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• Hipertensão portal e ascite, que resultam de alterações circulatórias dentro do fígado enfermo e que produzem hemorragias
gastrointestinais severas e retenção excessiva de sódio e líquidos.
A veia portal é aquela que leva o sangue da região dos órgãos abdominais como intestino, estômago e baço para o fígado. A hipertensão
portal é o aumento da pressão na veia porta. Um dos fatores que influenciam e podem afetar a pressão na veia porta é a elasticidade do
fígado
• Deficiências nutricionais, que podem ser atribuídas a incapacidade das células hepáticas que estão funcionando mal em metabolizar certas
vitaminas, e que são responsáveis pelo funcionamento deteriorado dos sistemas nervosos central e periférico e por tendências anormais ao
sangramento.
• Coma hepático, que reflete um acúmulo de amônia no soro em virtude do metabolismo proteico deteriorado pelo fígado enfermo.
(Encefalopatia portossistêmica; encefalopatia hepática, coma hepático) A encefalopatia hepática é a deterioração da função cerebral que
ocorre em pessoas com doença hepática grave, porque substâncias tóxicas normalmente eliminadas pelo fígado se acumulam no sangue e
chegam ao cérebro.
A encefalopatia hepática (EH) é potencialmente reversível. Os principais fatores precipitantes são hemorragia digestiva e infecções
bacterianas. O tratamento dos fatores precipitantes pode reverter o quadro. Antibióticos visam reduzir a absorção da amônia e aumentar sua
eliminação.
Cirrose hepática É uma doença crônica do fígado com destruição e regeneração das células
hepáticas.
De acordo com Ministério da Saúde , a cirrose hepática é uma doença crônica que atinge o
fígado. Ela pode ser considerada o estágio final de problemas que causam lesões recorrentes
ao órgão.
Essas lesões passam pelo processo de cicatrização e fazem com que o fígado vá perdendo a
capacidade de realizar suas funções e, consequentemente, para a falência total.
Infelizmente, o andamento silencioso da doença faz com que, em nosso país, os casos sejam
diagnosticados com quadros já em estágio avançado.
Cirrose do fígado se refere à fibrose (cicatrização) do fígado. Em geral são considerados três
tipos:
1. Cirrose portal de Laennec (alcoólica, nutricional)
2. Cirrose pós-necrótica.
3. Cirrose biliar
Etiologia dos tipos de cirrose:
Da alcoólica: abuso das bebidas alcoólicas em 50% dos casos, da nutricional: carência;
Da infecciosa: hepatite, sífilis
Da biliar: destruição e regeneração das células hepáticas.
Hepatites B e C
As hepatites B e C são doenças causadas por vírus e, em geral, transmitidas no ato sexual, através do compartilhamento de
materiais contaminados ou transfusão sanguínea
Elas podem afetar gravemente o fígado e, quando não tratadas, podem levar à inflamação crônica e a cirrose hepática.
Gordura no fígado
A esteatose hepática, mais conhecida como fígado gordo ou gordura no fígado, é um problema caracterizado pelo acúmulo de
células de gordura no fígado. Em geral, a condição acontece devido a maus hábitos alimentares, sedentarismo e obesidade.
Todavia, a doença costuma não apresentar sintomas e ser descoberta “por acidente” durante procedimentos como check-ups,
por exemplo. Assim como as hepatites, se não tratada, a esteatose hepática pode causar a cirrose.
Hemocromatose, a hemocromatose é um distúrbio hereditário que faz o corpo absorver ferro demais e produzir acúmulos de
ferro no corpo que danificam os órgãos, colangite biliar primária A colangite biliar primária (CBP) é uma inflamação com fibrose
progressiva dos dutos biliares no fígado. Por fim, os dutos são bloqueados, o fígado é tomado por cicatrizes e ocorre o
desenvolvimento de cirrose e insuficiência hepática., colangite esclerosante primária, deficiência de alfa-1-antitripsina,
doenças colestáticas familiares, doença de Wilson.
Hepatite autoimune
Hemocromatose, a hemocromatose é um distúrbio hereditário que faz o corpo absorver ferro demais e produzir acúmulos de
ferro no corpo que danificam os órgãos, colangite biliar primária
Colangite biliar primária (CBP) é uma inflamação com fibrose progressiva dos dutos biliares no fígado. Por fim, os dutos são
bloqueados, o fígado é tomado por cicatrizes e ocorre o desenvolvimento de cirrose e insuficiência hepática
Colangite esclerosante primária, A colangite esclerosante primária consiste numa inflamação, com cicatrização progressiva e
estreitamento dos dutos biliares dentro e fora do fígado. Por fim, os dutos ficam obstruídos e, em seguida, são obliterados.
Poderá ocorrer cirrose, insuficiência hepática e, às vezes, câncer nos dutos biliares.
Remove a amônia, A amônia (NH3) é um composto nitrogenado encontrado no sangue humano. Ela é uma substância
resultante do catabolismo de proteínas, gerada pela ação de enzimas bacterianas do intestino sobre os aminoácidos ingeridos
na alimentação, que ocorre naturalmente, oriunda de líquidos corpóreos, convertendo-a em ureia A ureia é o resultado do
metabolismo das proteínas que o paciente ingere como alimento. O fígado a produz e a secreta no sangue, e o rim vai realizar
a filtragem para que a ureia seja eliminada na urina. O exame de ureia analisa os valores de ureia circulando na corrente
sanguínea, para ser excretada na urina.
Doença de Wilson
Na doença de Wilson, uma rara doença hereditária, o fígado não excreta o excesso de cobre na bile, como faz normalmente,
resultando em um acúmulo de cobre no fígado, causando-lhe danos.
A maior parte do cobre do organismo está localizada no fígado, nos ossos e nos músculos, mas existem vestígios de cobre em
todos os tecidos.
O fígado excreta o excesso de cobre na bile para ser eliminado do organismo. Uma vez que o fígado das pessoas com a
doença de Wilson não excreta o excesso de cobre, ele se acumula no fígado e lhe causa danos, dando origem à cirrose.
O fígado lesionado libera o cobre diretamente na corrente sanguínea, levando-o para outros órgãos, como o cérebro, rins e os
olhos, onde também se acumula.
Fisiopatologia
Apesar de terem sido implicados vários fatores na etiologia da cirrose, o consumo de álcool é considerado como o principal
fator casual.
A cirrose ocorre com maior frequência entre os alcoólicos. Apesar de a insuficiência nutricional com uma ingestão reduzida
de proteínas contribuir para a destruição do fígado na cirrose, a ingestão excessiva de álcool constitui o principal fator causal
no fígado gorduroso (adiposo), assim como em suas consequências.
A cirrose é observada também entre as pessoas que não consomem álcool, e já foi observada naquelas com uma alta
ingestão de álcool apesar de uma dieta normal.
Algumas pessoas parecem ser mais suscetíveis que outras a essa doença, independentemente de serem ou não alcoólicas ou
desnutridas.
Outros fatores podem desempenhar algum papel, incluindo a exposição a certas substâncias químicas. São afetados duas
vezes mais homens que mulheres e a maioria dos pacientes tem entre 40 e 60 anos de idade.
Sinais e Sintomas
• O fígado tende a ficar duro e volumoso com uma borda percentual à palpação.
• Dor abdominal (pode estar presente ou não)
Manifestações subsequentes
Devido à insuficiência crônica da função hepática e, em parte, à obstrução da circulação portal.
Praticamente todo sangue proveniente dos órgãos digestivos se acumula nas veias portais, sendo levado para o fígado.
Já que um fígado cirrótico não permite a passagem livre do sangue proveniente dos órgãos digestivos se acumula nas veias, este
é desviado para o baço e o trato gastrointestinal, fazendo com que esses órgãos passem a constituir o assento de uma congestão
passiva crônica, isto é, eles ficam impregnados com sangue estagnado e, dessa forma, não conseguem funcionar corretamente.
É provável que esses pacientes tenham dispepsia crônica (indigestão) e constipação ou diarreia. Observa-se uma queda gradual
do peso. Um líquido rico em proteína pode acumular-se na cavidade peritoneal, produzindo ascite. Esta pode ser demonstrada
através da percussão para evidenciar a maciez móvel ou uma onda líquida. Pode haver também esplenomegalia. As
telangiectasias araneiformes, ou arteríolas superficiais dilatadas semelhantes a aranhas azuis-avermelhadas são observadas com
frequência pela inspeção da face e do tronco.
Sintomas: Anorexia, náuseas, dor abdominal, fraqueza, emagrecimento, ascite, edema, icterícia; aumento de peso.
Diagnóstico: Exames físico e clínico; RX abdome e esôfago contrastados; biópsia hepática; esofagoscopia (visualização do
esôfago).
A Pancreatite aguda: é uma inflamação súbita do pâncreas. Neste caso, o paciente apresenta um aumento do tamanho do
órgão, causado pela inflamação e pode sentir uma dor repentina e intensa. Se não for tratada, pode prejudicar o pâncreas e
outros órgãos vitais, correndo risco de levar a óbito
A pancreatite crônica é uma inflamação do pâncreas de longa duração, resultante de uma deterioração irreversível da
estrutura e da função pancreáticas. O consumo de álcool e de cigarros são as duas das principais causas de pancreatite
crônica. A dor abdominal pode ser contínua ou aparecer e desaparecer.
Etiologia
alcoólicas, 40% dos casos
cálculos biliares
drogas toxinas
infecções e anomalias metabólicas
febre tifoide, transmissão: Pela ingestão de água ou de alimentos contaminados com fezes humanas ou com urina contendo
a Salmonella entérica sorotipo Typhi. Algumas vezes pode ser transmitida pelo contato direto (mão-boca) com fezes, urina,
secreção respiratória, vômito ou pus de indivíduo infectado.
hepatite
Sintomas
dor epigástrica persistente
náuseas
vômitos
anorexia
febre baixa
icterícia
confusão mental e agitação.
Diagnóstico
exames físico e clínico; exames laboratoriais e dosagem de amilase
e lípase no sangue (soro).
Tratamento
clínico e terapêutico.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Sinais e sintomas:
- As manifestações clínicas da doença, quando em fase bem adiantada, são de diarreia até 3
vezes ao dia com sangue ou pus, disenteria (SANGUE) com dores abdominais, podendo
ocorrer ainda perda de peso ponderal, febre, vômitos e hemorragia intestinal severa.
O quadro pode complicar-se com hemorragias severas, câncer de cólon, estenoses
cicatriciais, perfurações no peritônio, fistulizações, abscessos perirretais e megacólon tóxico.
O tratamento clínico objetiva reduzir a inflamação e suprimir a resposta imunodeficiente, propiciando repouso
intestinal para que ocorra mais facilmente a cicatrização das úlceras.
O tratamento cirúrgico é desenvolvido para a remoção da fonte dos sintomas, ou seja, são retirados os
segmentos doentes do intestino e a manutenção da função intestinal é realizada através de uma ileostomia
permanente.
As dietas balanceadas, ricas em proteínas e pobres em resíduos, com suplementação vitamínica e reposição de
ferro, preenchem as necessidades nutricionais.
Qualquer alimento que agrave a diarreia deve ser evitado, especialmente os derivados do leite bovino.
Os alimentos gelados e o fumo devem ser suprimidos uma vez que ambos aumentam a motilidade intestinal.
Um fator importante no tratamento da retocolite é a educação do paciente para aceitar e aprender a
conviver com uma doença crônica.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
O procedimento para a troca da bolsa de colostomia deve ser assim executado:
Cada bolsa nova poderá permanecer fixada à pele por um período de dois a quatro dias, e o esvaziamento dela, neste
intervalo, deverá ocorrer a cada quatro ou seis horas ou quando necessário se o tempo for inferior ao estabelecido.
Exames especiais:
a) Endoscopia: é um exame com a finalidade de visualizar uma parte (cavidade) do corpo, por meio de aparelhos especiais,
ocos, rígidos e flexíveis.
Pré-exame: preparar e orientar o paciente quanto ao exame e solicitar a sua colaboração; jejum absoluto por seis horas;
paciente com megaesôfago: jejum de 24 horas e lavagem do esôfago; retirar joias e próteses; colocar camisola; colocar o
paciente na mesa de exames em decúbito dorsal; administrar um sedativo ou tranquilizante, anestesiar pulverizando a
orofaringe com xilocaína spray a 10%; colocar o paciente em decúbito lateral esquerdo; colocar o bocal na boca do paciente.
Trans-exame: é passado o endoscópio através da boca, do esôfago, do estômago e do duodeno, examinando-se todo o
sistema.
Pós-exame: não comer ou beber por duas horas (até o retorno do reflexo da deglutição), gargarejo com solução salina ou
antisséptico bucal; não dirigir veículos e evitar atividades por 24 horas. Anotar o material gasto e encaminhar o material ao
laboratório para biópsia.
Observação: Após o exame podem ocorrer sintomas, como: febre, disfagia dificuldade de deglutição, hemorragia e dor
cervical.
c) Biópsia hepática: consiste na retirada de um fragmento do fígado para fins de diagnóstico.
Trans-exame: neste momento o paciente prende a respiração após expirar o ar, é introduzida a agulha de biópsia, que penetra
no fígado, aspira o fragmento e retira, via transtorácica.
Pós-biópsia: curativo compressivo no local da biópsia; deitar o paciente com travesseiro sob a reborda costal direita (D) por 2
(duas) horas; repouso no leito por 24 horas; controlar os sinais vitais: temperatura, pulso, respiração (TPR) e pressão arterial
(PA) de 15 em 15 minutos nas primeiras duas horas, prolongando o controle com a estabilidade.
d) Laparoscopia (peritoneoscopia): é a visualização externa dos órgãos internos do nosso organismo.
Pré-exame: preparar e orientar o paciente quanto ao exame; jejum de seis a oito horas antes do exame; tricotomia
abdominal; medicação: Diempax — IM; Buscopan — EV; anti-sepsia no abdome (local da incisão); anestesia local.
Trans-exame: é feita uma pequena incisão na parede do abdome, perto do umbigo (mais ou menos 2 cm abaixo), por onde
introduzido o laparoscópico, e neste momento é insuflado ar na cavidade para distender ampliar o campo de visão das
vísceras facilitar o exame.
Pós-exame: ao retirar o aparelho, com cuidado facilitar também a saída do ar insuflado, sendo após, feita uma pequena
sutura da incisão e a seguir um curativo compressivo local; manter o paciente em repouso absoluto por quatro horas.