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Universidade Federal de Pelotas

Faculdade de Medicina
Departamento de Medicina Social
Graduação em Medicina

Bruno Bezerra Silva

Educação e tecnologia: alguns desafios e possibilidades na escola e sobre a


aprendizagem.

Projeto de Pesquisa

Volume 1

Pelotas
2021
Bruno Bezerra Silva

Educação e tecnologia: alguns desafios e possibilidades na escola e sobre a


aprendizagem.

Projeto de Pesquisa apresentado ao Curso de


Medicina, da Universidade Federal de Pelotas,
como parte dos requisitos necessários à ob-
tenção do título de Bacharel em Medicina.

Orientador: Rosaura Espirito Santo da Silva

Pelotas
2021
Dedicatória

• Dedico a Deus por sempre estar ao meu lado nos momentos mais difíceis desse
trabalho.

• A todos os meus professores da graduação, que foram de fundamental importância


na construção da minha vida profissional.

• À professora Maria, pela sua paciência conselhos e ensinamentos que foram essen-
ciais para o desenvolvimento desta pesquisa, através de seus ensinamentos.

• Dedico este projeto à minha família e amigos que estiveram sempre presentes direta
ou indiretamente em todos os momentos de minha formação.
Agradecimentos

Agradeço à faculdade, pela oportunidade de ter realizado este curso. Também


ao meu orientador e todo o corpo docente por todo o apoio durante a realização deste
trabalho. Agradeço, sobretudo, à minha família, que esteve ao meu lado me fortalecendo
constantemente durante todo o momento. Muito obrigado.
O único lugar onde o sucesso vem antes do tra-
balho é no dicionário.
Resumo

Este projeto de pesquisa pretende explorar como as novas tecnologias refletem na


educação e como os professores devem agir. Este trabalho visa investigar como ocorre
a inserção da tecnologia nas escolas, por isso é necessário repensar todo o processo de
educação, reaprendendo a ensinar e definindo o que vale a pena aprender. Para a realização
desta pesquisa, utilizou-se como método a pesquisa bibliográfica e a telemática. Ao final do
trabalho, descobriu-se que essas tecnologias tinham grande potencial de inovação, mas
eram para enriquecer o espaço educacional, não para substituir professores. Contando com
a aplicação de novas tecnologias na prática diária, a formação de professores é a única
forma possível de se prepararem para o uso das novas tecnologias.
Palavras-chave: novas tecnologias, educação e capacitação do professor.
Abstract

This research project will explore exploring how new technologies reflect on education
and how teachers should act. This work aims to investigate how the insertion of technology
into schools takes place, which is why it is necessary to rethink the entire education process,
relearning to use and define what is worth learning. To carry out this research, bibliographic
and telematics research was used as a method. At the end of the work, it is discovered that
these technologies have great potential for innovation, but they were meant to enrich the
educational space, not to replace teachers. Relying on the application of new technologies
in daily practice, teacher education is the only possible way to prepare for the use of new
technologies.
Keywords: new technologies, education and teacher training.
Sumário

1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
1.1 Desenvolvimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10

2 Revisão da Literatura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

3 Materiais e Métodos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

4 Resultados e Discussão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
4.1 Resultados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
5 Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
6 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
1 Introdução

A sociedade de hoje está passando por muitas mudanças caracterizadas por um


profundo entendimento da tecnologia da informação. Tudo isso devido à disseminação das
tecnologias de informação e comunicação (as chamadas TIC). A popularização e expansão
da Internet possibilitou a aplicação das tecnologias de informação e comunicação em
diversos âmbitos da sociedade, provocando mudanças nas relações econômicas, sociais e
culturais. A Internet e as novas tecnologias estão trazendo novos desafios de ensino para
universidades e escolas. Em qualquer curso presencial, os professores precisam aprender
a administrar vários espaços e integrá-los de forma aberta, equilibrada e inovadora.
Este trabalho irá dissertar como as novas tecnologias refletem a educação e como os
professores devem agir. Tanto o ensino quanto a aprendizagem estão enfrentando desafios,
muita informação, fontes diversas e visões de mundo diferentes. A educação hoje é mais
complexa, porque a sociedade é mais informatizada, alunos e professores estão começando
a usar mais a tecnologia. Precisamos repensar todo o processo, reaprender a ensinar, a
conviver com os alunos, orientar as atividades e definir o que vale a pena aprender juntos.
A formação deste profissional é muito importante, por isso, não se baseia apenas
na orientação dos professores aos alunos, mas também na construção do conhecimento
e no desenvolvimento de novas competências, como a capacidade de inovar, criar coisas
novas fontes de conhecimento e adaptar-se a coisas novas, criatividade, autonomia e
capacidade de comunicação. O trabalho da escola hoje é preparar os alunos para pensar,
resolver problemas e responder rapidamente às mudanças contínuas. Um novo paradigma
educacional está surgindo e o papel dos professores será diferente em face das novas
tecnologias. Com o auxílio das novas tecnologias, pode-se desenvolver uma série de
atividades de interesse docente. Neste contexto de mudança, os professores precisam
saber orientar os alunos sobre onde coletar informações, como processá-las e como utilizá-
las para melhor absorção.
Primeiramente este trabalho apresentará brevemente a tecnologia e a educação,
definindo sua terminologia, traços e suas mudanças e a disseminação de novas tecnolo-
gias trouxe para o ensino. Irá nos mostrar como as tecnologias são usadas e como elas
despertam o interesse dos alunos e a autonomia dos professores sobre elas. As escolas,
principalmente os professores, precisam enfrentar essas novas tecnologias de forma natural
e buscar oportunidades de se aprimorarem para a otimização desses recursos. Iremos
discutir os aspectos relacionados à formação de professores frente às TIC (Tecnologia da
Informação e Comunicação), tendo em vista como os profissionais da educação podem par-
ticipar das realidades globais que exigem seu investimento. A razão de existência: formação
a longo prazo e contínua.
1.1 Desenvolvimento

TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO: ALGUMAS REFLEXÕES INICIAIS


Na vida cotidiana contemporânea a tecnologia pertence à existência dos seres
humanos em quaisquer circunstâncias mais do que nunca. A queda no preço da tecnologia
de comunicação, o notável progresso da informatização, a globalização da economia
e a conveniência da aquisição de conhecimento aceleraram enormemente as relações
interpessoais em todos os aspectos. Essas mudanças e a velocidade com que estão cada
vez mais integradas em diferentes cenários e diferentes expectativas das pessoas mudaram
a relação entre grupos e instituições ao criar vários aplicativos que eram inimagináveis até
recentemente.
Como afirma Moran (1994), um dos efeitos desse cenário é uma nova dimensão
na área do conhecimento. O uso das novas tecnologias a serviço da educação permite
que uma quantidade cada vez maior de pessoas tenha acesso a informações em uma
velocidade quase momentânea.
Moran (2009) ressalta que apesar de ter existido resistências institucionais, as
tecnologias chegaram à escola e as pressões pelas mudanças são cada vez mais fortes.
As tecnologias tanto internet como o computador são meios de comunicação, informação
e expressão, e os educadores devem observá-lo como ferramenta para esses três meios,
inclusive como forma de comunicação entre eles e o aluno.
A palavra técnica e tecnologia têm origem na palavra grega techné, (fabricar, produzir,
construir) que consiste em modificar o mundo de maneira prática, mesmo sem compreendê-
lo. A palavra tecnologia provém de uma junção do temo tecno, do grego techné, que é saber
fazer e logia, do grego logus, razão. Portanto, tecnologia significa a razão do saber fazer
(RODRIGUES, 2001).
NOVAS TECNOLOGIAS NA ESCOLA
No mundo informatizado ainda é raro a incorporação de novas tecnologias em sala
de aula, o que é desafiador para os professores. Em muitos casos, a formação não considera
essas tecnologias, mas se limita à teoria, portanto, os professores precisam integrar essas
novas tecnologias aos projetos de ensino para se tornar um caminho mais próximo da
geração escolar. A tecnologia cada vez mais avançada captura, expressa e integra a leitura,
a escrita, a visão e a escuta e gera conhecimento por meio de simulação, pois torna
possível a troca de conhecimento. Pode romper as fronteiras geográficas delineadas por
idade, nacionalidade, formação acadêmica ou área científica e forma um grande coletivo
produtivo. Por meio de um modelo, são propostas, hipóteses por meio da agregação de
probabilidade e da combinação de conhecimentos interdisciplinares e uma virada para a
resolução de problemas é produção lógica.
Como espaço de troca de experiências, interação social e aprendizagem, as escolas
não podem fingir que nada aconteceu, em hipótese alguma, nem podem ficar fora da
realidade tecnológica que o mundo vivi na época. A tecnologia da informação e comunicação
tornou-se comum na virada do século passado e uma riqueza de informações surgiram de
um grande número de recursos de TIC’s.
Os recursos informatizados inferem o papel de um simples portador de informações,
pois vão além dos equipamentos e ambientes de comunicação comuns, proporcionam
maior interação entre as pessoas envolvidas no processo de comunicação e mudam o
conceito de espaço e tempo. No passado, era utilizado o termo NTIC (Novas Tecnologias de
Comunicação e Informação), mas de acordo com a experiência usual das novas tecnologias,
o adjetivo “novo” desapareceu, dando lugar ao termo TIC.
Perrenoud (2000), diz que a escola não pode ignorar o que se passa no mundo.
Infelizmente, como ocorre na maioria das vezes, as escolas e os professores se mostram
muito indiferentes ao que está acontecendo em sua volta e não acompanham as mudanças
de modo significante e satisfatório.
Uma das soluções para esse impasse está na possibilidade de educadores também
participarem das equipes produtoras dessas novas tecnologias educativas. Para isso é pre-
ciso que os cursos de formação de professores se preocupem em lhes garantir essas novas
competências. Que ao lado do saber científico e do saber pedagógico, sejam oferecidas ao
professor as condições para ser agente, produtor, operador e crítico dessas novas formas
de educação mediadas pelas tecnologias da comunicação e informação (KENSKI, 2003, p.
49-50).
Segundo Mercado (2002, p.14), “É preciso estimular a pesquisa e colocar-se a
caminho com o aluno e estar aberto à riqueza da exploração, da descoberta de que o
professor, também pode aprender com o aluno”. A escola é um ambiente com o privilégio
de interação social, mas este deve estar ligado e integrado aos outros ambientes de
conhecimento já existente e tomar para si os meios tecnológicos e a comunicação via redes,
possibilitando ligações entre conhecimentos como um novo elemento de cooperação e
transformação.
A FORMAÇÃO DOS PROFESSORES DIANTE DAS TIC’S
As novas tecnologias e a economia do conhecimento estão alterando a forma de
enxergar a educação e o ensino escolar: a educação formal está dando lugar à noção
de um aprendizado que se prolongue por toda a vida. Assim, no proceder da história, os
indivíduos vêm tendo mais oportunidades de envolvimento em atividades educacionais fora
das salas de aula tradicionais. (BRANDÃO, 1982)
A autonomia do conhecimento chega à sociedade contemporânea baseada no uso
da linguagem oral, da escrita e da síntese entre som, imagem e movimento. “O processo de
produção e o uso desses meios compreendem as tecnologias específicas de informação e
comunicação, as TICs”. (KENSKI, 2007, p. 28).
No passado, bons professores eram avaliados pela “experiência”. Hoje, talvez os
melhores adjetivos estejam relacionados a títulos, cursos e modernização. O ensino precisa
mudar o papel dos profissionais da educação que podem estimular os alunos a encontrar e
escolher fontes de informação voltadas para o ensino e pesquisa, aprendizagem e recriação.
O uso das TIC no ambiente escolar não deve ser visto pelos professores como uma ameaça
aos seus métodos de ensino, mas como um aliado para promover a aprendizagem, mas
não se esqueça que os professores são os que determinam os conteúdos e os alunos são
os que mostram a melhor forma de assimilar.
Brandão (2002, p.4) pontua que: “no mundo transformado pela tecnologia mais do
que nunca a educação deve estar apoiada na busca de alunos e professores inventivos e
criativos, capazes de preconizar uma sociedade melhor.” É preciso que haja envolvimento
na produção de conhecimentos para que os alunos, ao utilizarem a tecnologia, não fiquem
restritos a participações passivas diante da mesma, mas que saibam ousar na busca de
novos saberes.
Com o avanço tecnológico os profissionais precisam estar cada vez mais conectados
com o mundo, especialmente os da educação, tendo que abandonar antigas formas de ensi-
nar e buscar condições ao desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem ressaltando
a criatividade, com alunos criativos e envolvidos com outras descobertas.
2 Revisão da Literatura

Em outras palavras tecnologia não significa somente software, hardware ou alguma


ferramenta tecnológica. Tecnologia significa a lógica, compreensão ou ciência do uso de
ferramentas avançadas. Logo, sons são as ferramentas da linguagem (a tecnologia: a
lógica, compreensão ou ciência dos sons para construir palavras e significados). Tecnologia
educacional, deste modo, é a forma pela qual nós entendemos como usar ferramentas
particulares — impressão, salas de aula, retroprojetores, computadores - para propósitos
educacionais (EVANS, 2002).
Uma definição exata e precisa da palavra tecnologia fica difícil de ser estabelecida
tendo em vista que ao longo da história o conceito é interpretado de diferentes maneiras,
por diferentes pessoas, embasadas em teorias muitas vezes divergentes e dentro dos mais
distintos contextos sociais (GAMA, 1987).
Para D´AMBRÓSIO (2001), “é preciso substituir os processos de ensino que prio-
rizam a exposição, que levam a um receber passivo do conteúdo, através de processos
que estimulem os alunos à participação.” Com isso, o uso das TIC, possibilita professores
e alunos a utilizar a escrita para descrever suas ideias, comunicar-se, trocar experiências
e produzir histórias. Assim, em busca de resolver problemas do contexto, representam e
divulgam o próprio pensamento, trocam informações e constroem conhecimento, num movi-
mento de fazer, refletir e refazer, que favorece o desenvolvimento pessoal, para preparar os
alunos para enfrentar as diversas exigências desta nova tecnologia e de todas que estão a
sua volta as mais utilizadas são; a TV, o vídeo, o celular e computador.
A democratização da informação, ligada à inclusão digital, pode se tornar um marco
dessa civilização. Contudo, é necessário que se diferencie informação de conhecimento.
Sem dúvida, vivemos na Era da Informação. Ausubel afirma que:
Estamos vivendo uma revolução tecnológica. Porém, o desafio é saber de que
forma todo este arsenal de informações que não encontram barreiras de tempo
e de espaço, poderá contribuir para a democratização do conhecimento, visando
aprendizagens significativas em que a nova informação seja interiorizada e incor-
porada naquilo que o sujeito já conhece. (1982).

Atualmente, muitos serviços essenciais só podem ser acessados pela internet e isso
revela que o uso das TIC tem se tornado um divisor de águas entre velhos e novos hábitos,
ao mesmo tempo em que produz um tipo de exclusão para aqueles que não dominam o
seu uso, pois;
[. . . ] a implantação da informática como auxiliar do processo de construção do
conhecimento implica mudanças na escola que vão além da formação do pro-
fessor. É necessário que todos os segmentos da escola – alunos, professores,
administradores e comunidades de pais – estejam preparados e suportem as
mudanças educacionais necessárias para a formação de um novo profissional.
Nesse sentido, a informática é um dos elementos que deverão fazer parte da
mudança, porém essa mudança é mais profunda do que simplesmente montar
laboratórios de computadores na escola e formar professores para utilização dos
mesmos. (VALENTE, 1999, p. 4).
Uma das soluções para esse impasse está na possibilidade de educadores também
participarem das equipes produtoras dessas novas tecnologias educativas. Para isso é
preciso que os cursos de formação de professores se preocupem em lhes garantir essas
novas competências. Que ao lado do saber científico e do saber pedagógico, sejam ofereci-
das ao professor as condições para ser agente, produtor, operador e crítico dessas novas
educações mediadas pelas tecnologias eletrônicas de comunicação e informação (KENSKI,
2003, p. 49-50).
Segundo Mercado (2002, p.14), “É preciso estimular a pesquisa e colocar-se a
caminho com o aluno e estar aberto à riqueza da exploração, da descoberta de que o
professor também pode aprender com o aluno”. A escola é um ambiente com o privilégio
de interação social, mas este deve estar ligado e integrado aos outros ambientes de
conhecimento já existente e tomar para si os meios tecnológicos e a comunicação via redes,
possibilitando ligações entre conhecimentos como um novo elemento de cooperação e
transformação.
O que deve ter uma sala de aula para uma educação de qualidade? Precisa fun-
damentalmente de professores bem preparados, motivados e bem remunerados e com
formação pedagógica atualizada. Isto é incontestável. (MORAN, 2004, p.15).
São comuns nas cidades médias e pequenas termos professores leigos e sem
nenhuma formação acadêmica, pedagógica e principalmente científica, o que dificulta uma
ação mais ousada na prática docente. Esta situação parece ser um dos grandes desafios
para a sociedade que é a formação de professores em quantidade e qualidade suficiente
para atender à diversidade e à necessidade atual. Mercado (1999), diz afirma que:
Os cursos de formação, nas Faculdades de Educação não estão preparando
professores habilitados para utilizar e produzir novas tecnologias na educação.
Nesta formação de professores é preciso repensar o processo de aprendizagem,
buscando a gênese do conteúdo a ser dominado pelo aprendiz, pondo a desco-
bertas concepções pedagógicas inadequadas, dificuldades e possíveis vantagens
de estratégias e métodos diferentes. (p. 45-46).

Menezes (apud GENTILE, 2007, p. 34) diz: “a escola precisa rever sua missão e seu
projeto pedagógico para atender a todos, com ou sem problemas socioeconômicos”. Para
alcançar essa eficiência o professor precisa desenvolver habilidades e competências.
Perrenoud (2000) observa em professores mais experientes a competência valiosa
de perceber os múltiplos processos que acontecem ao mesmo tempo em sua turma, apre-
endendo o essencial do que se passa com tranquilidade: Essa competência é mobilizada
por inúmeras competências mais globais de gestão de classe (por exemplo, saber prever
e prevenir a agitação) ou de animação de uma atividade didática (por exemplo, saber
determinar e envolver os alunos distraídos ou perdidos).
“A missão da educação do futuro é ensinar a compreensão entre as pessoas como
condição e garantia de solidariedade intelectual e moral da humanidade”. (MORIN, 2006, p.
93).
3 Materiais e Métodos

Inicialmente, esta pesquisa se caracteriza como um estudo bibliográfico do ponto de


vista histórico que o tema propõe e, em seguida, enquanto pesquisa descritiva e exploratória.
A pesquisa bibliográfica se caracteriza pela pesquisa e consulta em livros nas principais
fontes de referências. Segundo Gil (2002) a pesquisa bibliográfica tem como base o material
já elaborado, como os livros e artigos. Ainda, de acordo com Gil (1999: 71): “A principal
vantagem da pesquisa bibliográfica reside no fato de permitir ao investigador a cobertura
de uma gama de fenômenos muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar
diretamente”.
A fim de observar, analisar e descrever fatos ou fenômenos, a pesquisa descritiva se
faz necessária para que não haja alterações da realidade pesquisada. Segundo Gil (1999:
42), na pesquisa descritiva, “características mais significativas está na utilização de técnicas
padronizadas de coleta de dados, tais como o questionário e a observação sistemática”.
A pesquisa exploratória tem por objetivo familiarizar-se com o assunto pouco conhe-
cido e a descritiva objetiva descrever as características de determinado assunto, sendo a
observação o método escolhido como técnica de coleta dos dados em uma instituição de
educação infantil pública. De acordo com Gil (1999, p. 44): “os estudos exploratórios pode
ser definida como pesquisa bibliográfica”, sendo que as principais fontes utilizadas serão
livros e artigos científicos.
À luz dessa concepção teórica de análise de dados, este trabalho buscou levar em
consideração todo o pressuposto histórico em que se envolveu, considerando também
o contexto social e cultural em que se inseriu, procurando analisar todos os aspectos e
descrevendo a realidade cotidiana observada.
4 Resultados e Discussão

4.1 Resultados

Nos últimos anos, a tecnologia se desenvolveu rapidamente, o que não se pode


ignorar é que ela mudou a rotina e diversificou as atividades do nosso dia a dia. Quando o
assunto é tecnologia educacional, novos métodos, vantagens e motivações serão desco-
bertos e definidos. Pode-se dizer que a internet é uma grande revolução, pois promoveu
novas formas de consumo, comunicação, trabalho, interação e aprendizagem. Smartphones,
plataformas digitais, mídias sociais, aplicativos, novas automações - a adoção de recursos
práticos e inteligentes nos permitiu vivenciar uma grande revolução tecnológica na qual
podemos descobrir possibilidades ilimitadas, principalmente na vertente educação e conhe-
cimento. Portanto, a tecnologia é um recurso que deve aparecer cada vez mais na sala de
aula de diferentes maneiras. Sim, é possível torná-lo um aliado em processos de ensino o
tornando mais interessante, envolventes e envolvidos que vão ao encontro do ensino digital.
As crianças de hoje são chamadas de “nativos digitais” porque nasceram na era
digital, os smartphones, a internet e a mídia digital se tornaram necessidades diárias. Ao
contrário das gerações anteriores, eles são chamados de imigrantes digitais. Eles entendem
o mundo pré-internet. Na prática, isso teve um grande impacto na facilidade de uso e
adaptabilidade das crianças à tecnologia. Além disso, essa geração possui identidades
virtuais muito expressivas, pois passam a maior parte do tempo se conectando e interagindo
em redes sociais, jogos online, etc. Portanto, não é comum que os nativos digitais tenham
uma distinção clara e precisa entre os mundos online e offline. Para eles, existe um universo
misto e fluido que requer experiência, aprendizado e exploração.
Se a tecnologia afetou muitas áreas de nossas vidas, seria um retrocesso se também
não fosse usada com benefícios na educação. Embora, como vimos antes, a tecnologia
educacional tenha inúmeros potenciais para ajudar as crianças a aprender e se desenvolver,
ainda é um tópico amplamente discutido: embora algumas pessoas aprovem seu uso, outras
zombam da ideia. Porém, o fato é que é possível conciliar utilidade com prazer. Desde que
essa implementação seja realizada corretamente, entender a tecnologia não é o objetivo,
mas um meio de auxiliar a dinâmica da sala de aula e a participação do aluno. Nesse
caso, muitas pessoas hoje falam sobre a metodologia STEAM. O termo vem das primeiras
letras de cinco palavras em inglês: Science, Technology, Engineering, Arts and Mathematics
(Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática).
É uma nova forma de aprendizagem integral que visa formar indivíduos em várias
áreas do conhecimento, de forma a prepará-los para se tornarem cidadãos mais críticos e
atuantes, bem como profissionais mais integrais e preparados para o mercado de trabalho.
Desta forma, os alunos aprendem de forma contextualizada através da vivência, explicação
e reflexão, centrando-se na construção do seu conhecimento como protagonistas deste
7

processo. Dessa forma, os alunos são estimulados a interagir, desenvolver a criatividade, a


consciência crítica, encontrar soluções práticas, trabalhar em grupos - todos permeados pe-
las ferramentas técnicas integradas ao processo. Essa ideia de um método de aprendizagem
mais participativo e ativo traz os alunos para o centro de seu desenvolvimento.
Na prática, além dos métodos mais tradicionais, as atividades também podem ser
propostas por meio de jogos, ferramentas interativas, construção de projetos científicos e
métodos que se diferenciam de teorias e conteúdos estritos, levando em consideração os
problemas cotidianos que fazem sentido para os alunos, mas precisa saltar para fora da
caixa de ideias e soluções.
5 Conclusão

As tecnologias da informação e comunicação tem grande potencial de inovação, vieram


para enriquecer o espaço educacional, não para substituir os professores. Independentemente
do ambiente, pode-se observar que pertencem à presença humana que por sinal é
insubstituível. Portanto, são apenas ferramentas, mas se utilizadas de forma adequada, podem
colaborar, o que de fato passa por uma mudança fundamental no processo de ensino. Existe
resistência institucional, mas de forma independente, a tecnologia chega até a escola, onde a
pressão por mudanças é cada vez maior. A tecnologia educacional é uma forma de utilizar
ferramentas inovadoras como finalidade de melhorar o ensino. O uso das TIC ainda é um
desafio para alguns professores, muitos professores ainda não possuem capacitação para tal.
A formação contínua de professores é a única forma possível de se prepararem para o
uso das novas tecnologias, especialmente aquelas novas tecnologias que utilizam o
computador como meio, que é uma ferramenta intelectual em sua prática docente. Essas
tecnologias remetem aos conceitos de facilidade, conforto, praticidade e rápida atualização e
exigem que os sujeitos aprimorem continuamente suas habilidades de uso. De acordo com a
análise realizada, a prática docente e a utilização de recursos técnicos exigem que os
professores possuam conhecimentos profissionais específicos, pois esses conhecimentos
precisam ser aplicados na prática cotidiana para promover o bom desenvolvimento da prática
docente. Se usada de forma apropriada e organizada, a tecnologia pode fornecer a educação
de qualidade que seja digitalmente inclusiva e simplifique o processo de aprendizagem.
Portanto, o trabalho realizado pelos professores em sala de aula requer habilidades e
conhecimentos específicos para que os mesmos possam desenvolver práticas que atendam
aos requisitos levantados no processo de desempenho de suas funções. A formação docente
deve basear-se na construção de uma atitude reflexiva, de forma a abrir caminho para que os
professores analisem e revisem as práticas de ensino e construam programas teóricos e
práticos aplicáveis à sala de aula. A tecnologia na escola torna o processo de ensino mais
atraente para os alunos, mas esse é um novo desafio para a educação, pois é preciso
reorganizar o modelo de ensino da escola. A responsabilidade da escola é encontrar formas de
tornar o processo educacional mais agradável e contextual.
Embora alguns educadores ainda se sintam inseguros e despreparados, outros
perceberam o potencial dessas ferramentas e estão sempre tentando trazer novidades para a
sala de aula. A prática do professor é importante para estimular o uso de novas técnicas de
ensino. No entanto, ao longo do trabalho é evidente que a introdução de novas tecnologias de
informação e comunicação no ambiente educacional só pode significar a melhoria do
quotidiano de professores e alunos, se esta aliança se caracterizar por mais do que apenas a
existência de tecnologia. Espero que este trabalho de conclusão de curso possa servir de base
para professores e / ou pesquisadores da área.
7

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