AVE isquêmico •Causa indeterminada de acidente vascular encefálico: A etiologia de até 40% dos casos de AVE permanece criptogênica, ou seja, É um episódio de disfunção neurológica resultante de indeterminada. falta de oxigênio, causada por oclusão vascular que • Outras causas de acidentes vascular encefálico: culmina em infarto focal no cérebro, na medula espinhal As causas restantes de AVE ocorrem por um ou na retina sem um território vascular específico, processo mórbido específico que apresenta causando falta de oxigênio. correlação temporal ou associação com o AVE, Fisiopatologia a exemplo de distúrbios hematológicos, • Redução do fluxo sanguíneo cerebral doenças infecciosas, distúrbios genéticos, o Zona Central Isquêmica: Ocorre doença intrínseca da parede arterial e etc. redução do FSC (fluxo sanguíneo Quadro clínico cerebral). A sintomatologia relaciona-se com a área afetada pela o Penumbra Isquêmica: Localiza-se em isquemia, podendo apresentar-se por meio de: volta da área de Zona Central • Hemiplegia Isquêmica e caracteriza-se por ser uma região onde o FSC situa-se entre os • Hemiparesia limiares de falência elétrica e de • Vertigem membrana. • Cefaleia Fatores de Risco • Disfagia • Modificáveis: • Ataxia o Hipertensão Arterial Sistêmica • Afasia o Diabetes Mellitus • Distúrbios visuais o Dieta/Exercícios físicos • Alterações de memória o Obesidade Diagnóstico o Dislipidemia • Exames básicos aplicáveis em todos os o Tabagismo pacientes em fase aguda de AVEi: o Doenças cardíacas o Hemograma • Não modificáveis: o Ureia o Idade o Creatinina o Sexo o Glicemia o Raça o Eletrólitos o Fatores Genéticos o Coagulograma Etiologia o Eletrocardiograma • Aterosclerose de grandes artérias: Ocorre por o TC de crânio sem contraste mecanismo de hipoperfusão através de uma o NIHSS região de estenose crítica, ou por ruptura da Manejo clínico placa aterosclerótica levando à formação de • Medidas de suporte trombo. • Monitorização de funções vitais • Acidente vascular encefálico cardioembólico: • Tratamento Trombolítico: Utiliza-se o rt-PA Inclui todos os episódios de AVE causados por (alteplase), que deve ser administrado em uma tromboembolia secundária a um evento janela terapêutica de até 4 horas e meia, sendo cardíaco. que quanto antes, melhores resultados. • Infarto de pequenos vasos: Resultam do Recomenda-se o uso de 0,9mg/kg, sendo 10% bloqueio de pequenas artérias perfurantes em bolus e o restante em 60 minutos mediante oriundas da artéria cerebral média, das artérias bomba de infusão. cerebral posterior ou comunicantes posteriores e da artéria basilar. 1 Mariana Freitas 7º semestre
• Tratamento Profilático: A profilaxia secundária PIC abaixo de 20mmHg e a PPC acima de 70
tem como pilares o controle de seus inúmeros mmHg. fatores de risco modificáveis. • Apoio clínico: Deve-se manter a normotermia. Hemorragia Intracerebral • Tratamento cirúrgico: Com frequência, a consideração mais urgente relativa ao É definida como um sangramento espontâneo agudo no tratamento da HIC é a indicação de evacuação parênquima encefálico. É causada por degeneração cirúrgica ou instituição de dreno ventricular em microscópica de pequenas artérias encefálicas, carácter de emergência. decorrente de hipertensão crônica e mal controlada ou angiopatia amiloide. Hemorragia Subaracnoidea Fisiopatologia É o extravasamento de sangue para o interior do espaço A ruptura arterial abrupta acarreta o rápido acúmulo de subaracnóideo, causado pela ruptura da parede das sangue no parênquima encefálico e aumento da pressão artérias e/ou veias cerebrais que se situam nesse tecidual local, seguidos por início abrupto de espaço banhado pelo líquido cefalorraquidiano (LCR). cisalhamento e destruição física. Além do relativo efeito Etiologia expansivo, o próprio hematoma induz três alterações São causas hemorragia subaracnóidea são: fisiológicas iniciais no tecido encefálico adjacente: • Aneurisma cerebral • Morte neuronal e de células gliais por apoptose • Traumatismo e inflamação • HSA perimesencefálica idiopática • Edema vasogênico • Malformação arteriovenosa • Ruptura da barreira hematoencefálica • Dissecção arterial intracraniana Quadro clínico • Uso de cocaína e anfetamina • Evolução progressiva • Doença falciforme • Vômitos • Distúrbios de coagulação • Cefaleia • Neoplasia primária ou metastática • Hemiparesia • Vasculite do sistema nervoso central • Hemianestesia Quadro clínico • Hemianopsia • Cefaleia explosiva • Afasia • Rigidez cervical Diagnóstico • Perda de consciência • TC de crânio sem contraste: Avalia o tamanho e • Náuseas a localização do hematoma, a extensão para o • Vômitos sistema ventricular, o grau do edema adjacente • Dor nas costas ou nos membros inferiores e a desorganização anatômica. • Fotofobia Manejo clínico • Postura tônica • Reversão de emergência da anticoagulação: Os • Perturbação visual pacientes com HIC tratados com varfarina • Síncope devem ser submetidos a reversão imediata com Diagnóstico concentrado de complexo protrombínico de quatro fatores e injeção intravenosa direta de 10 • Tomografia Computadorizada: É o primeiro mg de vitamina K. exame de diagnóstico para HSA, pois está prontamente disponível e a interpretação é • Controle da pressão arterial: Com frequência, a direta. A TC mostra sangue difuso nas cisternas HIC causa hipertensão arterial extrema. interpedunculares; nas hemorragias mais Recomenda-se o uso de agentes de infusão graves, o sangue se estende para as fissuras de contínua de ação rápida com monitoramento Sylvius e inter-hemisférica, o sistema ventricular intra-arterial. e sobre as convexidades. • Edema cerebral: O manejo do edema cerebral • Punção lombar: Em geral, o LCR (líquido deve ser guiado por medida da PIC com cerebrospinal) contém sangue visível. A HSA é drenagem ventricular externa ou monitor diferenciada da punção traumática pela parenquimatoso, com esforço para manter a 2 Mariana Freitas 7º semestre
aparência xantocrômica (amarelada) do líquido
sobrenadante após a centrifugação. • Angiografia: É o procedimento diagnóstico definitivo para a detecção de aneurismas intracranianos e definição de sua anatomia. Manejo clínico O objetivo inicial do tratamento é evitar a recidiva do sangramento mediante a exclusão do saco aneurismático da circulação intracraniana e, ao mesmo tempo, preservação da artéria de origem e seus ramos. • Conduta terapêutica de emergência: Deve-se minimizar a lesão encefálica em pacientes com grau desfavorável e alterações do estado mental e diminuir o risco de recidiva de sangramento do aneurisma antes de um procedimento efetivo de reparo. No caso de pacientes com diminuição da capacidade de proteger as vias respiratórias, deve-se proceder a intubação, administração de oxigênio suplementar quando necessário e tratamento intensivo para controle pressórico. • Terapia endovascular: A embolização com mola endovascular é uma alternativa segura e efetiva ao uso de clipes cirúrgicos para tratamento de aneurismas intracranianos rotos. O tamponamento de aneurismas com molas de platina destacáveis trombogênicas e flexíveis causa obliteração quase completa de aneurismas menores. • Conduta na terapia intensiva: Todos os pacientes com HSA devem ser monitorados em UTI, onde é possível realizar exames neurológicos frequentes. Assim, deve ser realizado: o Controle da PA o Profilaxia da recidiva de sangramento o Exames laboratoriais o Profilaxia do vasospasmo o Homeostase fisiológica o Drenagem ventricular