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Isquemia:
Definição – diminuição ou cessamento do fluxo sanguíneo
até determinado órgão ou estrutura.
Causas(etiologia):
Obstrução vascular (vasos) anatómica – provocada
por hematomas, trombos, coágulos, ateroesclerose,
estar longos períodos deitado.
Espasmos vasculares – lesão ou disfunção endotelial
- Pressão entre artérias e veias – (-) pressão arterial →
(-) fluxo sanguíneo nos capilares (“alimentam” o
tecido)
+ viscosidade sanguínea → (-) microcirculação (linfas e
capilares → pequenos vasos)
+ Necessidade – sozinha ñ causa isquemia
Tipos:
Relativa temporária – obstrução vascular parcial
quando + atividade de um órgão. Ex: angina(apertar)
do peito.
Subtotal temporária – obstrução temporária → fluxo
sanguíneo mín. → células não morrem, mas perdem a
fç.
Absoluta temporária – obstrução total temporária →
o órgão entra em disfunção, mas as células ñ morrem.
Persistente – bloqueio total por tempo prolongado →
necrose (morte do tecido) da área atingida
Exemplo:
Enfarte – necrose tecidual (células deixam de
receber oxigénio) de determinada área
provocada por isquemia absoluta prolongada,
por obstrução arterial (coração → tecidos) ou
venosa (tecidos → coração).
Úlceras (feridas):
Definição: lesões superficiais em tecido cutâneo (pele) ou
mucoso (revestimento de cavidades/Ex: aftas) → rutura do
epitélio → exposição de tecidos mais profundos.
Tipos:
De pressão – exerce-se pressão sobre uma região plana ou
proeminência (Saliência) óssea → bloqueio sanguíneo →
isquemia → degeneração dos tecidos (subcutâneo,
músculo, articulações, ossos) → necrose (morte dos
tecidos).
Tipos:
1 – Vermelhidão na pele (eritema)
2 – Perda parcial da pele (epiderme, derme ou
ambas).
3 – Perda total da pele
4 – Perda total (pele, gordura, tecido (músculo))
Causas (dependem):
Intensidade e duração da pressão/tolerância dos tecidos
(fricção e humidade) /estado nutricional (- albumina/-
imunidade)
Prevenção:
Alimentação adequada/mudanças de posição constantes.
Tratamento:
Terapia com pressão positiva e negativa.
Mecanismos de resposta
Infeções:
Definição: quando agentes externos (bactérias, parasitas, fungos
e vírus) capazes de provocar doenças ultrapassam a primeira
barreira defensora (pele).
Tipos:
Adquiridos na comunidade – + frequentes/atinge pessoas
saudáveis ou debilitadas. Ex: urinárias, pulmonares e
cutâneas.
Associadas aos cuidados de saúde – + tempo de
internamento/- imunidade/+ graves. Ex: pneumonias,
operatórias.
Resistência bacteriana:
Definição: problema global, no qual o uso de antibióticos
provoca resistência bacteriana.
Sintomas:
Febre/dor local/pus (células de defesa + agentes infecciosos)
/dores musculares.
Níveis:
Nivel I – infeção local e controlada.
Nível II – infeção local, controlada e leucocitóse.
Nivel III – resposta sistémica hiperdinâmica.
Nível IV – metabolismo de O2 incompleto.
Nível V – Choque e falência de orgão.
Terapêutica (cura):
Infecçoões – bactérias (antibióticos)/virus (antivirais em
alguns casos)/fungos (antifúngicos)/parasitas
(antiparasitários).
Inflamações:
Definição: resposta do organismo a um agente externo (cortes,
traumatismos, calor e microrganismos (virus, bacterias, parasitas
e fungos).
Mecanismo de resposta – dilatação dos vasos → + fluxo
sanguíneo para o local lesionado.
Sintomas: Vermelhidão/inchaço/dor/aquecimento da área.
Leucócitos (glóbulos brancos):
Resposta inflamatoria:
Histamina (basófilos e mastócitos) → + dilatação dos vasos
e permeabilidade (entrada dos mediadores inflamatórios)
→ + fluxo sanguíneo → + vermelhidão no local → +
temperatura (- microrganismos sensíveis ao calor) → saída
dos mediadores inflamatórios (neutrófilos + macrófagos +
plasma) pelos capilares → EDEMA/INCHAÇO
Tipos:
Aguda – início rápido e curta duração
+ dificuldade de trocas
Serosa – o líquido extravasado aquando da inflamção
(edemas ou inchaço) → baixo teor proteíco → Ex:
queimaduras, herpes…
Alérgica – inflamação desencadeada por mecanismos
alérgicos.
Eritematosa (vermelhidão) – inflamação causada afluência
anormal de sangue na pele.
Atrófica – cicatrização e atrofia da zona afetada.
Hipertrófica – formação anormal de tecido conjuntivo.
Reativa – formação em torno de um corpo estranho.
Reumática – calor e inchaço nas articulações.
Térmica – provocada pelo calor.
Tóxica – causada por uma substância tóxica ou por veneno.
Traumática – consequência de um traumatismo.
Purulenta e supurativa:
Abscesso – membrana onde o pús se acumula e é
circundado por uma cápsula de tecido inflamado.
Empiema – acumulação de pus numa cavidade natural ou
num orgão oco.
Ulcerativa – presença de úlceras (perda de substância de
qualquer superfície orgânica (epitélio, pele, mucosas, etc),
sem tendência para cura espontânea.) inflamatórias.
Hemorrágica – quando no tecido inflamado o
extravasamento sanguíneo é predominante.
Catarral – afeta mucosas (revestimento de cavidades em
contacto com o exterior) do trato respiratório e digestivo.
Proliferativa – tentativa de reparação quando há
persistencia do agente agressor.
Granulomatose – formação de granulomas
Terapêutica (cura):
Inflamação – anti-inflamatórios para reduzir os efeitos.
SIRS E SEPSIS:
SIRS (síndrome da resposta inflamatória sistémica):
Definição – reação inflamatória que afeta o organismo
como um todo e se desenvolve por ação de diferentes
tipos de agressores.
Desenvolvimento:
Inflamação → produção local de citoquinas
(resposta imunitária) → libertadas para a
circulação → movimento das células
inflamatórias (neutrófilos, granulócitos e
macrófagos) → + proteínas de fase aguda
(presentes no plasma/produzidas no fígado em
resposta ás células inflamatórias) → falha no
controlo da cascata inflamtória → produção de
óxido nítrico → alteração na circulação
microvascular (vasos pequenos → nutrem os
tecidos) → falência do orgão.
Causas:
Mau controlo de mediadores inflamatórios
(glóbulos brancos, plaquetas e plasma) → lesões
tecidulares em todo o corpo → + orgãos → +
tecidos.
SEPSIS:
Definição – infecção + inflamação sistémica (SIRS) → o
organismo responde à inflamação local através de
inflamação sistémica (corpo todo).
Fatores de risco – internamento prolongado (+
antibióticos)/bactérias no sangue (bacteremia)/+
idade/doenças/alcoholismo/genética.
Tratamento
Nutrição ⬌ Sedação analgésica ⬌antibióticos (contra
seres vivos) ⬌ vasopresores (reposição hídrica) ⬌
ventilação mecânica.
Notas: + mortalidade/+ reincidência/- qualidade de
vida/+ resistencia bacteriana/ + vezes e + tempo no
hospital/+ mortalidade no primeiro ano.
SEPSIS severa – SEPSIS com disfunção de orgãos e
hipoperfusão (- fluxo sanguíneo em determinada região do
corpo).
Choque sético – sepsis severa complicada hipotensão
arterial (- fluxo sanguíneo nas artérias).
Falência multiorgânica – falência de vários órgãos.
Dispositivos médicos
Cateteres:
Definição – trata-se de um tubo com uma agulha pré
lubrificada com a finalidade de ser inserida num vaso
sanguíneo e fornecer ou drenar fluídos.
Tipos:
Butterfly (borboleta) – facilita o manuseamento.
Máscaras:
Tipos:
Papel vulgar – cozinha…
Cirúrgica com elásticos – hospitais.
Bico de pato – infeções respiratórias.
Proteção respiratória H1N1 – proteção respiratória.
Tipos:
Nutrir – nariz, boca ou pele → estômago ou intestino.
Gastrostomia endoscópica cutânea – introdução de
uma sonda na cavidade gástrica (estômago) →
administração de líquidos, comida e medicação.
Vesical (relativo à bexiga) – esvaziar ou recolher urina
da bexiga.
Ostomias – colocam as vísceras (órgãos das cavidades
corporais) em contacto com o exterior.
Tipos:
Colostomia (intestino grosso) – criar um ânus
falso → drenagem.
Ileostomia (intestino delgado) – criar um ânus
falso → drenagem.
Gastrostomia – sonda na cavidade gástrica.
Jejunostomia – sonda no intestino delgado.
Nefro(rim)stomia – sonda no rim → obstrução
das vias urinárias.
Traqueostomia – sonda na traqueia → facilitar a
entrada de oxigénio.
Meios Complementares
Radiografia – método de diagnóstico que utiliza as radiações
para o diagnóstico, controlo e tratamento de doenças.
Tipos: Com contraste – facilita a observação das estruturas
conferindo-lhes uma cor branca num fundo preto.
Fisiopatologia:
→ Relaxamento transitório do esfíncter esofágico inferior.
Sintomas:
→ Pirose – refluxo frequente e demorado que causa danos no
esófago, laringe, faringe, boca e dentes devido ao pH ácido.
→ Azia, dificuldade em engolir, tosse, falta de ar, rouquidão, dor de
ouvidos, gengivite.
→ Úlceras (lesões no revestimento), estenoses (estreitamento
anormal de um vaso sanguíneo).
→ Transformação da mucosa esofágica em revestimento de tipo
intestinal.
Diagnóstico:
1 – História clínica do paciente.
2 – Indicadores complementares e de gravidade.
3 – pH metria (medição do pH).
4 – Manometria – avaliar o movimento, a capacidade e força da
contração muscular dos esfíncteres e das restantes estruturas do esófago.
5 – Endoscopia.
Etiologia (causas):
→ Refluxo causa sintomas incómodos.
→ Está associado à obesidade, posição horizontal após as refeições e
má alimentação.
Complicações:
Esófago de Barrett
Formas de Tratar:
→ Radioterapia, quimioterapia e a retirada do tumor através de
cirurgia.
Hérnia do hiato
Definição – corresponde a uma projeção de parte do estômago
através do diafragma, passando da sua posição normal no abdómen para
a cavidade torácica → prejudica a eficiência do esfíncter inferior (esófago
⬌ estômago)
Etiologia (causas):
→ Enfraquecimento do diafragma.
→ Excesso de pressão na cavidade abdominal.
Diagnóstico:
1 – História clínica.
2 – Imagem Médica (Raio X).
Tratamento:
1ª linha – alterações alimentares, posturais e medicação.
2ª linha – cirurgia
Estômago:
Gastroenterite – irritação e inflamação do tubo digestivo (boca, faringe,
esófago, estômago, intestino, reto e ânus).
Etiologia (causas):
→ Baixa imunidade (+ nas crianças).
→ Agentes virais, bactérias, parasitas e intoxicações alimentares.
Diagnóstico:
1 – Sintomas.
2 – Histórias clínica e exame físico.
Tratamento:
→ Ingestão de bastantes líquidos
→ Medicação.
Incidência:
→ Portugal é um dos países da Europa com maior incidência.
→ Devido ao grande consumo de fumeiro e sal.
Etiologia:
→ Tabaco
→ Dietas desequilibradas.
→ Infeções por bactérias.
→ Trabalhar nas minas (mineiros).
→ Não praticar exercício físico.
→ Genética.
Sintomas:
→ Dores.
→ Náuseas e vómitos.
→ Enfartamento persistente.
→ Falta de apetite e consequente emagrecimento.
Diagnóstico:
1 – Exame clínico (físico → palpação, ausculta, percussão e inspeção).
2 – Biópsia → analisar o tipo de células.
3 – TAC → observar se mais algum órgão foi afetado
Se a bílis não for expelida pode digerir a membrana da vesícula e atingir o fígado.
Patofisiologia:
→ A ocorrência da Colecistite depende de 2 fatores:
Grau de obstrução – se a obstrução for parcial e de curta duração, ñ ocorre
CA.
Duração da obstrução – se a obstrução for total e de grande duração ocorre
CA.
Diagnóstico:
→ Dor, náuseas, vómitos e febre.
→ Exames imagiológicos (ecografia).
→ Exames laboratoriais.
Tratamento
→ Retirar a vesícula através da cirurgia (Colecistectomia).
Fatores de risco
→ Aumento da secreção de colesterol na bílis
(+Idade/mulheres/obesos/mulheres estéreis).
→ Diminuição dos sais biliares.
→ Estase da vesícula – deixa de libertar a bílis.
Tratamento
→ Colangiopancreatografia Retrógada – identificar os cálculos através de uma
endoscopia.
Icterícia:
→ Pigmentação amarelada da pele e mucosas por deposição da bilirrubina
(composto da bílis) resultado da degradação hemoglobina, isto deve-se a problemas na
bílis.
Pancreatite:
Etiologia – consumo de álcool e cálculos biliares
Fisiopatologia – enzimas pancreáticas que deviam ser utilizadas para digerir os
alimentos são libertadas para o interior do órgão provocando a sua degradação, uma
vez que o ducto colédoco (liga-se ao intestino delgado) é comum à vesícula biliar e ao
pâncreas, logo pode estar entupido por um cálculo.
Pode atingir outos órgãos devido ao rompimento da parede do ducto
pancreático.
Tipos:
Crónica – persiste durante anos.
Aguda – temporária.
Tratamento – retirar o tecido morto e o líquido peritoneal acumulado (uma vez que
este está a pressionar o pâncreas, e assim impedindo que ele secrete as enzimas e
hormonas).
Prognóstico – TC
Doença hepática:
Cirrose – desorganização da arquitetura do fígado, devido à tentativa de o organismo
manter a sua arquitetura através do colagénio.
Complicações – como a função hepática é afetada, o fígado torna-se menos capaz de:
1) Decompor e eliminar medicamentos, toxinas e produtos residuais do organismo
2) Produzir Bílis (digestão de gorduras e absorção de nutrientes no intestino
delgado).
3) Produzir proteínas que ajudam na coagulação do sangue (fatores de coagulação),
necessária para o tratamento de um vaso danificado.
4) Produzir albumina (uma proteína que ajuda a evitar que o líquido saia dos vasos
sanguíneos).
DH por insuficiência cardíaca – o coração não consegue enviar sangue para os tecidos
metabolizadores (fígado).
Doença de Wilson – distúrbio no metabolismo do cobre pelo fígado, logo uma vez que
o cobre não é metabolizado é inicialmente acumulado nos hepatócitos e
posteriormente em diversos órgãos e tecidos (cérebro, córnea (olho) e rins).
Colangite Esclerosante – inflamação, fibrose dos ductos do fígado que faz com que
estes dilatem.
Tipos:
Diverticulose – presença de divertículos no cólon.
Diverticulite – inflamação de um divertículo.
Sangramento diverticular.
Fisiopatologia:
→ Pedaços de fezes obstruem os ventrículos e podem perfurá-lo (através de
pressão intraluminal (dentro da cavidade) ou partículas de conteúdo intestinal podem
provocar a erosão da parede do divertículo, gerando inflamação, necrose e
perfuração).
Tratamento:
Diverticulite não complicada:
- Jejum (repouso do intestino).
Diverticulite complicada (c/ abcesso que é um acúmulo de pus).
- Abcesso pequeno – antibiótico.
- Abcessos maiores – drenagem percutânea e cirurgia.
Etiologia – falta de fibra na dieta, o que faz com que o bolo alimentar não seja tão
moldável.
Oclusão:
- Completa é rara.
- Parcialmente (suboclusão) é mais comum por edema (retenção de líquidos) ou
abcessos (acúmulo de pus).
Polipos – crescimento anormal da mucosa (tecido epitelial que reveste as cavidades)
do intestino grosso.
Inicialmente são benignos (adenoma – (-adeno → glândula/ -oma → ñ
cancerígeno)), mas podem crescer até se tronarem malignos (adenocarcinoma).
Etiologia – ocorrência de mutações nas células da mucosa (maior risco após os 50
anos ou pode ser transmitido pela família (hereditário)).
Sintomatologia:
- Sangramento e muco nas fezes
- Alterações no funcionamento do intestino.
- Na maioria das vezes são assintomáticos.
Abcesso diverticular
Tratamento – medicamentos ou drenagem.
Tratamento:
- Consiste na diminuição da inflamação (imunomodeladores - aumento da
resposta do sistema imunológico)
- Proctocolectomia (-proto → reto e ânus) – retirar todo o intestino grosso e ligar
o íleo (parte final do intestino delgado que se ligaria ao cólon) ao ânus
Classifica-se consoante a localização
Doença de Crohn – patologia crónica (longa duração) que atinge qualquer zona do
sistema digestivo (boca ao ânus), mas é mais comum no íleo e cólon.
Sintomas - Diarreia crónica, perda de peso, dor abdominal em cólica, mal-estar
geral, anorexia e febrícula (febre ligeira).
Fisiopatologia:
- Lesões que podem afetar todo o sistema digestivo de forma segmentada (partes
lesionadas com intervalos de intestino normal).
- Começam por ser Úlceras aftoides (semelhantes a aftas) que depois vão
crescendo e unindo-se originando úlceras longitudinais que vão causar o
espessamento e rigidez da parede intestinal devido ao processo de cicatrização (aspeto
granuloso).
- Há estreitamento do lúmen (cavidade intestinal).
Localização:
- Gastro-duodenal:
- Provoca náuseas, vómitos e dor epigástrica.
- Na maioria desenvolvem gastrite (inflamação da parede do estômago)
Helicobacter pylori negativa (bactéria que infeta e habita o estômago).