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neoadjuvante em
neoplasias do fígado, vias
biliares e pâncreas
K A R I N E K. DE OL I V E I RA – R 2 CI R U RG IA G E R AL
OR I E NTA DOR ES: M A R I A CL A R A M A RT INS P R A DO
WA L F R ED O G ON ÇA LVES DE QUA DROS JU N I OR
Fígado
Carcinoma hepatocelular (CHC)
•Tumor maligno primário mais comum do fígado.
SBOC, 2022
Estadiamento
•Barcelona Clinic Liver Cancer (BCLC):
Estágio BCLC Definição
Estágio 0 Tumor único < 2 cm
Child-Pugh A
Estágio A Assintomático
Tumor único < 5 cm ou 3 tumores < 3 cm
Pode apresentar hipertensão portal ou bilirrubina aumentada
Estágio B Assintomático
Tumor multinodular, sem invasão vascular ou metástase
Child-Pugh A-B
Estágio C Sintomático
Tumor com invasão portal ou com metástases linfonodais ou à distância
Child-Pugh A-B
Estágio D Sintomas importantes e/ou Child-Pugh C
SBOC, 2022
Tratamento
SBOC, 2022
Tratamento
•Doença localizada (qualquer estágio) ressecada (R0 ou R1) ou pós transplante: não há indicação
de tratamento adjuvante;
•Estudo STORM: sorafenibe x placebo como tratamento adjuvante após cirurgia ou terapia
ablativa em 1114 pacientes.
SBOC, 2022
Tratamento
SBOC, 2022
Tratamento
SBOC, 2022
Seguimento
•Exame clínico:
• A cada 3 meses por 2 anos;
• A cada 6 meses até 5 anos.
SBOC, 2022
Vias biliares
Vias biliares
Carcinoma de
vesícula biliar
Intra-hepáticos
Colangiocarcinomas Hilares
Extra-hepáticos
Distais
MOC, 2022
Estadiamento
•Colangiorressonância;
• Alternativa: TC;
MOC, 2022
Estadiamento
•Carcinoma de vesícula biliar:
T
TX – tumor primário não pode ser avaliado;
T0 – sem evidência de tumor primário;
Tis – tumor in situ;
T1a – tumor invade a lâmina própria;
T1b – tumor invade a camada muscular;
T2a – tumor na face peritoneal da vesícula com invasão do tecido conjuntivo perimuscular sem extensão
além da serosa;
T2b – tumor na face hepática da vesícula com invasão do tecido conjuntivo perimuscular sem extensão
para o fígado;
T3 – tumor perfura a serosa ou invade o fígado e/ou um órgão ou estrutura adjacente;
T4 – tumor invade veia porta principal ou artéria hepática ou invade múltiplos órgãos ou estruturas extra-
hepáticas. MOC, 2022
Estadiamento
•Carcinoma de vesícula biliar:
N
NX – linfonodos regionais não podem ser avaliados;
N0 – ausência de metástases em linfonodos;
N1 – 1-3 linfonodos regionais acometidos por doença metastática;
N2 – > 3 linfonodos regionais acometidos por doença metastática.
M
MX – metástases à distância não podem ser avaliadas;
M0 – ausência de metástases à distância;
M1 – metástases à distância.
MOC, 2022
Tratamento – vesícula biliar
•T1NXM0:
• Achados incidentais de neoplasias em 1% das CVL;
• Sem invasão transmural: não há necessidade de complementação cirúrgica;
• Com invasão transmural (T1b): colecistectomia radical com linfadenectomia extensa;
•Cirurgia laparoscópica?
•T2 – 3 N0 – 2 M0:
• Colecistectomia radical com dissecção linfonodal extensa e ressecção do leito vesical hepático;
• R0: QT adjuvante;
• R1: QT + QRT adjuvantes.
MOC, 2022
Tratamento – vesícula biliar
MOC, 2022
Tratamento – colangiocarcinoma intra-
hepático
MOC, 2022
Tratamento – colangiocarcinoma hilar
MOC, 2022
Tratamento – colangiocarcinoma distal
MOC, 2022
Tratamento – tumor irressecável
MOC, 2022
Tratamento – doença metastática
MOC, 2022
Pâncreas
Adenocarcinoma de pâncreas
•9º tipo mais comum; 4º que mais leva ao óbito;
•Mais de 70% dos pacientes vão a óbito dentro do primeiro ano após o diagnóstico.
SBOC, 2021
Tratamento – doença ressecável
•Ressecção R1 (margem < 1 mm): menor
sobrevida.
SBOC, 2021
Tratamento – doença borderline
anatômica
SBOC, 2021
Tratamento – doença localmente
avançada
SBOC, 2021
Tratamento – doença localmente
avançada
SBOC, 2021
Tratamento – doença metastática
SBOC, 2021
Tratamento – doença metastática
•Avaliação clínica, CA 19-9 e TC tórax e abdome:
• A cada 3 meses nos primeiros 2 anos;
• A cada 6 meses do 3º ao 5º ano.
SBOC, 2021
Caso clínico
Identificação
•E. S. A.;
•35 anos (22/09/1986);
•Reside em Montes Claros, natural de São Francisco.
Admissão
•Paciente iniciou há 1 dia com dor abdominal sem melhora com analgesia, tipo aperto, de forte
intensidade, contínua, com piora hoje, associada à vômitos. Nega febre. Apetite reduzido.
Diurese e evacuações sem alterações;
•HP: portador de hepatocarcinoma, ainda não iniciou tratamento (irá iniciar QT em 5 dias). TEP
maciço prévio, estava em uso de Eliquis.
•Ao exame:
• REG, hipocorado (+/4), desidratado (+/4+), acianótico, ictérico (+/4+), TEC < 3 seg;
• PA 102/67 mmHg; FC 90 bpm; FR 22 irpm; SatO2 95%;
• Abdome tenso, levemente distendido, doloroso à palpação difusa, mas principalmente em hipocôndrio
direito. Descompressão brusca dolorosa.
•TC.
Admissão
•Laudo TC:
•Fígado com dimensões globalmente reduzidas, com proeminência dos segmentos laterais do
lobo esquerdo e aumento do lobo direito, com contornos lobulados e bordos rombos, achados
compatíveis com hepatopatia crônica. Lesão infiltrativa e mal delimitada hipervascularizada e
com lavagem pelo meio de contraste ocupando praticamente todo o lobo direito, medindo 13,9
x 11,0 cm, compatível com carcinoma hepatocelular infiltrativo. Nota-se trombose tumoral da
veia hepática direita (LIRADS-TIV). A lesão apresenta neovasos mal formados de permeio e focos
de sangramento ativo no seu interior.
•Há sinais de infiltração da cápsula hepática para lesão, com volumoso hematoma peri-hepático e
grande quantidade de líquido livre de aspecto hemático na cavidade peritoneal, além de foco de
sangramento ativo no omento maior, anteriormente ao fígado.
Evolução
•Monitorização hematimétrica:
25/05 20h58 26/05 01h12 26/05 05h13 26/05 11h48 26/05 16h02
12,6 11,5 9,6 8,7 8,5
Ye et al, 2020
Manejo