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Colecistolitíase
Cálculos na vesícula biliar
Vesícula Biliar
Órgão piriforme
Capacidade entre 30-60ml
Função de armazenamento e
concentração da bile
A bile é formada no fígado por
ação dos hepatócitos
Ácidos Biliares
Formação da Bile
Metabolismo do colesterol
É uma secreção aquosa
Ácidos primários: cólico e
secretada continuamente pelo
quenodesoxicólico
fígado
O ácido primário é
Composta por:
conjugado com glicina e
Colesterol
taurina formando os
Fosfolipídios
ácidos secundários
Pigmentos biliares
Ácidos secundários:
Ácidos biliares
desoxicólico e litocólico
Eletrólitos inorgânicos
Prevenir precipitação na
Proteínas
via biliar: impossibilita a
Sítios de formação da bile:
forma de cálculos biliares
Membrana canalicular do
Facilitar a secreção biliar
hepatócito
Prevenir absorção pelo
Canalículos, ductos
jejuno e íleo proximal
biliares e vesícula biliar –
Funções
Transformam a bile
Prevenir precipitação
Partes anatômicas: fundo, corpo e
Excreção de colesterol
infundíbulo, ducto cístico
Absorção de gorduras
Irrigação arterial: é feita pela artéria
cística que geralmente é ramo da
artéria hepática direita
Podem ocorrer variações anatômicas
Gânglio de Mascagni
Geralmente próximo a artéria cística
Epidemiologia
Uma das doenças mais comuns do
aparelho digestivo
Estima-se que 10-15% da população
mundial tem ou terá cálculos biliares
Europa: 20-30% da população acima
de 50 anos de idade apresenta
calculose biliar
Brasil: 9,3% da população em geral e
20-30% da população acima dos 50
Colelitíase
anos de idade apresenta calculose Doenças hemolíticas crônicas e
biliar insuficiência hepática
Grande maioria dos casos são Geralmente são cálculos
assintomáticos múltiplos e pequenos
Fisiologia Cálculos Marrons
Bile: solução contendo água, Bilirrubinato de cálcio, sais de
colesterol, fosfolípides (lecitina), sais cálcio, colesterol e ácidos
biliares, bilirrubina conjugada, graxos
proteínas e eletrólitos Cálculo primário da via biliar
Fígado: produz cerca de 500 – 1000 principal
ml de bile ao dia Estase e processos infecciosos
Bile: é lançada no duodeno e auxilia Geralmente cálculos de
na digestão de gorduras no intestino consistência amolecida
Cerca de 95% do conteúdo biliar é Fatores de Risco
reabsorvido no intestino delgado,
principalmente no íleo terminal, e Sexo feminino
retorna ao fígado através do sistema Estrogênio aumenta a secreção
venoso portal – Circulação entero- de colesterol pelo hepatócito e
hepática progesterona diminui a
Fisiopatologia contratilidade da vesícula biliar
Fosfolípides e sais biliares são as Idade avançada
principais substâncias responsáveis Gestação e multiparidade
pela solubilidade do colesterol na bile Obesidade
Alterações na concentração dessas 4Fs:
substâncias pode levar a formação de Female: sexo feminino
bole hipersaturada, predispondo à Fourty: 40 anos
formação de cálculos Fertile: multípara
Oclusão intermitente do ducto cístico, Fat: obesidade
mecanismo fisiológico afim de Síndrome metabólica
expulsar o cálculo aumenta a pressão Perda de peso rápida
da via biliar e o paciente passa a sentir Drogas:
dor Ceftriaxone
Tipos de Cálculos Estrogênios
Cálculos de Colesterol Pós-menopausa
80% dos cálculos biliares Nutrição parenteral total
Resultam da alteração da Fatores genéticos e ambientais
homeostase do colesterol na Parente de 1° grau: incidência
bile de 4-5 vezes maior
Puros: maiores e em menor Etnia
quantidade Dieta
Mistos (com mucina): menores Hipercalórica
e múltiplos Rica em açúcar de fácil
Cálculos Pretos absorção
Formados de colesterol, Pobre em fibras
bilirrubina não conjugada e Cálcio
mucina: principal componente é Vitamina C
o bilirrubinato de cálcio Dismotilidade vesicular
Estado em que há elevação da Diabetes mellitus
bilirrubina indireta Hipertrigliceridemia
Colelitíase
Doenças hemolítica crônica Alta sensibilidade (> 95%) e
Microesferocitose hereditária especificidade (> 98%)
Anemia Falciforme Achado: imagem
Doença cirrose hiperecogênica com sombra
Ressecção cirúrgica do íleo terminal acústica posterior
Doença do íleo terminal Pode não conseguir identificar
Tabagismo cálculos com diâmetro inferior a
Álcool 3 mm
Pode avaliar ainda se há sinais
Sedentarismo
de colecistite e dilatação de
Nutrição parenteral
vias biliares
Quadro Clínico
Colescistolitíase
Assintomática
Sintomática
Não complicada
Complicada
SLIDE
60-85% dos casos: pacientes
assintomáticos ou oligoassintomáticos
Dor
Tipo cólica ou aperto:
hipocôndrio direito, que pode
ter irradiação para dorso, região
interescapular ou ombro direito
Geralmente a dor dura em torno
de 30 minutos a 4 horas Exames Laboratoriais
Episódios de dor com duração Transaminases: TGO e TGP
superior a 6 horas sugerem Podem estar levadas
complicações (colecistite, quando há leão de
pancreatite aguda) hepatócitos
Geralmente associada a Enzimas Canaliculares:
náuseas, vômitos e inapetência fosfatase alcalina e gama
Quadro pode ser precipitado Podem estar elevadas
por alimentação gordurosa, quando há aumento da
mas também pode ocorrer sem pressão nas vias biliares
associação com alimentação (obstrução)
Presença de febre, dor constante, Bilirrubinas
irritação peritoneal, icterícia, colúria, Podem estar levadas
acolia fecal: indica presença de quando há obstrução das
complicação vias biliares
Sintomas Atípicos Na colescistolitíase, geralmente os
Plenitude/Saciedade precoce exames laboratoriais estão normais
Epigastralgia Tratamento
Indigestão Colescitectomia
Diagnóstico Convencional,
Ultrassonografia de Abdome videolaparoscópica ou por
Principal exame na avaliação robótica
de cálculos da vesícula biliar: Indicação de Colescistectomia
relação custo-benefício Colecistolitíase sintomática
Colelitíase
Pacientes assintomáticos
Colecistolitíase com Fisiopatologia
cálculo > 3 centímetros Impactação do cálculo no infundíbulo
Pólipo de vesícula biliar ou ducto cístico
> 1 centímetro ↓
Colecistolitíase e doença Impossibilidade de esvaziamento da
crônica vesícula biliar
Anormalidade congênita ↓
da vesícula biliar: Distensão da vesícula biliar e aumento
vesícula biliar dupla, da pressão intraluminal
vesícula biliar séssil ↓
Microlitíase biliar Isquemia e congestão da mucosa
Vesícula em porcelana Processo inflamatório
Pacientes com Cálculo impactado
colecistolitíase e ↓
imunodeprimidos Incapacidade de esvaziamento
Pacientes com ↓
colecistolitíase que Estase biliar
morrem em locais ↓
remotos, de difícil acesso Translocação
Pacientes com ↓
colecistolitíase e Colonização
diabetes mellitus ↓
Inflamação
↓
Colicistite Aguda Infecção
↓
Bactérias g- e anaeróbias
Doença inflamatória / infecciosa da Quadro Clínico
vesícula biliar Dor abdominal em epigástrio e
hipocôndrio direito, de forte
intensidade, que pode irradiar para
região infraescapular, dor persiste por
> 6 horas
Hiporexia, náuseas e vômitos
Pode ocorrer febre, geralmente baixa
Sinal de Murphy: interrupção do
movimento SLIDEEE
Aproximadamente 25% dos pacientes Pausa álgica da inspiração à
com colelitíase desenvolverão palpação profunda do ponto
colecistite aguda em algum momento cístico
da vida Diagnóstico
É a complicação mais comum da Ultrassonografia do Abdome
colecistolitíase Cálculo impactado no
95% dos casos: litiásica, impactação infundíbulo
de cálculo em infundíbulo da vesícula Espessamento de parede de
biliar ou ducto cístico vesícula biliar
Cerca de 50% dos casos: processo Líquido perivesicular
infeccioso
Colelitíase
Sinal de Murphy Paciente: homem idoso,
ultrassonográfico diabético
Aumento do diâmetro Clostridium perfringens,
transverso da vesícula biliar Clostridium welchii, Escherichia
coli
Tratamento: Colecistectomia
Síndrome de Mirizzi
Complicações
Perfuração
Fístula
Íleo biliar
Cintilografia biliar
Padrão-ouro
Método mais específico no
Coledocolitíase
diagnóstico de colecistite aguda
Raramente utilizado Cálculo biliar no ducto colédoco
Tratamento Classificação – Origem
Dieta zero Primária: cálculo formado no
Hidratação colédoco – 5%
Controle álgico Secundária: passagem de
Controle hemético cálculo da vesícula biliar para o
colédoco – 95%
Antibioticoterapia
Amoxicilina + clavulanato Coledocolitíase Secundária→Colecistolitíase
Ceftriaxona + metronidazol
Ciprofloxacino + metronidazol Diagnóstico pós-colecistectomia
Sintomáticos Residual: < 2 anos
Primário ou Recorrente: > 2
Colecistectomia, idealmente entre 24-
anos
48 horas do início do quadro
Etiopatogenia
Tipos Incomuns de Colecistite Aguda
95% dos casos: passagem de cálculo
Colecistite Aguda Alitiásica
da vesícula biliar para o colédoco
Menos de 5% dos casos de
Coledocolitíase ocorre em 5 a
colecistite aguda
10% dos pacientes com
Pacientes graves em cuidados
colecistolitíase
intensivos politraumatizados
5% dos casos - cálculos se formam na
graves, grandes queimados,
pós-operatório de grande porte, própria via biliar principal – cálculo
jejum prolongado com nutrição marrom
parenteral, imunossuprimidos, Estase da bile na via biliar
algumas doenças sistêmicas principal – estenose, cistos
(sarcoidose, lúpus eritematoso biliares, corpos entranhos (fio
sistêmico) de sutura, vermes - Ascaris
Tratamento: Colecistectomia lumbricoides e Clonorchis
sinensis - Colangite piogênica
Colecistite Enfisematosa Aguda
recorrente)
1% dos casos de colecistite
Hiperproliferação bacteriana na
aguda
bile – desconjugação da
Gás na parede da vesícula
bilirrubina direta em indireta
biliar
Colelitíase
Infecção bacteriana do trato biliar
Quadro Clínico
Dor abdominal tipo cólica biliar:
semelhante a dor na colecistolitíase Colangite Aguda
sintomática
Icterícia do tipo obstrutiva e flutuante, associada a obstrução parcial ou total
com síndrome colestática: do sistema biliar
Colúria Coledocolitíase: causa mais comum
Acolia fecal 60 a 90% dos casos
Náuseas, vômitos e inapetência Fisiopatologia
Exames Laboratoriais
Transaminases: TGO e TGP
Podem estar elevadas,
principalmente em quadros Quadro Clínico
arrastados Paciente com obstrução da via biliar
Enzimas canaliculares: Fosfatase associada a dor abdominal em
Alcalina e Gama GT hipocôndrio direito, febre e icterícia –
Geralmente estão elevadas Tríade de Charcot – cerca de 90% dos
Bilirrubinas casos
Geralmente elevadas, com Colangite Aguda e Sepse
predomínio de bilirrubina direta Tríade de Charcot associada a
Icterícia flutuante hipotensão arterial e confusão mental
Diagnóstico – Pêntade de Reynold – 10% dos
Colangiorressonância Magnética casos - Alta letalidade
Sensibilidade de 95% e
Tratamento
especificidade de 90%
Principal exame na suspeita de Tríade de Charcot: antibioticoterapia +
coledocolitíase tratamento da obstrução da via biliar
Permite visualização detalhada após tratamento da infecção
das vias biliares Pêntade de Reynold: antibioticoterapia
Exame não invasivo + desobstrução da via biliar com
Tratamento urgência
Endoscópico: Colangiopancreatografia
Retrógrada Endoscópica (CPRE)
Pode ser diagnóstica e/ou
terapêutica
Complicações: pancreatite
aguda, colangite, perfuração
duodenal
Cirúrgico
Cirurgia Convencional ou
Videolaparoscópica