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AVC HEMORRÁGICO
INTRAPARENQUIMATOSO
EPIDEMIOLOGIA
• Segundo tipo de AVC mais comum (perde para AVC isquêmico)
• Mais comum em homens
FATORES DE RISCO / ETIOLOGIA
• Hipertensão arterial sistêmica (principal!) - lembrar se sangramento for em núcleos da base, tálamo,
tronco cerebral ou cerebelo
• Rompimento de microaneurismas de Charcot-Bouchard
• Uso de anticoagulantes (principalmente Varfarina)
• Malformações arteriovenosas (MAVs), trombose venosa cerebral (TVC)
DIAGNÓSTICO
• TC de crânio: exame de escolha no pronto-socorro
• Lembrar que hemorragia na TC aparece “branca” (hiperdensidade)
TRATAMENTO
1. PA sistólica em torno de 140mmHg (tolerável 130-150);
2. Reverter anticoagulantes (ex.: Varfarina - Vitamina K EV + Complexo protrombínico
ou plasma fresco congelado; dabigatrana - Idarucizumabe; heparina - protamina)

1. CONCEITOS INICIAIS
• É o segundo tipo mais comum de AVC (15-20%) • Homens são mais acometidos que as mulheres
• Mortalidade estimada de até 59% em 1 ano após o • Condição que confere grande morbidade aos
evento pacientes – até 80% ficam com sequelas

2. ETIOLOGIAS PRIMÁRIAS
• Causada, principalmente, por hipertensão arterial artérias (lipohialinose) nos núcleos da base
sistêmica (HAS) crônica (>50%), tálamo (31%), cerebelo (7%), tronco
• "Marco fisiopatológico"  Lesão nas artérias cerebral (7%);
perfurantes – enfraquecimento da parede das • Ruptura de microaneurismas (Charcot-Bouchard).

3. ETIOLOGIAS SECUNDÁRIAS
• Uso de anticoagulantes (15%); • Comprometimento cognitivo, déficits
• Trombose venosa cerebral (TVC); neurológicos transitórios;
• Malformação arteriovenosa (MAV); • Diagnóstico definitivo apenas com biópsia /
• Neoplasias cerebrais; anatomopatológico (critérios de Boston);
• Ressonância magnética: hemorragia
• Angiopatia amiloide intraparenquimatosa, pequenos focos de
• Fisiopatologia: deposição de peptídeo beta- sangramento (“microbleeds”), foco de siderose
amiloide na parede de vasos corticais e superficial ou hemorragia subaracnoidea em
leptomeníngeos de pequeno e médio calibres; convexidades.
• Importante causa de hemorragia lobar em
adultos mais velhos (70-80 anos);

Marcelo Oliveira Carvalho - mocarvalho@outlook.com - 00252266307


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2 NEUROLOGIA

4. QUADRO CLÍNICO
• Depende do local da hemorragia • Hipertensão intracraniana (HIC): cefaleia, náuseas,
• Tálamo: hemiparesia/plegia, hemianestesia, vômitos, rebaixamento do nível de consciência,
paralisia do olhar conjugado vertical para cima; crises convulsivas.
• Cerebelar: ataxia, paralisia do olhar conjugado • Somente pelos sinais/sintomas não é
horizontal. possível distinguir AVC hemorrágico
intraparenquimatoso de AVC isquêmico.
• É necessário realizar TC de crânio.

5. DIAGNÓSTICO
• TC de crânio: exame de escolha na emergência • Não tem relação com etiologia, mas sim com
• Diferenciar AVCi e AVCh. prognóstico.
• “SPOT SIGN”: extravasamento de contraste dentro • Outros sinais de pior prognóstico:
do hematoma, evidenciado pela tomografia com • “Swirl sign” (Sinal do redemoinho);
contraste. • “Island sign” (Sinal da ilha);
• Se presente, indica que a hemorragia vai • “Black hole sign” (Sinal do buraco negro).
aumentar;

6. TRATAMENTO
• Pressão arterial: meta PAS ~ 140mmHg (tolerável: • Inibidores do fator Xa: andexanet alfa, complexo
130-150 mmHg) protrombínico.
• PAS < 130 mmHg: Danoso! - Última diretriz de • Heparina: sulfato de protamina.
2022 • Não há benefício em usar anticonvulsivantes
• Hemorragia secundária ao uso de anticoagulantes profiláticos rotineiramente.
 suspender imediatamente e reverter o efeito da • Tratamento cirúrgico:
medicação • Hemorragias cerebelares >3cm ou volume >
• Varfarina = Vitamina K EV + complexo 14mL (devido ao risco de compressão do 4º
protrombínico (1ª escolha) ou plasma fresco ventrículo);
congelado (2ª escolha); • Hidrocefalia aguda.
• Dabigatrana = idarucizumabe;

Marcelo Oliveira Carvalho - mocarvalho@outlook.com - 00252266307

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