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Medici Mayara Go

(Feita com gadolíneo)


Radiologia
Médica Aplicada
ANATOMIA VASCULAR
RADIOLÓGICA CÉRVICO-
CRANIANA
Os vasos cervicais são os vasos que
irrigam o cérebro. Nascem do arco
aórtico. O arco aórtico, ou cajado da
aorta, se ramifica em 3, Tronco
Braquiocefálico, Carótida Comum
Esquerda e Subclávia Esquerda.

Primeiro segmento da carótida interna é


o Bulbo, dilatação fisiológica. O fluxo
do meio é rápido e das paredes é mais
lento, ocorrendo até mesmo
turbilhonamento. A dilatação é
composta por quimio e barorreceptores
que são capazes de serem sensibilizados
pelo fluxo sanguíneo, com a finalidade
de adequar a pressão intracraniana.
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Artéria Cerebral Anterior é a artéria que


irriga mais a porção da linha média. Já a
artéria cerebral média é responsável por
irrigar mais a lateralidade/convexidade.

Aneurisma cavernoso ou petroso não


causam hemorragia subaracnóidea.
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Algumas pessoas tem a fusão das


artérias, gerando a Artéria cerebral
anterior do tipo “Ázigos”.

Infarto bilateral de território, é


indicativo de variação anatômica de
artéria, do tipo ázigos.

Vertebral entra no crânio, pelo forame


magno. Só a partir de v4, que é
segmento intracraniano, que podemos
dizer que a hemorragia é intracraniana.
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Artéria em Zig-zag, que parece grampo


de cabelo é do couro cabeludo.

Maxilar interna é responsável pelo


sangramento nasal, epistaxis. Causado
por trauma, exercícios intensos e
hipertensão. (PROVA).
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Golfo Jugular é essa região mais


dilatado.

Trombose de Seio Cavernoso, pode ser


provocada por uma infecção de pele e
causar paralisia facial. A veia facial se
comunica com a veia oftálmica, através
da veia angular e drena em direção ao
seio cavernoso.

Trombo em T1. Sinal do delta vazio,


falha de enchimento. Oclusão da
confluência dos seios. É grave.
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TC DE CRÂNIO O QUE O
MÉDICO PRECISA SABER:
a. Útil e de utilização comum,
principalmente no ambiente de
terapia intensiva, bem como na
emergência da maioria dos
hospitais, no Brasil e no mundo;
b. Amplamente disponível ao
contrário da RNM;
c. Modalidade geralmente de
escolha de imagem inicial
(ORIENTA o diagnóstico e o
tratamento).
INDICAÇÕES DE TC DE CRÂNIO
a. Alterações na escala de coma de
Glasgow;
b. Alteração da localização da dor
no crânio;
c. Estado confusional agudo;
d. Aparecimento súbito de cefaleia
intensa;
e. Sonolência persistente;
f. Estado de mal epiléptico, pós-
epiléptico com diminuição do
nível de consciência;
g. Ou déficit focal;
h. Lesão hipóxia cerebral (pós
parada cardíaca).

Quando se tem a clínica sugestiva de


AVE, deve-se fazer a TC para distinguir
o padrão hemorrágico do padrão
isquêmico. O padrão isquêmico, pode
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demorar até 6 horas para ter a formação Na a substância cinzenta é mais densa,
de imagem, sendo assim, não se por isso, na imagem aparece mais
descarta o AVE se a imagem for branca.
normal, será descartado apenas se é
hemorrágico, definindo conduta.
Já o AVE hemorrágico, tem a formação
de imagem logo que acontece.
DIFERENCIAÇÃO DE TC x RNM

Na TC, a calota craniana, sempre será


branca. Na RNM, a calota craniana,
sempre será cinza ou preta, com um
contorno branco do tecido adiposo.
Tudo que tem gordura ou líquido, fica
branco.
Os sulcos devem existir, mas não
devem ser alargados, o que sugere uma
degeneração, que pode ser patológica ou
não a depender da idade.
Se esses sulcos não estiverem presentes,
pode falar a favor de uma hipertensão
craniana.

Se a suspeita for uma oclusão arterial ou


venosa, pode-se pedir uma
Angiotomografia, devendo inclusive
especificar se é arterial ou venosa.
O ar e o líquor, possuem densidade
preta.
A substância branca é menos densa,
tem bainha de mielina, ou seja, tem
mais gordura e é preta.
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HEMORRAGIAS os ramos terminais das artérias


cerebrais. 10% no cerebelo e 10% na
1. Dentro do parênquima (Intra-
ponte. TODAS SÃO CENTRAIS,
axiais):
NENHUMA É PERIFÉRICA.
a. Primárias (causa sistêmica):
HEMORRAGIA INTRA-AXIAL
- Hipertensivas Arterial;
ANGIOPATIA AMILOIDE
- Lobar (Angiopatia amiloide);
Ocorre no idoso. A história não está
b. Secundárias (causa associada a hipertensão arterial. Irá
intracraniana): ocorrer em região lobar, mais periférica,
pode ocorrer em qualquer lobo.
- Aneurisma;
- Trombose venosa;
- Má formação vascular;
- Tumor;
- Trauma/iatrogenia.
2. Fora do parênquima (Extra-
axiais):
(Os sangramentos são centrais)
- Extradural;
- Subdural;
- Subaracnoide;
- Intraventricular.
Nos casos de hipertensão arterial,
haverá o apagamento dos sulcos e
consequente área de sangramento
parenquimatosa.
(Os sangramentos são periféricos)
HEMORRAGIA POR
HIPERTENSÃO ARTERIAL NA TC É mais fácil se ver um sangramento na
TC do que na RNM, que mostra
A Hipertensão Arterial sistêmica forma sangramento em pontos pretos
pequenos aneurismas nas artérias, (sangramentos e calcificações) em uma
chamados de Aneurismas de Charcot- sequência especifica, SWI.
Bouchard. São pequenas dilatações dos
ramos terminais das artérias cerebrais, POR QUE FAZER ANGIO?
cuja ruptura provoca hemorragias mais Devemos fazer uma Angiotomografia
ou menos graves. Foi descrita pelos ou Angioressonância para estudarmos
médicos franceses Jean Marie Charcot os vasos, a causa do sangramento e se
(1825-1893) e Charles Joseph ainda há sangramento.
Bouchard. Sendo assim 80% dos
sangramentos de crises hipertensivas, se Spot Sign, é um pontinho de contraste
dão nos núcleos da base, onde existem dentro da hemorragia, o que é que esse
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sangramento ainda está em atividade.


Sinal de mau prognóstico.

CASO CLÍNICO 2: Mulher jovem em


uso de ACO cursando com cefaleia que
mudou a localização e padrão.
CASO CLÍNICO 1: Paciente que teve
síncope após início súbito da pior
cefaleia da vida.

Trombose de Seio Venoso. Veia


Hiperdensa, com ou sem hemorragia.
Pensar sempre em hemorragia em
território de drenagem venosa.
Quando se tem trombose, na fase sem
Exames que mostram uma área de contraste, a região fica branca, pois há o
atenuação muito arredondada no meio trombo e na fase com contraste, ele fica
do sangue, é candidato a se fazer uma sem opacificar, pois não chega contraste
Angiotomografia ou Angioressonância. no local.
Se o paciente for jovem, também. A
suspeita nesse caso é Aneurisma
Cerebral.

Quando há trombose de seio, há o sinal


característico, que é o sinal do delta
vazio. Caracterizado por não ter o
preenchimento com contraste no seio
venoso. Dessa forma, só conseguirá
visualizar contraste na periferia. Sendo
chamado assim de Sinal do Delta Vazio.
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CASO CLÍNICO 3: Paciente jovem,


com hemorragia periférica lobar. Se
fosse um paciente idoso, poderíamos
pensar em Angiopatia Amiloide, porém,
como é um paciente jovem, devemos
pensar em MAV, Aneurisma ou
Tumor.

AVE ISQUÊMICO

As más formações arteriovenosas,


tendem a apresentar calcificações, por
conta da lentificação da passagem do Embolia por trombo denso que se solta
sangue, que causa assim o deposito de ou do coração, ou da carótida, ou da
cálcio em vasos. Sendo assim, podemos aorta.
dar o diagnóstico de acordo com a idade
do paciente, se jovem ou idoso. Sinais de isquemia hiperaguda:

CASO CLÍNCO 4: Paciente de 40


anos, com cefaleia. Imagem com
presença de Halo Hipodenso, é chamada
de Edema vasogênico. Cuja imagem
característica é visualizada em tumores.
Sinal do fogo ou do ovo frito.
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Na segunda semana de um AVE


isquêmico, nós temos um efeito
chamado Fogging,
pseudorevascularização do parênquima.
Para ver alteração, se solicita-se RNM
(a terceira imagem com alteração).

Como diferenciar a temporalidade?


Agudo x subagudo?
Densidade é a forma com que se
diferencia um avc agudo e subagudo.
Agudo: área cinza.
Subagudo: área preta. CRÔNICO:
a. Densidade = LCR;
b. Atrofia.
SUBAGUDO:
a. Densidade maior que LCR;
b. Efeito de massa.
Quando a linha média desvia mais do
que meio centímetro, deve-se fazer
craniectomia, para herniar para fora.
A linha média no AVC isquêmico
subagudo é centrada. O AVC isquêmico
agudo, desvia a linha média.
O ventrículo e os sulcos nas áreas
isquemiadas tendem a ser maiores.
Quando é recente se apagam os sulcos,
os ventrículos.
Protocolo para AVE isquêmico:
1. Tomografia sem contraste;
2. Angio TC arterial;
3. Perfusão por TC ou RNM.
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mas o habitual é que tenham 33. São


elas:
a. 7 cervicais;
b. 12 torácicas;
c. 5 lombares;
MASSAS: d. 5 sacrais (fundidas);
e. 4 – 5 coccígenas (variável).
A vertebra é dividida em:
a. Anterior (corpo vertebral);
b. Posterior (arco neural).
A coluna possui um aspecto em S, que é
normal da coluna, fisiológico.
a. Lordose cervical fisiológica;
b. Cifose torácica fisiológica;
c. Lordose lombar fisiológica.

C1 = Atlas (é a sustentação da coluna na


base do crânio).
C2 = Áxis (processo odontóide, permite
a rotação da coluna em relação ao
crânio).

COLUNA - o que o médico


generalista tem que saber?
Coluna vertebral composição: são 33
vértebras, podendo variar de 32 a 35,
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(RNM da coluna vertebral, consegue


visualizar bem os discos
Intervertebrares. A primeira imagem é
T2 (hipersinal de LCR, branco) e a
segunda imagem é T1 (o líquor é preto
nessa aquisição e gordura é branca)).
C1 não é facilmente visualizado em
RNM, quando conseguimos visualizar
um corpo vertebral, em geral estamos
vendo C2.
Lesões Líquidas tumorais, processo
inflamatórios, edema e abscessos, se
apresentam com hipersinal em T2 e
hiposinal em T1.
A coluna é dividida em 3 porções:
1. Coluna Anterior:
a. Anterior do corpo, disco;
b. Ligamento Longitudinal
Anterior. .
2. Coluna Média:
a. Posterior do corpo, disco; As vertebras se articulam através de
b. Ligamento Longitudinal processos articulares, processo articular
Posterior. superior e processo articular inferior.
3. Coluna Posterior: Além desses, ainda existe a articulação
a. Pedículos, articulações, entre os processos articulares.
lâminas, processos Os ligamentos são:
espinhosos;
b. Ligamento amarelo e 1. Ligamento Longitudinal
interconectantes Anterior;
2. Ligamento Longitudinal
Posterior;
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3. Ligamento Interespinhosos;
4. Ligamento Amarelo.
VÉRTEBRAS:
C1: ATLAS – não tem corpo vertebral.
Tem massas laterais, para articulação
com a base do crânio. Nessa imagem
conseguimos visualizar o processo
odontóide que se articula com C2 e faz
uma polia.
Coluna dorsal: presença dos arcos
costais. Corpo vertebral – Saco dural –
Pedículos – Lâminas – Processos
Transversos – Processos Espinhosos.

C2: ÁXIS – Origem do processo


odontoide que sobe e se articula com
C1.

Demais vértebras cervicais: corpo


vertebral – arco posterior – facetas
Em cirurgias de fixação de corpo
interarticulares – forames.
vertebral, os parafusos são colocados
transfixando os pedículos, por ser uma
área mais livre de estruturas importante,
não prejudicando o paciente e fixando a
estrutura local.
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vertebral, constituído apenas de massas


laterais de fixação da base do crânio.

Na coluna dorsal, temos articulações


que se conectam com os arcos costais. RAIZES NERVOSAS
Teremos então:
a. Articulação do corpo com os
arcos costais;
b. Articulação dos processos
transversos com os arcos costais.

A contagem das raízes nervosas é dada


de maneira distinta. Como a primeira
raiz a sair é acima de C1, no espaço
entre a base do crânio e Atlas, teremos 8
raízes saindo. Sendo assim vamos na
COLUNA CERVICAL, sempre nos
Coluna Lombar: não há mais arcos remeter a vertebra abaixo. Acima de C1,
costais articulados. Processo transverso sai C1. Acima de C2 e abaixo de C1, sai
mais proeminente. C2. Abaixo de C7, sai C8, mas não
existe vertebra C8, dessa forma se
inverte a contagem. Então mudamos o
padrão de contagem. A partir de T1
contaremos abaixo e não acima. Então
acima de T1, temos C8, abaixo de T1,
temos T1. Abaixo de T2, T2 e assim por
diante até as sacrais.
DISCOS INTERVERTEBRAIS
Os discos são constituídos por Anulo
Visualização integral: Marcado em Fibroso, parte de fora, que é fibrose,
amarelo é o processo odontoide de C2, mais forte, como uma capsula, para
invaginando C1. Já C1 é a imagem manter dentro o núcleo pulposo.
anterior onde há maior sinal sem corpo
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Como o núcleo pulposo é um líquido,


2. Diminuição da altura dos
ele tem atenuação semelhante a líquido.
discos:
Dessa forma, apresenta hiposinal em
T2.

A primeira imagem acima é de uma


tomografia, onde podemos verificar que
existe um espaço intervertebral
reduzido. Apresentando uma área de
hiposinal, chamada de Sinal do Vácuo,
caracteriza a presença de nitrogênio,
configurando um sinal de degeneração.
Na segunda imagem (RNM T2 – LCR
3. Abaulamento discal:
com hipersinal) e na terceira imagem
(RNM T1 – LCR com hiposinal), Pode ser simétrico e assimétrico. Deve
podemos observar a presença do anulo ter no mínimo 25% ou 90º do disco
fibroso e de núcleos pulposos. abaulado.
Entretanto, quanto mais se aproxima da
região sacral, mais os núcleos pulposos
se apresentam com hiposinal,
configurando assim um sinal de
desidratação. A hidratação só pode ser
visualizada em T2 puro, em T1 não se
consegue visualizar.
DOENÇAS DEGENARATIVAS
1. Desidratação dos discos
intervertebrais:
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Herniações relevantes são hernias


posteriores, pois são as que causam
aprisionamento de raízes nervosas e
outras estruturas adjacentes.
A Hérnia Sequestrada é dada da
seguinte forma:

As protusões ou hérnias protusas são


crescimento de menos de 25% e menos
de 90º. Presença de componente de
protusão discal, de base larga e 4. Fissura do ânulo fibroso:
comprimento curto.

Os pontos de hipersinal em T2,


configuram a fissura do ânulo fibroso.
Nódulos de Schmorl, são herniações
Já as hérnias de extrusão, são de base discais intervertebrais. São
curta e comprimento longo: assintomáticos, porém na fase aguda
pode causar edema e dor local.
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espessura da cartilagem de
revestimento. Esclerose subcondral. Há
presença de Osteófitos. Há também
Hipertrofia do ligamento amarelo.
Prejuízo nas articulações interfacetárias.
Além de tudo isso, ainda pode ter
Espondilolise, onde os istmos
interarticulares são alterados, há um
defeito ósseo.

Configura uma lesão de comportamento


benigno, onde tem a invaginação do
disco para o corpo vertebral.

Halo de hiposinal em T1 e hipersinal


em T2, configura edema, processo
inflamatório recente que causa dor.
5. Espondilolistese:
Deslizamento de das vertebras, uma
sobre as outras. Pode acontecer em toda
a coluna vertebral, porém é mais
comum de se ver na região lombar,
principalmente na região de L5 e S1. É
dividida em 4 graus. De acordo com o
alinhamento entre as vertebras. É dada
em porcentagem. Trata-se da redução da
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Radiografia com deslizamento entre as Osteófitos, cistos subcondrais e


vertebras. Com deslizamento menor do inflamação. Para classificarmos essas
que 50%. degenerações, utilizamos o MODIC:

1. MODIC 1: fase aguda,


inflamatória; apresenta hiposinal
em T1 e hiper em T2, presença
de edema;
Espondilolise é diferente de 2. MODIC 2: fase cicatricial
espondilolistese. A última acontece inicial, fibrótica de gordura;
quando há perda da continuidade óssea 3. MODIC 3: fase esclerótica.
e não o deslizamento, como nas Presença de fibroses
imagens abaixo. organizadas.

6. Osteófitos:

8. Mielopatia Compressiva:
Apresenta alteração de sinal medular,
alternância de sinais, focos de hiposinal
e hipersinal.

7. Esclerose dos platôs


articulares:
Quando se tem degeneração dos disco
intervertebrais, um osso entra em
contato direto com o outro, causando
9. Lesões Inflamatórias:
prejuízo ao mesmo, com formação de
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Podem ter etiologia viral, bacterina, Formação de pannus. Ocorre também a


fúngica e parasitárias. Além dessas invaginação basilar, para dentro da
podem ser doenças autoimunes, fossa posterior.
metabólicas e agressões químicas.
a. ESPONDILODISCITE:
Trata-se de uma infecção envolvendo o
disco intervertebral e vértebra adjacente.
Acomete crianças e adultos
principalmente com >50 anos. A clínica
é dada por dor em dorso. Os fatores de
risco são: Infecções, traumas, drogas c. ESQUISTOSSOMOSE
IV, imunocomprometidos e cirurgias. MEDULAR:
Causa mais comum de Mielopatia no
Brasil. Obstrução vascular severa que
leva a inflamação e posteriormente a
necrose isquêmica. Clínica: dor lombar,
parestesias, paraparesia, disfunção
intestinal e vesical, impotência sexual.
Epidemiologia +, conformação
laboratorial, eliminação de outras causas
de mielite.

ANATOMIA E INVESTIGAÇÃO
b. ARTRITE REUMATÓIDE: RADIOLÓGICA DAS
PATOLOGIAS DA CABEÇA E
Acomete articulação atlanto-axial.
PESCOÇO
Ocorre erosão do processo odontoide.
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GLÂNDULAS SALIVARES: são em mesmo. Trata-se de um tumor bem


número 6 pares maiores e várias delimitado.
menores espalhadas pela face e
cavidade oral:
a. 2 parótidas;
b. 2 sublinguais;
c. 2 submandibulares.

É caracterizado por ter constituição


gelatinosa, composto por mucina.
Apresenta uma cápsula que lhe da
forma.
ADENOMA PLEOMÓRFICO: tumor
mais comum, benigno, acomete mais
jovens e geralmente em parótida.
Crescimento lento, palpação mole,
indolor e móvel. É chamado de
pleomórfico, pois há vários
constituintes celulares compondo o O uso de contraste é feito em T1, pois
em T2 as porções líquidas já são
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brancas. Primeira imagem é de T1, ADENÓIDES


segunda T2 e por fim T1 com contraste.
Para diferenciar de cisto, basta utilizar o
contraste, porque cisto não capta o
contraste.
Crescem nos primeiros anos de vida, de
2 a 3 anos de idade e a partir dos 7 anos,
tendem a involuir, fisiologicamente. Se
ela cresce muito, a respiração é
comprometida. Um dos indicativos é o
tipo de fácies, alongada e verticalizada,
com dentes proeminentes. Esses
pacientes apresentam roncos noturnos,
voz anasalada, coriza persistente, sono
noturno irregular e sonolência diurna,
dificuldade de crescimento e
desenvolvimento. Obstrução da tuba de
Eustáquio com Otite Média de
repetição.

Contornos irregulares, evidenciam uma


natureza agressiva e maligna. Por se
tratar de uma lesão pré-maligna,
devemos retirar sempre que for
identificado. Começa a mostrar O diagnóstico é feito através da
malignidade pela capsula. Rinoscopia posterior, na Rinoscopia
LESÕES MALIGNA anterior iremos visualizar os vestíbulos
nasais, sem conseguir visualizar as
adenoides. Já na posterior conseguimos
visualiza-las.

Lesão irregular, que cruza a linha


média, pele com alteração de coloração,
endurecida. Heterogênea, infiltrativa.
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Na Nasofibroscópia ótica, conseguimos Os exames de imagem podem colaborar


visualizar as adenoides, através de um com o diagnóstico, o mais utilizado é a
endoscópio. radiografia. A incidência Waters ou
(MNP), é uma indicação para
visualização dos seios das faces, para
visualizar os maxilares.

Podemos lançar mão ainda dos exames


de imagem, “Radiografia de Cavum”, é
sinônimo de rinofaringe.

Outra incidência é Caldwell (FNP), os


seios maxilares ficam sobrepostos,
nessa conseguimos visualizar bem os
frontais e etmoidais e na de Waters os
maxilares.

Sinais radiográficos: nível líquido nos


N= diâmetro da rinofaringe.
seios da face, nível hidroaéreo, sinal de
A= diâmetro da adenoide. sinusite aguda.
O normal é que essa relação seja até
60%. Se maior que 60%, o paciente tem
hipertrofia de adenoides.
SEIOS DA FACE
SINUSITE AGUDA
Tosse, Febre, dor de cabeça, pressão na
face, obstrução nasal, secreção nasal
com cor.

Outro sinal é a opacificação do seio da


face, velamento completo.
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das paredes ósseas, conteúdo de partes


moles com coeficientes de atenuação
elevados na TC nos seios da face.
TIREÓIDE

Outro sinal que temos e que é na


Tomografia melhor visualizado, é o
espessamento da mucosa.
COMPLICAÇÕES
É uma estrutura mole, superficial,
Se avalia com TC com contraste.
altamente visualizada na USG.
ABSCESSO SUBPERIOSTEAL
NÓDULOS NA TIREÓIDE
ORBITÁRIO
Alta prevalência na população (10 a
A Infecção migra para a orbita por
40%). 50% em adultos com mais de 50
abscesso, com repercussão de
anos e destes, 5% são malignos. A
movimentação ocular.
maioria são Carcinomas Papilíferos de
Baixa Agressividade.
TI-RADS: avaliação dos nódulos
tireoidianos.

SINUSITE CRÔNICA
A TC é o exame mais acurado para
avaliar a cronicidade.

Sinais maiores:
1. Conteúdo sólido (não misto);
2. Acentuadamente hipoecoico;
3. Microcalcificações;
4. Margens irregulares;
5. Mais alto do que largo.

Outros sinais são, espessamento das


paredes ósseas dos seios paranasais,
reação mucoperiosteal na face interna
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PUNÇÃO ASPIRATIVA DA
TIREÓIDE
Quando temos uma lesão folicular em
tireoide, se recomenda que tiremos a
capsula, para avaliar benignidade ou
malignidade, através de ressecção
cirúrgica. Não se faz a retirada de uma
região apenas, é total e se analisa
posteriormente a retirada. Não é
possível tirar apenas o nódulo, dessa
forma, se retira todo o lobo para análise.
Carcinoma Papilífero, é diagnosticada
apenas por PAAF, não se necessita de
ressecção para diagnóstico.
AVCI
Carótida interna: possui o bulbo, que
é a única dilatação fisiológica do ser
humano. Sua função é fazer com que o
fluxo sanguíneo fique mais tempo em Por ter essa redução fisiológica da
contato com o corpúsculo carotídeo. O velocidade, essa região é onde se
qual tem função de baro e depositam mais placas de gordura.
quimiorreceptor. O fluxo sanguíneo é Placas ateromatosas. Sendo assim, a
mais rápido no centro da luz e mais isquemia é bem mais frequente do que a
lento nas paredes, dessa forma o bulbo hemorragia intracraniana (3:1).
dilatado, faz com que ambas as
velocidades reduzam.
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A Isquemia cerebral: é uma situação f. Sarcoidose;


onde há diminuição ou abolição da g. Granulomatose de Wegener.
perfusão cerebral.
AVCI EMBÓLICO: A partir de uma
AIT: Déficit neurológico de causa placa no bulbo, podemos ter aderência
vascular de duração de até 24 horas. de plaquetas ou a placa sofrer ulceração
e liberar seus êmbolos. Causando assim
AVCI em evolução: é o déficit
uma Embolia artério-arterial. Ou
neurológico superior a 24 horas e
podendo ter a obstrução a nível da
progressivo.
placa, dando da mesma forma a
AVCI instalado: é o AVCI em isquemia cerebral.
evolução, com algum grau de sequela
na recuperação.
EPIDEMIOLOGIA DO AVCI
a. AVC permanece como a terceira
causa de morte no mundo;
b. Principal causa de incapacidade
no adulto;
c. Aumenta chance de episódios
com a idade;
d. A população global está cada FATORES DE RISCO:
vez envelhecendo mais, o que
propicia maiores eventos; a. Diabetes Mellitus;
e. A prevenção primária e b. Hipertensão Arterial Sistêmica
tratamento precoce são (HAS);
essenciais. c. Tabagismo;
d. Cardiopatias;
CAUSAS: e. Hiercolesterolemia;
f. Trombofilias e etc.
1. Embólicas (80%):
a. Ateromatose de vasos SINTOMATOLOGIA DO AVCI
cervicais;
b. Dissecção de vasos
cervicais;
c. Displasia fibro-muscular de
vasos cervicais;
d. Arritmias cardíaca;
e. Valvolopatias;
f. Trombo em VE pós IAM;
g. Forame oval patente.
2. Trombóticas (20%): problema Afasia, disfasia ou voz embolada: Área
local, no vaso obstruído. de Broca (fala).
a. Arterite Takayasu;
b. Lupus;
c. Moya-moya;
d. Behçet;
e. Vasculite química (drogas);
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(AVCI de Artéria Cerebral Média


Direita, com sintomas a esquerda).

(A perda de definição entre os sulcos,


pode ser um indicativo de uma lesão
isquêmica. Entretanto, como não há
1. Artéria Cerebral Anterior; uma definição evidente dessa perda, nós
2. Artéria Cerebral Média; podemos laudar essa primeira imagem
3. Artéria Cerebral Posterior. como sendo normal, erroneamente, após
3 dias, esse mesmo paciente volta para
fazer novamente uma Tomografia, onde
se evidencia a área infartada).
Dessa maneira, sempre devemos estar
atentos a história clínica. O paciente que
possui história clínica de AVC e quando
faz a tomografia não tem sangramento,
é um paciente com AVCI.
Outro sinal precoce importante que
podemos encontrar é a Hiperdensidade
na ACM, chamado de sinal da “corda”,
string sign.

SINAIS PRECOCES DE AVCI NA


TC DE CRÂNIO:
a. Hipodensidade cortical;
b. Perda da definição entre a
substância branca e cinzenta.
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Tomografia normal, com clínica


neurológica -> Solicitar RNM, com
difusão.

Pacientes idosos tendem a ter redução


da massa cerebral e acentuação dos
sulcos e alargamento dos ventrículos.

Outro sinal, é assimetria de sulcos e


fissuras, é difícil visualizar. Porém,
devemos nos atentar sempre a clínica, se
a clínica for sugestiva e tiver
minimamente uma assimetria de sulco e
fissura, está laudado.

O Flair pode mostrar algumas imagens


hiperintensas, entretanto geralmente
mostra áreas que são de AVCs antigos,
já a difusão mostra áreas que são
agudas.
Outro tipo de AVC que temos é o AVCI
“hemodinâmico”. Ocorre por hipofluxo A RNM com difusão não é indicada
cerebral e é dado em zonas de para todos os pacientes.
fronteiras/water shed zone. É
característico de afogamento, Parada TC normal + clínica = RNM
Cardiorespiratória e Asfixia. RNM sem imagens positivas em outras
aquisições = Difusão.
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Medicamentoso: antiagregação
plaquetária.
Estudos/Trials: O estudo que foi mais
relevante nos anos 90, foi o que mostrou
que o risco de AVC reduzia de 26%
para 9%, quando havia obstrução de
No AVCI hemodinâmico, nós temos a 70% ou mais e se fazia uma
falta de suprimento sanguíneo dada por Endarterectomia ou angioplastia com
hipofluxo, esse por sua vez causa colocação de Stent.
hipoxemia, é marcado pelas zonas de
fronteiras/water shed zone. Nos EUA, é
realizada a RNM para avaliar os casos
de idosos que tiveram tentativa de
asfixia por seus cuidadores, sendo um
instrumento comprobatório.
ESTENOSE CAROTÍDEA
ATEROMATOSA Se faz a medida da estenose, sob a
carótida distal, para saber o grau de
obstrução. Não devemos “achar” que o
bulbo é de “x” tamanho, porque essa
medida é muito variável. Devemos
sempre usar essa relação.

Outro mecanismo de avaliação que


temos é usando o estetoscópio, fazer a
ausculta da carótida. Pedimos ao
A avaliação inicial é feita com USG,
paciente que suspenda a respiração por
especificamente o USG com doppler,
alguns segundos, para não ter o som do
para avaliação de fluxo.
ar passando pela traqueia, e podemos
TRATAMENTO CLÍNICO: é dado ouvir um sopro passando, por conta do
pelo controle dos fatores de risco. estreitamento causado pela placa na
artéria. A velocidade do fluxo aumenta
a. Tabagismo;
no ponto de estenose.
b. HAS;
c. Hipercolesterolemia;
d. Hipertrigliceridemia;
e. DM.
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ENDARTERECTOMIA (cirurgia
aberta): feita com anestesia geral ou
sedação. Realizada quando a obstrução
é maior que 70%. O risco é ter lesão de
nervo facial.

ANGIOPLASTIA: é a colocação do
stent. Existe um filtro de proteção
cerebral, para evitar que um trombo seja
liberado. Não existe possibilidade de
rejeição. Única contraindicação é um
trombo flutuante, que se o procedimento
fosse realizado seria liberado.

TROMBÓLISE INTRACRANIANA:
dissolução do trombo. Quando nós
suspeitamos de AVC e na tomografia
não evidencia uma hemorragia, nós
fazemos uma RM com difusão e
perfusão. Se a área comprometida na
difusão for diferente da área acometida
em perfusão nós temos o chamado
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Mismatch, que é uma área que se for


abordada adequadamente ainda pode ser
salva, sem sequelas maiores.

Para que isso ocorra nós temos


janelas de atuação:
A área em azul, é a área que está
a. Janela de até 3 horas por via suprimida, sem sangue e área em
venosa periférica; vermelho dentro do azul, é área que está
b. Janela de 6 horas por isquemiada, ou seja, com morte
microcateterismo intracraniano. neuronal. Essa não tem possibilidade de
ser salva, apenas a área da região
A droga utilizada é rTPA.
posterior. Por essa razão fazemos a
Se na difusão e perfusão temos o neurointervenção, para que se tenham
mesmo tamanho, por mais que se saiba menores repercussões. Se não for
fazer o procedimento, perde-se a janela realizada a intervenção a área em
de neurointervenção, ou seja, mesmo questão será totalmente isquemiada.
que seja feita a neurointervenção não há
HISTÓRIA DA TROMBÓLISE
o que se fazer por aquele parênquima
INTRA-ARTERIAL
lesionado.

Após evidenciar o mismatch, nós temos


o que chamamos de penumbra cerebral,
que é a área a ser salva pela intervenção.
Corresponde, então a associação das
imagens de difusão e perfusão.
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RESUMO DE DOENÇA
ATEROMATOSA:
1. USG é o exame de sreening,
iniciar com ele;
2. Pacientes com estenose de até
70%, deve ser tratados com
antiagregação plaquetária, MEV,
atividade física;
3. Acima de 70%, cirurgia aberta
ou angioplastia com stent, a
depender do caso;
4. Quando o trombo sobe,
trombectomia, associada ou não
a trombólise, devemos
individualizar os casos.
DOENÇAS QUE NÃO ACOMETEM
O BULBO
1. DISSECÇÃO ESPONTÂNEA
DE CARÓTIDA
TROMBECTOMIA MECÂNICA (SUBENDOTELIAL):
diferentemente da dissecção
traumática, essa não possui um
fator desencadeante. A força
sanguínea e a fragilidade das
camadas endoteliais, formam um
hematoma, esse por sua vez cria
um estreitamento da luz da
artéria. Pode ser visualizado em
imagens como uma meia lua, um
hematoma, basicamente um
trombo fresco. Chamado de
Sinal do menisco. Nesse tipo de
dissecção o bulbo é polpado,
diferentemente da ateromatosa.
Podemos notar alguns sinais:
a. Sinal do menisco: meia lua,
na luz vascular;
b. Sinal da chama de vela, no
bulbo carotídeo, ou também
chamado sinal do “Dedo de
luva”. É dado por uma
A Trombectomia é a técnica mais oclusão acima do bulbo;
moderna que temos atualmente, a que c. Sinal da corda, estenose.
menos evolui com sangramento e que
traz mais benefícios.
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O curso dessa doença é benigno. Só


devemos fazer intervenção se esse
paciente evoluir com alguma embolia.
Para esse quadro a conduta é
expectante, tratamento medicamentoso
é feito com antiagregação plaquetária
dupla (AAS e clopidogrel), hidratação
oral adequada.

Essas estenoses tendem a se resolver


espontaneamente, pois o hematoma será
reabsorvido de maneira fisiológica.
Acometem geralmente em pacientes
jovens. Sendo assim esses pacientes não
são necessitam de angioplastia.
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2. ARTERITE DE TAKAYASU
Diferença de pressão arterial entre os
É conhecida como “doença do sem membros. Lembrar que em jovens, com
pulso”. Arterite inflamatória crônica de pulsos distintos, a artrite de Takayasu é
etiologia desconhecida que afeta uma suspeita diagnóstica.
grandes vasos, predominantemente a
aorta e seus principais ramos. Acomete Tratamento com Corticoide + Anti-
jovens de 10 a 40 anos. A inflamação hipertensivos associados (4).
leva a espessamento da parede do vaso, 3. DISPLASIA
fibrose, estenose e formação de FIBROMUSCULAR
trombos. O enfraquecimento da parede
vascular pode formar aneurisma da Doença vascular não inflamatória, não
aorta ou acometimento de valvas aumenta VHS e PCR. Não
cardíacas. PCR e VHS são exames que arteriosclerótica. Acomete artérias de
se mostram alterados na atividade da médio calibre (carótidas, renais, ilíacas,
doença. vertebrais e etc). Atinge mais mulheres
jovens. Causa hipertensão renovascular,
Os sintomas são: dor, formigamento ou repercutindo com HAS, AVCI, TIA,
palidez no membro acometido amaurose e náuseas. O diagnóstico é
(claudicação), redução do pulso arterial, feito com USG com doppler, angio-TC
diferença de pressão entre membros, e angio-RM.
hipertensão reno-vascular, síncopes,
isquemia cerebral. O achado de imagem é: “contas de
terço” ou “colar de pérolas”.
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A causa primária é por HAS, todas as


outras causas são tidas como causas
secundárias.
Quadro clínico:
a. Rebaixamento do nível de
consciência;
b. Crises convulsivas;
c. Déficits focais;
d. Parada cardiorrespiratória;
e. Plegia súbita.
Artérias lentículo-estriadas: são
artérias finas que nascem da artéria
cerebral média, não se comunicam entre
si e vão para a profundidade do
hemisfério cerebral, para os gânglios da
base. O paciente que tem um pico
hipertensivo, tende a ter o rompimento
dessas artérias, causando assim um
grande hematoma – Hemorragia
profunda.

Classificação quanto a localização:

AVCH – Acidente Vascular Cerebral


Hemorrágico
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(Hemorragia com início no Tálamo


Direito).
Uma hemorragia que se inicia no
tálamo, tem condições de pressionar e
romper a parede do ventrículo. Já uma
hemorragia do ventrículo, não consegue
se disseminar pelo parênquima. Sendo
assim, nessa imagem podemos dizer que
a hemorragia começou no Tálamo e se
disseminou para o ventrículo.

AVCH Primário (HAS): locais de Hemorragia que acomete o tronco


acometimento: cerebral é dada como gravíssima. O
tronco continua com a medula, por esse
a. Gânglios da base (50%); motivo é muito grave. Todos os
b. Tálamo (15%); comandos sistêmicos são
c. Tronco cerebral (10%); comprometidos, como respiração e etc.
d. Cerebelo (10%). Esse paciente terá de ser intubado.
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Aneurisma cerebral não é congênito.

Os aneurismas podem ser de dois tipos:


1. Lúmen: Berry aneurisma.
Hemorragia do cerebelo, colaba o 4º 2. Parede: pós dissecção,
Ventrículo, empurrando as tonsilas inflamatório (AIDS), infeccioso,
cerebelares para baixo, e o paciente tem genético (Doença Policística
uma parada cardiorrespiratória, por Renal do Adulto), hiperfluxo.
aprisionamento de tronco.
Hematoma profundo x Lobar
(superficial)

BERRY
ANEURISMA/ANEURISMA
SACULAR
A imagem 1, representa um hematoma
profundo, pois está localizado em uma É raro, a minoria sangra. Predominante
região profunda, sangrando do em mulheres e raro em crianças.
parênquima para o ventrículo. Aumenta a chance com a idade. A cada
3 anos o endotélio é totalmente
Já a imagem 2, representa um “reformado”, sendo assim com o passar
hematoma superficial, por estar em do tempo, essa reforma tende a ficar
região cortical, não poupa a margem, o mais deficitária, aumentando a chance
que nos evidencia que é cortical. de desenvolver um aneurisma. É 10x
Geralmente, quando temos mais frequente que MAV.
comprometimento de ventrículo, Aneurisma intracraniano deve ser
estamos de frente a uma hemorragia tratado, se o aneurisma for acima de 2
primária, não temos uma faixa etária mm se consegue fazer embolização, se
especifica, podendo ser jovem e idoso. for abaixo disso, não trata por
Já na hemorragia cortical, geralmente se embolização, por conta do tamanho das
dá em idosos, configurando uma molas. A não ser que se tenha uma
angiopatia amiloide. hemorragia subaracnóidea na região.
ANEURISMA CEREBRAL
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Localizações de ruptura mais frequentes


são comunicantes anterior e posterior,
ACM, topo da basilar.
HEMORRAGIA SUBARACNOIDE
Trata-se de sangue nos sulcos, giros e
ventrículos cerebrais.

Se passa um microcateter com um stent


flexível, que é capaz de fazer a
sustentação do vaso e das molas que
serão injetadas no aneurisma, com a
finalidade de não deixar essas molas
voltarem e obstruir o vaso.

Diagnóstico: clínico + imagem (TC).


Esse paciente apresenta uma dor de
cabeça súbita, em facada ou pontada, Diferentemente dos clips cirúrgicos,
podendo inclusive perder a consciência esses pacientes poderão fazer RNM pós
por dor. Essa dor se dá por ser irritação procedimento, pois os stents são feitos
quando o sangue atinge a meninge. de tungstênio.

Paciente pode apresentar diplopia MAV – MÁ FORMAÇÃO


quando comprime o quiasma óptico. ARTEIOVENOSA
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hemorragias superficiais, que polpam


regiões profundas.
a. MAV: má formação
arteriovenosa, é dada em jovens
sem história previa de doenças
de base. Com história de
formigamento, hemiparesia e
sincope súbita;
b. Metástase: é dada
No idoso essa imagem seria facilmente principalmente em pacientes que
dada como Angiopatia Amiloide, no tem história de câncer de
jovem é MAV. pulmão, são metástases que
sangram com facilidade.
c. Aneurisma Micótico: é dado
em pacientes com história previa
de infecção, por exemplo uma
história de endocardite
infecciosa. Entretanto, apesar do
nome ser micótico, esses
pacientes não apresentam um
aneurisma por fungo, é dado
após ou em uma infecção por
bactéria;
d. Angiopatia Amilóide: é
basicamente a mesma imagem
de pacientes jovens que possuem
MAV, entretanto, só pode laudar
como angiopatia amilóide
quando essa imagem e a clínica
for sugestiva e o paciente for
idoso.

TIPOS DE HEMORRAGIA: essas


hemorragias a seguir são exemplos de
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Esse tipo de hemorragia é dado pela


Artéria Meníngea Média.

RX DE TÓRAX NA EMERGÊNCIA
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ACHADOS DE IMAGEM NOS Temos alguns critérios que a indicam


TRAUMAS CRANIOENCEFÁLICO mesmo com a pontuação de 13 – 15.
E RAQUIMEDULAR – O que o Sendo eles:
médico generalista precisa saber?
a. Cefaleia;
Distribuição trimodal das mortes por b. Vômitos;
trauma: c. Pacientes >60 anos;
d. Intoxicação por drogas/álcool;
1. Aguda: nos primeiros 15
e. Deficit e memória a curto prazo
minutos após o fato. Esses
(amnésia anterórgrada);
indivíduos morrem por afecções
f. Trauma visível acima das
de coração, coluna, encéfalo e
clavículas;
aorta;
g. Convulsões.
2. Recentes: ocorre nas primeiras
24 horas após o fato. Classificações das lesões:
Acometendo preferencialmente
1. Primárias x secundárias;
encéfalo, pulmão, abdome;
2. Intra x extra-axiais;
3. Tardia: ocorre após as 24 horas.
3. Trauma fechado x penetrante.
Se dão por complicações,
infecções, principalmente Sepse. TCE não é um evento estático. A lesão
tem uma cascata de eventos
O principal exame de rastreio para o
fisiopatológicos. Por isso, é importante
trauma, é a tomografia sem contraste.
fazer o acompanhamento desse
Esperamos encontrar essa imagem
paciente.
(normal):

Em quem realizar TC de crânio?


1. Pacientes com ECG grave (3-8);
2. Pacientes com ECG moderado
(9-12);
3. Divergência ocorrem em qual
seria o melhor manejo em ECG
(13-15).
Como não tem muita certeza da
indicação de exames de imagens a
pacientes com a escla de Glasgow leve.
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Fratura em Ping Pong, é a fratura da


criança, onde não há efetivamente a
fratura, mas há a compressão, com
prejuízo de estruturas adventícias.

(Hematoma Subgaleal)
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dentro do ventrículo. Tem pior


prognóstico. É extra-axial.

LESÕES INTRA-AXIAIS
1. CONTUSÃO: evolui como
qualquer lesão ao parênquima =
degeneração com gliose e
encefalomalacia.

Para trauma agudo: TC de crânio sem


contraste.
Para trauma crônico: RNM.
2. Hematoma intraparenquimatoso:

3. Dano axonal difuso: perda da


consciência imediata após o trauma.
Alta mortalidade.

Hemoventrículo, é quando se tem uma


hemorragia e o sangue escorre para
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Regiões mais comuns:

Esse paciente apresenta uma clínica


muito grave, sendo que o paciente tem
um Glasgow muito baixo e a tomografia
se apresenta “normal”, não evidencia os
pequenos sangramentos. São
visualizados apenas em RNM. Onde Quanto maior for o grau da lesão menor
temos pontinhos pretos pelo parênquima será a pontuação da Escala de Coma de
cerebral. Glasgow e por isso pior o prognóstico.
ANATOMIA DA MENINGE
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HEMORRAGIA SUBARACNOIDE
TRAUMÁTICA Sangramentos baixos, tendem a ser mais
aneurisma. Sangramentos mais altos são
dados por hemorragia subaracnóidea.
LESÕES EXTRA-AXIAIS
HEORRAGIA
INTRAVENTRICULAR
(HEMOVENTRÍCULO)
a. Ruptura de veias
subependimárias;
b. Extensão de hematoma
Causa mais frequente é o trauma, não é intraparenquimatoso;
ruptura de aneurisma. A causa mais c. Redistribuição de HSA.
comum é focal: Complicações:
- Golpe, contragolpe: laceração de 1. Precoce: hidrocefalia não
vasos piais/subaracnoides; comunicante;
- Convexidades cerebrais; 2. Tardio: aderências
ependimárias.
- Junto a focos de contusão
hemorrágica.
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HEMATOMA EPIDURAL
É um sangramento que ocorre entre a
dura-máter e a calota craniana. Possui
um intervalo lúcido. Perde a consciência
no momento do trauma agudo e
recupera a consciência e rebaixa
novamente.

Diferentemente do Hematoma Epidural,


esse paciente terá um trauma “bobo”,
com rebaixamento gradual do nível de
consciência. Confusão mental. Crianças
em contexto de trauma abusivo. Idosos
após quedas. Alcoólatras com atrofia.

HEMATOMA SUBDURAL
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HIGROMA SUBDURAL TRAUMA RAQUIMEDULAR


Áreas de laceração da aracnoide.
Extravasamento do líquor que fica
aprisionado no espaço subdural.
Comum em idosos. Geralmente
isodensas ao líquor na TC.
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Áreas de transição, são áreas mais fáceis


de fraturar, porque são áreas mais
instáveis.
FRATURAS DO ATLAS C1:
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RADIOGRAFIA TORÁCICA
DERRAME PLEURAL: não tem
broncograma aéreo, por não ser uma
doença de parênquima. Apresenta
desvio contralateral do hilo e
mediastino quando volumoso. Há perda
do contorno do hemidiafragma,
obliteração do seio costofrênico (sinal
do menisco/parábola). Quando se tem
dúvida diagnóstica: decúbito lateral –
Laurell; USG e TC.
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PNEUMONIA LOBAR

PNEUMOTÓRAX

PNEUMONIA

BRONCOGRAMA AÉREO
SINAL DO SULCO PROFUNDO

BRONCOPNEUMONIA

ATELECTASIA CICATRICIAL
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CAVITAÇÃO

CONSOLIDAÇÃO NÃO É
SINÔNIMO DE PNEUMONIA

Patologia de base: Estenose aórtica.


Linfoma de Hodgkin, dando
consolidação.
Doenças virais tendem a ter um
padrão intersticial. Dessa forma,
padrão intersticial é sugestivo de
infecção viral. Se tiver cavitação ou
derrame, NÃO É VIRAL.
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Linhas de Kerley, indica edema no


insterstício em pacientes com ICC.
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IMAGEM EM ORTOPEDIA E
REUMATOLOGIA
Funções dos ossos:
a. Sustentação;
b. Medula hematopoiética;
c. Regulação homeostase P e Ca;
d. Influenciada por fatores
externos: hormônios, vitaminas
e proteínas.
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Canais de Havers – onde passam vasos


sanguíneos e células nervosas.
Canais de Volkman – comunicações
entre os canais de Havers com a mesma
função de nutrir, mineralizar e inervar o
osso.
Cortical óssea (osso compacto): 80%
do peso do osso e 20% da função
metabólica.
Trabecular óssea (osso esponjoso):
20% do peso do osso e 30% da
atividade metabólica.
O osso é um tecido vivo, sangra, dói.
Tecido ósseo é diferente do
Vive em constante construção e
hematopoético.
destruição. Necessita-se de homeostase
Periósteo: camada mais externa do para funcionar.
osso. Cujas funções são:
1. Proteger o osso;
2. Fixar os músculos servindo
como ponto de origem e de
inserção;
3. Produzir novas células para
fazer o osso crescer;
4. Produzir novas células para
substituir as danificadas
(reparação de fraturas);
5. Envolver os nervos que
envolvem alguns ossos;
6. Envolver os vasos sanguíneos
que nutrem o osso.
Histologia do periósteo:
Externa: fibrosa (proteção, fixação
muscular, enervação, vascularização);
Interna: proliferativa (potencial
osteogênico e condrogênico) –
formação do calo ósseo.
O periósteo é mais espesso nas
crianças e mais delgado nos idosos.
É um tecido cm alto potencial de
formação óssea, inervado e altamente
reativo.
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OSSOS EM FASE DE
CRESCIMENTO:
As epífises e as metáfises são separadas,
no exame radiológico, por uma faixa
radiotransparente.
Chama-se placa cartilaginosa de
crescimento (placa epifisária ou fise).

Metáfises – logo abaixo das fases:


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1: Lesão Osteolítica com bordos


escleróticos;
2: Lesão Osteolíticas sem bordos
escleróticos.
Lesão Osteolítica na TC

Os ossos podem ter 3 tipos de


anormalidades, que podem ser
isoladas ou associadas:
a. Densidade;
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b. Estrutura;
c. Forma.

MÉTODOS DE IMAGEM
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FRATURAS QUE ENVOLVEM


ARTICULAÇÕES, SÃO
CIRURGICAS.
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IMAGEM EM SAÚDE DA
MULHER
MAMA: existem dois tipos principais
de tecidos, fibroglandular (produção de
leite – tecido funcional) e tecido
adiposo (tecido de sustentação).
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
TEM PAPEL EM:
1. Rastreamento: estima-se que
desde a primeira divisão celular
anômala até um nódulo mamário
palpável de 1 cm exista um
intervalo de 10 anos. Neste
período, o método diagnóstico
com a ação comprovadamente
eficaz é a mamografia.
População geral, a partir de 40
anos é o que a sociedade
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brasileira de mastologia bianual.


recomenda. Já o Ministério da
saúde coloca como inicio os 50
anos, até os 69 anos e sendo
bianual.

O principal tipo histológico do câncer


de mama é o de ducto mamário.
Carcinoma, câncer de origem epitelial.
Dessa forma, o mais comum é o
carcinoma ductal, que se manifesta em Quanto mais jovem for a mama, mais
forma de calcificações. tecido fibroglandular há. As duas
imagens acima são de mamas maduras e
as inferiores são mamas jovens. A
grande maioria dos canceres ocorre a
partir dos 50 anos, onde há grande
substituição do tecido mamário,
facilitando a visualização.
Características especificas de cada tipo
de alteração devem ser bem avaliadas
para podermos classificar
adequadamente o risco da mesma. Por
exemplo, dependendo da margem:

A mamografia é um exame que utiliza


radiação X, logo se vê bem
calcificações e o fato de ter uma técnica
de compressão aumenta
substancialmente a capacidade de
Por essa razão foi criado o BI-RADS,
visualização e redução da quantidade de
para padronizar os achados encontrados.
raio emitida, já que é um exame
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ductos lobulares terminais. Bolsas


preenchidas por líquidos.
Ocorrem frequentemente em
mulheres de 15 a 50 anos. Na usg,
se apresentam com hipo sinal,
mas na Mamografia se
Se é encontrado uma lesão que seja apresentam com hiper sinal, o que
provavelmente benigna, classificada impede distinguir de tecidos
como birads 3, deve-se realizar moles. Só com a associação dos
mamografia com 6 meses novamente, exames.
depois um ano, um ano e meio e no
segundo ano após a primeira, se não
tiver nenhuma alteração, pode ser
classificado como birads 2. A partir de
Birads 4, se solicita biopsia.
AVALIAÇÃO DE PACIENTES
SINTOMÁTICAS
O encontro de uma alteração, como um 2. Fibroadenoma: é o tumor
nódulo, durante o auto-exame das benigno mais prevalente. Tende a
mamas, constitui um fato preocupante crescer na gestação e involuir na
para a mulher. Felizmente, na maioria menopausa. Acomete mulheres
das vezes, esses achados são benignos, entre 15 e 35 anos. São sólidos,
como cistos e fibroadenoma. indolores, móveis, sem descarga
papilar, sem alteração de pele e de
crescimento lento.

3. Carcinoma ductal invasivo: tipo


A escolha do método inicial é mais comum de tumor maligno,
influenciada especialmente pela faixa inicia-se em um ducto, rompe a
etária, sendo a USG ideal em pacientes parede e invade tecidos vizinhos.
com menos de 35 anos. A combinação Manifesta-se geralmente como
de USG + MMG é particularmente nódulos irregulares,
eficaz na maioria das pacientes, já que a microcalcificações irregulares e
chance de uma mulher apresentar câncer distorções arquiteturais. A
com ambos os métodos normais é frequência de carcinoma depende
inferior a 3%. principalmente da faixa etária e
dos dados do exame físico.
Achados comuns:
1. Cisto mamário: surgem
geralmente por obstrução de
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Suas ramificações, espiculas, dão


a característica de serem fixos e
enraizados, tornando-os
infiltrativos de tecidos vizinhos.
Dessa maneira, distorcem a pele,
criando o aspecto de casca de
laranja.
ÚTERO: vamos abordar os achados em
Miométrio (contração durante o período
menstrual, para descamação), músculo
uterino e endométrio, que é o
revestimento da cavidade interna.
O exame de entrada é:
1. USG: se a paciente já tiver
iniciado a sua vida sexual, deve-
se realizar a usg com transdutor
intravaginal. Dando assim mais
sensibilidade ao exame. A grande maioria é assintomático.
Entretanto, em alguns casos, são
responsáveis por alguns sintomas, a
depender do seu tamanho e local de
origem. O mais comum é o intramural,
que não tem contato com a cavidade.
Pode ter dor e cólica, quando em
Achados mais frequentes: tamanho aumentado. Os submucosos,
são os que possuem maior
a. Leiomiomas: tumor de musculo sintomatologia, podem causar cólicas,
liso, bem delimitado. É a tumoração aumentar o fluxo menstrual e até
mais comum do útero. São mesmo causar infertilidade, incomodam
endócrino-dependentes. Aumentam a cavidade onde o feto irá se
na gestação e involuem na desenvolver. Os subserosos, encostam
menopausa. Há estudo que diga, que na serosa do útero e podem casar
toda mulher terá pelo menos um em sintomas por compressão. Os
sua vida. subserosos pediculados podem torcer
impedindo a irrigação dele, e o paciente
ter a isquemia desse mioma,
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apresentando-se na emergência com um


quadro de abdome agudo.
Os miomas em geral podem causar até
mesmo alterações extra-ginecológicas
(urinárias e intestinais).

A RNM é o exame de eleição para


avaliação e estádio dessa doença.
Miomas causando compressão de OVÁRIOS:
bexiga.
b. Endometriose: tecido endometrial
viável, fora do endométrio.

Achados comuns:
1. Folículos pré-ovulatório: são
pequenos, mas todos os meses
Todo mês ocorre um sangramento, um deles se desenvolve,
porém como não tem cavidade para que reposnavel por ovular, se enche
esse sangue seja drenado, há a formação de líquido.
de fibroses e consequentemente, há
muita dor e até mesmo infertilidade.
Existem pequenos focos que podem ser
assintomáticos. É conhecido por ser
cisto de chocolate. Encapsula, como um
cisto.
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Quando há a ovulação, esse folículo Nos exames de imagem, podem se


explode e se tem o aparecimento do apresentar de diversas formas, por conta
corpo lúteo. do tipo celular que se manifestou.
2. Corpo Lúteo: que também é de
imagem cística, com parede
mais espessa e aparece na
segunda fase do ciclo menstrual.
Depois da fase fértil, se a mulher
não engravida há a involução do
corpo lúteo, com a formação de
uma cicatriz. E assim por diante,
por isso, esse é um achado
esperado, uma cicatriz a cada 4. Adenocarcinoma: epitelial, se
mês. manifestam através de cistos.
Acometem pacientes acima de
50 anos de idade. Deve-se fazer
o estudo histopatológico.

3. Teratoma: é um tumor de
células germinativas, ovariano,
que pode ter tecidos maduros ou
imaturos. Pode ter cabelo,
dentes, tecido cerebral, e etc.
“Teratus” em grego, quer dizer
mostro, por isso o nome. Quanto
mais tecidos maduros existirem,
mais benigno esse tumor é.
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c. Hidrosalpinge, distensão
líquida da trompa. Ocorre por
obstrução das duas pontas das
trompas, proximal e distal.
Ocorre porque a trompa
continua produzindo muco e tem
obstrução dupla.

TROMPAS: tem função unicamente


mecânica. Revestida por epitélio
ciliado. São muito finas, como um fio
de cabelo, por essa razão não são tão
facilmente visualizadas em exames de
imagem. O exame de escolha para
ENDOMÉTRIO: é a cavidade uterina,
visualização das trompas é
que descama durante a menstruação. O
Histerossalpingografia.
endométrio é composto de endométrio e
estroma. Podendo ter alterações nessas
duas porções. Possui variabilidade de
espessura durante o ciclo menstrual.

O estudo das trompas se dá pois existem


situações que causam o fechamento das
mesmas. Tais como:
a. Infecções, causam fibrose e
interrompem a passagem;
b. Endometriose, forma fibrose.
Causa mais comum de infertilidade.

Endométrio depois do ciclo


menstrual:
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Endométrio próximo da
menstruação:
Adenocarcinoma, é o tumor maligno
de tecido epitelial do endometrial. O
principal fator de risco é a longa
exposição ao estrógeno. Tipicamente,
manifestado por sangramento vaginal
pós-menopausa. Quanto menos filhos,
mais exposição ao estrógeno.
Nuliparidade é fator de risco.
Espessamento e heterogeneidade de
endométrio.

A mulher em idade fértil, é normal ter


essa variação. Na mulher que não
menstrua, menopausadas ou criança, Tende a invadir o miométrio e depois os
esse endométrio tende a ser bem tecidos vizinhos, causando metástases
fininho. por via hematogênica.

A principal alteração do endométrio, é o IMAGEM EM ONCOLOGIA


pólipo. Trata-se de um tumor benigno Utilizados em:
de tecido epitelial. Pode gerar distúrbios
menstruais e até infertilidade. Atrapalha a. Rastreio;
nidação e desenvolvimento do embrião. b. Diagnóstico;
O exame para visualizar é c. Seguimento.
Histerossonografia, que é a injeção de RASTREIO: Se doença prevalente,
soro fisiológico por via vaginal com fase pré-clínica adequada (tempo de
cateter duplo lúmen (possui cuff), para progressão da lesão) e exame com
que seja preenchida a cavidade com custo/benefício aceitável.
soro e se visualizem os pólipos. Podem
ser vistos na RNM e TC também. RASTREIO DE CA COLORRETAL
1 em cada 20 indivíduos, vai
desenvolver um câncer de intestino. O
mais frequente é ocorrer a partir dos 50
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anos de idade. A mortalidade é TNM


diretamente relacionada ao
T: Tumor primário.
estadiamento. >90% de cura em
tumores em estágios iniciais. N: Avaliação das cadeias de drenagem
da região em que o tumor se localiza.
M: Metástases à distância.
Os estágios mais comumente são
classificados da seguinte forma:
Estádio 0: carcinoma in situ;
A evolução para câncer é de
Estádio I: Invasão local inicial;
aproximadamente de 15 anos. Rastreio
feito com colonoscopia a cada 10 anos, Estádio II: Tumor primário limitado ou
a partir dos 50 anos. invasão linfática regional mínima;
Estádio III: Tumor com extensão local
moderada ou invasão linfática regional
extensa;
Estádio IV: Tumor com acentuada
extensão local ou metástases à distância.

Outros tumores que são rastreados na


população geral, por terem fase pré-
clínica longa, são:
a. Ca de mama;
b. Ca de próstata;
c. Ca de colo do útero.
ESTADIAMENTO
Consiste na avaliação inicial da
extensão do tumor pelo organismo. O
estadiamento permite:
a. Seleção de condutas
terapêuticas;
b. Estimativa de prognóstico; EXAMES PARA ESTADIAMENTO
c. Facilita a comunicação entre os
a. Avaliação individualizada;
especialistas;
b. Sítio do tumor primário e tipo
d. Contribui para a pesquisa
histológico;
oncológica e comparação entre
c. Marcadores laboratoriais
resultados obtidos pelos centros.
tumorais;
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d. Locais prováveis de
disseminação;
e. Acurácia e disponibilidade dos
exames.
ESTADIAMENTO DE TÓRAX
1. Radiografia – é aceita como
método inicial em pacientes sem
doença metastática conhecida,
porém existe controvérsia de seu
uso rotineiro no contexto
oncológico por ser pouco
sensível e específica. No contexto oncológico, deve-se usar o
meio de contraste a não ser que haja
contraindicação ao iodo.
a. Avaliação superior do
mediastino;
b. Útil para delinear e caracterizar
comprometimento pleural;
c. Avaliação de possível TEP.
ESTADIAMENTO DO ABDOME
1. Ultrassonografia – Método barato,
não invasivo e de fácil realização,
porém muito inferior na
caracterização de eventuais lesões
focais em relação a TC e RM.
2. Tomografia Computadorizada 2. Tomografia Computadorizada –
– é muito superior a radiografia assim como no tórax, o uso do
na detecção de nódulos contraste é primordial no contexto
pulmonares, bem como as oncológico. Na TC, além do fígado,
alterações como linfonodopatias sítios importantes de lesões
e comprometimento pleural. É secundárias são o peritônio,
fundamental no estadiamento linfonodos e adrenais.
inicial de neoplasias com alta
propensão para disseminação
pulmonar como mama, cólon e
rins.
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3. Ressonância Magnética - tem a corticais embora não forneça dados


caracterização tecidual superior à confiáveis sobre a integridade da
TC e pode ser exame complementar medula óssea. Sua principal
para esclarecer questões duvidosas. limitação é que se estima que seja
Enquanto a TC só oferece necessário reduzir de 30 – 75% a
informações sobre atenuação e fluxo quantidade de cálcio para que uma
vascular, a RM é capaz de fornecer lesão possa ser detectada em uma
dados sobre tempos de relaxamento região, dificultando o diagnóstico
T1 e T2, presença de gordura, precoce.
hemorragia, perfusão e elementos de
As lesões ósseas podem ser:
cinética da água.
- Brancas (Radiopacas) –
osteoblásticas, sendo as principais
causas Ca de mama e Ca de próstata.

ESTADIAMENTO DE OSSOS
- Escuras (Radiotransparentes) –
As metástases ósseas ocorrem em 30 - osteolíticas, maior parte dos tumores.
70 % dos pacientes oncológicos. A
2. Tomografia computorizada -
mama é a o sítio primário que mais
embora tenha boa resolução anatômica,
causa essas metástases ósseas em
sofre do mesmo problema da
mulheres e a próstata nos homens.
radiografia em relação a detecção da
A principal forma de disseminação é destruição óssea necessária para ser
hematogênica, por isso a maioria dos vista ao método. Tem papel importante
casos é encontrada em locais com na avaliação de complicações de
riqueza de medula vermelha, ou seja, metástases como fraturas, compressão
esqueleto axial. medular e envolvimento de forames
Métodos utilizados:
1. Radiologia – método de entrada, é
apropriado para detectar lesões
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neurais. todo o esqueleto em um único


exame. O radiofármaco mais
utilizado é o MDP-99m-Tc, que tem
afinidade por matriz óssea em
formação, de modo que seu grau de
captação é proporcional ao fluxo
sanguíneo e a atividade
osteoblástica da região. Por isso, o
método tem maior sensibilidade
para lesões blásticas, embora a
maioria das lesões líticas
apresentem algum grau de reação
esclerótica e possam também serem
detectadas.
3. Ressonância Magnética – é o
método de escolha na avaliação da
medula óssea (gordura). A medula
normal tem hiperssinal em T1, enquanto
as metástases tem hipossinal em T1 e
T2 devido a substituição da medula
amarela por tumor. Porém tem
sensibilidade inferior a TC e
Cintilografia na detecção de metástases
apenas na cortical.

SEGUIMENTO ONCOLÓGICO
Tanto a redução do volume total da
doença, denominada RESPOSTA,
como a PROGRESSÃO da doença, são
marcos fundamentais na continuidade,
mudança ou interrupção do tratamento
oncológico.

4. Cintilografia óssea – método PROTOCOLO RECIST


bastante utilizado por ter bom (Response Criteria in Solid Tumors)
custo/benefício, baixa dose de
radiação e possibilidade de avaliar
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O objetivo de simplificar a avaliação de Principais desafios do RECIST:


resposta. Protocolo mais utilizado por
a. Incorporação de novas técnicas
instituições acadêmicas e pela indústria
diagnósticas funcionais;
farmacêutica. A versão mais recente é a
b. Novos métodos de
de 2009 (RECIST 1.1).
padronização.
Principais conceitos:
a. Mensuração unidimensional;
b. Dimensão lesional mínima para
mensuração;
c. Número máximo de lesões
mensuráveis;
d. Instrução para uso de exames
seccionais.

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