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Alterações Hemodinâmicas

Definição: são distúrbios relacionados com a distribuição do


sangue no organismo.
Princípios básicos da circulação:
Fluxo sanguíneo - + pressão → + fluxo / + resistência → -
fluxo
Controlada pelo sistema nervoso e hormonal.
Hemostase – processo fisiológico responsável pelo controlo
do extravasamento sanguíneo quando ocorre uma lesão
vascular (vasos).
Processo:
Parede dos vasos – as células endoteliais têm
atividade trombolítica, uma vez que impedem a
formação de trombos, isto porque quando não está
lesionada, esta parede impede que as plaquetas se
liguem ao fator von Willebran e o contacto do plasma
com o colagénio na região abaixo do endotélio.

1) Adesão de plaquetas (fator de von Willebrand)


2) Colagénio sub-endotelial ativa via intrínseca
(quando sangue entra em contacto com a zona
lesada.) → transforma a protrombina em trombina →
transforma o fibrinogénio em FIBRINA.
3) Células endoteliais lesadas liberam tromboplastina
(via extrínseca) → transforma a protrombina em
trombina → transforma o fibrinogénio em FIBRINA.
4) A FIBRINA (rede proteica) aglomera os elementos
figurados, constituindo o coágulo.
Hiperemia:
-Hiper → excesso / -Emia → sangue
Definição: aumento do fluxo sanguíneo.
Tipos:
Arterial (ativa) – aumento provisório do fluxo num
determinado órgão (fisiológico).
Venoso (passiva) – congestão de um órgão por
sangue venoso.
Hemorragia:
Definição: extravasamento sanguíneo provocado pela
rutura de um vaso.
Causas: Trauma/Defeitos de nascença (aneurisma)/Defeito
da parede do vaso (aterosclerose,
vasculite)/Hipertensão/Coagulopatia.
Tipos:
Hemorragia externa – extravasamento sanguíneo para
o exterior do corpo ou cavidades em contacto com o
exterior.
Tipos (HE):
Arterial – sangue c/O2 (vermelho vivo) /
perda pulsante (+rápida).
Venosa – sangue s/O2 (vermelho escuro) /
perda contínua.
Capilares – Vasos pouco calibre / perda
lenta.
Resposta do organismo:
Contração dos vasos sanguíneos cutânea, visceral e
muscular → fluxo sanguíneo concentra-se nos rins,
coração e cérebro.
Tipos (de acordo com o volume de sangue perdido):
Classe 1: 400 ml/+ frequência cardíaca
Classe 2: 750 a 1.500 ml
Classe 3: 1.500 a 2000 ml
Classe 4: > 2000 ml
Em todos os casos a solução é o consumo de cristaloides (soros)
e ainda provavelmente uma transfusão.

Hemorragia interna – acumulação de sangue nas


cavidades do corpo.
Sintomas: Fraqueza/sede/frio/ansiedade ou
indiferença.
Sinais: Dá para observar que a pessoa não está
em si.
Exemplos:
Hemopericárdio – extravasamento à volta do
coração.
Hemoperitoneu – extravasamento do
revestimento das vísceras.
Hemotórax – hemorragia no pulmão.
Hemartrose – hemorragias nas articulações.
Apoplexia – hemorragia cerebral.
Fluídos Corporais – grande parte da água presente no
nosso corpo encontra-se no interior das células.
Edema – acumulação de líquidos no interstício
(meio extracelular).
Tipos:
Exsudado – água + proteínas → causa
inflamação.
Transudado – apenas líquidos.
Formação:
Pressão Hidrostática – pressão exercida no
endotélio pela água presente no plasma.
Pressão oncótica – por osmose as
proteínas (+ albumina) mantêm a água no
vaso.
Causas:
+ pressão hidrostática/- pressão oncótica
Insuficiência cardíaca – o sangue não é
bombeado para os rins → ñ retém a água e
o sódio

Doença renal – - excreção de água e sódio → +


pressão hidrostática → perda de albumina na urina
Cirrose hepática – - proteínas → - pressão oncótica.
Tipos (quanto à inflamação): Inflamatório / Não
inflamatório
Classificação:
Local – característico de uma inflamação aguda (visto
que há um aumento da pressão sanguínea).
Generalizado – ocorre em diversas partes do corpo
em simultâneo (pernas, braços, mãos e rosto e ainda
no interior do abdômen e pulmão).
Anasarca – generalizado e severo, resultante da
insuficiência renal (os rins deixam der eliminar a água,
sais e eletrólitos).
Choque:
Definição: incapacidade de o sistema circulatório fornecer
oxigénio aos tecidos.
Etiologia (causas):
Distúrbios da macro circulação:
Choque cardiogénico – incapacidade do coração
de bombear o sangue.
Choque hipovolêmico – perda de grande
quantidade de sangue.
Distúrbios da microcirculação:
Endo(interior)toxinas – infeção bacteriana
resistente a antibióticos.
Anafilaxia – reação exagerada a substância
estranha.
Tipos:
Neurogénico – insuficiência circulatória de causa
neurológica, provocando a falência da circulação e
vasodilatação generalizada.
Sintomas:
De compensação imediata -
taqui(rapidez)cardia(coração)/taquipneia(respira
ção)/oscilações da temperatura corporal/pele
pálida e fria (hemorrágico)/quente e corada
(séptico, neurológico ou anafilático) /ansiedade,
irritabilidade e inquietação.
De compensação progressiva – confusão
mental/taquicardia/taquipneia/- temperatura
corporal/confusão/dilatação das
pupilas/respiração lenta, superficial e irregular.
Artero(artérias)esclerose(endurecimento):
Definição: Acumulação de lípidos, hidratos de carbono,
componentes do sangue e material extracelular nas artérias
(vasos sanguíneos que transportam o sangue do coração
para tds os tecidos) de grande e médio calibre.
Trombose(coagulação):
Definição: Formação de coágulos no interior dos vasos
sanguíneos.
Causas:
Obstrução do fluxo sanguíneo
Aceleração do fluxo → + pressão arterial → lesões no
endotélio → plaquetas atingem o sub-endotélio
(ligam-se ao fator Von Willebrand) → formação do
coágulo.
Lesão endotelial – quando está saudável impede que
as plaquetas se agreguem e dilata o vaso.
Hipercoagulabilidade – + plaquetas e alterações nos
fatores de coagulação.
Embolia(tampão):
Definição: material sólido, líquido ou gasoso presente na
circulação sanguínea capaz de obstruir os vasos sanguíneos.
Tipos:
Venosa profunda – oclusão das veias profundas do
mio(músculo)cárdio(coração), ilíacas(bacia), cavas.
Tromboembolismo pulmonar – normalmente originada a
partir de trombos formados nas veias ileo-femurais
(ilíacas/fémur).
Tipos:
Pequenos – oclusão + que 30% → hipertensão
pulmonar
Médios – ramos pulmonares de médio calibre →
artérias brônquicas → evitam a decomposição
dos tecidos (necrose).
Grandes → oclusão da artéria tronco pulmonar
(ligada ao coração) → + de 60% → fatal.
Gasosa – bolhas de gás que obstruem os vasos sanguíneos
de circulação venosa (s/oxigénio) → alterações de pressão.

Isquemia:
Definição – diminuição ou cessamento do fluxo sanguíneo
até determinado órgão ou estrutura.
Causas(etiologia):
Obstrução vascular (vasos) anatómica – provocada
por hematomas, trombos, coágulos, ateroesclerose,
estar longos períodos deitado.
Espasmos vasculares – lesão ou disfunção endotelial
- Pressão entre artérias e veias – (-) pressão arterial →
(-) fluxo sanguíneo nos capilares (“alimentam” o
tecido)
+ viscosidade sanguínea → (-) microcirculação (linfas e
capilares → pequenos vasos)
+ Necessidade – sozinha ñ causa isquemia
Tipos:
Relativa temporária – obstrução vascular parcial
quando + atividade de um órgão. Ex: angina(apertar)
do peito.
Subtotal temporária – obstrução temporária → fluxo
sanguíneo mín. → células não morrem, mas perdem a
fç.
Absoluta temporária – obstrução total temporária →
o órgão entra em disfunção, mas as células ñ morrem.
Persistente – bloqueio total por tempo prolongado →
necrose (morte do tecido) da área atingida
Exemplo:
Enfarte – necrose tecidual (células deixam de
receber oxigénio) de determinada área
provocada por isquemia absoluta prolongada,
por obstrução arterial (coração → tecidos) ou
venosa (tecidos → coração).
Úlceras (feridas):
Definição: lesões superficiais em tecido cutâneo (pele) ou
mucoso (revestimento de cavidades/Ex: aftas) → rutura do
epitélio → exposição de tecidos mais profundos.
Tipos:
De pressão – exerce-se pressão sobre uma região plana ou
proeminência (Saliência) óssea → bloqueio sanguíneo →
isquemia → degeneração dos tecidos (subcutâneo,
músculo, articulações, ossos) → necrose (morte dos
tecidos).
Tipos:
1 – Vermelhidão na pele (eritema)
2 – Perda parcial da pele (epiderme, derme ou
ambas).
3 – Perda total da pele
4 – Perda total (pele, gordura, tecido (músculo))
Causas (dependem):
Intensidade e duração da pressão/tolerância dos tecidos
(fricção e humidade) /estado nutricional (- albumina/-
imunidade)
Prevenção:
Alimentação adequada/mudanças de posição constantes.
Tratamento:
Terapia com pressão positiva e negativa.
Mecanismos de resposta
Infeções:
Definição: quando agentes externos (bactérias, parasitas, fungos
e vírus) capazes de provocar doenças ultrapassam a primeira
barreira defensora (pele).
Tipos:
Adquiridos na comunidade – + frequentes/atinge pessoas
saudáveis ou debilitadas. Ex: urinárias, pulmonares e
cutâneas.
Associadas aos cuidados de saúde – + tempo de
internamento/- imunidade/+ graves. Ex: pneumonias,
operatórias.
Resistência bacteriana:
Definição: problema global, no qual o uso de antibióticos
provoca resistência bacteriana.
Sintomas:
Febre/dor local/pus (células de defesa + agentes infecciosos)
/dores musculares.
Níveis:
Nivel I – infeção local e controlada.
Nível II – infeção local, controlada e leucocitóse.
Nivel III – resposta sistémica hiperdinâmica.
Nível IV – metabolismo de O2 incompleto.
Nível V – Choque e falência de orgão.
Terapêutica (cura):
Infecçoões – bactérias (antibióticos)/virus (antivirais em
alguns casos)/fungos (antifúngicos)/parasitas
(antiparasitários).

Inflamações:
Definição: resposta do organismo a um agente externo (cortes,
traumatismos, calor e microrganismos (virus, bacterias, parasitas
e fungos).
Mecanismo de resposta – dilatação dos vasos → + fluxo
sanguíneo para o local lesionado.
Sintomas: Vermelhidão/inchaço/dor/aquecimento da área.
Leucócitos (glóbulos brancos):

Resposta inflamatoria:
Histamina (basófilos e mastócitos) → + dilatação dos vasos
e permeabilidade (entrada dos mediadores inflamatórios)
→ + fluxo sanguíneo → + vermelhidão no local → +
temperatura (- microrganismos sensíveis ao calor) → saída
dos mediadores inflamatórios (neutrófilos + macrófagos +
plasma) pelos capilares → EDEMA/INCHAÇO
Tipos:
Aguda – início rápido e curta duração

Crónica – reação inflamatória de longa duração (s/fase


aguda ou c/fase aguda → Obesidade …
Fibrinosa – ocorre em superfícies serosas → revestimento
→ pericárdio, peritoneu (visceras e cavidade abdominal) e
pleura (pulmões).
membranas mucosas → revestem as cavidades
em contacto c/ o exterior → laringe, faringe,
intestino…

líquido extravasado → + proteínas (fibrinogénio) → rede de


fibrina no local inflamado → + rígido

+ dificuldade de trocas
Serosa – o líquido extravasado aquando da inflamção
(edemas ou inchaço) → baixo teor proteíco → Ex:
queimaduras, herpes…
Alérgica – inflamação desencadeada por mecanismos
alérgicos.
Eritematosa (vermelhidão) – inflamação causada afluência
anormal de sangue na pele.
Atrófica – cicatrização e atrofia da zona afetada.
Hipertrófica – formação anormal de tecido conjuntivo.
Reativa – formação em torno de um corpo estranho.
Reumática – calor e inchaço nas articulações.
Térmica – provocada pelo calor.
Tóxica – causada por uma substância tóxica ou por veneno.
Traumática – consequência de um traumatismo.

Purulenta e supurativa:
Abscesso – membrana onde o pús se acumula e é
circundado por uma cápsula de tecido inflamado.
Empiema – acumulação de pus numa cavidade natural ou
num orgão oco.
Ulcerativa – presença de úlceras (perda de substância de
qualquer superfície orgânica (epitélio, pele, mucosas, etc),
sem tendência para cura espontânea.) inflamatórias.
Hemorrágica – quando no tecido inflamado o
extravasamento sanguíneo é predominante.
Catarral – afeta mucosas (revestimento de cavidades em
contacto com o exterior) do trato respiratório e digestivo.
Proliferativa – tentativa de reparação quando há
persistencia do agente agressor.
Granulomatose – formação de granulomas

Terapêutica (cura):
Inflamação – anti-inflamatórios para reduzir os efeitos.
SIRS E SEPSIS:
SIRS (síndrome da resposta inflamatória sistémica):
Definição – reação inflamatória que afeta o organismo
como um todo e se desenvolve por ação de diferentes
tipos de agressores.
Desenvolvimento:
Inflamação → produção local de citoquinas
(resposta imunitária) → libertadas para a
circulação → movimento das células
inflamatórias (neutrófilos, granulócitos e
macrófagos) → + proteínas de fase aguda
(presentes no plasma/produzidas no fígado em
resposta ás células inflamatórias) → falha no
controlo da cascata inflamtória → produção de
óxido nítrico → alteração na circulação
microvascular (vasos pequenos → nutrem os
tecidos) → falência do orgão.
Causas:
Mau controlo de mediadores inflamatórios
(glóbulos brancos, plaquetas e plasma) → lesões
tecidulares em todo o corpo → + orgãos → +
tecidos.
SEPSIS:
Definição – infecção + inflamação sistémica (SIRS) → o
organismo responde à inflamação local através de
inflamação sistémica (corpo todo).
Fatores de risco – internamento prolongado (+
antibióticos)/bactérias no sangue (bacteremia)/+
idade/doenças/alcoholismo/genética.
Tratamento
Nutrição ⬌ Sedação analgésica ⬌antibióticos (contra
seres vivos) ⬌ vasopresores (reposição hídrica) ⬌
ventilação mecânica.
Notas: + mortalidade/+ reincidência/- qualidade de
vida/+ resistencia bacteriana/ + vezes e + tempo no
hospital/+ mortalidade no primeiro ano.
SEPSIS severa – SEPSIS com disfunção de orgãos e
hipoperfusão (- fluxo sanguíneo em determinada região do
corpo).
Choque sético – sepsis severa complicada hipotensão
arterial (- fluxo sanguíneo nas artérias).
Falência multiorgânica – falência de vários órgãos.
Dispositivos médicos
Cateteres:
Definição – trata-se de um tubo com uma agulha pré
lubrificada com a finalidade de ser inserida num vaso
sanguíneo e fornecer ou drenar fluídos.

Tipos:
Butterfly (borboleta) – facilita o manuseamento.

Venoso central – inserção nos vasos periféricos → em


vasos com muito caudal (+ distribuição) → de
medicamentos, nutrientes e líquido.
Inserção periférica – cateter + adesivo →
necessitam de cuidados constantes.

Port-a-cath – inserido debaixo da pele (dura muito


tempo) → ligado a uma grande veia → não requer
cuidados especiais, exceto quando é inserido o
cateter.
Vantagens:
Administração de vários medicamentos
simultaneamente.
Administração contínua de medicamentos.
Nutrição parentérica (administração de nutrientes)
Evita a contínua invasão do nosso corpo.

Máscaras:
Tipos:
Papel vulgar – cozinha…
Cirúrgica com elásticos – hospitais.
Bico de pato – infeções respiratórias.
Proteção respiratória H1N1 – proteção respiratória.

Meias elásticas de compressão - evita má circulação e trombos


pulmonares (provocados por trombos resultantes da coagulação
sobretudo das pernas).
Oxímetro – mede o nível de oxigénio no corpo.
Avaliação da glicemia – avaliação imediata dos níveis de açúcar
no sangue → através de uma fita colocada no equipamento de
leitura.
OU
Através da análise da hemoglobina (calcula a média da
glicemia dos últimos 2 a 4 meses).
* Insulina – hormona responsável pela redução da glicemia
(açucares) no sangue.
Sonda:
Definição – tubo que tem como finalidade, drenar ou inserir
substâncias nas cavidades em contacto com o exterior.

Posicionamento – para sabermos se está inserida no local


que pretendemos → aspira-se e mede-se o pH do local ou
radiografia.

Tipos:
Nutrir – nariz, boca ou pele → estômago ou intestino.
Gastrostomia endoscópica cutânea – introdução de
uma sonda na cavidade gástrica (estômago) →
administração de líquidos, comida e medicação.
Vesical (relativo à bexiga) – esvaziar ou recolher urina
da bexiga.
Ostomias – colocam as vísceras (órgãos das cavidades
corporais) em contacto com o exterior.
Tipos:
Colostomia (intestino grosso) – criar um ânus
falso → drenagem.
Ileostomia (intestino delgado) – criar um ânus
falso → drenagem.
Gastrostomia – sonda na cavidade gástrica.
Jejunostomia – sonda no intestino delgado.
Nefro(rim)stomia – sonda no rim → obstrução
das vias urinárias.
Traqueostomia – sonda na traqueia → facilitar a
entrada de oxigénio.

Meios Complementares
Radiografia – método de diagnóstico que utiliza as radiações
para o diagnóstico, controlo e tratamento de doenças.
Tipos: Com contraste – facilita a observação das estruturas
conferindo-lhes uma cor branca num fundo preto.

Ecografia – é um método de diagnóstico que utiliza os ultrassons


de alta frequência para observar as estruturas internas do
organismo em tempo real → Não causa dano.

Eco doppler – método de diagnóstico que utiliza os ultrassons


(incidem nas células sanguíneas) para estimar o fluxo sanguíneo
nos vasos → Velocidade do fluxo/Presença de
coágulos/Funcionamento das válvulas → Não causa dano.

TAC (Tomografia Axial Computorizada) – método de diagnóstico


que utiliza o Raio X para observar as estruturas internas do
organismo através de imagens.

Ressonância Magnética - é um exame que utiliza uma tecnologia


à base de ondas de radiofrequência num forte campo magnético
→ Permite estabelecer um diagnóstico médico mais preciso, já
que possibilita a exibição em grande detalhe dos órgãos e
tecidos do corpo.

Medicina Nuclear – utilização de radiofármacos (pequenas


fontes de radiação ligadas a moléculas específicas) → São
absorvidos pelas células e detetados no exterior através de
equipamentos → Para estudar aspetos particulares do doente e
da doença (estágios da doença, avaliar a resposta ao tratamento,
tratamento…)
Cintigrafia (exame geral de MN) – radiofármaco é inserido
→ Deteta as infraestruturas mais dinâmicas → As células
com maior capacidade de reprodução.

Eletrocardiograma – reprodução gráfica da atividade elétrica do


coração (batimentos cardíacos).

Pacemaker (marca passo) – dispositivo que regula os batimentos


cardíacos.

MAPA (Monotorização ambulatória da pressão arterial) –


dispositivo que mede a pressão arterial várias vezes ao longo do
dia.

Monitor Holter – dispositivo portátil que mede os batimentos


cardíacos ao longo de 24 horas.
Prova de esforço - este exame destina-se a submeter o coração
ao stress do exercício de maneira a evidenciar sinais ou sintomas
não existentes ou minimamente existentes em repouso.

Cateterismo cardíaco - é um procedimento médico invasivo que


permite diagnosticar, estudar e tratar problemas nas artérias
coronárias, válvulas do coração ou músculo cardíaco.

Endoscopia (tubo flexível com uma câmara) digestiva - é um


exame auxiliar de diagnóstico e tratamento que permite a
visualização do tubo digestivo:
Alta - esófago, estômago e duodeno (intestino).
Baixa - superfície de todo o intestino grosso até à porção
terminal do intestino delgado.
Patologia sistema digestivo
Esófago:
Varizes esofágicas – vasos no interior do esófago dilatam → rutura causa
hemorragia.

Refluxo gastroesofágico – passagem do conteúdo gástrico para o


esófago, na ausência de vómitos.

Fisiopatologia:
→ Relaxamento transitório do esfíncter esofágico inferior.

Sintomas:
→ Pirose – refluxo frequente e demorado que causa danos no
esófago, laringe, faringe, boca e dentes devido ao pH ácido.
→ Azia, dificuldade em engolir, tosse, falta de ar, rouquidão, dor de
ouvidos, gengivite.
→ Úlceras (lesões no revestimento), estenoses (estreitamento
anormal de um vaso sanguíneo).
→ Transformação da mucosa esofágica em revestimento de tipo
intestinal.

Diagnóstico:
1 – História clínica do paciente.
2 – Indicadores complementares e de gravidade.
3 – pH metria (medição do pH).
4 – Manometria – avaliar o movimento, a capacidade e força da
contração muscular dos esfíncteres e das restantes estruturas do esófago.
5 – Endoscopia.

Etiologia (causas):
→ Refluxo causa sintomas incómodos.
→ Está associado à obesidade, posição horizontal após as refeições e
má alimentação.

Complicações:

Esófago de Barrett

ph → úlcera esofágica (lesões no esófago) → alterações do epitélio


(adaptação) → Esófago de Barrett (o esófago adquire um epitélio
semelhante ao do intestino que contém células caliciformes → produzem
muco.) → adenocarcinoma (displasia – formação anormal de órgão ou
tecido) → os alimentos deixam de passar.

Formas de Tratar:
→ Radioterapia, quimioterapia e a retirada do tumor através de
cirurgia.

Hérnia do hiato
Definição – corresponde a uma projeção de parte do estômago
através do diafragma, passando da sua posição normal no abdómen para
a cavidade torácica → prejudica a eficiência do esfíncter inferior (esófago
⬌ estômago)

Etiologia (causas):
→ Enfraquecimento do diafragma.
→ Excesso de pressão na cavidade abdominal.

Diagnóstico:
1 – História clínica.
2 – Imagem Médica (Raio X).

Tratamento:
1ª linha – alterações alimentares, posturais e medicação.
2ª linha – cirurgia

Estômago:
Gastroenterite – irritação e inflamação do tubo digestivo (boca, faringe,
esófago, estômago, intestino, reto e ânus).
Etiologia (causas):
→ Baixa imunidade (+ nas crianças).
→ Agentes virais, bactérias, parasitas e intoxicações alimentares.

Diagnóstico:
1 – Sintomas.
2 – Histórias clínica e exame físico.

Tratamento:
→ Ingestão de bastantes líquidos
→ Medicação.

Neoplasia gástrica – proliferação anormal do tecido do estômago.

Incidência:
→ Portugal é um dos países da Europa com maior incidência.
→ Devido ao grande consumo de fumeiro e sal.

Etiologia:
→ Tabaco
→ Dietas desequilibradas.
→ Infeções por bactérias.
→ Trabalhar nas minas (mineiros).
→ Não praticar exercício físico.
→ Genética.

Sintomas:
→ Dores.
→ Náuseas e vómitos.
→ Enfartamento persistente.
→ Falta de apetite e consequente emagrecimento.

Diagnóstico:
1 – Exame clínico (físico → palpação, ausculta, percussão e inspeção).
2 – Biópsia → analisar o tipo de células.
3 – TAC → observar se mais algum órgão foi afetado

Patologia do sistema digestivo inferior


→ Duodeno – porção do intestino a seguir ao estômago.
→ Vesicula biliar – armazena a bílis
Bílis:
→ Produzido no fígado.
→ Armazenado e secretado pela vesícula biliar.
→ Função - digestão de gorduras e absorção de nutrientes quando estes passam
no intestino delgado.
→ Tipos:
Litogénica – há formação de cálculos devido ao aumento do colesterol e/ou
diminuição dos sais biliares (constituídos sobretudo por colesterol) → Bílis
hipersaturada em colesterol → Formação de Micelas (agregado de moléculas
anfipáticas (parte hidrofílica e hidrofóbica). → Formação de cristais → Formação de
Cálculos.
Ñ Litogénica – ñ há formação de cálculos → - colesterol na vesícula → ñ há
formação de micelas.

Colecistite aguda litiásica – inflamação da vesícula biliar, causada pela obstrução


do ducto cístico por um cálculo (depósitos de bílis endurecida).

Se a bílis não for expelida pode digerir a membrana da vesícula e atingir o fígado.

Patofisiologia:
→ A ocorrência da Colecistite depende de 2 fatores:
Grau de obstrução – se a obstrução for parcial e de curta duração, ñ ocorre
CA.
Duração da obstrução – se a obstrução for total e de grande duração ocorre
CA.

Diagnóstico:
→ Dor, náuseas, vómitos e febre.
→ Exames imagiológicos (ecografia).
→ Exames laboratoriais.

Tratamento
→ Retirar a vesícula através da cirurgia (Colecistectomia).

Fatores de risco
→ Aumento da secreção de colesterol na bílis
(+Idade/mulheres/obesos/mulheres estéreis).
→ Diminuição dos sais biliares.
→ Estase da vesícula – deixa de libertar a bílis.

COLEDOCOLITÍASE – cálculos (pedras), formam-se no colédoco(primário) ou migram


para o colédoco (secudária

Tratamento
→ Colangiopancreatografia Retrógada – identificar os cálculos através de uma
endoscopia.

Icterícia:
→ Pigmentação amarelada da pele e mucosas por deposição da bilirrubina
(composto da bílis) resultado da degradação hemoglobina, isto deve-se a problemas na
bílis.

Pancreatite:
Etiologia – consumo de álcool e cálculos biliares
Fisiopatologia – enzimas pancreáticas que deviam ser utilizadas para digerir os
alimentos são libertadas para o interior do órgão provocando a sua degradação, uma
vez que o ducto colédoco (liga-se ao intestino delgado) é comum à vesícula biliar e ao
pâncreas, logo pode estar entupido por um cálculo.
Pode atingir outos órgãos devido ao rompimento da parede do ducto
pancreático.
Tipos:
Crónica – persiste durante anos.
Aguda – temporária.

Tratamento – retirar o tecido morto e o líquido peritoneal acumulado (uma vez que
este está a pressionar o pâncreas, e assim impedindo que ele secrete as enzimas e
hormonas).

Prognóstico – TC

Doença hepática:
Cirrose – desorganização da arquitetura do fígado, devido à tentativa de o organismo
manter a sua arquitetura através do colagénio.

Etiologia – a cirrose alcoólica é a principal, mas existem outras (pós hepatite,


iatrogénica, biliar, metabólica, cardíaca e associada aos fármacos).

Complicações – como a função hepática é afetada, o fígado torna-se menos capaz de:
1) Decompor e eliminar medicamentos, toxinas e produtos residuais do organismo
2) Produzir Bílis (digestão de gorduras e absorção de nutrientes no intestino
delgado).
3) Produzir proteínas que ajudam na coagulação do sangue (fatores de coagulação),
necessária para o tratamento de um vaso danificado.

4) Produzir albumina (uma proteína que ajuda a evitar que o líquido saia dos vasos
sanguíneos).

Esteatose Hepática (é reversível) – acumulação anormal de gordura no interior das


células parenquimatosas hepáticas (células responsáveis pela realização das atividades
metabólicas do fígado).
Etiologia – consumo de álcool.

DH Alcoólica – uma variedade de alterações no fígado provocada pelo consumo


excessivo de álcool ao longo de anos (inclui a esteatose, inflamação e morte do tecido
hepático, fibrose progressiva e cirrose (formação de nódulos de fibrose devido às
agressões constantes, que impedem o seu bom funcionamento.
Processo:
Esteatose (gordura no fígado/ é reversível) → pode provocar inflamação (células
lesionadas) → Fibrose (formação anormal de tecido cicatricial, devido à tentativa do
fígado substituir as células lesionadas) → Pode evoluir para Cirrose (lesão continuada,
faz com que se forme uma grande quantidade de tecido hepático cicatricial não
funcional que afeta o bom funcionamento do fígado.

DH Ñ Alcoólica – acumulação de gordura nos hepatócitos em indivíduos em que o


consumo de álcool é pouco significativo, associada a resistência à insulina e
acumulação de gordura visceral (acumulação de gorduras entre os órgãos na região
abdominal que afeta o funcionamento das hormonas no nosso organismo.)

DH por insuficiência cardíaca – o coração não consegue enviar sangue para os tecidos
metabolizadores (fígado).

Encefalopatia – quando o fígado se torna incapaz de eliminar ou transformar os


tóxicos provenientes dele ou da alimentação destruindo as suas células.

Doença de Wilson – distúrbio no metabolismo do cobre pelo fígado, logo uma vez que
o cobre não é metabolizado é inicialmente acumulado nos hepatócitos e
posteriormente em diversos órgãos e tecidos (cérebro, córnea (olho) e rins).

Colangite Esclerosante – inflamação, fibrose dos ductos do fígado que faz com que
estes dilatem.

Heptacarcinoma – neoplasia no fígado com origem nos hepatócitos.


Fatores etiológicos – hepatite (inflamação causada normalmente por vírus), cirrose e
produtos tóxicos.

Colangiocarcinoma – neoplasias com origem no tecido epitelial dos ductos biliares.

Metásteses hepáticas – células mutadas cancerígenas que chegam ao fígado de


alguma forma (neoplasia secundária do fígado).

Doenças Infecciosas – origem em microrganismos.


Doenças hematológicas – origem nas células sanguíneas e plaquetas (originadas na
medula óssea, têm um papel importante na coagulação).
Plasmocitária - origem no plasma.
Mieloproliferativas – proliferação anormal de células estaminais provenientes da
medula óssea (células com capacidade de se diferenciar em diferentes tipos de células,
de forma a reparar tecidos danificados e substituir células mortas).

Doenças Colon e reto:


Apendicite – trata-se de uma bolsa no início do cólon que é obstruída por material
intestinal, hiperplasia linfoide (aumento do tipo de tecido do intestino que contêm
linfócitos), corpos estranhos ou tumor.
Fisiopatologia:
1) A cavidade do apêndice é obstruída.
2) Acumulação de secreções.
3) O retorno de sangue é comprometido.
4) Isquemia, proliferação bacteriana e inflamação.
5) Ulceração (lesão) mucosa (membrana de revestimento).
6) Obstrução venosa e arterial.
7) Rutura

Tratamento – retirar o apêndice.


Mortalidade – baixa.
Doença diverticular:
Diverticulo – formação de um “saco” (protrusão – formação de algum tipo de
saliência em determinado orgão) nas áreas mais frágeis do intestino grosso.

Tipos:
Diverticulose – presença de divertículos no cólon.
Diverticulite – inflamação de um divertículo.
Sangramento diverticular.

Fisiopatologia:
→ Pedaços de fezes obstruem os ventrículos e podem perfurá-lo (através de
pressão intraluminal (dentro da cavidade) ou partículas de conteúdo intestinal podem
provocar a erosão da parede do divertículo, gerando inflamação, necrose e
perfuração).
Tratamento:
Diverticulite não complicada:
- Jejum (repouso do intestino).
Diverticulite complicada (c/ abcesso que é um acúmulo de pus).
- Abcesso pequeno – antibiótico.
- Abcessos maiores – drenagem percutânea e cirurgia.
Etiologia – falta de fibra na dieta, o que faz com que o bolo alimentar não seja tão
moldável.

Sintomas – a maioria é assintomático, mas a diverticulite causa dor e pode causar


sangramento.

Oclusão:
- Completa é rara.
- Parcialmente (suboclusão) é mais comum por edema (retenção de líquidos) ou
abcessos (acúmulo de pus).
Polipos – crescimento anormal da mucosa (tecido epitelial que reveste as cavidades)
do intestino grosso.
Inicialmente são benignos (adenoma – (-adeno → glândula/ -oma → ñ
cancerígeno)), mas podem crescer até se tronarem malignos (adenocarcinoma).
Etiologia – ocorrência de mutações nas células da mucosa (maior risco após os 50
anos ou pode ser transmitido pela família (hereditário)).

Sintomatologia:
- Sangramento e muco nas fezes
- Alterações no funcionamento do intestino.
- Na maioria das vezes são assintomáticos.

Tratamento – remover os pólipos (colonoscopia) e analisá-los.

Oclusão – obstrução completa do cólon (raro).


Suboclusão – edema ou abcesso (se não for disseminado (controlada a inflamação)).

Fístulas (canal) – formam-se quando a pus do abcesso é expelida espontaneamente


por uma perfuração de uma parte intestinal vizinha, outro órgão ou através da pele.

Hemorragias – é um dos sintomas mais comuns da doença diverticular.

Abcesso diverticular
Tratamento – medicamentos ou drenagem.

Hemorragias – causadas por hemerródias, alterações perianais ñ neoplásicas o cancro


colateral é a causa mais comum.

Doenças inflamatórias intestinais:


Doença de Crohn e Colite Ulcerosa
Etiologia – desconhecida, mas é influenciada por fatores genéticos e ambientais.
Colite Ulcertaiva – ulcerações (lesões na mucosa) com presença de pólipos
(desenvolvimento anormal do tecido epitelial (mucosa) do intestino grosso.)

Tratamento:
- Consiste na diminuição da inflamação (imunomodeladores - aumento da
resposta do sistema imunológico)
- Proctocolectomia (-proto → reto e ânus) – retirar todo o intestino grosso e ligar
o íleo (parte final do intestino delgado que se ligaria ao cólon) ao ânus
Classifica-se consoante a localização

Doença de Crohn – patologia crónica (longa duração) que atinge qualquer zona do
sistema digestivo (boca ao ânus), mas é mais comum no íleo e cólon.
Sintomas - Diarreia crónica, perda de peso, dor abdominal em cólica, mal-estar
geral, anorexia e febrícula (febre ligeira).

Fisiopatologia:
- Lesões que podem afetar todo o sistema digestivo de forma segmentada (partes
lesionadas com intervalos de intestino normal).
- Começam por ser Úlceras aftoides (semelhantes a aftas) que depois vão
crescendo e unindo-se originando úlceras longitudinais que vão causar o
espessamento e rigidez da parede intestinal devido ao processo de cicatrização (aspeto
granuloso).
- Há estreitamento do lúmen (cavidade intestinal).

Localização:
- Gastro-duodenal:
- Provoca náuseas, vómitos e dor epigástrica.
- Na maioria desenvolvem gastrite (inflamação da parede do estômago)
Helicobacter pylori negativa (bactéria que infeta e habita o estômago).

- Jejunoileal (jejuno – parte inicial do duodeno/íleo – parte final do duodeno) –


completa a digestão e absorve os nutrientes.
1) Mal absorção de nutrientes.
2) Esteatorreia – eliminação de gordura nas fezes maior do que o normal.
3) Desnutrição.
Artrite – associada às doenças inflamatórias intestinais

Síndrome (conjunto de sintomas) de intestino irritável – perturbação motora do tubo


digestivo.
Causas – várias

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