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Insuficiência Cardíaca Congestiva Esquerda X Insuficiência Cardíaca Congestiva Direita

Incapacidade do coração em bombear sangue de forma adequada, causando um acúmulo de


sangue na circulação venosa pulmonar ou sistêmica.

 Um bom funcionamento cardíaco depende de três fatores: a pré carga (o quanto de


volume vai chegar no Átrio Esquerdo; contratilidade e pós carga (a resistência que o
sistema arterial sistêmico vai exercer contra o volume ejetado pelo coração).

Pressão Arterial = Volume de sangue X Resistência Vascular Periférica

Débito Cardíaco = Volume de sangue que sai do coração por minuto = Volume Sistólico x
Frequência Cardíaca.

Dois eventos são ativados pela redução no débito cardíaco: estimulação do Sistema Nervoso
Simpático pelos barorreceptores (principalmente na região carotídea) que promovem a
liberação de catecolaminas = aumentando a força de contração, frequência cardíaca e
vasoconstrição periférica + ativação do Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona.

 Como os rins recebem 20% do débito cardíaco, em casos de redução desse débito >
hipoperfusão renal > ativação do Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona. A
aldosterona + vasopressinas causam a retenção de Sódio > que vai reter a água > que
vai aumentar o volume de sangue e a pressão arterial. Aldosterona também excreta
potássio.

Causas de ICC: falha na bomba cardíaca/redução da contratilidade (cardiomiopatia dilatada),


sobrecarga de volume (Endocardioses: insuficiência de valva mitral/tricúspide), sobrecarga de
pressão (estenose de valva aórtica e estenose de valva pulmonar) e restrição de enchimento
(efusão pericárdica).

Insuficiência por sobrecarga de volume

 A insuficiência/degeneração da Valva Mitral (lado E) causa um refluxo de parte do


sangue oxigenado que deveria ser 100% ejetado para a artéria aorta e esse refluxo do
Ventrículo pro Átrio, diminui o débito cardíaco > que vai acionar os barorreceptores
(S.N. Simpático > catecolaminas > aumento da força de contração, da frequência
cardíaca e da vasoconstrição periférica) + ativação do Sistema Renina-Angiotensina-
Aldosterona > aldosterona vai reter Sódio (que puxa água) > aumentando o volume
sistólico, aumentando o refluxo. Isso por meses/anos até começarem os sinais clínicos.
(efeitos percebidos a longo prazo, normalmente). (inibidor da ECA por enquanto é o
ttm.). Basicamente, como vai acumulando o volume ali dentro do Átrio, com o tempo
vai forçando as câmaras cardíacas até atingir o limite da saída das veias pulmonares
(que não possuem valvas), então vai aumentando o refluxo causando primeiro
congestão das veias pulmonares (o animal já apresenta tosse) e se não for tratado,
evolui para o acúmulo de líquido no espaço entre os alvéolos e os capilares
pulmonares (aonde normalmente deveria haver a troca gasosa, ou seja, vai gerar
hipóxia através do edema pulmonar cardiogênico.
 DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS de tosse: Anemia, parasitose, neoplasia, alterações
infecciosas, respiratórias.
 Nesse último caso, o animal vai apresentar dispneia expiratória (que é confundida
com a taquipneia compensatória), dificuldade respiratória, piora da tosse, mucosas
cianóticas devido a hipóxia).
 Sinais clínicos de I.C.C. Esquerda: tosse, dispneia, cansaço (que, inicialmente, pode
ser com esforço e com o tempo passa a ser até em repouso). A síncope é mais
comum quando há I.C.C. do lado esquerdo (mas não é regra) e os relatos de síncope
estão mais associados quando a causa é a cardiomiopatia dilatada. A crepitação
pulmonar nos campos de ausculta pulmonar associada ao sopro sistólico de
regurgitação, geralmente acima de grau 4 são importantes achados clínicos no exame
físico.

 A insuficiência/degeneração da Valva Mitral (lado D) causa um refluxo pro átrio


direito, aumentando a pressão do átrio direito >> veias cavas >> congestão das veias
cavas. Da veia cava caudal: hepatomegalia, esplenomegalia devido a hipóxia nesses
órgãos, congestão na circulação esplâncnica (pode apresentar diarreia tb devido a
congestão) e chega ao ponto que a veia cava tbm tem seu limite, o líquido vai começar
a extravasar pra cavidade abdominal, causando efusão peritoneal (ascite), vai gerar
pressão no diafragma e causar dispneia também. Pra confirmar: Diagnóstico por
Imagem US é melhor. Na cava cranial, o extravasamento pode formar efusão pleural
(acúmulo de líquido entre as pleuras da cavidade torácica) = fazer toracocentese e,
dependendo da situação, colocar um dreno também!
O parâmetro na avaliação RX estabelece que a proporção deve ser 1/3 entre a regiao da Carina
até a face dorsal do tórax e 2/3 entre a base do tórax e a base do coração.

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