínicas e microalbuminúria, estados pró-
fisiopatológicas estão trombóticos, estadospró-inflamatórios
frequentemente a ela e de disfunção endotelial e
associadas, tais hiperuricemia15
como:
Circunferência abdominal
FATOR DE RISCO: 3 OU MAIS Homens≥94cm
Mulheres≥80cm
Glicose≥100mg/dl
SÍNDROME
METABÓLICA TG≥ 150 mg/dl
HDL-c
Homens<40mg/dl
Mulheres<50mg/dl Pressão arterial
≥130/≥85mmHg ou
em tratamento para
HAS
IV Diretriz Brasileira sobre Dislipidemias e Prevenção
da Aterosclerose Abril 2007
RESISTÊNCIA A INSULINA
HIPERINSULINEMIA
Deposição de
Obesidade central
gordura abdominal
Dislipidemia Dislipidemia
Produção e VLDL, LDL
degradação + LLP e TG no
de HDL plasma
Hiperuricemia
HIPERINSULINEMIA Gota
Urolitíase
DCV
Retenção renal
de Na
Apoptose de
Disfunção
Células beta
Hipertensão Endotelial
(vasoconstrição)
HAS
Diabetes Hiperglicemia
(DM tipo 2)
PLANO ALIMENTAR SM
Tratamento não medicamentoso
• A realização de um plano alimentar para redução de peso
associado a atividade física são considerados terapias de
primeira escolha para o tratamento de pacientes com
síndrome metabólica.
– circunferência abdominal e gordura visceral,
melhora da RI, glicose, prevenindo DM tipo 2, PA e
TG e HDL
Fibras: 20 a 30g/dia
Etanol:
• 30g por dia para sexo masculino e metade para o feminino
Sal
• Limitado a 6g/dia
• Não utilizar condimentos industrializados e embutidos
I Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento da Síndrome Metabólica, 2005
Tratamento Nutricional
Proteínas
• 0,8 a 1,0gptn/Kg peso/ dia
• Embora dieta hiperprotéicas e hipoglicídias demonstrem perda de peso a curto
prazo, seus efeitos a longo prazo são prejudiciais.
Lipídeos
• TG e HDL: preferência por ácidos graxos monoinsaturados e de CHO, pois o
de gordura levaria ao ganho de peso.
• <15% de gordura é prejudicial:HDL, níveis de glicose, TG e insulina
• W3: melhora hipertrigliceridemia grave em pacientes com DM tipo 2
• Gordura trans: LDL, TG e HDL
Vitaminas e minerais
• 2 a 4 porções de frutas
• Pelo menos 1 rica em vit C
• 3 a 5 porções de hortaliças cruas e cozidas