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PATOLÃO 1

PATOLÃO 2

LEIA-ME
Ola, sou seu veterano, passei sem problemas na matéria de patologia com média 8, somente com o estudo do
material que lhe apresento. Nesse tópico em específico estão algumas considerações que você DEVE LER a fim
de que não lhe surjam dúvidas a respeito do dele durante o transcorrer do semestre. É sério, leia, vai fazer
diferença.

Antes de tudo gostaria de agradecer as pessoas que de alguma forma ajudaram na construção dele, um beijo
especial para Mônica Primeira ATM241, que teve o trabalho de rever-lô, e um abraço para o Carlos William
ATM241, que ajudou mandando todo o início da máteria do Wlad. Esse caderno deu um trabalho monstruoso,
para se ter uma ideia, cerca de 4 a 5 horas eram gastas para a transcrição de cada aula, aqui se encontram todas,
menos duas que foram perdidas, infelizmente, durante a construção dele, aqui se encontram 29 aulas. Além disso,
era necessário reler-lô pois durante a transcrição existe os naturais erros de ortografia e os de semântica, pode
adicionar mais 2-3 horas, para cada aula. Ademais, muitas aulas, principalmente as do final do semestre, foram
completadas pela bibliografia utilizada pelos lecionantes porque foi observado que os professores, em evidência o
Wlad, cobrava em sua avaliação conteúdo contido apenas nas referências bibliográgficas. Não saberia estipular a
quantidade de horas que esse trabalho apresentou-se uma vez que foi feita durante todo o semestre e durante o
estudo para as provas, mas foram muitas. Sem contar as horas gastas para editar, reler, organizar, juntar, ações
que naturalmente um livro precisa sofrer para ser concluído. Para se ter mais uma noção, estou aqui as 00:31 da
noite do dia 17/09/2020 já passado pós ultima prova para lhe entregar esse documento no melhor estado possível.

Sem mais delongas sobre o processo de composição desse documento, esse caderdo tem como objetivo principal
te auxiliar, no transcorrer de todo o semestre da disciplina de patologia. Sugiro que o utilize enquanto assita suas
aulas estimulando dois órgãos sensoriais ao mesmo tempo, o auditivo e o visual, foi comprovado que a utilização
de um áudio book durante a leitura do mesmo, a sua eficiência se torna muito maior que ambas ações executadas
isoladamente. Embora esse documento não seja uma transcrição fidedigna de cada sílada dita pelo professor, o
que tornaria o documento impossível de se entender em algumas momentos, mas ele cumpre com a mesma
função. Se achar conveniente, imprima-o.

Apesar do gigantesco trabalho, infelizmente ele não é perfeição. Isso acontece por três motivos principais. O
primeiro tem com relação a origem dele próprio uma vez que não tinha o objetivo de ser passado para a
posteridade. O segundo, que esta intimamente relacionado com o primeiro, se deve a indecisão minha em
escolher o melhor método de estudo iria seguir já que as aulas em formato EAD não tem precedente algum na
história da UFPel. Com o decorrer do semestre, curto porém exaustivo, percebi que a transcrição das aulas é um
método muito eficiente para o estudo para as provas. O terceiro, por sua vez, esta relacionado com minha
adequação ao estilo dos professores com o passar do tempo sabendo quais os tópicos focar principalmente.
Portanto esse documento se apresenta em uma gradação de aperfeiçoamento, as ultimas aulas se encontram
com um detalhamento superior as aulas iniciais, contando aquelas com complemento das bibliografias do Robbins
e do Bogliolo, enquanto as iniciais encontram-se mais simples, mais dedicadas a transcrição somente.

Dentre as falhas que o caderno apresenta, digo-o para orientá-lo durante seus estudos e também aproveito a
deixa para pedi-lo que as resolvam se estiver vontande

 Estão faltando as aulas 5 e 6 da Valéria, foram perdidas as transcrições durante a construção desse
documento. As aulas do Wlad 1, 2 e 3 foram cedidas gentilmente pelo meu colega e grande amigo Carlos
que, embora não se apresentem tão completas como as outras 24 aulas, servirão para orientá-lo. Além
disso, devo agradecer a Mônica que se deu ao trabalho de completar com maestria a última aula da
Valéria. Peço para que não se assute com a primeira aula da Valéria, ela esta completa excessivamente,
muito desse conteúdo sera novamente abordado posteriormente pelo Wlad. Como já citado, estava em
dúvida sobre qual método mais eficaz abordar para enfrentar esse semestre único

Por fim, peço para que ignore os erros existentes em ortografia e aqueles de semântica, sou apenas um aluno de
boa vontade.

Considerações feitas, espero que seja útil, Vitor Mauro da ATM 232/241.
PATOLÃO 3

Parte
Valéria
PATOLÃO 4

AULA 1
LESÃO CELULAR
INTRODUÇÃO
A etiologia da palavra patologia significa estudo das doenças, em que pato refere-se a doenças e logos remete a
estudo. Ela é separada em três focos diferentes: diferenças estruturais, bioquímicas e funcionais das células.
Ademais, tenta explicar o porquê e as causas das doenças a partir de técnicas moleculares, microbiológicas e
morfológicas. O processo doentio se dá em 4 etapas:

Etiologia causa: Embora antigamente não se soubesse muito bem as causas que se levavam uma pessoa a ter
uma doença, hoje se sabe que ela se divide em aspectos genéticos, como mutações herdadas e predisposição
para se desenvolver uma doença, e alterações causadas por agentes exógenos, como infecções, alterações
nutricionais

Patogenia: o processo como ocorre a evolução da doença desde do estímulo inicial até a expressão final da
doença

Alterações morfológicas e moleculares: as alterações morfológicas são de especial estudo da patologia referem-se
às alterações estruturais nas células e tecidos em cada tipo de doença. Além disso, é observado as alterações
químicas, isto é, moleculares

Perturbações Funcionais, ou manifestações clinicas: Essas são, por fim, os sinais e sintomas que são percebidas
por um clínico em decorrência das causas, patogenia e as alterações morfológicas e moleculares

VISÃO GERAL: RESPOSTA CELULAR AO ESTRESSE E AOS ESTÍMULOS NOCIVOS


Cada célula corporal possuiu suas necessidades e
funcionalidades fisiológicas, por exemplo, células
musculares estriadas necessitam de uma grande
quantidade de cálcio pra seu funcionamento e que sua
excitabilidade aja de acordo com as suas contrações,
porém celular nervosas estão ativamente num processo de
despolarização e suas necessidades iônicas são distintas
das musculares estriadas esqueléticas. Portanto, a
homeostasia celular difere dentre as regiões do corpo.

Contudo, casos esse equilíbrio seja alterado, as


consequências de todas as células corporais seguem um
mesmo caminho. Esse desequilíbrio é causado por aquilo
que é chamado de estressores. Esses estímulos podem
gerar uma adaptação celular, lesão celular, ou morte
celular. Um diferente tipo de estressor, a desregulação
metabólica e lesão crônica subletal podem estar associados
a acúmulos intracelulares. Discutiremos todos eles abaixo

A ADAPTAÇÃO celular são respostas a estímulos estruturais ou fisiológicos reversíveis a situações constantes
novas, onde esse novo estágio é alterado, permitindo que a célula sobreviva funcionando normalmente,
adquirindo, desse modo, um novo estágio homeostático SEM SOFRER LESÃO, PREJUÍZO EM SUA
ATIVIDADE METABÓLICA, OU FUNÇÃO. Assim, durante o estímulo estressante a célula pode sofrer hipertrofia,
atrofia ou metaplasia (mudança em seu fenótipo), em outras palavras, sofre mudança em tamanho, número e
aparência. Contudo, quando ele é eliminado, a célula retorna ao seu estado original naturalmente.
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Já a LESÃO CELULAR ocorre quando um estresse é ocorrido exacerbadamente de modo que a célula não foi
capaz de se adaptar, ou é ocorrido eventos nocivos, como privação de nutrientes a ela, ou ela ficar comprometida
por mutação, que pode danificar seus constituintes celulares, gerando algum problema de funcionamento.

Dependendo do tipo de lesão, (1) BAIXA INTENSIDADE E/OU COM DURAÇÃO LIMITADA, OU (2) ALTA
INTENSIDADE OU PROGRESSIVA podem gerar dois tipos de consequências. Para aqueles mais brandos (1)
ocorre uma lesão reversível, que depois de um período de tempo a célula volta a seu estágio normal de
funcionamento. Porém, para aqueles mais exacerbados (2) os danos são irreversíveis, causando a MORTE
CELULAR que pode se dar por necrose ou apoptose.

Vale a pena considerar que adaptação, lesão tecidual e morte celular podem ser um único processo patogênico
que ocorreu progressivamente.

ADAPTAÇÃO DO CRESCIMENTO E DIFERENCIAÇÃO CELULAR

HIPERTROFIA

Hipertrofia é quando ocorre AUMENTO do tamanho da célula, levando a um aumento do tamanho do tecido e/ ou
do órgão. Ela pode ocorrer de modo fisiológico ou patológico como consequência de estímulos hormonais, fatores
de crescimento, ou por aumento da demanda funcional.

Quando a hipertrofia é causada pelo aumento da demanda funcional pode-se citar como exemplo os tecidos
musculares. Eles, tanto o muscular estriado esquelético, como o muscular liso cardíaco sofrem alta hipertrofia com
baixa hiperplasia. O tecido muscular esquelético hipertrofiado, desejo daqueles que apreciam os fisiculturistas, é
causado pelo estresse de sobre carga sobre os músculos. Nos músculos cardíacos, ocorre da mesma forma,
porem a sobre carga, que nos fisiculturistas é gerada pelo levantamento de peso, no coração é substituída pelo
sobrecarga hemodinâmica crônica. Esse estressor é causado pelo aumento da PA ou de alguma deficiência
valvar.

Ainda tratando dos miócitos, existe um LIMITE para a hipertrofia. O coração que sofre com um processo de
estresse crônico pode leva-lo ao limite. Caso esse processo continue além desse limite (estressor progressivo que
leva a morte celular), as fibras cardíacas começam a regredir e sofrer lise e perda de seus elementos contráteis,
em casos extremos ocorre morte dos miócitos, por apoptose ou necrose. No quadro clínico, esse processo leva o
nome de INSUFICIÊNCIA CARDÍACA

Outro exemplo de hipertrofia é aquela que ocorre nos retículos endoplasmático agranular nos hepatócitos em
casos de uso crônico de medicamentos, como barbitúricos que leva a um aumento da produção dos citocromos P-
450, aumentando, portanto, a desintoxicação. O uso crônico de álcool leva a mesma hipertrofia, podendo
aumentar a depuração de fármacos degradados por essa via.

Quando é gerada por estímulos hormonais, é interessante ressaltar o crescimento do útero durante a gravidez,
ocasionada pela sua hipertrofia do músculo liso através dos hormônios esteroides.

Mecanismo

A hipertrófica é consequência de
um elevado número de proteínas
produzidas intracelularmente.

Essas proteínas são produzidas


como fruto de uma ação conjunta
de sensores mecânicos, fatores de
crescimento e agente vasoativos.
Os sensores de crescimento são
ativados quando ocorre aumento da
carga de trabalho, e eles próprios
induzem a produção de fatores de
crescimento e agonistas.
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Essas ações atuam por duas vias bioquímicos: (1) fosfoinositídio 3-cinase/Akt e (2) a via da Proteína G. A primeira
via é a principal para os casos de hipertrofia fisiológica induzida por aumento da demanda funcional. Já a
segunda é a principal em casos patológicos.

HIPERPLASIA

É um fenômeno da adaptação celular onde ocorre uma PROLIFERAÇÃO CELULAR, gerando um aumento na
massa do tecido ou órgão. Salvo alguns casos, hiperplasia e hipertrofia andam juntos e geralmente são
estimulados da mesma forma. Existem dois tipos de hiperplasia, a fisiológica e a patológica. Essa proliferação é
dada em células maduras induzida por fatores de crescimento e fatores hormonais; também pode ocorrer de
proliferação a partir das células-tronco teciduais.

A HIPERPLASIA FISIOLÓGICA é dividia em hiperplasia hormonal e compensatória por fatores de crescimento. A


primeira é quando ocorre uma multiplicação celular por estimulação de hormônios, por exemplo o caso do tecido
epitelial das mamas femininas durante a puberdade, esta adaptação é também seguida de um processo de
hipertrofia. A segunda ocorre quando existe lesão tecidual ou ressecção parcial. Dentre os casos de ressecção
parcial, é interessante o caso hepático, em que após uma hepatectomia parcial, ocorre a proliferação dos
hepatócitos até que ele volte a ter seu tamanho original pela ação dos fatores de crescimento

A HIPERPLASIA PATOLÓGICA, por sua vez, pode ser causada por fatores hormonais, ou por agentes
patológicos. Com relação aos fatores hormonais, tem-se como exemplo a hiperplasia prostática benigna e a
hiperplasia endometrial. Nos agente patológicos, existe o papilomavirus, um vírus que causa hiperplasia cutâneas
pela estimulação de fatores de crescimento por genes virais ou pelas célular infectadas, como verrugas e
epitélio hiperplástico.

Vale ressaltar que a hiperplasia patológica e o câncer são fenômenos diferentes, porém, aquela é um terreno fértil
para esta neoplasia. Pois na primeira não ocorre variação genética enquanto na segunda sim. Portanto, embora
as hiperplasias prostáticas e endometriais sejam benignas e controladas, futuramente elas podem a vir a ter
proliferação cancerosa

ATROFIA

A atrofia é um processo de adaptação inverso ao da hipertrofia e da hiperplasia, ou seja, DIMINUI O TAMANHO


CELULAR E O NÚMERO DE CÉLULAS, reduzindo, portanto, a massa e o tamanho dos tecidos e órgão. Ela
acontece em decorrências de diversas etiologias, fisiológicas (processos embriológicos) ou patológicos. Dentre os
patológicos tem-se:

1. REDUÇÃO DA CARGA DE TRABALHO: Isso acontece geralmente em músculos esqueléticos, quando


ele diminui sua carga de trabalho ocorre sua redução. Exemplo disso é em caso de fraturas ósseas e se
faz uso de cilindro de gesso imobilizando o músculo. Porém, quando a carga de trabalho volta a ser
utilizada após a cura da fratura e da remoção do cilindro, o músculo volta ao seu tamanho original. Com
um desuso mais prolongado desses músculos, pode ocorrer apoptose celular e aumento da reabsorção
óssea, levando a uma osteoporose por desuso.
2. PERDA DE INERVAÇÃO: será mais discutida posteriormente, mas o metabolismo e a execução de suas
funções normais dependem da inervação
3. SUPRESSÃO DO SUPRIMENTO SANGUÍNEO: consequência de aterosclerose que se desenvolve
lentamente. Esse processo é mais intenso para os idosos, já que se encontra em estágios mais
avançados podendo prejudicar o cérebro e o coração
4. NUTRIÇÃO INADEQUADA: a falta de absorção de nutrientes pode fazer com que o corpo esteja em um
estágio de desnutrição proteica-calórica profunda (marasmo) e use medidas extremas para a própria
sobrevivência como a degradação muscular para obtenção de energia, onde toda a reserva lipídica já foi
utilizada. Clinicamente isso se apresenta como uma emaciação muscular acentuada (caquexia).
5. DIMINUIÇÃO DA ESTIMULAÇÃO ENDÓCRINA: perda da estimulação estrogênica, por exemplo, após a
menopausa gera atrofia fisiológica do endométrio, epitélio vaginal e mama.
6. PRESSÃO: Compressão tecidual por qualquer tempo pode levar a uma atrofia desse tecido, podendo ser
pela supressão do suprimento sanguíneo.

Mecanismo
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Ela resulta na diminuição da síntese proteica e aumento da degradação das proteínas nas células. A degradação
acontece principalmente pela via ubiquitina-proteassoma, onde ela pode ser ativada pelo desuso ou baixa
nutrição. Em muitas situações a ataxia é acompanhada por apoptose celular. Em muitas situações a atrofia é
acompanhada de autofagia

METAPLASIA

É uma alteração reversível no qual um ORGANISMO


CELULAR DIFERENCIADO SE TORNA DE UM
OUTRO TIPO TAMBÉM DIFERENCIADO (epitelial ou
mesenquimais). Esse processo adaptativo acontece
com a substituição de um tipo celular sensível ao
estresse a um outro tipo mais adaptado a suportar o
ambiente hostil.

Dentre as metaplasias epiteliais, um exemplo comum é


a colunar para a escamosa. Dito isso, são as células do
trato respiratório, com todo as suas diferenciações, que
se modificam mais comumente devido ao estresse
crônico como casos de fumantes habituais de cigarro,
as células epiteliais colunares, ciliares da traqueia e dos
brônquios com frequência são substituídas por outro
tipo de célula, estratificado. Existem, obviamente,
outros exemplos como no caso da deficiência ou
excesso de vitamina A, além de cálculos nos ductos
salivares e biliares, porém a alteração é quase sempre
a mesma, de algum tecido celular mais sensível para
outro mais resistente, não o contrário. Contudo, essa
alteração é uma faca de dois gumes, uma vez que de
modificam para suportar estímulos mais estressantes
(fator positivos), acabam perdendo as suas funções
normais. No caso do tecido respiratório, ele se torna mais suscetível a infeções pois a secreção de muco e as
ações dos cílios dos epitélios colunares são perdidos. Além disso, influência que predispõe a metaplasia, se
persistirem pode despertar uma malignidade no tecido metaplastico.

Dentre as metaplasias do tecido conjuntivo, o tecido cartilaginoso, adiposo, ósseo (mesenquimais), sofrem
modificações de tipos celulares anormais. Por exemplo aquilo que chamamos clinicamente de miosite óssea, é um
tipo de metaplasia onde ocorre a formação de células ósseas no músculo após uma hemorragia intramuscular.
Por ocorrerem mais em casos de lesão ou danos, suas relações são mais relacionados a essa causa.

Mecanismo
A metaplasia é resultado de uma reprogramação do desenvolvimento celular das células-tronco epiteliais ou de
células mesenquimais indiferenciadas presentes no tecido conjuntivo. Essas células entram em outro processo de
transformação celular a partir de transformações do meio, citocinas e fatores de crescimento.

VISÃO GERAL DE LESÃO E MORTE CELULAR


Se dividem basicamente em Lesão Reversível e Irreversível. As reversíveis são aquelas que quando o estímulo
estressor é removido, a célula volta ao seu estado normal de funcionamento. Já as irreversíveis, ocorre quando a
célula já sofreu muito dano pelo estímulo estressor de tal modo que não existe a possibilidade de retorno à
normalidade funcional mesmo com a suspensão do estímulo estressor. A consequência da lesão irreversível é a
morte celular, este procedimento podo ocorrer em três modos, necrose, apoptose e necroapoptose.

CAUSAS LESÃO CELULAR


1) PRIVAÇÃO DE OXIGÊNIO (HIPÓXIA) : é a diminuição da concentração de oxigênio disponível as células,
reduzindo a produção de energia pela respiração oxidativa, causando, portanto, lesão celular. Causas:
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a) Isquemia: obstrução do vaso de modo que o fluxo sanguíneo não atinja a célula
b) Insuficiência cardiorrespiratória: resultando em oxigenação inadequada
c) Problema no transporte do oxigênio: anemias ou envenenamento por monóxido de carbono (produção de
monóxi-hemoglobina mais estável que a dióxi-hemoglobina)
d) Diminuição do volume sanguíneo: perda sanguínea
2) AGENTES FÍSICOS : choque mecânico, alterações de temperatura, radiação, choque elétrico
3) AGENTES QUÍMICOS E DROGAS : substancias comuns do próprio organismo em altas concentrações
(oxigênio, glicose, íons), venosos residuais (arsênio, cianeto, mercúrio), poluentes ambientais
4) AGENTES INFECCIOSOS : discutidos posteriormente em outro capítulo do livro
5) REAÇÕES IMUNOLÓGICAS : discutidos posteriormente
6) DEFEITOS GENÉTICOS : causam lesão celular tanto pela produção de proteínas deficientes como também
pode ter produção debilitada. Além disso, podem incluir mais sensibilização a variações químicas e infecções
a patógenos
7) DESEQUILÍBRIOS NUTRI CIONAIS : é umas das principais causas, a deficiência proteico-calóricas junto com
a falta de vitaminas provocando lesões celular, sendo esse um problema mundial que afeta a população mais
carente. Ironicamente, embora a falta desses insumos provoquem lesões celular, o excesso causa grandes
problemas e outros tipos de lesões celulares também como diabete e câncer

ALTERAÇÕES MORFOLOGICAS DAS LESÕES CELULARES


Existem mudanças celulares que caracterizam uma lesão celular
reversível ou irreversível, sabendo que ambas podem ser
eventos de um único processo estressor. Levando em
consideração esse processo citado, as alterações morfológicas
variam desde as estruturas moleculares e funções
bioquímicas como condensação da cromatina,
descolamento do RE, à mudanças de maiores proporções
como tumefação celular, degeneração da membrana
plasmática, sendo esses eventos ocorridos em sequência
cronológica. Os desdobramentos mais sutis ocorrem primeiro,
enquanto os danos maiores ocorrem posteriormente. Isso gera
consequências drásticas na clínica, pois danos microscópicos
(visto em uma biopsia por exemplo), ou macroscópicos são
amplos observados em estágios lesivos irreversíveis, ou seja, a
morte celular por necrose ou apoptose é inevitável. Mesmo que
atualmente exista equipamentos que são capazes de observar
lesões celulares em estágios reversíveis, como a
ultrassonografia, eles ainda são inviáveis para serem usados
abundantemente devido ao seus elevados custos de operação.
A alternativa, então, é fazer uso de técnicas menos custosas
como a microscopia óptica.

LESÃO REVERSÍVEL

Na lesão reversível, morfologicamente são vistos dois


fenômenos: TUMEFAÇÃO CELULAR E DEGENERAÇÃO
GORDUROSA. A tumefação celular ocorre devido à perda da
capacidade da célula em estabelecer a homeostasia iônico e,
portanto, equilíbrio líquido. A causa desse processo é
diminuição do funcionamento das bombas e canais iônicos
dependentes de ATP presentes nas membranas celulares. Já a
degeneração gordurosa ocorre pela formação de vacúolos
lipídicos formados intracelular em consequência a hipóxia.
Dentre as alterações ultramicroscópicas temos:
1. ALTERAÇÕES DA MEMBRANA PLASMÁTICA :
formação de bolhas, apagamento e perda as vilosidades
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2. ALTERAÇÕES NAS MITOCÔNDRIAS : tumefação e aparecimento de pequenas unidades amorfas


3. DILATAÇÃO DO RETICUL O ENDOPLASMÁTICO
4. ALTERAÇÕES NUCLEARES : desagregação dos elementos fibrilares e granulares.

AULA 2
MORTE, NECROSE E APOPTOSE
MORTE CELULAR

NECROSE

O aspecto morfológico de uma célula necrótica é resultado da desnaturação das proteínas intracelulares e
digestão enzimática das célula necrosadas.

1) A célula, no processo de morte celular, é corada pela hematoxilina e eosina (H&E). É corada em azul,
hematoxilina, a degeneração do RNA citoplasmático. É corado em vermelho, eosina, a desnaturação das
proteínas citoplasmáticas.
2) Ademais, homogênea mais vítrea do que a de células normais, principalmente devido à perda de
partículas de glicogênio.
3) Seguido pela digestão enzimática, esse processo ocorre pelos lisossomos da própria célula e dos
leucócitos que deixa-as com aspecto vacuolado e aparece ter sido roído por traças.
4) Ao final, a célula morta pode ser substituída por massas fosfolipídicas grandes e espiraladas, figuras de
mielina, derivadas das membranas celulares lesadas. Essas figuras de mielina podem ser fagocitadas ou
serem degradadas em ácido graxos e desses últimos podem a vir a sofrer um processo de calcificação
pelo processo de saponificação.
5) Concluído o processo necrótico, sempre ocorre liberação do conteúdo intracelular para o espaço
extracelular, podendo causar inflamação no local despejado.
Em microscopia eletrônica, são observados as seguintes características:
1) Descontinuidade da membrana plasmática e das organelas
2) Dilatação acentuada das mitocôndrias com aparecimento de grandes densidades amorfas
3) Figuras de mielina intracelular, restos amorfos e agregado de material felpudo, provavelmente
representando proteínas desnaturadas

As alterações nucleares, seguem as seguintes etapas:


1. CARIÓLISE : Esmaecimento basofílico da cromatina, reflete a perda do DNA pela degradação enzimática
das endonucleases
2. PICNOSE : Retração nuclear e aumento da basofilia, condensação da cromatina numa massa basofílica
solida e encolhida
3. CARIORREXE : Fragmentação do núcleo picnotico até o seu desaparecimento completo.

Necrose Tecidual

As necroses teciduais são definidas quando ocorre a morte de várias células. Normalmente, os padrões
morfológicos dos tipos de necrose tecidual são importantes de serem reconhecidos, pois podem apresentar uma
mesma causa base. Dentre esses padrões temos:

1) NECROSE DE COAGULAÇÃ O : Ocorrem quando as células sofrem um processo de isquemia o que causa
desnaturação proteica das estruturas e das enzimas proteolíticas, bloqueando assim a proteólise das
células mortas. A inativação dessas enzimas não alteram a morfologia estrutural das células necrosadas,
permanecendo anucleadas e eosinofílicas. O tecido assim permanece até que seja fagocitado depois de
alguns dias ou semanas por leocócitos sofrendo ação das enzimas lisossomais. A área que sofre necrose de
coagulação é chamada de infarto
2) NECROSE LIQUEFATIVA : Ocorre o oposto da necrose de coagulação, pois é resultado da digestão das
células mortas. A digestão é causada pelos leucócitos formando uma massa viscosa líquida resultado da
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grande concentração de leucócitos mortos e da células fagocitadas. O fluído geralmente é amarelo viscoso,
chamado de pús. Esse tipo de necrose ocorre geralmente em infecções bacterianas ou, ocasionalmente, por
fungos focais, já que o processo infeccioso promove uma maior concentração de células imunológicas para o
combate dos micróbios. A morte por hipóxia cerebral ocorre dessa maneira e não se sabe o motivo
3) NECROSE GANGRENOSA : membro que tenha perdido o seu suprimento sanguíneo, geralmente membros
inferiores e que sofreu necrose, tipicamente uma necrose de coagulação. Quando ocorre uma infecção ocorre
uma necrose liquefativa devido ao leucócitos chamados para o combate dos micróbios, também chamado de
necrose gangrenosa úmida
4) NECROSE CASEOSA : ocorrida em focos de infecção tuberculosa, mostra o retrato de como fica o pulmão do
indivíduo com tecidos amorfos semelhante a um queijo.
5) NECROSE GORDUROSA : Ocorre de devido a uma liberação de lipases pancreáticas, pelo pâncreas, que faz
com que os adipócitos do peritônio sejam quebrados em ésteres de triglicerídeos (ácidos graxos). Esses
combinam-se com cálcio formando áreas brancas gangrenosas vistas macroscopicamente. Decorrido da
Pancreatite aguda. Ao exame histológico, os focos de necrose exibem contornos sombreados de
adipócitos necróticos, com depósitos de cálcio basofílicos, circundados por uma reação inflamatória.

EVOLUÇÃO CRONOLÓGICA

 Alteração Bioquímica
 Alteração Morfológica
1º) Ultraestrutural (ME)
2º) Microscopia ótica (MO)
3º) Macroscopia

Alterações morfológicas no organismo vivo das células mortas, tem um tempo para que essas lesões se tornam
patologicamente expressáveis. Primeiro se dá uma alteração bioquímica, idem o esquema de isquemia, isquemia,
danos mitocondriais, efeitos secundários. A primeira alteração é bioquímica, depois as alterações morfológicas
que estão acontecendo

Primeiro elas se dão no âmbito da microestrutura, é utilizado apenas a fim de pesquisa. Logo depois, é percebido
na microscopia óptica, é bem abrangente, é possível ver o tecido suspeito de necrose. E, por fim, é possível ver os
aspectos macroscopicamente alterados.

Por exemplo, um paciente que faleceu de infarto do miocárdio, dependendo do tempo que se analisa, as
alterações não são vistas devido a não manifestação na técnica que está sendo utilizada pelo patologista

 Lesão Miocárdica: pega-se uma área que estava ligado a uma coronária que foi percebida indiretamente
obstruída
o Lesão Reversível: 0 a 30 min
o Lesão Irreversível: 20 a 60 min
o ME: 30 min
o Aumento da concentração de enzimas séricas: 2 horas
o MO: 4 a 12 horas – Acidofilia aumentada, núcleo contraído, ou com aspecto de sombra, ou com
aspecto fragmentado, com os aspectos já comentados, como pcinose, cariolise, cariorrexe.
o Macroscopia: 12 a 24 horas – músculo se torna inicialmente pálido, mais avermelhado. Com a
evolução do processo, é possível ver uma área necrosada bem delimitada, que é um mal
hiperemico

Se o paciente tiver uma morte súbita por um extenso infarto no miocárdio, mas muito frequentemente se
observamos uma indicação indireta desse infarto, como por exemplo, uma artéria coronária obstruída, mesmo
sem observar as indicações das lesões celulares. Como, num processo de lesão celular, a membrana plasmática
fica mais permeável, permitindo o vazando das enzimas do espaço intracelular, para o extracelular, nos vasos.
Assim, é possível analisar, a partir dessas enzimas, o tamanho do infarto.

EVOLUÇÃO DA NECROSE

 Regeneração
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 Cicatrização
 Encistamento
 Eliminação
 Calcificação

Se essa célula morta, tem capacidade de regenerar, ela o fará.

Caso ela tenha uma lesão for suficientemente extensa com lesão do arcabouço de sustentação celular, teremos
um processo de reparo chamado cicatrização.

Caso o tecido necrosado for delimitado por uma reação inflamatória na sua fase inicial, posteriormente
convertendo uma área periférica em tecido conjuntivo cicatricial que delimita e restringe o processo como se fosse
uma cápsula; enquanto que o tecido necrosado fica liquefeito na porção central. Esse processo descrito se chama
encistamento: deposição de um tecido conjuntivo para tentar reparar a perda tecidual.

Dependendo da localização desse tecido necrosado, ele pode ser eliminado por uma via respiratória, por um
trajeto neoformado ou por um procedimento cirúrgico o qual institui um trajeto pelo qual o tecido necrosado pode
ser eliminado.

Isso é comum em casos de tuberculose, onde se tem extensas áreas de necrose caseosa, essa necrose
vai destruindo a o tecido pulmonar que pode destruir uma via respiratória, como por exemplo, uma parede
brônquica. Quando esse tecido necrosado vai ser drenado por uma via já existente, que é a via
respiratória, o paciente acaba expectorando através da tosse.
Um outro exemplo é a foliculite, um processo que geralmente se inicia por uma infecção bacteriana
piogênica em que se tem a transformação do tecido num material liquefeiton gerando uma área de
necrose liquefativa. Ele pode ser drenado espontaneamente quando ele forma um novo percurso ou
pode ser eliminado cirurgicamente, quando e faz uma incisão numa pele onde se permite a saída do
tecido nefrônico.

Ocorre também um processo de calcificação, quando se tem a deposição de sais de cálcio sob tecido morto,
processo conhecido como calcificação distrófica.

GANGRENA

É uma forma de evolução da necrose resultante da ação de agentes externos sobre o tecido necrosado.

Um termo bastante empregado para tecidos mortos é a gangrena, não é um padrão específico de morte celular. É
uma morte celular de um padrão desses já descritos, mas que sofreu a ação de agentes externos sobre o tecido
necrosado, é classificado em gangrenas:

 Seca
 Úmida
 Gasosa

É geralmente empregado para extremidades. Pessoas com diabetes geralmente com comprometimento
sanguíneo limitado, comprometido, insuficiente é comum que se tenha uma necrose isquêmica de artérias e
extremidades, nesse caso se tem uma necrose isquêmica no padrão que descrevemos. Com uma desidratação
desse tecido, o tecido necrosado, e agora desidratado, ele fica com um aspecto escurecido, fosco, firme, também
chamado de aspecto em pergaminho. É chamado de gangrena seca.

Outras vezes, esse mesmo tecido que sofreu necrose isquêmica, sofre uma contaminação por bactérias
piogênicas, o tecido que inicialmente esta coagulado, sofre um processo de liquefação, nisso o tecido que sofreu
necrose seguida de uma infecção é chamado de gangrena úmida.

Outras vezes o processo que se sobrepõe nessa necrose isquêmica é a contaminação por bactérias produtoras
de gás, geralmente do grupo clostridium. Então o tecido com a necrose isquêmica sofre a formação de bolhas
extremamente fétidas, com odor pútrido. Nesse caso ela é chamada de gangrena gasosa.
PATOLÃO 12

Resumindo, é um termo empregado para extremidade mais frequentemente em que se tem a formação ou de uma
desidratação, ou de uma infecção bacteriana por tipos específicos que irão transformar o tecido num material
úmido e liquefeito, ou em um material gasoso pútrido.

APOPTOSE

Morte celular programada: é um fenômeno em que a célula é estimulada a acionar mecanismos que culminam
com sua morte

 Processos Fisiológicos
o Embriogênese
o Involução hormônio dependente
o Deleção em populações celulares proliferativas
o Resposta inflamatória
o Resposta imune
 Processos Patológicos
o Estímulos lesivos variados
o Vírus
o Atrofia patológica
o Morte celulares em tumores
o Acompanhando a necrose

Conceito mais recente se comparado com a necrose. Vários aspectos diferenciam esse processo apoptótico do
necrótico. Diferencia-se da necrose pois essa só ocorre em processos patológicos, a apoptose ocorre, além dos
processos patológicos, também em processos fisiológicos. Recentemente é observado que a apoptose está
relacionada com doenças neurodegenerativas como Alzheimer, Parkinson e processos neoplásicos.

Em processos fisiológicos, a involução hormônio dependente é interessante pois as mamas sofrem processo
de hiperplasia por estimulação hormonal durante a gravidez e depois de suprimido o estimula hormonal as mamas
diminuem de volume pela apoptose.

Na deleção em populações celulares proliferativas, ocorre nas células lábeis que, depois de executarem a sua
função, são retiradas de circulação por apoptose, como por exemplo células sanguíneas e leucócitos.

Tanto a resposta inflamatória quanto a resposta imune, depois que elas cumpriram a sua função (eliminaram
suas enzimas lisossomais destruindo o agente flogistico) morrem por apoptose.

Em processos patológicos, se os estímulos forem intensos de tal forma que a célula não consiga se regenerar e
que não seja intenso para sofrer necrose, ela sofre apoptose. Ocorre em infecções virais, atrofia patológica, morte
celulares em tumores e acompanhando a necrose.

MORFOLOGIA DA APOPTOSE

 Encolhimento celular
 Condensação da cromatina
 Formação de corpos apoptóicos
 Fagocitose

O padrão morfológico da apoptose é bastante distinto, as células tendem a se fragmentar em corpos apoptóicos,
eles constituem fragmentos de citoplasma e núcleo envolto por membrana citoplasmática. Mas antes dos corpos
apoptóticos se desenvolverem a célula sofre um processo de encolhimento, ou seja, há uma alteração do
citoesqueleto celular de modo tal que ela fica uma célula contraída. A cromatina se fragmenta e depois são
formados fragmentos de citoplasma e núcleo, envoltos por uma membrana, os corpos apoptóicos. Esses corpos
são envoltos por uma membrana citoplasmática alterada, que expressa na sua superfície externa substâncias
sinalizadoras de fagócitos. Isso faz com que a célula desapareça por endocitose pelos macrófagos residuais ou
células parenquimais adjacentes que prontamente fagocitam ou endocitam os corpos apoptóicos. Isso é
importante porque a visualização da apoptose é difícil, diferentemente da necrose que a
PATOLÃO 13

AULA 3
EDEME, HIPEREMIA, CONGESTÃO
EDEMA

DEFINIÇÃO

Aumento de líquido no espaço intersticial, ou seja, no espaço extracelular

Dependendo do local onde esse líquido se acumula recebe uma denominação específica

1) Hidrotórax/ Derrame Pleural


2) Hidropericárdio
3) Hidroperitônio/ Ascite
4) Anasarca

Dependendo da Densidade do Líquido ele é chamado de Exsudado (maior densidade, maior quantidade de
proteína) ou Transudado (menor densidade, menor quantidade de proteína)

MICROCIRCULAÇÃO
Primeiro Mecanismo para a criação de um edema

Local onde ocorre a troca de líquido em condições fisiológicas entre o espaço intravascular e o intersticial. Ela
ocorre pela mudança das pressões. (1) Na extremidade arteriolar, o líquido exerce uma pressão na parede do
vaso chamada de pressão hidrostática, à medida que o sangue flui no vaso, ocorre um acúmulo de proteínas,
fazendo com que o sangue que foi despejado no espaço intersticial (2) retorne ao vaso sanguíneo pela pressão
osmótica. Esse processo impede o desenvolvimento de edemas. Ela depende da (3) integridade celular da parede
endotelial. O Excesso de líquido, que não retorna para a luz arteriolar, (4) é drenado pela circulação linfática.

O edema ocorrerá quando tiver qualquer alteração desse equilíbrio, em qualquer uma das etapas (1), (2),
(3) e (4).
1) (1) Aumento da Pressão Hidrostática
2) (2) Redução da Pressão osmótica do plasma
3) (4) Obstrução Linfática
4) Retenção de Sódio
5) (3) Inflamação
PATOLÃO 14

AUMENTO DA PRESSÃO HIDROSTÁTICA (APH)

CONDIÇÕES TROCAS FIS IOLÓGICAS:


 Em casos Normais: 14mL/min saem do capilar arterial e voltam 12mL/min no capilar venoso. Logo,
2mL/min são drenados pelos vasos linfáticos.
 Em casos de Edema: pode ocorrer uma maior saída (dilatação arterial), um baixo retorno do fluido e,
consequentemente, um maior retorno linfático
Exemplos de ocorrências que causam aumento da APH, pelo retorno ineficiente
1. Insuficiência Cardíaca (sistêmico)
2. Cirrose Hepática (Hipertensão Porta) - Ascite
3. Obstrução do Retorno Venoso (localizado)
a. Trombos
b. Compressão externa (neoplasias)
c. Imobilização no leito (falta de bomba muscular)
d. Força de Gravidade (posição ortostática)
4. Veias Varicosas:
Veias dilatadas e tortuosas, perdendo a circulação, formando um sangue estagnado, fazendo com que
aumente a pressão hidrostática e a ocorrência do edema localizado
Exemplo decorrências pela dilatação arterial
1. Calor
2. Desregulação neuro-humoral

DIMINUIÇÃO DA PRESSÃO ONCÓTICA

Está relacionado com a concentração das proteínas do plasma, exemplo albumina. As circunstâncias que causam
edema pela diminuição das proteínas (hipoproteinemia), causando um não retorno sanguíneo para dentro dos
vasos. Sempre será sistêmica.
1) Perda de Proteínas
a. Glomerulonpatias (síndrome nefrótica)
b. Gastroenteropatias
2) Redução na síntese proteica
a. Desnutrição
b. Cirrose hepática

A diminuição do volume sanguíneo leva a uma diminuição da perfusão renal, a qual libera mais renina,
angiotensina, aldosterona na tentativa de elevar elevar a pressão sanguínea na retenção hídrica pelo sal o que
não ocorre devido ao erro primário da baixa concentração da pressão osmótica

AUMENTO DA PERMEABILIDADE

Alteração da barreira vascular, a barreira não está atuando corretamente e não vai conter o líquido dentro do
capilar. Aumentando o fluido extra vascular com todo o seu conteúdo, inclusive proteínas, originando um
exsudato. Ocorre mais frequentemente em casos inflamatórios.
Pólipo Inflamatório Nasal: agua que se acumula entre as células, provocando um distanciamento celular.

OBSTRUÇÃO LINFÁTICA

Significa um impedimento da drenagem sanguínea residual do espaço intersticial. Aumentando o retorno nas veias
e aquele plasma que não retornou fica acumulado, gerando edema.
Causas:
1) Neoplasias de Linfonodos
2) Retirada cirúrgica de Linfonodos (ex. câncer de mama), para que não ocorra metástases. Linfonodos
Sentinela: primeiro linfonodo a se corar numa técnica cirúrgica específica é aquele que possivelmente esta
neoplasitico. Caso ele não exista coração, possivelmente nenhum outro linfonodo de outra cadeia estará
cancerígeno.
3) Inflamações: provocam fibrose com comprometimento da drenagem linfática
PATOLÃO 15

4) Parasitas (filariose): promove fibrose e distorção dos vasos linfáticos. Os membros, principalmente os
inferiores, ficam cronicamente edemaciados
5) Radioterapia: pode causar obstrução

RETENÇÃO DE SÓDIO - SEGUNDO MECANISMO PARA CRIAÇÃO DE UM EDE MA

É a retenção de sódio e, consequentemente, agua. Em uma insuficiência Cardíaca ou uma Diminuição de uma
RVP temos um enchimento do leito arterial diminuído. Isso provoca uma ativação do sistema renina-angiotensina-
aldosterona na tentativa de compensar esse enchimento deficiente do leito o qual promove retenção de Na+ e de
H2O para suprir essa deficiência aumentando o volume circulante.
Essa é uma cadeia de retroalimentação prejudicial ao paciente com insuficiência cardíaca. Um coração
insuficiente perfunde menos volume sanguíneo nas trocas, que, pelo processo descrito, aumenta a reabsorção de
Na+ para um aumento do volume plasmático a fim de compensar a baixa perfusão. Contudo, em um coração
insuficiente, um volume sanguíneo maior aumenta a sua deficiência, reduzindo sua eficiência, estimulando,
portanto, mais a ativação do sistema renina-angiotensina-aldosterona. Culminando, assim, na criação de um
edema, embora inicialmente ocorra uma melhora do caso de insuficiente o progresso da doença piora o quadro

MORFOLOGIA

Para método de diagnóstico. A morfologia do edema é variável: de muito sutil, desapercebido para muito evidente
macroscopicamente. Pode ser medido pelo cacifo e pelo perímetro do membro. Nos membros inferiores fica
localizando no subcutâneo. Em pacientes com insuficiência cardíaca o volume intersticial em decorrência ao
edema aumenta o perímetro principalmente dos membros inferiores entre a manhã e de noite. Cacifo é a medida
de um edema causada pela aplicação de uma pressão na superfície da pele onde é formado uma depressão com
lentidão ao estágio original.

EDEMA SUBCUTÂNEO

O edema é mais comum no tecido subcutâneo, cérebro e pulmão. O edema subcutâneo pode ser difuso ou pode
ser mais evidente em regiões com alta pressão hidrostática, na maioria dos casos é dependente da gravidade,
ficando nos membros inferiores quando o paciente está de pé, ou ficando no sacro quando está sentado, edema
dependente é assim denominado nesses casos. O edema resultante de uma disfunção renal é sistêmico e muitas
vezes se manifesta nos tecidos frouxos, nesse caso o edema periobital é indicativo de doença renal grave.

 Diferentes distribuições relacionadas com a causa


PATOLÃO 16

 Difuso ou generalizado
 ICC (Insuficiência Cardíaca) é dependente do decúbito: porém não apresenta outras consequências
clínicas além do próprio edema que ocorre principalmente nos membros inferiores
 Disfunção renal: generalizado

EDEMA PULMONAR

Nos edemas pulmonares, os pulmões ficam 2 a 3 vezes mais pesados e depois da secção apresenta a saída de
um líquido espumoso, tingido de sangue (mistura de ar, glóbulos vermelhos extravasados e edema).

Em uma necropsia é caracterizado pela exsudação de um líquido espumoso e róseo (mistura de ar e líquido e a
diapedese das hemácias dos vasos para os alvéolos pulmonares) a partir de um corte no órgão. Clinicamente, é
percebido pela respiração extremamente ruidosa devido a presença de líquido que pode ser eliminado pela boca
em situações mais graves. Ademais, o paciente precisa estar recostado na cama para não se sufocar com o
líquido do pulmão.
 ICE (Insuficiência Cardíaca Esquerda)
 SARA
 Infecção
 Reações de Hipersensibilidade

EDEMA CEREBRAL

O edema cerebral pode ser generalizado ou localizado, no generalizado ocorre expansão do cérebro com
estreitamento dos sulcos.

Com o acúmulo de agua, edema, ele aumenta de tamanho. Devido a impossibilidade de uma expansão, as
calotas cranianas impedem esse aumento de volume como ocorre em edemas subcutâneos, o edema pressiona o
cérebro, fazendo pressão nos giros cerebrais ficando achatados. Nos exames microscópicos, as substâncias
branca e cinzenta ficam mal delimitados
 Localizado ou Difuso
 Abcesso
 Neoplasia
 Crise Hipertensiva
 Encefalite
 Obstrução do Fluxo Venoso

CORRELAÇÃO CLÍNICA

As consequências do edema variam de uma condição apenas desagradável a rapidamente fatal. O edema de
tecido subcutâneo é principalmente importante, pois ele sinaliza uma doença de base em potencial (doença
cardíaca ou renal). Entretanto, quando significativo, ele também pode prejudicar a cura de feridas ou a eliminação
da infecção.

O edema pulmonar é um problema clínico comum que é mais frequentemente observado no cenário da
insuficiência ventricular esquerda, podendo ocorrer também na insuficiência renal, na e na inflamação ou infecção
pulmonar. O edema nos espaços alveolares não somente causa o acúmulo do líquido nos septos alveolares em
torno dos capilares e impede difusão de oxigênio, mas também cria um ambiente favorável à infecção bacteriana.

O edema cerebral apresenta risco de morte; se grave, a substância cerebral pode herniar (ser expulsa) através
do forame magno ou comprimir o fornecimento vascular ao tronco cerebral. Qualquer das condições pode lesionar
os centros bulbares e levar ao óbito.

HIPEREMIA E CONGESTÃO

Aumento do volume de sangue em um tecido e aumento do volume do próprio tecido


PATOLÃO 17

HIPEREMIA

É um processo ativo que resulta pela dilatação arteriolar. Com uma tonalidade mais AVERMELHADA. Ocorre
após exercício, inflamação.

CONGESTÃO

É resultado de um processo passivo causado pelo baixo retorno venoso. Com uma tonalidade mais AZULADA.
Geralmente ocorre junto ao Edema, devido ao represamento de sangue. Aumentando a pressão hidrostática. Na
congestão passiva crônica ocorre isquemia e cicatrização do tecido devido à ausência de oxigenação, hipóxia
crônica,

MORFOLOGIA

As congestões pulmonares ocorrem principalmente devido a ICE, que obstrui a passagem da veia pulmonar
retornando líquido do coração para o pulmão, ficando as hemácias alocadas nos septos alveolares.

1. Congestão Pulmonar Aguda: Maior volume de sangue, mais está mais pesado, mais vinhoso, quando é
cortado ele vai porejar sangue
2. Congestão Pulmonar Crônica: As hemácias nos Septos alveolares são fagocitados por macrófagos e a
hemoglobina é convertida em pigmento de hemossiderina. E o encontro de macrófagos com
hemossiderina no pulmão são ditas como células da ICC.

A ICD (Insuficiência Cardíaca Direita) provoca congestão hepática. As veias lobulares são mais dilatadas

1. Congestão Hepática Aguda: Maior e mais volumoso, tonalidade mais escurecida. A veia central e os
sinusoides estão distendidos. Os hepatócitos cetrolobulares podem estar bastante isquêmicos, enquanto
os hepatócitos periportais podem desenvolver apenas alteração gordurosa (estão mais oxigenados devido
à proximidade com as arteríolas hepáticas)
2. Congestão Hepática Crônica: Fígado em nós moscada. Alternância de tonalidades, ora mais escura,
acastanhada, ora mais clara, mais amarelada. Na região central, o fígado sofre com isquemia crônica,
PATOLÃO 18

deixando a região mais escurecida devido ao sangue acumulado e possui volume tecidual reduzido
devido. Contudo, na região mais periférica, do lóbulo hepático, existe uma perfusão tecidual mais
preservada, existe algum grau de esteatose, ficando mais amarelado, mais saliente, alternando com a
parte central.

AULA 4
TROMBOSE E EMBOLIA
HEMOSTASIA NORMAL

CÉLULA ENDOTELIAL

Quando integras possuem propriedades antiplaquetárias, anticoagulantes e fibrinolíticas. Contudo, quando estão
lesadas adquirem numerosas atividades pró-coagulantes.

LESÃO ENDOTELIAL

1) Hemostasia Primária
Promove vasoconstrição arteriolar pelo hormônio endotelina para exposição matriz extracelular
subendotelial altamente trombogênica. Essa exposição promove ativação plaquetária promovendo um
tampão hemostático
2) Hemostasia secundária
A exposição promove a liberação de fator tecidual que estimula a cascata de coagulação culminando na
formação da trombina. O fibrinogênio é convertido em fibrina pela trombina. A fibrina se deposita formando
uma rede de fibrina.
3) A união da hemostasia primária e secundária gera um tampão permanente

TROMBOSE E EMBOLIA

Capítulo de alterações hemodinâmicas

Trombose é um processo sempre patológico caracterizado peça solidificação do sangue dentro dos vasos ou do
coração, no indivíduo vivo.

Coagulação é importante ser diferenciada de uma trombose, pois o coágulo é uma massa não estruturada de
sangue fora dos vasos ou do coração ou formada por coagulação pós-morte. Quando se diz que é uma massa
não estruturada, da a impressão que o trombo é uma massa estruturada, porém ela so se torna estruturada a
partir da diferenciação de um trombo e de um coágulo.

Tríade de Virchow; são três elementos ediopatogêngicos pro desenvolvimento da trombose

 Lesão endotelial: importância maior que os outros 2 elementos


 Alteração do fluxo
 Hipercoagulabilidade
PATOLÃO 19

LESÃO ENDOTELIAL

A intensidade da lesão endotelial não necessita ser intensa como um desnudamento ou um rompimento da célula
endotelial, alterações sutis, morfologicamente imperceptíveis já são suficientes para promover trombose, perder
uma função já é possível que a trombose ocorre. Qualquer perturbação no equilíbrio dinâmico das atividades pró-
e antitrombótica do endotélio pode influenciar eventos de coagulação local. Assim, células endoteliais
disfuncionais podem produzir mais fatores coagulantes, ou podem sintetizar menos efeitos coagulantes

Homeostase entre as células endoteliais e o fluxo sanguíneo

As células endoteliais estão em tal harmonia com as células do sangue que a trombose em condições normais
nunca ocorre. Dentro do sangue existem elementos que estimulam a coagulação e existem elementos que inibem
a coagulação, do mesmo modo que a célula endotelial, ela é capaz de sintetizar elementos pro-coagulantes e
elementos anticoagulantes.

Na lesão endotelial, a célula perde a sua capacidade de manter essa homeostasia com as células sanguíneas,
ocorrendo o favorecimento da trombose devido a exposição da matriz subendotelial que é altamente trombogênica

Causa de disfunção endotelial:

1. Placa ateromatosa: se inicia como a mesma forma que a trombose


2. Hipertensão arterial
3. Hipercolesterolemia
4. Diabete Melito
5. Tabagismo
6. Infecções Agudas
7. Inflamações Generalizadas
8. Reperfusão
9. Pré-eclâmpsia
10. Indicadores da síntese de óxido nítrico

ALTERAÇÃO DO FLUXO L AMINAR

Quando o fluxo que ocorre em condições normais, a coluna central do vaso é ocupada por hemácias, leucócitos,
plaquetas que se dispõe num fluxo mais rápido, a coluna mais periférica, mais próxima ao endotélio dos vasos,
possui plasma livre de células e discorrem de forma mais lenta.

Em condições de Estase e Turbulência:


PATOLÃO 20

1) Promovem ativação endotelial, aumentando a atividade pró-coagulante, adesão leucocitária, entre outros
eventos
2) Rompem o fluxo laminar e permitem o contato entre as plaquetas e os endotélios
3) Evitam a limpeza e a diluição de fatores de coagulação ativados pelo fluxo sanguíneo fresco e o influxo
dos inibidores dos fatores de coagulação

 ESTASE

É o fator principal no desenvolvimento do trombo venoso, bolsões contracorrente. O sangue sofre uma congestão,
fica estagnado, daí a origem para o termo estase, isso ocorre junto ao aumento da pressão hidrostática. Quando
na APH ocorre vazamento de líquido do espaço intravascular para o espaço extra vascular, intercelular, de tal
forma que os elementos celulares eles ficam empilhados, mais aproximados a camada do fluxo livre de células
(coluna vascular periféricas livre de elementos figurados) é perdida. Isso provoca um encontro das células
sanguíneas com o endotélio vascular. Essa proximidade acaba propiciando alterações na função endotelial.

O tipo de alteração se dá por isquemia pois o fluxo fica mais lento e ocorre um aproximação dos leucócitos e
plaquetas das células endoteliais. Esse sangue, com baixo teor de oxigênio, promove alterações funcionais em
decorrência da isquemia. Nessa célula endotelial atingida pela estase, o desequilíbrio descrito entre as forças
coagulantes e anticoagulantes tende a favorecer as forças pró-coagulantes, favorecendo, portanto, o
desenvolvimento da trombose.

 TURBULÊNCIA

DILATAÇÃO VASCULAR: Vaso com uma


dilatação vascular, aneurisma, o sangue antes
corre em condições normais e quando
encontra com um aneurisma, perde-se o
sentido do fluxo e causa a turbulência. Isso faz
com que os elementos figurados do sangue,
que estão no centro se choquem com a parede
endotelial vascular, favorecendo a trombose
pelo disfunção endotelial

BIFURCAÇÃO: Em ramificações em
bifurcações, ocorre turbulências, o que não
ocorre em situações fisiológicas, ocorre em
situações patológicas. Em disfunções de célula
endotelial, existem maiores quantidades de
placas de ateroma ocorrem onde existem
bifurcações vasculares, embora a placa de
ateroma não seja uma trombose.

COMPRESSÃO, PLACA ATEROSCLERÓT ICA: Ocorre um choque no fluxo laminar normal que causa
uma turbulência fazendo com que ocorra um choque com o endotélio. Caso tenha algum dano celular, na
imagem esta representada um desnudamento completo, que pode ocorrer, inicia-se a cascata de coagulação.
PATOLÃO 21

HIPERCOAGULABILIDADE

É imprecisamente definida como qualquer alteração nas vias da coagulação que predispõe à trombose, contribui
com menor frequência ao evento trombótico, embora em algumas vezes pode ser predominante.

 Primária (genética)

Com relação a primária, ocorre a mutação no gene do fator V, mutação no gene da protrombina e Deficiências
hereditárias de anticoagulantes. Todas essas deficiências e mutações ajudam no desenvolvimento de coágulos.
Clinicamente, é perceptível em adultos-jovens quando desenvolvem tromboses uma vez nessa faixa etária é
incomum terem esse tipo de ocorrência. Situação diferente quando existe um idoso, fumante, pós-operatório,
quando está a vários dias acamado, onde o desenvolvimento de hipercoagulabilidade secundária é mais comum
pois terá um retorno venoso diminuído, congestão, algumas vezes cirurgias com lesão de células endoteliais, esse
senhor apresenta vários fatores que favorecem o desenvolvimento da trombose. Enquanto que o paciente jovem,
num exemplo didático, não é fumante, é atleta, não ficou por muito tempo na mesma condição, não se estabelece
outro fator de risco para o desenvolvimento da trombose. Além disso, a história familiar é importante para o
diagnóstico de hipercoagulabildiade genética, são casos, difíceis de serem realizados, são feitos em poucos
locais, geralmente são levantados clinicamente e não são feitos exames. Sabendo-se disso, é necessário que o
paciente tome anticoagulante por muito tempo, se não por uma vida toda. O diagnóstico é feito em base empírica.
as causas hereditárias da hipercoagulabilidade devem ser consideradas em pacientes com idade inferior a 50
anos que apresentam trombose, mesmo quando os fatores de risco adquiridos estão presentes

 Secundária (adquirida)

Já na secundária, é uma patogenia multifatorial e complexa, dificilmente compreendida. Existe algumas


situações que deixam explícitos uma maior possibilidade de ocorrência de uma hipercoagulabilidade. Como
neoplasias, extensas e avançadas que acredita-se que as células tumorais sintetizem fatores pró-coagulantes e
isso justifica o risco que eles apresentam. Outra circunstância são os hormônios, pessoas que tomam hormônios
ou gestantes que estão no período final da gestação, mulheres que usam anticoncepcional oral, apresentam mais
risco de desenvolver trombose. Nesses casos o que se observe é uma síntese de fatores coagulantes produzidas
pelo fígado aumentada ou diminuição da síntese de fatores anticoagulantes, apresentando um risco maior no
desenvolvimento de trombose.

MORFOLOGIA DO TROMBO

O tamanho e a forma dos trombos variam de acordo com a sua etiologia causa. Trombos arteriais ocorrem
geralmente em locas de turbulência ou lesão endotelial. Já os trombos venosos ocorrem mais em locais de
estase. Apresentam Linhas de Zahn que representam depósitos pálidos de fibrinas e plaquetas alternando com
as camadas escuras cheias de glóbulos vermelhos.

Trombos Murais: quando ocorrem nas câmaras cardíacas ou no lúmen da aorta A contração anormal do
miocárdio (arritmias, miocardiopatia dilatada ou infarto do miocárdio) ou lesão endomiocárdica (miocardite ou
cateterismo traumático) promovem trombos cardíacos murais.

Trombos Aórticos: placa aterosclerótica ulcerada e a dilatação aneurismática.


PATOLÃO 22

Trombos Arteriais: geralmente são trombos que causam oclusão, ocorrem geralmente sobre placas
ateroscleróticas e ocorrem principalmente, em decréscimo de prioridade, artérias coronárias, cerebrais e femorais.

Trombose Venosa (flebotrombose): Trombos vermelhos, ou de estase devido a sua grande quantidade de
eritrócitos, uma vez que atinge a circulação lenta. AS veias dos membros inferiores são mais comumente
envolvidas

Vegetações: são trombos localizados nas valvas cardíacas

 Mural: cavidades cardíacas e aorta


 Oclusivo: artérias menores e veias

O trombo ele pode crescer de tal forma que produza uma oclusão, principalmente em artérias menores e veias.
Trombo mural é quando é criado uma placa aderida a parede ele tende a se desenvolver em grandes vasos, em
locais onde se tem fluxos rápidos e intensos, não chega a obstruir o vaso, ele se forma e fica incorporado a
parede da cavidade. No oclusivo, é aquele que restringe o sentido do fluxo em artérias e veias menores.

CARACTERÍSTICAS M ACROSCÓPICAS
 Vermelho – Venoso
 Branco – Arterial
 Mistos – Mais comuns
 Hialinos – Arteríolas e vênulas

Conforme a quantidades de hemácias aprisionadas, ele vai ser classificado em trombo vermelho ou branco.
Sempre existira hemácias, porém alguns locais serão mais predominantes, como por exemplo nos vasos venosos
que sofrearam uma estase ou congestão. Em pacientes acamados com uma grande insuficiência cardíaca ocorre
a diminuição do retorno venoso pela diminuição da força propulsora muscular da panturrilha, por exemplo,
aumento da pressão hidrostática, aumento do extravasamento do plasma para o interstício celular, logo um
aumento da concentração dos elementos figurados do sangue, ficando eles empilhados ocorrendo em um trombo
de coloração vermelha mais intensa. Diferente do que acontece nos vasos arteriais, onde o fluxo sanguíneo é
mais rápido e o acúmulo de hemácias é menor, gerando um trombo com uma coloração menos intensa, mais
clara, chamado de trombo branco.

De maneira mais comum, o trombo é misto, isso significa que ele apresenta as duas colorações, uma região mais
clara, e portanto com menos hemácias, e outra mais vermelha, com mais hemácias.

Na microcirculação, por sua vez, devido aos diâmetros reduzidos, o trombo se apresenta de maneira hialina, pois
as hemácias estão em baixas concentrações. Mais rosado mais translúcido

 Cabeça, corpo e cauda


 Secos, opacos e friáveis
 Adesão a parede
 Linhas de Zahn

O trombo é dividido em cabeça, corpo e cauda que são definidos pelo ponto de adesão à parede, ele
necessariamente possui um ponto de adesão, corpo, ele marca a divisão para as duas outras partes, a cauda é a
parte considerada posterior a qual está mais próximo da câmara cardíaca, em outras palavras sempre em direção
ao coração, e a cabeça é a aquela pertencente a posterior do corpo, uma vez que foi definido a parte posterior.
Logo, essa divisão vai variar dependendo da localização do trombo no sistema vascular arterial ou venoso.

Trombo x Coágulo

O tópico de adesão à parede epitelial é importante porque é onde começa o trombo e a reação da cascata de
reação, ficando ele aderido à parede vascular neste local. Essa característica é importante para a diferenciação do
coágulo¸ uma vez que esse último não fica aderido à parede. Esse ponto auxilia na necropsia, em pacientes que
vierem a óbito com extensa lesão isquêmica, que culminou num infarto do miocárdio, é possível fazer um exame
macroscópico e microscópico do miocárdio e não identificar a lesão, o que, macroscopicamente, muitas vezes é
observado é uma evidência indireta que é uma oclusão vascular.
PATOLÃO 23

Obs.: morte por infarto do miocárdio geralmente tem como causa aterosclerose. Isso justifica a preocupação
clínica por altas concentrações de colesterol. Aquilo que é muito imaginado que o infarto ocorre devido a uma
oclusão do vaso pelo crescimento da placa aterosclerótica. Contudo, na maiorias das vezes aquilo que causa a
oclusão abrupta do vaso e desencadeia o infarto é um trombo criado sob uma placa aterosclerótica. Então, na
maioria dos casos ocorre primeiro o desenvolvimento da placa aterosclerótica, que tem a disfunção endotelial
como um elemento etiopatogênico importante, assim como a trombose, a placa se desenvolve e cresce até que
ocorra um surgimento de um trombo sob a placa de modo abrupto. Desse modo, uma lesão celular aguda possui
maior possibilidade de causa um infarto do que uma lesão que promove uma trombose de progressão lenta

Dito isso, é necessário saber a diferença entre um coágulo e o trombo, agora será dito coisas em comparação um
com o outro. Ressaltando, o coágulo pós mortem não fica aderido, o trombo é seco, opaco e friável. Numa
necropsia, de artéria coronária, ocorre a dúvida se aquilo que causou a obstrução do vaso é um trombo ou um
coágulo, deve-se pega-lo com uma pinça, caso seja um trombo, ele irá se fragmentar, uma vez que é friável e
seco. Entretanto, o coágulo pós mortem, ele é elástico, brilhante e não aderido à parede, e quando é removido
com uma pinça, ele segue a seguinte característica, adere à pinça, se fragmenta e retorna para dentro do vaso.
Essa mobilidade ocorre justamente por ele não estar aderido à parede, como o trombo. Além disso, outro aspecto
importante que caracteriza o coágulo é a sedimentação dos elementos sólidos do sangue, portanto a parte
inferior é escura, vinhosa, e uma parte superior amarelada, que é o plasma, costumeiramente chamada de
gordura de galinha, enquanto que no trombo isso não ocorre. No trombo, o que ocorre são as Linhas de Zahn,
são visualizadas tanto macroscopicamente quanto microscopicamente que significam alternâncias tipo cascas de
cebola onde serão observados fibrina com plaquetas as quais essas últimas não são observadas pela microscopia
óptica, são só é observada as linhas de fibrina em alternância com outra linha de hemácia, sobrepondo-se
alternadamente uma a outra, assumindo um aspecto lamelar concêntrica chamada popularmente de casca de
laranja. São mais observadas em trajetos onde o fluxo sanguíneo é rápido, ou seja, arterial e menos evidente na
circulação venosa sobretudo onde se tem congestão prévia. Já o coágulo é uma massa não estruturada.

Trombose de Veias Profundas: ocorre junto com um edema, um fica membro fica bem edemaciado, o outro não.

EVOLUÇÃO DOS TROMBOS

CRESCIMENTO

Ficam represados fatores de coagulação,


fazendo com que ele cresça começa num
determinado ponto e vai aumentando devido a
inativação a nível hepática.
PATOLÃO 24

LISE

A fribrinólise desfaz o trombo, depende de várias condições, é uma das evoluções passíveis, não é possível saber
qual trombo que vai sofrer lise e qual não vai.

ORGANIZAÇÃO

Ocorre quando na evolução do trombo para um tecido cicatricial, esse tecido cicatricial conjuntivo é constituído por
proliferação de vasos e fibroblastos. Ou seja, existe a formação de vasos neoformados dentro desse tecido
cicatricial e algumas vezes esses vasos neoformados se orientam de tal forma que ele propiciam a passagem
parcial, ou o restabelecimento parcial do fluxo sanguíneo. Ocorre uma canalização do trombo e uma recanalização
do vaso permitindo o fluxo

Vem a ser um termo empregado na substituição do trombo por um tecido conjuntivo vascularizado, a partido do
ponto de adesão a parede, se inicia uma reação inflamatória, que vai culminar com a transformação dessa massa
num tecido vascularizado. Essa transformação pode ocluir completamente a luz vascular ou que pode ficar
incorporada à parede, mas de tal forma que ela vai promover uma alteração permanente. Esse tecido conjuntivo
cicatricial ele não regride mais, ele vai ficar ali permanentemente na parede vascular.

CALCIFICAÇÃO

Esse material do trombo propicia a deposição de sais cálcio fazendo com que ele fique inativado.

INFECÇÃO

Outras vezes é extenso o processo do trombo, ele sofre um amolecimento central por ação de enzimas líticas,
principalmente pela fibrinólise. E paciente com algum foco infeccioso pode ter a contaminação desse trombo,
formando então um meio de cultura, um foco infeccioso secundário.

Processos infecciosos, quando se desenvolvem em válvulas cardíacas eles favorecem o desenvolvem de trombos
que assume um aspecto verrucoso, são chamados vegetações. Então essas vegetações valvulares elas são
decorrentes de trombo algumas vezes desencadeados por processos infecciosos, chamada de endocardite,
levando a vegetações e outras vezes elas ocorre não por infecções que são as vegetações não bacterianas, são
chamados de vegetações estéreis, observadas em pessoas que tem estado de hipercoagulabilidade do sangue

EMBOLIZAÇÃO
PATOLÃO 25

Sera tratado melhor posteriormente

ASPECTOS CLÍNICOS
 Significação clínica quando obstruem vasos ou embolizam
 Flebotrombose: fatores predisponentes repouso e imobilização; trauma, cirurgias, queimaduras
 Trombose arterial e cardíaca: aterosclerose, infartos do miocárdio

Esta relacionada ao tipo do vaso, ao tamanho do vaso. Pode ser significante ou podem leva a morte dependendo
do vaso acometido pelo trombo

A Flebotrombose, que é a trombose venosa, enquanto a trombose cadíaca estão mais relacionadas a
aterosclerose

EMBOLIA
Embolia consiste na existência de um corpo sólido, líquido ou gasoso (êmbolo) transportado pelo sangue capaz
de obstruir um vaso, impacta num posto distante de sua origem. Pode ser uma obstrução total, ou parcial

Os êmbolos venosos ganham o pulmão, enquanto os êmbolos arteriais tem diversos destinos, membros inferiores
(maior parte do destino dos êmbolos), cérebro, segundo maior local de impacto.
PATOLÃO 26

 EMBOLIA SÓLID A - TROMBO

TROMBOEMBOLISMO PULMONAR

É a principal causa de morte por doença pulmonar em paciente hospitalizados. Nos EUA acomete 20 a 25
pacientes a cada 100.000 hospitalizados. É uma alteração relativamente comum, com um desfecho final com
alterações com pacientes acamados no leito e depois a mobilização desse trombo-embolo com impactarão
pulmonar da sequência. A maioria são de origem de trombose venosa profunda (TVP) da perna cerca de 95% dos
casos

 A grande maioria é silenciosa. Cursam sem sintomas significativos de vido a sua pequena área
 Morte súbita quando 60% ou + da circulação pulmonar é comprometida. Pode determinar uma
insuficiência cardíaca aguda acarretando em morte súbita
 Obstrução de artérias de médio calibre – hemorragia pulmonar. Relacionada a dupla circulação pulmonar,
o sangue mantem a viabilidade pulmonar pela via das artérias brônquicas
 Obstrução de pequenas artérias – infarto
 Múltiplos êmbolos – hipertensão pulmonar com ICD. Sobrecarga do coração direito, esse múltiplos
pequenos êmbolos aumentam a resistência periferia com uma consequência cardíaca.

As veias varicosas, que possuem uma representação estética importante para as mulheres, podem sofrer
trombose mas raramente elas se alojam, elas deixam seu local de origem e geram êmbolos. Portanto, as veias
varicosas importantes são as profundas e essas profundas são mais propensas a serem silenciosas. Muitas
vezes o paciente hospitalizado nem se dá conta que está com trombose, num momento que ele vai deambular,
sair do leito, ele vai acarretar na embolia pulmonar

Evolução

 Lise
 Organização
 Recanalização

Pose sofrer lise fibrinólise, lise do trombo, em que a integridade vascular vai ser avançada. Vai sofrer
organização que é a transformação desse trombo-embolo, num tecido conjuntivo vascularizado. E pode sofrer
uma recanalização a partir dessa organização, quando os vasos se orientam atravessam o trombo com o fluxo
parcial sanguíneo desenvolvido.

TROMBOEMBOLISMO SIST ÊMICO


 80% - Intracardíacos
PATOLÃO 27

Que é aquele que ganha a circulação arterial, possui destinos mais variados, surgem ou dentro do coração ou
dentro de grandes vasos, maioria das vezes é intracardíacos. Pacientes que sofre um infarto do miocárdio com
lesão endotelial, com perda de massa muscular contrátil, com estase sanguínea, assim com 2 forças
etiopatogenicas para o desenvolvimento da trombose endocárdica, lesão endotelial, e a partir disso é formado o
trombo e a partir da fragmentação desse trombo gera um embolo que vai ganhar a circulação sistêmica arterial.

 Aneurisma aórtico
 Placas ateroscleróticas

Causam lesão endotelial com o desenvolvimento do trombosobreposto, mas ela pode também fragmentar-se em
ganhar a circulação e gerando um êmbolo

 Vegetações valvulares
 Êmbolo paradoxal

É quando um trombo tem origem na circulação venosa e por um defeito de septo intraartrial ou intraventricular
ganhar a circulação arterial.

 Origem desconhecida

Entre 10 a 15% das vezes

 EMBOLIA LÍQUIDA – GORDUROSA


 Patogenia relacionada a fatores mecânicos e lesão bioquímica
 Microêmbolos gordurosos + hemácias e agregados plaquetários

Caraterizada por insuficiência pulmonar, sintomas neurológicos, anemia e trombocitopenia, 1 a 3 dias depois da
lesão. Geralmente os pacientes tem trauma extenso do tecido adiposo, ou da medula amarela óssea, ou seja,
pacientes apresentam história de poli traumatismo. Essa gordura ganha a circulação e impacta num posto distante
de sua origem. Contudo, não somente a obstrução pela gotícula de gordura que ganhou a circulação vai
determinar a consequência dessa alteração. Essa gotícula de gordura ela funciona como corpo estranho dentro da
circulação e ela promove agregação plaquetária e irritação endotelial no seu destino. Ou seja, ele impacta, lesa,
promovendo uma alteração bioquímica, daí vem a agregação plaquetária formando massas que obstruem os
vasos e as consequências são relacionadas a obstrução vascular e irritação bioquímicas. Os principais
destinos dessa embolia gordurosa é o pulmão e o SNC de tal forma que os sintomas são relacionados a esses
locais
PATOLÃO 28

As causas podem ser: (1) Fratura de ossos longos, (2) Traumatismo extenso, politraumatismo, ou
queimadura do tecido adiposo, (3) Lipoaspiração, problema porque o paciente se posiciona em um risco
desnecessário à morte ou complicação grave, é um procedimento com riscos importantes.

 EMBOLIA GASOSA
 Procedimentos obstétricos
 Lesão da parede torácica
 Doença da descompressão

Pode ocorrer em pacientes poli traumatizados, pacientes submetidos a massagem cardíaca com consequente
lesão da parede torácica, com fraturas de costelas, a massagem por si impulsiona ar para entrar dentro da
circulação

Em procedimentos obstétricos, no pós parto, tem a dequitação da placenta, ficam aberto os vasos e a
contração uterina propicia uma pressão negativa para entrada de ar dentro da circulação

No caso de lesão de parede torácica, seja por um trauma adverso, ou pela própria massagem cardíaca, da
mesma forma os movimentos respiratórios formam pressões negativas que favorecem pressões negativas para a
entrada de ar, e esse ar, dentro da circulação, sobretudo em volumes maiores, funcionam como um corpo
estranho que pode impactas.

A sintomatologia da embolia gasosa geralmente ocorre quando ocorre um grande volume de ar, mais de 100ml de
ar. Então aquelas bolhas que surgem no equipo do soro geralmente não apresentam riscos embora sempre que
possível deve ser evitado.

A doença da descompressão, geralmente chamada de doença dos caixões, os trabalhadores que estão em
grandes pressões atmosféricas em mergulhadores ou em construções aquáticas, eles são submetidos a altas
pressões a medida que aumentam a profundidade. Nessa condição os gases se dissolvem no sangue,
especialmente o nitrogênio, e quando nós temos uma descompressão brusca, esse gás sai da solução e forma
diminutas gotículas, semelhante quando se abre uma garrafa de refrigerante, formando êmbolos. Esses
trabalhadores são mergulhados em caixões e quando esse caixão sobe ele tem a mesma coisa que a comentou
nos mergulhadores, os gases sem da sua solução de uma forma rápida, dai o termo doença da descompressão
ou doença dos caixões. Isso causa uma embolia gasosas com obstrução da microcirculação sobretudo da
musculatura estriada em regiões periarticulares e pulmão, de tal forma que o paciente assume uma posição
encurvada devido a dor e insuficiência respiratória. Esse caso é tratado quando é colocado o paciente numa alta
pressão atmosférica novamente e realizando uma descompressão lenta e progressiva.

 EMBOLIA AMNIÓTICA
 1:40.00 partos
 10% da mortalidade materna
 Mortalidade até 80%
 85% de déficit neurológico
 Dispneia, cianose, choque, alterações neurológicas
 Ativação bioquímica da coagulação e do sistema imune são responsáveis pela morbidade e mortalidade,
mais do que a obstrução vascular

Não é uma doença comum, ocorre em 1 a cada 40 mil partos, 10% da mortalidade materna. Pacientes que não
falecem dessa condição, que é uma condição, um desfecho com mortalidade frequente (80%), ela fica com déficit
neurológico (cerca de 85% dos casos), curtindo essa condição com dispneia, cianose, choque e alterações
neurológicas. O que acontece é a entrada de líquido amniótico dentro da circulação no pós parto, no que dequita
a placenta, ocorre a ruptura de vasos, e durante a contração uterina e forma uma pressão negativa e entra líquido
amniótico dentro da circulação. Esse líquido é constituído por células de descamação epitelial, gotículas de
gordura, gotículas de muco, todos eles funcionando com corpos estranhos dentro da circulação, que além de
promover um impacto a distância, geralmente pulmão e cérebro, com sintomas relacionados a déficit neurológico,
isquemia cerebral e comprometimento da circulação pulmonar. Ademais, essas pacientes são suscetíveis também
a lesão bioquímica endotelial, quando se tem essa condição começa a agregação plaquetária e todo aquele
desfecho relacionada a coagulopatia de consumo, determinando um quadro bastante grave com evolução
PATOLÃO 29

desfavorável num percentual significativamente alto. Esse quadro bioquímico é mais impactante devido a
agragação plaquetária, formando massas que podem obstruir e podem complicar ainda mais a condição, do que a
obstrução vascular direta

AULA 7
NEOPLASIAS
DEFINIÇÕES

“O neoplasma é uma massa anormal de tecido, cujo crescimento é excessivo e não coordenado com aquele dos
tecidos normais, e persiste da mesma maneira excessiva após a interrupção do estímulo que originou as
alterações” Willis

Os tumores resolvem crescer, até um determinado momento que ele desejam, dependendo do tipo do tumor. É
conhecido uma série de estímulos oncogênicos como áreas expostas à radiação UV que, caso a radiação seja
removida, ele automatiza o desenvolvimento.

Um conceito mais moderno é que é um distúrbio do crescimento que é desencadeada por uma série de
mutações adquiridas que afetam uma única célula e sua progênie clonal.

Termos: Neoplasia, Tumor, Câncer


PATOLÃO 30

Tumor e neoplasia são usados, na pratica, de modo igual. Mas, tumor é um termo abrangente que se refere a um
aumento localizado de volume, ele pode ter uma abrangência maior ou ele pode ser empregado num ambiente
mais restrito como sinônimo de neoplasia. Neoplasia, por sua vez, significa uma proliferação desordenada de
célula. Essa última provoca aumento de volume localizado, um termo que se adequa com tumor. Câncer é
quando uma neoplasia se refere a uma malignidade.

Outra coisa importante é lembrar que existe uma diversidade de neoplasias, neoplasias benignas, malignas.
Entre os canceres também existe essa variação, com relação a respostas terapêuticas também.

REGRAS DA NOMENCLATURA

Tem-se que classificar adequadamente para estabelecer o prognósticos e submeter o paciente ao melhor
tratamento

Lembrando que é uma gama gigante de variações de neoplasias. Os cânceres, por exemplo, variam muito,
existem com comportamentos muito tranquilos e com excelente resposta. Os mais frequentes são os de pele,
possuem uma baixa mortalidade e curam por uma simples incisão, são acessíveis, facilmente diagnosticados e a
incisão cirúrgica é curativa na maioria das vezes. Tal comportamento “benigno” que ele tem.

Todos os tumores, benignos e malignos, apresentam dois componentes básicos: (1) células neoplásicas clonais
que constituem seu parênquima e (2) estroma reativo feito de tecido conjuntivo, vasos sanguíneos e quantidade
variável de macrófagos e linfócitos. Apesar de as células neoplásicas determinarem em grande parte o
comportamento de um tumor e suas consequências patológicas, seu crescimento e evolução são criticamente
dependentes do seu estroma

É necessário saber o nome certo do tumor, para que se possa saber o tipo de malignidade o paciente possui. A
nomenclatura é classificada pela sua origem, estroma ou parênquima

 Estroma
 Parênquima

Existe outra nomenclatura com relação a morfologia, como benignas ou malignas, variando seu comportamento

 Benignos
 Malignos

TUMORES BENIGNOS

Quando suas características micro e macroscópicas são consideradas relativamente inocentes, significando que
ele permanece localizado, não consegue se disseminar para outros sítios e geralmente pode ser removido por
cirurgia local

DE ORIGEM MESENQUIMA L (HISTOGÊNESE):

Tipo de tecido + Sufixo “oma”

Lipoma (neoplasia mesenquimal benigna de histogênese adiposa), condroma (neoplasia mesenquimal benigina de
tecido cartilaginoso), osteoma, leiomioma (neoplasia benigna de tecido muscular[mio] liso[leio]), rabdomioma
(neoplasia mesenquimal benigna de musculo estriado[rab]), hemangioma (neoplasia mesenquimal benigna de
vasos sanguíneos), Linfangioma (neoplasia mesenquimal benigna de vasos linfáticos).

DE ORIGEM EPITELIAL (HISTOGÊNESE + MORFOLOGIA):

É algo mais complexo porque levam em consideração o tipo de tecido e a forma morfológica da lesão.

 Adenoma: neoplasia epitelial benigna glandular


o Subtipo de neoplasia epitelial glandular benigna:
o Papiloma: As neoplasias epiteliais benignas que produzem micro e macroscopicamente projeções
visíveis, semelhantes a dedos ou verrucosas, que surgem a partir de suas superfícies epiteliais,
são referidas como papilomas
PATOLÃO 31

 Papiloma escamoso: Outras vezes, essa projeções papilares são recobertos por um
epitélio escamoso tal qual a pele, o epitélio estratificado pavimentoso da pele, ai ele é
chamado de papiloma escamoso. Apresentam projeções em forma de dedo, com eixo
conjuntivo de sustentação recobertos por um epitélio semelhante a pele.
o Cistadenoma: cisto é uma cavidade com líquido no seu interior, quando surge num órgão
glandular. Baseado no tipo de epitélio que reveste essa cavidade cística, ela vai receber um
nome. Se ela é uma proliferação neoplásica que forma cavidade cística, ele é chamado de
cistadenoma, surge num órgão glândulas é chamado de cistadenoma
 Cistadenoma papilar: Alguns tumores produzem padrões papilares que se projetam nos
espaços císticos. Projeções em forma de dedos com eixo conjuntivo vascular recoberto
por epitélio. Tal qual é visto numa verruga, ela não é uma neoplasia, é uma lesão viral,
mas possui a mesma aparência papilomatosa, é uma lesão papilomatosa. Numa analogia,
estivar os dedos da mão, imaginando que esses dedos sejam projeções papilares, ou
também chamado de vilosa, que tem um eixo de sustentação e são recobertos por
epitélio. Alguns tumores císticos, possui no seu revestimento interno, essas projeções
papilares
o Pólipo: é uma padrão de crescimento sempre numa superfície, crescimento numa superfície,
que pode ser pediculado, pode ser Cecil. O pedicular possui uma base de implantação estreita,
enquanto o Cecil possui uma base de implantação mais larga É um padrão de crescimento, pode
ter pólipos neoplásicos ou não neoplásicos. Alguns paciente que tem uma doença bastante
comum nessa época do ano que são os pólipos inflamatórios nasais, geralmente pessoas com
rinites alérgicas. Também pode ser neoplásicos, hamartomatoso, hiperplásico, pode ter diversas
naturezas.
Algumas neoplasias de epitélio glandular são polipoides, pode se dizer se tem um adenoma
polipoide ou um pólipo adenomatoso quando esse crescimento é de origem neoplásica. Existem
alguns pólipos que são papilomatosos

TUMORES MALIGNOS

São referidos coletivamente como cânceres, um derivado da palavra latina caranguejo, pois se aderem a
qualquer região em que estejam, de maneira obstinada, similar a um caranguejo. O termo maligno, quando
aplicado a um neoplasma, significa que a lesão pode invadir e destruir as estruturas adjacentes e se disseminar
para sítios distantes (metastatizar), levando à morte.

DE ORIGEM MESENQUIMA IS (HISTOLOGIA):

Baseadas no tipo de tecido proliferado + sufixo ‘sarcoma” (sar quer feito de carne; oma, tumor). Essa
consistência macia, que é típicas das maiorias da neoplasias mesenquimais malignas se deve a um escasso
estroma, tecido conjuntivo vascularizado de sustentação e por isso conferem aos tumores mesenquimais um
consistência mais carnosa, sobretudo se comparada com as neoplasias epiteliais.

Lipossarcoma (proliferação adiposa) condrossarcoma, osteosarcoma, leiomiomassarcoma, rabdomiossarcoma


(neoplasia mesenquimal maligna de musculo estriado) angiosarcoma (neoplasia mesenquimal maligna de vasos
sanguíneo), linfangiossarcoma.

DE ORIGEM EPITELIAL (HISTOLOGIA + MORFOLOGIA):

Avalia o tipo de tecido proliferado e aspectos morfológicos dessas lesões

Sufixo: “Carcinoma”. Significa neoplasia epitelial maligna, de qualquer uma das três camadas germinativas

Adenocarcinoma: denota uma lesão em que as células epiteliais neoplásicas crescem em padrões glandulares.
Neoplasia epitelial maligna de órgão ou tecido glandular. Se essa neoplasia epitélio glandular proliferar for uma
cavidade cística com liquido em seu interior vamos chama-lo de cistadenocarinoma, se, além disso, for uma
papila, será chamado de adenocardinoma papilar.

Carcinoma de células escamosas: denota um câncer em que as células tumorais lembram o epitélio escamoso
estratificado
PATOLÃO 32

O termo que se utiliza para epitélio de revestimento de tipo estratificado pavimentoso, semelhante à da pele, se
chama carcinoma epidermoide. Essa é uma neoplasia bastante comum, é rica para mostrar que não existe
equivalência entre aspecto morfológico e comportamento do tumor, mostrando também que são diversos em
tipos de tumor, algumas vezes recebendo o mesmo termo, carcinoma epidermoide, eles podem ter
comportamento bastante diferentes. Por exemplo, podemos ver que no carcinoma epidermoide na pele, que se
desenvolve por radiação solar, são aqueles tipos de tumor de cura simples, por incisão cirúrgica, conferindo uma
baixa letalidade para esse tumor. Mas, em outra localização, pode ser um tumor extremamente agressivo, um
carcinoma epidermoide de pulmão, com aspecto morfológico semelhante, porém possui um comportamento
absolutamente distinto. Na pele, na imensa maioria das vezes é curável, enquanto no pulmão, na grande maioria
das vezes, é letal, embora o nome a característica e o nome sejam o mesmo. Isso mostra que não se pode
estimar o comportamento basicamente nas características morfológicas.

TUMOR MISTO

Incomumente, a diferenciação divergente de um único clone neoplásico com duas linhagens cria os denominados
tumores mistos. O melhor exemplo é o tumor misto com origem em glândula salivar. Acredita-se que todos esses
elementos surjam de um único clone capaz de originar tanto células epiteliais quanto mioepiteliais; portanto, a
designação de preferência para tais neoplasmas é adenoma pleomórfico.

São as exceções, existem um esforço que tentam uniformizar os termos para que se saiba que tipo de lesão que
está estudando, conforme os conhecimentos estão se desenvolvendo as nomenclatura de classificação também.
É um termo que não é recomendado na nomenclatura. O termo que é recomendado adenoma pleuromórfico
(adenoma é epitelial glandular e benigno, possui várias diferenciações celulares, podem formar cartilagem
verdadeira).

É um principal sinal de glândulas salivares

TERATOMA

Tumor(oma) Monstruoso(terato)

Tumores que ocorrem em gônadas, ovários e testículos, surge de uma célula totipotencial e possui diferenciação
em vários tipos de tecido (cutâneo, pele com anexos cutâneos), epitélio glandular no trato respiratório, trato
gastrointestinal, SNC, tireoide, osso, cartilagem, elementos dentários, tecido adiposo. São relativamente
frequentes sobretudo o teratoma cístico maduro ovariano, que tem como principal constituinte tecidual a pele e
anexos, também chamado de cisto dermóide. Quando se abria a mulher, teria aqueles tumor ovariano com
cabelos junto com material sebáceo, aspecto muito esdrúxulo. Pode se ter elementos dentários desenvolvidos
nesses tumores, uma mulher ter cabelo, osso, dentes, dentro de seu abdome.

LESÃO NÃO NEOPLÁSICAS

Coristoma, Hamartoma

Termos que sugerem neoplasias e que na verdade não são, por exemplo coristoma e hamartoma. O sufixo “oma”
ele é empregado não somente para neoplasias, mas para aqueles tumores para a forma mais abrangente do
termo, aumento localizado de volume.

Então coristoma é uma tumoração decorrente de um resto ectópico de tecido, algumas vezes teremos mucosa
gástrica no duodeno, restos ectópicos do pâncreas na mucosa gástrica. Esse resto de tecido forma uma massa
tumorosa e se emprega esse sufixo “oma”. Ocorre por um falha no desenvolvimento. Restos ectópicos de supra
renal no rim, mucosa gástrica em divertículos.

Hamartoma, por sua vez, significa um tecido também não neoplásico, mas proliferado de uma forma exagerada.
Na mucosa intestinal se tem um epitélio proliferado, um estroma conjuntivo com músculo lisa com vasos, todo
proliferado de uma forma desordenada. No intestino geralmente se arrumo um aspecto polipoide, surge a nível de
mucosa e de parede de revestimento interno e se tem uma tumoração também.

Contudo, o avanço da medicina e estudos recentes nos permitiram observar quemuitas dessas lesões, dessas
“tumorações”, que constituíam-se comos hamartomas são, na realidade, neoplasias. Embora antigamente se
PATOLÃO 33

pensasse que não era, estudo molecular na área da genética do tumor, conseguiu ver que algumas lesões
classificadas como hamartomas são na verdade neoplasias. Não se mudou o nome pelo ter sido consagrado pelo
uso. Hamartomas de pulmão é uma lesão clássica, proliferação de epitélio respiratório, tecido cartilaginoso, vasos,
tecido adiposo, todos os constituintes normais no tecido pulmonar, prolifera de uma forma desordenada e forma
uma massa é e um hamartoma de pulmão, hoje em dia se viu que é um tecido neoplásico verdadeiramente, mas
ainda hamartoma é usado nesse caso, mesmo se sabendo que é hamartoma

EXCEÇÕES

Melanoma, Seminoma, Linfoma, Hepatoma

1. Melanoma: pela regra da nomenclatura sugere uma neoplasia benigna e na verdade é uma neoplasia
maligna dos melanóciotos. As neoplasias benignas são chamadas de Nevos.
2. Seminoma: é a principal neoplasia testicular, a partir do epitélio germinativo, e sugere uma neoplasia
benigna, na verdade é uma neoplasia maligna de epitélio germinativo. Essa lesão também se presta
muito para ser discutida com relação ao comportamento, pois ela se dissemina, pode dar metástase para
vários locais, entretanto ela possui uma excelente resposta terapêutica e a grande maioria dos seminoma
são curáveis. Sabendo-se da possibilidade de cura de algumas neoplasias, é importante subclassificar, se
existe um paciente com um seminoma, alguns seminomas são curáveis por simples incisão de testículos,
e o paciente é de testículo, se o doença for mais adiantada uma radioterapia já elimina a lesão
3. Linfoma: outro exemplo que sugere benignidade e na verdade é uma neoplasia maligna de tecido linfoide,
os americanos falam em linfomas malignos, melanomas malignos, empregando nos aqui, os brasileiros,
as iniciais MM para neoplasias malignas dos melanócitos, no caso um melanoma malignos. Importamos a
abreviatura, mas não o termo.
4. Hepatoma: não é benigna, é maligna, o termo adequado é hepato carcinoma, ou carcinoma de células
hepáticas, mostrando que ela se corresponde a uma neoplasia maligna glandular hepática.

CARACTERÍSTICAS DAS NEOPLASIAS


Na grande maioria dos casos, um tumor benigno pode ser distinguido de um tumor maligno com base em sua
morfologia, com considerável confiança. Em geral, tumores benignos e malignos podem ser distinguidos com base
em sua diferenciação e anaplasia, na sua taxa de crescimento, na invasão local e nas metástases.

NEOPLASIAS BENIGNAS E MALIGNAS

 Diferenciação e anaplasia
 Taxa de Crescimento
 Invasão local
 Matástase

Algumas neoplasias desafiam categorização: as vezes ela parece ser benigna, mas possui um comportamento
agressivo, geralmente se empregam termo “em cima do muro”, que não definem comportamento. Desafiam
porque elas tem discrepâncias entre morfologia e comportamento. Porém isso é exceção. Na grande maioria das
vezes o diagnóstico é feito na macroscopia, é muito importante isso. É estudado por cirurgiões. Discrepâncias
entre morfologia e comportamento

DIFERENCIAÇÃO

O termo diferenciação refere-se à extensão com que as células do parênquima neoplásico lembram as células
parenquimatosas normais correspondentes, tanto morfológica quanto funcionalmente

Diferenciação é usado para designar o grau de semelhança entre o tecido tumoral e a célula normal comparável,
morfologicamente e funcionalmente. Na função entre o gameta feminino e o gameta masculino, tem-se uma
massa de células que começa uma proliferação, ali na mórula, na blástula, elas são indiferenciadas, não lembram
nenhum tecido adulto, na medida que vai se proliferando, ela vai formando diversos tipos de tecidos, cardíaco,
muscular, tecido cartilaginoso, epitélio de revestimento, fígado. O tecido indiferenciado, que não lembra nada, é
diferente do tecido diferenciado, aquele tecido que se pode classificar.
PATOLÃO 34

A partir disso, um tumor indiferenciado lembram tecido embrionário, não lembra nada, enquanto que um tumor
bem diferenciado, lembra tecidos do tipo adulto, semelhantes morfológica e funcionalmente

ANAPLASIA

O termo anaplasia significa, literalmente, “transformar-se para trás”, indicando uma reversão da diferenciação para
um nível mais primitivo

É a falta de diferenciação. Significa falta de diferenciação completa. É típico das neoplasias indiferenciadas.
Neoplasmas malignos que são compostos por células pouco diferenciadas são denominados anaplásicos. Surgem
de células menos maduras com propriedades “semelhantes a células-tronco”, tais como as células-tronco
teciduais. Perde-se a capacidade de diferenciação, diferente das células neoplásicas bem diferenciadas

BEM DIFERENCIADO POUCO DIFERENCIADO OU


INDIFERENCIADO

SEMELHANTE AO TECIDO NORMAL


ASPECTO PRIMITIVO

CARACTERÍSTICAS DA A NAPLASIA

1. PLEOMORFISMO. O que se leva em consideração quando se fala em perda de diferenciação, essa


célula se apresenta seguindo o seguinte exemplo. Na pele, ela tem várias camadas de células, camada
basal com a sua característica de núcleos paralelos, à medida que as células vão maturando, na camada
superficial, tem-se uma grande célula com núcleo pequeno, diferente daquela na camada basal que
possui um núcleo grande. Na comparação célula à célula, numa mesma camada, elas são semelhantes.
Contudo, quando se perde essa diferenciação, elas ficam diferentes, variam em seu tamanho e
organização, o que é chamado de pleomorfismo, não só nas células como um todo, mas do núcleos, que
são sempre objetos de estudo na patologia oncológica. Portanto, as células dentro do mesmo tumor não
são uniformes, mas variam desde grandes células, muitas vezes maiores do que suas vizinhas, até
células extremamente pequenas e de aspecto primitivo
2. ALTERAÇÕES NUCLEARES. Com relação as alterações nucleares, tem-se núcleos maiores, razão
núcleo-citoplasma pode chegar a 1:1, em vez da relação normal de 1:4 ou 1:6, os núcleos ficam
hipercorados, tem maior cromatina e, portanto, tem maior afinidade com a hematoxilina, eles ficam
hipercorados, a cromatina elas ficam com aspecto grumoso, agrupado, em vez de ser homogeneamente
distribuída. Isso acontece quando se tem perda de diferenciação.
3. MITOSES. Quando comparados a tumores benignos e a alguns neoplasmas malignos bem
diferenciados, os tumores indiferenciados usualmente possuem grande número de mitoses, refletindo a
maior atividade proliferativa das células parenquimatosas. Mitoses são aumentadas nos tecidos com
perda de diferenciação, maior número de mitose, bem com presença de mitoses atípicas. Mitoses por si
só, não é diagnóstico de nada. Os tumores, com perda de diferenciação, costumam ter mitoses em maior
número e presença de mitoses atípicas
4. PERDA DE POLARIDADE: é perda da organização desse tecido. Além das anormalidades
citológicas, a orientação das células anaplásicas é marcantemente alterada (i.e., elas perdem a polaridade
normal). Lençóis ou grandes massas de células tumorais crescem de maneira anárquica e desorganizada.
Alguns epitélios são constituídos por colunar com núcleo no colo basal da célula, uma organização
normal, e inesperadamente se tem alteração da relação núcleo citoplasma, o núcleo fica grande, perde o
polo basal da célula e pode se dispor em outras alturas do citoplasma. Essa é a perda da organização e
PATOLÃO 35

da polaridade desse tecido, os núcleos vão estar hipercorados, com cromatina grumosa, com mitoses
evidentes com presença de mitoses atípicas, se comparar um núcleo com outro, ele vai estar diferente
(pleomorfismo característico) e a presença de células gigantes tumorais, com núcleos muito grandes ou
com fusionamento com vários núcleos

ADENOMA DE TIREÓIDE CARCINOMA EPIDERMÓID E

Neoplasia bem diferenciada, muito semelhante ao


Epitélio que forma folhas de queratina, tudo isso é
tecido normal separada
material queratinizado. Aparência casca de cebola.
Neoplasia bem diferenciada. Um epitélio escamoso
estratificado, ele amadurece formando queratina, ele é
semelhante a um tecido normal diferenciado

CARCINOMA EPIDERMÓID E ANAPLASIA

Tecido com anaplasia, se comparar uma célula com a


outra, não se tem semelhança alguma, uma célula
demarcada é uma célula gigante tumoral. Esse é um
Neoplasia não diferenciada, células atípicas infiltrando exemplo de perda de diferenciação, pleomorfirmo no
isoladamente, sem queratina. É um exemplo de um tamanho da forma, cromatina grumosa, grande
carcinoma epidermóide não diferenciado afinidade com a hematoxilina, forma distenda, cada
PATOLÃO 36

um com sua forma

DISPLASIA
Significa, literalmente, desordem de crescimento

A displasia pode ser encontrada principalmente em epitélios. Displasia vem a ser uma alteração na forma,
tamanho e organização de um tecido, compreendido como uma alteração pré-maligna. Caracterizada por uma
constelação de alterações que incluem a perda da uniformidade das células individuais, assim como a perda de
sua orientação arquitetônica.

 Perda da uniformidade da célula


 Perda da sua orientação

Aquilo que foi esquematizado nos slides anteriores, a organização dos tecidos, camada basal da epiderme,
espinhosa, granulosa, superficial e córnea, é um tecido organizado, maturado bem organizado. Em algumas
circunstâncias alteradas ele vai sofrer alteração na sua orientação.

Alterações Leves, moderadas, que não envolvem toda a espessura do epitélio, podem ser reversíveis. Por isso
pré-malignas, no desenvolvimento pode ser uma malignidade dependendo da organização, quando ele está
completamente desorganizado, ele é verdadeiramente neoplásico. As alterações quando quantificadas, se sabem
que aquela classificada como leve e moderadas, ela não envolvem toda a estrutura do epitélio e podem ser
reversíveis. Voltando no tecido epitelial estratificado pavimentoso, que tem camada basal e superficial, possui toda
uma organização quando as atipias, ou alterações que estão restritas ao:

1. Terço inferior, é classifica como displasia leve


2. Dois terços, é denominado displasia moderada
3. Todo o tecido, é acentuada.

Quando a displasia é até moderada, ele é propensa a redução espontânea com a remoção dos agentes
causadores, fazendo com que o retorne à normalidade. Contudo, quando está no nível acentuado, ela é mais
propensa a progressão, a se transforma num carcinoma invasor. Uma vez que as células tumorais tenham
rompido a membrana basal, diz-se que o tumor é invasivo. Não, necessariamente, progride para o câncer. Podem
ficar muitos e muitos anos sem progredir

CARCINOMA “IN SITU”

Quando as alterações displásicas são marcantes e envolvem toda a espessura do epitélio, porém a lesão
permanece confinada pela membrana basal

 Alterações displásicas acentuadas e confinadas ao epitélio


 Toda a espessura epitelial é considerada lesão pré-invasiva

O carcinoma em situ significa que ela é um neoplasia intraepitelial, ele comprometeu toda a estrutura do epitélio.
Novamente no epitélio escamoso, quando ela compromete toda a estrutura da pele, é chamada de carcinoma em
situ. Alterações displásicas acentuadas e confinadas no epitélio significa que a membrana basal está íntegra,
não sofreu rompimento. O carcinoma in situ pode levar anos para se tornar invasivo
PATOLÃO 37

Quando se fala em infiltração, se está se referindo ao estroma subjacente, infiltração dérmica que é considerada
uma lesão pre-invasiva. Ela foram se desorganizando atingiram o terço basal, depois dois terço superficial e
depois elas rompem a membrana basal e infiltram no estroma, essa é a evolução esperada. Nem todos os
tumores seguem essa evolução

DIFERENCIAÇÃO

BENIGNA MALIGNA

BEM DIFERENCIADA BEM, MODERADAMENTE OU POUCO


DIFERENCIADA OU INDIFERENCIADA

Tudo possui exceção, na maioria das vezes ela segue essa regra. Em tumores bem diferenciados benignos, as
mitoses são extremamente reduzidas em número e apresentam configuração normal. Já as neoplasias malignas
são caracterizadas por uma ampla gama de diferenciação das células parenquimatosas, de surpreendentemente
bem diferenciadas a completamente indiferenciadas. Entre os dois extremos estão os tumores que são
imprecisamente referidos como moderadamente bem diferenciados

TAXA DE CRESCIMENTO

 Tempo de duplicação celular


 Fração celular no pool replicativo
 Taxa da perda celular

Na verdade é muito difícil de estimar um tempo que a célula realiza duplicação e depende da quantidade de
células que estão no ciclo celular, estão no pool replicativo. Ou aspecto importante é a taxa de perda celular,
dependendo disso tem-se um aumento da população celular e, portanto, formando tal massa que permite-se
reconhecer como uma transformação neoplásica.

 No momento da detecção de um tumor sólido já foi completado a maioria do seu ciclo vital
 Menor massa detectável: 1g (109 ciclos mitóticos)
 Maior massa: 1kg (1012)

Na maior do momento do diagnósticos do tumor se ele está mais pro fim do que pro começo. No A partir de uma
única célula, teoria da monoclonalidade do crescimento do tumor, a célula uma se divide, forma 2, forma 4, forma
16, quanto amis células proliferando, mais perto do fim do tamanho da massa compatível com a vida.

 Tumores de Crescimento rápido: fração de crescimento 20% ou menos


 A maioria das células estão em G0 ou G1

O que determina a fração de crescimento, o graus de proliferação, fatores nutricionais, estímulos hormonais,
capacidade reprodutiva da célula. As células que estão continuamente se replicando são as que são mais
propensas a sofrerem tumores, enquanto aqueles que não tem potencial de proliferação não tem muita propensão
de sofrer neoplasias. Assim, neoplasias de SNC e musculares são muito rara, enquanto que epitélio TGI,
mamário, brônquico, prostático, esses epitélios de revestimento são células lábeis, estão continuamente se
replicando.

 Está relacionado com o grau de diferenciação


 A maioria das neoplasias malignas cresce mais rapidamente que as benignas
PATOLÃO 38

 Existem exceções
 Estímulos diversos: suprimento sanguíneo; hormonais, desconhecidos

Se o tumor é bem diferenciado, ele tem um nível de proliferação semelhante ao tecido normal comparável,
enquanto que as neoplasias pouco diferenciadas se divivem muito mais. A maioria das neoplasias malignas
crescem mais rapidamente que as benignas. Tudo tem exceções. Existem estímulos diversos, suprimento
sanguíneo, hormônios e outros. Por exemplo, um caso de uma mulher com tumor de mama, ou tumor uterino, se
ela tiver estímulos hormonais normais, ela a neoplasia vai se proliferar num determinada velocidade, caso essa
mulher entre na menopausa, o tumor perde o estímulo hormonal e vai crescer menos. Entretanto, caso ela
engravide, os níveis hormonais aumente, o tumor vai crescer muito rápido. Portanto, é preciso avaliar o contexto,
nem tudo que cresce rápido é significativo de malignidade, em casa de tumores mamários ou uterino, quando a
mulher engravida ela vai crescer muito rápido. Com relação ao suprimento sanguíneo inadequado o tumor vai
crescer menos

CÉLULAS TRONCO CANCEROSAS


 Tumores malignos são imortais
 São essenciais para a persistência do tumor
 Alta resistência as terapias
 Podem surgir de células tronco de tecidos normais ou de células diferenciadas que sofrem transformação

Também relacionado com as células neoplásicas, se tem as células tronco cancerosas que são horríveis, por que
são imortais e respondem muito mal as terapias conhecidas e são essenciais para a persistência do tumor. Elas
podem surgir de células tronco normais, ou podem surgir de células normais diferenciadas que sofrem
transformação a células tronco, assumindo uma célual tronco cancerosa.

INVASÃO LOCAL

NEOPLASIAS BENIGNAS NEOPLASIA MALIGNA

Não infiltrativo Infiltrativo

Capsulado Não capsulado

Localizado Mal delimitado

Crescimento coeso Destruição de tecidos adjacentes

AS neoplasias benignas costumas crescer como massas coesas que empurram o tecido circundante, são bem
delimitadas, geralmente tem capsula (tem exceção), essa cápsula é formado pelo estroma do tumor, em parte
pelo tecido normal circunstado que sofre compressão, vão comprimindo sofrendo atrofia, morte celular e essa
célula vai sendo substituída com um tecido conjuntivo. Então elas costumam ser capsuladas, por um tecido
conjuntivo que envolvem completamente essa massa. Não infiltrativo significa que cresce empurrando.

Já nas neoplasias malignas, se tem uma capacidade de infiltrar de não respeitar limites anatômicos, sem
capsulas, mal delimitado, infiltrativo, destruindo tecidos adjacente. Essa é a segunda marca de malignidade,
quando se vai avaliar, o cirurgião experimentado olha a lesão sabe reconhecer, na maioria das vezes. Se ele tem
limites infiltrativos, se infiltra tecidos adjacentes, ela é uma caraterística de malignidade.

CARCINOMA “IN SITU”

 Exibem alterações citológicas de malignidade sem invasão da membrana basal


PATOLÃO 39

Lesão que compromete toda a espessura de um epitélio escamoso, por exemplo, tem atipias importantes, não
invade a membrana basal, fica restrito ao epitélio. Esse termo “in situ” pode ser substiruido por um carcinoma intra
epitelial. Se ele não pe in situ e não fica restrito ao epitélio, ele invade, ele rompe a membrana basal e invade o
tecido de sustentação. Os epitélios são avasculares e se nutrem por difusão, não tendo vasos, portanto, não tem
capacidade de difusão metastática e então, essas neoplassias em situ, são passiveis de cura por simples incisão.
Enquanto que o tumor invasor, ele infiltra o estroma, tecido conjuntivo no caso do exemplo da pele e infiltra a
derma, essa que possui vasos, e algumas dessas células tumorais podem ganhar a circulação, infiltrar vasos e
ganhar a circulação e se implantar a distãncia, característica importante de agressividade.

METÁSTASE
Massa tumoral descontínua com o tumor primário

Em outras palavras, uma massa a distância, um implante tumoral secundário.

 São implantes tumorais descontínuos com o tumor primário


 Marca inequívoca de malignidade

A invasão de um tumor é segunda marca de malignidade, a primeira é a metástase, quando e tem um tumor de
foco secundário, todas a dúvidas com relação ao tumor primário se desfizeram, é a marca inequívoca de
malignidade.

COMPORTAMENTO GERAL

Mais diferenciado → Crescimento mais rápido → Mais infiltrativo → Maior Potencial metastático → Mais agressivo

É o tumor que vai matar o paciente

VIAS DE METÁSTASE

 Diretamente nas cavidades

Na cavidade corpórea, na cavidade pleural, peritoneal, pericárdica, ou cavidade articular

 Via Linfática
 Via hematogênica

Pode se disseminar por via linfática ou hematogênica

MESENTÉRIO

O mesentério residual é o tecido amarelo, tecido adiposo, as


massas rosadas são os implantes tumorais, muito mais tumor
que tecido, não é normal. Esse costuma ser uma via de
disseminação de tumores próximos as cavidade corpóreas, no
PATOLÃO 40

caso o mesentério, ou na cavidade peritoneal, é típico de ovário, estômago, intestino. Então os tumores crescem,
surgem na mucosa, infiltram a submucosa, muscular própria, subcerosa, cerosa e desprendem a célula para
dentro da cavidade peritoneal. Os movimentos peristálticos disseminam essas células tumorais, formando
diversos focos tumorais a distância, metastática, descontínuo da primária. O mesmo ocorre no estômago, no
ovário, surge na intimidade e se infiltram até ganhar a superfície externa quando e disseminam as células
tumorais. Umas das características das células tumorais, é que as células possui uma coesão diminuída, elas se
desprendem uma das outras com facilidade, elas vão escavando para dentro da cavidade peritoneal. O mesmo
pode ocorrer nas neoplasias tumorais, o pulmão vai crescendo pelo tumor infiltra a pleura, descama as células
tumorais para dentro do espaço pleural, os movimentos respiratórios server para distribuir formando diversos
implantes tumorais secundários

DISSEMINAÇÃO LINFÁTICA

 Principal via de disseminação de carcinomas


 Segue a rota de drenagem linfática da região
 Linfonodo sentinela
 Linfonodo aumentado não necessariamente significa metástase

Se tiver um carcinoma de mama, que é uma neoplasia maligna epitelial, ela vai se disseminar para os linfáticos
regionais, no caso para os linfáticos axilares.

O linfonodo sentinela é o linfonodo que primeiro de drenagem daquela região, observa se tem metástase ali e
conforme se faz a retirada só desse gânglio ou de toda a cadeia linfática. Geralmente ele segue a linfática da
região no caso da mama na maioria das vezes o tumor surge no quadrante superior externo que drena para
cadeia axilar. Se for um carcinoma do pé, vai para os linfáticos regionais, se for da mão para os axilares. O
linfonodo sentinela é quando se faz uma marcação da região peritumoral e na cadeia região se observa qual o
primeiro a ficar tingido de azul, se examina se ele não tiver metástase, os demais nhã deverão ter, e a partir disso
pode-se poupar essa cadeira linfática.

É importante saber que nem todo linfonodo aumentado significa metástase, algumas vezes antígenos tumorais
são suficientes para promoverem uma hiperplasia reacional no linfonodo, isso não necessariamente implante
tumoral descontínuo

DISSEMINAÇÃO HEMATOG ÊNICA

 Típica de sarcomas
 Fígado e pulmão são mais frequentemente comprometidos
 Predileção por infiltração

Existe um caso de câncer de rim que possui trofismo para infiltração de veia renal, principal, formando um êmbolo
sólido tumoral, constituído por células tumorais que infiltra a veia renal, que podem formar êmbolos até ganhares o
átrio direito. Isso significa um tumor bastante agressivo, a identificação do câncer renal dessa embolização está
relacionado a agressividade e um prognóstico limitado

CARACTERÍSTICAS DAS NEOPLASIAS BENIGNAS E MALÍGNAS


PATOLÃO 41

Degeneração e necrose são presente e são típicos de tumores malignos, porque necrose a parte parenquimal
prolifera mais rápido que estromal, ocorrendo desproporção entre demanda nutricional e aporte nutricional, de tal
forma que a célula riá sofrer necrose isquêmica.

AULA 8
NEOPLASIAS III
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS

GEOGRÁFICOS

USA x JAPÃO

A contribuição da epidemiologia na compreensão do câncer é muito importante. Ela começou na descrição foi de
homens que limpavam chaminés que tinham canceres de bolsa escrotal aumentada. A partir disso, podia existir,
naquela fuligem, algum agente carcinogênico, e fizeram a primeira relação de influência ambiental com o câncer.

Existe uma distribuição geográfica bastante variada, o que se tem na relação de determinados cânceres que se
desenvolvem no EUA e no Japão. No EUA, a incidência de câncer de próstata é bem alta, enquanto que no Japão
é baixa. Ao contrário disso, os japoneses tem uma incidência de câncer gástrico bastante alta, enquanto que o
EUA, comparativamente, é mais baixa. Como consequência, observou-se que os imigrantes acabam assumindo o
risco do local de destino. Assim, Os japoneses que vão para os EUA, nas gerações subsequentes, acabam ter um
risco mais semelhantes do que os americanos, da mesma forma ocorre com os japoneses que se destinam para o
Japão

Imigrantes japoneses: risco intermediário

Então os imigrantes possuem risco Intermediários, mostrando que não são só fatores genéticos estão
relacionadas com determinadas malignidades, mas também influenciais culturais, ambientais, todas as influências
extrínsecas que podem estimular no desenvolvimento de uma neoplasia.

Existem distribuições geográficas bastante pareáveis, mas nos EUA e no Japão são um exemplo didático pois os
números são bem discrepantes. A medida que vamos estudamos as neoplasias vamos dar as diversas
distribuições geográficas, sobretudo no semestre seguinte.

FATORES AMBIENTAIS

São entendidas todas aquelas de fora, externos


PATOLÃO 42

1. Agentes Infeciosos

HPV e sua relação com câncer de sepse uterina, agora se tem visto que estão relacionados com alguns outros
tipos de carcinomas também, mas o primeiro relacionado com HPV foi o de colo uterino

2. Fumo

De longe o mais importante dessas influências ambientais é o cigarro, tem relação não só com o câncer de
pulmões, mas também com cânceres Trato aero digestivo superior, bexiga, pâncreas, estão relacionados com o
hábito de fumar. É dependente da dose, quando mais ele fumar, por maior período de tempo, maior o risco de se
desenvolver. O câncer de pulmão em paciente não fumante é uma raridade.

3. Álcool

É uma influência cancerígena, relacionado também ao câncer do trato aero digestivo superior, também câncer
hepático, relacionado com o desenvolvimento da cirrose. Junto com o álcool são sinérgicos

4. Dieta

Com baixo teor de fibras e altas concentrações de gorduras está relacionado com câncer de colo reta.

5. Obesidade

A obesidade que está endêmica em alguns locais como nos EUA, se mostram uma influência cancerígena
também importantes, o risco de obesos desenvolverem malignidades é significativamente maior, cerca de 50-60%
maior que as pessoas com peso normal. A letalidade é aumentada.

6. História reprodutiva

As influências cíclicas hormonais, sobretudo quando não relacionada a estrógeno e progesterona determina um
aumento na incidência de câncer. Menor número de gestações, menor tempo de amamentação, tem relação com
a incidência de câncer e endométrio

7. Carcinógenos ambientais

Desde que tu nasce, tu está influenciado por agentes carcinogênicos distribuídos no ambiente, alguns são mais
facilmente relacionados como a radiação UV, os principais cânceres de pele ela tem uma tendência de se
desenvolver em áreas expostas a radiação solar, na face, dorso das mãos, pernas, locais onde se tem a maior
exposição à radiação, são locais onde o câncer tem a se desenvolver numa incidência maior. Alguns desses
cânceres são de longe as malignidades mais comuns, mas ele costumam não tem uma agressividade, com
exceção do melanoma, tão grande. Existem outros carcinógenos ambientais, tais quais aqueles relacionados ao
trabalho laboral

IDADE

Outra relação importante é com relação a faixa etária. Em termos gerais, as malignidades são mais frequentes
conforme a idade avança. É visto cada vez mais cânceres, que até um tempo atrás eram típicos de pacientes com
mais idades, se desenvolvendo em faixas etárias mais precoces. Não se há um consenso se realmente a
incidência vem baixando do câncer, existe uma teoria relacionada quantidade de pessoas numa faixa etária, então
pode ser que hoje se tenha mais pacientes adultos jovens, por isso que se esteja vendo mais cânceres em adultos
jovens, mais que não se tenha aumento percentual. No caso de câncer de mama, raramente se via casos de
pacientes com menos de 40 anos, hoje toda semana tem mais de 1, 2 ,3 casos, toda semana. É importante que a
gente pense, por exemplo, um paciente com 55 anos, feminina, com um nódulo na mama a primeira coisa que se
vais pensar é câncer de mama, se o paciente tem 30 anos iremos pensar num outro câncer. Mas, na medicina,
“nem jamais, nem nunca”, sempre tem-se que se desconfiar e contextualizar a apresentação clínica para se fazer
uma hipótese diagnóstica.

 A maioria surge após os 55 anos


 Crianças: Leucemias e linfomas, tumores do SNC, neuroblastoma, Tumor de Wilms, rabdomiosarcoma

Mas qualquer faixa etária tem suas próprias propensões de desenvolver os tumores referentes a sua idade
PATOLÃO 43

INCIDÊNCIA DO CÂNCER

Homens: próstata, pulmão e cólon/reto

Mulheres: mama, pulmão e cólon/reto

Esses tumores, próstata, mama, pulmão, colo/reto perfazer quase 50% de todas as malignidades tumorais. Deve-
se estar sempre com eles na cabeço quando. Um paciente aparece um linfademomegalia cervical e não se sabe
sua origem.

PREDISPOSIÇÃO GENÉTICA

Síndromes neoplásicas hereditárias: retinoblastoma, polipose colônica familiar, neoplasias endócrinas múltiplas -
Padrão autossômico dominante

Existem cânceres que desde muito de se compreender a sua malignidade já se via que algumas malignidades
tinham algumas incidências familiares, por exemplo de mulheres que tinham familiares com câncer de mama e
essas também desenvolviam esse tumor.

Cânceres familiares: idade precoce, 2 ou mais parentes próximos, tumores múltiplos e bilaterais (cólon, mama,
ovário) – padrão de transmissão indeterminado

Esses canceres familiares eles costumam se apresentar clinicamente numa idade mais precoce e ele ter a história
família, 2 ou mais parentes próximos, a chance de tumores múltiplos ou bilaterais é maior. São observado em
tumores colonicos, mama e ovário, o padrão de transmissão é indeterminado. Contudo, o câncer genético é uma
incidência muito baixa, em que se identifica um gene herdado. Agora os cânceres familiares são muito mais
comuns, no caso de mulheres com essa predisposição familiar com tia, mãe, irmã com história de câncer de
mama, mas não se identifica um gene herdado, embora existe alguns genes (cerca de 3% dos casos) que
provocam.

A grande maioria dos tumores não tem história família, são os canceres ditos esporádicos, são aqueles que
surgem em primeira pessoa na determinada família.

CONDIÇÕES PREDISPONE NTES E NÃO HEREDITÁR IAS

Existem outras predisposições, não hereditárias, que tem relação com canceres

Inflamação crônica: colite ulcerativa, Doença de Crohn, Gastrite por Helicobacter Pillori, Hepatite, Pancreatite,
bronquite crônica (câncer de pulmão).

Quando se diz crônico, doença inflamatória que acompanha o paciente por muitos anos, muitas décadas, o que se
observa em pacientes com colite ulcerativa, Doença de Crohn, Gastrite por Helicobacter Pillori, Hepatite,
Pancreatite. Essas doenças determinam um risco aumentado de desenvolvimento de câncer

Lesões pré-cancerosas: ceratose solar, leucoplasia, adenoma pleomórfico

Existem outras condições pré-cancerosas, a ceratose solar é uma doença que tem relação com a exposição solar,
é entendida como uma doença pré-maligna, pré-invasiva, terá displasia no epitélio, um percentual dessas lesões
irá progredir para um câncer invasor. O termo leucoplasia, por um tempo foi empregado genericamente por uma
condição pré-cancerosa, hoje sabe que na verdade é empregado para superfícies mucosas, se observa, por
exemplo, na mucosa uma placa branca e se fala em leocoplasia, porém a correspondência histológica pode ser
diversas, algumas delas como sendo precursoras de cânceres, mas outras não, doenças inflamatórias, outras do
tipo cicatricial, outras de origem displasias, todas essas podem se apresentar como placas brancas sentas,
algumas com real risco de transformação malignas e outras completamente benignos ou reacionários. Adenoma
pleomórfico, é na verdade, um tumor misto, é o principal tumor benigno das glândulas salivares e os pacientes que
apresentam essa lesão, com o passar dos anos, eles tem risco de sofrerem, com esses tumores, uma
transformação maligna, por isso é entendida como pré-cancerosa

CARCINOGÊNESE
PATOLÃO 44

Os tumores são entendidos como agressões ambientais em um indivíduo geneticamente suscetível. Essa é uma
das cosias mais importantes para se entender um câncer, um indivíduo geneticamente suscetível e uma agressão
ambiental. A partir disso a transformação maligna vai se discorrer.

É o produto final de um processo complexo que se desenvolve em múltiplos estágios. A carcinogênese é o


produto final de um processo de múltiplos estágios, existe uma diversidade de etapas e de influências para que no
final o câncer se desenvolva. Deve ser uma influência mantida, persistente, num indivíduo geneticamente
suscetível em que as influências de reparo, de dano, ao DNA falharam, a partir daí é quando se tem um risco de
desenvolver a neoplasia

GENES E NEOPLASIA
Existem 4 categorias de genes que regulam a proliferação celular, uma categoria de genes que promove a
proliferação celular, a outra que inibe a proliferação, outra que promove a apoptose e a última que repara o dano
ao DNA. Quando se tem alterações nessa categoria de genes, ou que se tem uma alteração que não pode ser
reparada nessas categorias de genes, é quando a malignidade vai se desenvolver. Elas são chamadas da
seguinte forma

Quatro classes de genes regulatórios

1. Protooncogenes
2. Genes de supressão do tumor
3. Genes que regulam a apoptose
4. Genes do reparo de DNA

1. Proto-oncogenes: genes normais que afetam o crescimento e a diferenciação. Promove a proliferação e a


diferenciação em tecidos normais
a. Oncogenes: Promovem o crescimento autônomo em células cancerosas. Seus produtos estão
associados a transformação neoplásica. Então se tiver uma mutação num protooncogenes se
tem um oncogene, e terá um crescimento autônomo, desordenado, que não responde a
proliferação celular.
2. Genes supressores do Câncer: Freios contra a proliferação celular. Regulam o crescimento celular e
impedem o crescimento de tumores

PROTO-ONCOGENES PODEM SER CONVERTIDOS EM ONCOG ENES

Alteração na estrutura do gene (mutação) resultando num produto anormal (oncoproteína)

Aumento da expressão gênica com maior quantidade de proteína estruturalmente normal que estimula o
crescimento normal

BASE MOLECULAR DO CÂNCER


A característica da celular tumoral é aquela que possui um material genético mutado, que se desenvolveu por
agentes ambientais, químicos, radiações, vírus ou hereditário. Podem ser determinadas por influências ambientais
ou espontâneas

Dano genético não letal (mutação): agentes ambientais, químicos, radiações, vírus ou hereditário

Mutações: ambientais ou espontâneas

Expansão clonal de uma única célula transformada (monoclonalidade). A mutação acontece numa única célula, e
a partir dessa, por divisão celular, desenvolve o tumor

Quatro classes de genes regulatórios

5. Protooncogenes
6. Genes de supressão do tumor. Inibe a proliferação celular
PATOLÃO 45

7. Genes que regulam a apoptose


8. Genes do reparo de DNA

O desenvolvimento do câncer se desenvolve quando se tem uma mutação em qualquer dos genes regulatórios

GENES DE SUPRESSÃO :

O câncer pode surgir não apenas em decorrência da ativação de oncogenes, mas também pela inativação de
genes que suprimem a proliferação celular (anti-oncogenes)

BASE MOLECULAR DO CÂNCER

Carcinogênese é um processo de múltiplos passos fenotípicos e genéticos. É uma estimulação continuada até que
uma única célula sofra mutação e partir daí se tem uma proliferação desordenada de células

PROGRESSÃO TUMORAL

Maior potencial maligno resultam de múltiplas mutações adicionais gerando subclones com capacidades de
crescimento, invasão, metástase e resposta terapêutica variadas. Ela é suscetível a mutações adicionais, à
medida que ela vai progredindo ela vai adquirindo características diferentes e por isso muitos tumores ficam por
um tempo crescendo muito lentamente e num determinado momento ele passa a proliferar a disseminar
metástases, significando novas mutações naquela neoplasia que já estava mutada, ela vai assumir características
distintas de crescimento, capacidade de invasão, potencial metastático e resposta terapêutica variada.

ALTERAÇÕES ESSENCIAI S PARA A TRANSFORMAÇ ÕES MALIGNA

1. AUTOSSUFICIÊNCIA EM SINAIS DE CRESCIMENT O.


2. INSENSIBILIDADE AOS SINAIS DE INIBIÇÃO DO CRESCIMENTO.
3. METABOLISMO CELULAR ALTERADO (EFEITO W ARBURG). Maior apetite à glicose, continua
necessitando de altas doses de glicose.
4. EVASÃO DA APOPTOSE ( INATIVAÇÃO DO P53). Se opor um lado se tem proliferação
desordenada, não resposta a inibição do crescimento, essas células também deixam a apoptose, elas
perdem a capacidade de morrerem, ficam uma população celular maior, relacionada com a inativação do
p53 que é entendido como uma guardiã do genoma, uma proteína relacionada a preservar o genoma da
célula
5. DEFEITOS NO REPAR O DE DNA.
6. POTENCIAL REPLICATIVO IRRESTRITO. Uma célula normal em cultura, depois de um
determinado número de ciclos celulares, ela começa um processo de semicência e morre. Contudo, numa
célula enoplasiaca isso não ocorre, ela possui um potencial replicativo irrestrito.
7. ANGIOGÊNESE MANTIDA (VEGF). Fator de Crescimento o Endotélio Vascular, então os vasos que
vão propiciar nutrição adequada para esse tumor crescer vão ter sua proliferação garantida de pela
própria célula tumoral, ela mesma vai sintetizar os fatores de crescimento vasculares
8. CAPACIDADE DE INVASÃO E METÁSTASE. A célula maligna tem capacidade de infiltrar, digerindo
matriz extracelular, parede vascular e, a partir disso, vai penetrando e infiltrando, destruindo todos os
tecidos que se apresentarem. Todos os tecidos podem ser infiltrados, ósseo, fibras elásticas, cartilaginoso,
entretanto alguns são mais resistentes
9. CAPACIDADE DE EVADIR DA RESPOSTA IMUNOLÓGICA DO HOSPEDEIRO . É o cerne de
terapias novas, muito promissoras é o estudo da capacidade da célula evadir da resposta imunológica do
hospedeiro. Então, a célula tumoral “dribla” a resposta imunológica de tal forma que a resposta do
indivíduo não seja suficiente para eliminar a célula tumoral. A partir disso, foram criados terapias
relacionadas para tratar os receptores celulares que não são reconhecidos pelas células tumorais. Na
imunoterapia, as respostas são fantásticas, pelo menos em alguns tipos de tumores, pulmão, melanoma,
tem se observado uma sobrevida de alguns desses tumores

ACHADOS CLÍNICOS DOS TUMORES


 Efeitos locais.
 Atividade funcional (hormônios)
PATOLÃO 46

 Infarto ou rupturas

Ele tem um efeito de massa, e, a partir dai, eles vão comprimir estruturas vizinhas, vão destruir tecidos adjacentes,
não respeitando limites anatômicos, eles podem sintetizar hormônios, tendo quadros endócrinos relacionas a
sínteses de tumores, de órgãos endócrinos mesmo não relacionados a síntese hormonal. Os tumores podem
sofrer infartos ou rupturas geralmente relacionados a uma desproporção entre uma proliferação celular e
proliferação estromal do tumor nessa desproporção uma célula parenquimal cresce mais, a nutrição não é
suficiente e ai ocorre uma isquemia, isso é relacionado ao ritmo de crescimento dos tumores, esse tipo de infarto
tente a se desenvolver em tumores que crescem muito rapidamente, a partir dai ela pode se romper.

EFEITOS LOCAIS E HORMONAIS


 Destruição de glândula endócrina
 Obstruções TGI
 Produção hormonal
 Infecção secundária
 Sangramento

Pode destruir tecidos adjacentes, isso observados em tumores endócrinos, o tumor vai crescendo e destrói o
tecido normal adjacente dando síndromes endócrinas por diminuição da produção de alguns hormônios.

Pode provocar, também, obstrução em órgãos, geralmente do TGI, esôfago, cólon.

Produção hormonal ectópica, os tumores bem diferenciados se desenvolvem em órgãos endócrinos, sintetizar os
mesmo hormônios que o tecido hormonal sintetiza, mas eles podem também ser produzidos por tecidos que não
são produtores de hormônios, dando a essa produção endócrina paraneoplásicas.

Um tecido necrosado, ulceras e rupturas que determinados estruturas podem sofrer, são sítios comuns de
infecções secundárias. Esse tecido necrótico funciona como um meio de cultura, um paciente que tiver, portanto,
algum foco infecioso poderá semear no tumor necrosado também.

Mesmo que o tumor não seja grande, nem agressivo, ele pode provocar sangramentos. Esse sangramentos pode
resultar na morte do indivíduo. Assim como na obstrução do TGI (essa que algumas vezes vai provocar mais
complicações mais importantes que o tumor primário), algumas vezes as complicações dos tumores podem tornar
ou assumir o protagonismo da doença a complicação, não o tumor em si.

DOENÇAS

CACHEIXA

É uma síndrome peculiar de malignidade, geralmente agressivas e avançadas em que os paciente apresentam
com:

Perda de peso, fraqueza, anorexia, anemia

Tem origem obscura e não relacionada com a demanda nutricional do tumor. Então aquela ideia de que o tumor
está consumindo o paciente, porque ele pega todos os nutriente parece que não é por ai, não é verdade essa
ideia, o que parece é que essa síndrome está relacionada com síntese de substâncias químicas que vão produzir
essa síndrome que estamos descrevendo.

Taxa metabólica alta apesar da pequena ingesta. O paciente ingere pouco alimento e o paciente continua com
uma taxa metabólica alta

SÍNDROME PARANEOPLÁS ICA

 Sintomas complexos relacionados ao câncer que não podem ser explicados pelo crescimento local nem a
distância ou pela elaboração hormonal do próprio tumor. Várias são as condições relacionadas ao câncer
 Ocorre em 10% dos casos
PATOLÃO 47

 Podem ser a 1ª manifestação de um câncer oculto


 Algumas vezes essas manifestações são mais importantes que o tumor pode provocar manifestações
clínicas importantes e mesmo a morte
 Algumas vezes elas podem simular metástases.Se tiver um tumor da suprarrenal, por exemplo, ele pode
sintetizar hormônio (é ate esperado que isso aconteça). Contudo, se o paciente tiver um carcinoma
epiderdermóide, de pulmão, não é esperado que ele tenha alguma síndrome hormonal relacionada a esse
tumor. De qualquer modo, os cânceres pulmonares são um dos principais tumores relacionado a síndrome
paraneoplásica pois geram síndromes hipercacemicas, não é justificada pela destruição óssea da
metástase de pulmão pois o pulmão acaba sintetizando substâncias hipercalcemiantes.
 Produção hormonal ectópica. Hipercalcemia. Uma das sustâncias relacionadas com essa síndrome
 S. paraneoplásica neuromiopática. O paciente tem manifestaçãoes neuromusculares
 Acantose nigra. Está relacionada com a apresentação de placas escuras de uma explosiva na pele que
pode ser uma primeira manifestação de tumores
 Osteoartropatia hipertrófica. O paciente tem alargamento de junções de articulações sobretudo nas mãos
 Tromboflebite migratória (S. Trousseau). O tumor sintetiza as substâncias que promovem a coagulação e
ai ele vai ter múltiplos trombos, relacionados sobretudo a malignidades agressivas e tumores avançados,
sobretudo de pâncreas.

GRADAÇÃO
É baseada no grau de diferenciação do câncer e o número de mitoses para presumir a agressividade tumoral

 Graus de I a IV

Ou empregar esse termo Bem, moderado ou pouco diferenciado

ESTADIAMENTO
É baseado no tamanho do tumor e no grau de disseminação

TNM varia conforme cada câncer. T=tumor, N= linfondos, M=metástases hematogênicas e varia conforme a
localização de cada tipo de câncer e cada vez são cada vez mais esmiuçadas

Organograma do resumo de tudo que foi dito nessa aula. Temos influências ambientas numa célula normal que
sofre uma mutação, terá um dano no DNA e uma falência no reparo do DNA, por fim terá um genoma mutado.
Esse genoma mutado vai ter alterações nos genes da apoptose, inativação dos genes de supressão e ativação
dos oncogenes promotores do crescimento. A partir disso terá uma proliferação celular descontrolada e uma
diminuição da apoptose, resultando numa expansão clonal. Na expansão clonal, teramos uma andiogênese
mantida, uma flaha da imunidade, mutações adicionais, progressão tumoral e uma neoplasia maligna com todas
aquelas características que lhe são peculiares e que vão ocorrer em invasão e metástase. Assim que é que uma
malignidade se desenvolve.
PATOLÃO 48

AULA 9
IMAGENS NEOPLASIAS
Valéria passou um monte de imagem repetindo as características das aulas anteriores

AULA 10
NEOPLASIAS EPIDERMÓIDES
Todas as neoplasias tem uma parte parenquimal e uma parte estroma, sustentação e nutrição. Como vamos falar
hoje de neoplasias epiteliais, o parênquima delas é composto de células epiteliais. Essas neoplasias epiteliais
podem surgir de um epitélio de revestimento, pele cavidade oral, epitélio de ductos, ou um epitélio glandular, de
um órgão glandular.

EPITÉLIO DE REVESTIMENTO
As neoplasias que surgem a partir de um epitélio de revestimento, elas podem ter uma configuração papilomatosa

 PAPILOMAS:
o Esses papilomas são lesões, aspecto verrucoso ou constituído por vilosidades, por projeções
digitiformes, em forma de dedo tem um eixo conjuntivo vascular, dependendo do tipo de epitélio
vai surgir diversos nomes. Surgem em diversos lugares, tais como: Bexiga, boca, ductos,
glandulares, mama
PATOLÃO 49

Dependendo do tipo de epitélio, vão ser mais:

 DUROS: epitélio estratificado, cornificado (com queratinizarão), ductos lactíferos (estroma mais
hialinizado). A importância de reconhecer essa configurações porque é tipo de algumas lesões e
costumam ter alguma representação clínica clássica, muitos desses papilomas se manifestam por
sangramento. Esses papilomas são propensos a fragmentação, papiloma de bexiga vamos ter uma
hematúria como primeira manisfestaão, papiloma de ductos mamários, também podem se manifestar
como desgarga papliar sangrando
 MOLES: vias respiratórias e ductos urinários

PAPILOMA URUTELIAL : uma projeção em forma de dedo com um epitélio de revestimento, esse epitélio é
transicional, também chamado de epitélio urotelial, o que designa seu nome

PAPILOMA ESCAMOSO: ele é assim denominado porque tem um eixo conjuntivo vascular e epitélio escamoso
estratificado de revestimento.

PAPILOMATOSE DE LARINGE: possui epitélio escamoso estratificado de revestimento de um papiloma,


lesão verrucosa,

PAPILOMA MAMÁRIO : intracístico, papiloma ductal instracísitco.

PAPILOMA MAMÁRIO: projeção papilomatosa dentro de um epitélio idêntico ao ducto normal, cístico

HISTOGÊNESE DOS PAPI LOMAS

 Provem do epitélio local ou metaplástico


 Eventualmente pode ser uma lesão hamartomatosa

HAMARTOMA: é uma proliferação de tecido idêntico ao normal

Quando se fala em neoplasias, mesmo quando se fala naquelas benignas bem diferenciadas, elas apresentam
algum nível de diferenciação ao epitélio normal, porém no hamartoma isso não ocorre, ela é exatamente igual ao
tecido normal. Alguns hamartomas tem configuração papilomatosa. Então, é chamado de pólipo hamartomatoso.

EPITÉLIO GLANDULAR

ADENOMAS ( ADENO, GLÂNDULA; OMA, TUMOR)

São benignos

Quando essa proliferação neoplasia se dá:

1. Dentro de um órgão: ela vai se apresentar como nódulos arredondados ou ovoides, capsulados, sólidos ou
císticos
2. Na superfície: em epitélio de revestimento ela só apresenta como pólipos lisos ou vilosos. Fazendo um
parênteses, pólipo é uma lesão numa superfície, pode ser pediculado ou não, as lesões pediculadas são
chamadas de pólipos pediculados, mas também tem aquelas chamadas de pólipos cesseis, tem uma base
de implantação larga. Não são sinônimos de neoplasia, pode-se ter esse crescimento numa superfície
peculiar ou Cecil de diversas naturezas, lesão inflamatória, hiperplásica, hamartomatosa, inclusive
neoplásica. Essa classificação importa porque essas lesões tem um comportamento clínico característico.
Alguns pólipos neoplásicos são lesões precursoras de malignidade, não são todas, por isso é importante
saber a natureza do pólipo. Significava uma apresentação morfológica que fina numa superfície

Reproduzem ácidos, túbulos ou alvéolos e outras massas sólidas dependendo do tipo de tecido que ela está
recapitulando

Mais frequentes em mama, ovários, depois em glândulas endócrinas

CISTADENOMAS

Lesões císticas
PATOLÃO 50

Cisto é uma cavidade com líquido no seu interior.

Dependendo do tipo de epitélio que reveste esse cisto ele recebe um nome específico, inclusive se um epitélio
tem muitas atipias vai ser chamado de cistoadeno carcinoma

1. Ausência de ductos secretores com retenção de secreção, de tal forma que quando ela tiver bem
desenvolvida com um material líquido no seu interior
2. Microcisto até cistos volumosos.
3. Mais volumosos que outros adenomas, são as maiores descritas
4. Variante papilífera. Alguns dos cistos tem revestimento interno
5. Micro: epitélio cúbico, cilíndrico, caliciforme, endometrióide. Nos permite fazer a classificação com relação
ao tipo de epitélio que a lesão é revestida.

Quando ele é parcialmente, ele é chamado de pseudocístico

 EXEMPLOS

Cistadenoma de pâncreas: revestimento do epitélio é colunar alto, com núcleos coordenados no colo basal da
célula com muco em seu interior, caracterizando uma lesão mucosa.

Cistadenoma Ovariano: cisto multiloclado, revestimento interno não tem verrucosidade alguma é absolutamente
lisa, se tiver papilas, e o revestimento interno não tiver atipias, é chamado de cistadenoma papilar, não tende para
malignidades Quando tiver revestimento interno muito exuberante a chance de ter atipias aumenta conforme se
tiver uma configuração mais complexa.

Cistadenoma Papilar: lesão já tem uma complexidade maior, quando maior a complexidade, maior a chance de ter
atipias e maior a chance de ser maligno quando for percebido clinicamente.

Cistadenoma mucosa: epitélio é muco secretor semelhante aquele do pâncreas e igualmente semelhante ao
endocervical, que é um epitélio muco secretor. Faz diferença se a lesão é mucosa ou serosa, ambas possuem
chance de ocorrer bilateralmente. No caso do ovários, tem risco de complicações e transformações malignas
diferentes e, portanto, a importância da adequada dessas classificações

Adenofibroma Papilar: ela tem as papilas se desenvolvendo em um estroma exuberante. A classificação fibroso é
dado quando ela for sólida. Contudo, ela pode ser chamado de cistoadenofibroma papilar quando ela for
predominantemente cística

Adenoma Polipóide: a cabeça do pólipo é a neoplasia verdadeira

Adenoma Viloso Colônico: esse termo viloso se refere as mesma projeções verrucosas, papilomatosas que
significam projeções em forma de dedo. A diferença é que esse é cecil com uma grande base de implantação, não
tem pedículo que apresenta uma base implantação mais delgada. É visto esse aspecto frangiado da lesão

Adedoma Tubular: ele recapitula as glândulas tubulares do intestino normal

Adenoma Viloso: possui eixo conjuntivo vascular recoberta de epitélio, com um eixo conjuntivo vascuar com um
epitélio colunar de revestimento

CARCINOMA
Toda Neoplasia Maligna de tecido Epitelial

Da mesma forma tem estroma, conjuntivo e parênquima. O que determina a classificação e o comportamento da
lesão é sempre o parênquima e o estroma de sustentação. O conjuntivo vascular não sofre alterações, é
semelhante ao que se observa nas neoplasias benignas. Sempre se está referenciando ao componente do
parênquima

Proliferação estromal maior que parenquimal, quando isso acontece o estroma que é conjuntivo vascular, algumas
vezes esse estroma conjuntivo fibroso acaba ter uma consistência muito firme que a lesão fica semelhante ao
fígado cirrótico. No caso esse cirrótico é um termo descritivo morfológico e não ao histológico propriamente dito.
PATOLÃO 51

Os carcinoma são típicos em pacientes com mais idade, típicos de pacientes com mais de 50 anos

Pode surgir:

1. INTERIOR DE ÓRGÃOS: que são chamados de nódulos, massas, no caso elas não são capsuladas,
neoplasias malignas não tem capsulas verdadeiras, alguns carcinomas mais lentos podem ser pseudo
capsulados, a capsula verdadeira circunscreve verdadeiramente. Porém, em algum momento, observará
uma infiltração da capsula
2. SUPERFÍCIE: pode ter um aspecto polipoide, papilomatoso, formar nódulo, vegetação aspectos
fungóide. Cresce de uma forma chamada de endofítica.
Podem ser ulcerados, que significa uma perda de substâncias, essas lesões escavas em que temos umas
escavação, esse termo ulceração se refere também a um padrão de crescimento, a natureza do processo
pode ser múltipla, nem tudo que é ulcera é relacionada a neoplasia, geralmente essa perda de substância
se dá por necrose.
Na superfície da pele como exemplo, teremos algumas lesões que crescem predominantemente para fora,
que são as exofílicas (papiloide, papilomatosa, nódulo..), porém existem aquelas endofíticas ela crescem
em direção a parede, no caso da pele ela vai crescer em direção a derme, ou a hipoderme. Em relação a
sua profundidade, essas ultimas leões descritas são chamadas de endofíticas. Existem essa lesão em
todas as superfícies do corpo

METÁSTASES

As epiteliais tem um padrão preferencial de linfática. A primeira via costuma ser a linfática da região acometida,
no caso da mama principalmente para a linfonodos axilares, no caso dos membros inferiores geralmente para
região inguinal, no intestino para linfonodos adjacentes. Entretanto, eles também podem disseminar por via
hematogênica ai geralmente se posiciona para o fígado, pulmão, osso.

Na via hematogênica, ou ela é osteolígica ou é osteoblástica, na primeira ela destrói, na outra ela induz uma
proliferação óssea reacional. Algumas metaplasias são tipicamente osteoblastica. No caso masculino, caso tenha
uma osteoblastica, até que se prove o contrário, o homem tem neoplasias maligna prostática, no caso da mulher,
um carcinoma mamário.

Na implantação serosa, dando a carcinomatose peritoneal, bem comum, ela tende a se desenvolver sobretudo em
tumores do TGI, ovário e pulmão, sobretudo na cavidade pleural.

Se tem, então, um tumor que vai crescendo, ele começa na superfície mucosa, vai infiltrando a parede até que ele
rompe a serosa e vai descamar as células, uma característica das células malignas é uma coesividade celular
diminuída, elas se soltam com uma maior facilidade. Então quando o tumor infiltra toda a parede e rompe a
serosa, essa superfície do tumor começa a descamar a célula e os movimento intestinais, peristálticos, se
encarregam de distribuir essas células tumorais em todas as cavidades peritoneais de tal forma que se
apresentem com múltiplos implantes serosos. O mesmo pode ocorrer no pulmão, ou por uma metástase também.
Assim, uma paciente com tumor de mama dissemina para o pulmão, rompe a superfície pleural, descamam a
célula para uma cavidade pleural e teremos muitos implantes tumorais também.

CLASSIFICAÇÃO

Se é revestimento de epitélio ou é de revestimento glandular

CARCINOMAS DE EPITÉLIO DE REVESTIMENTO – PELE


São uma das neoplasias mais comum que existem. Como regra, essas lesões embora muito frequentes, são de
baixa agressividade e que curam com facilidade e, portanto, elas não dão uma morbidade significativa, na grande
maioria das vezes, se desenvolvem em áreas expostas ao sol, em pacientes com pele clara, com baixa proteção
melânica, são facilmente percebidas por serem áreas expostas e curadas por incisões cirúrgicas simples.
Geralmente em pessoas com mais de 50 anos. São indolentes, crescem lentamente.

Os carcinomas mais comuns de pele são o carcinoma epidermóide, o carcinoma basocelular e o melanoma
(embora tenha uma frequência menor são lesões extremamente agressivas e altamente letais)
PATOLÃO 52

CARCINOMA EPIDERMÓIDE
Também chamado de carcinoma escamo celular. É a segunda neoplasia cutânea mais comum

Raramente surge em pele normal, o tipo de lesão que costuma ter é por dano solar, a principal lesão subjacente
que propicia esse tipo de câncer de pele é lesão solar. O carcinoma epidermoíde que surge a partir do dano solar.

Mais comum em pele com lesão solar

Mais em imunodeprimidos

PATOGENIA

Está relacionada a dano cutâneo induzida pela radiação UV, além disso imunossupressão, paciente que fazem
posição a carcinógenos industriais como alcatrão e hidrocarbonetos, e úlceras crônicas e osteomielite drenante.
Lesões cutâneas de longa duração

POTENCIAL METASTÁTICO

Como ele raramente surgem em um epitélio normal, quando ele surge em áreas relacionada ao dano celular o
potencial metastático dessa lesão é:

1. 0,5% em pele com dano solar. Com infiltração noturna e muito negligenciadas, paciente tem que ficar
muitos e muitos anos para ficar tratando aquela lesão para ai ter um risco de desenvolver a metástase. A
imensa maioria dos carcinomas epidermoiodes vão curar por simples incisão
2. 10% em lábio inferior
3. 18% em pele com cicatriz de queimadura
4. 20% em pele com dano por radiação
5. 31% em seio de osteomielite
6. Maior taxas metastáticas em glande, vulva e cavidade oral

Um aspecto importante é que a maioria esta relacionada ao dano solar, com simples tratamente com incisão
cirúrgica e curável, é um comportamnte para essa elsão bastante tranquilo. Mas não se espera que em outros
locais, esses mesmo carcinoma epidermoide, com essa mesma histologia que eu vou descrever para vocês tenha
essa comportamento, pois das neoplasias mais agressivas que nos temos é o carcinoma epidermoide de pulmão,
de esófago de cervix uterina que naõ tem nada em comum com essa de exposição ao sol. A mesma etiologia, que
recebe o mesmo nome pode ter comportamento bastante diferente desde uma lesão na pele.

Então, a histologia e o nome não revelam em todo o comportamento daquela lesão, é necessário saber outros
aspectos e muitos desse comportamento diferente tem com relação com a genética molecular do tumor

In situ: Placas eritomatosas, descamativas e bem delimitas

Invasivas: nodulares, ulceradas, com produção variável de queratina

Quando ele está In Situ recebe um nome específico Doença de Bowen, significa um carcinoma epidermóide in
situ. Ele se apresenta com placas eritematosas descamativas, bem delimitadas, geralmente em áreas expostas e
a medida que essa lesão continua crescendo e também não se sabe exatamente quando ele deixa de ser uma ele
são in situ e passa se uma lesão invasora, e essa lesão significa invasão do estroma, no caso da derme, ele
rompeu a membrana basal e infiltrou a derme, ele é considerado uma ele são invasiva. Quando isso acontece ele
passa a ter potencial metastático.

Quando já foi dito que as metástases que surgiram em pele celular, tendem a ocorrem em lesões grande, com
infiltração profunda, mas em outros locais ele vai adquirir potencial metastático quando ele deixa de ser uma lesão
intraepitelial e começa a ser infiltrativa. Essas lesões infiltrativas e começa a infiltrar o estroma ele vai ter aspectos
distintos, vai formar um nódulo, uma lesão ulcerada, eventualmente vão crescer para fora como uma lesão
vegetante ou verrucosa, eles vão ter uma produção variável de queratina e conforme a sua quantidade e as
pontes intercelulares são aquelas pontes intercelulares chamados de desmossomos são critérios para classificar a
lesão com bem diferenciada, pouco diferenciada ou indiferenciada. As lesões com muito desmossomos e muita
PATOLÃO 53

queratina são bem diferenciadas enquanto aquelas com pouca queratina e pouco desmossoma são pouco
indiferenciados.

CLASSIFICAÇÃO DE BRO DERS

Proporção de células diferenciadas e atípicas (I a IV)

Grau I: < 25% de células indiferenciadas

Grau II: 25-50% de células indiferenciadas

Grau III: 50-75% de células indiferenciadas

Grau IV: 75-100% de células indiferenciadas

Diferenciadas são aqueles por apresentar queratina e desmossomos

CERATOACANTOMA
Lesão de natureza controvertida, sobreturo porque ele pode ter regressão espontânea, uma dos nomes
antigamente eram chamados de carcinomas epidermoides autocicatrizados

Crescimento rápido, 1 ou 2 meses se tem uma lesão grande e outro aspecto peculiar dessa lesão é a
configuração dela

Regressão espontânea

Forma de taça: bordos elevados, povoado centralmente queratina, forma em vulcão ou taça

Quando avalia histologicamente tem toda a cara de um carcionama epidermoíde bem diferenciado podendo ter
atipias, nucléolos evidentes, características infiltrativas, figuras mitórticas atípicas, essas ultimas sempre
favorecem malignidades, porem tem uma natureza controvertida

O diagnóstico diferencial entre ceratoacantoma ou carcinoma epidermóide é a forma de taço e a rápida evolução

CARCINOMA BASOCELULAR (CBC)


É a neoplasia mais comum, desses carcinomas de pele, 2/3 carcinoma basocelular e 1/3 é epidermóide. O próprio
nome baso, está se referindo a camada basal da epiderme, portanto o tipo celular é semelhante as células basais
da epiderme. Células pequenas, com escasso citoplasma São tumores de crescimento lento, com agressividade
local que se desenvolve em regiões expostas ao sol e sobretudo em face, na região central da face nariz e região
periorbitária, onde se tem grande quantidade de folículos pilocebáceos, surgem a partir de uma proliferação do
infundíbulo pilar. Chance de cura por simples incisão. Ao mesmo tempo que tem um aspecto de agressividade
local, possui o nome de úlcera roedora

Possui uma história de exposição solar prolongado

40% de novo CBC em 10 anos

Como regra não metastatiza 0,0016%

Úlcera roedora. É também assim chamado, fazendo referência ao aspecto ulcerado comum a diversas neoplasias,
roedora porque ele tem uma capacidade de infiltração local bem importante. É uma lesão que infiltra bastante,
embora sua capacidade de metastatizar é baixa

Como ele tem essa capacidade de infiltração, se o paciente negligencia o tratamento, que é o cirúrgico,
preferencialmente, ele pode fazer um diagnóstico de uma lesão avançada com consequências estíticas
importantes, dando deformidade, pode ser necessário retirar uma parte do nariz da pessoa

Exemplos
CBC nodular: outro aspecto muito peculiar é um brilho perolado, branco nacarado, róseo perolado muito
PATOLÃO 54

característico, outros aspecto que chama bastante atenção são esses vasos exctasicos, dilatações celulares
chamados de telangectasias Pode simular um melanoma

Histologia: se caracteriza por ninhos de células basaloides, que se assemelham com as células da camada basal
da epiderme, células pequenas com núcleos grandes. Na periferia desses ninhos, a mesma forma que as células
da camada basal, elas se orientam da mesma forma forma paralela, um aspecto que chama empaliçada, como se
os núcleos tivessem organizados de tal forma como uma estacas de uma cerca. Os subtipos agressivos são
aqueles que se infiltram mais.

SÍNDROME DO CBC NEVÓ IDE

Herança autossômica dominante

Múltiplos CBC antes dos 20 anos

Várias outras condições: meduloblastoma, fibroma ovariano, queratocistos odontogenicos

Rara 1:56000

CARCINOMA DO EPITÉLIO DE REVESTIMENTO – MUCOSAS


Carcinoma Epidermóide: lábio, boca faringe, esôfago, colo uterino. Vai ter comportamentos diferentes aquele que
atinge a pele

Metaplasia: brônquio, laringe, de cervix uterina

CARCINOMA EPIDERMÓIDE “IN SITU”


Lesão precursora, fica com a membrana basal íntegra, presenvada, portanto, se observa lesões displasias, ou
neoplasias in situ da cérvix uterina que pode ser conhecida por um exame citopatológico o paciente pode ser
curado por um cirurgião por um simples procedimento. Isso é tudo o que se quer, se tem visto esse tipo de lesão
cada vez mais em pessoas jovens.

Carcinoma de colo uterino a ectocérvix e a endocérvix que esta fora do orifício externo, lesão exofídica, crescendo
para fora, que é o carcinoma epidermóide

Carcinoma Epidermóide Microinvasor: aquela lesão que infiltrou até 1 mm no estroma Isso significa que ele tem
desprezível potencial metastático.

Carcinoma Epidermíde: francamente invasor, com queratinização de uma forma em casca de cebola chamado de
pérola córnea ou folhas córneas

CARCINOMA DO EPITÉLIO DE REVESTIMENTO – MUCOSAS


Pior prognóstico

Ulceração

Crescimento exofílico ou endofílico

Estenose da luz, em órgãos tubulares

CARCINOMA DE EPITÉLIO DE REVESTIMENTO – UROTÉLIO


Quando surgem de um epitélio de revestimento transicional, também chamado de urotelial, eles podem ser

Exofíticos (como lesões papilares)

Planos

Infiltrativos
PATOLÃO 55

Surgem como lesões papilomatosas. Quanto mais infiltrativo maior potencial de disseminação metastática

CARCINOMAS DO EPITÉLIO DE REVESTIMENTO – CILÍNDRICO SIMPLES (ADENOCAR)


TGI

Vias Biliares extra-hepáticas

Endométrico

CARCINOMA DE EPITÉLIO GLANDULAR ADENOCARCINOMAS


Mama, Próstata, Fígado, Pâncreas, Tireoide, Outras

MORFOLOGIA
Caráter medular: quando ele tem pouco estroma, mais macia

Caráter cirroso

Desmoplasia: É a capacidade de alguns tumores tem de induzir uma proliferação estromal exuberante, então um
tumor desmoplasico tem muito estroma, isso reflete na consistência dessa lesão. Fica tão firme a ponto de ser
comparado com um fígado cirrótico, daí ele é chamado de caráter cirroso ou cirrótico e, na verdade, é um aspecto
descritivo da lesão nos reconhecemos que alguns carcinomas tem esse consistência bastante firme

ADENOCARCINOMAS
Bem diferenciado, reproduzem estrutura tubular, acinar, folicular

Enquanto os indiferenciado tem um caráter mais sólido. Sólido no sentido de aquela massa de células que esta
infiltrando não assume nenhuma diferenciação em especial e sim uma massa de células sólida.

Pode ter uma representação císticas: com ou sem papilas

As neoplasias bem diferenciadas podem ter alterações não so morfológicas, mas funcionais pode produzir: muco,
bile, coloide

GRADAÇÃO
Malignidade varia conforme a diferenciação. Quando maior a indiferenciada, maior o grau

Graus 1 à 4

Graus 1 à 3

Bom, moderadamente, pouco diferenciado ou indiferenciado

Graduação limitadas em biópsias incisionais

Carcinoma de céulas em “anel de sinete”: citoplasmas fica ocupado por muco e o núcleo fica rechaçado na
periferia, relacionado a um prognostico pior

Carcinoma de mama

Carcinoma ductal em situ

Carcinoma Invasor de Mama, leão bem firme no caso da foto


PATOLÃO 56

AULA 11
LESÕES MELANOCÍTICAS
Neoplasias pigmentadas da pele, muitas vezes referidos como nevos, podem ser aplicados de uma maneira mais
abrangente ou mais restrita. Da forma abrangente, esse termo nevo se refere a lesões congênitas de pele. Já na
forma restrita, que são os nevos melanocíticos, é empregado para neoplasias benignas ou malignas que surgem
dos melanócitos.

SARDAS
São lesões pigmentadas mais comum na infância. São máculas pequenas (1 a vários mm de diâmetro), vermelho-
acastanhadas ou marrom-claras, que aparecem após a exposição solar. Uma vez presentes, as sardas
desaparecem e reaparecem de modo cíclico durante o inverno e o verão, respectivamente. Isso não ocorre devido
às alterações no número de melanócitos, mas sim ao grau de pigmentação.

LENTIGO
A primeira alteração é não neoplásica, mas ela pode ser
confundida com nevos, e por isso é uma lesão que
precisa ser reconhecida. Esse termo lentigo se apresenta
como máculas ou manchas ovais na pele, acastanhadas.
Possui as seguintes características:

1. Hiperplasia localizada dos melanócitos


2. Mais na infância, ou lactantes
3. Pode envolver membranas mucosas
4. 5 a 10 mm
5. Não escurecem com a exposição solar, esse
aspecto é o que o diferencia das sardas, elas
escurecem na exposição solar, assim sendo, é
um aspecto clínico importante.

A imagem mostra a histologia uma hiperplasia dos melanócitos, uma predominância dos pigmentos melânicos na
camada basal da epiderme, onde os melanócitos se localizam, está aumentando em número, clinicamente
reconhecido como uma alteração localizada de coloração que são chamadas de mácula. O aspecto histológico
essencial de um lentigo é a hiperplasia melanocítica linear (não aninhada) restrita à camada celular imediatamente
acima da membrana basal que produz uma camada de células basais hiperpigmentadas. Um pouco mais claro,
um pouco mais escuro, mas se caracterizam por ter uma tonalidade homogenia dentro de uma mesma lesão

NEVOS MELANOCÍTICOS
Esse termo pode ser empregado como qualquer neoplasia congênita ou adquirida dos melanócitos. Um adulto tem
em média 20 lesões pigmentadas na pele. Os nevos melanocíticos adquiridos, em geral, são regiões sólidas,
castanhas a marrons, uniformemente pigmentadas, pequenas (geralmente < 6 mm de largura), da pele
relativamente achatada (máculas) a elevada (pápulas) com bordas arredondadas bem definidas

CLASSIFICAÇÕES

Nevo é assim, na camada basal da epiderme, existe uma proporção de 10 queratinócitos basais para 1
melanócitos, mais 10 para 1, essa é a disposição normal dessas células. A célula melanocítica é do tipo
dendrítica, possui prolongamentos no citoplasmas que são a característicos. Quando se tem um nevo
melanocíticos, que é uma alteração neoplásica, essa célula deixa de ser dendrítica e passa a ser poliédrica,
geralmente se agrupa, se prolifera, dentro da derme. Na junção dermoepidérmica ou individualmente em cada
uma dessas duas localizações elas recebem nomes específicos. As células melanocíticas se localizam na junção
dermo e epidérmico.
PATOLÃO 57

Durante a neoplasia a disposição normal das células na camada basal se altera, os melanócitos, que deveriam
estar organizados seguindo o padrão de 10 queratinócitos para 1 melanócitos, se agrupam. Essas células
proliferadas, neoplásicas, podem estar ao nível da junção dermo-epidérmica (juncionais), podem estar dentro da
derme (intradérmicos). Como os próprios nomes abaixo sugerem:

 INTRADÉRMICO. Em lesões mais antigas, os ninhos epidérmicos podem ser perdidos totalmente para
formarem os nevos intradérmicos puros.
 JUNCIONAIS. As lesões em estágio inicial são consideradas nevos puncionais, que consistem em
agregados ou ninhos de células esféricas que crescem ao longo da junção dermoepidérmica
 COMPOSTAS. Clinicamente, os nevos compostos e dérmicos são frequentemente mais elevados do que
os nevos juncionais.

Considerando os nevos jovens, aqueles oriundo de uma lesão mais recente, a compreensão que se tem é que
eles surgem ao nível da junção dermo-epidérmico e vão maturando e sofrendo uma localização dérmica. A
medida que eles deixam a junção e se localizam na derme, são lesões mais maduras, as lesões mais jovens tem
componentes juncional, isso significa que eles estão na junção dermoepidérmica

É necessário saber a importância dessa classificação, a importância disso reside no diagnóstico diferencial do
melanoma, pois os melanomas podem ser considerados como impostores, são assim chamados porque simulam
lesões benignas, tanto macroscopicamente, quando clinicamente, quanto histologicamente, sendo assim, todos os
critérios que nos permitem fazer essa diferenciação são bem vindos. É importante reconhecer muito bem o normal
para poder reconhecer o maligno.

O nevo com potencial de transformação malignas ou uma lesão maligna inicial sempre vai ter atividade juncional
local. Isso significa que existe células neoplásicas a nível da junção dermoepidérmica. Entretanto, se ele for
dérmico ou intradérmico ele não tem chance de ser uma lesão maligna, a não ser que seja metastático, que pode
ocorrer também. Mas uma lesão primária da pele maligna ela tem atividade juncional, é um pressuposto básico
para o diagnóstico do melanoma.

PROCESSO DE MATURAÇÃO DE N EVOS MELANOCÍTICOS B ENIGNOS

O crescimento progressivo das células do nevo da junção dermoepidérmica para o interior da derme subjacente é
acompanhado por um processo denominado maturação. As células superficiais do nevo são maiores, tendem a
produzir melanina e crescem em ninhos, enquanto as células mais profundas do nevo são menores, produzem
pouco ou nenhum pigmento e aparecem como células únicas e em cordões. As células do nevo mais “maduras”
podem ser encontradas na região mais profunda das lesões, onde frequentemente adquirem contornos fusiformes
e crescem em fascículos semelhantes ao tecido neural. Esta sequência de maturação de células do nevo
individuais é de importância diagnóstica na distinção entre alguns nevos benignos e melanomas, que geralmente
exibem pouca ou nenhuma maturação.
PATOLÃO 58

CARACTERÍSTICAS DO N EVO MELANOCÍTICO BENIGNO

 Tonalidade marrom
 São uniformemente pigmentados
 Frequentemente < de 6mm. Salvo as lesões congênitas, pois a maioria dos nevos são adquiridos, surgem
na primeira infância, elas lesões tem menos de 6 mm
 Bordos regulares. Não são bordos geográficos no contorno, é absolutamente bem delimitado.
 De máculas a pápulas. Se apresentam de máculas a pápula, mácula é alteração da coloração somente,
uma lesão tem a mesma elevação da pele normal, está no mesmo nível da pele normal, simplesmente
veja a tonalidade alterada, pápulas é uma lesão elevada e é um termo que se emprega para lesões
pequenas. Mas também ele pode se apresentar como uma lesão elevada e plana, diferente de pápula
 Histologicamente eles apresentam maturação. É a modificação do padrão das células superficiais para a
profunda. Os pigmentos ficam na parte superficial e os menos pigmentados na parte profunda. Esses são
achados que sempre vão favorecer benignidade, salvo aquelas lesões que são compreendidas como
impostoras

NEVO MELANOCÍTICO JU NCIONAL

Os nevos juncionais não costumam ter uma alteração de relevo.

NEVO MELANOCÍTICO IN TRADERMICO

Já o componente dérmico da lesão ele determina alteração de relevo. Isso acontece porque a derme, que
normalmente é constituída por anexos cutâneos, e tecido conjuntivo e ele possui seu nível, se colocar mais
elementos celulares, ele crescerá, crescendo ele se eleva. Então essa expansão da derme localizada, porque é
um processo localizado como são as neoplasia benignas, uma proliferação celular localizada e quando se tem
células na derme se tem uma elevação. Então eles podem se apresentar como placa, como pápulas, eles podem
ser, inclusive, lesões pediculadas, é uma lesão tipo um pólipo. A variação é muito ampla e costumam respeitar os
critérios macroscópicos já descritos.

Na imagem, a junção dermo epidérmica está absolutamente íntegra e os ninhos estão todos na derme, outro
aspecto importante nessa lesão, o pigmente tente a ficar mais na parte superficial, as células tentem a ficar em
ninhos, células poliédricas agrupadas com maior pigmentação na parte superficial, à medida que eles vão se
aprofundando na derme, eles vão perdendo as características de ninhos, vão ficando mais isoladas e vão
assumindo aspecto que lembra células alongadas, que são células fusiformes grosseiramente semelhantes a
células de schwann, então se diz que na profundidade. Esse padrão de transformação da característica das
células névica, melanocítica, neoplásica benigna da configuração superficial da profunda vir mudando é aquilo que
se entende por maturação
PATOLÃO 59

NEVO MELANOCÍTICO CO MPOSTO

Na imagem é uma lesão polipoide, cecil, uma lesão elevada, embora tenha uma coloração rósea e homogênea

Esse é um nevo melanocítico compostos pois existem ninhos na junção dermoepidérmica e células na derme,
tendo esses dois componentes ele é chamado de composto

NEVO DISPLÁSICO

A décadas se relaciona essas lesões pigmentadas como lesões precursoras do melanoma, a maioria dos
melanomas surgem de lesões pigmentadas benignas, eles podem surgir “de novo” sem uma lesão precursora,
sem uma lesão pigmentada benigna. Mas mais recentemente na década de 70 foi descrita a lesão com risco de
ser precursora da lesão maligna, essa lesão é chamada de nevos displásicos

Várias linhas de evidência sustentam o conceito de que os nevos displásicos são precursores do melanoma. Um
dos pontos que mais reforça está evidência envolve estudos de famílias acometidas pela síndrome do nevo
displásico na qual a tendência para desenvolver os múltiplos nevos displásicos e o melanoma é co-herdada. Os
nevos displásicos são maiores que a maioria dos nevos adquiridos (frequentemente > que 5 mm de largura) e
podem ser em número de centenas naqueles com a síndrome do nevo displásico (Fig. 25-6A). São máculas
PATOLÃO 60

planas, placas ligeiramente elevadas com uma superfície “pedregosa” ou lesões em formato de alvo com um
centro elevado mais escuro e periferia irregular e plana. Podem ser reconhecidas pelo tamanho, variabilidade na
pigmentação (variegação) e também pelos limites irregulares, além de serem mais adquiridas que congênitas na
maioria dos casos. Ao contrário dos nevos comuns, os nevos displásicos ocorrem tanto nas superfícies corporais
protegidas como nas expostas ao sol.

Ele pode apresentar-se isoladamente quando ele tem uma pequena chance se malignizar ou ele pode se
apresentar como múltiplas lesões atípicas pigmentadas. Isso faz parte da síndrome do Nevo Displásico, assim:

 Síndrome do Nevo Displásico é herdada: autossômico dominante. Alto patamar de risco para se
transformar em melanoma
 Probabilidade de desenvolver melanoma de até 50% aos 60 anos
 A maioria das lesões não progride para o melanoma. Mesmo num paciente portador da síndrome. Muitos
nevos feios, atípicos, com características intermediarias entres essas da benignas e os melanomas, ele
pode ter centenas de nevos displásicos na forma de apresentação sindrômica apenas 2 se tornarão um
melanoma
 Podem ocorrer isoladamente com risco muito baixo de malignizar

CARACTERÍSTICAS DO N EVO DISPLÁSICO

 Tem > 5mm


 Numerosos
 Pigmentação variada. Vai ter tonalidade distintas
de marrom dentro da mesma lesão
 Bordos irregulares. Contornos apresentando
reentrâncias e saliências
 Planos ou elevados
 Nevo compostos com atipias.

Esse aspecto de tonalidade escurecida no bordo,


enquanto que no centro é mais claro, exibe um aspecto
chamado em alvo, bem característico do nevo displásico

Na histologia se tem:

Os ninhos, na junção dermoepidérmica, nevos displásicos por serem precursoras dos melanomas, eles sempre
vão ter atividade juncionais. Esses ninhos tem variação de tamanho, não são ninhos regulares, se estendem além
do componente dérmico, tem fusionamento de ninho, esses ninhos fusionados tem aspecto com fuso alongado.
Tem um padrão de fibrose superficial que é chamado de fibroplasia lamelar, ele vai contornando esse componente
dérmico funcional. As células tem uma coesão diminuída, eles podem apresentar anisionucleose (variação na
forma e no tamanho do núcleo), começam a apresentar alguma forma de atipias celular e estrutural, essas já
citadas. Na segunda imagem mostra bem o padrão mostra bem o padrão de fibroplasia lamelar é uma fibrose
superficial que contorna bem a junção dermo-epidérmica que é a junção que ali se observa
PATOLÃO 61

PROGRESSÃO DO NEVO D ISPLÁSICO

Como já foi dito, se acredita que os melanomas surgem dos nevos displásicos embora na maioria das vezes não
se observe isso. Seguindo da esquerda da direita, quadro a quadro, tem-se células nevisca normais, distanciadas
por queratinócitos basais, depois elas começam a se agrupar, se agrupar e fusionar, uma mais diferente, e depois
elas começam a sofrer disseminação intraepitelial, células com atipías infiltram a derme e ganham os vasos, a
partir dos quais, podem se disseminar e formarem focos tumorais secundários. Acreditam que essa seja a
progressão.

É importante ressaltar que nem sempre um melanoma vai surgir de uma lesão displásica prévia, ela pode surgir
como uma lesão nova, isso é importante, um adulto, que inesperadamente apresenta uma nova lesão pigmentada,
isso já é preocupante, deve se voltar atenção para aqueles nevos que inesperadamente surgem

MELANOMA
É uma lesão muito agressiva. Tem drogas novas, sobretudo com a
imunoterapia se tem alcançado um patamar de resposta ao melanoma
bom, com regressão do tumor em pacientes com doença metastática
em cerca de 30%. Isso é muito significativo porque a maioria dos
tumores metastáticos não respondem a absolutamente nada. É um
tumor que responde mal a quimioterapia e a radioterapia, então quando
ele começa a crescer e a se disseminar tem um prognóstico muito
reservado. Até a um tempo atrás nada conseguiria reduzir com os 30%
que conseguem atualmente

FATORES PREDISPONENT ES

O que se tem efetivamente de importante nesse tumor maligno é com relação ao comportamento agressivo.

Todo sucesso para o tratamento está no diagnóstico precoce, quando é possível curar o paciente por incisão
cirúrgica. Por isso é importante o esforços para reconhecer lesões precursoras, por exemplo, no caso os nevos
displásicos, eles devem ser incisados a fim de impedir sua transformação maligna. Quando é um melanoma,
PATOLÃO 62

numa fase muito inicial também é possível curar o paciente, porém é melhor remover a lesão antes do melanoma
se estabilizar

1. Sol
2. Nevo pré-existente (displásico)
3. Fatores hereditários

Dos fatores predisponentes, como todos os fatores de pele, como todos os cânceres de pele, o sol é importante,
quando mais intensa, mais duradoura, e mais prolongada, maior o risco. Além disso, é verdadeiro se o paciente
tiver uma predisposição genética relacionada e tiver exposição ao fato ambiental, ele vai ter um risco de
desenvolver malignidade. Já se ele tiver a forma sindrômica (síndrome do nevo displasico), é também possui
riscos.

RECONHECIMENTO

Ocorre em áreas preferencialmente em áreas expostas ao sol, nos homens ocorrem no dorso, nas mulheres nos
membros inferiores, são áreas comum de desenvolvimento do melanoma. Contudo, não é exclusivo em áreas
expostas ao sol, pode surgir em outras localizações superfícies não expostas, mucosas, genitália, cavidade oral,
principal malignidade do globo ocular na retina, dentro de vísceras, esófago, estomago, nesses 2 ultimos locais,
tumores melonomas malignos primários são raridades.

ACHADOS CLÁSSICOS (ABCDE):

A – Assimetria

B – Bordos

C – Cor

D – Diâmetro

E – Evolução

Com relação a Assimetria, se analise uma lesão dividindo-a ao meio e observa as duas metades, no caso do
melanoma, elas não são iguais, ou seja, são assimétricas.

Os Bordos são irregulares, formas geográficas, entrecortados, com reentrâncias e saliências.

Com relação a Cor, possui várias tonalidades dentro da mesma lesão, marrom claro, marrom escuro, pretos e o
que chama a atenção áreas avermelhadas e azuladas, o principal é a vermelha.

Já com relação ao Diâmetro, nevos maiores que 1 centímetro é recomendado que se removam, caso ela não
tenha nascido com o paciente, surgido em um outro momento.

Evolução. Uma lesão pigmentada de um melanoma está modificando a sua característica: cresce, coça (prurido),
tornou-se avermelhada, sangrou (dor), é recomendado que ela seja removida, pois essa é uma lesão ativa. As
lesões ativas são aquelas que tem possibilidade de transformação maligna. Área da despigmentação remete a
uma ativação.

APRESENTAÇÃO CLÍNICA

 Aumento de tamanho
 Prurido ou dor
 Nova lesão pigmentada
 Irregularidade dos bordos
 Variação da pigmentação

PADRÕES DE CRESCIMENTO DO MELANOMA


 Radial
PATOLÃO 63

 Vertical

O primeiro padrão superficial de crescimento, radial, a lesão, que


evolui para melanoma, tem apenas atividade juncional, tem ninhos
na volta e cresce apenas superficialmente. Ele cresce ao nível da
junção dermoepidérmica, pode até atingir a derme, mas faz muito
superficialmente, num padrão de micro invasão. Quando se tem
esse tipo de lesão, que não tem significativo potencial de
disseminação metastática, é uma doença localizada, a qual pode
ser curado pela incisão cirúrgica. Portanto, esses melanomas
começam a crescer se alastrando superficialmente. Nesse estágio
ele clinicamente aumenta de tamanho e de diâmetro, a lesão
aumenta. Ele muda sua característica numa forma “pré-invasiva”
que é ainda considerado padrão radial. Quando se fala da remoção,
é importante que se remova a lesão nesse momento.

Toda via, quando ele infiltra na derme, entra-se no segundo padrão de crescimento, o vertical, à medida que ele
se aprofunda ele encontra a parede vascular, possuindo, então, nesse momento, capacidade de disseminação a
distância. Além disso, a medida que ele se infiltra na derme ele provoca uma elevação da lesão pela expansão da
derme.

Assim, quando ele está no estágio de crescimento a nível juncional se encontra com um padrão de crescimento
radial, porém quando ele começa a invadir a derme, se classifica como padrão de crescimento vertical, podendo
disseminar-se por metástase.

TIPO DE MELANOMA (CLASSIFICAÇÃO)


DE ESPALHAMENTO SUPE RFICIAL:

É 70% dos melanomas, a maioria são desses tipos, esse se caracteriza assim por ter um padrão inicial de
crescimento radial, ele cresce se alastrando superficialmente, embora seja possível a cura por incisão cirúrgica
nesse momento, não existe como prever quando tempo essa lesão vai ficar crescendo superficialmente a ponto de
ser possível a cura

 NODULAR. É o mais agressivo, porque ele não tem padrão de crescimento radial, ele já começa se
aprofundando na derme, se aprofundando na derme e, como consequência disso, ele se eleva.
Apresenta-se como um nódulo cutâneo.
 LENTIGINOSO ACRAL. Lembra um lentigo, surge ao nível da junção dermoepiderme, com células
isoladamente, surge sobretudo em extremidades, ele tem padrão de crescimento radial importante por um
tempo e até que de forma inesperada pela passa para um padrão de um crescimento vertical
 DO LENTIGO MALIGNO. Sobretudo em áreas expostas, principalmente na face. São lesões que vão
crescendo esteticamente feias porque vão aumentando, mas como eles tem esse padrão de crescimento
radial, ele pode ficar longos anos crescendo. É o subtipo com melhor prognóstico já que pode ficar 10
anos crescendo superficialmente, ainda na fase radial.

A areá despigmentada corresponde a regressão, embora de uma ideia de uma lesão que a imunidade esta
combatendo essa lesão e parece discorrer em um bom prognóstico, na verdade esta associada com a piora dele.
Importante detectar essa aéra de despigmentação.
PATOLÃO 64

Esse aspecto avermelhado é um dos mais importantes com relação a características da lesão maligna.

DISSEMINAÇÃO PAGETÓIDE

Ocorre uma disseminação intraepitelial dos ninhos de células a nivel da juntão dermoepidermica, esses espaços
claros decorrem de coesividade celular diminuída, caracteristica importante das neoplasias malignas e da
disseminação intra-epitelial. É chamada de disseminação pagetóide pois faz uma referência a doença de Paget,
na mamas, relacionadas com os cânceres de mama. As células estão disseminando intraepitelial. Esse tipo
sempre favorece malignidade.

ATUAÇÃO COMO “IMPOST ORES”

Outros aspecto importante é que eles são chamados como impostores, não apenas clinicamente, mas também
histologicamente, isso acontece porque podem simular linfoma, carcinoma, sarcoma, essa confusão vai se dar nas
lesão não pigmentadas, pois os melanomas também podem não ter pigmentos de melanina. Desse modo, quando
se observar uma célula atípica com pigmento de melanina é mais facilitado o diagnóstico, contudo quando se
observa uma célula não pigmentada, atípica, é possível reconhece-la como uma malignidade, porém não se sabe
qual a sua origem e, portanto, só fica possível a classificação a partir de técnicas especiais como a
imunohistoquímica

Pode se ter céula atípicas, gigantes tumorais, que não lembram ( não é o caso das imagens acima) as células de
qualquer parte do corpo

FATORES PROGNÓSTICOS

1. PROFUNDIDADE DO TUMO R. É a chance de se curar o melanoma, quem determina isso é o


patologista, se está na fase radial ou vertical e, se ele está na vertical, o quanto que ele se aprofundou na
derme. Esse é um dos principais fatores do prognostico, quando maior a infiltração, mais a chance de
disseminação metastática e, portanto, pior o prognóstico.
2. NÚMERO DE MITOSES . Contagem mitótica, os nevos raramente apresentam mitoses, a presença de
mitoses já levante hipótese para melanoma, quando maior a atividade proliferativa, pior o prognóstico.
PATOLÃO 65

3. REGRESSÃO TUMORAL. Área cicatricial no meio do tumor, com fibrose, com melanócitos dérmicos
que fagocitaram a melanina, indicam para um pior prognóstico. A regressão tumoral se tem uma área
cicatricial no meio do tumor, com fibrose, geralmente com pigmento de melanina, em melanófagos,
fagócitos dérmicos que fagocitaram, no caso a melanina.
4. LINFÓCITOS INFILTRANTES DO TUMOR. A quantidade de linfócitos infiltrantes intratumoral, não é
aquela faixa abaixo do infiltrado, é aquela presente no meio do tumor, quando maior a quantidade de
linfócitos intratumoral melhor o prognóstico.
5. SEXO. Feminino tem um melhor prognóstico, masculino tem um pior
6. LOCALIZAÇÃO. Quanto maior a vascularização no qual o melanócito está presente, pior o prognóstico,
então aqueles presentes na região mais central do corpo, face, tórax do que aquelas das extremidades
tem um prognóstico pior.

NÍVEL DE CLACK

Nível I: Intraepidérmico; “in situ”. É curável

Nível II: Micro invasão da derme papilar. Também costuma ter boas chances de cura. A medida que vão infiltrando
as chances de bom prognostico fica mais restrita

Nível II: extensão a derme papilar por nódulos coesivos e placa (conforme a derme papilar)

Nível IV: Invasão da derme reticular

Nível V: Invasão da gordura subcutânea

O que mais se uso, ao invés do nível de clark, é a classificação de Breslow porque ela é mais precisa, leva em
consideração o quanto que o melanoma infiltrou na derme, contando em milímetros. Assim, quando mais ela
infiltrou, pior o prognostico. Em termos gerais, quando ela infiltrou até 0,76mm costuma ser uma lesão com chance
de cura.

MELANOMA GÁSTRICO
O paciente fez uma endoscopia de rotina, o paciente estava se sentindo com um certo desconforto gástrico,
biopsiaram e o que se encontrou foi um melanoma gástrico, depois descobriram que era um melanoma de foco
secundário, metástase gástrica.

AULA 12
MARCADORES TUMORAIS
TÉCNICA IMUNO-HISTOQUÍMICA
PATOLÃO 66

É um conjunto de procedimentos que utiliza anticorpos como reagentes específicos para detecção de antígenos
presentes em células ou tecidos. Reação antígeno anticorpo numa técnica histológica

 Antígeno
o Constituintes celulares normais. Constituintes próprios daquela célula
o Elemento estranho à célula. Por exemplo um agente infeccioso
 Realizada pela 1ª vez há mais de meio século. Possui muitas vantagens sobre outras células similares
 Material processado de rotina. É uma das suas vantagens
 Aplicação em material após longos períodos de arquivamento. Fica armazenado legalmente por no
mínimo 10 anos, porém a pratica atual esse material antigo tem cada vez menos utilizado, em contra
partida, se tem feito mais testes no tumor mais recente, fazendo novas biópsias
 Utilização de controle. Esse controle é um caso que eu sei que marca positivo para o antígeno que eu
estou pesquisando sobretudo quando ele é negativo, como método de comparação da uma segurança do
negativo, quando não apresenta nenhuma característica do controle que é positivo. O falso positivo é raro
 Sensibilidade e especificidade. É uma técnica bastante útil para determinados antígenos
 Técnica qualitativa. A qualidade da expressão é o positivo ou negativo, sendo que algumas vezes é
possível fazer uma avaliação quantitativa, mas é basicamente uma técnica qualitativa
 Conjunto de achados morfológico. Por ela se caracterizar por um corte histológico se essa positividade é
realmente na célula tumoral ou no tecido que foi infiltrado pelo tumor que expressa essa reação de forma
positiva, porque se tem um determinado material, tem um tumor e pode ter algum tecido normal infiltrado
pelo tumor

INDICAÇÕES (MAIS FOCADO EM PATOLOGISTAS)


 Diagnóstico histogêneo das neoplasias morfologicamente indiferenciadas. Embora a anaplasia facilite a
classificação em neoplasia maligna, mas não se consegue diferenciar se é um carcinoma, se é um
sarcoma, se é um linfoma, melanoma. Isso é importante porque os tratamentos são distintos conforme a
linhagem do tumor. Por exemplo, um linfoma, via de regra, não tem tratamento cirúrgico, contudo se for
um carcinoma, dependendo do seu grau de infiltração, o tratamento cirúrgico se faz recomendado.
Melanoma, por exemplo, o tratamento cirúrgico, tanto a radioterapia, quanto a quimioterapia não tem
muito efeito terapêutico, é um caso de muita agressividade e pobre resposta terapêutica, obviamente tem
que lutar o mais específico quanto aquela neoplasia.
 Subtipagem das neoplasias. Pode se saber que é um carcinoma, mas não se sabe se ele é ductal ou
tubular no caso de mama
 Caracterização da origem dos carcinomas. Outras vezes se ver uma massa ganglionar cervical e se
diagnostica aquele tumor como metastático, o câncer está dentro de um linfonodo, ele não é uma doença
primária, é uma metástase e se deseja saber qual a origem dessa metástase. Na prática rotineira nos
vemos nódulos de pulmão e nódulos hepáticos, onde que estar o tumor principal, aquele pode ser de
mama, de TGI de vias biliares, de uma diversidade de localização, praticamente qualquer neoplasia
metastática para fígado e pulmão, e a partir da técnica imuno-histoquímca se consegue fazer um
diagnóstico ou orientar um determinado sítio, algumas vezes não se consegue saber se ele é de
estomago ou de colón, então ele é classificado do TGI e o paciente vai se submeter a uma endoscopia.
Quando antes for caracterizado com mais antecedência, mas precoce começa o tratamento
 Caracterização de produtos de secreção das células neoplásicas. Consegue reconhecer o tipo e o subtipo
de tumor

INDICAÇÕES (ORDEM PRATICA PARA NÃO PATOLOGIAS)


 Benignas x Malignas. Algumas vezes se consegue ver se a neoplasia é benigna ou maligna, mas pode ter
dúvidas. Essa dúvida vem de alguns tumores benignos apresentam atipias típico de glandular endócrina,
atipias não faz diagnóstico porque em um tumor benigno pode ter atipias e ele continua sendo benigno,
malignas muito semelhante a um tecido adulto. Outras vezes se precisa dessa técnica pelo volume
lesional demonstrado, tumores com bastante necrose, apenas uma casca de lesão. Consegue, portanto,
acrescentar segurança ao seu diagnóstico com seu volume pequeno. Às vezes é possível fazer essa
diferenciação entre tumores malignos e benignos, um nevo displásico e um melanoma, por exemplo, o
exame imuno-histoquímico não apresenta diferença, porém se é um nódulo metastático no pulmão ou no
fígado, se caracteriza que é maligno, na técnica de rotina, mas não sei qual é a linhagem a
PATOLÃO 67

imunohistoquimica vai me auxiliar em dizer que pode ser, por exemplo, um tumor metastático de linhagem
melanocítica.
 Avaliação prognóstica. Tem alguns marcadores que cursam em neoplasias mais agressivas, quando ele
expressa um determinado fator de crescimento no tumor pesquisado, ele é um tumor mais agressivo do
que quando esse fator de crescimento não é reconhecido, ou seja, o resultado da negativo
 Identificação de agentes infecciosos. Se tem um citomegalovírus na lesão ulcerada do intestino, ou da
mucosa brônquica, se faz um marcador específico para esse agente infecioso, se tiver ele vai corar
 Orientação terapêutica. No tecido epitelial mamário normal, existem receptores de estrógeno e
progesterona, se a neoplasia for bem diferenciada, ele apresenta receptores de estrógeno e progesterona,
se ele for um tumor pouco diferenciado ele não vai apresentar esses receptores, o que que adianta eu dar
uma medicação para uma paciente que seja um anti-hormônio, um inibidor de hormônio, se esse tumor
não exibe receptores de estrógeno ou progesterona, esses tipos de marcadores orienta a terapêutica.
Deve-se tratar aquele tumor, não adianta generalizar, tem que tentar esmiuçar a característica do tumor.

FALSO NEGATIVO
 Anticorpo inadequado, desnaturado ou na concentração errada.
 Perda do antígeno – autólise, fixação inadequada.
 Presença do antígeno em baixa densidade.

Isso é muito importante porque decorre da perda do antígeno pela fixação inadequada. Quando se tem falso
negativo dessa técnica 80% das vezes é de causa pré-analítica, antes de chegar no laboratório para a realização
da técnica, ou seja, o material não foi bem preservado. Os matérias retirados cirurgicamente, se não inativar as
enzimas dessa célula, o tecido vai sofrer autólise, uma dissolução enzimáticas pelas enzimas próprias das células,
por exemplo as enzimas lisossomais, se elas não forem desativadas, que eu faço isso atrás de um fixação
adequada, o tecido vai sofrer autólise. Se ele sofrer autólise, vamos ter uma representação dessa reação antígeno
anticorpo atípica, anormal. Então, a maioria das vezes dos falsos negativos é por conta desse motivo. O
laboratório de patologia toma uma série de medidas para tentar aprimorar a técnica para executa-la de uma
maneira excelente, mas se o material ficou 15 dias no bloco cirúrgico não tem como executar isso, a
responsabilidade, portanto, é do cirurgião. O que que acontece algumas vezes, o médico ou assistente faz o
procedimento, colhe o material para biópsia, esquece a requisição, era sexta feira de tarde, o laboratório já estava
fechado, vai chegar então segunda feira depois do almoço lá no laboratório, passou-se então 72 horas quase, se a
fixação não for adequada vai resultar em falso negativo. E depois não tem como resolver esse processo, isso é
uma coisa muito importante que quem só vai falar sobre isso é um patologista. Se vê outras vezes um cuidado na
proporção de fixadores pro tecido, mas um material é gigante e ele fica pechado, por exemplo, um tumor gástrico,
o estômago está fechado, não abriram, existe um bom volume de fixadores, e o fixador universal é a formalina
10% tamponada, se a mucosa que é onde se tem a maioria dos tumores não entrar em contato com esse fixador,
ele vai fixar somente por fora, o tumor que está dentro, na mucosa, vai autolisar, impossibilitando a análise.
Cuidado dos não patologistas. Esse só é responsável pelo material só quando ele chegar no laboratório. O que
quer dizer com uma fixação adequada, é aquela não menos que 12 horas não mais que 48 horas, muitas vezes
encontra-se nesse caso o problema. Outra falha na técnica que resulta em falso negativo é o anticorpos
inadequado, concentração errada, esses anticorpos são mantidos em refrigeração se problema técnicos na
geladeira por exemplo no transporte, pode se ter uma falso negativo, se tentar economizar e diluir muito a solução,
pode resultar em um falso negativo. Ou uma determinada lesão tem uma baixa expressão antigênica, pode ser ter
por meio disso uma falso negativo

FASO POSITIVO
 Reatividade cruzada. Quando se tem receptores semelhantes ao que eu estou pesquisando em outras
células, ou na própria células que se está pesquisando
 Ligação não específica do Ac ao tecido. Uma ligação não específica ao anticorpo
 Presença de peroxidase endógena em alguns elementos celulares.
 Aprisionamento de tecidos normais por células tumorais. O câncer tem bordos inflitrativos no tecido
normal, por interpretar erroneamente o tecido removido. O mais comum é esse, se sabe que o câncer tem
bordos infiltrativos misturando-se ao tecido normal, então pode-se ter ninhos de células tumorais normais,
no meio do tumor, pode dar um positivo e não conseguir identificar que aquilo é um tecido normal
PATOLÃO 68

aprisionado envolvido pelo tumor e não a neoplasia, pode se interpretar erroneamente, dando um falso
positivo

CARCINOMA METASTÁTICO
Três classes de anticorpos.

 AC anti-subtipos de citoqueratina
 AC anti-antígeno tumoral específico
 AC anti-marcadores tumorais que atuam como coadjuvantes

Com relação com essa técnica de imunohistoquímica, é uma técnica cara, esses anticorpos são importados
atrelados ao dólar, são frasquinhos que tem grandes fortunas dentro, microlitros caríssimos, que são diluídos,
pesquisados, as amostragens tumorais, tem vindo cada vez menores, quando se faz uma endoscopia digestiva,
viu uma lesão infiltrativa, plana, com uma erosão superficial biopsia vai ver a natureza daquela lesão, ai tem umas
células atípicas, se faz imunohistoquímica nessa amostragem endoscópica na biopsia por agulha, depois que a
malignidade foi confirmada, foi subclassificação que se viu que o tratamento cirúrgico vai ser adequado é quando
ele vai a cirurgia, outra vez ele nem vai a cirurgia. Então a amostragem tumoral é pequena e a demanda de
informação naquele material pequeno é crescente, então se deseja fazer a imunohistoquímica, quer fazer teste
moleculares pra ver se tem resposta a determinados tratamentos alvos, então se deseja economizar o dinheiro do
paciente e se deve economizar o material. É um exame feito em etapas, primeiro se observa se é um linfoma, um
carcinoma, um sarcoma, confirmando que é um carcinoma, agora se deseja saber se é uma adenocarcinoma, ou
carcinoma epidermóide, confirmando que é um adenocarcinoma, agora quer saber se ele é da mama ou se ele é
do estomago ou de qualquer outro lugar, ele é feito em etapas, isso ocorre dessa forma pelo custo do exame e
pela escassez de material, sobretudo porque a maioria dos matérias são feitas em biopsias minimamente
invasivas, justamente para aprimorar o tratamento dele e incrementar sobrevida e qualidade de vida.

AC ANTI-SUBTIPOS DE ANTI-CITOQUERATINA

 Citoqueratina 7
 Citoqueratina 20

Quando se vê que é um adenocarcinoma, geralmente se começa a investigação com essas duas citoqueratinas,
elas tem expressões distintas conforme a origem delas, seguindo a tabela abaixo.

Para se ter aumento da segurança, a gente pesquisa mais de 1 anticorpo marcadores do local já assinalado pelos
cit 7 e cito 20 para fechar o diagnóstico, diminuindo a chance de erro, visto que quase nenhum marcador é 100%,
ou quase nenhum.

Isso explica porque os exames demoram para ser resolvidos com laudo, cerca de 7 dias mesmo que a técnica
seja feita numa manhã, porque algumas vezes o paciente vem com uma história de um câncer colo-reta a 5 anos
atrás e biopsia de um nódulo de pulmão, quer saber se aquilo é um nódulo metastático, ou um carcinoma de
pulmão. Como se deve economizar para ver outras testes nesse material que foi feito por uma biopsia de agulho
no pulmão, eu começa fazendo ck7 ck20, se algum deles forem positivos, por exemplo ck7 + ai se pesquisa outros
marcadores de pulmão, outros marcadores de colón-reto, ai sim, vão se ter um painel final com maior chance de
acerto. Então se associa seu diagnóstico final a história clínica, a técnica convencional que é a parafina corada
PATOLÃO 69

com H&E, a imunohistoquímica para chegar numa conclusão e tem grande sensibilidade, grande especificidade,
mas não 100% na grande maioria das vezes. Algumas vezes quando o tumor é muito diferenciado, há
necessidade de se aumentar o prazo para liberação final, são exceções.

MARCADORES CARCINOMA - ESPECÍFICO

 GCDFP 15 – Carcinoma de mama


 Mamoglobina – Carcinoma de mama. Quando o tumor é muito diferenciado, eles vao estar presente (esse
é o GCDFP 15) na maioria das vezes, mas eles podem ser negativos também e ser carcinoma de mama
 Vilina - Carcinoma coloretal
 Cdx-2 – Carinoma coloretal
 HepPart1 – Hepatocarcinoma
 TTF1 – Carcinoma de pulmão
 PSA (Antigeno Especifico da Próstata) – Carcinoma de próstata. Não específica de benignidade ou
malignidade, ambos podem dar positivo. Vai usar na metástase, em outros locais não na próstata
 Tiroglobulina – Carcinoma de tireoide

MARCADORES COADJUVANTES – CARCINOMA

 Receptores hormonais (RE e RP)


 Vimentina. É cada vez mais limitado porque ele cora tudo, é pouco auxílio na diferenciação, é um
marcador de neoplasia mesenquimal, mas algumas neoplasias epiteliais podem estar positivos
 Marcadores neuroendócrinos (cromogranina, sinaptofisina) Vejo que é um carcinoma, vejo que é um
carcinoma de pulmão, mas quero saber se ele tem diferenciação neuroendócrina que categoriza essa
lesão como uma outra entidade com um curso diferente, com uma resposta terapêutica diferente
 CEA (antígeno carcinoembrionário). Presente em alguns tumores, orienta sitio primário

MARCADORES PROGNÓSTICOS

 RE E RP (RECEPTORES DE ESTRÓGENO E PROGE STERONA). Quando um tumor de mama,


por exemplo, apresenta receptor de estrogênio e receptor de progesterona, significa que ele é bem
semelhante ao tecido normal comparável, porque a mama normal exibe esses receptores. Sendo um
tumor bem diferenciado, em linhas gerais tem um bom prognóstico, além disso, se tem anti-hormônios
desses hormônios receptores que são de grande auxilio no tratamento, ai está indicado a usar o anti-
hormônio para inibir esses receptores hormonais.
 MARCADORES DE PROLIF ERAÇÃO CELULAR (KL67). Algumas vezes se consegue fazer uma
contagem da expressão, isso é bem evidente nesse marcador, que é um marcador de proliferação celular,
todas as células que estão no ciclo celular ficam marcadas como positivo e ai se quantificam, pegam-se
100 células tumorais e veja quantas se coraram contando-as, quanto maior a atividade proliferativa, em
linhas gerais, mais agressivo é o tumor.
 GENE DE SUPRESSÃO TUMORAL P53: responsável pela proliferação celular (30-40%) dos
canceres de mama expressam mutação). Está relacionado com um prognóstico mais limitado, são
tumores mais agressivos,
 HER-2: oncogene da família de fator de crescimento epidérmico que esta amplificado em 15-20% dos
câncer de mama. Quando marca positivo um tumor, portanto ele tem esse onco-gene expresso no tumor,
ele é um tumor mais agressivo, cerca de 15-20% de câncer de mama então tem esse Her-2 + e ele era
definia como um tumor de prognóstico mais limitado, mais agressivo. Agora tem um tratamento que inibe
esse receptor, esse onco-gene. Ele de pior prognostico, responde melhor aos tratamentos disponíveis,
então os tumores que expressão Her-2 ou Cerv-B2 são aqueles que estão respondendo melhor aos
tratamentos disponíveis. É uma mudança significativa na evolução desse tumor a partir do
reconhecimento desse subtipo de tumor, vai usar uma droga que é bastante cara, que agora está
subsidiada pelo SUS. Daquele tumor de péssimo prognóstico passou a ser aquele de melhor resposta. Se
está disponível um tratamento alvo, específico

LISTA DE ANTICORPOS

 ACTINA: células musculares lisas células mioepiteliais da mama, glândulas salivares e sudoríparas
 CROMOGRANINA: células neuroendócrinas
PATOLÃO 70

 CITOQUERATINAS: células epiteliais


 DESMINA: células musculares lisas e estriadas e miofibroblastos
 LCA (ANTÍGENO COMUM LEUCOCITÁRIO): também chamado de antígeno 45, leucócitos
 PSA: tecido prostático
 VIMENTINA: células mesenquimais, é epitelial ou linfoide. A partir dai começa a subdivisão em painéis
subsequentes. Causa mais confusão que auxílio
 S100: células gliais, de Schwann, melanócitos, condrócitos, adipócitos, mioepiteliais
 NEUROFILAMENTOS: em tumores de origem ou diferenciação neuronal
 NSE: neurônios e neuroendócrinas
 TIREOGLOBULINA: células da tireoide
 TTF 1: pulmão e tireoide
 KI 67: atividade proliferativa
 CERB B2: quando amplificados (positivos) no câncer de mama indicam eu a terapia específica com
anticorpos contra o receptor ERBB2 pode ser efetiva; prognóstico pior, age como oncogene
 HMB 45: células melanocíticas, mas também tumores da crista neural e angiomiolipoma renal

Esse antígenos pesquisados podem estar na membrana citoplasmática no núcleo ou no citoplasma e conforme vai
ter padrões diferentes. Outra coisa que devia ter falado ainda é que ele é um anticorpo associado a uma molécula
de corante que é a peroxidade que fica sempre marrom. A reação positiva é sempre marrom, eu tenho que saber
o tipo de anticorpos que se está pesquisando para saber se foi positivo ou não. Positivo para esse anticorpo que
eu estou pesquisando marrom, todas vão ficar marrom da mesma coisa, deve saber do que se está pesquisando

Cerb B2; Esse se localiza na membrana citoplasmática quando o positivo e da descrito como “tela de galinheiro”.
Bem na membrana e
PATOLÃO 71

Receptor de estrogênio; é um receptor nuclear

Receptor K7, atividade proliferativa


PATOLÃO 72

ASAP; Não é mais recomendado, mas que foi consagrado [ver no vídeo] e essa biopsia por agulha, o cilindro de
tecido tem 0,1 ou menos de diâmetro, é quase um fio de cabelo, comprido, deve ter mais de 10 mm para ser
significativo e se tem uma amostra de tecido e algumas vezes a quantidade de acinos suspeitos de malignidades
são muito pequenos, consegue definir e diferenciar esse tumor de benigno por maligno, conforme ele exibir as
células basais ou não, a glândula prostática é um órgão túbulo alveolar, se assemelham com os acinos malignos,
e ausência de células basais, favorecem a malignidade e ai faço no exame imunohistoquímico a pesquisa de
células basais, se tiver é benigno se não tiver é maligno

Próstata; Visão panorâmica, ácinos malignos não corou as células basais, e as células benignas coradas com
células basais
PATOLÃO 73

Próstata

Essa é linhagem muscular lisa, essa é um tumor do estroma gastrointestinal, é o nome da lesão regularmente
chamada de GIRST, abreviação do tumor gastrointestinal, cada um com uma característica, um com um
comportamento e com uma resposta terapêutica. Esse C-KIT, também tem positivo, tem um tratamento alvo
específico que dá um bom prognóstico essa lesão, ai além isso eu vou fazer outros marcadores, entre eles
atividade proliferativa, se tiver alto índice mitótico, favores malignidade, tanto no Gist, tanto no tumor de músculo
liso. Neoplasias de células fusiformes, só ver as linhagens se é benigna ou malignas não tem como diferenciar
pela imuno
PATOLÃO 74

Outras vezes, que é o caso aqui empregado esse diferenciação é uma lesão pseudo infiltrativa na mama, parece
que está infiltrando parece que é um carcinoma e ai nós temos um marcadores de células mioepiteliais, as lesões
benignas sempre tem mioepitélio, e as malignas não. No caso aqui eu fiz um marcado para mioepitélio, deu
positivo, então essa lesão está distorcida, parece que infiltra mas verdadeiramente não é infiltrativo e portanto é
uma lesão benigna.

Carcinoma “in situ”. É intraepitelial, se é uma lesão intraepitelial, mas se é uma lesão intraepitelial tem marcadores
de células basal e vê que nessa imagem só se vê um ducto com marcador com célula mioepitelial, todos as outras
estruturas glandulares não exibem as células mioepiteliais e portanto isso é maligno e isso é benigno. Algumas
circunstância eu consigo fazer a diferenciação da lesão benigna para maligna em outras vezes eu só sei a
linhagem dessa lesão, não consigo fazer essa diferenciação

Micrometástase; Pesquisa de micrometástase, no caso do melanoma um dos fatores prognósticos mais


importante é a pesquisa de metástase no linfonodo sentinela, e entendido como metástase pode ser a presença
PATOLÃO 75

de 1 célula no linfonodo, o protocolo de processamento do Linfonodo sentinela é extremamente minucioso e


requer um trabalho exaustivo de toda a equipe, dos técnicos que fazem as lâminas mais o patologistas pra
examinar, tem casos que se o linfono chega a ser grande a gente olha mais de 40 lâminas, então se faz um H&E e
depois um Hmb45 e MelanA são marcadores histoquímicos para o melanócito e assim vai se desgastando, se
tiram uns cortes e se tiram uma sequência de três lâminas, é bem trabalhoso

AULA 13
MAMA BENIGNA
Nessa imagem o que se observa é uma representação esquemática do sistema de ductos que constitui a mama,
como se fosse uma árvore invertida. Temos aqui a pele mamária recoberta pela epiderme normal, mas esse
epitélio escamoso estratificado da pele, ele entra alguns poucos milímetros dentro do sistema ductal mamário, que
dentro de poucos milímetros, de uma forma abrupta, ele se transforma em um epitélio de dupla camada. Esse
epitélio, reveste todo esse sistema ductal, se ramifica até constituir a unidade ducto lobular terminal, ou
simplesmente unidade terminal da mama Epitélio luminal e um mioepitélio basal responsável pela contralçao para
que aja a ejeção do leite durante a lactação. O estroma mamário é conjuntivo, sendo que dentro da unidade
terminar é um tecido conjuntivo mais frouxo, com receptores hormonais passíveis de alterações cíclicas, portanto,
mais edematoso, menos edematoso.

A mesma estrutura, porém agora representada pela técnica histológica, nos temos o ducto mamário e mais a
direita destacado com coloração roxa a unidade terminal. No estroma, entre os ductos, é constituído por um tecido
conjuntivo mais denso, mas com células adiposas também, isso é um achado importante porque a medida que a
idade avança, existe uma liposubstituição do estroma mamário, com menor quantidade de tecido conjuntivo e
maior quantidade de tecido adiposo, fazendo uma alteração da densidade da mama em condições fisiológicas. Na
unidade terminal o tecido é mais claro, é mais frouxo, algo edematoso, passível de alterações cíclicas hormonais
PATOLÃO 76

INTRODUÇÃO
Antes de falar das doenças benignas da mama, é importante de se falar que a principal malignidade em mulheres
do nosso meio é o câncer de mama, qualquer alteração que a mulher apresente em sua mama, a primeira coisa
que vem a cabeça é o câncer, esse receio é completamente justificável porque a incidência deles no nosso meio é
bastante alta, uma em cada 8 mulheres terão um câncer de mama Essa proporção é verdadeira em torno da 80
decáda de vida, diminuindo conforme a idade reduz. Portanto, a presença de massa palpável é sempre
angustiante para uma mulher. Do mesmo modo, é importante saber que a grande maioria dessas massas são
geralmente benignas, de 70-80% das vezes.

Abaixo, o gráfico mostra os motivos que levam as mulheres a se apresentarem em uma consulta. Os motivos são
dor, nódulo, Descarga Papilar e Adensamento, adensamento é uma área difusa de densidade aumentada.
Observa-se que as lesões benigas são as principais, enquanto que as lesões malignas são mais frequentes
quando se apresentam nódulos
PATOLÃO 77

DOR

A dor mamária é chamada de mastalgia ou mastodinia, costuma apresentar-se de duas formas, que conforme a
sua apresentação pode ter uma patologia correlacionada. Mais de 95% das massas dolorosas são benignas.
Cerca de 10% dos cânceres são dolorosos, os canceres não costumam se apresentar com alteração dolorosa,
não é a apresentação clássica. O câncer se torna doloroso, como regra geral, apenas em fase mais avançada,
nas fases iniciais não.

1. Cíclica. Difusa – Não tem patologia correlatada


2. Não Cíclica. Localizada – corresponde a cistos, rotos, trauma, infecção

MASSAS PALPÁVEIS

 Se a Mulher tiver menos de 40 anos, apenas 10% das lesões são malignas
 Entretanto, se a mulher tiver mais de 50 anos, a incidência se eleva para 60% de chance da lesão ser
maligna
 São mais comum na pré-menopausa
 Tornam-se palpáveis, depende do tamanho da mama, mas em termos gerais 20 mm é quando a maioria
dos nódulos se tornam palpáveis. Isso é importante porque um tumor de 20 mm na mama é considerado
grande. A mamografia é importante para que sejam encontrados nódulos menores, determinando a essas
paciente um prognóstico mais favorável
 Mais comum: carcinoma invasivos, fibroadenomas que é o principal tumor benigno da mama, ou cistos

MAMOGRAFIA

É um método importante para o diagnóstico das lesões mamárias não palpáveis, e dos nódulos palpáveis na
avaliação deles serem malignos ou benignos. Possuem uma sensibilidade e especificidade que aumentam com a
idade, isso esta diretamente relacionada com a densidade da mama. Na pós menopausa, tem-se a
liposubstituição, determinando uma consistência mais macia, diferenciando dos nódulos tumorais, os quais
apresentam uma densidade maiores, sendo mais fácil serem identificáveis. Sendo esse o motivo da mamografia
não ser empregado em mulheres com menos de 40 anos

Portanto a mamografia avalia densidades e calcificações provocadas por nódulos e outras alterações e as
calcificações são percebíveis no exame, existem padrões de calcificação que sugere padrões de benignidade e
outros que sugerem malignidade, a simples presença não tem suspeita alguma.

ALTERAÇÕES DO DESENVOLVIMENTO
A maioria das alterações acontece na linha chamada de linha do leite. Ao longo pode ser uma politetia (mais de
um complexo aureolo papilar) ou polimastia. Uma outra alteração é macromastia ou hipertrofia virginal, nessas
circunstância volumosa, pode ser unilateral, ou bilateral. Os efeitos desse processo é estético e doloroso com
relação a sobrecarga de peso na coluna vertebral que geralmente se cursa com dorsalgia
PATOLÃO 78

MASTITE

É uma alteração benigna típica do período lactacional, onde se tem mamas ingurgitadas e, pela sucção
costumam apresentar lesões cutâneas do tipo fissuras, ulcerações por onde bactérias entram e ganham o sistema
ductal provocando um sistema inflamatório agudo supurativo. O processe costuma a ser acompanhando por dor
local, vermelhidão da pele e algumas vezes manifestação sistêmica do tipo mal estar e febre. Não existe
dificuldade em se perceber o processo inflamatório, sobretudo se a mulher está amamentando, se introduz a
antibiótico terapia e a resposta costuma a ser bastante favorável no curto período de tempo. Se o processo é
neglingenciado, nos poderemos ter o desenvolvimento de abscessos mamários, em várias localizações, mas isso,
na atualidade é uma evolução incomum
PATOLÃO 79

Existe, porém, um tipo de câncer de mama que é chamada carcinoma inflamatório, é um tipo de câncer de mama
que costuma dar edema, congestão, hiperemia da pele, que simula um processo inflamatório, enquanto na
verdade, é uma carcinomatose cutânea, significando uma doença maligna agressiva. Devido a isso, o encontro de
inflamação na mama fora do período lactacional, sempre se deve considerar a possibilidade dele entre o
diagnóstico diferencial

MASTITE PERIDUCTAL

Também chamado de Abscesso Subaureolar Crônico Recidivante. É uma doença de cunho inflamatório que
compromete os ductos lactíferos, onde se normalmente teria poucos milímetros de um epitélio escamoso
adentrando ao sistema ductal, nós teremos uma metaplasia escamosa importante desses ductos mamários. Ela
fará com que ocorra um acúmulo de material córneo dentro do sistema ductal, o qual poderá sofrer ruptura e
desencadear um processo inflamatório crônico granulomatoso do tipo corpo estranho, esse corpo estranho
significa a queratina da metaplasia escamosa que se observa nesses ductos, a partir disso pode-se ter uma
drenagem para a região periaureolar, um abscesso, uma contaminação bactéria secundária. Então é um processo
de lesão benigna, porém um processo que leva bastante morbidade à paciente porque é de evolução longa,
arrastada e o tratamento é cirúrgico com remoção do sistema ductal no qual a metaplasia escamosa se
desenvolveu, acaba comprometendo parte do processo aureolo mamilar. Quando se tem contaminação bacteriana
secundária, o antibiótico pode auxiliar, mas nunca vai resolver porque a causa base é a metaplasia. Curioso que
mais de 90% das pessoas são fumantes e não se sabe exatamente o mecanismo que gera a diferenciação do
epitélio

ECTASIA DUCTAL

Também chamada de Comedomastite. Acomete mulheres na perimenopausa, geralmente multíparas, se


caracteriza por uma dilatação (como o próprio nome sugere) dos ductos subaureolares, onde se acumula uma
secreção espessa em suas luzes e o estroma circundante apresenta um processo inflamatório crônico,
predominantemente por linfócitos, plasmócitos e macrófagos. Parece que o processo se inicia com uma
inflamação com uma destruição do arcabouço de sustentação desse ducto que se tornará inflamatório. É um
processo benigno, sem risco de transformação benigna.

Porém, esse processo pode resultar em massa palpáveis, descarga papilar possivelmente serosa ou hemorrágica
e a fibrose vai se estabelecendo, ela que sempre retrai tecidos adjacentes, podendo, portanto, cursas com
retração de pele e retração de mamilo. É um achado também observado nos carcinomas de mama. Algumas
vezes ela simula uma lesão mais agressiva como o câncer de mama.
PATOLÃO 80

Na imagem são observados ductos dilatados, esses ductos dilatados, no momento vazios, apresentam uma
secreção espessa, que ao corte liberam esse material espessado acumulado dentro dos ductos que lembram
comedões de pele, aqueles cravos de pele.

NECROSE ADIPOSA

É outro processo de lesão benigna da mama que cursa geralmente por trauma ou cirurgias prévias, em que se
tem lesão do tecido adiposo. Como o reparo desse processo cursa com fibrose, ocorre uma retração de pele. São
comuns a alguns processos benignos, mas sempre levanta hipótese de malignidade. Nesse processo de necrose
adiposa, se vê uma massa, de caráter inflamatório que quando seccionado vamos observar cavidades que liberam
líquido ou material oleoso e, microscopicamente, se caracteriza por um processo inflamatório crônico
chantogranulomatoso. Então se tem uma quantidade grande de célula chantomatosas, são aqueles macrófagos
que fagocitam grande quantidade de lipídeos. Esse processo vai amadurecendo num tecido cicatricial. Esse
tecido necrótico pode sofrer calcificação. Portanto, calcificação, retração, fibrose que cursa com processos que
levam a um aumento na densidade na mama.

A característica mais importante é de simular uma malignidade

Outra aspecto interessante que se observa frequentemente é a biopsia de pacientes que sofreram de câncer de
mama, se submeteram a radioterapia, tratamento cirúrgico e depois sobrevém a necrose adiposa, surge depois do
tratamento, não é um reaparecimento do câncer, é resultado do processo traumático do tratamento

GRANULOMA POR SILICO NE

Ocorre em pacientes que se submeteram a reconstrução de mama por um tratamento cirúrgico prévio, geralmente
por câncer de mama, ou por motivos estéticos. Esse silicone provoca uma reação inflamatória de baixa magnitude
que cursa com uma fibrose frequentemente circunscrevendo a prótese, então formando uma cápsula fibrosa.
Frequente são os granulomas tipo corpo estranho por microrupturas, não precisa ser rupturas extensas, ou a
própria capsula da prótese desencadeia essa reação inflamatória crônica, desencadeado essa reação. AS vezes
essa reação é acentuado, promove contrações na prótese, esteticamente provoca efeitos indesejados,
determinando deformidades importantes algumas vezes, também pode ocorres calcificação.

Na imagem os espaços claros, é a reação que desencadeia o silicone. Esse silicone pode ser drenado para dentro
dos linfáticos e os linfonodos regionais sofrerem o mesmo tipo de processo.
PATOLÃO 81

ALTERAÇÃO FIBROCÍSTICA
 É um termo que representa uma entidade, uma malha muito comum, possui uma elevada frequência,
algumas vezes é até considerado um processo fisiológico devido a sua alta frequência
 Possui uma nomenclatura não uniformizada. Por muito tempo ela foi denominada com displasia mamária
 Algumas alterações são precursoras do câncer de mama. Mas algumas alterações não são e por isso que
o termo foi abandonado. Mesmo que não recomendado, ainda continua sendo empregado, é um termo
corriqueiro
 Na tentativa de organizar, tem-se a:

LESÃO EPITELIAL BENIGNA


Essas são divididas em dois grupos:

Antigamente a doença fibrocística englobava essas divisões

 ALTERAÇÃO NÃO PROLIF ERATIVA. Ela não tem risco de malignidade, em outras palavras, a
mulher que apresenta a alteração não proliferativa, se comparada com uma mulher que não o tem, elas
vão ter o mesmo risco de terem um câncer
 ALTERAÇÃO PROLIFERATIVA. Ela tem risco que pode ser bem variado conforme a alteração que ela
apresenta
o SEM ATIPIAS.
o COM ATIPIAS.

ALTERAÇÕES NÃO PROLIFERATIVAS DA MAMA

É uma desordem das mais comuns da mama, um processo bastante corriqueiro não costuma ter maior
significação clinica a não ser com diferenciação com malignidade, porque algumas delas cursam com densidades
aumentadas, pode cursar também com microcalcificação gerando uma possibilidade com a confusão com um
câncer de mama.

Na verdade, a patogenia está relacionada a respostas diferenciadas do tecido mamário a estimulação


hormonal cíclica. Então, regiões da mama vão responder de uma forma diferente e dessa forma nos vamos ter
algumas alterações

O anticoncepcional oral (ACO) como ela inibe essa alterações cíclicas, essas mulheres ficam submetidos a uma
dose constante de hormônio, ela diminui o risco de desenvolver as alteração não proliferativas

Mais comuns da perimenopausa


PATOLÃO 82

As alterações são:

 CISTOS. Se desenvolvem na unidade terminal da mama, eles antes de serem rompidos são cinzentos,
azulados e liberam líquido turvo, geralmente não possui tamanhos grandes, mas podem ser múltiplos e
confluentes, gerando uma ideia de um nódulo na mama, sobretudo quando eles tem um conteúdo
espesso. No exame de imagem podem simular um nódulo quando eles tem esse conteúdo espesso.
 METAPLASIA APÓCRINA. O epitélio da mama é de dupla camada, uma camada basal e uma camada
luminal cubica ou colunar. A metaplasia apócrina se tem uma substituição desse epitélio por um epitélio
semelhante a glândula sudorípara apócrina, em outras palavras, essa célula fica colunar alta, com
citoplasma granular e acidófilo e algumas vezes na porção superficial da célula um aspecto que se
caracteriza como decapitação da secreção, projeção do citoplasmas. Muitos dos cistos sofrem
metaplasia apócrina
 FIBROSE. É observada do estroma, é resultado da ruptura do cisto com processo infamatório que
desencadeia a fibrose. Pode ser bastante densa, determinando densidades aumentadas que a palpação
podem simular malignidades, assim como o exame de imagem

ALTERAÇÕES PROLIFERATIVAS SEM ATIPIA

Essas alterações compreendem

 Hiperplasia Epitelial. Seja do tipo ductal ou lobular


 Adenose Esclerosante
 Lesão Esclerosante Complexa
 Papilomas mamários

HIPERPLASIA EPITELIAL

Proliferação do epitélio na imagem abaixo, pode ser do tipo ductal ou lobular, são descritos como entidades
diferentes, recebem esses termos conforme o padrão celular, não somente a localização. Isso porque algumas
vezes se tem lesão do tipo lobular ganhando o sistema ductal. Então na proliferação epitelial do tipo ductal nos
teremos mais de duas camadas, a hiperplasia ductal leve, ela não tem uma significação clínica maior, ela pode
ser precedida de ser descrita nos laudos. Já hiperplasia moderada, sim, já deve ser descrita, elas cursam com
um risco pequeno de transformação malignas, dessas mulheres terem carcinomas de mama que vai de 1,2 até 2x
o risco de terem câncer. Nos vemos, então, transformação desse epitélio formando espaços algumas vezes
fenestrações, fendas, aspecto cribiforme, eventualmente papila (projeções em forma de dedo recoberto por
PATOLÃO 83

epitélio), pericircular a esse objeto, tem-se a fibrose do estroma, ele fica com um aspecto mais colegênico, o
colágeno, na avaliação de rotina pelo H&E fica com uma afinidade maior com a eosina, então ela fica um róseo
mais marcante (canto superior direito é diferente do canto inferior esquerdo róseo que é menos marcante)

 HIPERPLASIA DUCTAL FLORIDA. Esse termo florida é específico de hiperplasia ductal mamária,
mas ela corresponde a uma hiperplasia acentuada, ao invés de uma dupla camada um tufo de células
proliferadas formando espaços irregulares, algumas vezes fendas, sobretudo fendas na parte mais
periférica desse ducto

ADENOSE ESCLEROSANTE

Adenose significa uma proliferação aumentada de ácinos por lóbulo mamário, então tem uma proliferação de
ácinos na unidade terminal, isso adenose em si.

Adenose esclerosante, portanto, é um tipo de adenose que cursa com fibrose, distorcendo a estrutura glandular
acinar proliferada. Resulta de uma proliferação de ácinos distorcidos por um estroma fibroelástico, dando
densidade e distorcendo as estruturas de tal forma que pode ser confundida com câncer pois dá um aspecto de
consistência maior, gerando como consequência uma densidade maior, quando muito pequena pode ter uma
repercussão clínica ou de imagem, mas quando é um pouco maior pode simular malignidade. Como ela cursa com
fibrose, não possui boa delimitação, assim como câncer. Além disso, pode estar associada como
microcalcificações.
PATOLÃO 84

O risco dessa lesão benigna evoluir para um câncer de mama é bastante pequeno de 1,2 até 2 vezes. O
importante também é que ela simula malignidade.

CICATRIZ RADIADA

É bastante semelhante a lesão esclerosante complexa, e elas são divididas entre uma ou outra pelo tamanho.
Enquanto cicatriz radiada é menor que 1 cm, a lesão esclerosante complexa é maior que 1 cm. É uma das outras
lesões benignas que já foi citada que simula malignidade, essa é uma das mais importantes.

Algumas vezes, então, apresentam tamanhos significativos, tem um núcleo central colagênico, elastótico
que distorce as estruturas epiteliais, possui um contorno raiado espiculado, pode estar associado com
hiperplasia epitelial, com hiperplasia atípica, com microcalcificações. Algumas vezes para o diagnóstico de
certeza se lança mão da técnica de imunohistoquímica usando marcados para células mioepitelias, a presenta
positiva sempre vai favorecer benignidade

PAPILOMA INTRADUCTAL

É aquela lesão com projeção digitiforme, eixo conjuntivo em forma de dedo, proliferado, com epitélio de dupla
camada.

É uma lesão que pode ocorrer tanto nos pequenos ductos, quanto nos grandes ductos. Nos pequenos ductos
geralmente são múltiplos, ja nos grandes se apresentam como massas palpáveis, que podem se apresentar com
descarga papilar hemorrágicas que simulam papilomas.

ALTERAÇÃO PROLIFERAT IVA COM ATIPIA

 HIPERPLASIA DUCTAL ATÍPICA. Na hiperplasia ductal tem-se algumas alterações intermediarias


entre a hiperplasia ductal e carcinoma intraductal, um tipo de câncer de mama restrito ao ducto sem
invasão do estroma, hiperplasia importante.
Alguns dos critérios para essa diferenciação é o tamanho, não pode comprometer mais do que 2 ductos
ou 2 mm, se tiver um tamanho maior ela já vai ser um carcinoma in situ. É importante, forma espaços
regulares, com hipercromasia nuclear
 HIPERPLASIA LOBULAR. Na unidade terminal da mama epitélio vai estar proliferado, mas essas
células são pequenas e regulares, não costumam ter atipias, quando ela distorce menos de 50% é assim
denominada.
Essa entidade é importante porque cursa com um risco de câncer, mas ela também tem uma
apresentação diferente da lesão ductal. Essa que costuma a ser segmentar, começa dentro de um ducto e
cresce sempre dentro daquele seguimento ductal. E essa hiperplasia lobular atípica ela tem chance de ser
multifocal grande e bilateralidade também, é um indicativo de um risco maior da mulher vir a ter um câncer
de mama, não só na área acometida mas também em outras localizações. Essa é a importância
multifocalidade e bilateralidade
PATOLÃO 85

AULA 14
MAMA TUMORAL
Salienta-se a importância dessa dupla camada porque nas lesões malignas se perde a camada basal, e algumas
lesões duvidado das quanto a natureza maligna ou benigna se aplica a técnica de imunohistoquímica
evidenciando a camada mioepitelial, na presença dessas se configura lesão benigna, na ausência lesão maligna.
Existe o câncer de mama ductal e o câncer de mama lobular. Não só porque eles se localizam em ducto ou lóbulo
porque isso pode não ser verdadeiro, mas porque eles tem diferenciação para padrão lobular ou ductal. Esse
esquema da mama é bom para que nos termos compreensão das lesões, lesões que tem elementos estromais e
epiteliais que se originam também da unidade terminal. Com a histologia da mama e arquitetura da mama bem
clara na mente fica mais fácil de se entender as doenças

 Biopsias em massas palpáveis cerca de 70-80% são lesões benignas


 Nódulos é a maioria benigno, mas é a apresentação mais comum das malignidades
 A descarga hemorrágica é uma das apresentações do câncer de mama

FIBROADENOMA
É a neoplasia benigna mais comum da mama. Principal neoplasia mais incidentes das mulheres. O termo já
sugere os elementos envolvidos na proliferação desse tumor. Primeiramente se tem uma proliferação do
componente glandular, daí adenoma e fibro é porque estroma mamária também se apresenta proliferado. É um
tipo de lesão que tem um proliferação estromal e parenquimatosa, epitelial e conjuntiva

 Mais frequente em pacientes jovens < 30 anos


 Proliferação de tecido conjuntivo e epitélio
 Único
 Bem Delimitado. Com todas aquelas características de lesões benignas, crescem como numa massa
coesa que empurra o tecido circundante, a tumerectomia é feito com muita facilidade porque ela se solta
do tecido adjacente com muita facilidade
 1-3 cm geralmente. podem ter tamanhos maiores, mas na maioria das vezes se apresentam com 1-3
geralmente, mas podem chegar até 10 cm
 Lobulado
PATOLÃO 86

 Fendas ao corte. Brancacento com pequenas fendas, essa fendas são evidentes e correspondem
histologicamente ao componente epitelial proliferado

Na imagem tem-se a variante intracalanicular, o componente epitelial fica comprimido e fica circundando e não há
uma alteração significativa do componente epitelial, e próximo tem-se uma variante pericanalicular. As duas
variantes são frequentemente encontradas juntas

TUMOR FILODES
 Proliferação de elementos epiteliais e estromais
 Benigno, “Boderline”, Maligno. Existem características que permitem prever um comportamento benigno,
maligno um comportamento intermediário, que são aquelas lesões que apresentam dificuldade de serem
classificadas, não preenchem todos os critérios malignos nem nos benignos e entram na classificação de
boderline. Mas algumas lesões classificadas como benigno ou boderline pode ter um comportamento
diverso do que aquele esperado. Portanto, prever o comportamento dessas lesões é difícil
 Pico na 5ª década
 Benigno: <4cm, margens expansivas, discretas atipias, - mitoses/10 campos. È o critério mais importante,
inclusive existe variação na literatura, <3 mitoses, ou <5 mitoses em 10 campos seria benignos, mais de
10 mitoses seria maligno. Os critérios para definição do comportamento dessa lesão compreende as
margens a atividade mitótica e as atipias, sobretudo estromais. Essa neoplasia quando maligna, o
componente maligno é do estroma e não epitelial, antigamente ela tinha outro nome cistosarcoma filodes.
Sarcoma porque o componente maligno era o sarcomatoso, mas como na maioria das vezes corresponde
tem um comportamento agressivo. Esse termo foi abandonado
 Maligno: 20% (3 a 12% dão metástase). São grandes, possuem um crescimento rápido, adquirem grandes
tamanhos provocando deformidades. Não é por negligência, ele tem um crescimento muito rápido,
assustando.

É uma lesão que se salienta como se ela tivesse sob pressão dentro da mama no momento que se faz o corte
macroscópico esse tecido se saliente, se observa estruturas granulares que corresponde a proliferação do
estroma para dentro de cavidade, como evidenciado na imagem
PATOLÃO 87

Histologicamente o que chama atenção e faz com que a gente levante a possibilidade inicial de tratar-se de um
tumor filodes e não de fibroadenoma é a proporção de estroma para elemento glandular. No tumor filodes o
estroma é exuberante e além disso vão se encontrar figuras mitóticas que são muito raras no estroma do
fibroadenoma. Se formam cavidades, e temos projeções para dentro dessa cavidade lembrando um aspecto
foliáceo, daí o termo tumor filodes

Essa imagem mostra uma proliferação do estroma e a proliferação epitelial se assemelhando a um aspecto de
folha
PATOLÃO 88

CARCINOMA DE MAMA
 Neoplasia visceral mais frequente
 Principal causa de morte por câncer em mulheres
 Frequência vem aumentando. Existe uma dúvida se a incidência etária vem diminuindo ou se realmente
nós temos uma população jovem mais numerosa de tal forma que hoje se encontre câncer de mama em
mulheres com menos de 40 anos numa incidência maior que que nos encontramos a alguns anos atrás]
 Números
o 1,67 milhão de casos no mundo -2012
o 25% de todos os cânceres em mulheres
o 57.120 novos casos no Brasil – 2014
o 520 mil mortes no mundo – 2012
o 2ª causa de morte em países desenvolvidos
o Nas últimas décadas: quedas da mortalidade. Possivelmente por um diagnóstico precoce e uma
melhora na terapêutica, com novas drogas, diretamente relacionada ao tratamento específico
empregado de acordo com os subtipos de câncer de mama

MANIFESTAÇÕES CLÍNIC AS DO CÂNCER DE MAMA

 Nódulo Palpável
 Alterações mamográficas. É recomendado que mulheres acima de 40 anos passe a fazer o teste de
mamografia todos os anos
 Achados histológicos incidentais. Por um outro um outro motivo qualquer, como por exemplo uma cirurgia
estética seja encontrado um câncer mamário não suspeito previamente
 Investigação de derrame papilar. Sobretudo as hemorrágicas elas são associadas a câncer de mama, não
é exclusiva, mas é uma evidência
 Através de metástases. Pode ser de um câncer primário oculto, na investigação se encontre um câncer
primário na mama que não havia sido diagnosticado

FATORES DE RISCO

Os mais definitivos, os mais importantes estão relacionados com estimulações estrogênicas, aqueles que tem uma
estimulação estrogênica maior, são aquelas que tem um maior risco para o câncer de mama. Tudo relacionado ao
número de gestações, amamentação, tudo isso relacionado ao período que ela teve estimulação estrogênica
cíclica, o número de ciclos menstruais que ela já teve. Então se ela teve várias gestações e longas
amamentações, ela vai ter uma interrupção cíclica da estimulação estrogênica. Outra coisa importante é que
epitélio mamário sofre uma diferenciação completa na amamentação e isso funcionaria como um fator de
proteção. A história familiar, então mulheres que tem parentes próximos tem um risco aumentado, mãe, irmã, tias
com câncer de mama ela tem chance maior e biopsias mamárias prévias mostrando lesões de risco para o câncer
de mama como já foi citado, aquelas hiperplasias epiteliais, hiperplasias epiteliais com atipias conferem risco para
o desenvolvimento do câncer.

 Idade. Após os 50 anos


 Idade da menarca
 Idade da menopausa
 Idade do 1º filho
 Número de gestações
 Amamentações
 História família
 Biópsias mamárias

INFLUÊNCIAS GEOGRÁFI CAS

 Estilo de vida – Fatores de risco modificáveis. Ampla variação no mundo a incidência do câncer, em locais
como Europa Ocidental e América existem incidência maior, então relacionado com estilo de vida
 Dieta hipercalórica, gordura animal, sedentarismo, obesidade, álcool. Devem ser estimulados para que se
evitem esses costumes a fim de evitar a incidência de câncer
PATOLÃO 89

 Países ocidentais: associação com etilismo, dieta hipercalórica, rica em lipídeos e gordura animal e falta
de exercícios

FATORES DE RISCO ADICIONAIS

 Utilização de Hormônio terapia de Estrogênio. Na verdade a reposição hormonal não tem um risco
definido, existem trabalho que concluem associação com risco, outros não, outros intermediários. Parece
que está relacionado com o desenvolvimento do câncer em mulheres que já tem lesão precursora e
muitas vezes não se tem como saber essa lesão precursora, e portanto não está definido, está bem aberto
 Agora com relação ao anticoncepcional oral não existe dúvidas que não tem relação com o câncer de
mama
 Radiação. Por outras doenças, como por exemplo linfoma com radiação no mediastino, essa mulheres
tem maior chance de desenvolverem carcinomas de mama
 Câncer de mama contralateral ou endométrio. Na verdade é o maior fator de risco é a história de um
câncer de mama na outra
 Influências Geográficas
 Obesidade
 Amamentação
 Fumo

ETIOPATOGENIA

 Câncer Hereditário
o 12% ocorrem devido a hereditariedade de um gene ou genes de suscetibilidade
o Gens BRCA1 e BRCA2 - 8- a 90% (gene único); apenas 3% de todos os cânceres de mama
o Costumam ter parentes de 1º grau, idade precoce menos de 50 anos, múltiplos tumores
multifocais ou bilaterais, outros cânceres endométrio, ovariano ou outros
 Câncer Esporádicos
o São a maioria
o Relacionado a exposição hormonal, gênero, idade da menarca e menopausa, história reprodutiva,
amamentação e estrógenos exógenos, e outros que aparecem de uma forma não explicativa

PROGRESSÃO DO CÂNCER DE MAMA

O que se sabe ao câncer de mama, com relação aos fatores de risco é que o câncer vai se desenvolver num
tecido geneticamente suscetíveis que sofreu influências hormonais. Na imagem tem uma progressão que muitos
anos foi compreendida para a evolução do câncer. Primeiros e tem um epitélio normal da glândula, que se tem
esse epitélio cúbico ou colunar luminal e essas células mais claras, as células mioepiteliais, é o epitélio de dupla
camada já citado. Com a evolução, uma doença proliferativa caracterizada por uma hiperplasia epitelial, depois
PATOLÃO 90

um hiperplasia epitelial com atipias, seguindo com um carcinoma in situ, em outras palavras um carcinoma
intraepitelial que é restrito pela membrana basal íntegra, essa proliferação epitelial se promove para dentro da luz.
Depois, um determinado momento ocorre ruptura da membrana basal do ducto, ocorre uma ruptura da membrana
basal do ducto e invasão do estroma. Se imaginava que todos os cânceres de mama se desenvolvesse desse
modo.

Agora se tem a ideia de que a maioria tem essa evolução considerando também a atipia epitelial plana como lesão
precursora, hiperplasia ductal atípica, Carcinoma in situ e Carcinoma invasor e aqui o perfil molecular ER-positivo
e HER2-negativo é um subtipo luminal. Uma outra via menos comum que evolui para o câncer de mama com um
outro perfil molecular que possui características basais e que nãos se conhece a lesão precursora ainda. Ainda
existe uma terceira via que é um HER2-positivo, que parece que a lesão precursora tem características apócrinas
atípicas.

CLASSES MOLECULARES

Existe uma classificação histológica que a maioria dos carcinomas de mama, pela classificação histológica, são do
tipo ductal invasor, também chamado de ductal invasor sem outra especificação, ou do tipo usual. O que se
observava com esse diagnóstico que as pacientes tinham mesmo estadiamento, elas tinham evoluções distintas,
pacientes que respondiam muito bem ao tratamento e tinham sobrevidas muito longas e outras que tinham um
comportamento mais agressivo, com o conhecimento da biologia molecular foi acrescido uma nova classificação
na tentativa de orientar não só o tratamento mas estabelecer um prognóstico mais definitivo sobre esses tumores
que antes tinham apenas uma classificação histológico.

Então, são essas classes moleculares, ela orientam o tratamento, estabelece o prognóstico e são baseados em
quatro marcadores que são feitos pela técnica de imunohistoquímica. Primeiro são feitos pesquisa de receptores
hormonais RE e RP (receptor de Estrógeno e de Progesterona, respectivamente), HER2 ou CERB B2, que são a
mesma entidade, e o potencial proliferativo desse tumor que é medido pelo KI-67. Conforme a combinação deles,
essas células vão ser semelhantes as células da camada luminal, células epiteliais, lembrando daquela dupla
camada da estrutura ductal da mama e lobular, tem dupla camada, ou elas serão semelhantes as células da
camada basal, recebendo a denominação específica luminal ou basal.

 Luminal A, tem receptores de RE e RP + e são HER2 -. A maioria dos tumores de mama costumam ser
classificados como Carcinoma Ductal Invasor (CDI), cerca de 40-55%
PATOLÃO 91

 Luminal B, tem a mesma marcação para RE, RP e HER2, porém tem atividades proliferativas maiores e
podem, eventualmente, serem HER2+, sendo Luminal B2. O luminal B1 é igual ao luminal A, mas com um
índice proliferativo maior do que 14%

São características, então, as células luminal no epitélio normal expressam receptores hormonais e por isso são
as células que apresentam receptores hormonais, então são classificados de luminal porque são semelhantes as
células epiteliais luminais do epitélio de dupla camada da mama

Já as células da camada basal, que são as células mioepiteliais, possuem:

 Basal símile, possuem RE – e HER2 – e marcadores para células mioepiteliais +. Então, 13 a 25% dos
carcinomas ductais invasores sem outra especificação tem esse perfil e são chamados de Triplo
Negativos. Dessas 4 classes moleculares é o mais agressivo
 HER2 positivo. Ele perfaz 7-12% do CDI sem outra Especificação (SOE), antigamente ele era um grupo
mais agressivo, mas com o incremento da terapia anticorpo monoclonal humanizado específico que inibe
o HER2 ele passou a ser um dos tumores de mama com melhor resposta terapêutica e, portanto, um
incremento prognóstico significativo. O nome da droga comercial é o herceptin e a droga é o trastuzumab

CLASSIFICAÇÃO DE NOT TINGHAM

 Outra classificação empregado, que avalia o padrão tubular, o grau nuclear e o índice mitótico
o Grau I: padrão tubular, núcleos pequenos, baixo índice proliferativo. Tem a variante da maior
diferenciação, portanto, mais semelhante ao tecido normal mama adulto comparado. Costuma
cursar com melhor prognóstico
o Grau II: Formação tubular e áreas sólidas, grau nuclear maior e maior índice proliferativo. Grau
intermediário
o Grau II: ninhos sólidos, núcleos atípicos e alto índice mitótico. Enquanto que no grau três é
predominantemente sólido, então não reproduz estruturas acinares e tubulares tal qual
encontramos na mama normal, os núcleos são grandes atípicos e tem grande índice mitótico.
Prognóstico mais reservado, com grau de diferenciação menor

TIPOS DE CARCINOMA DE MAMA


Esses tumores podem ser do tipo Ductal ou Lobular, intraepitelial, portanto, com a membrana basal dessa
estrutura íntegra, ou ele pode ser Ductal ou Lobular Invasor, que rompe a membrana basal e invade. Os tumores
surgem todos da unidade na unidade distal da mama, mas um tente a comprometer preferencialmente ductos e
outros preferencialmente os lóbulos. Obviamente, essa classificação tem implicações prognósticas e terapêuticas
importantes. Se o tumor é in situ, intraepitelial, teoricamente ele é uma lesão sem potencial de disseminação
metastática, porque como já foi comentado os epitélios se nutrem por difusão, são avasculares e se não tem
vasos no epitélio ele não teria potencial de disseminação a distância. Já a lesão invasora por si já rompe a
membrana basal, invade o estroma mamária e, à medida que ele vai invadindo o estroma mamário, ele adquire
potencial de disseminação a distância em outras palavras ele adquire potencial de embolização tumoral. A partir
daí, ela deixa de ser uma doença localizada e passa a ser uma doença sistêmica, onde ele pode se implantar em
vários outros locais, como linfonodos regionais, como fígado, pulmão cérebro, e etc. Ainda tecendo as
considerações gerais dos carcinomas in situ e do carcinoma invasor. No in situ não formam nódulos, elas formam
apenas densidades aumentadas, enquanto que o carcinoma, quando ele começa a invadir o estroma, ele forma
nódulos, importante para a clínica e o exame de imagem.

CARCINOMA ‘IN SITU”


Desde a implantação das mamografias de rotina, houve um incremento significativo das lesões in situ, sobretudo
pela presença das microcalcificações. A mamografia possibilita o diagnóstico através de microcalcificação.
Existem lesões benignas que sofrem calcificação. Mas as malignas tem todo um padrão que possibilita o seu
reconhecimento, ou pelo menos a suspeição de se tratar de uma lesão maligna, dependendo do padrão de
calcificação. As microcalcificações que surgem associadas a um in situ costumam comprometer um segmento da
mama, um sistema ductal onde elas ficam agrupadas e pleomórficas. Na verdade correspondem a um grupo
heterogêneo de lesões, pode ser ductal, lobular e dentro dos ductais ele tem subdivisões

 25% dos canceres de mama


PATOLÃO 92

 Microcalcificações pleomórficas, agrupadas e segmentar


 Grupo heterogêneo de lesões

Classificação quanto ao grau histológico importante é o Grau Nuclear, a Presença de Necrose; ou a Arquitetura,
conforme na imagem. Com reação a arquitetura, esse epitélio proliferado, pode assumir vários padrões dentro do
ducto, ficar “furadinho” tipo peneira é chamado de cribiforme, pode ser uma proliferação, sólida, etc. O tipo
comedo é aquele que tem um necrose central, uma proliferação sólida do epitélio e uma necrose central onde se
deposita os sais de cálcio, então se desenvolve uma calcificação distrófica, ela que é percebida numa mamografia
e, portanto, passível de um diagnóstico ainda in situ. O comedo é um dos principais diagnosticados numa
mamografia principalmente pela calcificações

CARCINOMA INTRADUCTAL DO TIPO COMEDO

Comedões de pele que são os cravos que quando se comprime sai aquele material córneo de dentro do folículo
pilocebáceo e fazendo uma analogia a esse padrão tem-se esse material necrótico no centro do ducto que quando
comprimidos expelem esse material de dentro do ducto. No epitélio, em vez de se ter uma dupla camada, se tem
uma múltiplas camadas. Acontece que como o epitélio não tem vasos, o centro fica uma ausência de nutrientes,
as células, além de estarem muito espessas, elas proliferam rapidamente e ocorre uma desproporção de nutrição
com uma alta demanda celular, gerando uma necrose central, é um sítio onde favorece a deposição de sais de
cálcio e essa calcificação pode ser identificada pela mamografia. É o principal associado a microinvasão estromal

CARCINOMA INTRADUCTAL DO TIPO SÓLIDO


PATOLÃO 93

Evidenciando a membrana basal íntegra e o câncer está todo restrito ao interior do ducto, formando uma massa
sólida de células sem configuração especial alguma. Se sofrer necrose, se torna do tipo comedo

CARCINOMA INTRADUCTAL TIPO CRIBIFORME

A parede ductal novamente integrada, o epitélio proliferado, formando espaço semelhante a uma peneira,
chamado de cribiforme. Ocorreu uma deposição de cálcio, mas por um outro processo

CARCINOMA INTRADUCTAL TIPO MICROPAPILAR

A papila é uma lesão que tem um eixo conjuntivo vascular recoberto por um epitélio, que é exatamente o que se
vê na imagem. Além disso, na região circulada, se vê um brotamento epitelial sem eixo conjuntivo vascular,
essa é a diferença da micropapila (M), para a papila (P), apenas um brotamento de epitélio, com um arranjo
semelhante porem sem o eixo vascular de sustentação, existe na imagem, portanto, uma papila verdadeira e uma
papila. Como o predomínio é micropapilar, ele é denominado assim.
PATOLÃO 94

O micropapilar tem associação com multifocalidade, isso é importante porque no momento que se está fazendo
um tratamento conservador, que se conserva uma parte da mama, vai se remover um setor, ou um quadrante da
mama. Se tive uma lesão multifocal, vai remover um setor e vai deixar uma doença residual, isso sempre deve ser
considerado quando se está avaliando o subtipo histológico

DOENÇA DE PAGET
Compromete a aréola e o mamilo, que se apresenta como um aspecto eczematoso, na verdade é um câncer de
mama que vai comprometendo o epitélio e essa lesão se apresenta como se fosse uma dermatite.

 Envolvimento da epiderme por células malignas


 Aréola eczematosa
 Massa retro-areolar palpável em 50-60%
 100% associado com um câncer invasor ou intraductal
 Geralmente HER2 +

A pessoa que se apresenta no consultório, no ambulatório com a papila mamária inflamada, hiperemiado,
edemaciada, crostosa, sempre tem que pensar nessa possibilidade, sobretudo se for uma manifestação unilateral,
o câncer costuma ser unilateral. Se for bilateral, possível que ela tenha algum processo alérgico, alguma outra do
tipo de alteração.
PATOLÃO 95

CARCINOMA LOBULAR “IN SITU” (CDIS)


É aquele que também surge na mesma localização, porém as células malignas tedem a distender a unidade
terminal da mama, portanto, ela ocupa mais o lóbulo mamário, elas distorcem mais de que 50% da unidade
terminal da mama e elas perfazem de 10-30% dos carcinoma “in situ”

 10-30% dos carcinoma “in situ”


 Multicêntrico
 Bilateral. Antigamente se recomendada na presença desse diagnóstico, fazer uma biopsia da mama
contralateral espelhada que possivelmente ocorreria um encontro de lesão bilateral. Hoje em dia isso não
se justifica, se sabe ele é um fator de risco invasor não só lobular, mas ductal, não só no quadrante ou na
localização onde foi identificado, mas qualquer outro setor da mama, ou da mama contralateral. Um
aspecto importante é que ela não tem uma alteração de suspeição clínica, isto é, ela não provoca nódulos,
não costuma dar adensamento mamários, não tem associação com microcalcificação e portanto, seus
diagnósticos são feitos de uma forma incidental, a paciente fez uma biopsia por um outro motivo e
encontrou um carcinoma intralobular in situ
 Distensão dos dúctulos por células pequenas, pouco coesas e de baixo grau nuclear. As lesões
classificadas como lobulares são lesões de células pequenas com pouco pleomorfismo, e portanto, baixo
grau nuclear, um aspecto importante é essa pouca coesão, na verdade ela tem um mutação no gene na
PATOLÃO 96

eacaderina que está ausente no carcinoma lobular. O padrão de invasão tem uma característica
relacionado justamente a essa baixa coesão celular

CARCINOMA INTRADUCTAL IN SITU COM MICROI NVASÃO

O CDIS pode ter microinvasão quando ele começa com uma invasão incipiente do estroma. O principal tipo
associado a essa característica de microinvasão é o comedocarcinoma ou carcinoma intraductal tipo comedo. Por
conceito, foco de células tumorais com menos de 0,1 cm de invasão do estroma, portanto uma invasão incipiente,
inicial de 1 mm de invasão do estroma

CARCINOMA DUCTAL INFILTRANTE


É o principal tipo de carcinoma de câncer 70-80% são dessa apresentação. Dentro dessa classificação de
carcinoma infiltrando podemos ter comportamentos bastante diferentes e que a classificação molecular veio
justamente para orientar o comportamento e a resposta terapêutica desses tumores. A maioria são do tipo luminal,
alguns vão ter uma, contudo, uma pobre resposta ao bloqueio hormonal simplesmente porque eles não tem
receptores de hormônios, daí a importância de se reconhecer essa classificação molecular como um elemento
importante na condução terapêutica dessas pacientes com câncer

Nessa imagem igualmente se identifica esse contorno infiltrativo do câncer e uma retração de pele. Essa retração
se deve a característica do estroma extremamente denso que tem a capacidade de retrair o tecido da volta. Se
observarmos o câncer de mama, ele tem uma superfície do tumor mais retraído se comparada com o tecido
mamário local circundantes, ele retrai porque o estroma é altamente colagênico, fibrótico, denso e essa é uma
condição que retrai os tecidos da volta. Daí nós temos a retração de pele.
PATOLÃO 97

CARCINOMA INTRACÍSTICO
É composto por um ducto que sofre dilatação essa lesão intracistica eventualmente pode ser in situ, mas pode
romper a membrana basal e invadir. As lesões papilomatosas, que caracterizam esse carcinoma tem aquele
aspecto verrucoso, que corresponde as projeções digitiformes com um eixo conjuntivo vascular recoberto por
epitélio.

CARCINOMA INFLAMATÓRIO
É uma apresentação clínica do tumor, não um subtipo histológico específico e designa apenas a agressividade do
tumor, o que eles tem em comum é que estão embolizando linfáticos cutâneos, de tal forma que essa pele fica
com lifedema, a pele assume um aspecto de “casca de laranja”, edemaciada, hiperemiada e isso decorre de uma
embolização de linfáticos cutâneos. Na imagem vemos (A) Vasos linfáticos com massa de células tumorais na sua
luz, ao lado (B) o que se observa são linfáticos ectásicos e, normalmente, os vasos linfáticos, pela sua
característica de paredes muito delgadas, durante o processamento normal eles tendem a sofrer colapso das suas
luzes. O fato delas estarem com suas luzes dilatadas já é suspeito de alguma alteração, entre elas o carcinoma
inflamatório. A leitura dessa apresentação é um câncer agressivo, a embolização fala de uma doença que está se
disseminando
PATOLÃO 98

CARCINOMA TUBULAR
Dentre as lesões ductais, foi descrito que o mais comum é o carcinoma ductal invasor, sem outra especificação,
mas existe um carcinoma de tipo especiais, o primeiro comentado é o tubular. A característica o epitélio maligno
que está invadindo o estroma, ele recapitula estruturas semelhantes ao epitélio ductal normal, ele assume um
padrão tubular, é um tipo especial. É importante salientar que os tipo especiais costumam ter um prognóstico mais
favorável do que o outro sem especificação.

 5-10% dos carcinomas de mama


 Túbulos com camada única de células. Se perde a camada mioepitelial. Por isso se faz uso do exame
imunohistoquímico para lesões onde há suspeita de benignidade x malignidade. Quando se tem um
camadas é benigno, quando uma camada favorece o maligno
 Prognóstico bom
 Sobrevida em 5 anos 95 a 100%
 A maioria é Luminal A. Com relação a classificação molecular

Ele tem a reprodução de estruturas “ductais”, formam túbulos, esse túbulos tem 1 camada, tem baixa atipias. Em
outras palavras, ele tende a recapitular a estrutura mamária normal. Portanto é um tipo de mama bem diferenciado

CARCINOMA CRIBRIFORME INVASOR


Outro tipo de carcinoma é aquele se tem massas de células tumorais que invadem o estroma, esse estroma é
altamente colagênico, dá uma característica de uma densidade bastante aumentada da lesão, possui uma
consistência muito firme. Lembra até um “queloide”. O termo que se emprega para esses tumores de mama, ou
tumores de uma forma em geral que induzem uma forma proliferação estromal exuberante é a desmoplasia.
Quando mais estroma maior a consistência do tumor. Além disso, a característica epitelial que forma massa de
PATOLÃO 99

célula com o aspecto de “peneira”, tal qual foi visto dentro do ducto, ele pode ser um carcinoma que invadiu o
estroma e continuou se apresentando com aquele padrão “furadinho”.

CARCINOMA MUCINOSO
Uma outra variante do carcinoma ductal. Se observará lagos de muco dentro desse tumor com células tumorais
dentro desse muco. Tem limites bem definidos, limites lobulados e bem definidos, diferenciado do carcinoma sem
outra especificação que são de contornos infiltrativos.

 Mais em mulheres idosas


 Crescem lentamente
 2-3% dos carcinomas
 Prognóstico bom – sobrevida em 10 anos de 80-90%
 Mais frequentemente Luminal A

CARCINOMA MEDULAR
Esse tem uma grande importância, possui bordos não infiltrativos. Pelos métodos de imagem ele se assemelha a
um fibroadenoma além de clinicamente, tem bordos lobulados e bem definidos. Sempre se existe uma lesão
que ilustra a outra, essa lesão por esse padrão de bordos, ele pode confundir clinicamente e um outro aspecto
importante desse tumor que também determina confusão é que ele tem um estroma escasso, povoado por células
inflamatórias do tipo linfócitos e plasmócitos e o componente epitelial proliferado se apresenta soba forma de
ninhos sólidos de células. Possui bom prognóstico. Não tem aquele aspecto estrelado de um tumor clássico

 7% dos carcinomas
 Lençóis sólidos de células
 Infiltrado linfo-plasmocitário
 Bordos não infiltrativos
 BRCA-1. Associação com as mutações nesse gene
 Frequentemente tipo Basal
PATOLÃO 100

Em A tem-se as células epiteliais, em B o estroma cheio de Linfócitos e plasmócitos

CARCINOMA LOBULAR INFILTRANTE


Agora se falará da variante lobular infiltrante

 Bilateralidade mais frequente


 Multicêntrico
 Padrão de invasão difuso. Como tem uma coesão diminuída, tal qual o carcinoma lobular in situ, as células
tem uma coesão diminuída, e elas infiltram o estroma num padrão dito fila indiana, uma célula atrás da
outra. Desse modo, ela infiltra o estroma e circunda ductos, circunda lóbulos formando um padrão
histológico em alvo, ou cascas de cebola. Algumas vezes eles infiltram de forma difusa na mama, dando
lesões mal definidas, gerando mamas com aspecto mais denso, e na verdade, são tumores mais
extensos. São um tipo de falha na mamografia, eles infiltram tão difusamente que não se consegue
identificar um nódulo em si, mas sim uma extensa área de densidade bem aumentada
 Metástases para superfície serosa, ovário, útero e medula óssea. Esse é outro aspecto peculiar, ele
responde bem ao tratamento inicial e a recidiva vai se dar tardiamente para locais inusitados que não
seguem aquela regra de sítios de metástases preferencias como se tem em vários tipos de carcinomas,
PATOLÃO 101

inclusive os carcinomas de mama. Preferencialmente, como regra geral, ele vai comprometer inicialmente
linfonodos regionais, depois metástase para pulmão, fígado, osso, cérebro. Mas aqui o que se tem é uma
recidiva metastática para superfície serosa, ovário, útero e medula óssea. Geralmente depois de um longo
período

FATORES PROGNÓSTICOS

O que que nos permite reconhecer como um câncer de mama como mais agressivo ou menos agressivo. O
exame anatomopatológico convencional ele logo dita os primeiros fatores patológicos:

 “In situ” x invasor


 Metástase a distância
 Linfonodos
 Tamanho do tumor
 Doença localmente avançada. Esse termo compreende os tumores que invadem pele e invadem
musculatura
 Carcinoma inflamatório. Se tem embolização linfática, configurando o carcinoma inflamatório
 Tipo histológico
 Grau histológico
 Receptores hormonais
 Invasão vascular
 Taxa proliferativa

MAMA MASCULINA
Todas as doença que foi falada pode se desenvolver na mama masculina, mas elas são muito menos frequentes
até porque a mama masculina é uma glândula rudimentar, mal desenvolvida, pouco desenvolvida. O que é
característico de comprometimento da mama masculina é a ginecomastia, pode ser unilateral, pode ser bilateral,
geralmente acomete pacientes jovens sem nenhuma causa subjacente, nenhuma alteração que justifique esse
crescimento mamária. Depois, tem u outro pico etário, em pacientes mais idosos, que terão a sua mama
igualmente crescida e, geralmente, nessa faixa etária que tem alguns fatores associados como algumas
medicações, ou doenças hepáticas ou tumorais que provoque desequilíbrios hormonais e estimulação para o
crescimento dessa mama. Então, jovens sem patologia relacionada, idosos com patologia relacionada. De todos
os carcinomas de mama, 1% acomete os homens, vão ter todos os mesmo fatores, história familiar, os subtipos
moleculares, subtipos moleculares, subtipos histológicos in situ e invasor, lobular, ou invasor. A única coisa que
chama atenção, como a glândula é rudimentar, o carcinoma tende a ser localmente avançado em estágios
menores, ele vai infiltrar a musculatura adjacente e a pele em tamanho menores porque a glândula é rudimentar.
PATOLÃO 102

AULA 15
CITOLOGIA
Por Vitor Mauro e Mônica Primeira (ATM 241)

INCIDÊNCIA
 Para o ano de 2016, no Brasil, são esperados 16.340
casos novos de câncer do colo do útero, com um risco
estimado de 15,85 casos a cada 100 mil mulheres.
 Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o
câncer do colo do útero é o primeiro mais incidente da
Região Norte (23,97/100 mil). Nas Regiões Centro-Oeste e
Nordeste, ocupa a segunda posição; na Região Sudeste, a
terceira; e, na Região Sul, a quarta posição. Essa
incidência diferente e divergente dependendo da região
está diretamente relacionada ao número de mulheres que
conseguem ser examinadas, depende da extensão e da
abrangência do programa da saúde da mulher. Quanto mais mulheres se conscientizarem e tiverem
acesso ao sistema de saúde, menor a incidência do câncer.

FATORES DE RISCO
 Tem uma grande relação com HPV. Se não a totalidade quase 100% dos casos (97-98%) está
relacionado com HPV, que é a DST mais comum, que precisa ser uma infecção persistente;
 A maioria dos homens e mulheres terá contato com o vírus (prevalência de 10,4%);
 Mais de 90% regridem espontaneamente em 6 a 18 meses;
 13 tipos de HPV: existem cepas oncogênicas de baixo risco, de alto, as de alto risco são representadas
pelo HPV 16 e 18, são os mais frequentes.
 Existem outras influências sinérgicas, aumentam o risco de a mulher desenvolver o câncer. Fatores de
risco, como o tabagismo e a imunossupressão (pelo vírus da imunodeficiência humana – HIV ou outras
causas), influencia no surgimento desse câncer.

JEC
Junção Escamo Colunar (JEC) junção de dois epitélios, um o escamoso estratificado pavimentoso com o
epitélio colunar muco produtor. Dependendo das influências hormonais, essa JEC pode estar a nível de orifício
externo do colo do útero, pode adentrar o canal endocervical, ou pode estar fora da JEC. Quando ele fica fora,
numa região mais sensível, que é o epitélio colunar mucossecretor ele é mais
especializado e menos resistente, se expõe ao pH vaginal, onde o pH é muito baixo,
ele acaba que a exposição a um ambiente mais adverso sofrendo alterações.

A importância do reconhecimento dessa junção, é porque nessa localização é que a


alteração precursora do câncer se desenvolve. A JEC é um elemento fundamental
para considerarmos na avaliação do exame de pré-câncer. Como a lesão costuma
começar na JEC, é preciso na avaliação do negativo considerar que a JEC foi
representada, porque pode realmente dizer que é negativo para células malignas e
não coletou da localização que se devia (exemplo da perna errada). Na JEC é onde
as lesões costumam começar, ela vai ser referencial de uma amostra
significativa no meu exame.

Cérvice uterina de uma mulher nulípara dentro dos padrões de normalidade com um
epitélio escamoso estratificado, orifício interno puntiforme, depois do parto ele fica em
forma de fenda, modifica a sua configuração. É observado que ele está brilhante,
homogêneo liso. Porém, as lesões pré-malignas não têm tradução macroscópica,
PATOLÃO 103

pode ter uma fase inicial de uma atipia, de um câncer de uma displasia e vai enxergá-lo tal qual se observamos a
olho nu. Com microscópio que é a colposcopia e encontrar padrões variados, mas não é o que que acontece no
exame de rotina, se faz apenas o exame especular, olha o colo do útero e se observa tudo homogêneo, brilhante,
liso. A JEC está dentro do orifício esterno está dentro do canal, não se ver a olho nu. Por isso, o exame necessita
de uma espátula para se realizar a raspagem da ectocérvice e a introdução de uma escova endocervical que vai
girar essa escova dentro do canal e distender na lâmina. Então terão uma lâmina com dois tipos de amostra, um
ectocervical e outro endocervical. Costuma colocar em sentido diferentes para orientar que são materiais de locais
diferentes.

Aqui se tem uma JEC fora do canal, por isso ele é referido como uma ectopia (fora do lugar normal), na verdade é
considerado uma variação da normalidade essa JEC, um fator favorável para isso aqui é que se visualiza a JEC e
colhe com bastante facilidade. Na imagem anterior se faz uma colheita endocervical as cegas e, dependendo da
sua localização, pode não ter amostragem da JEC. Porém, nessa imagem está se enxergando ela e se faz
colheita do local normal. O epitélio escamoso estratificado é um epitélio mais resistente a agressões, enquanto o
endocervical é mais especializado, ele produz muco que tende a causar um meio mecânico de proteção da
endocérvice, cavidade uterina e assim por diante. Esse epitélio, então, é mais sensível, como se tem um pH ácido
na vagina, ele acaba sendo cronicamente agredido, provocando uma substituição do tecido por um outro tecido de
mesma origem embriológica mais resistente, chamado de metaplasia.

As criptas endocervicais ficam obstruídas pelo epitélio metaplásico que é mais espessado, são múltiplas camadas,
o muco fica restringindo a cripta endocervical, isso é um orifício glandular obstruído pelo epitélio metaplásico. Aqui
terá uma JEC nova e uma junção de um epitélio metaplásico com o epitélio cervical. Desde esse orifício externo
glandular, até a nova JEC, é a zona de transformação é onde as lesões costumam se desenvolver. Toda essa
região precisa ser amostrada, para valorizar o resultado negativo para
células malignas.

DESTRINCHANDO A NOMENCLATURA – DO PRINCÍPIO


AOS DIAS ATUAIS

TRABALHO ORIGINAL

O trabalho original de Papanicolau, ele começou sabendo que


existia um câncer por ali e fazia uma colheita do fundo do saco
vaginal. Posteriormente se descobriu que as células descamavam
da cérvice uterina e ficava depositada no fundo de saco, porem a
lesão inicial era da cérvice uterina. Ele mudou a história da
doença e a história do diagnóstico das lesões malignas, porque
muitas começaram a ser feitas a partir do exame citológico.
Inicialmente, a citologia da cérvice uterina que passou a ser
reconhecida com uma grande de detalhes que outras
malignidades não se sabia, por exemplo a presença de lesões
precursoras inicialmente foi demonstrada na cérvice uterina, tanto
que o nome do pré-câncer foi conhecido como exame do
Papanicolau.

CLASSIFICAÇÃO DE PAP ANICOLAU

 Classe I – ausência de atipias ou anormalidade


 Classe II – atípica, sem evidência de malignidade. Sobretudo as alterações inflamatórias ficavam nela

Agora que entrava as limitações da classificação, as classes III e IV, podiam estar atipias que não sabia se eram
verdadeiramente neoplásicas ou não. Dentro das estratificações das lesões pré-malignas podiam ser jogados na
classe III, ou na classe IV e o clínico sem orientação de como proceder.

 Classe III – sugestiva, mas não conclusiva, para malignidade.


PATOLÃO 104

 Classe IV – Fortemente sugestiva de malignidade


 Classe V – Conclusiva para malignidade. Era o carcinoma invasor.

NOVA CLASSIFICAÇÃO

Depois se viu que havia uma necessidade de estratificar as atipias, porque existem graus, lesões que vão na
maioria regredir espontaneamente, são atípicas porem regridem espontaneamente na maioria das vezes e tem
outros que tem forte chance de evoluírem para um carcinoma invasor. Então é necessário saber o nível de atipia e
displasia para poder conduzir a paciente. As atipias começam no nível da camada basal e vão subindo.

 Displasia Leve. Restrita ao terço inferior do epitélio


 Displasia Moderada. Restrita aos 2/3 inferior do epitélio
 Displasia Acentuada (DA). Toda a espessura do epitélio é atingida
 Carcinoma “in situ”. Para se diferenciar da DA, o carcinoma in situ tem atipias mais acentuadas que a DA.
Porém essa classificação ficou impreciso para diferenciar uma da outra, deixando muita dúvida, de difícil
reprodução (não há concordância entre os patologistas).

Surgiu uma nova classificação para facilitar o diagnóstico, mas também para melhor conduzir a paciente. Na
nomenclatura seguinte eles foram aglutinados e chamados de NIC III (Neoplasia Intraepitelial Cervical) facilitou o
diagnóstico, pois ambas DA e o in situ tem risco significativo de evoluções para um carcinoma invasor, elas eram
tratados da mesma maneira. Na nomenclatura seguinte, elas foram aglutinados e chamados de NIC III.

NEOPLASIA INTRAEPITELIAL CERVICAL (NIC)

 NIC I. É displasia leve


 NIC II. É displasia moderada
 NIC III. Aglutinou a DA e/ou Carcinoma “in situ”. A terminologia evoluindo, tem o mesmo prognóstico, tem
a mesma terapêutica.

É uma nomenclatura extremamente aceita e disseminada para outros tumores.

NOMENCLATURA BRASILEIRA PARA LAUDOS CITOPATOLÓGICOS CERVICAI S (BASEADA NO


SISTEMA BETHESDA) 20 06

Adaptação para a realidade brasileira. Surgiu em 2006, depois ela foi atualizada e agora se tem a adoção da
nomenclatura do sistema Bethesda e as adaptações da nossa realidade foi abandonado na tentativa de unificar
com a nomenclatura mundial para ajudar nos dados a fim de pesquisa
PATOLÃO 105

A terminologia é a base para uma efetiva comunicação entre patologistas e clínicos, é necessário empregar a
mesma classificação para empregar o melhor tratamamento.

NOMENCLATURA BRASILEIRA PARA LAUDOS CITOPATOLÓGICOS DO COLO UTERINO


E ÁREAS ANO-GENITAIS 2020
Agora no dia 4 de julho de 2020 foi lançada a atualização da nomenclatura brasileira. Essa nomenclatura avalia
vários tópicos para se fazer um laudo citopatológicos.

 Tipos de amostra
 Adequabilidade da amostra
 Categorização da amostra
 Interpretação/ Resultado Microbiologia
 Outros
 Anormalidade em células Epiteliais
 Outras Neoplasias Malignas
 Observações

TIPO DE AMOSTRA

 Convencional: aquela feita no postinho. A importância da convencional é a mais empregada, tem um


custo menor, mas se viu que com incremento da citologia cervical o CA de colo de útero foi diminuindo de
incidência, diminuiu significativa até que parou num momento que não aumentou mais, continuavam
morrendo mulheres de câncer de colo de útero. Na tentativa de melhorar o método foi desenvolvido uma
nova citologia que no final das contas eu vou ter uma amostra de melhor qualidade.
 Em base líquida: pega-se uma escova, gira a nível de orifício interno, ela pega também ectocérvice e
endocérvice numa só colheita e depois subverte, agita e depois se tem a amostragem a ser examinada, as
células ficam flutuando nesse líquido fixador. No fim das contas vai ter substância mucolíticas, que muitas
vezes vai ser desmanchado, lizado, e no final das contas ele vai ter uma fina camada de células, sem
sobreposição celular mais otimizada, não vai ter sobreposição, não vai ter retirado as hemácias, vai ter
desmanchado o muco, possibilitando um screem automatizado por computador que avalia a relação
núcleo citoplasma e a colocação, a proposta é ser melhor que o método convencional.

Mas ainda parece que a citologia em meio líquido não incrementou tanto o quanto se esperada nas lesões de
alto grau, precisa ainda ser avaliado o custo-benefício desse método de exame pré-câncer. Não foi tudo aquilo
que se imaginava o desenvolvimento dessa técnica. Uma outra vantagem é que o material se preserva o
material da célula, possibilitando a captura híbrida, vendo para HPV, clasmídia, fazer outros exames com o
mesmo tipo de material.

PREPARAÇÃO DO ESFREG AÇO:


PATOLÃO 106

ADEQUABILIDADE DA AMOSTRA

Os exames antes do sistema Bethesa não consideravam isso, se o material é satisfatório para avaliação. Pode ter
um material dissecado, material sem...

 Satisfatória para avaliação


 Componente endocervical/ Zona de Transformação. É se a JEC está ou não amostrado.
o ( ) Ausente
o ( ) Presente
 Insatisfatório
 Espécime Rejeitado / Não processado
o ( ) Ausência ou erro na identificação da lâmina
o ( ) Lâmina danificada ou ausente
o ( ) Outras causas

Isso pode ocorrer porque a paciente perde a lâmina, falha nas identificações, é comum o médico se atrapalhar e
entregar a caixa vazia ou a lâmina sem esfregaço. Essas amostras são rejeitadas.

 Espécime processado e avaliado como insatisfatório. Depois se rejeita e conclui-se que ele é insatisfatório,
porque ele está com uma sobreposição exagerada de células o que não permite uma avaliação correta do
exame.
o ( ) Material acelular ou hipocelular: células compõem <10% da amostra
o ( ) Sangue em mais de 75% da amostra
o ( ) Piócitos em mais de 75% da amostra
o ( ) Artefatos de dessecamento em mais de 75% da amostra
o ( ) Contaminantes externos em mais de 75% da amostra
o ( ) Intensa sobreposição celular em mais de 75% da amostra
o ( ) Outras causas

Examina, processa e conclui que ele é insatisfatório.

CATEGORIZAÇÃO DA AMO STRA

A etapa do diagnóstico (material de boa qualidade)


PATOLÃO 107

 Negativa para lesão intrapeitelial ou malignidade na amostra analisdade


 Anormalidades em células epiteliais (ver interpretação/resultados)

INTERPRETAÇÃO / RESU LTADO

 Achados Não Neoplásicos:


1. Variações celulares não neoplásicas.
o ( ) Metaplasia escamosa
o ( ) Alterações ceratóticas
o ( ) Metaplasia tubária
o ( ) Atrofia
o ( ) Alterações relacionadas a gravidez

Processos benignos comuns, sem risco de evolução para uma neoplasia invasora.

2. Alterações reativas associadas a:


o ( ) Inflamação (inclui reparo típico)
o ( ) Cervicite linfocítica/ folicular
o ( ) Radiação
o ( ) Dispositivo Intrauterino (DIU)
o ( ) Células Glandulares pós histerectomia

Essas categorias são os corriqueiros na maioria dos achados.

ORGANISMOS

Recomendam colocar só as alterações, os achados de flora normal foram omitidos nessa classificação de 2020.
Pedem para que coloquem só os microrganismos alterados.

 Trichomonas vaginalis;
 Organismos fúngicos morfologicamente consistentes com cândida spp.;
 Desvio da flora sugestivo de vaginose bacteriana. Entre elas gardnerela varginalis;
 Bactérias morfologicamente consistentes com Actinomyces spp. Que é um contaminante muito
frequentemente associado a DIU;
 Alterações celulares consistentes com vírus herpes simples;
 Alterações celulares consistentes com citomegalovírus.

Não é o método mais preciso de diagnóstico, mas pode e deve ser relatado de elementos sugestivos e fazer a
citação dos elementos que se acredita que esteja vendo.

OUTRO

 Células endometriais – em uma idade que normalmente não se encontra essas células (45 ou mais)

ANORMALIDADE EM CÉLULAS EPITELIAIS

Houve uma modificação, aglutinou-se atipias de significado indeterminado e as lesões intraepiteliais de alto e
baixo grau dentro da mesma categoria.

 Células escamosas atípicas de significado indeterminado (ASC-US, sigla em inglês) que significa que se
está vendo atipias mas não se sabe diferenciar quais são. Essa categoria é onde se consegue colocar as
dúvidas.

 Células escamosas atípicas, não podendo excluir lesão intraepitelial de alto grau (ASC-H). É um tipo de
ASC-US, mas favorece mais um processo de neoplasia de alto grau, algumas vezes as células atípicas
elas estão em pouco número e outras vezes elas têm poucas atipias convincentes.
 Lesão intraepitelial escamosa de baixo grau (LSIL). Que corresponde a displasia leve e lesão citopatica
viral pelo HPV, tipo condiloma plano. Tem chance de regressão alta, deve repetir o exame em 6 meses.
 Lesão intraepitelial escamosa de alto grau (HSIL). Compreende NIC II e NIC III, incluem displasia
moderada, acentuada e carcinoma “in situ”. O motivo dessa aglutinação além do NIC III, o NIC II porque a
PATOLÃO 108

chance de ter um carcinoma invasor é maior, porque o tratamento e a acompanhamento é praticamente o


mesmo. As Devem submeter a concoscopia com biópsia de uma forma dirigida essa alteração e mandar
para análise
 Lesão intraepitelial escamosa de alto grau com características suspeitas de invasão.
 Carcinoma de células escamosas (carcinoma invasor propriamente dito).

Em células Glandulares:

 Células endocervivcais atípicas, sem outras especificações


 Cèlulas endometriais atípicas, sem outras especificações
 Células glandulares atípicas, sem outras especificações
 Células endocervicais atípicas, favorecendo neoplasia
 Células glandulares atípicas, favorecendo neoplasia
 Adenocarcinoma endocervical “in situ”
 Adenocarcinoma endocervical
 Adenocarcinoma endometrial
 Adenocarcinoma extrauterino

Todos esses são lesões invasoras, que invadem a membrana basal e infiltra estroma.

 Adenocarcinoma, sem outras especificações (SOE)

Lesão intraepitelial que invade as criptas glandulares não é uma neoplasia invasora. Tem que haver rompimento
de MB e infiltrar estroma.

OUTRAS NEOPLASIAS MA LIGNAS

É difícil fazer esses diagnósticos, mas é possível, principalmente para o patologista bem experiente.

OBSERVAÇÕES

 200 caracteres
 O espaço destinado as observações podem ser para notas explicativas e educativas, por vezes
imprescindíveis na comunicação com o clínico
 Notas Educativas; objetivam instruir. Acrescentar conhecimento relacionado ao manejo das alterações
citopatológicas identificadas. Deve ser concisas e objetivas.
 Notas explicativas: objetivam complementar e/ou esclarecer ao clínico tópicos relacionados aos achados
citoplatológicos. Devem ser concisas e objetivas.

Teste Adjuvantes

 Dentre as notas, estão incluídas as sugestões de exame auxiliares, os quais orientam condutas por
aprimorarem o desempenho das avaliações citopatológicas.
 Teste de Biologia Molecular para HPV: captura híbrida e PCR: detecção de HPV de alto risco
 Imunocitoquímica: p16 e HI-67 dual stain
 Imunohistoquímica: cell block com o conteúdo remanescente do material de citologia em meio líquido

PERIODICIDADE DO EXAME
“O exame citopatológico deveria ser priorizado par amulheres de 25 a 64 anos, uma vez por ano e, após dois
exames anuais consecutivos negativos, a cada três anos (INCA, 1988)”.

Quem puder fazer anualmente deve, até antes de 25 anos e depois dos 64 anos, na opinião da professora, pode
se fazer com mais tempo. Começar tão logo começasse a atividade sexual.

FALSO NEGATIVO
 De 20-40%, é muito grande. O motivo disso é 1/3 na falha na interpretação, 2/3 é com falha na colheita
PATOLÃO 109

 Falha no diagnostico:
o Natureza assintomática
o Origem endocervial
o Falso-negatividade da citologia:
 NIC = 30%
 Carcinoma Invasor = 50%

CAPTURA HÍBRIDA
A OMS recomenda que se faça por captura hibrida apenas o exame das cepas de alto risco do HPV

 Grupo A = Baixo risco


6, 11, 26, 42, 44, 54, 70, 73
 Grupo B = Alto risco. Pesquisa somente do Grupo B (OMS)
16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 55, 56...

HISTOLOGIA COMPARADA COM ACHADOS CITOLÓGICOS


Aqui temos um corte histológico do epitélio ectocervical, a representação esquemática e a representação
citológica. Se reconhece como superficial e profunda no material representado por células sem a estrutura
arquitetural, se analisa relação núcleo citoplasma e afinidade tintorial. A célula profunda é pequena com núcleo
grande, enquanto a superficial é grande com núcleo pequeno.

NEOPLASIA INTRAEPILT ELIAL CERVICAL

O glicogênio reage com iodo e se dissolve durante o processamento.

Na NIC I mostra a desorganização do terço inferior, enquanto na NIC II nos 2/3 inferiores. Já na NIC III ela tem
uma alteração da relação núcleo citoplasma. A medida que a displasia vai se estabelecendo com uma relação
núcleo citoplasma alterada. Porque se conhece o normal e tem condições de comparar e reconhecer os atípicos.
PATOLÃO 110

CÉLULAS ESCAMOSAS NO RMAIS

Na primeira imagem células bem superficiais com citoplasmas acidófilas com núcleos picnóticos com a cromatina
contraída, condensada, não passa luz pelo núcleo. Na segunda imagem, não tão superficial como a primeira, tem
um núcleo azulado, mas ainda passa luz pelo núcleo, o citoplasma é azulado basofílico.

CÉLULAS INTERMEDIÁRI AS

Células superficiais intermediárias


PATOLÃO 111

CÉLULAS PROFUNDAS

O núcleo é grande, o citoplasma é escasso.

CÉLULAS ENDOCERVICAI S

É uma célula colunar com núcleo no polo basal e conforme a orientação do da lâmina

Abaixo estamos vendo o núcleo, ela fica com esse padrão que lembra favo de mel. Obviamente que se reconhece
as lesões com muito treino.
PATOLÃO 112

CÉLULA METAPLÁSICA

Olha o citoplasma dela, que tem projeções, parece uma aranha, típicas desse tipo de célula com ramificações do
citoplasma. Quando encontrada no esfregaço é indicativo

CITÓLISE

É uma alteração da flora de lactobacilos em células intermediarias e provoca uma ruptura do citoplasma. Pega
ácido, a célula intermediária na segunda fase do ciclo tem grande quantidade de glicogênio no citoplasma e esse
pH ácido reagindo com glicogênio provoca uma ruptura citoplasmático e vemos só núcleos nus.

ATIPIAS

ALTERAÇÕES INFLAMATÓ RIAS

Exsudato não faz diagnóstico, o que faz diagnóstico são as alterações celulares. As células intermediárias que
eram para ter um citoplasma azul, liso, bem definido, bem delimitado. Na segunda imagem o núcleo está
vermelho, nunca é vermelho em situações normais.
PATOLÃO 113

CARIÓLISE

Como se sabe a diferença de problema de coloração ou quando ocorre uma dissolução das proteínas nucleares,
pois se tem comparativos em relação a coloração que são os leucócitos.

CARIORRÉXIS

Núcleos fragmentados, rutptura nuclear.

DISCERATOSE

Célula cornificada na cérvix uterina, é um processo de natureza inflamatória que é um disceratose.


PATOLÃO 114

GARDNERELLA VAGINALI S

Exemplo de vaginose com a presença de bactérias supra citoplasmática, núcleo contraído e picnótico, tem
bastante quantidade de bactérias que dá aspecto de célula empoeirada (clue cells)

TRICOMONAS

É uma das dificuldades de se identificar porque é cinzento, tamanho intermediário, passa desapercebido, parece
uma célula necrótica, parece uma célula inflamatório, no exame de rotina não é fácil, ele é piriforme, é flagelado,
nunca se vê o flagelo, tem o núcleo excêntrico, é maior que um leucócito e menor que uma célula (?)

CANDIDA SP

Hifas ou espólios, costuma se desenvolver em flora de lactobacilos, dá alterações inflamatórias importantes.


PATOLÃO 115

ACTINOMYCES ISRAELI

Se desenvolve com DIU na maioria das vezes, parece um floco de algodão, quando se coloca em maior aumente
ele tem um foco filamentoso

HERPES VÍRUS

A cromatina se junta a carioteca, onde se observa uma inclusão intranuclear, clássica de reconhecimento.

Condiloma na cérvix uterina

HPV

O efeito citopático é a coloicitose é um vacúolo nuclear, é o núcleo que tem uma retração que tem a formação de
um vacúolo próximo ao redor, invisíveis bordos e os núcleos precisa ter algum grau de atipias, como efeito do
HPV citopatico na célula.

COILOCITOSE
PATOLÃO 116

Bi nucleação. Na verdade, o efeito do HPV na célula é o coilócito com núcleo atípico, o núcleo não tem um
aspecto normal, parece algumas vezes amassado, as vezes bi nucleose, cromatina grumosa.

EPITÉLIO BRANCO-ACÉTICO

Vai ver aspecto branco, aspecto de mosaico, alterações que veremos na ginecologia, essas imagens estão aí para
que se vejam que existem alterações que são vistas no exame.
PATOLÃO 117

ALTERAÇÕES INTRA EPITELIAIS

NIC I

Como que eu sei que isso é displasia leve porque é uma célula do tipo superficial grande, ele tem um núcleo
grande, citoplasma grande e hipercorado

NIC II

Citoplasma não é tão grande e o núcleo é sim, não cabe outro núcleo nessa célula, em uma célula de tamanho
intermediário

NIC III

Célula padrão profunda bem pequena com um núcleo hipercorado


PATOLÃO 118

CARCINOMA EPIDERMÓID E

ADENOCARCINOMA

O núcleo é também bastante atípio mas as células tem uma aspecto colunar
PATOLÃO 119

Parte
WLAD
PATOLÃO 120

AULA 1
DEGENERAÇÕES CELULARES

uma vez que há lesão celular ela pode


ser reversível

irreversível - alterações subcelulares permanentes

fatores que agridem as células - hipóxia dano pela baixa concentrarão de O2. isquemia
no final de tudo será uma hipóxia,mas por déficit circulatório. mesmo que m tecido
sofra hipóxia e seja re-perfundido pode haver lesão pela torrente de espécies reativas
do oxigênio. custo x beneficio.

agentes físicos, químicos, infecciosos, parasitas, reações de defesa própria, defeitos

genéticos. condicionantes - tipo de lesão, intensidade, capacidade de se adaptar.

Depósitos celulares
definição - conjunto de alterações metabólicas que levam ao acumulo anormal de
substancias dentro da célula. (acumulo intracelular e também no interstício) alterações
de
acúmulo transitórias ou acúmulos permanentes. verificar o tipo d substância acumulado
PATOLÃO 121

- substancias de origem endógena mais comum e exógeno menos comum- os acúmulos


podem estar sub patológicos e não apresentarem riscos para célula.

agentes lesivos
água em excesso, proteínas carboidratos e lipídeos etc, como também minerais
exógenos, agentes inflamatórios e pigmentos considerados elementos de deposito e
tem propriedade de refletir espectros da luz.

exemplo de caso:

todos os exemplos são acúmulos endógenos


célula produz proteínas e por defeito de metabolismo não conseguem exportar para
fora da célula

outro exemplo: ingestão de álcool - álcool afeta hepatócito, que direciona o


maquinário para processas o álcool e não processa os triglicerídeos que acumulam no
interior da célula causando esteatose.
ou deficit no transporte da substância que esta sendo produzida dentro da célula. ou
também carência de enzimas

exemplo de exógeno: Silicose, sílica componente mineral que fica suspensa no ar,
sílica entra em contato com alvéolos pulmonares,parte da sílica é endocitada ativado
macrófagos que acumula no interstício do pulmão = pulmão de mineiro.

Esteatoses (doença comum)


deposição dentro das células de triglicerídeos
figado mais atingido - metaboliza lipídios durante todo ciclo celular

toxinas : álcool principal causa de esteatose hepática - exposição frequente ao


álcool pode gerar hipoglicemia, figado com dificuldade de librar glicogênio para
circulação, gerando produção de corpos cetônicos.

obesidade - sobrecarga do figado via porta de lipídeos e o excesso não é processado e


acumulado
PATOLÃO 122

figado com esteatose fica amolecido.


traumas abdominais figado aumentado e menos denso pode se romper com facilidade.

PROCESSOS ASSOCIADOS AO DEPOSITO DE LIPÍDEOS

lipidoses - colesterol e esteres de colesterol no interior de macrófagos que viram


células espumosas, os milhares de macrófagos se cumulam em placas nos
tecidos

nos vasos - aterosclerose

xantomas - células espumosas abaixo a pele ou nível dos tendões


colesterolose - células espumosas na lamina própria da vesícula biliar
PATOLÃO 123

figura 2 - macrófagos com moléculas de colesterol dentro

figura de cima - coração com coronárias visíveis serpiginosas e muito claros e


densos, individuo com aterosclerose. em corte traverso do vaso com HE pode
ser confirmada o diagnostico

o espaço diminui porque a parede espessa é composta de macrófagos acumulados com


colesterol - que envelhecem e as células morrem substituídas por Cálcio mineral. é a
doença que mais mata ano mundo - quando aterosclerose complica e se rompe
causando um trombo e onde havia luz pequena ela fica ocupada por um trombo e o
sangue não passa, causando infarto (necrose) no músculo.
PATOLÃO 124

xantomas - acúmulos de células espumosas subepiteliais - frequente em áreas de


articulações extensoras do corpo - indicam controle metabólico inadequado do
colesterol - fora aspecto estético. investigação para hipercolesterolemia - porque não
estaria acumulando nos vasos do coração por exemplo? investigar

não se associa à alguma doença - apenas existe em algumas pessoas

esfingolipídeos - tipo de lipídeo que é sintetizado e se acumula nas membranas


celulares - doenças de déficits enzimáticos - exportação inadequada, ele fica no
PATOLÃO 125

citoplasma - são muito


raras

existem vários tipos, dependendo de cada enzima afetada. mas o resultado é o


mesmo. afeta crianças e é letal.

são doenças autossômicas recessivas. (raras)

Glicogênio - pode acumular nas células também - corantes especiais. perdido no HE.
usar carmim de Best ou P.A.S - cor rosa violeta
GLICOGENOSES

causas: deficiência enzimática

sobrecarga ex: diabetes melito induz acumulo de glicogênio. excesso depositado


nos glomérulos e TC nos hepatócitos e nas células miocárdicas.

DEGENERAÇÕES DE PROTEÍNAS

amiloidose - amilo + amido . acumulo extracelular de proteínas, de vários tipo, desde


que estejam em volta da célula. o excesso se combina com uma glicilprolina que fica ao
redor das células, a substancia P, formando complexo molecular, o excesso é chamado
amiloidose, o excesso de elementos extracelulares prejudica a troca de substâncias.
cora com PAS, ou vermelho congo, com lente. todos os dias todos nos formamos
amiloide, mas temos sistemas de enzimas proteolíticas capaz de processar amiloide e
eliminar ele.
PATOLÃO 126

microscopia fez identificação do amiloide, órgão aumentado de coloração mais clara,


vendo
que não só esteatoses podem fazer isso.

amiloidose

pode ser sistêmica ou localizada, as formas sistêmicas são mais graves.

SISTÊMICA (LEVA A INSUFICI ÊNCIA DOS ÓRGÃOS)

primária - relacionada à neoplasia maligna do sistema hemopoiético. mieloma


múltiplo ou chamado plasmocitoma. o plasmócito produz imunoglobulina e a
célula tumoral faz isso muito, fazendo muita proteia para fora da célula
formando amiloidose.
parede dos vasos, coração, tubo digestivo, pele, levando a insuficiências
vasculares, absortivas etc. plasmáticos produzem a proteína de cadeia leve,
identificada em laboratório.

secundária - ligada à tuberculose, sífilis, lúpus, abscessos, doenças inflamatórias


cronicas induz o figado a produzir proteínas pro inflamatórias, se controlar as
doenças, amiloidose é controlada.
parede de vasos, rins, baço, tudo digestivo, fígado. não é cadeia leve
hemodialise crônica - processo não consegue eliminar as proteínas que
normalmente eliminaríamos na diurese
beta 2 microglobulina não é filtrada na máquina
familiar - algumas famílias herdam genes que produzem uma forma
facilitadora da amiloide - geralmente vinculada à descendentes de
portugueses.
PATOLÃO 127

LOCALIZADA

endócrina
nas ilhotas de langerhans nos diabéticos , lesa o pâncreas. No estroma de
carcinoma medular da tireoide
senil
Alzheimer - forma de amiloidose localizada no cérebro. beta 2 globulinas
formando placas nos vasos
tumoral
HIALINIZAÇÃO - HIALINO É ASPECTO VÍTREO, PROTEÍNAS

arteríolas não estão normais, estão espessas e aspecto vitrificado, acontece


muita na diabetes,

O diabetes melito é a principal causa de insuficiência renal crônica em adultos

corpúsculos de Russell - corpúsculos de proteínas formados nos citoplasmas dos


plasmócitos, indicam atrações metabólicas nos plasmócitos podendo ser até mieloma

enzima produzida no figado e é exportada para agir como agente anti-proteolítico no


PATOLÃO 128

parênquima pulmonar - protege o pulmão da proteólise - deficit da enzima induz


enfisema pulmonar. déficit metabólico no transporte.

MUCINOSES (MUCO COMPLEXO GLICOPROTEICO PRODUZIDO AS CÉLULAS


EPITELIAIS)

Excesso de muco ou mucina nos epitélios produtores de muco é chamado


degeneração mucinosa. muco polissacarídeo neutro ph7 cora com PAS, célula cheia
de muco forma célula em sinete. causando processos inflamatórios no geral.
Mesenquimal - músculos ossos tendões - substancia mucoide (parecida com
muco)- degeneração mixomatoide ou mucoide. também são polissacarídeos mas
são ácidos PAS negativo.
doenças como artrite reumatóide

Queratinoses
Hiperqueratose - calo nas mãos treino barra fixa etc
(fisiológica) ictioses - queratina é espontaneamente
produzida papilomas cutâneos
processos inflamatórios da
pele Paraceratose
patológica
queratinização imperfeita
núcleos de células no meio da queratina
relacionado à psoríase
Disceratose
produção de queratina em excesso no interior das
células causas
dermatites
tumores
benignos
PATOLÃO 129

tumores malignos da pele - carcinoma de células


escamosas pode correr em qualquer lugar do corpo
pérolas córneas
produção excessiva que forma camadas de queratina

AULA 2
PIGMENTAÇÃO PATOLÓGICA
PIGMENTAÇÃO PATOLÓGICA
pigmentos endógenos (mais frequentes)
pigmentos hemoglobínicos
bilirrubinas, fração heme da hemoglobina. em neonatos imaturidade da
barreira hemato encefálica bilirrubina acumula nos nucelos da base causando
ictericia não tem associação patológica direta
algum prurido, sinal importante de alguma alteração , efeito de sinalização
(indireta)
caminho normal de eliminação das bilirrubinas - bile -e intestino. quando
existe excesso há excessos de bilirrubinuria eliminada pelo organismo no
nível do sistema nível canalículo biliar pode corar os cálculos biliares
pigmentados. causa pode ser hemólise

pessoas negras com anepia poder parecer que tem ictericia pois apele
pode dar falso positivo
critério para analise: conjuntivas na luz
do dia metabolismo das bilirrubinas
PATOLÃO 130

hemácias produzidas na medula óssea prazo de 90 a 120 dias. lesões


de superfície, identificadas por estruturas do baço. baço faz clivagem,
libera hemoglobina e sobra biliverdina que contem ferro, que é
convertida em bilirrubina que NÃO tem ferro. o parênquima
esplênico é chamada bilirrubina não conjugada, a partir dai se
conjuga com albumina e através da veia esplênica vai para a veia
PORTA e separa da albumina e junta com acido glucurônico
(bilirrubina direta) feita por hepatócitos.
bilirrubina indireta - lipossolúvel e hidrofóbica
conjugada -hidrossolúvel - pode ser eliminada na bile para o intestino
delgado. ação de bactérias vira urobililinogênio, parte vai para as fezes
e para urina, 80% é reabsorvida
Metabolismo do FERRO

PIGMENTOS MELÂNICOS

lipofucsina
hemossiderina - ferro se acumula de forma exagerada em outros tecidos.
hemoglobina que contem ferro é degradada nos tecidos - fica na forma de
hemossiderina hemossiderose - não tem implicação patológica - não compromete
saúde do indivíduo
focal
PATOLÃO 131

sistêmica - anemia falciforme


hemocromatose - patológico - doença sistêmica rara autossômica recessiva
absorção intensa de ferro a nível de intestino e consequentemente a
estocagem é maior, grandes acúmulos de ferro casam lesão tecidual e
morte
fígado é grande estocadores de hemossiderina - é onde os paciente sofre
os maiores efeitos da hemocromatose
excesso de ferro gera inflamação e morte dos hepatócitos -
fibrose generalizada pode evoluir para cirrose hepática
no pâncreas pode causar diabetes chamada diabetes bronzeada - indivíduo
pigmenta toda pele
acúmulo
perda de pelos, cal vice, vertigens. perdas de memória, no coração
induz arritmia, coloração da pele mais escura. atrofia testicular
acumula ao longos dos anos
venóclise, puxa hemoglobina dos estoques nos tecidos e diminui as lesões
da hemocromatose
hemozoína (não tóxico) vetor da malaria transmite o Plasmodium, o
Plasmodium migra para as hemácias e se multiplica causando lise da hemácia,
macrófagos fagocitam e liberam hemozoína, acumulando na medula óssea,
fígado e linfonodos.
induz a multiplicação de macrófagos, e com isso elementos pró
inflamatórios, associados aos picos da febre da malária
Melanina
proteína produzia numa célula de origem neuroendócrina que é o
melanócito converte a fenilalanina em tirosina, a tirosina é
transformada em melanina eumelanina - escura
feomelanina - alaranjada
hiperpigmentações
excesso: aumento da concentração de melanócitos.
PATOLÃO 132

neoplasia dos melanócitos


doença de Addison: aumento da melanogênese. destruição da
camada cortical da suprarrenal. hipófise por feedback negativo
secreta muito ACTH que aumenta também MSH
melanismo, normal e não associado à doenças
Hipopigmentação
migração errátil dos melanócitos
diminuição da tirosinase, não converte fenilalanina em tirosina.
albinismo não tem TIROSINASE mas tem melanócitos
deficiência de transferência da melanina dos melanócitos para os
queratinócitos
destruição dos
melanócitos Acantose nigricans
disfunção na tireoide e pâncreas na diabetes
associada a vários tipos de tumores
despigmentação patológica
albinismo , falta de
tirosinase.
fenilcetonúria.
dietas com pouca fenilalanina recomendadas, altas doses é
toxico vitiligo . células de defesa vão destruindo melanócitos

poliose

cabelo grisalho
apoptose dos melanócitos
OCRONOSE, ACIDO
HOMOGENTÍSICO

acido homogensitico é um pigmento granular vermelro enegrecido. eta no


metabolismo da tirosina. tirosina - Ac. homogentísico (enzima homogentistato)
converte para succinil coa. na ocronose há síntese pequena da enzima que causa
acumulo do acido homogentísico que causa ocronose.
doença de manifestação tardia. tom meio cinza azulado
alcaptonúria: presença de acido homogentísico na urina
pingar uma base na urina que ficará escura
Lipofucsina (gordura marrom)
pigmento do envelhecimento celular. nas membranas de células são
PATOLÃO 133

autofagocitadas, e há acumulo de fosfolipídeos que não são oxidados


atrofia celular e sobra membrana
produto indireto da endocitose das membranas, coloração paro
amarelado pode ser visto no HE mas melhor visto no PAS
vitamina E excelente anti oxidante e desacelera o processo
acumulado principalmente nos neurônios miocárdio, figado e
retina
na retina causa degeneração macular senil
Pigmentos exógenos
carvão antracose, tabagismo - pode ser visto no interior dos
linfonodos prata argiria - pele azul - normal 1mg / arigira 40mg
ouro crisíase - tratamento iatrogênicos artrite reumatoide
chumbo saturnismo - canos hidráulicos, exposição laboral - linhas de burton
(gengiva acinzentada)
doença de Wilson - anéis de keyser fleischer no olho que é cobre acumulado ao
redor da iris - ceruloplasmina transporta o cobre e elimina via intestinal - a
deficiência causa acumulo
diversos (tatuagem) sem
Calcificações
Ca acumula na forma de carbonato de cálcio ou hidroxiapatita
1 a 2kg de cálcio no corpo na forma de hidroxiapatita na maioria
Cálcio dietético absorvido no duodeno, acumulado em tecidos osteogênicos
absorvermos o cálcio e ele é depositado nos tecidos osteoides
calcificação patológica
acumulação em tecidos não osteogênicos

cálcio usado pra tamponar elementos ácidos das leões celulares


calcificação distrofica - precipitação do cálcio para tamponar
vasos, tendões, válvulas cardíacas, tumores (Câncer de mama calcifica com
frequência) mamografia procura calcificação, necrose de pâncreas, laringe,
calcificação metastática - menos comum, cálcio se precipita cronicamente -
chamado calcinose - não necessariamente há lesão
independente das formas a estrutura é a mesma
hipercalcemia. excesso de absorção no intestino de pessoas que estão
com hipervitaminose D. pacientes em repouso prolongado, há osteólise
por falta de uso. tumores ósseos, hiperparatireoidismo primário, tumor
produzindo muito PTH estimulo a osteólise. hiperparatireoidismo
PATOLÃO 134

secundário, indivíduos com insuficiência renal crônica retem muito


fosfato que estimula PTH .

AULA 3
INFLAMAÇÃO CRÔNICA
FENÔMENOS PROLIFERATIVOS

inespecífica - mais frequente - comum a vários agentes com o mesmo tipo de


resposta - exudato inflamatórios, células monocitárias: linfócitos, plasmócitos e
macrófagos acompanhados de reação granulomatosa multiplicação de fibro e
angioblastos, resultando em fibrose
neutrófilos linfócitos eosinófilos monócitos e basófilos
teciduais : fibroblastos e angioblastos, linfócitos, plasmócitos, mastócitos,
histiócitos, células gigantes (langerhans)

específica - numero reduzido de


patógenos - processo crônico
granuloma - 1mm visto a olho nu presente sem superfícies serosas

destaque para células macro fagocitárias


(macrófagos) células gigantes - langerhans
células epitelioides - macrófagos
diferenciados linfócitos - margeia o
granuloma
PATOLÃO 135

fibroblastos - podendo levar o granuloma à fibrose


elementos alternativos
neutrófilos plasmócitos eosinófilos

em volta - colar de linfócitos


células epitelioides entre o colar de linfócitos e a parte mais central
do granuloma - são macrófagos também
dentro do granuloma estão as células gigantes podendo ver núcleos
de macrófagos - forma de ferradura

Necrose caseosa pulmonar - grande marcador de tuberculose

estrutura N não é celular. é um misto de componentes - necrose caseosa

GRANULOMA INDUZIDO POR CORPO ESTRANHO

reação gigantocitária / macrofágica a corpos estranhos


PATOLÃO 136

exógenos: fios, madeira, talco, vidro etc


endógenos: fragmento de parasita, lipídeos, muco, cálculos

reação de células gigantes tipo corpo estranho com vários núcleos desorganizados

dois ovos de parasitas, uma célula gigante com nucelos dispersos ou seja célula
gigante de corpo estranho , colar de linfocistos e fibroblastos com formação
cicatricial
Exsudatos
seroso - elemento aquoso. rico em células inflamatórias. bolhas, herpes,
queimaduras, laringites
fibrinoso - contem fibrina - forma placas ou trabéculas. placas de amigdalite,
peritonites. purulento - presença de piócito, é uma célula inflamatória que
participou da resposta que evoluiu para necrose. macroscopicamente há
designações
abscesso, cavidade no meio do tecido, agudo ou crônico
cavidade natural: empiema. articulações, peritoneal, pleural
Ulceras
PATOLÃO 137

escavação patológica profunda na superfície do epitélio. transpassa camada


dérmica ou
chega nas musculares mucosas, exemplo do trato digestório. pode ser na superfície
do corpo como laringe, esôvago etc.

Aula 3 Wladimir Ribeiro


patologia lida principalmente com cirurgiões

Álcool varias ações sobre o hepatócito atrapalha o p450 do figado Álcool entra no
hepatocito vira aldeido acetico ao mesmo tempo chega lipídios e álcool no
hepatócito, lipídio dentro do citoplasma fica ali na fila.

figado unica celula que consegue exportar e importar glicose. alcool


intoxicando o hepatocito e ele então nao libera glicose para o corpo.
saturando ele de compostos lipidicos. paciente afetados, uso cronico de
alcool.

paciente com insufcencia renal cronica + amiloidose prejudia mais a função renal
do glomeros

esteatose - lipideios nao mostra no HE - forma goticulas pode ocorrer em


jejum prolongado, sem nutricção adequada, baixa nivel de proteina
circulante, entre eles a albumina, baixando a osmolaridade, figado produz
lipoproteínas através hilianização - proteinas - corpúsculos de merelin - no
interior do hepatocito nao faz goticulas coram por HE - forma substancia
amorfa.
celula em anel de sinete - especifico para acumulo de muco unicamente.

calcificação das placas e ateroma. elas liberam enfimas autodigestivas, alteração


PATOLÃO 138

do PH e o corpo responde sando o tampãpo calcio, para diminir o ph, o calcio de


se precipita no emaranhado celular fazendo calcificação das artérias, mas nem
sempre acontece. ocorre geralmente em ateromas velhos

esteatose exemplo

AULA 4
HEMORRAGIA
DEFINIÇÃO

Saída de sangue do espaço vascular para o compartimento extravascular (cavidade ou interstício) ou para fora
do organismo
Unitermos: petéquia, púrpura, equimose, hematoma

HIPEREMIA

Aumento do volume de sangue no interior de vasos. Costuma ser fugas, por usa vez, elas se dividem em ativa e
passiva. Existe sempre uma dilatação arteriolar
a) Ativo (rubefação): consecutiva à dilatação arteriolar.

Reação à direita da imagem está mais avermelhada que a


parte esquerda imagem. Isso ainda não é hemorragia devido ao não extravasamento sanguíneo
b) Passiva (congestão): redução da drenagem venosa
PATOLÃO 139

CLASSIFICAÇÃO

QUANTO A TOPOGRAFIA

EXTERNA: saída de sangue para o meio externo. Entenda-se como meio externo não somente como a
superfície da pele, mas também cavidades dos órgãos
INTERNA: sangramento para órgãos ou cavidades, sem comunicação do meio externo

QUANTO A ETIOLOGIA

HEMORRAGIA POR REXE: consecutiva à ruptura da parede vascular.


A. CAUSAS: traumas, enfraquecimento da parede vascular
B. FISIOPATOGENIA:
 Lesão do próprio vaso, por exemplo as vasculites
 Lesão de estruturas adjacentes, por exemplo tuberculose, úlcera, neoplasias malignas
 Aumento da pressão sanguínea, por exemplo H.A.S.

Hemorragia externa secundária a fratura exposta.


Hemorragia por rexe
PATOLÃO 140

Hematoma extradural.
Ventrículo direito esta colabado devido ao hematoma extradural, que propiciou um acúmulo de sangue
HEMORRAGIA POR DIAPEDESE: Sangramento sem ou com diminuta solução de continuidade vascular;
diapedese pelo endotélio.
Sem ruptura dos vasos, as hemácias transpassam a parede
 CAUSAS: hipóxia, embolia gordurosa, septicemia por meningococos, alergia a drogas, etc.

QUANTO A MORFOLOGIA

EVOLUÇÃO DE HEMORRAG IA INTERNA (ESPECTRO EQUIMÓTICO DE GRAND DU SALU):


Uma vez que as hemácias ganham o espaço extravascular elas estão fadadas a morte, a degradação, isso
acontece da sua seguinte forma. A hemácia liberará as moléculas de hemoglobina, que, por sua vez, sofreram
biotransformações em biliverdina, em bilirrubina e em hemossiderina, moléculas cada vez menores, que ainda
contém o ferro. A partir disso, a hemossiderina será absorvida pelo sistema linfático. Nessa situação teremos
modificação da cor da hemorragia interna. Acontece com as Equimoses e com os hematomas. Nos primeiros dias
ela tem uma cor avermelhada, com as transformações consecutivas elas terão modificação de cor em violácea,
depois, em torno de 4 dias, terão coloração azulada, em torno de 1 semana, esverdeada, em torno do 10 dias
terão coloração amarelada e, por fim, todas as substâncias serão totalmente absorvidas
Hemoglobina → biliverdina → bilirrubina → Hemossiderina (Fe++ )
PATOLÃO 141

Fotografia a cada 2 dias


OUTRAS CLASSIFICAÇÕES DE HEMORRAGIA INTERNA:
1) EQUIMOSE: são hemorragias intersticiais consequentes de uma ruptura de pequenos vasos com
baixa pressão. Assim, fazem com que um menor número de sangue, a uma baixa pressão, se infiltrem
entre as malhas teciduais, fazendo com que as hemácias se infiltrem entre as células. Desse modo, não
se formam acúmulos exclusivo de hemácias, não formam neocavidades.
O resultado são os sangramentos intersticiais, os quais podem ser designados por:
a. Petéquia ≤ 3mm
b. Púrpura > 3mm
Se observa apenas uma mancha mancha, não há elevação da pele.
2) HEMATOMA: diferente da equimose, o hematoma resulta da ruptura de grandes vasos, que possuem
pressão suficiente para formar neocavidades com sangue, observando uma elevação da pele
PATOLÃO 142

Petéquias submucosa
HEMOTÓRAX:
Quando a hemorragia acontece numa cavidade pré-existente

Hemotórax numa cavidade torácica

CONSEQUÊNCIAS/ COMPLICAÇÕES
1) CHOQUE HIPOVOLÊMICO : maior do que 20% volume total de sangue
2) ANEMIA FERROPRIVA: sangramento crônico/ repetido
3) ASFIXIA: sangramento pulmonar interalveolar
4) TAMPONAMENTO CARDÍACO: Quando ocorre dentro de uma cavidade cardíaca, comprimindo o
coração e impedindo-o de dilatar, choque cardiogênico por tamponamento cardíaco
5) SINDROME COMPARTIMENTAL: exemplo hemorragia intercraniana

DIÁTASES HEMORRÁGICAS
PATOLÃO 143

Hemorragias que não possui uma etiologia clara, normalmente elas se manifestam por epistaxe, petequeias ou
equimoses, inclusive as hemartroses. Possuem uma patogenia na parede do vaso, por alteração vascular,
alteração das plaquetas e alterações de coagulação

AULA 5
INFARTO E INFARTAMENTO
ISQUEMIA
Disfunção celular ← ↓[O2] ← déficit circulatório.
Disfunção celular em função da diminuição da concentração de O 2, essa diminuição é resultado de um déficit
circulatório.
Pode ser mortal ou não, transitória, resultar apenas em uma sensação de parestesia (formigamento) devido a uma
isquemia transitória
FISIOPATOGENIA:
Glicólise Aeróbica → ↓[O2] → Glicólise Anaeróbica → ↑ Ac. Lático e outros catabólitos → Dor + Desequilíbrio
celular
A célula precisa realizar uma glicose aeróbica, a diminuição de O 2, contudo, faz com que a célula faça uso do
processo de glicose anaeróbica que, embora gere energia, é pouca, além de provocar uma liberação grande de
ácido lático e outros catabóticos. Esse processo provoca dor e desequilíbrio celular.
Outros catabolizo: E.R.M.O (Espécies Reativas do Metabolismo do Oxigênio)
Elas levam a alterações estruturais na célula, em todos os níveis básico, dentre eles temos:

LESÕES RELEVANTES PA RA O DANO CELULAR PO R RADICAIS LIVRES:

1) Peroxidação lipídica das membranas


2) Modificação oxidativa das proteínas
Vitor Mauro – PATOVAL 144

3) Lesão do DNA
Dependendo da intensidade desse processo, pode se ter um dano subclínico ou pode provocar a morte celular

INFARTO
ETIMOLOGIA: latim Infarcere – encher de sangue
DEFINIÇÃO:
Área de necrose isquêmica em um órgão ou tecido resultante da interrupção de seu suprimento arterial ou
drenagem venosa insuficiente
É morte celular de uma causa específica, isquemia. O sangue rico em O 2 não chega para suprir as células. Ou
esse sangue não chega de forma adequada para oxigenar o órgão, ou existe uma obstrução da drenagem venosa
que impede, por congestão, o sangue arterial chegar.
CAUSAS:
1) Oclusão arterial
2) Oclusão venosa
OBSERVAÇÃO: a oclusão vascular, desses casos é causado pela precipitação de um elemento interno,
geralmente causada por importante trombose e ou embolia, geralmente são trombóticas
TIPOS:
 Brancos (anêmicos)
 Vermelhos (hemorrágicos)
PRESENÇA OU NÃO DA MICROBIOTA, MICROORGO NAISMOS PATOGÊNICOS:
 Assépticos: ausência deles
 Sépticos: presença deles
COM RELAÇÃO A CONSISTÊNCIA DO INFARTO:
 Sólidos
 Liquefeitos

CLASSIFICAÇÃO
QUANTO À PRESENÇA DE SANGUE NA ÁREA INFARTADA

INFARTO BRANCO

 Oclusão arterial
 Tecidos densos
 Aspecto: palidez da lesão
É sinônimo de infarto arterial, ele decorre de uma oclusão arterial prolongada, ou significativa. Uma premissa pra
que ele ocorra é que os tecidos afetados sejam mais densos, como o coração, rim, baço. Um aspecto importante é
a palidez da lesão. A parte branca é o desenvolvimento de angioblastos e fibroblastos na tentativa de fazer o
reparo da área infartada, podendo realiza fibrose.
Vitor Mauro – PATOVAL 145

INFARTO VERMELHO

 Oclusão arteriais ou venosas


 Tecidos Pouco densos ou de dupla circulação
 Exemplos: pulmão, intestino, fígado e cérebro
Distintamente do infarto branco, pode ser tanto arterial quanto venosa. Mesmo que seja arterial, os tecidos pouco
densos do infarto vermelho, proporcionam que a área infartada seja também avermelhadas e não brancas como
anteriormente. Isso acontece em tecidos pouco densos como pulmão, fígado, cérebro ou órgãos com dupla
circulação

INFARTO VENOSO DO INFARTO VERMELHO:


Oclusão total da drenagem venosa
Fisiopatogenia:
Infarto ← edema grave + congestão ← hemorragia ← aumento da pressão tissular ← obstrução vascular
A obstrução venosa faz com que ocorra um aumento da pressão tissular. Isso provoca hemorragia por diapedese
(motivo da coloração vermelha). Essa hemorragia aumenta a congestão e, portanto, o edema. Desse modo, essa
área vai sofrer um infarto
Observação: infartos venosos são sempre do tipo hemorrágico
FORMAS ESPECIAIS DE INFARTO VENOSO:
1) Estrangulamento
2) Torção de pedículo
Vitor Mauro – PATOVAL 146

Infarto venoso por torção do pedículo ovárico com tumor.


O arterial entra e o venoso não sai, de tal forma que o arterial não chega à víscera depois de um tempo

Vólvulo intestinal
Quando o intestino acaba se torcendo, pode ser na presença de um tumor, corpo estranho, ou grande tamanho

Hérnia Ingual encarcerada.


Estrangulamento
Vitor Mauro – PATOVAL 147

Úlcera de Estase – Varicosa.


Déficit venoso muito intenso, as vezes os sangues não conseguem nem chegar na superfície do corpo

CLASSIFICAÇÃO
QUANTO A PRESENÇA À PRESENÇA DE INFECÇÃO NA ÁREA INFARTADA

INFARTOS SÉPTICOS E ASSÉPTICOS

Presença ou ausência de infecção na área de necrose


FISIOPATOLOGIA: Isquemia por trombo micótico (êmbolo infectado) ou infecção atinge a área necrótica por
outras vias (sepse ou contiguidade). Isso provoca uma dupla consequência, o infarto propriamente dito decorrido
da interrupção do fluxo sanguíneo e a septicemia decorrido da infecção, gerando um infarto séptico, mais grave
OBSERVAÇÃO: infecção bacteriana secundária converte a necrose, que seria inicialmente apenas de
coagulação para a forma liquefativa ou gangrena, formas essas mais severas de necrose
Vitor Mauro – PATOVAL 148

Infarto séptico do Baço

Gangrena Úmida

CLASSIFICAÇÃO
QUANTO À MORFOLOGIA DA ÁREA INFARTADA
CUNEIFORMES: Ápice voltado para a zona de oclusão vascular.
FISIOLPATOLOGIA: resulta da dicotomização (divisão) dos vasos nestes órgãos.
OBSERVAÇÃO: no cérebro e miocárdio a forma usualmente é irregular, dada a complexa vascularização
colateral.
Normalmente é um triângulo isósceles, onde o ápice, ou vértice do triângulo ou do cone corresponde a área onde
foi obstruída o vaso e o área do triângulo corresponde a região suprida pelo vaso obstruído. É denominado área
infartada devido a obstrução vascular. Isso acontece devido a dicotomização dos vasos em determinados órgãos,
isto é, os vasos, de determinado calibre vão se dividindo até formar capilares. No caso do cérebro e cardíaco não
é cuneiforme devido a vascularização colateral.

Infarto Renal - Necrose de Coagulação


Vitor Mauro – PATOVAL 149

Infarto Renal
Necrose de Coagulação. A área clara é a área infartada, a célula se desnaturaram e a célula perde a sua
coloração que em viva possuía. Ainda que mortas ela mantêm a sua morfologia, pelo menos por um tempo,
devido a sua desnaturalização gradativa

Infarto cerebral
Necrose de liquefação, pois ela parte de uma necrose de coagulação para uma de liquefação devido a sua
ausência de proteínas e maior quantidade de lipídeos, ela não mantém sua estrutura celular por muito tempo,
rapidamente se liquefaz

Infarto cerebral
Necrose de liquefação. Consequentemente, um infarto de longa duração, esse resíduo é absorvido, nessa área é
formada um cisto e na área adjacente é formado uma gliose, que é uma hiperplasia de astrócitos que substituiria,
na forma reparativa, o limite de área sã e da área necrosado

EVOLUÇÃO
Vitor Mauro – PATOVAL 150

Infarto → Área visível macroscopicamente (8 a 10 horas) → margem hiperêmica (ao longo de alguns dias, tecido
de granulação) → heterose (da área morta, dissolvido e reparado por colágeno) → reparação fibroblástica (2-3
meses, indivíduo tem que sobreviver ao infarto) → organização (cicatriz)
OBSERVAÇÃO 1:
encéfalo → área cístificada → gliose por astrócitos reparação típica SNC
OBSERVAÇÃO 2: tempo de organização de um infarto deve durar de 6 a 12 semanas

Área infartada do Rim

FATORES CONDICIONANTES DO GRAU DA LESÃO VASCULAR


1) ESTADO DO SANGUE E SISTEMA CARDIOVASCULA R:
Exemplo: anemia, hipóxia, choque, etc.
Se existe um desses sintomas, um infarto tem um impacto maior
2) PADRÃO ANATÔMICO DO SUPRIMENTO ARTERIAL:
Exemplo: suprimento único, duplo ou múltiplo.
Alguns órgãos enfartam mais que outros, coração e pulmões tem maior chance de sobreviver que outros.
3) VELOCIDADE DE DESENVOLVIMENTO DA OCLUSÃO
4) VULNERABILIDADE DO T ECIDO À ISQUEMIA:
Exemplo: Cérebro e Rim mais suscetíveis; ossos mais resistentes

AULA 6
TUBERCULOSE
DEFINIÇÃO

Doença infecciosa (M. tuberculosis) que cursa com reação inflamatória crônica, granulomatosa, podendo atingir
todos os tecidos e órgãos, principalmente os pulmões (75%)
SINONÍMIA: peste branca; tísica.
AGENTE: Mycobacterium tuberculosis
 Bacilo aeróbico
 Imóvel
 Gram-positivo
 Ácido-álcool resistente (BAAR)
COLORAÇÃO: Ziehl-Neelsen
EPIDEMIOLOGIA:
 1,7 bilhões de pessoas no mundo; 8 a 107 casos novos e 1,7 milhões mortos / ano
 É a 2ª causa de morte por doença infecciosa.
 Risco: pobreza, aglomerações e doenças crônicas debilitantes
 Outros fatores:
Vitor Mauro – PATOVAL 151

o Diabetes melito
o Linfoma de Hodgkin
o DPOC (tabagisto)
o Insuficiência renal crônica
o Má nutrição, alcoolismo e imunossupressão

DESCOBRIDOR
Heinrick Hermann Robert KOCH (1843-1910)
Ano da descoberta: 1882
Prêmio Nobel: 1905
Inaugura uma nova era para o tratamento de novas doenças

Uma vez que se encontra os bacilos, está autorizado a dizer que a doença é a tuberculose

HISTÓRICO - CRUZ DE LORENA


DESCRIÇÃO: 1839 por J.L.Schoenlein.
O médico francês Gilbert Sersiron sugeriu esta bandeira, em 1902, durante a conferência Internacional de
Tuberculose, porque a Cruz foi usada Duque Godofredo de Bouillon, da região de Lorraine (Lorena), na França,
em 1087, na primeira Cruzada para Jerusalém. O símbolo é utilizado pelo SUS do Brasil para pacientes que fazer
acompanhamento do tratamento da doença. O paciente recebe uma carteira depois que fez o tratamento ou está
ainda em tratamento da tuberculose
Marca Vacinal Recente – BCG (Bailo Calmette-Guerin) – 1921 M.bivis
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Essa vacina é a BCG, Bacilo de Calmette-Guérin, pesquisadores que descobriram a vacina, descobriram um
bacilo que não causa a doença para mas estimula o sistema imune, durou certa de 10 anos para ser criada.
Instituiu que o após o nascimento, depois do 1 ano já deve tomar essa vacina.

INFECÇÃO X DOENÇA
Transmissão: inalação (principal)/ deglutinação
Hipersensibilidade retardada ao M. tuberculosis (PPD):
Mantoux +
Falsos-negativos: Sarcoidose, má nutrião, D. Hodgkin, imunossupressão e Tub, devastadora.
Falsos-positivos:
Micobateriose atípica.
Existe uma diferença bem grande entre os termos infecção e doença, estar infectado significa que existe um
microrganismo no corpo, entretanto isso não significa que o microrganismo esta conseguinte te agredir, fazer com
que seu sistema imunológico se expresse clinicamente. Portanto, pode ser que o indivíduo contenha o
microrganismo e não manifeste a os sinais da doença.
Boa parte da população está infectada com o bacilo da tuberculose, entretanto ela se mantem subclinicamente
atuante, não infectando as pessoas. Ela se mantem em alguns lugares específicos do corpo, especialmente no
pulmão, sob vigilância do sistema imune. Nesse estágio, o indivíduo nem se infecta, nem expressa clinicamente a
doença. Isso não significa que, se um dia, caso a imunidade da pessoa cair de forma significativa, a infecção não
se transforme em doença clinicamente ativa.
TRANSMISSÃO E PATOGENIA:
Segundo detalhe, considerando que a transmissão da tuberculose ocorre pelo meio inalatório, o indivíduo pode
contaminar o meio por meio da tosse, espirro, alguma forma pelos quais os bacilos cheguem na via aérea de uma
outra pessoa. Do mesmo modo, pela inalação, a pessoa que entrou em contato com as partículas vai se
contaminar. Essa é a forma majoritária das infecções. Numa escala menor, entretanto, os bacilos podem ser
adquiridos pela ingestão, um exemplo disso é o M. bovis que pode infectar o gato e, por meio da ingestão do seu
leite não pasteurizado, nós podemos nos infectar pela deglutição.
A expressão da doença muitas vezes, ou boa parte dela é determinada exatamente pela nossa reação à doença,
o bacilo possui um efeito, mas o sistema imunológico gera uma série de manifestações que acabam se
expressando clinicamente a doença. Então, O que acontece, uma vez que tivermos o contato com o bacilo, e
nosso sistema imunológico teve tempo suficiente para reconhece-lo, ocorrerá a expressão de anticorpos a essa
bacilo.
TESTAGEM E REAÇÃO :
Existe um teste PPD, ou reação Mantoux +, que é uma reação de hipersensibilidade retardada ao bacilo. Ele
funciona do seguinte modo: coloca-se no tecido subcutâneo dos indivíduos, intradérmico a tuberculina (é um
extrato de bacilo, não é inativado, são mortos, só existe o antígeno do bacilo). Uma vez injetado se espera alguns
dias para ver a reação do corpo. Caso o corpo tenha anticorpos ocorrerá a formação de um pápula na região onde
foi colocada a tuberculina. A partir dessa pápula, faz-se uma leitura que leva em consideração o tamanho da
reação. Uma reação muito pequena não se considera, existe um tamanho mínimo pra se considerar,
especialmente se o indivíduo já havia sido vacinado. Os tamanhos desses devem ser ainda maiores, para se
considerar que há doença presente.
Essa reação é muito eficaz, muito boa para se identificar a presença do bacilo no indivíduo, é uma forma indireta
que se tem de se identificar que aquele indivíduo está produzindo anticorpos da doença, até para juntar com as
outras informações clínicas radiológicas para que se faça uma investigação completa da tuberculose.
DIVERGÊNCIAS:
Entretanto, esse teste possui suas limitações, existem uma série de doenças que podem resultar num exame que
nós chamamos de falso negativo. Isso significa que ao realizar o exame, o resultado é negativo pra Mantoux ao
invés de dar positivo, mas isso não significa que o indivíduo está livre da doença, pois na vigência de outras, como
por exemplo Sarcoidose, má nutrição, D. Hodgkin, imunossupressão de uma forma geral e Tuberculose
devastadora, ainda que o indivíduo tenha a doença o resultado será negativo. Do mesmo modo, o inverso, falso
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positivo, também pode acontecer, o indivíduo pode estar infectado por uma outra Micobateriose atípica que não
seja a tuberculose. Nisso os anticorpos vão reagir do mesmo modo, mas não significa que a tubérculos, doença
pulmonar, está vigente.

Aplicação da tuberculina (antebraço, menor quantidade de lipídeos acumulados)


Leitura (após 48-96h)
REAÇÃO POSITIVA:
≤ 5mm = não reagente
5 - 9mm = reator fraco, pouco resultado clínico
≥ 10mm = reator forte
Vacinados: para se considerar positivo
< 2 anos: ≥15mm
>2 anos: ≥10mm

TUBERCULOSE PULMONAR PRIMÁRIA

Pulmonar é a forma predominante da tuberculose, ela pode acontecer de duas formas: a primeira quando o
indivíduo é virgem de contato com o bacilo, primeira vez. O paciente entra em contato, seja na infância ou na
idade adulta com o bacilo, nesse primeiro contato, não existem anticorpos criados contra o antígeno. Por isso, ele
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consegue entrar na membrana alvéolo-capilar, infectar o macrófago e, dentro deles, replicar-se. Enquanto esses
bacilos multiplicam-se, eles infectam outras células com um tempo relativamente grande, livre do controle
imunológico. Ele infecta a área do pulmão sem impedimentos por um período de 3 semanas. O período da janela
imunológica.
Vão se desenvolver, portanto, lesão primárias típicas descritas no quadro

abaixo

TUBERCULOSA PULMONAR SECUNDÁRIA

Quando se tem a tuberculose pulmonar secundária, o que significa esse termo, é que ou ela é oriunda direta da
primeira infecção, ou seja, da tuberculose pulmonar primária, ou o indivíduo já teve contato no passado com a
tuberculose e novamente está tendo contato com o bacilo.
Então, como acontece no caso da tuberculose pulmonar secundária, o macrófago alveolar que foi ativado, isso é,
que teve contato com o bacilo, ele se comunica com o linfócito T e esse linfócito T provém informação suficiente
para que se forme anticorpos a partir do Linfótico B, para que aja ação da tuberculina, nós vamos ter a reação
tuberculina, ou se o indivíduo faz a BCG ou se já teve contato prévio com a tuberculose e, também,
alternativamente, ele vai ativar alguns macrófagos que terão duas ações agora contra o bacilo.
Vejam bem, se no início o macrófago é a cede da multiplicação dos bacilos, quando eles são ativados
indiretamente pelas célula T, eles podem seguir por 2 caminhos. O primeiro é o combate o combate direto do
próprio bacilo ativado no interior do interstício. O segundo modo ele recruta outros macrófagos para assim atacar
o bacilo, formando, desse modo, o granuloma. Esse último tem como objetivo tentar conter e matar os bacilos em
seu interior.
Bem, do ponto de vista clínico, quando o indivíduo tem um a infecção primária, uma área do pulmão vai ser
atingida, e é possível que ela seja vista a olho nu, macroscopicamente, formando uma área de necrose caseosa.
Esse termo caseosa é uma comparação grosseira com o aspecto da caseína, principal proteína do leite, acaba
sendo o principal componente dos queijos, porque ele tem um aspecto de queijo parmesão. Então quando
observamos aquele aspecto, principalmente no pulmão, de uma lesão caseosa, nós temos que pensar
obrigatoriamente na primeira hipótese como se a etiologia da doença seja tuberculose, embora existam outras
possibilidades como doenças fúngicas.
O que que acontece, depois que ocorre essa caseificarão, partes desse bacilos vão migrar pelos sistemas
linfáticos e vão atingir alguns linfonodos da árvore traqueobrônquica, neste momento, estes linfonodos também
caseificam, vão ter a mesma reação que ocorreu na lesão primária. No momento que isso acontece, temos um
Foco de Gohn, que nós chamamos essa caseificação em homenagem ao pesquisador. Se tivermos um Foco de
Gohn e um linfonodo caseificado também, tudo isso se chama complexo primário. Esse é o complexo primário
da tuberculose, é assim que as pessoas normalmente se infectam, o destino a partir da evolução primária é que
as pessoas vão evoluir para lesão cicatricial. Isso significa que o seu sistema imune conseguiu dar uma resposta e
matar todos os bacilos e, uma vez que todos os bacilos tenham morridos, aquela área destruída pela necrose ela
vai cicatrizar por ação dos fibroblastos, vão gerar uma cicatriz onde se teve um Foco de Gohn e também vao gerar
uma cicatriz no linfonodo, que formava com o Foco de Gohn o complexo primário. Isso é o que acontece com a
maioria das pessoas.
Um percentual menor acontece uma lesão latente, ele não vai curar completamente as lesões. Ele vai
permanecer com alguns bacilos la dentro dos granulomas, mas esses bacilos ainda continuam vivos,
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analogamente seria um “prisioneiro num presídio” está vivo, potencialmente podendo causar danos, essa é a
lesão latente, fica controlada dentro dos granulomas.
A terceira hipótese, é a pior que todas, quando o sistema imune não tem uma resposta efetiva e reação primária
se amplia e se difunde e o que se chamas de tuberculose primária progressiva, isso é uma pneumonia grande,
tuberculose é uma pneumonia especial, uma pneumonia crônica, o problema da tuberculose progressiva é que ela
vai destruindo nosso pulmão e tem grave risco de vida.
Uma das situações que mais no preocupam é a seguinte, indivíduos que possuem lesão latente terem seu sistema
imune entrando em colapso. Situações causadas por imunossupressão causados por quimioterapia, desnutrição
graves, doenças como Aids, fazendo com que muitas dessas pessoas afetadas com esse tipo de doenças, elas
voltam a reativar o bacilo.
Uma vez reativado, ele não vai evoluir para uma forma de caseificação pura, ele vai ter alguns anticorpos, porque
ele já teve o contato com o bacilo anteriormente, então ele causa lesões especialmente no ápice do pulmão,
lesões cicatriciais por hora com caseificação, por hora com presença de escavações pulmonares e isso é
chamado de tuberculose secundária, que pode ficar relativamente estável ou progredir depende da resposta
imunológica do indivíduo.
Mas tanto faz se vamos considerar uma tuberculose como primária ou como progressiva, ambos tem um risco de
letalidade, porque esses bacilos, de uma situação a outra, eles podem cair na nossa circulação, se caírem nas
artérias pulmonares eles se difundem apenas para o pulmão, que já é grave, porque teremos uma tuberculose
disseminada para todo o pulmão. Porém, pior ainda é quando ele migra para a circulação dita venosa-pulmonar,
que na verdade ela significa sangue arterial porque ai ele evolui para o átrio esquerdo, do átrio esquerdo para o
ventrículo esquerdo, e do ventrículo esquerdo para aorta, e com a aorta ele espalha para o corpo todo. Assim, o
bacilo não é mais encontrado apenas no pulmão, vai ser encontrado nos outros órgãos, esse tipo de disseminação
da tuberculose é chamada de tubérculos miliar, essa palavra vem de milho, o grão, porque alguém comparou o
padrão de lesões como se fosse milho moído, esse tipo de tuberculose é sempre o tipo mais grave com alto risco
de letalidade, morte, porque não é uma doença que atinge só o órgão diretamente, mas causa uma reação
imunológica muito grave no corpo levando a sepse e muitas vezes a morte, frequentemente leva a morte.

TUBERCULOSE PULMONAR
Localização:
Seguimentos lobulares médios e apicais inferiores, lugar preferencial ao Foco de Gohn → Seguimentos
lobulares apicais dos lobos superiores (↑[O2]), isso acontece porque eles são um pouco mais aerados, a proporção
é maior nos ápices
CARACTERÍSTICAS:
TBC primária: complexo de Gohn
TBC secundária: cavitação, cicatrizes → chance de disseminar pelas vias aéreas, são essas que aumentam a
chance de se disseminar como bacilo e, assim, contaminando mais os outros

MANIFESTAÇÕES SISTÊMICAS
FNT, IL-1
Boa parte de nossas células de defesa produzem uma série de cininas e agentes flogisticos que possuem efeitos
negativos no nosso corpo, como existe uma série de linfócitos, macrófagos produzindo seus quimiotáxicos,
dentre eles o mais importante são os FNT e IL-1. Ele promovem:
1. Indisposição
2. Anorexia/ perda de peso
3. Febre (baixo grau, renitente, vai e volta especialmente ao “entardecer”, isso acontece devido ao nosso
ciclo circadiano e na ↓cortisona, assim se faz observar o efeito pirógeno desses quimiotáxicos, febrícula
de tarde → transpiração noturna)
Com aumento do envolvimento pulmonar, vão se disseminando mais:
4. Escarro mucoide → Escarro purulento
5. Hemoptise: 50% casos, alguns pequenos vasos se rompem para a via aérea
6. Dor pleurítica
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DIAGNÓSTICO

 Clínica (histórico e achados físicos), especialmente na clínica. A clássica evolução da tuberculose Tosse
produtiva por pelo menos três semanas, sem uma causa muito definida, sinusite por exemplo.
 Radiologia. Procurar lesões pulmonares especialmente em ápice
 Mantoux (tuberculina)
 Pesquisa de BAAR no escarro (padrão ouro), identifica o bacilo. Colaração de Ziehl-Neelsen
 PCR (mais rápido e sensível)

CAVITAÇÃO PULMONAR A PICAL

“Abreugrafia” conseguiu adaptar um método radiografia prático para rastreio em uma grande população

COMPLEXO DE GHON

TUBERCULOSE PULMONAR PRIMÁRIA: foco de gohn + linfonodo

TUBERCULOSE PULMONAR SECUNDÁRIA:

Feito um método de coloração com hematoxilia-eosina dessa área de tuberculose pulmonar secundária, se
observaria granulomas, com observação de uma necrose caseosa central, marca identitária da tuberculose, mas
não exclusiva. Na área demarcada existem quarto células gigantes, na volta o famoso colar de linfócitos, que já
tinha sido apresentado na aula de granulomas
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Com um aumento maior, a área central é de 8, existem as células epitelióides, as células gigantes do tipo
Langhans, núcleos na periferias e a presença de múltiplos linfócitos na periferia

CARACTERÍSTICAS GERAIS:
TUBERCULOSE PULMONAR SECUNDÁRIA: Necrose caseosa, fibrose, cavitações, especialmente em
ápices
TUBERCULOSE PULMONAR PROGRESSIVA: Expansão da(s) área(s) de caseificação
TUBERCULOSE PULMONAR MILIAR: Disseminação Linfática → Sistema Venoso → Artérias pulmonares →
Pulmão
TUBERCULOSE SISTÊMICA MILIAR: Disseminação linfática → Sistema Arterial → Veias Pulmonares →
Coração → Sistêmica
Ex.: todos os lugares, Fígado, Baço, Medula Óssea, Meninges, Rins, Tubas uterinas e epidídimo
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Baço com tuberculose

TUBERCULOSE EM ÓRGÃO ISOLADO


Em alguma forma por via hemática, indiretamente por via intestinal podem atingir um órgão isolado.

 Meninges (meningite)
 Rins (tuberculose renal)
 Adrenais (Doença de Addison)
 Ossos (osteomielite)
o Em vértebras - ESPONGILITE (nome usado no exame): Doença de Pott ou

 Tubas uterinas (salpingite)

TUBERCULOSE EXTRA-PULMONAR
TUBERCULOSE CUTÂNEA – “ESCRÓFULA”:

Pneumotórax (Manoel Bandeira)


“Febre, hemoptise, dispneia e suores noturnos. A vida inteira que podia ter sido e que não foi. Tosse, tosse,
tosse.
Mandou chamar o médico:
- Diga trinta e três
- Trinta e três... trinta e três... trinte e três...
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- Respire.
.......................................................................
- O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito infiltrado.
- Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax?
- Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino
(O pneumotórax, era uma técnica que existia na época para não aerar o pulmão e impedir que a tuberculose se
disseminasse)

AULA 7
CHOQUE
Hipoperfusão sistêmica secundária a diminuição de volume sanguíneo/ débito cardíaco → Gera Hipotensão → A
consequência disso → hipoperfusão de células-tecidos → ↓[O2] nos tecidos e células que gera o choque
Hipotensão* → Hipoperfusão → Hipóxia
*Hipotensão é PA < 100/60 mmHg para se ter uma Pressão arterial média em torno de 80 mmHg para suprir com
O2 todas as células dos tecidos

CLASSIFICAÇÃO ETIOLOGIA

1. CARDIOGÊNICO

Falha da bomba miocárdica por motivo “intrínseco” ou compressão extrínseca.


CAUSAS:
a. Infarto do miocárdico. Os infartos extensos do miocárdico determinam a diminuição da bomba cardíaca e,
consequentemente, isso gera hipotensão
b. Ruptura cardíaca. Por motivo análogo
c. Arritmias. São um motivo importante de choque cardiogênico
d. Tamponamento cardíaco, por acúmulo de sangue no saco pericárdico, da mais diversas origens, seja por
derrame pericárdico, hemopericardico, considerando o fluido que for.
Fundamentalmente, o que se tem é uma diminuição do débito. Se a bomba cardíaca não está funcionando de
forma eficaz a pressão arterial vai diminuir a ponto de poder evoluir para um choque.
EXEMPLO:
As imagens em questão mostram o seguinte: Na esquerda, mostra um estilete passando pelo coração,
representando a área onde um projétil de arma de fogo transfixou o coração,
Já na segunda imagem, mostra esse mesmo coração ainda em situ, dentro do saco pericárdico, onde é
encontrado grandes quantidade de sangue, resultado do projétil.
Analisando-se a história do paciente, logo após a perfuração do coração, em decorrência da dinâmica cardíaca, o
sangue começa a fluir pelos orifícios criados, ficando encerrado dentro do saco pericárdico. No momento em que
ele chega em um valor crítico, aproximadamente 250-300ml, a pressão de sangue externa é de tal dimensão que
o coração não consegue determinar a sua sístole. Isso acontece porque, se ele não consegue se expandir e fazer
suas diástoles, ele não consegue fazer, consequentemente, sua ejeção. Desse modo, a pressão arterial do
indivíduo despenca, falecendo por choque cardiogênico.
É um exemplo dessa forma gráfica, um possível fator causal de um choque cardiogênico, nesse caso
tamponamento, mas poderia ser intrínseco, um infarto do músculo cardíaco e determinar a diminuição da função
ejetiva, consequentemente o débito despenca, a projeção arterial vai diminuir junto, podendo resultar num choque.
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2. HIPOVOLÊMICO

Volume insuficiente de sangue ou plasma


Mesmo que se tenha conservado a função ejetiva do coração, o volume sanguíneo é pequeno. Assim, a pressão
arterial não se sustentará e cairá.
CAUSAS:
a. Hemorragias.
Perda sanguínea de forma significativa
b. Desidratação
Perda de líquido
a. Vômitos, severos, repetidos
b. Diarreia, incoercíveis
c. Queimaduras, grandes queimaduras
Volume intravascular se torna muito pequeno, diminuindo a pressão arterial

SÉPTICO

Séptico significa infectado.


Infecções bactérias disseminadas que produzem toxinas, de tal forma que esses químicos, em grande quantidade,
determinam uma vasodilatação sistêmica importante. Caso ela ocorra, diminui-se a resistência vascular
periférica (RVP), especialmente a arteriolar. Desse modo, com um ↓ RVP, ocorre uma ↓ PA, ainda que se tenha
força de ejeção, ainda que se tenha volume, pode evoluir para o choque.
É uma causa bastante frequente de morte especialmente nos centros de tratamento intensivo, UTIs, porque é
frequente que pacientes combalidos desenvolvam infecções sérias, como as bacterianas, que ordinariamente
evoluem para septicemia e, além disso, podem evoluir para o choque séptico, especialmente bactérias
patogênicas
Vasodilatação periférica, retenção de sangue na circulação periférica e estágios de hipercoagulabilidade em
alguns casos
Causas:
a. Infecções bacterianas disseminadas (septicemias)

NEUROGÊNICO

Vasodilatação periférica por perda do tônus vascular


Consequentemente ocorre perda do tônus vascular porque não há a resistência periférica que ajuda a manter a
pressão arterial. Isso ocorre porque o SNC de alguma forma, através do sistema nervoso autonômico determina a
vasodilatação periférica acentuada. As situações que podem ocorrer isso é:
Causas:
a. TCE (traumatismo crânio encefálico). Típico exemplo, pois é de se esperar que aja edema cerebral,
consequentemente se há edema cerebral, pode se ter compressão do tronco encefálico. Assim, ao nível
da fosse romboide, ao também dito assoalho do 4º ventrículo, se tem os centros vagais, uma vez que eles
são comprimidos, fazem descargas vagais mais acentuadas, através do sistema nervoso parassimpático,
ocorrendo uma vasodilatação
b. Anestesia geral. Bloquear o tônus simplático, predominando o parassimpático
c. Lesão medular. Tambem podem causar o mesmo tipo de manifestação
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ANAFILÁTICO

Também pode causar quadros de vasodilatação, e consequentemente, o choque


Mecanismo:
Hipersensibilidade por IgE
Causas:
a. Alergias

ESTÁGIOS:
Independente da causa de choque, a manifestação orgânica vai ser comum a todos eles. Diminuem a pressão
arterial, a hipoperfusão e a oxigenação. Isso é um espectro, que vai desde a manifestações discretas até a
possibilidade de evoluir para o êxito letal, para a morte. Nos graduamos o choque em 3 fases:

1º PRECOCE: Também é chamado de compensado. Já está acontecendo manifestações do choque, existe uma
diminuição importante da pressão arterial média, entretanto os nossos mecanismos de defesa, especialmente
através do sistema nervoso simpático, são acionados e estão compensando essa fase do choque. Ou seja, o
ionotropismo e cronotropismo cardíaco, a vaso dilatação periférica são estimulados, ocorre uma a dilatação
do sistema respiratório, para uma melhor oxigenação. Outras consequências, agitação, tremor das mãos,
palidez periférica, dilatação pupilar, elas também vão se manifestar porque o SNA sempre age em conjunto.
Assim, esse tipo inicial de manifestação do choque é chamado de choque inicial, ou precoce, ou compensado.
2º PROGRESSIVO : Hipoperfusão tecidual deficiente e hipóxia celular. Descompensado. O indivíduo não
consegue manter-se em posição ortostática, por exemplo, geralmente ele tem uma quede, pode ter um
embotamento da consciência, isso porque ele é já tão intenso que nem os mecanismos compensatórios
conseguem mais manter a diminuição da pressão arterial. Aliás, caso ele seja intenso de tal forma que ele consiga
já essa hipoperfusão, causar hipóxia e lesar as células alvo isso é chamado de choque irreversível. Entendam que
irreversível que se diz é que os mecanismos que estavam em mão naquele momento não conseguiram reverter o
dano celular, isso não significa dizer que se nos agirmos de forma eficaz, eventualmente nós vamos conseguir
trazer o indivíduo a normalidade, nós não vamos conseguir trazer aquelas células perdidas e mortas pela
hipoperfusão. Esse irreversível não é sinal definitivo de óbito, mas sim que existe algum tipo de lesão, quais
células não se sabe depende da intensidade do processo, desde de que se faça uma reversão da causa de
choque
3º IRREVERSÍVEL: Com lesões teciduais francas. Que pode evoluir para o êxito letal. Esse é o estágio que se
deseja evitar em casos de choque

REPERCUSSÃO EM ÓRGÃOS ALVO

 Encéfalo
 Coração
 Fígado
 Adrenais
 Hipófise
 Pulmões
 Rins
 Intestino
No final das contas o que nós temos que lembrar, é que essa hipóxia vai atender aqueles órgãos que tem mais
avidez pelo oxigênio, é obvio que o tecido nervoso, renal, eles tem, por sua complexidade, muita mais avidez por
oxigênio e costumam ser mais lesados gravemente. Mas, o tecido cardíaco, miocitos cardíacos, hepatócitos, os
tecidos adrenais todos eles vão, em maior ou menor grau, sofrer um efeito do choque. Portanto, o que se pode
dizer que sempre o choque é sistêmicos, todas as estruturas devem ocorrer algum prejuízo se o choque chegou
na fase irreversível, alguns mais, outros menos, mas todos eles devem ter algum grau de manifestação. A partir
disso, começamos a citas as principais manifestações:

INTESTINO

Necrose da mucosa, podendo atingir a muscular (enterocolopatia hemorrágica por hipoperfusão esplâncnica)
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Sítios: mais comum no cólon esquerdo e ângulo esplênico

Evidente que se o sangue está partindo da aorta e indo em direção a superfície externa do intestino, quando
esses vasos começarem a se dicotomizar, o último ponto que o oxigênio e consequentemente os vasos que estão
chegando será na mucosa que a camada mais interna do intestino, quando mais distante foi o tecido mais ele
sofre o efeito da hipóxia, aqueles que estão mais próximos, por exemplo a cerosa, o peritônio que envolvendo
esse intestino , ele é o último que será “lesado” porque ele está mais próximo a fonte de oxigenação. Esse ponto é
importante se salientar que nos intestinos, o que chama atenção quando o choque é irreversível é um grau de
necrose da mucosa, claro que a parede externa pode sofrer efeito desse choque pode, mas usualmente será a
mucosa porque é o ponto mais distante do oxigênio. Esses casos são descritos quando clinicamente visíveis como
enterocolopatia, doença do intestino ao nível do intestino grosso, hemorrágica, algum grau de ruptura dos vasos e
hemorragia porque algum grau de ruptura de algum vasos devido a necrose, algum grau de ruptura e hemorragia
ocasionado pela hipoperfusão esplâncnica a hipoperfusão visceral, o sangue não chegou de forma
suficientemente adequado até a víscera que no caso é o intestino. Esse nome extenso está, na verdade,
resumindo o efeito da necrose da mucosa no intestino a partir do choque
Outro detalhe importante, o intestino grosso, embora tenha uma arcada vascular incomum que é, no final e tudo,
uma anastomose entre a artéria mesentérica superior através da a cólica media e da artéria mesentérica superior
vincular a sua ramo ascendente da cólica esquerda, existe uma anastomose entre as duas mesentérica superior e
inferior ao nível do ângulo esquerdo ou cólico esquerdo, isso significa que lugares onde duas arcadas se
encontram são lugares, normalmente são lugares menos oxigenados. Portanto, no intestino quando há um quadro
de choque, usualmente a primeira região atingida, vai ser essa. Ou seja, o lugar de anastomose é onde se tem a
menor oxigenação.

RINS

O efeito do choque no nível do rim geralmente se torna importante porque estima-se que a célula renal,
especialmente ao nível da papila renal é a célula que tem um dos menores hematócrito do corpo, possivelmente
so seja superior ao do SNC. Então nos rins o efeito dos choques é sempre bastante exuberante. No nível renal,
geralmente é uma necrose tubular aguda
Podem resultar em necrose tubular aguda
Evolução:
a. Fase de oligúria (necrose)
b. Fase diurética (regeneração do epitélio tubular)
No quadro em tela, se tem um rim que está incisado longitudinalmente, que nos mostra um córtex renal externo as
colunas renais e entre as colunas renais temos as pirâmides, observa-se as diferenças não é usual, essa
diferença de coloração não é tão contrastante entre as duas, mas releva a oligohemia que estamos observando no
córtex e nas colunas renais pela deficiência vascular. A irrigação não for de forma suficiente a ponto de causar
uma palidez do córtex e também das colunas.
É exatamente ao nível, especialmente das colunas, e um pouco ao nível do córtex que se encontram os túbulos
renais, uma que estejam hipoxigenados com certeza vai influenciar na função renal e obviamente na filtração do
rim. Quando o rim sofre os efeitos do choque e sofre uma necrose do epitélio tubular, os processos de filtração
são extremamente comprometidos. É comum que o rim não filtrando, esse indivíduo tenha uma taxa de filtração e
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uma oliguria bem importante, que seja necessária que indivíduos que estejam em quadro de choque de
tratamento sejam sondados, porque atravesse dela tem-se um controle da filtração renal na unidade doe tempo,
até para que seja possível ver se o indivíduo esteja com oligulia ou não. Tem-se que ficar monitorando
frequentemente a quantidade de urina filtrada. Se eventualmente o indivíduo se recuperar do choque, esse epitélio
volte a se regenerar, que não é infrequente, boa parte dos fluidos que não foram filtrados nos tempos que ele
esteve em choque começaram a ser filtrados, é algo paradoxal ao que acontece, se há uma oliguria durante o
período de choque, na fase de recuperação o indivíduo começa a ter uma diurese aumentando, é um bom sinal.
Indica que o epitélio está se regenerando

Uma fotografia de uma biópsia renal que resultou numa necrosa tubular aguda. O que que podemos comprovar
isso é porque nessa biopsia tem-se alguns túbulos renais íntegros, observamos alguns túbulos renais íntegros,
observamos a luz deles que no corte transversal. Contudo, vemos um glomérulo que está bastante deprimido
porque esses vasos estraram em necrose e esse glomérulo se apresenta em aspecto isquêmico, observe o
espaço da capsula da bowman e o glomérulo está bem amplo, não tem essa amplitude num glomérulo saudável, é
bem mais estreito. Alguns túbulos, isso chama atenção, nós observamos as células mais pálidas inclusive a luz
praticamente desaparece se comparada com os seus pares. Isso prova que esses túbulos estão em necrose.
Caso de necrose tubular aguda

HIPÓFISE

Outras estrutura que costuma sofrer bastante os efeitos do choque é a glândula hipófise devido a sua alta
demanda de oxigenação, uma vez que ela é bastante vascularizada. É importante lembrar que existe um sistema
porta hipofisário, o qual possui uma correlação com a secreção hormonal. Contudo, em casos de choque, ela
pode resultar em necrose, especialmente da adenohipófise e, consequentemente, não consegue sintetizar os pré-
hormônios que são reprocessados na hipófise e liberados na circulação
Necrose isquêmica da adenohipófise
Consequência: insuficiência hipofisária (síndrome de Sheehan)
Vitor Mauro – PATOVAL 164

É mais frequente ser encontrado em pacientes gestantes pois, durante esse período, elas costumam ter alguma
hipertrofia das células hipofisárias por causa de sua condição fisiológica de estação. Além disso, na fase final da
gestação, em consequência do parto, pode ocorrer perdas sanguíneas significativas, tanto pelo parto natural,
quanto pelo parto cesariana. Combinando esses 2 fatores, um parto onde ouve uma perda sanguínea, no período
de equitação da placenta, combinando de uma demanda maior de hipófise hipertrofiada, essas células não vão
resistir e vão morrer. Então, não é infrequente alguns meses depois de um parto que houve bastante
sangramento, as pacientes sofram com múltiplos déficits hormonais, pois é a glândula endócrina mestra do corpo,
configurando a síndrome de Sheehan.

CORAÇÃO

O próprio coração também pode sofrer com os efeitos do choque e que mais frequentemente são identificado para
nós com quadros ou pelo menos da exposição hemorrágica no endocárdico, hemorragia subendocárdicas e
subepicárdicas. Consequentemente, se há choques é frequente ocorre necrose focal de miócitos cardíacos
especialmente na região subendocárdicas, pelo mesmo princípio do colón, ela é o último lugar onde que o sangue,
ou seja o oxigênio vai chegar, que é o subendocárdico. Tem uma explicação, no próprio endocárdico seja a
câmara cardíaca que for, ele é oxigenado pela sangue do interior da câmara, sem problemas, mas o resto do
coração, ou seja, desde o epicárdico, todo o miocárdio até chegar no endocárdio é vascularizado pelas artérias
coronárias, que tem origem na raiz da aorta, então ao se transcorrer ao longo do seu trajeto, a coronária vai
vascularizando de forma relativamente tranquila ao epicárdico. Mas, com seus ramos mais profundas ele vai
penetrando no musculo cardíaco, quando mais penetras, mais oxigênio vai se perdendo para as outras células
durante esse trajeto, no último lugar que o oxigênio vai chegar é nesse lugar subendocárdico, de menor
oxigenação.

a. Hemorragias subendocárdicas, subepicárdicas


b. Necroses focais de fibras

CÉREBRO

No nível do tecido cerebral, no encéfalo é:


Encefalopatia isquêmica (hipóxia)
Podem causar a morte do tecido

AULA 8
ADAPTAÇÕES CELULARES
Nessa capítulo nós veremos alguns conceitos iniciais que vão nos paramentar para que consigamos lembrar de
alguns fenômenos e consequentemente para o assunto de adaptações celulares. Nessa imagem, mostra um
desenho esquemático de uma célula mostrando suas replicações. Uma célula gamética, quando ela se forma, tem
uma capacidade totipotencial, isso significa que ela tem possibilidade de se diferenciar nos mais de 200 tipos de
tecidos que existem no nosso corpo humano.

Entretanto, quando ela faz essa diferenciação, algumas dessas células são ditas permanentes, ou seja, a partir
do momento que elas são formadas na vida de um indivíduo sem capacidade reprodutiva. Vai ter uma padrão de
células para outros órgãos que em condições especiais apenas elas se multiplicarão, mas elas se mantêm
estáveis durante o seu ciclo de vida.

Existem aquelas células de tipo lábeis que estão constantemente se renovando, elas frequentemente se perdem,
morrem e, portanto, precisam de uma reposição constante. O que podemos dizer sobre essas células de são ditas
lábeis é que elas e também são estáveis no quesito multiplicação e fazem suas mitoses. É que no momento que
elas se multiplicam e fazem suas mitoses, elas derivam células que vão ter a função própria do tecido e também
dão origem a outra célula primordial também chamadas de célula tronco. Porque que isso é necessário nessa
situação, sendo ele um tecido lábil, ele precisa da reserva genética para dar origem a outra célula ou
constantemente a célula adulta. Uma célula que entra em divisão no grupo de célula estáveis, ele dá origem a
célula com capacidade funcional e a célula tronco, ou célula primordial
Vitor Mauro – PATOVAL 165

Aqui temos outra representação que mostra o ciclo celular que mostra um célula em G0 é uma célula que esta
crescimento zero. Então, quando ela vai se multiplicar, praticamente quase exclusivamente ela entra numa fase
inicial que se chama G1, se preparando para a síntese do material genético, por fim, para a transcrição proteica e,
consequentemente, ele evolui para a mitose e ai nós temos origem a uma célula que ela não vai se replicar e
um célula tronco, que se for estimulada novamente, entra novamente no ciclo e isso se repete.

É importante que nos também lembremos que durante o período de multiplicação celular que essa resposta não é
comandada exclusivamente do genoma celular, ela precisa de fatores estimulante a replicação celular, essa
fatores basicamente são ciclinas e cinases dependentes de ciclinas, que interferem na dinâmica celular durante
todas as fases do ciclo celular.

Esses elementos se integram à superfície das células em receptores e geram uma cascata de mecanismos que
vão se apropriar do material genético dessa célula induzindo o material genético para célula desencadeiam o
processo de multiplicação celular e de mitose
Vitor Mauro – PATOVAL 166

É importante que a gente lembre também do que nos


chamados de dogma celular adaptativo, uma célula normal, se ela for submetido a um fator de estresse, ela tende
a adaptação. É a função das adaptações celulares ou alterações de crescimento é manter a vitalidade da célula
sob uma situação de estresse. Mas, também é verdade que se os fatores são tão lesivos que não é possível a
célula se adaptar, ela é lesada. Se a lesão celular for irreversível ela tem dois caminhos, ou apoptose ou necrose.
Isso significa em morte celular. Existem alternativas, mesmo sob estímulos nocivos com lesão celular, essa lesão
celular é sub letal, se o estimulo nocivo for cessado, ou bloqueado, ele pode novamente reverter a lesão celular e
voltar a sua normalidade.

Nas adaptações celulares nos costumamos dividi-las em boxes.

1. Alterações de volume e apenas de volume, não o número que se dividem em ATROFIA E


HIPERTROFIA
2. Modificação da taxa de divisão celular, HIPERPLASIA E HIPOPLASIA
3. Alterações de diferenciação celular, quando uma célula acaba adquirindo características de uma célula de
mesma linhagem, METAPLASIA
4. Diferenciação celular associada a uma proliferação, DISPLASIAS.

Outros distúrbios que que são importante pois vão estar associados a esses processos, de uma forma paralela.

a. AGENESIA: o termo significa não formação, parte ou o todo do tecido não se formam, com alterações na
embriogênese, não é adquirida
b. ATRESIA: é o mesmo que agenesia, mas para vísceras tubulares
c. DISTROFIA: desorganização do tecido, normalmente consecutiva à deficiência nutricional ou vascular,
não se desenvolve completamente porque faltou os elementos de suporte
Vitor Mauro – PATOVAL 167

d. ECTOPIA/ HETEROTOPIA OU CORISTA: um conjunto ou um gruo de células normal mas que se


encontra em topografia diversa de onde ela deveria se encontrar, um baço acessório, glândula
paratireoide distal do esófago, a morfologia dessas células é normal, entretanto elas podem gerar algum
nível de alteração
e. HAMARTIAS (HAMARTOMAS): são grupo de células, tecidos que estão normais ou mal organizados,
pode-se ter no nível do pulmão uma lesão tumoral, uma lesão volumonsa constituída de epitélio,
cartilagem, vasos, formando uma massa de tecido, mas isoladamente cada grupo de células é normal.

ATROFIA

Redução volumétrica de um órgão ou de um tecido, adquirida, às custas da redução do volume celular

Para se comprovar que o tecido está em atrofia, observa-se em microscopia um número de células conservados,
mas seu volume está diminuído

Os determinantes para as atrofias dos órgãos e tecidos

CAUSAS :

DIMINUIÇÃO DA CARGA DE TRABALHO:

Um exemplo que nos observamos nesses casos é o aparelho gessado/tala que gera uma atrofia muscular

COMPROMETIMENTO DA I NERVAÇÃO OU VASCULAR IZAÇÃO OU NUTRIÇÃO :

Na poliomielite ocorre comprometimento da inervação, sempre é patológica, levava indivíduo a paralisias devido a
lesão medular comprometendo o tônus do músculo

Diabete mellitus quando ela promove lesão neurológica ou vascular. De forma paralela tanto o tônus nervoso fica
comprometido quando a nutrição desse órgão, é comum nos paciente diabéticas observarem membros bem
delgados especialmente na região pélvica se comparado coma metade superior do corpo
Vitor Mauro – PATOVAL 168

NA DIMINUIÇÃO DO SUP RIMENTO SANGUÍNEO:

Ou seja, isquemias, que não necessariamente vão resultar num infarto, que é a morte, mas as células tente a se
adaptar diminuindo de volume. Então nas ateroscleroses, num panorama geral, aqui o exemplo que temos é na
carótida, se tem uma redução do volume cerebral. Nas artérias renais acontece a mesma coisa, redução do
volume renal.

NUTRIÇÃO INADEQUADA:

OU seja, se não oferecer os nutrientes mínimos a célula vai sofrer atrofia. As células começam a perder as
reservas na ordem de complexidade crescente dos tecidos. Primeiro começa a perder Adiposo, depois muscular,
seguindo do linfoide, pele/glandular, ósseo, pulmonar/cardíaco, perdendo, por último o tecido cerebral,

COMPROMETIMENTO DA ESTIMULAÇÃO ENDÓCRINA:

Se tiver uma lesão endócrina importante, ao nível da hipófise todos os órgãos dependentes serão lesados, como
por exemplo tireoide, adrenais, ovários, testículos, pâncreas. No caso da ovariana terão como consequência
atrofia de mamas, útero, genitália externa

ENVELHECIMENTO (SENIL):

Tanto tecido cerebral, quanto ósseo, mucosa vão diminuir de volume, é comum que parte das membranas células
sejam endocitadas, muitas vezes em excesso e/ou por falta de vitamina E, esse resíduo vai se acumular como
pigmento lipofuccina é aquilo que é designado como atrofia parda.

COMPRESSÃO

Compressão mecânica, vascular sobre um tecido pode ocasionar atrofia. Por exemplo, atrófica cerebral por
hidrocefalia, cálculos na vesícula, atrofia da parede, fecaloma no cólon, dilatação e atrofia da parede

HIPERTROFIA

Aumento do volume de um órgão ou tecido adquirido, às custas do aumento do volume celular

Fisiológica e patológicas (estímulo x resposta)

Exemplos:

1. BRAÇO DE FERREIRO: é uma causa fisiológica Hipertrofia unilateral, hipertrofia muscular (atletas)
2. HIPERTROFIA CARDÍACA VENTRICULAR ESQUERDA: é uma situação patológica, numa HAS,
ela se mantem crônica e resulta numa hipertrofia do ventrículo esquerdo

3. HIPERTRÓFICA COMPENS ADORA (VICARIANTE): com a perda de um órgão, o outro hipertrofia-


se. Exemplo de um caso de um rim hipertrofia para compensar o desuso do outro órgão, não é para todos
os órgãos, exemplo o olho não
Vitor Mauro – PATOVAL 169

HIPERPLASIA

Aumento do volume de um órgão ou tecido às custas do aumento do número de células

Obs.: HIPOPLASIAS: O termo hipoplasia é reservado para aquele tipo de órgão naturalmente menor, não porque
sofreu algum processo de morte ou apoptose, é aquele órgão não se desenvolveu, ele jamais teve um volume
maior

Fisiológica e Patológica

Exemplo de hiperplasia fisiológicas: útero e mamas na gravidez

Exemplo de hiperplasias patológicas: pólipos no útero (endometriais), hiperplasia de próstata (multiplicação de


glândulas e estroma), gânglios linfáticas aumentados em zonas de

Imagem de uma próstata

METAPLASIA

Transformação de uma espécime célula (tecido maduro) em outro espécime maduro e de mesma linhagem
embriológica

Epitélio se transformando epitélio, mesenquima se transformando em mesenquima, é uma transformação de um


tipo para outro, de mesma linhagem

O resultado de uma metaplasia não é uma patologia, porém o que causa ela é uma patologia. Por isso, caso essa
patologia se perpetue pode ser até induzir uma displasia

EXEMPLO:

1. NO TABAGISTAS: Epitélio pseudoestratificado ciliado brônquico em epitélio escamoso


2. INFLAMAÇÕES CRÔNICAS: epitélio colunar do colo do útelo em epitélio escamoso
3. NO ESÓFAGO: epitélio simples glandular em epitélio escamoso. Isso pode ocorrer por alguma lesão,
refluxo gastroesofágico
Vitor Mauro – PATOVAL 170

DESENCADEANTES:

São Lesões, injúrias crônicas, as vezes até se retirar a agressão elas podem voltar à normalidade ou não

1. Agressão mecânica
2. Irritação térmica/ química
3. Inflamações crônicas

LEUCOPLASIA: são placas esbranquiçadas vistas nas mucosas, elas podem significar uma metaplasia, so
poderá saber na microscopia, mas uma é boa hipótese pode ser, pelo menos, uma metaplasia, pode até ter uma
displasia subjacente.

TRANSDIFERENCAÇÃO: hipótese que ainda se estuda numa cédula de uma linhagem se transformar numa
de outra linhagem

DISPLASIA

Crescimento desordenado

Caracteriza-se por uma constelação de transformações células, que incluem

PERDA DA UNIFORMIDAD E CELULAR:

Quando se observa um epitélio, normalmente, uma é semelhante a outras. Porém, numa displasia, elas
diferenciam entre si, tanto em tamanho, quando em coração

PERDA DE SUA ORIENTAÇÃO ARQUITETURAL:


Vitor Mauro – PATOVAL 171

Normalmente, as células epitelias, elas possuem células basais elas vão se transformando em células em céulas
intermediárias e essas se transformando em células superficiais. Na displasia, entretanto, essa orientação fica
perdida.

PELOMORFISMO CONSIDERÁVEL:

As diferentes formas e morfologias. Mostra uma grande instabilidade genética, alterações de genomas

1. Núcleos hipercromáticos
2. Núcleos com aumento de volume
3. Mitoses mais frequêntes e anormais

OBSERVAÇÕES:

Possui um caráter progressivo, de baixo a severo. As displasias de grau alto podem progredir para tumores
malignos, ela não é um tumor porque podem ser reversíveis. Costumam preceder certas neoplasias malignas

CARACTERÍSTICAS DA C ÉLULA DISPLÁSICA:

1. Aumento conspícuo da razão núcleo-citoplasma, desproporção


2. Anisocariose: pelo menos duas células para entender esse termo. São células desiguais
3. Hipercromasia nuclear: tem mais material genético por causa das mutações, mais cromatina vai corar
4. “Espassamento” da membrana nuclear
5. Concentração da cromatina
6. Presença eventual de binucleação, nucléolos visíveis

Dependendo da quantidade dessas características encontradas num exame de lâmina pode ser classificado como
grave ou leve.

Células de um tecido normal:

Baixo grau:
Vitor Mauro – PATOVAL 172

Alto grau:

Altíssimo Grau:

No passado quando se analisava as displasias, especialmente no colo uterino, essas displasias eram chamadas
de NIC I, NIC II, III, esse termo já caiu, agora é só displasia de baixo a alto grau.

Alto grau, podendo ser um carcinoma em situ

AULA 9
SIFILIS
Vitor Mauro – PATOVAL 173

Determinada por reação granulomatosa

DEFINIÇÃO:

 Doença infecciosa crônica


 Causa: bactéria Treponema pallidum
 DST - transmissão sexual

AGENTE: Treponema pallidum pallidum (reservatório humano)

 Espiroqueta microacrófila
 Microscopia: coloração de PRATA + CAMPO ESCURO ou
IMUNOFUORESCÊNCIA, pois vai fazer um marcador
específico para o organismo

EPIDEMIOLOGIA:

 No Brasil, entre 2013-2014, houve um aumento

PROPAGAÇÃO: intercurso sexual, contato direto especialmente se tiver uma lesão com alguma mucosa
especialmente, pode haver propagação através da lesão oral em um beijo mais prolongado. Também é possível
que se faça essa contaminação por hemoderivados, ou então por transmissão vertical na gestação mãe e filho

“Syphilis sive morbus Gallieus” (Sífilis e o mal Gálico): origem do nome sífilis

É predominante nos países menos desenvolvidos

Espiroquetas de Treponema pallidum – microscopia em campo escuro

FISIOPATOLOGIA
Esse microrganismo, em contato com o nosso corpo,
acaba gerando uma resposta imunogênica e,
dependendo da fase em que se encontra essa doença,
nos temos períodos de latência entre as fases clinicas
onde o paciente se encontra sem manifestação da
doença.

ESTÁGIOS: Primário → (Primeira latência) →


Secundário → (Segunda Latência) → Terciário

PATOGENIA:

No primário ocorre a presença do Cancro, uma lesão


ulcerada nas regiões genitais. É uma lesão única que
se desenvolve algumas semanas após o contágio, em
torno de 3 semanas após o contato, e em torno de 6
semanas ela tem sua involução, é indolor, e costuma
entrar em remissão espontaneamente, entrando num
período de primeira latência.

Aparentemente após 2 meses, ele pode evoluir para a


sífilis em seu estágio secundário, esse estágio é
diferente da fase primeira porque a resposta que nosso corpo determina um padrão diferente. A imunidade se
comportará diferente após o primeiro período de latência.

Essencialmente na fase secundária observaremos: lesões pápulares ou maculares, as vezes purulentas, na


regiões palmares e plantares, não são exclusivas mas é bastante comum, também é possível encontrar exantema
e, nas regiões de mucosa, encontramos o condiloma plano. Também existe relato de alopecia
Vitor Mauro – PATOVAL 174

Aproximadamente a partir 8-10 semanas a fase secundária também entra em remissão devido a resposta mais
vigorosa do nosso sistema imune, entrando na segunda latência. Dessa pode evoluir para a fase terciária.

A fase terciária é uma fase mais destrutiva da doença, pode-se encontrar manifestação de neurossíflis
(meningovascular, taves dorsal, paralisia geral), Aortite (aneurisma, regurgitação aórtica), Gomas (hepar lobatum,
pele, ossos, outros tecidos moles, cartilagem, septos nasais com deformidades faciais)

CONGÊNITA:

A patogenia se mostra em 3 possíveis apresentações: pode resultar em um Aborto tardio natimorto. Entretanto se
o feto é um nascido vivo, em caso de lactantes pode se apresentar com exantema, osteocondrite, periostite,
fibrose hepática e pulmonar. Dependendo da virulência dessa bactéria, isto é, grau de agressividade, sendo maior
ou menor, ou dependendo da resposta imune, essas manifestações podem se dar mais tardiamente, cerca de 2
anos depois, ou seja, na infância, atingindo na forma de ceratite intersticial, cegueira, dentes de hutchionson,
suder (VIII NC).

SÍFILIS PRIMÁRIA

 Cancro único 3 semanas após contato. Uma lesão ulcerada de bordas limpas bem definidas, bordas
enduradas e elevadas e caracteristicamente indolor. Um pouco mais tardio, algumas semanas depois,
podem aparecer uma linfonadite periregional, ou seja, os linfonodos que fazem a drenagem linfática dessa
região costuma ficar inflamados, ingurgitados. Os treponemas se espalham ao longo do corpo por
disseminação hematológica e linfática mesmo antes do aparecimento do cancro
 Treponemas estão presentes na lesão e podem ser vistos por imunofluorescência do exsudato seroso
 T.p. propagação pela circulação. Podem ser contaminantes nessa fase
 Cura-se em 3 a 6 semanas. Depende da virulência do patógeno e da imunulógica do indivíduo, para
muitos indivíduos é imperceptível.

No sexo masculino é mais fácil de ser observada porque ficam mais visíveis em suas genitálias do que nas
genitálias femininas e como são indolores são observadas apenas de modo visual e tátil.

SÍFILIS SECUNDÁRIA

Se deve a disseminação e proliferação dos espiroquetas


na pele e tecidos mucocutâneos.

 Ocorre em ¼ dos pacientes sem tratamento


 Lesões cutâneas
o Palmares e plantares
o Máculo-papulares, escamosas ou
pustulares
o Condiloma plano em áreas úmidas
 Lesões infecciosas. Todas essas lesões superfi
ciais indolores contêm espiroquetas e, dessa
forma, são infecciosas
 Linfadenopatia. Agora é generalizado, agora todos
os linfonodos do corpo encontram-se ingurgitados
 Entra em latência entre 2 a 10 semanas. Embora o período médio seja esse, pode durar por muitos anos

Uma apresentação cutânea caracteriza dessa fase é a Roséola Sifilítica, onde se observam duas lesões maculo-
papulares, onde se tem uma área papular centrar circundada por uma auréola macular e novamente outra área
circular papular de aspecto elevado e eritematoso, caracterizando-a. Outra apresentação é o Condiloma Plano, é
uma caracteriza, na região do prepúcio afetada por uma lesão excrecência, elevada, é dito plano para se
diferenciar do condiloma acuminado do vírus HPV
Vitor Mauro – PATOVAL 175

Roséola Sifilítica | Condiloma Plano

SÍFILIS TERCIÁRIA

 Ocorre em 1/3 dos pacientes sem tratamento. Este estágio é raro onde o tratamento médico adequado
está disponível, mas ele ocorre em aproximadamente um terço dos pacientes não tratados
 Geralmente após latência de aproximadamente 5 anos
 Acomete vários sistemas, são bastante destrutivas.
o Sistema cardiovascular (aortite sifilítica): “gomas”, lesões destrutivas sifilíticas de fundo amolecido,
com presença da bactéria, bastante destrutivos
o Neurossífilis
o Formação de gomas. Gomas são lesões nodulares provavelmente relacionadas ao
desenvolvimento de hipersensibilidade tardia à bactéria. São branco-acinzentadas e flexíveis,
ocorrem de forma única ou múltipla, e variam em tamanho, de lesões microscópicas, se
assemelhando a tubérculos, até massas grandes semelhantes a tumores. Elas ocorrem na
maioria dos órgãos, mas particularmente na pele, tecidos subcutâneos, ossos e articulações.

ANEURISMA DE AORTA: no sistema vascular existe uma infiltrado plasmocitário nessas estruturas vasulares
que não poupam os vasavasorum. Então uma aorta, que é rica em vasavasorum, que fica acometida, compromete
a parede do vaso. No idosos, antigamente, os aneurismas de aorta, eram sempre considerados sífilis como um
diagnóstico diferencial.

TABES DORSALIS: destruição dos cornos posteriores da medula, onde a indivíduo acaba perdendo a
capacidade de propriocepção inconsciente. Com a destruição dela perde-se conexão dos fusos musculares com o
cerebelo, perdendo um ponto importante de referência para manutenção da nossa postura. Assim, um indivíduo
com a sífilis nesse estágio, tem uma postura característica: base dos pés abertas, precisando ficar com os olhos
abertos para manter a referência espacial e manter o equilíbrio do corpo. Obrigatoriamente, ele tem alteração
importante de mancha e apresenta frequentemente o sinal de Romberg. Pode resultar em queda porque ele perde
a capacidade proprioceptiva inconsciente
Vitor Mauro – PATOVAL 176

PUPILAS(S) DE ARGYLL ROBERTSON: outra manifestação característica com o comprometimento nervoso


do NC III, apresenta midríase unilocular ou anisocoria. Quando, por exemplo paciente apresenta midríase do olho
direito, estimulado com luz o olho direito, o reflexo fotomotor indireto se mantem, portanto a luz acaba estimulando
os núcleos nervosos e eles realizam a miose correspondente. Entretanto enquanto esse reflexo está preservado, o
reflexo fotomotor direto está abolido, pois encontra-se lesado. Mas, se aproximado um objeto na direção medial de
ambos os olhos, orientando-o para manter o olhar fixo no objeto, ele realiza uma miose do olho lesado, o reflexo
correspondente ele acaba resultando na miose do olho afetado. Assim, esse característica se dá pela assimetria
na dilatação pupilar, anisocoria, com midríase do olho afetado. Reflexo fotomotor indireto preservado, direto
lesado no olho afetado, mas a miose induzida pela acomodação do cristalino está normal em ambos os olhos.

SÍFILIS CONGÊNITA

Transmissão mãe-feto: durante a gestação ocorre quando o T. pallidum cruza a barreira da placenta de uma mãe
infectada para o feto; comumente quando a gestante porta a forma 1ª ou 2ª da doença quando os espiroquetas
são mais numerosos. A manifestação clínica, se o feto consegue nascer, é distinguida em dois tipos:

 PRECOCE: manifesta-se nos primeiro 2 anos de vida, até os 2 anos é precoce


Característica:
o Descarga e congestão nasal, um feto que nasce em um estado geral regular ou mal, choroso, com
bastante descarga nasal, especialmente se ela for sanguinolenta
o Exantema descamado. Hiperemia importante na pele, especialmente com descamação da pele
o Hepatomegalia.
o Alterações ósseas
 TARDIA: após os 2 primeiros anos de vida
Característica: as mais marcantes são
o Tríade Hutchinson:
 Dentes de Hutchinson
 Ceratite intersticial - cegueira, ou alteração
visual importante
 Paralisia do VIII par – surdez.
o As anormalidade esqueléticas, faciais e neurológicas
são frequentes também. Na fase tardia existe
manifestações de osteoartrite e pericondrite,
manifestações como a tíbia em sabre, nariz em sela

Abortamento: há uma grande placenta, as placentas são grandes pelo seu volume, friáveis, mas amolecidas,
cotilédones mal delimitados, mas pálidas que o usual, deve ser levado em consideração ao possível ocorrência de
sífilis

DIAGNÓSTICO

Começa geralmente com uma suspeição clínica, esses sinais que foram apresentados tem que se levar essas
suspensão e é reiterado pelos exames sorológicos, que são usados em sequência.

Existem exames gerais, de triagem gerais e o mais conhecidos dele é o VDRL, ele detecta anticorpos para a
proteína cardiolipina que é muito frequente na sífilis, VDRL + (positivo) classicamente se associam com sífilis,
são em todos os casos, existem outros falsos positivos desde que existam reações para cardiolipina, entretanto há
autores que dizem que 2 vdlr + consecutivos já poderiam ser considerados diagnostico para sífilis.

Contudo a rotina padrão é a seguinte, depois do VDRL + se pede um exame mais específico o FTAabs é o
anticorpo anti treponema, é especifico a detecção desse anticorpo para a sífilis, os dois positivos significam que
clinicamente já podemos tratar essa paciente com antibiótico.

Entretanto, se ainda assim, existe alguma dúvida, pode se requisitar o padrão ouro, a microscopia em campo
escuro com o corante de prata, (warthi-starry)

MORFOLOGIA
Vitor Mauro – PATOVAL 177

Do ponto de vista patológico para diagnóstico da sífilis não conta tanto positivos, isso se dá pela baixa
especificidade, se tem um infiltrado inflamatório, especialmente com plasmócitos, podemos detectar macrófagos e
linfócitos especialmente na periferia dos pequenos vasos. Porém, não é usado esse teste para a detecção visto
que os exames sorológicos e a clínica são soberanos

 Infiltrado: plasmocitário, macrófago e linfócitos


 Endarterite proliferativa. Infiltrado plasmócitos, macrófagos e leucócitos na periferia dos pequenos vasos, é
uma achado bastante característico da sífilis. A aortite é causada por endarterite dos vasa vasorum da
aorta proximal. A oclusão dos vasa vasorum resulta em cicatrização da túnica média da parede aórtica
proximal, causando uma perda de elasticidade.
 Linfonodos com linfadenite: infiltrado plasmocitário ou granulomas. É comum que os linfonodos afetados
estejam com linfandenite, é frequente a presença nesse infiltrado inflamatório a presença de granulomas,
inclusive com células gigantes
 Aorta: endarterite da vasa vasorum

Estudo de Tuskegee - Alabama: 1932 a 1972: anti-ético atualmente

AULA 10
SARCOIDOSE
A sarcoidose é uma doença sistêmica de causa desconhecida caracterizada por granulomas não caseosos em
muitos tecidos e órgãos. A sarcoidose apresenta muitos padrões clínicos, porém linfoadenopatia hilar bilateral ou
envolvimento pulmonar são visíveis em radiografias de tórax em 90% dos casos. Lesões oculares e cutâneas são
as seguintes em frequência. Uma vez que outras doenças, incluindo infecções micobacterianas e fúngicas e
beriliose também podem produzir granulomas não caseosos (duros), o diagnóstico histológico da sarcoidose é
feito por exclusão

Etimologia: sarc – “carne”, osis – “condição”

Sarcoidose:

 Doença granulomatosa sistêmica


 Causa desconhecida. Se acredita que existem em fatores genéticos se
combina com fatores ambientais. Várias linhas de evidência sugerem que
esta é uma doença causada por perturbação da regulação imunológica
em indivíduos geneticamente predispostos e expostos a determinados
agentes ambientais.
Vitor Mauro – PATOVAL 178

 Acomete principalmente nos pulmões (fibrose intersticial). A grande sequela é a fibrose intersticial nos
pulmões
 Outros: pele, linfonodos, fígado, baco, olhos, falanges e glândulas parótida

HISTÓRICO

Cesar Peter Möller Boeck, Noruega 1945-1917. Descreveu a presença de nódulos ou placas cutâneas

Ernes Henri Besnier, França 1831 – 1909. Identificou lesões cutâneas especialmente nas regiões expostas do
corpo, expecialmente na face resposta ao frio, Designou com Lupus Pérnio, é a mesma sarcoidose numa
manifestação diferente

Jöergen Nielsen Shaumann, Suécia 1879-1953. Identificou os linfogranulomatose

EPIDEMIOLOGIA

 Grande maioria de mulheres


 3 e 4 década de vida. Parece que tem uma relação com os hormônios
 Países industrializados
 Negros USA (10x), escandinavos Europa
 Asiáticos (raro)

ETIOPATOGENIA

 Desconhecida
Vitor Mauro – PATOVAL 179

 FATORES IMUNES: Céluas T helper CD4 +. Fator associado, não se sabe se é causa, se é
consequência
o Proporção CD4/CD8: 5/1(normal) a 15/1. Acúmulo intra-alveolar e intersticial de células T CD4+.
Num indivíduo que possui sarcoidose apresenta uma desproporção importante da frequência da
células da CD4 e CD8 que podendo atingir até 15/1.
o Níveis elevados Citocina Th1 das células T. Graças a essa desproporção. Maiores níveis de
citocinas de TH1 derivadas de células T como IL-2 e IFN-γ, resultando em expansão de células T
e ativação de macrófagos, respectivamente.
o Maiores níveis de várias citocinas no ambiente local (IL-8, TNF, proteína infl amatória de
macrófagos 1α), que favorecem o recrutamento de células T adicionais e monócitos e contribuem
para a formação de granulomas. TNF em particular é liberado em altos níveis pelos macrófagos
alveolares ativados, e a concentração de TNF no líquido broncoalveolar é um marcador da
atividade da doença.
 FATORES GENÉTICOS : concentração família, grupos HLA. As evidências de influências genéticas
consistem no agrupamento familiar e racial de casos e na associação com determinados genótipos de
HLA
 FATORES AMBIENTAIS (FRACA ASSOCIAÇÃO): micobactérias, Rickéttsia etc. Alguns gatilhos
para desenvolver a doença. Não existem evidências inequívocas de que a sarcoidose seja causada por
um agente infeccioso.

Pulmão único, cortado e aberto, mostrando um aspecto mais denso do pulmão, não poroso como normalmente é
visto e seus linfonodos muito ingurgitados

MORFOLOGIA

Sarcoidose é uma doença granulomatosa.

Todos os tecidos envolvidos exibem os clássicos granulomas não caseosos bem formados (Fig. 15-22), cada um
composto por um agregado de células epitelioides firmemente agrupadas, muitas vezes com células gigantes de
Langhans ou de tipo corpo estranho. Necrose central é incomum. Com a cronicidade, os granulomas podem ser
envolvidos em bordas fibrosas ou podem, eventualmente, ser substituídos por cicatrizes fibrosas hialinas.
Concreções laminadas compostas por cálcio e proteínas, conhecidas como corpos de Schaumann, e inclusões
estreladas conhecidas como corpos asteroides, inseridas nas células gigantes, são encontradas em
aproximadamente 60% dos granulomas. Esses aspectos microscópicos não são patognomônicos

 Histologia
o Granulomas duros (não caseosa): células epiteliais, células tipo Langhans ou tipo corpo estranho.
É um outro jeito para dizer que ele não tem caseosidade. Isso é importante porque o primeiro
diagnóstico das doenças dito granulomatosas é a tuberculose, então quando designamos esse
tipo de granulomas se pergunta se é ou não uma tuberculose, nesse granulomas encontramos
necrose, mas é incomum.
Vitor Mauro – PATOVAL 180

o Granulomas não fusionados. Devido eles serem duros


o Corpúsculos asteroide (60%): inclusões dentro células gigantes. Precipitados proteicos que tem a
forma de um asteroide e também o que chamamos de Corpúsculos de Schaumann
o Corpúsculo de Schaumann: embora não sejam exclusivos da sarcoidose, é um achado bastante

frequente

 Locais (frequência)
o Pulmões: 90% dos casos Macroscopicamente, não há alteração demonstrável, embora, em casos
avançados, a coalescência de granulomas produza pequenos nódulos palpáveis ou visíveis com
consolidações de 1 a 2 cm, não caseosas e não cavitadas.
o Linfonodos: 80%
o Fìgado: 70%
o Baço: 30%
o Pele: 30 a 50%
o Olhos: 20 a 50%. Síndrome de Miculicz. É uma síndrome seca, que predomina alteração tanto
lacrimal quando das glândulas salivares, onde o indivíduo tem disfunção medular, redução da
produção da sua secreção, tanto de lágrima, quanto de saliva, isso as custas do processo
inflamatório causado pela glanulomatose nessas glândulas.
o Medula óssea: 20%
o Ossos – Falange: 15%
Vitor Mauro – PATOVAL 181

CURSO CLÍNICO

Por sua severidade variável e distribuição inconstante das lesões, a sarcoidose é uma doença clínica multiforme.
Ela pode ser descoberta inesperadamente em radiografi as de rotina, como uma adenopatia hilar bilateral, ou
pode estar presente com linfoadenopatia periférica, lesões cutâneas, envolvimento ocular, esplenomegalia ou
hepatomegalia. Contudo, na maioria dos casos, os indivíduos procuram cuidados médicos em decorrência de um
início insidioso de anormalidades respiratórias (falta de ar, tosse, dor torácica, hemoptise) ou sinais e sintomas
constitucionais (febre, fadiga, perda de peso, anorexia, suores noturnos)

 Sinais e sintomas são sempre mandatórios


 Teste Laboratorial: Kveim-Siltzbach
 Evolução:
Vitor Mauro – PATOVAL 182

o70% - favorável. Ela iniciar e regredir espontaneamente, modeladores imune e corticoides se


tornar uma doença subclínica
o 20% - dano permanente. Especialmente uma fibrose pulmonar
o 10% - dano progressivo. Independente do tratamento, pode ser fatal em muitos indivíduos
 Estadiamento clínico
Se faz especialmente acompanhando a área acometida
o Lindoadenopatia hilar. Estágio mais leve, ESTÁGIO I (Atinge os linfonodos da região hilar)
o Adenopatia + Lesão pulmonar. É classificada como ESTÁGIO II
o Lesão pulmonar. ESTÁGIO III mais agressivo

OBS: quando se observa uma radiografia presença de linfoademoegalia, linfonodos aumentados no hilo
pulmonar, alguns diagnósticos se fazem obrigatórios, tuberculose pulmonar, câncer de pulmão, linfomas,
sarcoidose, nessa ordem. Claro que outros sinais tem que ser considerados, pelo menos esses diagnósticos
devem ser sempre pensados com prioridade

AULA 11
MICOSES PROFUNDAS I
As micoses do ponto de vista químico pode ser divido em superficiais, ou dermatomicoses que são melhores
estudadas nas disciplinas de dermatologia, e as micoses profundas que vamos estudar são apenas alguns grupos
de micoses, as mais importantes. Quando as infecções micóticas e valeria também para as superficiais, elas tem
algumas peculiaridades. São infecções incomuns se comparamos com as outras causas de infecção
especialmente as virais e bacterianas. Frequentemente acometem pessoas imunodeprimidos, especialmente se
houver alguma imunodepressão a partir da imunidade celular. São doenças oportunistas.

Um último aspecto, como os tratamentos antimicrobiano, especialmente a antibioticoterapia de largo aspecto, ou


associação de múltiplos antibióticos, favorecem os quadros de infeção micótica, porque nos alteramos a flora
microbiana, oportunizando muitas micoses a se manifestar, isso se denomina lei de Lúria.

 MORFOLOGIA

Os fungos comumente apresentam dimorfismo ou se apresentam como hifas ou como esporos. Esporos é quando
o ambiente não é favorável para sua proliferação, protegendo, nessa morfologia, seu material genético. Quando
tiver condições ideais para a proliferação, a partir de esporos se geram hifas, e essas podem gerar esporos de
acordo com a própria necessidade.

 CLASSIFICAÇÃO

 Focais
o Micoses Superficiais/ Cutâneas (Dermatófitos)
Vitor Mauro – PATOVAL 183

o Micoses Subcutâneas
 Sistêmicas
o Micoses Endêmicas (dimorfismo)
o Micoses Oportunistas

PARACOCCIDIOIDOMICOS E (BOGLIOLO)

Causada por fungo dimórfico, conhecido apenas em sua forma assexuada ou imperfeita, o Paracoccidioides
brasiliensis (Splendore, 1912; Almeida, 1930), a doença tem ampla sinonímia, que inclui blastomicose sul-
americana, blastomicose brasileira, micose de Lutz-Splendore-Almeida e granuloma paracoccidioico.

HISTÓRIA

Bastomicose Sul-Americana; Doença de Lutz – Splendore Almeira

CARACTERISTICAS GERA IS

 Agente: Paracoccidioides brasiliensis


 Habitat: No meio Vegetal, em meio a fragmentos de madeira, folhas e gravetos. Difícil de se reproduzir em
laboratório
 Tamanho: 5-30 µm

O P. brasiliensis exibe dimorfismo térmico. No meio ambiente, apresenta-se na forma saprofftica de micélios. Em
humanos, o parasito tem aspecto bastante característico: células arredondadas, leveduriformes, de dupla parede
refringente, com ou sem gemulação simples ou múltipla, de 1 a 30 µm no seu maior diâmetro (forma parasitária)

CONDIÇÕES FAVORÁVEIS AO FUNGO

 Temperatura: 17-24ºC
 Pluviometria: 900—1800 ml/ano
 Clima: Temperado a quente
 Vegetação: Florestas abundantes
 Altitude: 47 -1.300m
 Rios: abundantes
 Solo: ácido
 Estação: invernos curtos, verões chuvosos

Devido a essas características ele é bastante encontrado na América Latina, especificamente na américa do sul,
especialmente no Brasil. Centro Oeste, Sudeste, Sul do Nordeste, Sul.

PATOGENIA

Existem casos, em que pode haver por ferimento da pele, via oral é considerado improvável.

Embora tenha sido isolado de tatus e de um cão, seres humanos parecem ser o principal hospedeiro afetado pelo
P. brasiliensis. Como o fungo parece ter seu habitat natural no solo, em vegetais e, possivelmente, no meio
aquático, os habitantes rurais constituem a população de maior risco. A infecção é adquirida por contato com
propágulos da fase micelial do fungo, que cresce saprofiticamente na natureza. Numerosos dados clínicos e
experimentais indicaram, como evento muito mais provável, que a infecção ocorre por inalação, com localização
primária pulmonar

 Inalatória
 Cutânea Inoculação Rara
 Oral é improvável

A invasão se dá:

 Ganglionar Linfática. Ao longo do trato respiratório que vamos ter as infecções, especialmente nos
pulmões, e invade pela ganglionar, assim como na tuberculose
Vitor Mauro – PATOVAL 184

Disseminação:

 Hematogênica

O FUNGO NOS TECIDOS

 LOCALIZAÇÃO:
o Solto nos tecidos. No interstício, ou no interior de células de defesa, nos macrófagos ou até em
células gigantes
o Macrófagos/ Células Gigantes. Ela induz uma resposta inflamatória do tipo granulomatosa. Além
de necrose lítica com grande exsudado de PMN
 REPRODUÇÃO:
o Esporulação simples
o Ou Esporulação Múltipla (“Roda-de-Leme”). Esse fato é relevante porque ele é patognomônico
dessa infecção quando encontrarmos fungos esféricos, com uma bicamada esférica, centrífugo a
posição núcleo desse fungo e houver esporulação múltipla ao redor do fungo que estão se
multiplicando.

FORMA

 Esféricos
 Tem uma dupla membrana birrefringente. Quando acionamos o micrométricos se vê uma birrefringência,
ou seja, membranas em planos diferentes
 Núcleos Excêntricos. Localizados na periferia das células
Vitor Mauro – PATOVAL 185

Exosporulação múltipla é patognomônica e ocorre por meio da formação de cromídios (massas de cromatina) na
periferia do citoplasma, que depois atravessam pequenos pertuitos da parede celular, arrastando consigo porção
do citoplasma e da membrana envolvente; o aspecto resultante é a figura típica em roda-de-leme, o que permitiu a
Almeida, em 1930, estabelecer, entre outros dados, diferença entre o P. brasiliensis e o Coccidioides immitis.

MANIFESTAÇÕES CLÍNIC AS MACROSCÓPICAS

Na pele, o processo reacional localiza-se na derme, elevando a epiderme e produzindo, macroscopicamente,


pequena pápula. A epiderme reage ao estímulo dérmico e prolifera, acentuando o caráter papular da lesão; nas
formas extremas de proliferação epidérmica (hiperceratose e acantose), as lesões assumem aspecto verrucoso.

 PELE: úlceras/ verrugas; em geral na face. Lesão crônica especialmente em indivíduos no meio rura
 BOCA: Pode produzir “Estomatite Moriforme” de aguiar pupo. As vezes a lesão é exuberante, ela pode
também induzir a formação de uma estomatite moriforme, aspecto semelhante a uma amora.
o Topografia: Língua, gengiva, assoalho, mucosa, jugal também, ao longo da via aérea
 GÂNGLIOS: Aumentado (linfonodomegalias) Endurecidos, podendo fistulizar. Outro achado
macroscópico frequente já que ele tem invasão a partir dos linfáticos é provocar um quadro inflamatório
dos linfonodos, que muitas vezes fistulizam-se para as superfícies cutâneas
 LINFÁTICO: O tecido linfoide é frequentemente comprometido
pelo P. brasiliensis, parecendo ser local favorável para sua
localização e multiplicação. Os fungos podem atingir os
linfonodos por via hematogênica ou, mais frequentemente, por
via linfática. Assim, no início o processo tende a ser cortical;
porém, rapidamente generaliza-se, atingindo a medular. A
inflamação resultante pode ser granulomatosa ou necrosante.
 PULMÕES: lesões principais se dá ao nível pulmonar
Geralmente são intersticiais e/ou alveolares. O exame
macroscópico, tal como documentado por estudo radiográfico do
tórax, pode revelar aspectos dferentes segundo o estágio da
doença. Assim, pode encontrar-se a forma miliar ou
micronodular, caracterizada por heterogeneidade de dimensão
das lesões
o Lesões nodulares/ miliares. Isto é multilobulados
o Ora cavernosas, ora pneumônicas. Pode aparecer como lesões cavitárias, ora de aspecto
pneumônico que lembram um aspecto clássico de tuberculose
o Pode ocorrer fibrose, enfisema
o Ápice pulmonar costuma estar livre. Que é a clássica localização da tuberculose, diagnóstico
diferencial. Caracteriza-se por lesões císticas pequenas, irregulares e confluentes. Com a
evolução do processo, surgem estrias e faixas densas de fibrose que se dirigem dos hilos para a
periferia dos campos pulmonares, geralmente acompanhadas de enfisema pulmonar
 RADIOGRAFIA: Imagem que se cunhou como “Asas de borboleta”. Como a doença infeciosa ela não
predomina no ápice, ela tem um localização predominantemente nas porções médias dos pulmões. Então
é nesse local que temos que ver condensações médias bilaterais dos pulmões, com a extensão maior
dessa doença voltada para base da região hilar. E o ápice dessas áreas aproximadamente triangulares se
voltam para a pleura do pulmão bilateral
Vitor Mauro – PATOVAL 186

 LARINGE: Os tumores de laringe, malignos, são mais associados ao tabagismo e ao alcoolismo, alta
associação, são mais comuns que essa doença que estamos atuando, são confundidos com ela.
o Frequentes Lesões Vegetante
o Pode Simular neoplasia. Pelo seu aspecto e também pela sua incidência populacional semelhante

EVENTOS RAROS

 Ossos: determina osteomielites e fístulas (costelas, cintura escapular, extremidades)


 Gênito-Urinário: Compromete epidídimo, podendo formar abscessos e fístulas
 Intestino: úlceras-irregulares, granulomas murais, peritonite crônica
 Sistema Nervoso Central: forma abscessos crônicos imitando tumor

MICROSCOPIA

Trata-se de doença granulomatosa, com dois polos e formas de transição. Mostrando um infiltrado inflamatório
exsudativo de aspecto granular, ou melhor dizendo, formando granuloma. Além de muita células inflamatória
mononucleares, vemos células gigantes, numa lesão mas ampliada (da direita) nós observamos alguns fungos
com a camada bimembranáceas, também vemos um fungo com esporulação muito discretamente na sua periferia

FORMAS CLÌNICAS DA P ARACOCCIDIOIDOMICOS


Vitor Mauro – PATOVAL 187

Aguda/sub-aguda (juvenil) X Crônica (adulto). Na primeira temos um exudativo-necrótica, na segunda temos uma
tuberculose. A questão mais importante na clínica com relação a essa doença, ela tem duas formas de
apresentação dependendo da nossa resposta imunológica, o fungo e o mesmo, mas podemos ter dois quadros
clínicos distintos. Quando é chamada de juvenil, que é predomina nos jovens por imaturidade do sistema imune de
manifestação aguda e subaguda, esse é predominante, o que que acontece, nossa manifestação ela tende a ter
uma resposta pior ao fundo e a forma de apresentação do exsudato ele é destrutiva, como não conseguimos
combater o fungo com tanta eficiência, ele promove uma maior destruição. Em contra partida, a forma crônica, que
é muito mais presente, ele é menos agressiva, ela é mais predominante nos adultos homens, porque a resposta
adulta é melhor, mais efetiva, porque a resposta imune é melhor, é mais efetiva então também o exsudato é mais
organizado, ele lembra mais um aspecto tuberculoide, ou seja, granulomas bem formados e consequentemente
isso significa que tem uma proporcionalidade com uma boa resposta de imunidade celular e consequentemente
nós também temos fungos, porque conseguimos combater melhor o fungo

 FORMA AGUDA OU SUB AGUDA:


A partir da porta de entrada, que em geral passa despercebida, já que não se detectam lesões
pulmonares nem os pacientes referem lesões tegumentares pregressas, a doença progride rapidamente,
disseminando-se por via linfática e linfohematogênica, afetando órgãos principalmente do sistema
fagocitário mononuclear (linfonodos, fígado, baço e medula óssea). O quadro clínico caracteriza-se por
linfadenomegalia, hepatoesplenomegalia e disfunção da hematopoese, podendo simular doença linfomielo
proliferativa. Dependendo da extensão e da disseminação da infecção, essa forma da micose pode ser
subdvidida em moderada i ou grave. O subtipo moderado tende a envolver cadeias linfonodais mais
localizadas, simulando linfoma; comprometimento visceral no subtipo grave é disseminado, simulando
leucemia
o Não há predomínio entre os sexos
o Forma septicémica grave com fungemia. Infecção sistêmica de forma grave, fungos por todo o
corpo
o Linfonodos cervicais volumosos
o Hepatoesplenomegalia.
o Depressão medular (diminuição da hemopoiese). Talvez seja por isso a infecção seja deficiente
o Fungo pode ser isolado do sangue circulante. É o contrapor favorável
 FORMA CRÔNICA DO ADULTO (COMUM):
A doença instala-se e progride mais lentamente, tendendo a permanecer localizada. O paciente pode
apresentar sinais e sintomas referentes apenas a um órgão ou sistema (forma unifocal) ou a mais de um
órgão ou sistema (forma multifocal)
o Maior o predomínio em homens do que em mulheres. Isso se da pela alta taxa de estrógeno das
mulheres, os fungos tem receptores de estrógeno que atuam inibindo a ação do fungo, não causar
infecção. O P. brasiliensis apresenta receptores para estrógenos, sendo os hormônios femininos
capazes de inibir in vitro a transformação da fase rnicelial e dos conídios para a fase.
o Leveduriforme; esse mecanismo poderia ser uma das principais explicações para a conhecida
resistência das mulheres à micose.
o Adulto (30-50 anos)
o Agricultor, em contato com meio rural
o Lesões úlcero-vegetantes orais e periorias. Quando mais superficiais
o Lesões pulmonares são frequentes
Vitor Mauro – PATOVAL 188

Os títulos de anticorpos tem diferença na aguda em comparação com a crônica porque a depressão da imunidade
celular é maior, consequentemente ele se recorre mais da imunidade mural, já a resposta celular na forma crônica
é elevada, os títulos de anticorpos tentam ser menores. Fica nítido a diferença a imunidade celular é muito mais
efetiva no combate da doença, por isso a doença de expressão crônica é muito maior que a aguda, porque a
resposta celular imune é maior.

Então, por ocorrer essas diferenças na resposta imunitária na expressão celular, Granulomas exudativo na aguda
são mais incompetentes com grande quantidade de núcleo, são mais esboçados, não são bens constituídos,
diferente na crônica

DIAGNÓSTICO

 Epidemiologia. Local endêmico, indivíduo do meio rural


 Achados Clínicos de Lesões que sugerem que são compatíveis
 Exame direto de secreções (fístulas e úlceras). Quando lesões mais acessíveis
 Biopsia com coloração de GROCOTT (prata)
 Cultura: Solicitar cultura para bactérias e fungos (sabouraud e agar-sangue)
 Antígeno – Paracoccidiodoidina. Não é específico no entanto, outros podem positivar, então ele ajuda se
temos outros a fatores que apontam para a doença

Se não forem tratados, os pacientes com qualquer uma das formas da micose podem falecer. Com tratamento
adequado, apresentam remissão do quadro

ACTINOMICOSE
Por muito tempo ela foi originalmente como fungo, mas as pesquisas genômicas perceberam que ela é uma
bactéria, mas com um comportamento e morfologia igual aos fungos

CARACTERISTICAS GERA IS

 Agentes: Actinomyces israelii


 Habitat: Agente saprófita de criptas de amigdalas, dentes cariados, canal vaginal
 Invasão: Infecção ocorre por lesão tecidual local (ex.: extração dentária, dentes cariados)
Vitor Mauro – PATOVAL 189

FORMAS CLÍNICAS

a) CÉRVICO-FACIAL. Infecção e a expressão patológica predominantemente nessa região, por causa da


cavidade oral
b) TORÁCICA. Indivíduos que aspiram o conteúdo a partir da região oral
c) ABDOMINAL. Seja por deglutição, ou no caso das mulheres por infecção ascendente. As mulheres que
especialmente que usa DIU aumenta muito as chances, porque a presença desse dispositivo favorece a
invasão desse microrganismo.

CÉRVICO-FACIAL

 A partir de um dente: Infectado/ extraído. Cariado


 Propaga-se à faringe e tecidos moles da face e pescoço
 Desenvolvem-se abscessos, fibrose (de aspecto lenhoso, uma descrição clássica) e pode formar
fístulas cutâneas onde se começam a drenar a secreção.
 Pelas fístulas podem drenar colônias bacterianas (grânulos “sulfuroso” amarelos). Essas fistulas a
secreção é caracteristicamente mais granular, não é fluida, é mais sólida e possui um aspecto mais
amarelado, o enxofre tem uma coloração amarela.
Vitor Mauro – PATOVAL 190

FORMA PULMONAR

 Ocorre por aspiração do material oral infectado


 Morfologia: Abscessos pulmonares crônicas com marcada fibrose.
Lembrem-se abscesso, fibrose, área de condensação crônica que se prolonga como um tempo deve-se
lembrar tuberculose, mas pode ser uma actinomicose

FORMA ABDOMINAL

Ocorre por deglutição do fungo do material oral infectado, ascende por via genital nas mulheres

 Sítio: Íleo terminal, ceco e apêndice. Isso tem uma explicação porque nessa região do intestino tem alta
concentração de Placas de Payer e, portanto, se manifesta o processo inflamativo om maior nitidez e
exuberância
 Morfologia:
o Ulceras intestinais
o Abscessos submucosos, retrocecais, fibrosantes e podem formar fístulas também

COMPLICAÇÕES

 Abscessos & Fístulas. Abscessos não se resolvem com terapia sistêmica, somente com cirurgia. As
fístulas podem se tornar um canal de drenagem, pode ser para os órgãos adjacentes ou para a pele.
 Osteomielites. Pode atingir os ossos, não consegue apenas pela terapia, deve ser tratada com intervenção
cirúrgica
 Cervicofacial: meningite/ abcesso cerebral
 Torácica: colonização cavidades
 Abdome: abscesso hepático

ASPERGILOSE
Aspergillus é um fungo ubíquo que causa alergias (aspergilose broncopulmonar alérgica) em pessoas de outro
modo saudáveis e sérias sinusite, pneumonia e doença invasiva em indivíduos imunocomprometidos. As
principais condições que predispõem a infecção por Aspergillus são neutropenia e corticosteroides. O Aspergillus
fumigatus é a espécie mais comum que causa doença, e ele produz infecções invasivas severas em indivíduos
imunocomprometidos

 Agente: Aspergillus (Flavus, niver, fumigatus)


 Habitat: ubíquo no ar atmosférico e vias aéreas humanas.
o Quando coloniza e infecta, produz os aspergilomas (“bolas fúngicas”). Massas proliferativas de
hifas formam “bolas fúngicas” amarronzadas repousando livres no interior das cavidades.
 Manifestações clínicas (imunodeprimidos)
o Aspergilose Pulmonar: quadro pneumônico crônico, hemoptise, tosse, febre, expectoração.
Novamente leva a tuberculose, mas temos que pensar em aspergilose em imunodeprimidos
 Dano potencial: destruição tecidual e invasão vascular
Vitor Mauro – PATOVAL 191

Lesões prévias de tuberculose, que formam cavernas, ainda que elas já tenham sido tratadas elas favorecem a
instalação e multiplicação de fungos, inclusive os aspergilus

Aparecem as Hifas, hifa multiseptada, com ângulos mais agudos. O Aspergillus forma corpos de frutificação
(usualmente nas cavidades pulmonares) e filamentos septados, com 5 a 10 μm de espessura, e ramificações em
ângulos agudos (40 graus)

HISTOPLASMOSE
 Agente: Histoplasma capsulatum
Vitor Mauro – PATOVAL 192

 Habitat: olhos/ criatórios de aves (pombos) e morcegos (Alto teor de Netrogênio, que é um preferencial
desse fungo, se desenvolve em meios mais ácidos com nitrogênio, o ar desses ambiente, ou usar
máscara porque pode se contaminar com esse agente
 Inoculação: Inalação de microconídeos
 Manifestações clínicas: usualmente assintomáticos. È sintomática quando o indivíduo esta
imunosuprimindo
o Tende a causar quadro pneumônico
o Histoplasmose
 Pulmonar aguda
 Pulmonar crônica (Mimetiza TBC)

Histoplasmose corada com coloração Prata. Realiza sua multiplicação por multiplicação simples

AULA 12
MICOSES PROFUNDAS II
ESPOROTRICOSE
 Agente: sporotrix schenckii
 Habitat: cosmopolita em vegetação
 Inoculação:
o Espinhos e fragmentos vegetais. O fungo consegue entrar a partir
o Arranhaduras cutâneas por animais domésticos
Vitor Mauro – PATOVAL 193

Exemplos de manifestação de esporotricose em felinos, com padrão típico de manifestação e também o aspecto
da úlcera determinada pela infeção do esporotrix. O cancro de inoculação, o ponto inicial da lesão, começa a se
desenvolver pode levar algumas semanas, para se desenvolver numa pápula e numa ulcera e , de acordo com a
drenagem linfática vão aparecendo na sequência vários outros cancros, numa linfangite ascendente.

LESÃO

 Cancro Esporotricótico: corresponde a lesão de inoculação nódulo/ ulcerosa cutânea. Inicial, pode ser
aspecto de nódulo, mas podem ulcerar. Conforme vai ascendendo via linfática vão surgindo outros
nódulos
 Estruturas comprometidas
o Doença essencialmente cutânea e subcutânea.
o Pode atingir gânglios, ossos, rins, testículo, pulmões. Pode manifestar sistemicamente uma vez
que atinge a circulação quando ela tem esse tipo de manifestação

ASPECTO CLÍNICO

 Clássico “Rosário de Lesões” (em cadeia): são nódulos que evoluem para úlceras, em caráter ascendente,
interligados por linfáticos salientes. “Linfangite Ascendente”.

DIAGNÓSTICO ANÁTOMO -PATOLÓGICO

Raramente é feito porque é difícil identificar o fungo nos tecidos, em geral a cultura de úlceras é positiva.

 Microscopia: Nódulo Esporotricótico, na lesão nudulos identificáveis


o Centro supurativo: neutrófilos e piócitos. Tende a ter pus
o Orla tuberculóide: Macrófagos e cél de Langhans. Os macrófagos por vezes por vezes já podem
estar na gorma de granulomas já organizados
o Orla sifiloide: Linfócitos, plasmócitos e fibroblastos. Ao redor dos dois outros anteriores
 Eventualmente o agente (S. shenckii), pode ser encontrado dentro das células gigantes, na forma de
corpúsculo asteroide, ou as vezes até solto entre os tecidos
Vitor Mauro – PATOVAL 194

CROMOMICOSE
 Agente: fungos do gênero Phialiphora verrucosa
 Inoculação: cutânea, em habitantes no meio rural
 Sítio das lesões: geralmente membros inferiores (pé e perna) e membros superiores. Lesões cutâneas o
fungo é inoculado e nós começamos o processo infeccioso que especialmente são localizados nos
membros inferiores perna e pé, pois são mais vulneráveis na natureza, mas não são exclusivos

ASPECTO CLÍNICO DAS LESÕES

Múltiplas: desde pápulas, até verrugas, ou passando por ulceras, as vezes com grandes placas multicolores

 Microscopia: Lesão atinge epiderme, derme e subcutâneo


 Epiderme:
o Lesões verrucosas, hiper/paraceratose, acantose (hiperplasia epidérmica)
o Microabscessos intra-epiteliais. Ou seja, abscessos dentro da camada epitelial com a presença de
fungos

Fungos por coloração de prata


 Granulomas incompletos “torpes” (macrófagos, células epitelióides e de Langhans, fibrose.
Nesses microabscessos nós podemos identificar granulomas que tendem a ser
incompletos, torpes.
Vitor Mauro – PATOVAL 195

 Fungos em divisão: Binária


 São geralmente encontrados soltos, no meio da supuração, ou no interior de células
gigantes

AULA 13
NEOPLASIAS MESENQUIMAIS
São neoplasias que afetam os tecidos originários da mesoderma, ou seja, musculo liso, adiposo, musculo
esquelético, fibroso, vascular, ósseo e cartilaginoso. Derivadas do segundo folheto embrionário

BENIGNAS
LIPOMA (BOGLIOLO E ROBBINS)
Neoplasia benigna de tecido adiposo. É tumoração benigna
formada por células gordurosas maduras, sendo a neoplasia mais
frequente dos tecidos mesenquimais

 Sítios Principais
o Subcutâneo, é o principal, pois é o local onde se
tem maiores tecidos adiposos
o Intermuscular
o Retroperitoneo
o Tubodigestivo (sub-mucosa)
 Macroscopicamente
o Nodular, acios, ncapsulados, amarelados e
brilhante
 Microscopicamente:
 Adipócitos, muitas vezes combinados com tecido fibroso (fibro-lipomas) e ou vasos (angiolipoma).
Histologicamente, os lipomas são envolvidos por cápsula delgada de tecido conjuntivo e constituídos por
adipócitos maduros. Podem infiltrar-se no tecido muscular (lipoma intramuscular), mostrar grande
quantidade de tecido conjuntivo (fibrolipoma) ou de glicosaminoglicanos (mixolipoma), misturar-se a tecido
muscular (miolipoma, angiomiolipoma) ou a glândulas sudoríparas (adenolipoma).
 Particularidades:
o Podem ser múltiplos (Lipomatose). Em cerca de 95% dos casos, ocorre como lesão única; em 5%,
são múltiplas. Há duas formas de lipoma múltiplo em adultos: (1) adipose dolorosa ou doença de
Vitor Mauro – PATOVAL 196

Dercum, em que surgem depósitos de gordura sensíveis, circunscritos ou difusos; (2)


lipomatosesimétrica benigna, que se caracteriza pela formação gradual de grandes massas
coalescentes e assintomáticas de lipomas, especialmente no tronco e em braços; às vezes,
recebe a denominação de doença de Madelung, quando os lipomas se encontram dispostos no
pescoço com aspecto de "colar de cavalo".
o Lipomas do cólon (sub-mucosos) crescem para a luz, ulcerando a mucosa, simulando carcinomas.
Induz a retirada de uma parte do intestino
o No rim ocorrem os angiomiolipomas. Componentes musculares e vasculares no mesmo tumor,
além dos adipócitos

ROBBINS: Os tumores benignos de tecido adiposo, conhecido como lipomas, são os tumores de tecido mole mais
comuns da vida adulta. Subclassificam-se em lipoma convencional, fibrolipoma, angiolipoma, lipoma de células
fusiformes, mielolipoma e lipoma pleomórfico. Algumas variantes têm anormalidades cromossômicas
características; por exemplo, lipomas convencionais frequentemente mostram rearranjos de 12q14-q15, 6p e 13q
e lipoma de célula fusiforme e pleomórfico possuem rearranjo de 16q e 13q.

Morfologia. O lipoma convencional, subtipo mais comum, é uma massa bem encapsulada de adipócitos maduros
que varia consideravelmente em tamanho. Surge no subcutâneo das extremidades e tronco, com mais frequência
durante o meio da vida adulta. Raramente os lipomas são grandes, intramusculares e mal circunscritos. Os
lipomas são moles, móveis e indolores (exceto o angiolipoma) e em geral são curados com uma excisão simples.

LEIOMIOMAS
Neoplasia Benigna de T. Muscular Liso

 Sítios Principais:
o Útero. Principal
o Tubo Digestivo
o Pele
Vitor Mauro – PATOVAL 197

 Macroscópico:
o Nodular (único/múltiplos). Costuma ser múltiplo quando acomete o útero, brancacento, firme, bem
delimitado, fasciculados ao corte, brilhoso
 Microscopia
o Feixes de fibras musculares lisas em várias direções diferentes, isso que da o aspecto fasciculado
 Alterações regressivas nos miomas
o Calcificações, outras degeneraçãos, por exemplo, huialinas, cárnea qua são as áreas
hemorrágicas, formação de pseudo-cistos

MIXOMAS
Formado por tecidos mixoides, podem ser encontrados no disco intervertebrais. Tumores benignos formados por
tecidos mixoides

 Locais onde existe tecido mixóide:


o Ocorre normalmente em cordão umbilical, disco intervertebral, átrio cardíaco esquerdo,
subcutâneo, ossos
 Sítios Principais:
o Átrio Cardíaco Esquerdo
o Subcutâneo
o Ossos
 Macroscopia:
o Macios, gelatinoides, friavel com algum grau de translucidez, branco-acizentados, circunscritos

CONDROMAS (ROBBINS)
Vitor Mauro – PATOVAL 198

Neoplasias benignas de cartilagem

 Sítios Principais
o Ossos das mãos
o Ossos dos pés
o Ossos Longos

 Características
o Massa translúcida, esta invadindo o tecido ósseo, as vezes aparece a lesão mais
encondromatosa, localizada mais internamente na profundamente do osso e que pode formar,
inclusive, fratura patológica
o Na microscopia se observa condrócitos numa matriz cartilaginosa tal qual se encontrará na
cartilagem hialina.
o Na macroscopia É um tumor que normalmente é bocelado, brancacento, liso, brilhante, elástico,
simulando uma cartilagem.
o Na topográfica, posição do tumor em relação ao corpo, geralmente estão na intimidade dos
ósseos, eventualmente podem ser paraosteais, e mais incomumente extra esquelético,
descontínuo ao osso

 Particularidades:
o Condromatose Múltipla: Doença de Ollier (encodromatose múltipla), Síndrome de Muffucci (além
dos encondromatoses, são acompanhadas de hemangiomas). Quando a muitos condromas,
especialmente em condromas, pode levar a deformidades das exterminadas, existem duas
doenças que se notabilizam por essa peculiaridade. Elas representam encondromatoses, ou
condromatoses múltiplas, o risco é que quando aumenta o número de tumores benignos no corpo,
Vitor Mauro – PATOVAL 199

aumenta proporcionalmente a chance que algumas dessas células sofram mutações adicionais,
uma vez sendo neoplasias, elas são mutações, se transformem na sua versão maligna, os
condrosarcomas

Os condromas são tumores benignos de cartilagem hialina que muitas vezes ocorrem em ossos de origem
endocondral. Podem originar-se da cavidade medular, onde são conhecidos como encondromas, ou da superfície
do osso, onde são chamados de condromas subperiosteais ou justacorticais. Os encondromas são os tumores
intraósseos de cartilagem hialina mais comuns e são usualmente diagnosticados nos indivíduos que estão entre
20 e 40 anos de idade. Em geral, são lesões metafi sárias solitárias dos ossos tubulares; os principais sítios são
os ossos tubulares curtos das mãos e dos pés. A síndrome dos encondromas múltiplos ou encondromatose é
conhecida como doença de Ollier. Se a encondromatose está associada a hemangiomas de tecido mole, a
desordem é chamada de síndrome de Maffucci.

Morfologiaia. Os encondromas costumam ser menores do que 3 cm e macroscopicamente apresentam cor cinza-
azulada e são translúcidos. Compõem-se de nódulos bem circunscritos de cartilagem hialina citologicamente
benigna (Fig. 26-26). A porção periférica dos nódulos pode sofrer ossificação endocondral e o centro, calcificar e
morrer. Os condromas na doença de Ollier e síndrome de Maffucci são algumas vezes mais celulares e exibem
atipia citológica, tornando difícil a distinção dos condrossarcomas.

Características Clínicas. A maior parte dos encondromas são assintomáticos e detectados como achados
incidentais. Ocasionalmente eles são dolorosos e causam fratura patológica. Os tumores na encondromatose
podem ser numerosos e grandes, produzindo deformidades graves. As características radiográfi cas são
marcantes; os nódulos não mineralizados de cartilagem produzem radiolucências ovais bem circunscritas,
circundadas por um fi no bordo de osso radiodenso (sinal do anel C ou O)

OSTEOMAS (ROBBINS)
Neoplasias benignas produtoras de osso

 Sítios Principais:
o Crânios, principalmente nos ossos planos
o Raramente em ossos longos

 Características:
o Não malignizam: entretanto sempre existe uma exceção, mas é muito específico
o Podem associar-se com polipose colônica. Crescimento de pólipos no nível do pólipo. Quando
temos vários osteomas é importante que se faça exames para ver não há pólipos acompanhando,
caracterizando a síndrome de Gardner. Isso sim, deve ser visto com cuidado, porque essa
síndrome favorece a malingnização

Os osteomas são tumores sésseis bocelados, arredondados ou ovais; que se projetam a partir das superfícies
subperiosteal ou endosteal do córtex. Os osteomas subperiosteais por vezes surgem sobre ou dentro do crânio ou
Vitor Mauro – PATOVAL 200

ossos da face. Eles geralmente são solitários e detectados em adultos de meia-idade. Os osteomas múltiplos são
encontrados na presença da síndrome de Gardner. São compostos por osso trançado e lamelar com frequência
se deposita num padrão cortical com sistemas tipo haversianos. Algumas variantes contêm um componente de
osso trabecular no qual os espaços intertrabeculares são preenchidos por medula óssea hematopoiética. Os
osteomas geralmente são tumores de crescimento lento e de pouco significado clínico, exceto quando causam a
obstrução da cavidade de um seio, comprimem o cérebro ou olho, interferem na função da cavidade oral ou
produzem problemas estéticos.

FIBROMA (TEM FIBROMA PRA TODO LADO NO BOGLIOLO)


Tecido Fibroso.

 Sítios Principais:
o Subcutâneo
o Ovário
o Fáscias articulares
o Vísceras
 Macroscopia:
o Encapsulados, brancacentos, brilhantes, endurados, fasciculados
 Microscopia:
o Células alongadas, uniformes, matriz exígua, grande população de fibroblastos neoplásicos

MALIGNAS
São chamados genericamente de sarcomas para se fazer uma diferenciação das neoplasias malignas epiteliais,
que são os carcinomas.

SARCOMAS
 Conceito: Neoplasias malignas dos tecidos mesenquimais
 Macroscopia: costumas ter características em comum, não é universal, mas ajudam na diferenciação
especialmente na vigência de uma cirurgia, quando um cirurgião está removendo uma lesão, identifica
umas característica ele pode começar a pensar que é um sarcoma. As lesões sarcomatosas
o Aspecto irregular, infiltrativo, mais homogêneo, branco-acinzentado, brilhante, aspecto de “carne-
de-peixe”

GRAUS DE DIFERENCIAÇÃO (OMS)


 Grau I: assemelham-se aos tecidos normais. Muito diferenciado geralmente
 Grau II: intermediário entre G1 e G2
 Grau III: são macios com muita necrose e hemorragia. Lembram muito o aspecto de “carne-de-peixe”

Disseminação: usualmente por via venosa, tipicamente para fígado e pulmão

NOMENCLATURA
 Regra geral:
o Tecido + Sarcoma (tumor mesenquimal maligno)

OCORRÊNCIA
 Infância:
o Osteossarcoma, rabdomiossarcoma
 Adultos:
o Condrossarcoma
o Fibrossarcoma
o Lipossarcoma
o Leiomiossarcomas
Vitor Mauro – PATOVAL 201

FIBROSARCOMA (BOGLIOLO)
 Sítio Principais:
o Subcutâneo
o Fascias articulares
o Retroperitôneo
 Comportamento:
o Infiltrantes periferia. Tendem a ser recidivantes, ou seja, se você resseca o tumor, é comum que
nos tecidos adjacentes volte a se desenvolver o tumor porque células tumorais acabaram
permanecendo no tumor e não foram possíveis de serem retiradas devido ao fato de não serem
visíveis naquele momento
 Macroscopia:
o Depende da diferenciação celular
 Microscopia: células fibrosas, alongadas, padrão estoriforme, lembra o um conjunto de células
redemoinho, característico de um tecido bem diferenciado, quando um pouco diferenciado não se ve tanto
essa característica, haja vista que o tecido apresenta bastante necrose e hemorragia

Neoplasia maligna de tecido fibroso (adulto jovem). Também raro, o fibrossarcoma ocorre mais em adultos (20 a
70 anos) e prefere a região medular de ossos longos, especialmente a extremidade distal do fêmur e a superior da
tíbia. O tumor pode ser secundário a doença de Paget óssea, displasia fibrosa ou osteomielite crônica; em certos
casos, surge após irradiação. Raramente é multicêntrico. O quadro histológico varia de formas bem diferenciadas,
ricas em colágeno e com escasso pleomorfismo celular, até tumores bastante indiferenciados. Os primeiros têm
prognóstico melhor. À biópsia, o diagnóstico diferencial com osteossarcoma de baixo grau ou com fibroma
desmoplásico pode ser difícil.

VARIANTE: FIBROHISTIOCITOMA MALINGO

Predomínio em idosos. Tem fibroblasto malignos e histiócitos malignos

 Microscopia:
o Os fibroblastos, hitiócitos tende uni ou multinucleados, tente a esse aspecto lembrando
grosseiramente uma espinha de peixe. No meio da massa de muitos fibroblastos malignos se
encontram histiócitos

LIPOSSARCOMA (ROBBINS)
Neoplasia maligna de tecido adiposo (adultos). Constitui 15 a 20% de todos os sarcomas de tecidos moles, mas
raramente desenvolve-se no tecido subcutâneo; a maioria origina-se em planos musculares, principalmente nas
coxas

 Sítios Principais
o Subcutâneo, coxas e nádegas, principalmente
onde se tem mais adiposidade
o Retroperitôneo
o Mesentério
 Macroscopia:
São reconhecidos três subtipos, com diferenças
epidemiológicas e prognósticas: (a) bem diferenciado
(tumor lipomatoso atípico, lipoma atípico), de melhor
prognóstico; (b) mixo ide, que inclui o tipo de células
redondas, ou variante lipoblástica; (c) pleomórfico, de
pior prognóstico. O diagnóstico do tumor depende do
encontro de lipoblastos, que se caracterizam pela
capacidade de sintetizar e acumular lipídeos no
citoplasma
o Se Grau I: “lipoma-like”, circunscritos, amarelos, com pseudo-capsula, volumosos, multinodulares
o Grau II, entre o grau I e grau III
o Grau II; tipo “carne-de-peixe”, com necrose e hemorragia
Vitor Mauro – PATOVAL 202

 Microscopia
o Densidade de adipócitos é muito maior, irregularidade, são mais celulares que um tecido normal,
sob grande aumento, céllas multinucleadas, atipias importantes, eventualmente mitoses, os
componentes anaplásicos é que não nos dizer com bastante convicção que se trata de um tumor
maligno
 Comportamento:
o Grau I: invasão local, recidivantes
o Grau II: invasão local x metastatizante
o Grau III: invasão local, metastatizante. Devem ser visto com muito mais cuidado pelos
oncologistas, devem acompanhar o paciente com uma frequ~encia mais intensiva, para que
identifique lesões metastáticas precocemente, que são mais facilmente tratáveis

Os lipossarcomas são um dos sarcomas mais comuns da vida adulta e aparecem em indivíduos entre 40 e 70
anos de idade, sendo raro em crianças. Usualmente surgem em tecidos moles profundos das extremidades
proximais e retroperitôneo, sendo notórios por desenvolverem grandes tumores.

Morfologia. Os lipossarcomas são divididos histologicamente em variantes bem diferenciadas, mixoides; de


células redondas e pelomórficas. As células nos lipossarcomas bem diferenciados são reconhecidas de imediato
como lipócitos e os tumores celulares com frequência contêm braços cromossômicos supranumerários e gigantes,
devido à amplificação da região 12q14-q15 contendo o oncogene MDM2. Esse oncogene, conforme citado
anteriormente, inibe a p53. Nas outras variantes, a maioria das células tumorais não é claramente adipogênicas,
mas algumas células indicativas de diferenciação adiposa quase sempre estão presentes. Essas células são
conhecidas como lipoblastos, simulam células adiposas fetais e contêm vacúolos citoplasmáticos arredondados de
lipídio que deixam o núcleo irregular. A variante de célula mixoide/arredondada de lipossarcoma tem uma
anormalidade cromossomial no t(12;16)(q13;p11) na maioria dos casos.

A variante bem diferenciada é relativamente indolente, o tipo mixoide é intermediário no seu comportamento
maligno, e a variante pleomórfica em geral é agressiva e com metástases frequentes. Todos os tipos de
lipossarcoma recorrem localmente e muitas vezes de forma repetida, a menos que sejam excisados de modo
adequado

LEIOMIOSSARCOMA (BOBGLIOLO)
Neoplasia maligna de tecido muscular liso. O leiomiossarcoma representa aproximadamente 1,5% das neoplasias
malignas do útero e ocorre sobretudo em mulheres entre 40 e 60 anos de idade. A maioria dos leiomiossarcomas
é intramural, podendo acometer também o colo uterino. O tumor apresenta-se como massa única, de limites
pouco definidos, de coloração amarelo-acinzentada ou rósea, frequentemente com áreas de necrose e hemorragia

 Sítios-principais:
o Útero, é o principal
o Tubo digestivo
o Subcutâneo

Presença de mitoses
Vitor Mauro – PATOVAL 203

 Características:
o Critérios: são de necrose e de mitose, se tiver necrose identificados, e mitoses (mais de 5 mitoses,
somando 10 campos de grande aumento visto na sequência). Os principais critérios para
diagnóstico de leiomiossarcoma são hipercelularidade, atipias nucleares, 10 ou mais figuras de
mitose em 10 campos de grande aumento e necrose

Mitoses atípicas, tretapolar

RABDOMIOSSARCOMA (ROBBINS)

Neoplasia maligna formadora de tecido muscular esquelético

 Sítios-Principais:
o Crianças: especialmente nessa topográfica Gênito Urinário,
cabeça e pescoço
o Adultos: músculos esquelético em geral, e nas mulheres no
útero. Não é tão frequente quanto nas crianças
 Macroscopia:
o Carnosos, semelhantes a “carne-de-peixe”. Na imagem 1
o Polipóides, crescendo para a luz da bexiga ou estruindo pela
vulva “sarcomas botrióides” botrios significa cachos de uva.
Na imagem 2
 Microscopia:
o Normal: células alongadas, multinucleares e com várias estrias
transversais que correspondem estruturalmente aos
sarcolemas.
o Neoplasia: bem diferenciados vamos tender a achar o mesmo
tipo de estrutura, as mesma estrias transversais
representando o componente sarcolema. Usa-se técnica
Vitor Mauro – PATOVAL 204

imunohistoquímica

Podem ser de três tipos:

O rabdomiossarcoma embrionário é o câncer mais frequente em tecidos moles de crianças, acometendo


sobretudo a cabeça e o pescoço (47%) e o sistema geniturinário (28%). As células neoplásicas são pequenas,
redondas e indiferenciadas, por vezes detectando-se rabdomioblastos com citoplasma eosinofílico abundante

O rabdomiossarcoma alveolar é formado por ninhos celulares com grande número de células isoladas e
multinucleadas, separadas por septos fibrovasculares e intercalados com focos de padrão sólido. O tumor
acomete pacientes de todas as faixas etárias, predominando em adolescentes e adultos jovens, sem predileção
por crianças, sendo as extremidades o local mais frequente da lesão (40%). A lesão tem crescimento rápido. Na
localização paranasal, evolui com proptose e déficit neurológico

O rabdomiossarcoma pleom6rfico é sarcoma de alto grau de malignidade que acomete preferencialmente os


membros inferiores de adultos, ao redor da sexta década. Trata-se de tumor raro, constituído por células
poligonais, atípicas, redondas ou alongadas, com diferenciação muscular e sem componente embrionário ou
alveolar detectável. Não foram encontradas alterações citogenéticas específicas nesse tipo de lesão.

CONDROSSARCOMAS (ROBBINS)
 Origem:
o Primários: sem lesão pré-existente, simplesmente surgem
o Secundários: a partir de uma lesão pré-existente (ex.: osteocondroma, condroma) a partir de uma
lesão benigna se transformas numa lesão maligna
 Mascroscopia:
o Grau I: são tumores condroides, volumosos, brancos, lobulados, sem necrose, geralmente
periféricos ao osso
 Comportamento:
o Invasão Local, recidivantes
 Microscopia.
o São condrócitos, porem são muito mais adensados, celularidade muito maior, com mitoses e
também com uma anaplasia evidente, células de tamanhos e formas diferentes que não vamos na
versão benigna
Vitor Mauro – PATOVAL 205

Os condrossarcomas são um grupo de tumores com amplo espectro de achados clínico e patológico. Uma
característica comum de todos eles é a produção de cartilagem neoplásica. O condrossarcoma é subclassifi cado
de acordo com a região central (intramedular) e periférica (justacortical e superficial). Histologicamente, eles
incluem variantes tipo convencional (hialina e/ou mixoide), de célula clara, diferenciado e mesenquimal. Tumores
centrais convencionais correspondem a cerca de 90% dos condrossarcomas

Morfologia. O condrossarcoma convencional é composto de cartilagem hialina e mixoide maligna. Os tumores de


grande volume são formados por nódulos de tecido branco-acinzentado, brilhante e um tanto translúcido (Fig. 26-
30). Nas variantes predominantemente mixoides, os tumores são viscosos e gelatinosos e a matriz pode escorrer
na superfície de corte. Calcificações pontuais são típicas e uma necrose central pode criar espaços císticos.

Os condrossarcomas comumente surgem das porções centrais do esqueleto, incluindo a pelve, ombro e costelas.
A variante de célula clara é ímpar por originar-se de epífi ses de ossos longos tubulares. Ao contrário dos
endocondromas, o condrossarcoma raramente envolve as extremidades distais. Esses tumores apresentam-se de
um modo geral como massas dolorosas e de crescimento progressivo. O padrão de crescimento nodular da
cartilagem produz uma irregularidade endosteal proeminente nos exames radiográfi cos. A matriz calcifi cada
aparece como um foco de densidade fl oculenta. Um tumor de baixo grau e de crescimento lento causa um
espessamento reativo do córtex, enquanto uma neoplasia de alto grau mais agressiva destrói o córtex e forma
uma massa de tecidos moles

OSTEOSSARCOMA (ROBBINS)

OSTEOSSARCOMA CONVENCIONAL (OSTEOGÊNICO)

FAIXA ETÁRIA: 5-25 anos. Predominante ao sexo masculino

 SÍTIOS: metáfises de fêmur e tíbia, no joelho das vítimas (60%), ilíaco (15%), úmero (10%), mandibular
(8%), outros.
 CLÍNICA:
Os osteossarcomas costumam apresentar massas dolorosas e de aumento progressivo. Algumas vezes
uma fratura súbita do osso é o sintoma primário
o Dor. Rechaça o periósteo
o Aumento de volume
o Fratura Patológica. Ocorre pelo desiquilíbrio de forças proporcional, porque o tumor esta
destruindo o osso
 LABORATÓRIAMENTE:
o Aumento da fosfatase alcalina de níveis bem elevados, associa com destruição óssea, como é um
tumor osteolítico por excelência, ele costuma apresentar fosfatase alcalina elevada no sangue.
Uma caracterísitica que se observa que ele começa a se expandir lateralmente. Na verdade, esse
é o perióstero rechaçado, empurrado pelo tumor, formando entre a
superfície do osso e o perióstero rechaçado, pontilhado na figura uma
área aproximadamente triangular, sinal clínico chamado de Trígono
de Codman, sinal de tumor malingo
o Imagem: lesão volumosa, metafisária, com grande destruição óssea,
áreas líticas e escleróticas, invasão de partes moles.
 MACROSCOPIA:
o Sólidos com extensa necrose, hemorragia, invasão medular e de
partes moles circunjacentes ao osso. Ele não invade a cartilagem
articular, porque ela é pobre em vasos, ela pode até circundar a
cartilagem, mas tem uma tendência em conserva-la
 MICROSCOPIA:
o Tecido osteóide malingo, descontínuo, quebradiço, fragmentado, não
forma o tecido normal. Além de ser combinado com outros
componentes sarcomatosos (vasos fibroso, cartilagem)
 EVOLUÇÃO: (cirurgia + quimio + radio)
o Sobrevida em 5 anos sem o tumor, se em 5 anos ele não apresentar
nenhum outro sinal do tumor, geralmente a chance de recidiva é pequena, o que para muita gente
é entendida como cura, mas os oncologistas não o definem assim, ele pode retornar depois. Uma
Vitor Mauro – PATOVAL 206

característica desse tumor, no momento do diagnóstico há uma frequência relativa de metástase


para os pulmões, deve-se fazer um exame detalhado de tórax.

Neoplasia óssea primitiva produtora de tecido osteoide maligno. Forma osteóide, tecido esteóidede, porem
malingo, não consegue formar com característica normais, é todo quebradiço. O osteossarcoma é definido como
um tumor mesenquimal maligno no qual as células cancerosas produzem matriz óssea. Trata-se do tumor maligno
primário mais comum do osso, excluindo o mieloma e linfoma, sendo responsável por cerca de 20% dos cânceres
ósseos primários

Aproximadamente 70% dos osteossarcomas têm anormalidades genéticas adquiridas como alterações ploidais e
aberrações cromossômicas, nenhuma das quais é específica deste tumor. O mais comum é a presença de muitas
mutações frequentes que interferem com a função de dois genes: (1) RB, o gene retinoblastoma, um regulador
crítico do ciclo celular; e (2) p53, um gene cujos produtos regulam o reparo de DNA e certos aspectos do
metabolismo celular

AULA 14
NEOPLASIAS VASCULARES
Sistema vascular correspondem da camada mesodérmica também corresponde a neoplasias mesenquimais

ALTERAÇÕES DO DESENVOLVIMENTO
 TELANGIECTASIAS – ARANHAS VACULARES (“ SPIDERS”): Representam uma área ectásica,
uma área dilatada de vaso com um ponto central, de onde se irradiam vários pequenos vasos. Podem
concorrer com várias outras patologias, são facilmente detectáveis quando se pressionam a parte centrar
da lesão e tendem a esvaziam o leito capilar que estamos vendo esvaziado nesse momento. Pode ser
congênita, podem desenvolver na vida do indivíduo, mas não representam alterações neoplásicas
Vitor Mauro – PATOVAL 207

 NEVOS FLAMMEUS (NEVO S EM MANCHA DE “VINHO DE PORTO”): São dilatações mais


exuberantes do sistema vascular, normalmente de origem venosa, mas também pode ser de origem
arterial. São alterações bastante significativas, extensas, podem ocorrer em várias localizações no corpo.
O principal prejuízo mais importante é o estético, embora seja exuberando, também não é neoplásica

Na histologia se observa, na região dérmica várias dilatações vasculares, onde estão preenchidas de
material hemático e percebemos que na parede dessa vasos não há alterações citológica, são dilatações
dos vasos que fazendo volume, se expandindo, com efeito de massa, eleva a superfície cutânea e , por
transparência, permite a visualização características desse nevos

 SÍNDROME DE STURGE-W EBER: angiomatose encefalotrigeminal. É uma angiomatose que pode


estar associada com uma facolmatose, uma doença derivada do comprometimento do mesoderma. No
caso, é rara, tem um comprometimento clínico importante, acomete não só a superfície do corpo, mas
Vitor Mauro – PATOVAL 208

tende a ter repercussão neurológica ipsilateral, na mesma topografia. A importância é que essas lesões,
vasos dilatados na região subcutânea, corresponde a alterações intracranianas, ou seja, no nível das
meninges.
Justamente com essa síndrome, existe outra manifestações.
o EPIDEMIOLOGIA: facomatose rara, congênita, neurológica e cutânea
o FISIOPATOGENIA: anomalia embrionária arteriovenosa para defeitos meso e ectodérmico. É
uma anomalia embrionária, compromete tanto artérias quanto veias causando uma má formação
com dilatação, resultando de defeitos meso e ectodérmicos
o LOCAL: hemisfério cerebral. Distribuição do V nervo craniano. Corresponde a lesão trigeminal,
lesão hemisférica ipsilateral
o CARACTERÍSTICAS: angioma cutâneo de coloração vinhosa. Angioma leptomeningeal
ipsilateral. Convulsões mais retardo mental e glaucoma

NEOPLASIAS VASCULARES BENIGNAS

HEMÁTICAS

 HEMANGIOMAS: são tumores benignos do sistema vascular que pode comprometer qualquer tipo de
vaso, geralmente são capilares, mas podem ser cavernosos
o EPIDEMIOLOGIA: Representam 7% de todas neoplasias benignas. Neoplasia de partes moles
mais comum em crianças
o TIPOS DE VASOS: arteriais, venosos e capilares
o LOCAIS PREFERENCIAIS: cabeça, pescoço, fígado
o RELEVÂNCIA: geralmente é estética, mas podem ser perigosos no SNC (hemorragia, epilepsia).
Aumentam o risco de haver uma ruptura desses hemangiomas, eles tem uma fragilidade maior do
que um vaso convencional, cansando uma hemorragia, ou epilepsia
o TIPOS:
(1) CAPILAR: são os mais comuns, geralmente, crianças, tender a crescer e evoluir

(2) CAVERNOSO: bem menos frequente, caracterizam por formar grandes canais vasculares,
são visíveis pela sua coloração e pelo seu relevo, podem progredir, via de regra evoluem
Vitor Mauro – PATOVAL 209

(3) GRANULOMA PIOGÊNICO : o que se descobriu com um tempo é um hemangioma que


tem um infiltrado inflamatório na sua periferia e geralmente tem origem a traumas, ou
infecções locais, é bastante frequente na extremidades nos dedos, forma polipoide do
Hemangioma capilar, localizado em pele, mucosa; associado a trauma e infecções

LINFANGIOMAS (BOBLIO LO)

O linfangioma adquirido progressivo é tumor raro de adultos. Não há predomínio por gênero, e a lesão é mais
comum nas extremidades, especialmente nos membros superiores. O tumor forma placa ou mácula solitária, bem
delimitada e eritematosa, que cresce de forma gradual

 EPIDEMIOLOGIA: relativamente incomuns. Os linfangiomas tem o conteúdo linfa, ela não é visível, não
reflete a cor, eventualmente vai haver um percentual pessoas que vão ter linfangiomas capilares, por
exemplo na superfície do corpo e serão absolutamente invisíveis, pois como são só maculares e como a
linfa não tem conteúdo que refrate cor, o professor sabichão pirocudo que manda matéria 2 dias antes da
prova acredita que muitos casos acabam não sendo identificados
 TIPOS: Capilares (linfangioma simples) ou Cavernosos (higroma cístico), essa última lesão tem mais
importância porque ela atinge grandes volumes e tem uma certa dificuldade a ressecção pois ela pode
retornar. Chama de higroma cístico, um tumor formado por líquido e que acaba cistificando
 No caso dos cavernosos, temos:
o LOCALIZAÇÃO: geralmente cervical
Vitor Mauro – PATOVAL 210

o PREVALÊNCIA: crianças
o COMPORTAMENTO: difícil ressecção e pode recidivar
o ASSOCIAÇÕES: S. Turner (aneuploidias), S. alcóolica fetal

Tendem a se classificar como capilares e cavernosos, dado a extensão da lesão. Nos cavernosos, inclusive, ele
acaba ganhando uma segunda designação de Higroma Cístico.

Apresenta quatro formas principais: linfangioma cavernoso, higroma cístico, linfangioma circunscrito e linfangioma
adquirido progressivo (linfangioendotelioma benigno).

O tipo superficial, ou linfangioma circunscrito, caracteriza-se por ser mais frequente na infância, com distribuição
igual nos dois gêneros. O tumor apresenta-se como grupos de lesões de consistência mole, róseo-acinzentadas,
de aspecto vesicular, semelhante a ovos de rã, às vezes associadas a lesões verrucosas; localiza-se de
preferência nas extremidades, na face e no tórax

O tipo profundo, ou linfangioma cavernoso, é lesão congênita ou infantil que incide igualmente em ambos os
gêneros. Localiza-se principalmente na região da cabeça e do pescoço (língua) e extremidades, podendo
ocasionar aumento de volume da parte afetada (macroscelia, macroglossia). O tumor forma grande massa difusa
e bastante pastosa, sendo muito propensa a recorrência após excisão simples. Higroma cístico é lesão congênita
ou da infância que se apresenta como grande massa cística, principalmente no pescoço, nas axilas e na região
inguinal

Higroma cístico é lesão congênita ou da infância que se apresenta como grande massa cística, principalmente no
pescoço, nas axilas e na região inguinal. Pode coexistir com mancha de vinho do Porto

GLÔMANGIOMA (ROBBINS)

Tumor glômico pode ser benigno ou maligno, não existe uma regra fixa absoluta que o classifique como benigno

 EPIDEMIOLOGIA: raros, prevalece em adultos


 COMPONENTE VASCULAR: glomo, região de transição arteriolo venosa que acontece nas
extremidades do corpo, pontas dos dedos, extremidade nasal, extremidades das orelhas. A função do
glomo é a fazer a comunicação direta entra e arteríola e vênula em situações de estresse, especialmente
Vitor Mauro – PATOVAL 211

sob exposição a uma temperatura muito baixa. A função disso é fazer um desvio vascular para que o
indivíduo poupe calor.
Derme, subcutâneo, falanges distais
 COMPORTAMENTO: quase sempre benignos
 CLÍNICA: dor lancinante; paroxística
 MACROSCOPIA: nódulo vermelho-azulado porque é basicamente constituída de vaso; 1,0 cm de
diâmetro, podem crescer mais, mas no momento do diagnóstico ele tem esse tamanho
 HISTOLOGIA: padrão trifásico, células glômicas que é a essência do diagnóstico (poligonais), células
vasculares células endoteliais, portanto, e músculo liso
 RECIDIVA PÓS RESSECÇ ÃO: 10%. Nem sempre a cirurgia vai ser curativa na totalidade dos casos

Os tumores glômicos são benignos, peculiarmente dolorosos e se originam de células musculares lisas
modificadas do corpo do glomus, uma estrutura arteriovenosa especializada envolvida na termorregulação.
Embora possam assemelhar-se a hemangiomas cavernosos, os tumores do glomus constituem uma entidade
distinta em virtude das células que os constituem. São mais comumente encontrados na poção distal dos dedos,
especialmente sob as unhas. A excisão é curativa. As lesões do tumor do glomus são nódulos redondos,
discretamente elevados, azul-avermelhados e firmes (geralmente com menos de 1 cm de diâmetro) que
inicialmente se assemelham a um foco minúsculo de hemorragia. Histologicamente, eles são agregados, ninhos e
massas de células especializadas do glomus estreitamente associados a canais vasculares em ramificação, todos
dentro de um estroma de tecido conjuntivo. As células tumorais individuais são pequenas, uniformes e redondas
ou cuboides, com citoplasma escasso e características ultraestruturais ligadas às das células musculares lisas

NEOPLASIAS VASCULARES INTERMEDIÁRIAS


São neoplasias de comportamento malignam mas que usualmente não metastatizam

SARCOMA DE KAPOSI (BOBLIOLO)

Usualmente era uma doença incomum, classicamente acometiam idosos, entretanto, com o advento de novas
medicações e que permitem indivíduos sobreviver em estado de imunossupressão, especialmente no surgimento
da AIDS, ela deixou de ser um caráter mais incomum, para ser mais comum como sarcoma hemorrágico,
idiopático e múltiplo; predomina em homens idosos descendentes de europeus meridionais e orientais. Além
desse, há outros três tipos: (a) africano endêmico; (b) associado a transplante de órgãos; (c) relacionado com a
AIDS.

 EPIDEMIOLOGIA: incomum; classicamente idosos, exceto imunossuprimidos e sidéticos


 COMPORTAMENTO: hemangioma de malignidade intermediária. Ou seja, se assemelha muito a um
hemangioma mas apresenta algumas atipias, invade os tecidos vizinhos, mostrando que tem um caracter
de malignidade local
 LOCALIZAÇÃO: tipicamente é um tumor pele, mas pode atingir alguns órgãos parenquimatosos
 EVOLUÇÃO: lenta, raramente fatal. Na maioria das vezes é tratável e bem tratável
 FISOPATOGENIA: Associação muito forte com o vírus da herpes 8 (HHV-8). Predisposição genética.
Embora seja desconhecida é bem associada com o vírus da herpes, existe uma forte predisposição
genética em alguns grupos étnicos

 FASES CUTÂNEAS
Vitor Mauro – PATOVAL 212

Começa com lesões do tipo maculares, não tem volume mas tem coloração e são bem delimitados, com um
aumento da massa tumorais de acordo com um tempo começa fazer proeminência na superfície, evoluindo para
placas e, por fim, evoluindo para nódulos O aspecto histológico de todas as formas do tumor na pele é
semelhante. Nas lesões inicais, há aumento e dilatação dos capilares e infiltrado de linfócitos, plasmócitos, alguns
histiócitos e fibroblastos. Em algumas lesões, o componente angiomatoso predomina, aparecendo numerosos
vasos neoformados, com endotélio intumescido e cercado de células periteliais em meio a estroma edematoso
contendo hemácias e depósitos de hemossiderina Nas lesões mais antigas, há proliferação de células fusiformes,
que se dispõem irregularmente em várias direções. Tais células parecem formar capilares abortivos e possuem
núcleo grande, hipercromático e com mitoses. Na fase final, pode haver focos de necrose, fibrose e
desaparecimento da lesão

 FORMAS CLÍNICAS

Possui 4 formas clínicas identificáveis

1. KAPOSI CRÔNICO (EURO PEU): acomete predominantemente homens, idosos, não tem doença de
imunossupressão identificáveis, predominante nos grupos de judeus Ashkenazi, população que vivem no
leste europeu, e, numa prevalência bem menor, em povos do mediterrâneo. Earo, caracteriza-se por
placas ou nódulos vermelho-azulados a castanho-escuros, em especial na parte distal dos membros
inferiores. Tardiamente, podem ulcerar ou formar linfedema
2. KAPOSI AFRICANO (LINFOADENOPÁTICO): região média do continente, crianças etnia Bantu
(mesma distribuição Linfoma Burkitt), existe uma grande prevalência de infecção pelo vírus HVB, um tipo
de vírus de herpes, que tem relação com o linfoma de Burkitt, sendo predisponente ao Kaposi Africano. É
disseminado e, além da pele, lesões em vísceras são frequentes. Em crianças, envolvimento extenso de
linfonodos subcutâneos sem comprometer a pele é comum. Tem evolução arrastada. Lesões viscerais
extensas resultam em sobrevida curta.
3. KAPOSI DOS TRANSPLANTES: Uso de imunossupressor após transplante. Imunossupressão
prolongada por terapia e cura-se com a retirada do tratamento imunossupressor. Ocasionalmente,
associa-se a leucemia ou linfoma.
4. KAPOSI DA SIDA: Destaque porque sendo uma doença de elevada prevalência (AIDS) aumentou muito
a prevalência do sarcoma de kaposi, aumentou muito a prevalência que tende a atingir 15 a 25% dos
paciente, preferencialmente homossexuais masculinos. sarcoma de Kaposi cutâneo surge em 35% dos
pacientes e é mais comum em homossexuais. Clinicamente, as lesões são menores, dispersas e
progridem rapidamente. Acometimento interno é frequente, mas, como causa de morte na AIDS, perde
para as infecções relacionadas com a imunodeficiência
Vitor Mauro – PATOVAL 213

Na primeira imagem se tem um sarcoma de Kaposi com lesões no dorso em forma de nódulo, já na segunda
imagem se tem um em forma de placas, na terceira (abaixo da primeira) se tem um se mostrando em maculas. Na
histologia, tecido vascular com seus endotélios, cercados por uma massa de células bastante densas e com
atipias, percebe-se com algumas mitoses.

Os pacientes quando tratados, até os aidéticos tendem a regredir, tem um bom prognóstico

HEMANGIOENDOTELIOMA (ROBBINS)

 Epidemiologia: raríssimo, dados escassos, atinge mais a população adulta


 Comportamento: neoplasia de malignidade intermediária
 Localização: predomina em tecidos moles, em regiões onde há bastante concentração de vasos, ao nível
do tecido pulmonar, nível do fígado, dos ossos, com mais frequência se encontram esses hemangiomas
 Histologia: células fusiformes, epitelióides, semelhantes ao Sarcoma Kaposi. Entretanto, a diferença é que
é um tumor mais denso e quando se faz técnica imunohistoquímica, vai haver positividade para fator VIII,
que é um fator ligado a estrutura dos vasos, que vai positivar para a lecitinas, que ajuda no diagnóstico
diferencial
 Evolução 70% há recidiva local e 30% metástases

Na imagem do fígado se observa duas regiões esbranquiçadas representam hemagioendotelioma, pois


posteriormente foi identificado a presença dos canais vasculares
Vitor Mauro – PATOVAL 214

O hemangioendotelioma é um termo que denota um amplo espectro de neoplasias vasculares com


comportamentos clínicos intermediários entre hemangiomas benignos bem diferenciados e angiossarcomas
altamente malignos, que serão descritos adiante. O hemangioendotelioma epitelioide é um exemplo; trata-se de
um tumor vascular de adultos e que ocorre nas veias com médio e grande calibres. As células tumorais são
arredondadas e muitas vezes cuboides (assemelhando-se a células epiteliais); canais vasculares bem definidos
não chamam a atenção. O comportamento clínico é variável; a maioria é curada por excisão, mas até 40%
recorrem, 20% a 30% finalmente metastatizam e talvez 15% dos pacientes morrem dos tumores.

NEOPLASIAS VASCULARES MALIGNAS

HEMANGIOSSARCOMA (RO BBINS)

O próprio nome com o sufixo sarcoma já demarca a origem maligna dessa neoplasia. Mesmo de ser a lesão
vascular mais frequente, do ponto de vista geral ela é rara

 EPIDEMIOLOGIA: raro 1% de todos os sarcomas, predomina em adulto


 FATORES ASSOCIADOS: idade aumentada, linfedemas crônicos, presença de corpos estranhos,
exposição a algumas substâncias, por exemplo “thorotrast’, contrate, e o “cloreto de vinil”, tubos e pvc
 LOCALIZAÇÃO: é um tumor de superfície também, tende a acometer mais a pele e a região superficial
de partes moles, podem incidir em vísceras
 HISTOLOGIA: células fusiformes vasculares, tem que ter a presença do vaso obviamente e que tem alto
índice mitótico
 PROGNÓSTICO: reservado, o diagnóstico é ruim

Na imagem à direita se tem um músculo com uma área escura, revelando a maior concentração de sangue desse
tumor. Na segunda imagem se observa, muito claramente, os canais vasculares. Ao redor se observa as células
fusiformes e com muita mitose. Na terceira, se tem uma técnica de imunohistoquímica onde se demarca os
elementos endoteliais, revelando que de fato é uma neoplasia de origem vascular
Vitor Mauro – PATOVAL 215

Os angiossarcomas são neoplasias endoteliais malignas (Fig. 11-33) com histologia variando de tumores bem
diferenciados que se assemelham a hemangiomas (hemangiossarcomas) a lesões anaplásicas difíceis de
distinguir de carcinomas ou melanomas. Os adultos mais idosos são mais comumente afetados, havendo iguais
predileções por gênero; ocorrem em qualquer local, porém mais frequentemente na pele, partes moles, mama e
fígado.

Morfologia. Os angiossarcomas cutâneos podem começar como múltiplos nódulos eritematosos enganosamente
pequenos, bem delimitados e assintomáticos; a maioria finalmente se transforma em grandes massas carnosas de
tecido vermelho-bronzeado a cinza-esbranquiçado (Fig. 11-33A). As margens se misturam imperceptivelmente
com as estruturas em torno. São frequentes as áreas centrais de necrose e hemorragia. Microscopicamente,
podem ser vistos todos os graus de diferenciação, de células endoteliais arredondadas e anaplásicas, mas
reconhecíveis, produzindo canais vasculares (Fig. 11-33B), a tumores imensamente indiferenciados com um
aspecto de células fusiformes e sem vasos sanguíneos definidos. A origem desses tumores em células endoteliais
pode ser demonstrada pela coloração para CD31 ou o fator de von Willebrand

HEMANGIOPERICITOMA (ROBBINS)

 EPIDEMIOLOGIA: mais raro que a anterior, predomina em adultos


 LOCALIZAÇÃO: MMII, pelve e retroperitônio. Predomina mas da parte inferior do corpo
 MACROSCOPIA: massa bem delimitada com vários cm de diâmetro. No momento de diagnóstico
costuma ser uma massa grande com vários cm de diâmetro
 HISTOLOGIA: células com capilar central circundadas por fibras reticulínicas. É uma característica
interessante porque ajuda a fazer o diagnóstico
 IMUNOHISTOQUÍMICA: peculiaridade, ainda que a CD34 seja positivo, nós temos negatividade para o
Fator VII. Enquanto no hemangiossarcoma costuma das positivo, ajuda a diferenciar uma neoplasia da
outra
 PROGNÓSTICO: reservado, semelhante ao anterior

Nas imagens se observa os lagos vasculares característicos, bem delimitados, entretanto muito deles são vasos
irregulares, por isso são designados como vasos em “chifre de cervo”. Quando se utiliza coloração por prata,
observa-se ao redor dos vasos bem as fibras reticulinas. Fator que nos auxilia no diagnóstico
Vitor Mauro – PATOVAL 216

Na primeira imagem se vê uma vista com maior aumento, com algumas atipias, com algumas mitoses. Quando se
usa o CD 34 na imiunohistoquímica se observa que ele marca bem claramente a região da proximidade do
endotélio, entretanto se solicitar o fator VIII ele não vai positivar

Os hemangiopericitomas são tumores raros derivados dos pericitos – células semelhantes a miofi broblastos,
normalmente dispostas entre os capilares e vênulas. Os hemangiopericitomas podem ocorrer como massas
indolores com aumento de volume lento em qualquer local anatômico, porém são mais comuns nas extremidades
inferiores (especialmente na coxa) e no retroperitônio. Consistem em numerosos canais capilares ramifi cados e
espaços sinusoidais nos intervalos, encerrados no interior de ninhos de células fusiformes a redondas. Colorações
especiais confi rmam que estas células estão fora da membrana basal das células endoteliais e, portanto, são
pericitos. Os tumores podem recorrer depois da excisão e aproximadamente metade metastatizará, geralmente de
modo homogêneo, para os pulmões, o osso ou o fígado.

LINFANGIOSSARCOMA (BOBLIOLO)

Tumor raríssimo que atinge os vasos linfáticos, mas maligno, que o fator predisponente mais classicamente
associado, pelo menos bem mais consolidado são os quadros de Linfedema crônico, assim como no caso de
angiossarcoma.

No braço amputado se observa o claro linfedema afetado, é um fator, sem dúvida, mais associado. Na outra se
observa células endoteliais atípicas, com os conteúdos vasculares vazios, estão vazios porque não existe sangue
no sistema linfático
Vitor Mauro – PATOVAL 217

Se apresenta sob três formas: (a) angiossarcoma idiopático da cabeça e do pescoço; (b) angiossarcoma
associado a linfedema; (c) angiossarcoma pós-irradiação. Em geral, o tumor desenvolve-se em áreas de
linfedema resultante de mastectomia radical; pode originar-se também em outros órgãos e metastatizar para a
pele. Clinicamente, caracteriza-se por nódulos subcutâneos e dérmicos, vermelho-violáceos, às vezes
papilomatosos, que podem ulcerar. Histologicamente, encontra-se proliferação de células endoteliais grandes e
atípicas que revestem lacunas vasculares ou formam massas sólidas. Há, ainda, proliferação e dilatação de
linfáticos na derme e no subcutâneo.

AULA 15
NEOPLASIAS TROFOBLÁSTICAS
 DEFINIÇÃO: espectro de tumores e condições semelhantes a tumores que se caracterizam por
proliferação de tecido trofoblástico associado à gravidez a com potencial progressivamente maligno.
 RELEVÂNCIA:
o Prevalência: 1/1000 a 1:200 gestações (USA) exista alguma neoplasia trofoblástica, que é um
conjunto de neoplasias ou condições tumorais
o Controle: São tumores com alta produção da HCG-Beta. Utilizado para diagnóstico, tem índices
elevadíssimos, bem maiores que uma gravidez convencional
o Tratamento: altamente responsivo à quimioterapia. Embora seja muito agressivo, se for
identificado a tempo e feito o tratamento quimioterápico adequado, há uma grande chance de
sobrevida

Na imagem esta circulado a região trofoblástica, onde as lesões costumam se localizar

CLASSIFICAÇÃO
Vitor Mauro – PATOVAL 218

São classificadas de forma decrescente em frequência, mas crescente em agressividade. As lesões mais
benignas são as lesões molares, também chamadas de hidatiforme, porque lembram hidátides e vesículas, elas,
por sua vez, são classificadas em 2 tipos, as molas parciais e completas. Na sequência, nós temos molas
invasores que são lesões citológicas semelhanças a mola, porem elas tem capacidade de invadir. Por fim, se tem
a versão maligna das lesões molares, que é o córiocarcinoma.

MOLAS
 CARACTERÍSTICAS: São tumefações que formam estruturas cistificadas a partir da vilosidade coriona.
É possível identificar proliferação de terico Trofoblástico
 CLÍNICA: Sexo feminino, no 4 ou 5º mês de “gestação” (é colocado entre aspas pois ela nunca é uma
gestação que vai resultar em um feto viável, mas é um processo que desenvolve tecidos trofoblástico que
se associas a gestação) é uma mulher que pensa que está tendo uma gestação normal, em torno do 4º 5º
mês começa a ter escapes hemorrágicos vaginais, normalmente essa evolução começa a crescer o
abdome e ele parece um útero com volume aumentado, e normalmente mais aumentado que seria
suposto para uma gestação normal de mesma evolução. Vai haver aumento do útero porque vai haver
tecido trofoblástico se desenvolvendo, molar dentro do útero. Fetos nunca nascerão vivos
 RISCO: gestantes adolescentes e adultas entre 40 e 50 anos
 INCIDÊNCIA: 1:1000 (USA), em desenvolvidos a ocorrência é relativamente baixa e 10:1000 (indonésia)
 TIPOLOGIA
o MOLA COMPLETA: Fecundação de ovócito desprovido de cromossomos
o MOLA PARCIAL: Fecundação de ovócito por 2 espermatozoides ou 1 espermatozoide diploide
Vitor Mauro – PATOVAL 219

Curiosidade: durante o período de investigação de gestação, como o HCG-Beta é elevado avaliado


quantitativamente, mas se for feito o exame ultrassonográfico, esse sinal é bastante sugestivo, não vemos o saco
embrionário, delimitados, mas se observa na massa se desenvolvendo dentro do útero com ecogenissidade quase
ausente, coloração negra nas fotos, porque são lesões císticas, esse aspecto foi cunhado como sinal em cacho de
uva

MOLA INVASORA
 CARACTERÍSTICA: Focalmente invasora, penetrando na parede uterina e podendo até perfura-la. Pode
embolizar/metastatização. Ela pode infiltrar na parede do útero, pode perfura-lo
 CLÍNICA: Sangramento vaginal + útero aumentado tende a ser irregularmente (característica adicional) +
nível de HCG elevado
 RISCO: pode evoluir para histerectomia por ruptura da parede
 TRATAMENTO: quimioterapia e ruptura
 OBSERVAÇÃO: 20% originam-se de molas completas prévias
Vitor Mauro – PATOVAL 220

Na histologia, se tem vilosidades com o tecido trofoblástico desenvolvido. Na parte suporior se tem tecido
molar, logo abaixo tecido muscular liso. No meio do tecido muscular liso se observa uma região com
tecido trofoblástico (circulado), mostrando eu o tecido está invadindo. Fora essa classificação o tecido
apresenta atipias

CORIOCARCINOMA
Versão mais temida de todo esse conjunto de neoplasias ou condições associadas.

 CARACTERÍSTICA: neoplasia epitelial maligna que se origina de uma gravidez normal ou anormal. O
que precisa ter havido antes é uma gravidez, quando se fala em gravidez anormal, está se falando da
lesões molares, ou até de gravidez ectópica
 INCIDÊNCIA: 1:20000 a 30000 gestações (USA), Nigéria 1:2500. Diferença entre os extremos
 FATORES ASSOCIDAOS: Idade materna, parece ser associado especialmente nas mais jovens,
começando bem cedo, lembrando que as lesões molares tende a acontecer nos extremos, grande
quantidade de jovens tendo gestações numa idade bem precoce, isso aumenta a chance de risco, Abortos
incompletos, baixa associação socioeconômica também os níveis dietéticos como proteínas, ácido fólico e
caroteno já se mostrou como um fator possivelmente associado ao coriocarcinoma.
 ETIOLOGIA:
o MOLA HIDATIFORMES: 50%. Quando uma mulher tem um diagnóstico de mola, porque em
gestações futuras, um percentual dela pode evoluir para um coriocarcinoma
o ABORTAMENTOS: 25%
o GRAVIEZ NORMAL: 22%
o GRAVIDEZ ECTÓPICA : 3%
 MORFOLOGIA: tumor amolecido, carnoso, amarelo-esbranquiçado, áreas necróticas/hemorrágicas,
invasivo. Lembra muito uma mola invasora, infiltra os tecidos adjacentes
 HISTOLOGIA: é obrigatório que vejamos tecido trofoblástico, mas deve ter bastante atipias e anaplasia,
inclusive com mitose.
 CURSO CLÍNICO : crescimento local moderado, costuma cursar com escape hemorrágico paroxístico.
HCG elevadíssimo. Metástases: pulmões, vagina, cérebro, fígado e rim. Aspecto mais nefasto da doença,
é comum no momento do diagnóstico que já haja metástases pelo corpo
 TRATAMENTO: quimioterapia com excelentes resultados (cura 80% dos casos).
Vitor Mauro – PATOVAL 221

Aproximação do tecido trofoblástico, tanto o sincício trofoblástico é mais característico da superfície, com múltiplos
núcleos quanto o cistotrofolblasto já são células individuais. Sinciciotrofoblasto na segunda imagem mostrando
células gigantes multinucleadas. Não confundia que essas são células gigantes tumorais, não células de
Langherann ou de corpo estranho que se vê nas inflamações granulomatosas

Biopsia de tecido pulmonar, se ve essa massa de células e se observa o sincício trofoplástico de caracter maligno
compondo esse tecido. É uma metástase de um coriocarcinoma
Vitor Mauro – PATOVAL 222

AULA 16
TUMORES DE OVÁRIO
CISTOS NÃO NEOPLÁSICOS (BOGLIOLO E ROBBINS)
Bogliolo: Cistos não neoplásicos são lesões comuns, de grande interesse clínico e sobretudo cirúrgico,
relacionadas muitas vezes com alterações funcionais do ovário (hiperestrogenismo) e hemorragia uterina
disfuncional. Em exames de magem i (p. ex., ultrassonografia pélvica), constituem diagnóstico diferencial com
neoplasias císticas. Quando se rompem, provocam hemorragia que pode ser volumosa.

Robbins: Os cistos mais frequentemente são revestidos por epitélio mesotelial ou de tipo tubário. A associação
próxima entre os carcinomas ovarianos e o epitélio superfi cial ovariano ou os cistos de inclusão pode explicar o
desenvolvimento de carcinomas extraovarianos de histologia semelhante derivados de vestígios do epitélio
celômico (a chamada endossalpingiose) no mesentério.75 Contudo, claramente é uma simplifi cação excessiva da
patogenia do câncer ovariano.

CISTOS FOLICULARES ( BOGLIOLO)

 Extremamente comuns
 São folículos mal formados, ou seja, atrésicos e que costumam se
apresentar na forma cistificada.
 Múltiplos, uniloculados uma só cavidade, contendo líquido seroso em
seu interior, sub-capsulares, significa logo abaixo da capsula, em
geral tem de 0,5 a 1,0 cm no seu maior eixo.
 A maior importância deles está no diagnóstico diferencial para lesões
tumorais neoplásicas, embora esse diagnóstico seja fácil

Decorrentes de folículos não rotos, são tão comuns que podem ser considerados variação normal da evolução dos
folículos ovarianos. Tais cistos são geralmente pequenos (< 2,0 cm e, raramente, atingem 5,0 cm), únicos ou
múltiplos e com superfície interna lisa, sem massas vegetantes na luz. O conteúdo é seroso, cristalino ou
discretamente hemorrágico. Microscopicamente, os cistos são revestidos por células da granulosa ou da teca,
com ou sem luteinização. Como podem produzir estrógenos, às vezes causam hiperestrogenismo e hemorragias
uterinas acíclicas ou disfuncionais. Podem também favorecer torção do ovário. Em geral, os cistos foliculares
regridem espontaneamente em 2 ou 3 meses

CISTOS DE CORPO LÚTEO (BOGLIOLO)

 Se formam a partir do copo-lúteo e se apresentam com suas bordas, ou orlas, bem amarelo-alaranjadas e
o centro hemático.
 EVOLUÇÃO: Cessada a causa determinante os cistos evoluem e se transformar em corpo albicante ]

Resultam de hemorragia excessiva no corpo lúteo e do fechamento cicatricial precoce no ponto de ovulação. Em
geral, medem mais de 2,5 cm. A parede é castanho-amarelada, a superfície interna é lisa e o conteúdo é
hemorrágico no início (Figura 16.41) e incolor quando ocorre sua reabsorção. Os cistos são revestidos por células
da teca e da granulosa luteinizadas. Tais cistos são frequentemente confundidos com cistos endometrióticos
durante cirurgia. Sua ruptura ou torção com hemorragia abdominal pode smu i lar gravidez ectópica.

CISTO TECA-LUTEÍNICO

 São mais incomuns


 Grandes cistos com conteúdo hemático e espessas orlas amareladas
 CAUSAS: se associam com gravidez, mas as gestações molares, ou até os coricarcinomas eles também
tentem a cursar com esse tipo de cisto, também uso de estimulantes de ovulação como o clomifene
 EVOLUÇÃO: Cessada a causa determinante os cistos evoluem e se transformar em corpo albicante
Vitor Mauro – PATOVAL 223

OVÁRIOS POLICÍSTICOS (BOGLIOLO )

Ou também chamados de Stein-Leventhal

 MORFOLOGIA: ovários aumentados, fibrose do estroma cortical, vários cistos sub-corticais (do tipo
foliculantes), ausência de corpos lúteos.
 Fatores associados:
o ANOVULAÇÃO : apresentará oligomenorréia, menor fluxo menstrual e também infertilidade.
o AUMENTO DOS HOMÔNIMO S ANDRÓGENOS: acne, hirsutismo
o RESISTÊNCIA À INSULINA: Obesidade, DM II

Também conhecida como síndrome de Stein-Leventhal, a doença de ovários policísticos é condição relativamente
comum (6 a 10% das mulheres em idade reprodutiva), mais frequente em jovens (3ª década) e caracterizada por:
(1) ovários esclerocísticos; (2) oligoamenorreia e ciclos anovulatórios, levando a infertilidade; ( 3) manifestações
androgênicas, inclusive hirsutismo, acne e alopecia. Em alguns casos, associam-se obesidade, resistência à
insulina e diabetes melito tipo II.

O evento primário da síndrome permanece desconhecido, embora alguns estudos apontem como transtorno
básico disfunção enzimática ovariana que leva a produção aumentada de andrógenos (androstenediona).
Andrógenos ovarianos em excesso levam a maturação folicular anômala, com formação de múltiplos cistos
foliculares, atresia folicular prematura e anovulação. A formação acíclica de estrógenos inibe a síntese de FSH e
estimula a produção de LH. Elevação persistente dos níveis de LH (o que, segundo alguns autores, seria o evento
primário), estimula as células da teca interna a produzir androstenediona. Estudos recentes consideram a
resistência periférica à insulina o evento primário da síndrome.

Macroscopicamente, os ovários estão aumentados de volume e têm superfície externa brancacenta, perolácea e
lisa (aparência de "ovos de galinha"). Microscopicamente, encontra-se espessamento fibroso da cápsula e
numerosos cistos foliculares, com hiperplasia e luteinizaç.ão da teca interna. Estigmas de ovulação (corpo lúteo e
corpos brancos) estão em geral ausentes.

Evolução clínica é lenta. Devido ao hiperestrogenismo prolongado, as pacientes apresentam risco aumentado de
desenvolver hiperplasia e adenocarcinoma endometriais e carcinoma da mama. A doença pode ser tratada com
Vitor Mauro – PATOVAL 224

hormônios reguladores do ciclo menstrual, fármacos indutores de ovulação ou cirurgia com ressecção em cunha
dos ovários

NEOPLASIAS DE OVÁRIO
A bilateralidade em lesão ovariana neoplasia é um sinal de alerta, embora não seja uma verdade absoluta. Nas
lesões malignas a capsula pode estar rompida por infiltração tumoral. A lesão benigna geralmente é móvel, já a
maligna é aderente devido a infiltração. Quando a ascite estiver presente na benigna é amarelo citrina, amarelo,
translúcida, já lesão maligna é frequente a presença de ascite, ela tende a ser turva, mais escura. Quando o tumor
é solido, ele tem uma consistência firme, elástica, na maligna é comum zona de amolecimento porque é comum
necrose e a necrose então provem de uma perda de consistência local. Na lesão benigna ao corta a superfície é
uniforme, ou seja, tem um mesmo aspecto em toda superfície, já na maligna é comum ter vários aspectos e cores
diferentes, daí o nome aspecto variegado

NEOPLASIAS DE OVÁRIO , SEGUNDO SUA ORIGEM CELULAR (ROBBINS)


Vitor Mauro – PATOVAL 225

As neoplasia ovarianas dos epitélios de superfície são as mais comuns, representam até ¾ do total, as neoplasias
de células germinativas menor, seguido com um pouco menos os cordões sexuais e 5% das lesões neoplásicas
do ovário são metástases. A proporção de lesões malignas, 90% são das epiteliais superficiais, seguindo pelos
dados da tabela. Quanto ao grupo etário afetado, as lesões de células epiteliais predomina nos 20 anos ou mais,
seguindo pelos dados da tabela, nas metástases é variável, porém são mais frequentes nas idades aumentadas,
ou seja, de mulheres mais velhas. Veremos na sequência os tecidos afetados

Existem vários tipos de tumores ovarianos e, em geral, todos estão nas categorias benigna, limítrofe e maligna.
Aproximadamente 80% são benignos, e ocorrem principalmente em mulheres jovens entre os 20 e 45 anos de
idade. Os tumores limítrofes ocorrem em idades um pouco mais avançadas. Os tumores malignos são mais
comuns em mulheres mais velhas, entre os 45 e 65 anos de idade. O câncer de ovário representa 3% de todos os
tipos de câncer em mulheres e é a quinta causa mais comum de morte por câncer em mulheres nos Estados
Unidos. Entre os cânceres do trato genital feminino, a incidência de câncer ovariano está situada abaixo apenas
do carcinoma do colo uterino e do endométrio. Além disso, uma vez que a maioria dos cânceres de ovário é
detectada quando já houve disseminação além do ovário, eles representam um número desproporcional de
mortes decorrentes de câncer do trato genital feminino

TUMORES PRIMITIVOS OVARIANOS (ROBBINS)


A maioria das neoplasias primárias do ovário está situada nesta categoria. A classificação de tumores epiteliais do
ovário é baseada tanto na diferenciação quanto na extensão da proliferação do epitélio. Existem três tipos
histológicos principais, dependendo da diferenciação do epitélio neoplásico: tumores serosos, mucinosos e
endometrioides.75 A extensão da proliferação epitelial está associada ao comportamento biológico do tumor e é
classificada como benigna (proliferação epitelial mínima), limítrofe (proliferação epitelial moderada) e maligna
(proliferação epitelial acentuada com invasão do estroma). Os tumores benignos muitas vezes são adicionalmente
classificados com base nos componentes tumorais, que podem incluir áreas císticas (cistadenomas), áreas
císticas e fibrosas (cistadenofi bromas) e áreas predominantemente fibrosas (adenofibromas). Os tumores
limítrofes e os malignos também podem apresentar um componente cístico e, quando malignos, algumas vezes
são chamados de cistadenocarcinomas.

 TUMORES DO EPITÉLIO DE SUPERFÍCIE (BOGLIOLO)


Tumores originados do epitélio de revestimento são os mais frequentes do ovário (65 a 70% de todos os tumores
do órgão) e os mais comuns entre as neoplasias malignas ovarianas; originam-se do epitélio celômico, que possui
capacidade de diferenciação para epitélios dos tipos tubário (serossecretor), endocervical (mucossecretor) ou
endometrial (endometrioide). As neoplasias são subclassifi.cadas de acordo com alguns parâmetros: (a) tipo de
diferenciação epitelial (serosos, mucinosos, endometrioides etc.); (b) localização da proliferação epitelial
(superficial ou intracística); (c) comportamento biológico (benignos, malignos e intermediários ou borderline)

TUMORES SEROSOS (ROB BINS)

São os tumores do epitélios de superfície mais frequente. Tumor seroso é aquele que secreta serosidade. Então
ele é cístico, tem cavidades e, no seu interior, tem um líquido relativamente translúcido.
Vitor Mauro – PATOVAL 226

 CISTOADENOMA SEROSO/ SEROSO PAPILÍFERO (60%). É um adenoma porque é uma célula


glandular, forma um cisto e o conteúdo do cisto é seroso, também é chamado de seroma papilífero porque
o epitélio, quando visto a microscopia, forma papilas, se projeta. Se pegarmos todos os tumores serosos,
ele é benigno e representa 60% das lesões, a maioria das serosas
 CISTOADENOMA “BORDERLINE” / SEROSO PAPILÍFERO BODERLINE (15%): é fronteiriço,
ele também é seroso papilífero, mas como ele tem atipias, ele pode, eventualmente, sofrer uma mutação e
invadir, se tornar localmente agressivo. Então, ele está situado na transição entra a lesão benigna e a
maligna
 CISTOADENOCARCINOMA SEROSO PAPILIFERO (2 5%): lesão francamente maligna,
representa ¼ de todos os tumores serosos.
 MACROSCOPIA:
o BENIGNOS: Cistos, em geral uniloculados, lisos (raras papilas macroscópicas), tensos porque o
líquido faz uma pressão interna, conteúdo seroso translúcido bem fluido
o MALIGNOS: Papilas na superfície externa (invasão de cápsula), internamente massas brancas
com excrescência papilares projetadas para as cavidades
Na imagem se tem 3 padrões macroscópicos, estrutura cística cheia de líquido, cavidade geralmente lisa,
por dentro e por fora, eventualmente, uma estrutura parecido com a primeira quando aberta se mostra
como a segunda imagem pode revelar dentro excrecência brancacentas até papilíferas pelo aspecto
internamente. Na terceira imagem mostra lesões malignas, lesões císticas, com grandes massas
internamente, com as excrecências brancacentas e que também tem na superfície externa.

 MICROSCOPIA:
o Revestimento Epitelial Seroso
o Formação de papilas
o Eventualmente algumas Calcificações (“psamomma-Bodies”)
 Obs.: Benignidade x malignidade é analisado pela análise das papilas (atipias e arquitetura histológica)
porque o padrão estrutural das papilas, especialmente, a presença de anaplasia dessas células vai nos
dizer se ela tem características de benignidade ou malignidade
Na primeira imagem, se tem um cistoadenoma seroso papilar de camada simples, monótonas de camada
simples, não há nada de padrão maligno. Já é um pouco diferente a segunda da primeira, já se observa
várias camadas de células, onde deveria ser visto apenas 1 camada de célula serosa. No mínimo, se deve
pensar que esse cistoadenoma seroso papilar seja limítrofe. Agora, se tem um pronunciamento das
papilas, com múltiplas papilas, múltiplas camadas de células e ainda com atipias, ainda teremos dúvidas
de um cistoadenocarcinoma
Vitor Mauro – PATOVAL 227

Estas neoplasias císticas comuns são revestidas por células epiteliais altas, colunares, ciliadas e não ciliadas e
preenchidas por um líquido seroso claro. Embora o termo seroso descreva apropriadamente o líquido do cisto, se
tornou sinônimo do epitélio de tipo tubário destes tumores. Os carcinomas serosos representam aproximadamente
40% de todos os casos de câncer do ovário e constituem os tumores ovarianos malignos mais comuns. Tumores
benignos e limítrofes são mais comuns entre 20 e 45 anos de idade. O carcinoma seroso em média ocorre mais
tarde na vida, embora um pouco mais cedo nos casos familiares.

Com base em estudos clinicopatologicos e moleculares, recentemente foi proposto que o carcinoma ovariano
seroso pode ser dividido em dois grupos principais: (1) carcinoma de baixo grau (bem diferenciado); e (2)
carcinoma de alto grau (moderadamente a pouco diferenciado). Esta distinção pode ser feita com base na atipia
nuclear e está correlacionada à sobrevida da paciente. Estudos moleculares de carcinomas serosos de baixo e
alto grau revelaram alterações genéticas moleculares distintas nos dois tipos de carcinoma.82 Os tumores de
baixo grau originados de tumores limítrofes serosos apresentam mutações nos oncogenes KRAS ou BRAF, com
apenas mutações raras em p53. Ao contrário, os tumores de alto grau apresentam uma alta frequência de
mutações no gene p53, mas não possuem mutações em KRAS ou BRAF

Morfologia. O tumor seroso característico pode se apresentar ao exame macroscópico como uma lesão cística na
qual o epitélio papilar está contido no interior de poucos cistos com paredes fibrosas (intracístico) ou com projeção
para a superfície ovariana. Os tumores benignos tipicamente apresentam uma parede cística lisa e brilhante, sem
espessamento epitelial ou com pequenas projeções papilares. Os tumores limítrofes contêm um maior número de
projeções papilares. A bilateralidade é comum, ocorrendo em 20% dos cistadenomas benignos serosos, 30% dos
tumores limítrofes serosos e aproximadamente 66% dos carcinomas serosos

Ao exame histológico, os cistos são revestidos por epitélio colunar, que possuem cílios abundantes nos tumores
benignos (Fig. 22-38A). Papilas microscópicas podem ser encontradas. Tumores limítrofes serosos exibem maior
complexidade das papilas estromais, estratificação do epitélio e leve atipia nuclear, porém o crescimento infiltrativo
destrutivo para o estroma não é observado (Fig. 22-38B). Esta proliferação epitelial frequentemente cresce em um
padrão papilar delicado citado como “carcinoma micropapilar” e se acredita que seja o precursor de um carcinoma
seroso de baixo grau (Fig. 22-38C).
Vitor Mauro – PATOVAL 228

Previsivelmente, tumores serosos não encapsulados da superfície ovariana têm maior probabilidade de se
estender para superfícies peritoneais, e o prognóstico está intimamente relacionado ao aspecto histológico do
tumor e seu padrão de crescimento no peritônio

TUMORES MUCINOSOS (ROBBINS)

Produzem muco, são menos frequentes, eles se classificam

 CISTOADENOMA MUCINOSO (80%): maior parte das lesões


 CISTOADENOMA MUCINOSO BORDERLINE (10-15%)
 CISTOADENOCARCINOMA MUCINOSO (5-10%)
 MACROSCOPIA:
o BENIGNOS: lisos externamente, diferente dos serosos tem multiloculação, conteúdo muco
viscoso, cavidades de paredes lisas.
o MALIGNAS: lisos externamente também, multiloclados, com muco, mas no interior dessas
cavidades encontra-se presença de excrescências brancas, sólidas, as vezes até com necrose
Cistoadenoma Mucinoso na imagem, corte com múltiplo lócus com presença de muco no seu interior, na
camada superficial se observa uma camada de células mucinosas simples, mas sem atipias, são
uniformes portanto

Patogenia Molecular. Como ocorre com os tumores serosos, pouco se sabe sobre a patogenia dos tumores
mucinosos ovarianos. Embora vários estudos moleculares tenham sido realizados ao longo dos anos, muito
poucas alterações genéticas moleculares foram identificadas em tumores mucinosos. Uma alteração consistente
identificada é a mutação do proto-oncogene KRAS

Morfologia. Em seu aspecto macroscópico, os tumores mucinosos diferem da variedade serosa de vários modos.
Eles são caracterizados pela raridade do envolvimento superficial e são menos frequentemente bilaterais. Apenas
5% dos cistadenomas mucinosos primários e cistadenocarcinomas mucinosos são bilaterais. Tumores mucinosos
tendem a produzir maiores massas císticas; foram relatados alguns com pesos maiores que 25 kg. São
observados macroscopicamente como tumores multiloculados preenchidos com um fluido pegajoso e gelatinoso
rico em glicoproteínas. Ao exame histológico, tumores mucinosos benignos são caracterizados por um
revestimento de células epiteliais colunares altas com mucina apical e ausência de cílios, semelhante ao epitélio
cervical ou intestinal benigno. Um grupo de tumores mucinosos tipicamente benignos ou limítrofes é originado na
endometriose e chamado de cistadenoma mucinoso mülleriano, lembrando o epitélio endometrial ou cervical.75 O
segundo grupo mais comum inclui tumores que exibem crescimento glandular ou papilar abundante com atipia
nuclear e estratificação, um aspecto notavelmente semelhante aos adenomas tubulares ou adenomas vilosos do
intestino. Estes tumores supostamente são precursores da maioria dos cistadenocarcinomas. Os
cistadenocarcinomas contêm áreas de crescimento sólido, atipia evidente de células epiteliais e estratificação,
perda da arquitetura glandular e necrose

PSEUDOMIXOMA DO PERITÔNIEO (ROBBINS)

Consequente à ruptura (espontânea ou cirúrgica) de um cisto mucoso ovariano

Pseudo quer dizer falso, porque não é um mixoma verdadeiro, embora lembre um aspecto de um mixoma. É uma
expressão patológica onde uma lesão mucinosa, seja ela qual for, rompe (geralmente de um ovário, cistomucoso
Vitor Mauro – PATOVAL 229

de ovário) dentro da cavidade peritoneal. O muco liberado, em contato com a parede peritoneal, gera uma
resposta inflamatória. Ela pode ser uma resposta exuberante pois o peritônio identifica o muco como sendo um
corpo estranho. Dessa reação inflamatória, pode-se ter formação de granulomas, de infiltrado inflamatório muitas
vezes com aderências fibrinóides. Essas aderências podem complicar muito a situação do paciente porque podem
aderir alças entre si e a reação inflamatória fibrosa podendo causar obstruções intestinais dependendo da
intensidade

 Consequências:
o Implantes peritoniais múltiplos (mesmo sendo benigno). O muco não é maligno mas gera reação
inflamatória
o Granuloma de corpo estranho ao muco. Pois é assim que o organismo identifica o muco ao nível
da mucosa em boa parte das vezes
o Isso pode gerar um fibrose exagerada ou até obstrução intestinal grassas a organização e
retração dessa fibrosa com limitado tratamento efetivo

Na imagem se ve uma cavidade abdominal aberta, tem até os campos cirúrgicos, apresenta uma massa formada
devido a reação inflamatória a presença do muco. Ao corte histológico se ve um muco no interior até corado com
P.A.S e uma fibrose da periferia do muco bastante exuberante que corresponde a lesão. Apesar da lesão ser
benigna, ela pode ter um comprometimento sério para a saúde dessa pessoa.

Uma condição clínica citada como pseudomixoma peritoneal é definida por extensa ascite mucinosa, implantes
epiteliais císticos na superfície peritoneal, aderência e frequentemente um tumor mucinoso envolvendo os ovários.
O pseudomixoma peritoneal, se extenso, pode resultar em obstrução intestinal e morte. Historicamente, se
acreditava que muitos casos de pseudomixoma peritoneal em mulheres eram decorrentes de neoplasias
mucinosas primárias do ovário. Contudo, evidências recentes apontam para a presença, na maioria dos casos, de
um tumor mucinoso primário extraovariano (geralmente do apêndice) com disseminação ovariana e peritoneal
secundário

TUMOR DE BRENNER (RO BBINS)

Ainda nos tumores de superfície, só para cita-lo embora ele seja raro. É um tumor de origem epitelial, benigno, é
relativamente uniforme, meio amarelado com áreas brancacentas, brilhantes. Apresenta áreas de fibroses e, em
seu centro, ninhos de células epiteliais. Eventualmente pode sofrer mutação e se transformar num padrão maligno

: Os tumores de Brenner são classificados como adenofibromas nos quais o componente epitelial consiste em
ninhos de células epiteliais transicionais semelhantes ao revestimento da bexiga urinária. Menos frequentemente,
os ninhos contêm microcistos ou espaços glandulares revestidos por células colunares secretoras de mucina.
Estas neoplasias podem ser sólidas ou císticas, geralmente são unilaterais (aproximadamente 90%) e variam em
tamanho de lesões pequenas menores que 1 cm de diâmetro a tumores maciços de até 20 e 30 cm. O estroma
fibroso, semelhante ao do ovário normal, é marcado por ninhos agudamente demarcados de células epiteliais que
lembram o epitélio do trato urinário, frequentemente com glândulas mucinosas em seu centro. Raras vezes, o
estroma é composto por fibroblastos um tanto roliços, semelhantes às células da teca; estas neoplasias podem ter
atividade hormonal. A maioria dos tumores de Brenner é benigna, porém correspondentes limítrofes (tumor de
Brenner proliferativo) e malignos foram relatados.
Vitor Mauro – PATOVAL 230

 TUMORES DE CÉLULAS GERMINATIVAS (BOGLIOLO)


É um grupo menos frequente que das células do epitélio de superfície, entretanto ele tem muitos subtipos
histológicos. Então genericamente, quando há transformação maligna das células neoplasias, se pode classificar
como uma diferenciação madura ou imatura. Madura nesse caso significa benigna, enquanto as imatura
significam malignas.

Com relação as maduras são os Teratomas cístico maduro, também chamados de cistos dermóides.
Eventualmente até essas lesões neoplasias benignas podem sofrer transformações malignas a posteriori e se
transformar em um Teratoma cístico maduro com carcinoma.

Nas lesões imaturas, embora bem mais raras, se tem uma diversidade de tumores. Isso se dá devido as células
germinativas que sofreram transformação neoplásica se está falando de célula com potencial genético de se
transformar em qualquer tipo celular, uma vez se estamos falando de células totipotencial. Pode se classificar,
dentre as imaturas, aquela que tem ausência de diferenciação de Disgerminoma. Já, dentre aquelas que tem
algum tipo de diferenciação, se classificam em carcinoma embrionário primitivo, em córiocarcinoma (falando
novamente deles, ovário também é capaz de produzir células trofoblásticas malignas), Carcionoma de saco
vitelínico (originados de tecidos extra-embrionários) e os tumores que resultam de tecidos somáticos que são o
Teratoma imaturo (maligno).

Os tumores de células germinativas perfazem aproximadamente 20% das neoplasias do ovário e preferem a idade
juvenil, sendo o grupo mais comum de câncer ovariano em crianças. As células germinativas neoplásicas podem
seguir várias linhagens de diferenciação, produzindo neoplasias análogas às do testículo. Como regra, quanto
mais jovem a paciente, maior a probabilidade de uma neoplasia germinativa ser maligna. Os tumores principais
deste grupo são os teratomas, que se caracterizam por produzir tecidos derivados dos três folhetos embrionários
(ecto, meso e endoderma).

TERATOMAS (ROBBINS)

 MADUROS

Diferenciação benigna. Também são chamados de Cistodermóide, é uma alteração cística no ovário, dermoide
porque tem muitos tecidos que são identificáveis a pele, ao tegumento.

 MACROSCOPIA:
o Lisos
o Externamente tendem a ser brancos-acinzentados
o Formam “cacifo”. Quando se pressionam esse tumor é comum ficar, pelo menor por algum tempo,
a pressão ficar pela digitopressão.
Vitor Mauro – PATOVAL 231

o Conteúdo - componente dos três folhetos embriológicos, é comum ter bastante sebo no interior,
pelos, bem formados
o Promontório – uma área mais sólida, proeminente, pode ter dentes formados, segmentos de
óssos, de cartilagem de glândulas endócrinas. Ou seja, literalmente qualquer componente do
corpo pode ser encontrado dentro de um teratoma maduro.
Para se fazer um diagnóstico, é preciso que se encontre, dentro do teratoma maduro, os representantes
dos três componente embrionários. Contendo derivados bem diferenciados do ectoderma, do mesoderma
e do endoderma, como, por exemplo, tecido nervoso com plexo coroide, epitélio estratificado escamoso,
anexos cutâneos, epitélio glandular mucíparo, cistos revestidos por epitélio respiratório ou intestinal,
tecidos musculares liso e estriado, tecido gorduroso, estruturas ósseas e cartilaginosas

 ASPECTOS:
o Geralmente tem evolução benigna.
o Presença de tecido tireoídeo se designa “Struma-Ovaril”, estruma quer dizer tireóide litetalmente
o Malignização pode ocorrer: de teratomas maduros a evolução de carcinomas epidermóides ou até
melanomas partir da pele que se forma nesse tipo de tumor.

Teratomas Maduros (Benignos). A maioria dos teratomas benignos é cística, sendo mais conhecida no jargão
médico como cistos dermoides. Teratomas císticos são encontrados em mulheres jovens durante o período
reprodutivo ativo

Morfologia. Os teratomas benignos são bilaterais em 10% a 15% dos casos. Caracteristicamente, são cistos
uniloculares contendo pêlos e material sebáceo caseoso (Fig. 22-43). Ao corte, revelam uma parede fina revestida
por uma epiderme enrugada, opaca, cinza-esbranquiçada. A partir desta epiderme, frequentemente ocorre a
protrusão de feixes de cabelo. No interior da parede, é comum encontrar estruturas dentárias e áreas de
calcificação. Ao exame histológico, a parede do cisto é composta por epitélio escamoso estratificado com
glândulas sebáceas subjacentes, hastes de cabelos e outras estruturas de anexos cutâneos. Aproximadamente
1% dos dermoides sofre transformação maligna (p. ex., carcinoma de tireoide, melanoma e, mais comumente,
carcinoma de células escamosas).

 IMATURAS

São graduados de acordo com a diferenciação dos tecidos presentes, em grau I, II ou III. É a proporção de tecido
neuroepitelial embrionário, quando mais desse tecido, maior a gradação e também a indiferenciação do tumor.
Possuem característica maligna. Formado por zonas densamente celulares contendo células pequenas,
indiferenciadas ou pouco diferenciadas, exibindo frequentes figuras de mitose.
Vitor Mauro – PATOVAL 232

 MACROSCOPIA:
o Volumosos
o Lisos externamente. Lembram teratoma maduro
o Sólidos ou com cavidades. Mas são mais sólidos do que cavitários
o Eventualmente nós podemos encontrar algum elemento diferenciado, como acontece no teratoma
maduro. As vezes se encontra cartilagem, osso, calcificações. Entretanto, é mais comum necrose
e hemorragia, lembrando que se trata de uma lesão maligna

As formas maduras têm bom prognóstico, quando ressecadas totalmente. Nos demais casos, evoluem com
recidivas, disseminação pela circulação liquórica e metástases extracranianas.

Estes são tumores raros que diferem dos teratomas benignos pelo fato de que os tecidos componentes lembram o
tecido embrionário e fetal imaturo. O tumor é encontrado principalmente em adolescentes pré-puberais e mulheres
jovens, com a idade média correspondendo a 18 anos.

Morfologia. Os tumores são volumosos e possuem uma superfície externa lisa. Ao corte, apresentam uma
estrutura sólida (ou predominantemente sólida). Existem áreas de necrose e hemorragia. Cabelos, material
sebáceo, cartilagem, osso e calcificação podem estar presentes. Ao exame microscópico, existem quantidades
variáveis de neuroepitélio imaturo, cartilagem, osso, músculo e outros

Os teratomas imaturos crescem rapidamente, com frequente penetração na cápsula e disseminação local ou à
distância. Contudo, quase sempre em estádio I, particularmente aqueles com histologia de baixo grau (grau 1),
têm um prognóstico excelente. Tumores de maior grau confi nados ao ovário geralmente são tratados com
quimioterapia profi lática. A maioria das recorrências se desenvolve nos primeiros dois anos e a ausência de
doença além deste período indica uma excelente possibilidade de cura.

OUTROS TUMORES GERMI NATIVOS

São raros mas muitas vezes são agressivos, uma vez que todos esses que será citados são malignos

 DISGERMINOMA (ROBBIN S)

É o mais primitivo de todos, é o que menos tem diferenciação, é análogo ao seminoma testicular, é o tumor que
mais prevalece no testículo dos homens que diferem deles porque, nos homens, os seminomas tem um alcance
relativamente grande em volume. Os disgeminoma, que podem ser ovarianos, podem ser muitos maiores,
provavelmente porque o diagnóstico é mais tardio que no homem, uma vez que o ovário é intra abdominal.

Na imagem histológica, o que caracteriza ele bem é que suas células neoplasias que possuem entre eles,
infiltrado inflamatório. É um tumor que tem um aspecto bifásico, são duas células compondo o tumor. Mas,
obviamente, as células tumorais são as células mais claras, maiores e mais centrais, em seu permeio as células
inflamatórias. Isso é um indicativo histológico para se fazer um diagnóstico
Vitor Mauro – PATOVAL 233

O disgerminoma é mais adequadamente considerado como o equivalente ovariano do seminoma do testículo.


Como o seminoma, ele é composto por grandes células vesiculares que possuem um citoplasma claro, limites
celulares bem definidos e núcleos regulares de localização central.

Morfologia. Geralmente unilaterais (80% a 90%), a maioria consiste em tumores sólidos variando em tamanho de
nódulos pouco visíveis a massas que virtualmente preenchem todo o abdômen. Na superfície de corte, têm um
aspecto amarelo-esbranquiçado a cinza-rosado e frequentemente são macios e suculentos. Ao exame histológico,
as células do disgerminoma estão dispersas em lâminas ou cordões separados por estroma fibroso escasso (Fig.
22-46). Como no seminoma, o estroma fibroso é infiltrado por linfócitos maduros e granulomas ocasionais.

Todos os disgerminomas são malignos, porém o grau de atipia histológica é variável e apenas um terço é
agressivo. Portanto, um tumor unilateral que não tenha ultrapassado a cápsula e se disseminado apresenta um
excelente prognóstico (taxa de cura de até 96%) após uma salpingo-ooforectomia simples. Estas neoplasias são
sensíveis à quimioterapia

 TUMORES DOS SEIOS ENDODÉRMICOS (ROBBINS)

Também chamados de tumores de saco vitelínico, ou, na língua inglesa “Yolk-sac Tumor”

O que chama atenção é a presença de um vaso com células tumorais na periferia desse vaso. Nessa figura
histológica chamada de Corpos de Shiller-Duval. Esse tumores tem prognóstico ruim, mas são tratáveis, seja
radioterápico, quimioterápico, ou até anticorpos monoclonais. Quanto mais preciso é o diagnóstico, mais certeiro é
o protocolo quimioterápico a se tratar o paciente

Este tumor é raro, mas representa o segundo tumor maligno originado em células germinativas mais comum.
Acredita-se que seja derivado da diferenciação de células germinativas malignas ao longo da linhagem extra-
embionária do saco vitelino. Similarmente ao saco vitelino normal, o tumor é rico em α-fetoproteína e α1-
antitripsina. Seu aspecto histológico característico consiste em uma estrutura semelhante a um glomérulo
composta por um vaso sanguíneo central envolvido por células germinativas dentro de um espaço revestido por
células germinativas (corpo de Schiller-Duval) (Fig. 22-47). Gotículas hialinas intracelulares e extracelulares
Vitor Mauro – PATOVAL 234

evidentes estão presentes em todos os tumores, alguns são corados para α-fetoproteína por técnicas de
imunoperoxidase. A maioria das pacientes é de crianças ou mulheres jovens que apresentam dor abdominal e
uma massa pélvica de desenvolvimento rápido. Os tumores geralmente parecem envolver um único ovário, mas
crescem de modo rápido e agressivo. Antigamente estes tumores eram quase uniformemente fatais dentro de 2
anos desde o diagnóstico, porém a quimioterapia combinada melhorou a evolução de modo mensurável.

 CORIOCARCINOMA (ROBBINS)

Tumores que ocorre nas neoplasias trofoblásticas. Técido trofoblástico, é um trofoblasto maligno que está se
proliferando e também pode se encontrar no ovário.

Comumente de origem placentária, o coriocarcinoma, como o tumor do seio endodérmico, é um exemplo de


diferenciação extraembrionária de células germinativas malignas. Em geral, se considera que a origem de uma
célula germinativa somente possa ser confirmada em meninas pré-puberais, porque após esta idade não é
possível excluir uma origem de uma gravidez ectópica ovariana. A maioria dos coriocarcinomas ovarianos existe
em combinação com outros tumores de células germinativas e coriocarcinomas puros são extremamente raros.
São histologicamente idênticos a lesões placentárias mais comuns, descritas mais tarde. Os coriocarcinomas
ovarianos primários são tumores agressivos que geralmente já sofreram extensas metástases pela corrente
sanguínea até os pulmões, fígado, ossos e outras vísceras no momento do diagnóstico. Como todos os
coriocarcinomas, elaboram altos níveis de gonadotrofInas coriônicas, o que às vezes é útil para estabelecer o
diagnóstico ou detectar recorrências.

 CARCINOMA EMBRIONÁRIO (BOBLIOLO)

O carcinoma embrionário é muito raro no ovário e corresponde ao mesmo tumor do testículo. Pode apresentar
padrão glandular (tipo adenocarcnoma), tubular, papilífero ou sólido. A neoplasia sintetiza cx-fetoproteína e pode
provocar distúrbios endócrinos, como precocidade sexual ou secreção de gonadotrofinas. A lesão é geralmente
sólida e contém áreas de necrose e hemorragia. O tumor tem comportamento agressivo, porém responde à quimio
e à radioterapia.

 TUMORES DO ESTROMA
Último grupo de tumores primários do ovário. Como é estroma tendem a ter uma consistência mais firme

FIBROMA (ROBBINS)

São tumores comuns, correspondendo a 4% de todos os tumores ovarianos. Se dizemos comum porque se
pegarmos todas as lesões malignas, que não são tão comuns assim, mas se acrescermos as lesões benignas não
são tumores raros.

 MACROSCOPIA:
o Arredondada, ovoide, nodular portanto.
o Brancacenta
o Liso, tanto a superfície externa quando a interna
o Firme, são fibroblastos neoplásicos que estão se multiplicando
o Ao corte, tendem a ser fasciculados e capsulado

Na imagem se tem um típico fibroma do ovário. As células possuem características fibroides sem outras
peculiaridade.
Vitor Mauro – PATOVAL 235

 COMPORTAMENTO: não são produtores de hormônios, são unilaterais em 90%, são benignos. Estão
sendo citados principalmente para diagnóstico diferencial com lesão maligna
 SÍNDROME DE MEIGS: em segundo lugar, se estuda essa lesão também pois alguns desses fibromas
estão associados a síndrome de Meigs. Alguns pacientes vão ter o fibroma e, juntamente com esse
fibroma, aparece ascite, volumosa na parede abdominal. Se ela for bem volumosa, pode ser que ela
determina um derrame pleural direito, inclusive comprometendo a respiração dessa paciente.
Normalmente começa com um quadro de ascite verificável, aos exames identifica o fibrose e ela tenha um
derrame pleural se chama síndrome de Meigs. Foi citado que ele não produz hormônio, entretanto, caso
se remova a fibrose, a ascite desaparece consequentemente, junto com o derrame pleural.

Os fibromas do ovário são unilaterais em aproximadamente 90% dos casos e geralmente são massas sólidas,
esféricas ou discretamente lobuladas, encapsuladas, duras, cinza-esbranquiçadas, cobertas pela serosa ovariana
intacta e brilhante. Ao exame histológico, são compostos por fibroblastos bem diferenciados e um tecido
conjuntivo colagenoso intercalado escasso. Áreas focais de diferenciação tecal podem ser identificadas. A maioria
destes tumores consiste em fibromas puros, que são hormonalmente inativos. Estes tumores geralmente são
percebidos como uma massa pélvica, algumas vezes acompanhada por dor, e por outras duas associações
curiosas. A primeira é a ascite, que é encontrada em aproximadamente 40% dos casos nos quais os tumores
medem mais de 6 cm de diâmetro. Raramente também ocorre um hidrotórax, em geral no lado direito. Esta
combinação de achados (ou seja, tumor ovariano, hidrotórax e ascite) é designada de síndrome de Meigs.

TECOMA

É um tumor de característica fibroide, porém diferente do fibroma, são produtores de estrógeno. Tumores firmes
“fibroide”, produtores de estrógeno

 MACROSCOPIA: lembra muito um fibroma, redondo, ovoide, encapsulados, firmes, amarelos


 MICROSCOPIA: citados já as células fusiformes as mesmas daquela representadas no fibroma, nos
tecomas essas células fusiformes semelhantes a fibroblásticos podem ter algumas gotículas lipídicas no
seu interior.

Como ele é um produtor de estrógeno pode estimular os epitélios, induzir hiperplasia, as vezes até displasia e
tumor. Então, ele pode ser um cofator de risco para aqueles tumores que podem se desenvolver com grandes
quantidades de estrógenos, como por exemplo, carcinoma de mama, carcinoma de endométrio. Embora ela seja
uma lesão benigna, como é produtor de estrógeno é interessante se avaliar a necessidade de retirá-lo.

TUMORES METASTÁTICOS (5%) SECUNDÁRIOS (BOGLIOLO)


 Origem: adenocarcinoma de estômago, de via biliar, de pâncreas, de mama. Não se sabe o motivo muito
lógico, mas se acredita que existam características no ovário que permitem o melhor implante para esse
tipo de metástase. Outro exemplo é o retinoblastoma, tumor raro que se da em crianças. Quando esses se
metastatizam no fígado, o fígado certamente tem alguns elementos que favorecem o implante desse tipo
de tumor nesse local.

São relativamente comuns (30% das mulheres com câncer terminal), tendo importância pelo fato de o tumor
secundário ser às vezes o dominante, e o primário passar despercebido, como acontece às vezes com tumores
malignos do trato gastrointestinal. Qualquer tumor pode dar metástases nos ovários, sendo os mais frequentes os
Vitor Mauro – PATOVAL 236

da mama, do estômago, intestino grosso, pâncreas, vias biliares e útero. Linfoma de Burkitt, leucemias e outros
linfomas também podem acometer os ovários.

Como acontece com as demais neoplasias, tumores ovarianos, benignos ou malignos, durante certo tempo são
assintomáticos. Quando sintomáticos, as principais manifestações Incluem distensão abdominal, massa palpável,
desconforto pélvico e dor abdominal baixa. Queixas urinárias ou digestivas podem estar associadas. Nas formas
malignas avançadas, as pacientes apresentam emagrecImento, caquexia e ascite, esta muitas vezes volumosa e
recidivante, por causa da disseminação peritoneal da neoplasia. Como o câncer ovariano é assintomático por
certo tempo, o diagnóstico é geralmente tardio, razão pela qual sobrevida de 5 a 10 anos é menor do que nos
cânceres do colo uterino e do endométrio.

TUMOR DE KRUKENBERG (BOGLIOLO)

Um dos padrão clássico desse tumores metastáticos do ovário, usualmente os dois ovários estão comprometidos
por metástases. Esses ovários se apresentaram aumentado de volume. São bem tumorais seu aspecto. Tende a
serem proporcionais entre os ovários

Na histologia se encontram células tumorais que produzem muco em seu interior, formando os clássicos anéis em
sinete. Quando se tem essa configuração, nos indica que a origem é um epitélio mucinoso, geralmente um
carcinoma de estômago, porque naquele local se produzem muco

O tumor de Krukenberg refere-se a metástases bilaterais no ovário, em geral de tumores do tubo digestivo
(estômago e intestino grosso), muitas vezes com células em anel de sinete. Interessa ressaltar a importância do
exame minucioso do tubo gastrointestinal e dos ovários durante laparotomias, pois muitas vezes o tumor primário
é confundido com o secundário.

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