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Anatopato 2021- VETT360

Caio Augustus Diamantino

Sistema cardiovascular
O coração é um órgão com grande capacidade reserva, os sinais clínicos nem sempre são
proporcionais às alterações macroscópicas. Sendo assim, o coração possui meios
compensatórios, como alteração na frequência e contratilidade. Essa compensação leva a
hipertrofia que pode ser excêntrica ou concêntrica dependendo se o volume ou pressão
estão alterados.
 Sobrecarga de volume: Hipertrofia excêntrica
 Sobrecarga de pressão: Hipertrofia concêntrica
 Dilatação cardíaca: Difere da hipertrofia pois há estiramento de músculos papilares e das
fibras do miocárdio em geral. Essa condição ocorre quando os mecanismos compensatórios
não são mais suficientes.

Alterações congênitas

Persistência do ducto arterioso


Antes do nascimento os pulmões estão colabados fazendo com que haja resistência ao fluxo
sanguíneo pulmonar, após o nascimento essa resistência é diminuída e os pulmões são
insulflados. A interrupção do fluxo de sangue pela placenta aumenta a pressão na aorta e
em algumas horas ocorre contração muscular que provoca o fechamento funcional do
ducto, e em alguns meses ocorre proliferação de tecido conjuntivo fibroso, ocluindo
totalmente.
 Comunicação entre artéria aorta e pulmonar: ocasiona desvio do sangue do lado esquerdo
para o direito
 Caso o diâmetro seja considerável ocorre aumento de sangue desviado para o pulmão,
podendo causar congestão; o ventrículo esquerdo fica hipertrofiado (hipertrofia excêntrica )
pelo aumento de volume sanguíneo vindo dos pulmões
 O ventrículo direito sofre hipertrofia concêntrica pelo aumento de pressão
 O grau de comprometimento depende do tamanho do ducto

Defeito do septo interventricular- comunicação entre os ventrículos


Caso o defeito no septo seja muito grande, ocorre desvio do sangue do ventrículo esquerdo
para o direito, causando hipertrofia excêntrica no ventrículo esquerdo e hipertrofia
concêntrica no direito, pela mesma lógica do da anomalia anterior
 Curso com hipertrofia excêntrica
 Hipertrofia bilateral
 Falhas na formação da porção membranosa são a causa dessa anomalia

Persistência do forame oval- comunicação entre os átrios


Na vida fetal o forame oval permite que o sangue oxigenado da placenta passe para o átrio
esquerdo e siga para o resto do corpo devido à maior pressão do átrio direito. após o
nascimento a inversão de pressão provoca oclusão do forame, caso não ocorra o sangue é
desviado do átrio esquerdo para o direito, aumentando o volume de sangue na câmara
direita e no pulmão. Quando o defeito é significativo, são observados:
 Hipertrofia excêntrica do ventrículo direito
 Hipertensão pulmonar e possível cianose

Tetralogia de fallot- quatro alterações congênitas simultâneas


 Hipertrofia ventricular direita
 Dextroposição da aorta
 Defeito do septo interventricular
 Estenose da artéria pulmonar: Estreitamento da artéria que diminui o fluxo sanguíneo
direcionado ao pulmão

Transposição de grandes vasos;


 persistência do arco aórtico direito(obstrução esofágica):A aorta é originada a partir o arco
aórtico esquerdo, porém nessa anomalia o arco direito se desenvolve e a aorta se mantém à
direita provocando obstrução do esôfago ;
 estenose subaórtica: ocorre proliferação de tecido fibroso abaixo das válvulas semilunares
aórticas, que comprometem o fluxo sanguíneo para o corpo
 artéria pulmonar: Presença de tecido conjuntivo fibroso que prejudica o fluxo sanguíneo
direcionado ao pulmão

Ectopia cordis: Defeito congênito em que o coração se apresenta em lugar diferente da


anatomia normal
 Mais comum em bovinos
 Locais mais comuns: Região cervical inferior, submandibular, torácica ou abdominal

Alterações degenerativas
Endocardiose valvular: Uma lesão degenerativa que afeta principalmente a válvula mitral,
mas também pode acometer a tricúspide e válvula aórtica. É mais comum em cães machos e
sua incidência aumenta com o avanço da idade, sendo 75% dos animais acima de 12 anos
afetados. Na macroscopia as válvulas são encontradas:
 RetraÍdas
 Espessadas
 Brancacentas
 Opacas
 Deformações nodulares múltiplas nas margens livres
 Músculos papilares podem estar hipertrofiados e cordas tendÍneas rompidas
 Não há sinal de inflamação
 Doença de animais idosos
 Também conhecida como mixomatose valvular
 Colágeno da válvula é substituída por uma matriz mixomatosa
 Possivelmente herança poligênica
 Em caso de falha valvular ocorre hipertrofia excêntrica
 Pode ocorrer um quadro de dilatação da câmara ventricular

Alterações circulatórias
Hemorragias

 Inespecíficas: petéquias, equimoses e sufusoes


 Enterotoxemia por Clostridium em bezerros e carneiros: hemorragia subepicárdio
 Coração de amora: suínos
 Carbúnculo sintomático

Hemopericárdio: causa tamponamento cardíaco pois o coração perde área para contração
Corresponde ao acúmulo de sangue no saco pericárdico, geralmente devido à ruptura de
vasos, por trauma ou fragilidade, mas também pode ser causado por:
 Esforço excessivo em cavalos
 Endocardite atrial ulcerativa: uremia em cães
 Hemangiossarcoma

Obs: Subepicárdio corresponde ao epicárdio visceral

Hidropericárdio- causas gerais de edema

Causas de edema: Diminuição da pressão oncótica, diminuição da drenagem linfática,


aumento da permeabilidade vascular, aumento da pressão hidrostática

Endocardite: Processo inflamatório que afeta o endocárdio, podendo ocorrer nas vávulas
(endocardite valvular) ou na parede das câmaras (endocardite mural). Muitas vezes estão
correlacionadas. Tendo em vista que o coração é um órgão estéreo é necessário que haja
bacteremia em outro sítio de infecção, de forma contante, associada à micro lesões que
exponham a parte subendotelial.
 Na macroscopia é encontrado uma superfície irregular da válvula
 Ruminantes são mais acometidos na endocardite valvular direita
 Lesões, vegetativas, irregulares e friáveis
 Streptococcus, Stafphylococcus, Erysipelothrix rhusiophatiae (suínos)
 Consequência: sempre ocorre insuficiência valvular; formação de trombo séptico; hepatite
tromboembólica, nefrite tromboembólica

Diferenciação
 Pneumonia tromboemólica: nódulos purulentos indicam que há bacteremia em outro sítio, e
caso haja endocardite, a origem é o coração
 Broncopneumonia inciada no pulmão: áreas de consolidação crânio-ventral -> indicam
lesão primária no pulmão

Obs :
Quadro de uremia
 glossite ulcerativa, gastrite ulcerativa

Miocardite
Processo inflamatório que ocorre no miocárdio, podendo ser focal, multifocal ou difusa
 Miocardite hemorrágica: Causada por Clostridium chauvoei
 Miocardite Granulomatosa: Ocorre nos casos de tuberculose bovina; linfadenite caseosa em
ovinos
 Causas: Intoxicação (bovinos), bacteriana (Miocardite supurada), fúngica, viral (Miocardite
linfocítica), protozoários (Miocardite parasitária)
 Espécies especificas que colonizam o miocárdio pelo tropismo
 Não se difere de necrose na macroscopia
 Consequências: insuficiência cardíaca

Pericardite
Processo inflamatório que acomete o pericárdio, podendo afetar tanto a parte visceral como
parietal. A pericardite por ser serosa, fibrinosa, constritiva e supurada
 Serosa: Acúmulo de exudato rico em proteínas, com quantidade variável de fibrina e *
conteúdo hemorrágico. Geralmente antecede a pericardite fibrinosa
 Fibrinosa: Aspecto de pão com manteiga (delícia), onde decorre geralmente de infecções
hematógenas, e a fibrina se organiza de forma filamentosa em quantidade variável, com
coloração amarelada
 Constritiva: É uma evolução da anterior em que o material fibrinoso se organiza e é
substituído por tecido conjuntivo, causando aderência entre os folhetos. Nesse caso é difusa
e provoca o tamponamente cardíaco, sendo observado hipertrofia concêntrica, uma vez que
não há espaço para a movimentação normal do coração
 Supurada: O tipo mais comum em bovinos decorrente da RPT (Reticulopericardite
traumática), em que um corpo estranho perfura o saco pericárdico permitindo que bactérias
piogênicas se proliferem. É observado uma grande quantidade de exudato purulento no saco
pericárdico com aspecto de pão com bastante alho
 Steptoccocos, pasteurella, haemophillus, colisepticemicas, actinobacillus, Escherichia coli:
bactéricas relacionada à pericardite

Alterações cadavéricas- Prática


Tanatologia: estudo da morte
Cronotanatognose: estudo de tempo de morte
Morte: cessação total e permanente das funções vitais(cerebral/respiratória/circulatória )

 Perda de consciência
 Desaparecimento de tônus muscular
 Cessação da respiração
 Parada do coração
 Perda da ação

Alterações abióticas

Autólise: liberação das enzimas lisossomais nos tecidos após a morte que provoca a
autodigestão dos tecidos
Fenômenos imediatos: insensibilidades, parada, respiratória, imbobilidade...

Fenômeno consecutivos: desidratação e resfriamento

Frialdade cadavérica( Algor mortis): resfriamento gradual


 Tempo: 3-4 horas; 15-20 horas: equilíbrio

Hipostase cadavérica (Livor mortis )


 Acomodação gradual do sangue para o lado de decúbito do cadáver; Tempo: 2-4 horas

Rigidez cadavérica(rigor mortis )


 Enrijecimento muscular; tempo: 2-4 horas; 12-15horas

Coagulação sanguínea
 Cruórico x Lárdaceo: Cruórico tem maior percentual de hemácias enquanto o lardaceo é
esbranquiçado com menor percentual de hemácias
 Coágulo lárdaceo em equinos é normal pela maior sedimentação; em outros animais denota
quadro de anemia

Alterações bióticas
 Enfisema cadavérico: bactérias saprófitas
 Maceração da mucosa digestiva:

Diferenciação timpanismo x enfisema cadavérico


 Linha do timpanismo: congestão em parte do esôfago

Putrefação/ decomposição/ heterólise: invasão dos tecidos pelas bactérias saprófitas


Fase de coloração: metahemoglobina + gás sulfídrico= sulfametahemoglobina
 Pseudomelanose: Coloração dos órgãos adjacentes à vesícula biliar pela bile

Saponificação

Mumificação
 Desidratação rápida: clima quente e seco
 Pele dura, seca

Alterações neoplásicas
Quando neoplasias primárias são consideradas raras, menos hemangiossarcoma nos cães e
neurofibroma em bovinso. Porém neoplasias secundárias são comuns, principalmente carcinoma e
linfomas
Rabdomioma: Neoplasia das fibras musculares cardíacas. Aparecem nódulos na parede ventricular,
bem delimitados, sólidos e não encapsulados.
Histologia: Células grandes, poligonais e redondas com núcleos grandes
 Neoplasia do miocárdio

Rabdomiossarcoma: Neoplasia maligna das fibras musculares, com caráter infiltrativo

 Histologia: Células pleomórficas, desordenadas com poucas figuras de mitose


 Neoplasia maligna

Hemangioma- hemangiosarcoma: Neoplasia do endotélio dos vasos sanguíneos

 Mais frequente em cães e geralmente no átrio direito


 Pode ser resultante de metástase
Quimiodectomas: neoplasias dos quimiorreceptores

 Os corpos carotídeos fazem a detecção do ph, co2 e o2


 Macroscopicamente são massas simples ou múltiplas com coloração brancacentas, próximo
a adventícia da aorta
 Histologia: Células poliédricas, pleomórficas, com poucos grânulos
Obs: Neoplasias mamárias tem tropismo pela medula óssea
Não existe diferenciação entre Linfomas e linfossarcoma
Linfoma cardíaco: Formação de nódulos focais ou difuso, de consistência friável, nas paredes
cardíacas (atrial e ventricular)

 Neoplasia oriunda de qualquer tecido linfoide


 Principal neoplasia secundária do coração
 Leucoze enzoótica bovina: Faz metástase no átrio direito em bovinos
 Características macroscópicas em neoplasias ajudam muito pouco

Insuficiencia cardíaca congestiva


 ICCD: Edema geral; átrio direito; veia cava
 ICCE: Comprometimento pulmonar

Obs: Em quadros de pericardite pode ocorrer ICC dos dois lados

Obs: Fígado de noz moscada=fígado cardíaco

Patologias do sistema respiratório

Histologia normal

Mecanismo de defesa do trato respiratório: pelos, lençol mucociliar, Balt (Tecido linfoide
brincoassociado), flora bacteriana saprófita, macrófagos alveolares, espirro e tosse,
imunoglobulinas
 Lençol mucociliar: Reveste todo o trato respiratório de muco que é movimentado pelo
batimento dos cílios do epitélio respiratório; alterações na sua morfologia e funcionalidade,
predispões a quadros de rinites e broncopneumonias. O muco é produzido pelas células
caliciformes.
 Macrófagos alveolares: Possuem a função de fagocitose de partículas pequenas tanto nos
alvéolos como no insterstício, facilitadas pelas imunoglobulinas no processo da
opsonização. Também são importantes fontes de citocinas para a modulação da resposta
inflamatória.
 Microbiota Saprófita: Por meio da competição impedem que a colonização do trato
respiratório por bactérias patogênicas
 BALT: São aglomerados de tecido linfoide e se organizam em folículos linfódies, com um
centro germinativo, assim como no baço e outros órgãos linfoides.
 Reflexos de espirro e tosse: Fazem a eliminação mecânica de partículas estranhas ao trato
respiratório, e também, no caso da tosse, elimina o excesso de muco ou exsudato.

Cavidade nasal e seios paranasais


Alterações inflamatórias

Rinites
Classificação: agudas, crônicas ou crônico-ativas
Exsudato: serosa, catarral, catarral-purulenta, purulenta, hemorrágica, fibrinosa,
fibrinonecrótica e granulomatosa

Obs:
 Epistaxe é uma alteração inflamatória que designa hemorragia nasal. A origem do sangue
não é necessariamente da da narina, podendo ter origem na nasofaringe ou no trato
respiratório inferior
Obs: Epistaxe grave em equinos está associado à lesão pumonar tromboembólica, seundária
à trombose da veia caudal
Alterações inflamatórias: rinites
 Hemoptise: Hemorragia oriunda da tosse
 Hematêmese: Eliminação de sangue pela boca oriunda do trato digestório

Causas:
 Vírus: +frequente
 Bactérias: Bordetella bronchiseptica, Pasteurella multocida
 Fungos: Cryptococcus neoformans
 Mesomycetozoa: Rhinosporidium seeberi
 Pode ser: serosa ou purulenta

Rinotraqueíte infecciosa bovina

 Herpes-virus bovino tipo 1: Também causa aborto


 Inflamação e necrose do trato respiratório superior: Lesão nas células ciliadas e produtoras
de muco
 Em casos associados à infecção secundária ocorre a exsudação mucopurulenta,
progredindo para exsudato fibrinopurulento ou fibrinonecrótico
 Microscopia: erosões e ulcerações da mucosa com acumulo de fibrina
 Herpes-vírus associado à inflamação do trato superior em outras espécies

Garrotilho
 Streptococcus equi subs equi: provoca inflamação do tratorespiratório superior; formação
de abscessos nos linfonodos da região
 Evolução para broncopneumonia supurada
 Com maior frequência em animais de 1 a 3 anos

Mormo
 Burkholderia mallei : inflamação do trato respiratório/ linfadenite
 Exsudato nasal catarral-purulento, lesões nodulares e ulcerativas na mucosa nasal,
principalmente no septo nasal; nódulos granulomatosos nos pulmões
 Formação de fístulas cutâneas associadas á linfadenite

Rhinosporidium seeberi
 Rinite granulomatosa
 Macroscopia: Polipo assemelhado ao couve-flor que sangra facilmente
 Microscopia: Reação piogranulomatosa associada aos esporângios e esporos livres no
tecido
 Equinos, bovinos, caninos e humanos
Rinite atrófica progressiva
Pasteurella multocida (toxinas a e d)
Desvio de septo

Rinite atrófica dos suíno


 Causada por Pasteurella multocida em associação com outros fatores: Infecção
concomitante de Bordetella bronchiseptica, citomegalovírus (Rinite viral dos suínos) e
excesso de gases nocivos
 Macroscopia: Atrofia dos cornetos nasais, podendo ocorrer encurtamento do nariz e dos
ossos faciais
 Obstrução do ducto lacrimal: mistura de secreção lacrimal e ajudeira do ambiente)

Neoplasias
Adenocarcinoma nasal- ovino: Tumor etmoidal enzoótico
 Associada ao retrovírus do tumor enzoótico nasal (ENTV)
 Origina na mucosa olfatória da concha etmoidal: células epiteliais secretoras das glândulas
serosas

Laringe e traqueia
Alterações inflamatórias: Podem ser agudas ou crônicas
Quanto ao exsudato: Seroso, catarral, catarropurulento, hemorrágico, fibrinoso,
fibrinonecrótico e granulomatose
 Devido à posição anatômica estão relacionadas à afecções do trato respiratório superior e
inferior: Traqueítes mais relacionadas a bronquite e pneumonias enquanto as laringites
estão mais associadas às rinites

Necrobacilose: Fusobacterium necrophorum


 Laringite em bovinos e suínos
 Extensão de necrobacilose oral: inicia com estomatite
 Laringite necrótica, com superfície amarelo-acizentado associadas à áreas de hiperemia da
mucosa
 Outras causas de laringite: Histophilus somni; trueperella pyogenes, e traumas(sonda)

Alterações proliferativas

Metaplasia escamosa do epitélio da traqueia


 Metaplasia: troca de um tecido por outro de mesma origem
 Epitélio pseudoestratificado ciliado com células caliciformes -> epitélio estratificado
pavimentoso
 Importante na deficiência de Vitamina A e tabagismo

Pulmões

Hipoplasia pulmonar
 Pode ser adquirido ou congênito
 Diminuição evidente em comparação com coração ou traqueia
 Diminuição do parênquima pulmonar: alteração no número de células
 Hérnias diafragmáticas no período embrionário podem causar hipoplasia
Obs: Hérnias diafragmáticas são uma condição em que há deslocamento de vísceras
abdominais para a cavidade torácica

Melanose
 Migração de melanócitos para outros órgãos diferente da pele: na vida embrionária
 Sem relevância clínica
 Diagnóstico diferencial
 Pigmento em forma de placa e sem invasão, diferente do melanoma que possui invasão
 Melanócitos estão presentes próximos às vias sanguíneas, pois na vida embrionárias a
migração de melanócitos ocorre via sanguínea

Antracose
 Deposição de partículas de carvão
 Ocorre principalmente em cães que vivem em grandes centros urbanos
 Baixa relevância clínica
 Os macrófagos fagocitam as partículas de carvão: Acúmulo de pigmento no citoplasma
dessas células no interstício
 Diferenciar de melanose

Alterações circulatórias

Hiperemia
 Aumento do volume sanguíneo nos vasos: artéria ou veia
 Hiperemia ativa: aumento do fluxo sanguíneo característico de processos inflamatórios
 Hiperemia passiva: relacionada á quadros congestivos
 ICCE: Congestão das veias pulmonares e pulmão
 Aspecto não colapsado
 Leva ao quadro de edema: aumento da pressão hidrostática e da permeabilidade vascular

Edema pulmonar
 Acumulo de líquido no interior de alvéolos
 O transudato se mistura ao surfactante alveolar e forma espuma: comprometimento das
trocas gasosas
 Lesões no endotélio vascular e no epitélio alveolar aumentam a permeabilidade vascular e
permite o extravasamento de líquido
 Hipoalbuminemia: diminuição da pressão oncótica
 Macroscopia: pulmões úmidos, pesados, parênquima hipocreptante com liquído espumoso
na traqueia e brônquios

Hemorragia
 Hemoptise: correlação com exercício em equinos porém muito subdiagnosticado
 Relacionado com a intensidade de exercício intensa, mais do que o tempo do exercício

Alterações do conteúdo de ar

Atelectasia
 Colabamento das paredes pulmonares: colapso dos alvéolos sem nenhum ar no interior
 Congênita: animais que não morreram antes de fazer o primeiro movimento respiratório
Adquirida
 Obstrutiva: Fechamento completo de uma via, e a ventilação colateral não é suficiente; é
comum em bovinos
 Compressiva: Lesões adjacentes que comprimem o parênquima pulmonar

Enfisema
 Distensão excessiva associada à destruição da parede alveolar
 Patogênese relacionada com obstrução da arvore brônquica: O processo de inspiração
envolve a dilatação das vias respiratórias, sendo um processo ativo. A expiração pe um
processo passivo relacionado á contração da musculatura lisa que diminui o calibre das vias
respiratórias. Dessa forma se houver obstrução mesmo que parcial, o ar entra, mas não
consegue sair, provocando o processo de expansão do alvéolo
Pneumonias
Localização: Broncopneumonia e pneumonia intersticial
Curso: superaguda, aguda, subaguda e crônica
Exsudato: Catarral, fibrinosa, purulentam hemorrágica, necrótica e granulomatosa

 Junção bronquíolo-alvéolar: deposição de partículas, com diminuição da proteção


mucociliar , menor acúmulo de macrófagos do que nos alvéolos

 Fatores predisponentes: confinamento,desidratração,imunossuprrssão e substancias tóxicas

Hepatização vermelha: alteração na consistência do fígado -> hepatização cinzenta


 Consolidação: hipocreptante
 Toda as vias = embebidas em líquido inflamatório

Patógenos que causam broncopneumonia: Manhemia (Pasteurella) haemolytica, Pasteurella


Multocida

Pneumonia Lobar
 Evolução rápida e processo mais extenso: Uma broncopneumonia fulminante
 Causa mais comum em bovinos: Manhemia (Pasteurella) haemolytica (febre dos
transportes)
 Curso: hiperagudo e agudo
 Quanto ao exsudato: fibrinosa, fibrinopurulenta, hemorrágica e necrótica

Pneumonia hipostática
 Pulmão possui consistência porosa: favorece congestão hipostática e edema
 Desvitalização do tecido
 Complicação potencial para animais em decúbito
 Macroscopia: congestão e consolidação unilaterais

Pneumonia intersticial
 Via hematógena
 O acometimento ocorre nos septos alveolares: Espessamento dos septos intersticiais
 Crônica ou aguda
 Aspecto arqueado
 Macroscopia: Áreas de consolidação difusa, principalmente nos lobos diafragmáticos
 Microscopia: Sptos alveolares espessos

Infecciosas: paramixovírus- cães; coronavírus (PIF)-gatos; Vírus respiratório sincicial


bovinos; salmonela spticemica-bov/leitão
Químicas: oxigênio puro(>50%); fumaças

Pneumonia tromboembólica
 Inflamação supurativa: formação de êmbolos sépticos
 Aporte sanguíneo do pulmão e localização anatômica predispõem esse órgão ao embolismo
 Comumente originário de endocardite valvular vegetativa

Pneumonia aspirativa
 Aspiração de conteúdo contaminado
 Depende do que foi aspirado: Sua quantidade, grau de contaminação e irritabilidade ao
pulmão
 Em geral: intensa hiperemia e por vezes hemorragia da mucosa

Pneumonia gangrenosa
 Pode ocorrer em consequência da pneumonia por aspiração: Material contaminado por
bactérias saprófitas
 Potencial quando ocorre necrose extensa do parênquima pulmonar
 Macroscopia: coloração amarelada, com odor forte e formações cavitarias cheias de
material necrótico

Granuloma: Uma lesão específica onde há um acumulo de células necróticas no centro,


essas células são macrófagos, histiócitos-> Mycobacterium bovis

Neoplasias
 Primárias
 Secundárias (metástases): comuns, carcinoma mamário, osteossarcoma, hemangiossarcoma

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