Você está na página 1de 3

Mariana Freitas

7º semestre

ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO


AVE isquêmico •Causa indeterminada de acidente vascular
encefálico: A etiologia de até 40% dos casos de
AVE permanece criptogênica, ou seja,
É um episódio de disfunção neurológica resultante de
indeterminada.
falta de oxigênio, causada por oclusão vascular que
• Outras causas de acidentes vascular encefálico:
culmina em infarto focal no cérebro, na medula espinhal
As causas restantes de AVE ocorrem por um
ou na retina sem um território vascular específico,
processo mórbido específico que apresenta
causando falta de oxigênio.
correlação temporal ou associação com o AVE,
Fisiopatologia
a exemplo de distúrbios hematológicos,
• Redução do fluxo sanguíneo cerebral
doenças infecciosas, distúrbios genéticos,
o Zona Central Isquêmica: Ocorre
doença intrínseca da parede arterial e etc.
redução do FSC (fluxo sanguíneo
Quadro clínico
cerebral).
A sintomatologia relaciona-se com a área afetada pela
o Penumbra Isquêmica: Localiza-se em
isquemia, podendo apresentar-se por meio de:
volta da área de Zona Central
• Hemiplegia
Isquêmica e caracteriza-se por ser uma
região onde o FSC situa-se entre os • Hemiparesia
limiares de falência elétrica e de • Vertigem
membrana. • Cefaleia
Fatores de Risco • Disfagia
• Modificáveis: • Ataxia
o Hipertensão Arterial Sistêmica • Afasia
o Diabetes Mellitus • Distúrbios visuais
o Dieta/Exercícios físicos • Alterações de memória
o Obesidade Diagnóstico
o Dislipidemia • Exames básicos aplicáveis em todos os
o Tabagismo pacientes em fase aguda de AVEi:
o Doenças cardíacas o Hemograma
• Não modificáveis: o Ureia
o Idade o Creatinina
o Sexo o Glicemia
o Raça o Eletrólitos
o Fatores Genéticos o Coagulograma
Etiologia o Eletrocardiograma
• Aterosclerose de grandes artérias: Ocorre por o TC de crânio sem contraste
mecanismo de hipoperfusão através de uma o NIHSS
região de estenose crítica, ou por ruptura da Manejo clínico
placa aterosclerótica levando à formação de • Medidas de suporte
trombo. • Monitorização de funções vitais
• Acidente vascular encefálico cardioembólico: • Tratamento Trombolítico: Utiliza-se o rt-PA
Inclui todos os episódios de AVE causados por (alteplase), que deve ser administrado em uma
tromboembolia secundária a um evento janela terapêutica de até 4 horas e meia, sendo
cardíaco. que quanto antes, melhores resultados.
• Infarto de pequenos vasos: Resultam do Recomenda-se o uso de 0,9mg/kg, sendo 10%
bloqueio de pequenas artérias perfurantes em bolus e o restante em 60 minutos mediante
oriundas da artéria cerebral média, das artérias bomba de infusão.
cerebral posterior ou comunicantes posteriores
e da artéria basilar.
1
Mariana Freitas
7º semestre

• Tratamento Profilático: A profilaxia secundária PIC abaixo de 20mmHg e a PPC acima de 70


tem como pilares o controle de seus inúmeros mmHg.
fatores de risco modificáveis. • Apoio clínico: Deve-se manter a normotermia.
Hemorragia Intracerebral • Tratamento cirúrgico: Com frequência, a
consideração mais urgente relativa ao
É definida como um sangramento espontâneo agudo no tratamento da HIC é a indicação de evacuação
parênquima encefálico. É causada por degeneração cirúrgica ou instituição de dreno ventricular em
microscópica de pequenas artérias encefálicas, carácter de emergência.
decorrente de hipertensão crônica e mal controlada ou
angiopatia amiloide. Hemorragia Subaracnoidea
Fisiopatologia É o extravasamento de sangue para o interior do espaço
A ruptura arterial abrupta acarreta o rápido acúmulo de subaracnóideo, causado pela ruptura da parede das
sangue no parênquima encefálico e aumento da pressão artérias e/ou veias cerebrais que se situam nesse
tecidual local, seguidos por início abrupto de espaço banhado pelo líquido cefalorraquidiano (LCR).
cisalhamento e destruição física. Além do relativo efeito Etiologia
expansivo, o próprio hematoma induz três alterações São causas hemorragia subaracnóidea são:
fisiológicas iniciais no tecido encefálico adjacente: • Aneurisma cerebral
• Morte neuronal e de células gliais por apoptose • Traumatismo
e inflamação • HSA perimesencefálica idiopática
• Edema vasogênico • Malformação arteriovenosa
• Ruptura da barreira hematoencefálica • Dissecção arterial intracraniana
Quadro clínico • Uso de cocaína e anfetamina
• Evolução progressiva • Doença falciforme
• Vômitos • Distúrbios de coagulação
• Cefaleia • Neoplasia primária ou metastática
• Hemiparesia • Vasculite do sistema nervoso central
• Hemianestesia Quadro clínico
• Hemianopsia • Cefaleia explosiva
• Afasia • Rigidez cervical
Diagnóstico • Perda de consciência
• TC de crânio sem contraste: Avalia o tamanho e • Náuseas
a localização do hematoma, a extensão para o • Vômitos
sistema ventricular, o grau do edema adjacente • Dor nas costas ou nos membros inferiores
e a desorganização anatômica. • Fotofobia
Manejo clínico
• Postura tônica
• Reversão de emergência da anticoagulação: Os
• Perturbação visual
pacientes com HIC tratados com varfarina
• Síncope
devem ser submetidos a reversão imediata com
Diagnóstico
concentrado de complexo protrombínico de
quatro fatores e injeção intravenosa direta de 10 • Tomografia Computadorizada: É o primeiro
mg de vitamina K. exame de diagnóstico para HSA, pois está
prontamente disponível e a interpretação é
• Controle da pressão arterial: Com frequência, a
direta. A TC mostra sangue difuso nas cisternas
HIC causa hipertensão arterial extrema.
interpedunculares; nas hemorragias mais
Recomenda-se o uso de agentes de infusão
graves, o sangue se estende para as fissuras de
contínua de ação rápida com monitoramento
Sylvius e inter-hemisférica, o sistema ventricular
intra-arterial.
e sobre as convexidades.
• Edema cerebral: O manejo do edema cerebral
• Punção lombar: Em geral, o LCR (líquido
deve ser guiado por medida da PIC com
cerebrospinal) contém sangue visível. A HSA é
drenagem ventricular externa ou monitor
diferenciada da punção traumática pela
parenquimatoso, com esforço para manter a
2
Mariana Freitas
7º semestre

aparência xantocrômica (amarelada) do líquido


sobrenadante após a centrifugação.
• Angiografia: É o procedimento diagnóstico
definitivo para a detecção de aneurismas
intracranianos e definição de sua anatomia.
Manejo clínico
O objetivo inicial do tratamento é evitar a recidiva do
sangramento mediante a exclusão do saco
aneurismático da circulação intracraniana e, ao mesmo
tempo, preservação da artéria de origem e seus ramos.
• Conduta terapêutica de emergência: Deve-se
minimizar a lesão encefálica em pacientes com
grau desfavorável e alterações do estado
mental e diminuir o risco de recidiva de
sangramento do aneurisma antes de um
procedimento efetivo de reparo. No caso de
pacientes com diminuição da capacidade de
proteger as vias respiratórias, deve-se proceder
a intubação, administração de oxigênio
suplementar quando necessário e tratamento
intensivo para controle pressórico.
• Terapia endovascular: A embolização com mola
endovascular é uma alternativa segura e efetiva
ao uso de clipes cirúrgicos para tratamento de
aneurismas intracranianos rotos. O
tamponamento de aneurismas com molas de
platina destacáveis trombogênicas e flexíveis
causa obliteração quase completa de
aneurismas menores.
• Conduta na terapia intensiva: Todos os
pacientes com HSA devem ser monitorados em
UTI, onde é possível realizar exames
neurológicos frequentes. Assim, deve ser
realizado:
o Controle da PA
o Profilaxia da recidiva de sangramento
o Exames laboratoriais
o Profilaxia do vasospasmo
o Homeostase fisiológica
o Drenagem ventricular

Você também pode gostar