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CISTO DE COLÉDOCO

Kamila Kalif Siqueira


R5 Cirurgia Pediátrica

Belém – PA
OUTUBRO 2022
INTRODUÇÃO
• Por definição, Cisto de Colédoco (CC) é uma dilatação congênita do trato biliar.
• Localização variável, podendo ser encontrada em qualquer seguimento das vias biliares.
• Mais comum ocorrer no colédoco
• Diâmetro dos ductos biliares varia de acordo com a idade (colocar tabela )
• Qualquer valor acima do limite superior é considerado anormal
CLASSIFICAÇÃO
• Classificação de Todani
É a mais aceita
Classifica os Cistos de Colédoco (CC) em 5 tipos; Mais comum tipo I seguido do tipo IV.
• Forma frustra: má união pancreático biliar. Cursa com pouca ou nenhuma dilatação do ducto biliar extra
hepático. A sintomatologia é semelhante ao CC.
Tratamento cirúrgico é recomendado devido ao risco de câncer (refluxo biliar pancreático crônico)
• Doença de Caroli : Dilatação sacular segmentar dos ductos biliares intra hepáticos. Afeta o fígado de forma
difusa ou localizada a um lobo.
ETIOLOGIA
• Teorias sobre o desenvolvimento do CC;
• Nenhuma consegue explicar a formação dos 5 tipos diferentes de CC;
• Sugere-se que os CC sejam congênitos ou adquiridos;
• Congênitos parecem ser resultado de um defeito estrutural pré-natal do ducto biliar
Shimotake : CC tem menos células ganglionares no seu interior
Fibras musculares lisas são mais abundantes no tipo cístico que no tipo fusiforme.
• Adquiridos: Teoria do canal pancreático-biliar longo (Babit) – figura 38-2
• Considera-se que: crianças <3 anos tenham o canal comum entre 2 e 7mm
crianças entre 4 e 9 anos, canal comum mede 4mm
crianças entre 10 e 15 anos, canal comum mede 5mm
ETIOLOGIA
• O grau de inflamação do CC aumenta progressivamente com idade e de acordo com os episódios de
colangite;
• Calculos podem ser encontrados juntamente com o ducto biliar intra hepático dilatado ;
• A histologia hepática varia de normal a cirrose dependendo da idade do paciente e os episódios de
colangite;
ASPECTOS CLÍNICOS
• Meninas são mais afetadas que meninos, proporção de 3,2 – 1;
• Sinais e sintomas diferem de acordo com a idade de inicio e o tipo de cisto;
• Lactentes: massa abdominal e icterícia -Forma cística
• Crianças mais velhas: dor abdominal  Tipo fusiforme
• Diagnostico ante natal: maior probabilidade de ter natureza cística
• Dor abdominal (88%) Vomito (46%) Febre (28%) Ictericia ( 25%)
Acolia (12%) Massa abdominal (7%) Triade clássica (2%)
• Complicações: Perfuração e Hemobilia (Raras)
Pancreatite (comum)
• Alteração maligna: adultos
QUADRO CLÍNICO
DIAGNÓSTICO
Ultrassonografia: Método inicial

CPRE

Colangiopancreatografia por ressonância magnética (CPRM)

Colangiopacreatografia intra operatória


TRATAMENTO
Cirúrgico – Princípios Gerais
• Drenagem externa
• Cistoduodenostomia e Cistojejunostomia
• Excisão do cisto e anatomose bilio entérica
• Excisão ao nível do orifício do canal pancreático biliar comum (extremidade distal) e a 5mm da confluência
dos ductos hepáticos direito e esquerdo (extremidade proximal)
• A correção cirúrgica pode ser realizada com segurança em qualquer faixa etária
• Malignidade; dor abdominal e pancreatite: achados pos cirúrgicos relacionados a remanescentes do CC.
TRATAMENTO
Cirúrgico – Pré operatório
• Tratar colangite com ATB
• Tratar ascaridíase se área endêmica

TRATAMENTO
Cirúrgico – Técnicas Cirurgicas
• Anastomose Bilio entérica após Cistectomia: Hepaticojejunostomia X Hepaticoduodenostomia

Cirúrgico – Técnica Laparoscopica

Cirúrgico – Cirurgia Aberta

Cirúrgico – Técnicas Alternativas


COMPLICAÇÕES
INTRA OPERATORIAS
Lesao de veia porta
Transecção dos dois ductos hepáticos
Lesão de ducto pancreático
POS OPERATORIAS
Precoces: sangramento, fistula da anastomose, fistula pancreática, obstrução intestinal
Tardias: colangite, estenose da anastomose, cálculos intra hepáticos, obstrução intestinal
TRATAMENTO
CUIDADOS POS OPERATORIOS
Retorno a dieta
Dreno abdominal removido no 5º PO
SEGUIMENTO CLÍNICO
MANOMETRIA

ESTIMULAÇÃO SACRAL

PROGNÓSTICO
DOENÇA DE CAROLI E COLEDOCOCELE
REFERÊNCIAS
1. Fundamentos da Cirurgia Pediátrica / Editor Clécio Piçarro – 1ª ed – Santana de Parnaíba [SP]:
Manole, 2021.
2. MAKSOUD, J.G. Cirurgia Pediátrica – 2ª EDIÇÃO. Rio de Janeiro: REVINTER, 2003.
3. ATLAS OF PEDIATRIC SURGICAL TECHNIQUES. Townsend. Evers. Copyright 2010 by
Saunders, Inc. an imprint of Elsevier Inc.
4. Rob & Smith’s Operative Pediatric Surgery EIGHTH EDITION. Published 2021 by CRC Press
5. Holcomb, G. W., Murphy, J. D., & Ostlie, D. J. Ashcraft's Pediatric Surgery. 6 ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2017.
6. MIGUEL A. LOPEZ-VIEGO. Handbook of Pediatric Surgery . Philadelphia. Wolters Kluwer. 2019
7. Prem Puri . Michael E. Höllwarth. Pediatric Surgery. Second Edition. Springer. 2019
OBRIGADA!

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